Asuncion - Py 2022
Asuncion - Py 2022
Asuncion - Py 2022
ASUNCION– PY
2022
GLAUBIA PINHEIRO DO NASCIMENTO SILVA
Orientador:
ASUNCION- PY
2022
FICHA CATALOGRÁFICA
GLAUBIA PINHEIRO DO NASCIMENTO SILVA
COMISSÃO EXAMINADORA
_________________________________________
Prof. Dr.
_________________________________________
Prof. Dr.
_________________________________________
Prof. Drª
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................7
1.1DELIMITAÇÕES DO PROBLEMA..............................................................................9
1.2 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA...................................................................................9
1.3 PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO...........................................................................10
1.3.1 Perguntas específicas...........................................................................................11
1.4 HIPÓTESES.............................................................................................................12
1.4 OBJETIVOS...........................................................................................................13
1.4.1 Objetivo Geral........................................................................................................13
1.4.2 Objetivos especificos.............................................................................................13
1.5 JUSTIFICATIVA......................................................................................................14
2 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................................15
2.1O PROFESSOR E A SUA PRÁTICA: TECENDO HISTÓRIAS...............................16
2.2 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA UM NOVO PERFIL DE ENSINO...........18
2.3 PENSANDO EM ADOLESCÊNCIA.........................................................................20
2.4RELAÇÕES EDUCACIONAIS ENTRE PROFESSOR E ALUNO............................22
3. MARCO METODOLÓGICO......................................................................................25
3.1 TIPO DE INVESTIGAÇÃO......................................................................................25
3.2 DESENHO DA INVESTIGAÇÃO.............................................................................25
3.3 ENFOQUE...............................................................................................................26
3.4 POPULAÇÃO...........................................................................................................26
3.5 AMOSTRA...............................................................................................................26
3.6 INSTRUMENTOS E COLETA DE DADOS.............................................................26
3.7 PROCEDIMENTOS.................................................................................................27
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS..................................................................28
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................51
6. RECOMENDAÇÕES.................................................................................................52
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................53
APÊNDICES..................................................................................................................56
APÊNDICE I:..................................................................................................................57
APÊNDICE II:.................................................................................................................59
LISTA DE GRÁFICOS
4
LISTA DE TABELAS
5
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
6
1 INTRODUÇÃO
7
entender que estes estão passando por um processo de transformação tanto físicas,
quanto emocionais nesse período, o que implica necessariamente mudanças
bruscas de comportamento as vezes sem uma razão aparente, ou advém de
conflitos na família, no circulo de amigos e até mesmo na relação no âmbito da
escola. Todos esses fatores agregados precisam ter um olhar diferenciado do
professor.
O adolescente quase sempre apresenta características de rebeldia, avesso a
regras, disciplina e imposições e no espaço da escola esses comportamentos são
bastante visíveis, tendo em vista que não se pode negar além da questão biologia, o
próprio meio em que o adolescente está inserido faz com que este reproduza o
comportamento da comunidade e até mesmo no seu ambiente familiar na escola.
Às vezes a sala de aula parece um campo de batalha ente nações diferentes:
professores e alunos parecem não falar a mesma língua e estar em lados opostos
sempre. O educador, como parte mais experiente, deve ter sabedoria diante dessa
situação, pois há muito o que ser observado.
Existem muitas possibilidades porque tal quadro acontece, porém, os motivos
mais sérios podem estar. Na fase da adolescência, os alunos não têm muito
interesse em aprender, pois não sabem reconhecer a importância de se estudar e
não valorizam o estudo, tampouco o professor. Por outro da sala apática e
desinteressada, o professor não demonstra empenho em despertar o interesse do
aluno por não dominar estratégias que chame a atenção da faixa etária. Pior ainda,
não quer saber se existe um método que pode dar certo, simplesmente ignora, é
indiferente.
A escola essencialmente tradicional não permite que os professores
desenvolvam novos métodos de ensino, novas atividades que despertem o
interesse dos alunos. Neste caso, cabe ao professor rever com seu coordenador as
metodologias adotadas e o desempenho dos alunos.
As famílias dos alunos podem estar passando por problemas financeiros ou
por brigas. Podem estar em processo de divórcio ou já estarem dissolvidas. Ainda
pode ser o caso de o jovem não ter tido desde a infância, a atenção devida e a
educação adequada.
8
Portanto, é necessário reavaliar a conduta de todas as partes envolvidas no
processo de aprendizagem e buscar alternativas para a melhoria do mesmo! E não
simplesmente apontar um ou outro responsável!
Deste modo, o desenvolvimento deste trabalho torna-se importante para
estabelecer uma reflexão aprofundada sobre esse assunto, considerando a
relevância de todos os aspectos que caracterizam a escola.
1.1DELIMITAÇÕES DO PROBLEMA
9
mudanças e estabelecer novas formas de atrair o interesse de seus alunos, uma
vez que há mais recursos, tecnologias e instrumentos que atraiam a atenção
destes do estudo e de que práticas consideradas arcaicas, reclamações e
insatisfação só aumentam o estabelecimento de uma barreira entre professor e
aluno.
As diversas discussões em torno das relações pedagógicas no ambiente
educacional e os processos de aprendizagens denotam que um dos motivos que
ocasionam o fracasso escolar é o desinteresse dos estudantes e muitas vezes o
colocam como o principal responsável, sem considerar o papel do professor nessa
situação, a exemplo disto o autor Medina (1989) expõe que o desinteresse dos
educandos em determinadas disciplinas ocorre devido a um mau planejamento e
execução de suas aulas. Por outro lado, ele avalia que a fase da adolescência é
extremamente importante na formação da personalidade do aluno e que deste
modo isto também pode influenciar neste fator.
10
1.3.1 Perguntas específicas
1.4 HIPÓTESES
11
1.4 OBJETIVOS
12
1.5 JUSTIFICATIVA
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO
14
relevante para propiciar aos educandos um conhecimento mais efetivo e melhorar a
relação educador/educando.
Deste modo, torna-se imprescindível que o professor compreenda a sala de
aula como um micromundo de pessoas e pensamentos e que o estabelecimento de
uma boa relação entre os indivíduos nessa sala de aula só irá agregar
positivamente este ensino e a aprendizagem.
Autores como Arroio (2000, p.29) ressalvam que enquanto educadores “[...]
somos a imagem social que foi construída sobre o ofício de mestre, sobre as formas
diversas de exercer este ofício. Sabemos pouco sobre a nossa história’’. Assim, é
de suma importância que o docente compreenda o real significado do
desenvolvimento de seu trabalho e que conheça mais sobre seu contexto identitário
e sobre a história de sua profissão.
15
Embasados nisto, compreende-se que o professor não pode deixar de lado os
fenômenos histórico-sociais que constituem e constituíram sua formação e sua
prática pedagógica. Assim, compreende-se que o ato de educar não é fácil e que o
docente não está com a sua formação finalizada, necessitando estar em um
constante processo de aprendizagem. (PIMENTA, 2002).
Deste modo, pode-se afirmar que educar é um ato que vai além de
simplesmente transferir conhecimentos ou informações, engloba contribuir com um
indivíduo a tomar consciência sobre si e sobre a sociedade que o cerca. Nesse
sentido, a atuação do professor desempenha um papel crucial na aprendizagem do
discente. Assim, a função do professor é certamente primordial no processo
educacional, pois dele dependerá os avanços e as conquistas em relação à
aprendizagem na escola e através do diálogo ele poderá melhorar sua prática.
Freire (2005) destaca que o estabelecimento do diálogo entre professor e
aluno é um instrumento importante na constituição dos sujeitos. O autor defende
ainda o pensamento de que só se pode realizar uma prática educativa que seja
dialógica se os professores acreditarem que através do diálogo podem instigar seus
alunos a refletir e agir em sociedade.
17
tem toda a experiência de vida e por isso também é portador de um saber.
(GADOTTI, 1999, p.2)
Desta maneira, ao atuar nessa perspectiva o professor não será visto como
um mero transmissor de conhecimentos e sim como um mediador na aprendizagem,
apto a articular as experiências dos discentes com o mundo, levando-os a refletir
sobre o meio que o cerca e assim assumindo um papel mais humanizador em sua
prática docente.
Sistematizar uma prática escolar, considerando esses pressupostos, é sem
dúvida, conceber o aluno como um sujeito em continua transformação advindas de
suas interações sociais. Nesse sentido, quando se idealiza uma escola baseada em
seus processos de interação, se pensa nesta instituição como um espaço de
construção, de respeito e de valorização onde todos se sintam mobilizados a
pensarem em conjunto. (LOPES, 2010).
18
cidadania. Isto faz com que a escola necessite ser mais flexível, variável,
conveniente, voltada para diferentes tipos de alunos, que seja desenvolvida com as
novas mídias de informação e comunicação e com práticas pedagógicas que sejam
adaptáveis aos diversos estudantes. A atual sociedade demanda que a educação
habilite os discentes a lidar com as crescentes mudanças, integrados com o meio
tecnológico e sempre prontos a se atualizar.
Nesse sentido, Jacques Delors (2000) estabelece quatro pilares para a
educação do século XXI, os quais são: aprender a viver junto, aprender a conhecer,
aprender a fazer e aprender a ser. O pilar aprender a viver junto destaca a
interdependência do mundo moderno e a importância das relações, ressaltando que
tudo está interligado. O pilar aprender a conhecer destaca que, hoje, o processo
educacional tem a tarefa de ensinar como gerir a informação, visto que a sociedade
atual é movida pelo conhecimento e as informações chegam em grande quantidade
aos educandos.
Já o pilar aprender a fazer, ressalta que a educação no século XXI tem a
função de associar a técnica com a aplicação de conhecimentos teóricos. Por sua
vez, o pilar aprender a ser, salienta a importância de cada indivíduo a se conhecer e
compreender melhor, visto que suas ações podem interferir no destino coletivo.
Dessa forma, destaca que a sociedade contemporânea exige de cada pessoa uma
enorme capacidade de autonomia e uma postura ética.
Assim, a educação é vista como tendo um importante papel no
desenvolvimento de uma prática dinâmica e reflexiva, que possibilite aos indivíduos
a consciência da realidade humana e social mediante uma perspectiva
globalizadora, segundo Schafranski (2005), em que a educação se apresenta com
um triplo papel: econômico, científico e cultural, suprindo, dessa forma, as
exigências da sociedade atual. A educação no século XXI, de acordo com Silva e
Cunha (2002, p. 79), “deverá ser uma educação ao longo da vida, deverá se
preocupar com a formação do cidadão, da pessoa em seu sentido amplo”. Assim,
(...) a educação no século XXI estará atrelada ao desenvolvimento da capacidade
intelectual dos estudantes e a princípios éticos, de compreensão e de solidariedade
humana.
19
A educação visará a prepará-los para lidar com mudanças e diversidades
tecnológicas, econômicas e culturais, equipando-os com qualidades como iniciativa,
atitude e adaptabilidade (SILVA e CUNHA, 2002, p. 80).
20
A "adolescência" é originaria do latim, ad significa ―para e olescere
―crescer. Nesse sentido, adolescência constitui-se literalmente ―crescer para‖
(OUTEIRAL, 2008). Para Martins (2002, p.19-20) a adolescência seria de acordo
com parâmetros da OIT:
[...] o período que vai dos 15 aos 19 anos. Adotam-se os 15 anos como
ponto inicial da adolescência porque se supõe que com essa idade o jovem
terá alcançado um nível de escolaridade que lhe permite acesso ao
mercado de trabalho. E o fato de adotarem os 19 anos como marco final
dessa fase é influência dos ‘teen’ americanos (até nineteen, dezenove).
Passa-se então para os 20 anos (twenty em inglês) e se inicia uma nova
fase que se estende até os 24 anos.
21
2.4RELAÇÕES EDUCACIONAIS ENTRE PROFESSOR E ALUNO
“Isso quer dizer que a criança deixou de viver misturada aos adultos e de
aprender a vida diretamente, através do contato com eles. A despeito das
muitas reticências e retardamentos, a criança foi separada dos adultos e
mantida à distância numa espécie de quarentena, antes de ser solta no
mundo. Essa quarentena foi a escola, o colégio. Começou então um longo
processo de enclausuramento das crianças que se estenderia até nossos
dias, e ao qual se dá o nome de escolarização.” (ÁRIES, 1986, p.11).
22
O autor defende que foi através da finalidade da educação que se distinguiu
essa idade da vida, que hoje se conceitua como adolescência. Segundo Lesourd
(2004) o ser adolescente é uma das maiores preocupações, em tempos de
transformações, nas relações de poder e transmissão cultural, existindo assim
diferença no ritmo do “tempo histórico” e no “tempo das transformações”, o que faz,
muitas vezes, longo tempo transcorrer, até que novas referências morais influenciem
o comportamento social geral. É nesse processo que se insere a transposição da
teoria para a prática.
Na visão de Masseto (1996) o êxito (ou não) da aprendizagem se viabiliza
fundamentalmente na forte relação estabelecida entre alunos e professores, alunos
e alunos e professores e professores. Alicerçados nesta fala pode-se dizer que a
atitude do professor é muito importante para motivar seus alunos e auxiliar na
construção de seu conhecimento e caráter.
23
qual foi, desde sempre, colocado, poderia e assim sua prática não será
recheada de discursos apreensivos e naturalizados sobre a adolescência e a
forma de ensinar. E assim se ouviria a palavra adolescência no discurso
pedagógico menos naturalizada e com novas percepções.
É notório que assumir-se como docente requer a clareza de muitos
aspectos constituintes da missão a ser realizada, uma vez que diversas
situações podem ocorrer na instituição educacional e que uma boa relação
professor-aluno se caracteriza como um fator muito importante, pois dela
depende afinidade do aluno com o conhecimento.
Assim, compreender as relações pedagógicas entre professores e
alunos e sua interferência no processo ensino-aprendizagem se faz
importante para que se oportunize um ensino em que professor e aluno
possa aprender juntos, conforme o pensamento de Paulo freire e que
também se compreenda que adolescência não é um bicho de sete cabeças,
o professor precisa apenas saber lidar com essa fase.
No desenvolvimento deste estudo, autores como Pimenta, Paulo Freire,
Arroio, Gadotti e Ferreira foram fundamentais para compreender o importante
papel do professor. Considerando as adversidades enfrentadas durante a
realização deste estudo, alguns ainda precisam de uma leitura aprofundada
como é o caso dos autores, Grillo, Lopes e Veiga, diante disto no decorrer do
desenvolvimento da dissertação esses autores serão melhor estudados. Assim,
espera-se que este trabalho possa contribuir na compreensão do quão
importante é o estabelecimento de uma boa relação entre professor e aluno.
24
3. MARCO METODOLÓGICO
3.3 ENFOQUE
3.4 POPULAÇÃO
3.5 AMOSTRA
3.7 PROCEDIMENTOS
27
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
28
Gráfico 1: a escolha do magistério foi uma decisão assertiva, ou paira algumas dúvidas
sobre sua escolha?
31
requer dedicação e tempo. A escola não é responsável em resolver todos os
conflitos e problemas que irão chegar até ela, mas acolher, dialogar e ouvir é um
exercício de humanidade.
Perguntamos aos respondentes sobre algumas inquietações na profissão
que exercem. O que mais inquieta o professor em sua prática docente? Segue
abaixo as fala dos respondentes.
Conversas paralelas (PROFESSOR 01)
Insuficiência de materiais para a metodologia das aulas. (PROFESSOR 02)
As cobranças exageradas e a falta de investimento nas escolas, o que
reflete na falta de material didático. (PROFESSOR 03)
Quando sinto que, embora busque maneiras distintas de dá certos
conteúdos, mesmo assim a turma não consegue compreender.
(PROFESSOR 04)
A falta de motivação dos alunos, de ambição pelo conhecimento.
(PROFESSOR 05)
O nível de aprendizado das crianças e o sistema que nos obriga a empurrar
essas crianças, sem que eles tenham adquirido o mínimo de conhecimento
necessário. (PROFESSOR 06)
O desinteresse dos alunos e a falta de materiais acessíveis para melhorar a
dinâmica da aula. (PROFESSOR 07)
Falta de compromisso por parte de alguns alunos. (PROFESSOR 08)
Desmotivação dos alunos / Falta de compromisso dos pais no ambiente
escolar. (PROFESSOR 09)
Muita das vezes a faltar de interesse por parte dos estudantes que por
muitas vezes vão para escola pra brincar, tirar a atenção daquele que
querem alguma coisa nos estudos. (PROFESSOR 10)
Falta de interesse de alguns alunos pela aprendizagem. (PROFESSOR 11)
Falta de interesse dos estudantes... (PROFESSOR 12)
Quando a sua prática não dá frutos de alguma forma, com algum
ensinamento que aluno guardou e anos depois ele ainda mantém consigo. A
falta de respeito, insegurança e desvalorização também são fatores
inquietantes. ... (PROFESSOR 13)
Defasagem da aprendizagem pós pandemia. ... (PROFESSOR 14)
A suma desvalorização, principalmente do professor temporário.
(PROFESSOR 15)
Como trabalho em um município pequeno do interior, muitas vezes não
temos como incentivar ainda mais os alunos que muitas vezes são carentes
e enfrentam problemas familiares e sociais. (PROFESSOR 16)
A falta de compromisso dos pais com seus filhos e a escola. (PROFESSOR
17)
Os alunos que têm mais dificuldades e que na maioria das vezes não
conseguimos dar tanta assistência. Como os alunos que não sabem ler mas
estão em séries avançadas... (PROFESSOR 18)
32
conduz o sujeito à ação com empenho e entusiasmo, mas qual o papel do professor
nesse contexto.
A relação professor-aluno é um fator importante no contexto escolar e quando
há uma boa relação entre ambos tanto o professor quanto o aluno demonstram mais
interesse para ensinar e aprender. A figura do professor é essencial na
aprendizagem, seu contato com o aluno, é durante esse processo que a criança
desenvolve seus significados, como discorrem Leontiev e Luria sobre a educação:
Durante o processo de educação escolar a criança parte de suas próprias
generalizações e significados; na verdade ela não sai dos seus conceitos,
mas, entra num novo caminho acompanhada deles, entra no caminho da
análise intelectual, da comparação, da unificação e do estabelecimento de
relações lógicas, novas para ela, de transição de uma generalização para
outras generalizações. (LEONTIEV & LURIA, apud VYGOTSKY 1984 p. 147
MOYSÉS, 2001)
Com certeza, o professor tem que lembrar que a turma não é uma tabua
rasa, ela tem toda uma história, então o dialogo pode ajudar a perceber, por
exemplo, porque o aluno se comporta de determinada maneira ou o porquê
ele tem certas dificuldades. (PROFESSOR 04)
O diálogo é peça fundamental, ele é a ponte entre o conhecimento e o
aluno. (PROFESSOR 05)
Sim, à medida que conversamos, dialogamos, conseguimos atingi-los de
uma forma melhor. (PROFESSOR 06)
É fundamental, pois o conhecimento trazido pelos alunos valoriza ainda
mais o aprendizado que pode ser direcionado a partir desses diálogos.
(PROFESSOR 07)
Sim. Para sanar eventuais dúvidas; utilizar metodologias mais atrativas afim
de entender as reais necessidade dos educandos. (PROFESSOR 08)
Com certeza. Para compreendermos melhor o que se passa e assim
podermos lidar com tais situações. (PROFESSOR 09)
O diálogo é muito importante para a sala flua normal, pois sem isso não
conseguimos ter uma boa aula. (PROFESSOR 10)
Sempre, pois é através do diálogo que conseguimos entender o aluno.
(PROFESSOR 11)
Sim, pois fortalece vínculos, proporciona reflexão e autonomia de
pensamento... (PROFESSOR 12)
Dialogar é sempre fundamental, propor acolhidas com momentos de
reflexão, leitura interativa etc. É a partir das conversas que conhecemos
melhor nossos alunos, as vezes eles nos relatam assuntos que dificilmente
compartilhariam para seus pais. É uma forma de entender melhor os
estudantes e assim adequar alguma metodologia mais eficaz. PROFESSOR
13)
Sim. A relação professor e aluno deve sempre acontecer dessa forma
dialogada, assim terá melhor desempenho na aprendizagem e o professor
conhece mais a realidade do seu aluno. (PROFESSOR 14)
Sim! O diálogo é uma ferramenta poderosa para que haja troca de
experiências, aprendizado e compreensão do processo de aprendizagem.
(PROFESSOR 15)
É muito importante dialogar com os alunos pois ajuda a conhecê-los, criar
um vínculo e envolvê-los na aula. (PROFESSOR 16)
Sim, pois através do diálogo podemos conhecer os alunos e trabalhar o seu
senso crítico, tornando_ as pessoas autônomas e compromissadas com o
que pensam e acreditam. (PROFESSOR 17)
Com certeza. É super importante o diálogo, por que é através dele que
conhecemos o ponto de vista dos alunos e compartilhamos conhecimentos
que os farão refletir. (PROFESSOR 18)
37
Perguntamos aos respondentes o que se sabem o que seus alunos
esperam de suas aulas? e isso faz diferença? Justifique.
Os alunos geralmente esperam que suas aulas na escola sejam
interessantes, relevantes e envolventes. Eles querem aprender coisas novas e
desafiadoras, mas também esperam que os professores apresentem as informações
de uma forma clara e compreensível. Também esperam que seus professores
estejam disponíveis para ajudá-los quando necessário e que criem um ambiente
seguro e respeitoso em sala de aula. Eles querem se sentir valorizados e
respeitados como indivíduos e ter suas vozes ouvidas durante as discussões em
sala de aula.
Além disso, os alunos também esperam que suas aulas na escola ajudem a
prepará-los para o futuro, seja por meio do desenvolvimento de habilidades práticas
ou da aquisição de conhecimentos relevantes para suas carreiras e vidas pessoais.
Sim, é muito importante que os professores conheçam o que seus alunos
pensam e sentem em relação às aulas e ao ambiente escolar. Isso porque, ao
entender as expectativas e necessidades dos alunos, os professores podem adaptar
sua abordagem de ensino e tornar as aulas mais eficazes e envolventes.
Ao conhecer os pensamentos e sentimentos dos alunos, os professores
também podem identificar problemas ou dificuldades que possam estar afetando seu
desempenho acadêmico e encontrar maneiras de ajudá-los a superá-los. Além
disso, quando os alunos se sentem ouvidos e compreendidos, isso pode aumentar
sua motivação e engajamento nas aulas.
Por fim, é importante lembrar que cada aluno é único e pode ter expectativas
e necessidades diferentes. Portanto, é essencial que os professores criem um
ambiente de sala de aula aberto e inclusivo, onde os alunos se sintam à vontade
para expressar suas opiniões e fazer perguntas.
A partir dessa compreensão os resultados apontaram que 94,4% conhecem
seus alunos e o que estes esperam, enquanto 5,6% ainda não conseguem entender
o real interesse dos alunos tendo em vista a dificuldade em manter um diálogo com
os mesmos, mas alguns acreditam que essa variação também esta relacionada a
disciplina de seu interesse. Segue gráfico abaixo.
38
Gráfico 3: sabem o que os alunos esperam de suas aulas? E isso fez diferença?
39
Fonte: a autora (2022)
40
Fonte: a
Ainda com relação ao comportamento do professor em sala de aula.
Perguntamos aos respondentes como você considera a relação entre professores e
alunos na sala de aula?
Amigável. (PROFESSORA 01)
Profissional e amigável. (PROFESSORA 02)
Tudo tem limite, a relação professor e aluno deve ser pautada no diálogo e
no respeito, e bom estabelecer um limite entre o que pode e o que não
pode, para não perder autonomia na sala de aula. (PROFESSORA 03)
Baseado em minha experiência, certo dia ouvi o seguinte relato "Se fulano
fosse professor, acho que ele seria estilo Késsio, que brinca e é divertido,
mas briga quando é preciso", e é essa relação que procuro estabelecer com
eles. (PROFESSORA 04)
A relação entre ambos, tem que ser de confiança, amizade, sinceridade e
muitas verdades, para que assim, o professor conquiste a confiança do seu
aluno, e as coisas comecem a fluir. E claro, sem que confundam a amizade
com o respeito e o papel de cada um. (PROFESSORA 05)
Difícil. Mas, prazerosa. (PROFESSORA 06)
A relação de respeito, amizade e acessibilidade entre professor e aluno é
primordial dentro do espaço escolar, pois ela conduzirá todo o resultado do
processo de aprendizado. (PROFESSORA 07)
É extremamente importante os professores manterem um bom
relacionamento com os alunos, acredite, isso facilita a troca de
conhecimento. (PROFESSORA 08)
De suma importância entre ambos. É fundamental que haja esta conexão,
construindo assim, um vínculo de afetividade, respeito, para que sejam
sanadas as dificuldades dando abertura para o conhecimento.
(PROFESSORA 09)
Tem que ter uma ótima relação, uma parceria entre o professor e o aluno
para que tenha ótimo resultado. (PROFESSORA 10)
Boa. (PROFESSORA 11)
É essencial. Pois é partir desse contato que se constrói um vínculo
importante para superar as dificuldades, sanar as dúvidas e desbravar o
conhecimento. (PROFESSORA 12)
A relação deve ser a melhor possível mediada pelo respeito e diálogo.
Existe uma linha ténue entre manter uma barreira e cada um no seu lugar e
uma relação de carinho, mas sem ser muito íntimo para não gerar más
interpretações. (PROFESSORA 13)
O aluno é essencial para que a relação professor e aluno aconteça de forma
prazerosa e continua. (PROFESSORA 14)
De suma importância para que o professor de fato seja ponte entre o
conteúdo e o aluno. (PROFESSORA 15)
Deve ser mantido um clima de respeito e também amizade para cativar os
41
alunos que muitas vezes não tem perspectivas futuras. (PROFESSORA 16)
Considero uma relação muito boa. (PROFESSORA 17)
Que o professor deve ser um mediador dos conhecimentos e que deve
haver respeito entre ambos. (PROFESSORA 18)
49
pedagógica estabelecida. Assim, possibilita um revisar e alterar posições a partir de
argumentação sólida que serão trabalhadas, considerando passo a passo de uma
aprendizagem significativa no processo de ensino-aprendizagem (LUCKESI, 2013).
Freinet (2017) corrobora com a premissa de que nessa nova
contemporaneidade, há uma grande necessidade da educação escolar retomar seus
objetivos como a descentralização da posse dos saberes e sua difusão e a
interpenetração da escola com a comunidade, sendo essa a característica da
pedagogia, pois com tais procedimentos pode surgir ações positivas em relação às
formas de aprendizagens/ensinagens (Pimenta e Anastasiou, 2014), que precisam
ser consideradas nas instituições escolares, tendo por base a respeitabilidade
curricular (VASCONCELLOS, 2011 e ARROYO, 2013).
Ademais, entende-se a necessidade de desenvolver atitudes que permitam
maior conexão com a realidade do aluno, bem como novas técnicas para se lidar
com o desconhecido, com o inesperado, almejando ações possíveis.
Com isso, para Morin (2002) e Delors (2018) tais atitudes visam possibilitar
aprender a fazer, aprender a aprender, encarar problemas de vários pontos de vista,
desenvolver relacionamentos interpessoais (aprender a viver com os outros) e a
liberdade de escolha (currículo diversificado).
É fundamental que se prepare o indivíduo para fazer escolhas apropriadas,
para projetar o futuro com tempo suficiente de análise antes da tomada de decisão.
A escola e principalmente o professor, faz a ponte para novas atitudes e
descobertas do que realmente o aluno quer saber, e isso é importante para que ele
não perca a motivação na vontade de aprender.
Ou seja, os estudiosos defendem a importância de uma educação que
valorize o processo de ensino-aprendizagem como uma construção conjunta entre
professores e alunos, em que o erro é visto como uma oportunidade de aprendizado
e revisão de decisões. Além disso, a educação deve buscar descentralizar o saber e
conectá-lo com a realidade do aluno, por meio de uma interpenetração da escola
com a comunidade.
É fundamental desenvolver atitudes que permitam aprender a fazer, aprender
a aprender, encarar problemas de vários pontos de vista, desenvolver
relacionamentos interpessoais e a liberdade de escolha. O professor tem um papel
crucial nesse processo, atuando como um facilitador e incentivando a motivação do
aluno na busca pelo conhecimento.
50
Sobre a cumplicidade com seus alunos, 72,2% dos respondentes afirmaram
que existe sim cumplicidade na relação de ambos, enquanto 27,8% afirmaram que
não. O que nos leva a perceber que uma parcela bastante significativa dos
professores mantém certo vínculo com seus alunos e dessa forma veja que
aproximação respeitosa e saudável é importante no espaço da sala de aula e esta
seja promotora de uma boa interação que será bastante representativa para uma
boa convivência. Segue gráfico abaixo:
Gráfico 6: existe uma relação de cumplicidade com seus alunos?
52
Fonte: a autora (2022)
O ato pedagógico pode ser, então definido como uma atividade sistemática
de interação entre seres sociais tanto no nível do intrapessoal como no nível
de influência do meio, interação esta que se configura numa ação exercida
sobre os sujeitos ou grupos de sujeitos visando provocar neles mudanças
tão eficazes que os tornem elementos ativos desta própria ação exercida.
(LIBÂNEO, 1994, p.56).
Gráfico 9: Como você se sente na escola onde estuda? . Quais são as suas
expectativas?
Fonte:
a autora (2022)
Concorda-se com Freire a relação entre educador e educando deve ser, pois,
dialógica. E o diálogo, porque implica o respeito ao outro, sua compreensão e sua
busca, não pode ser imposto de fora para dentro das pessoas. Por isso, o diálogo
não pode ser um ato de depositar ideias do educador no educando, nem tão pouco
um ato de transferir ideias de um sujeito para outro. Diálogo é um ato de criação
conjunta, em que todos os sujeitos envolvidos têm a oportunidade de serem
protagonistas e transformadores de sua própria realidade."
O diálogo é a base de uma educação verdadeiramente transformadora, em
que tanto o professor quanto o aluno são responsáveis pelo processo de
aprendizagem e pela construção do conhecimento. É preciso abandonar a ideia de
que o professor é o detentor absoluto do conhecimento e reconhecer que cada aluno
traz consigo suas próprias experiências, saberes e perspectivas. Somente assim
será possível construir uma educação que seja crítica, reflexiva e comprometida com
a transformação da sociedade.
De acordo com os respondentes 80% dos professores mantém um diálogo
aberto com os alunos, enquanto 20% afirmaram que não. Dessa forma entende-se
sim que existe diálogo entre professores e alunos e essa afirmação traz uma certeza
de que não existe comunicação sem diálogo e especificamente no espaço escolar é
fundamental que professores e alunos possam ter um relacionamento saudável e
amistoso.
Sabemos que as relações interpessoais não são fáceis em qualquer
ambiente, e especialmente na escola pode existir uma troca de valores, onde por
57
vezes o aluno pode ultrapassar os limites e confundir uma relação dialógica com
seus professores. O diálogo entre professores e alunos é extremamente importante
no processo educacional, pois permite uma troca de informações, ideias e
conhecimentos entre as partes envolvidas. Quando os alunos têm a oportunidade de
dialogar com seus professores, eles podem esclarecer dúvidas, compartilhar suas
opiniões e perspectivas, e ter um melhor entendimento do conteúdo abordado em
sala de aula.
Além disso, o diálogo entre professores e alunos pode ajudar a criar um ambiente de
aprendizagem mais inclusivo e colaborativo. Os alunos podem se sentir mais
encorajados a participar ativamente das aulas e a contribuir para a discussão, e os
professores podem ouvir diferentes perspectivas e opiniões que podem enriquecer a
experiência de aprendizagem de todos. Segue gráfico abaixo:
Gráfico 10: O professor consegue manter um diálogo aberto com vocês? Vocês se
sentem acolhidos pelos mesmos.
90.00%
80%
80.00%
70.00%
O professor consegue manter
60.00% um diálogo aberto com vocês?
Vocês se sentem acolhidos pe-
50.00% los mesmos.
40.00%
30.00%
20%
20.00%
10.00%
0.00%
SIM NÃO
A relação entre alunos em sala de aula pode ter uma grande influência no
ambiente de aprendizagem e no desempenho escolar. Uma relação positiva entre os
alunos pode promover um ambiente de colaboração, respeito e motivação mútua
para aprender. Por outro lado, uma relação negativa pode levar a um ambiente
hostil, desmotivador e prejudicar o desempenho escolar.
Algumas das coisas que podem afetar a relação entre os alunos incluem
58
diferenças culturais, diferenças socioeconômicas, diferenças de personalidade,
conflitos interpessoais e bullying. Os professores desempenham um papel
importante em fomentar uma relação positiva entre os alunos, criando atividades de
grupo, incentivando a cooperação e a comunicação aberta, e monitorando e
abordando comportamentos negativos.
Uma boa relação entre os alunos em sala de aula não apenas melhora o
ambiente de aprendizagem, mas também pode ter efeitos positivos a longo prazo,
como a promoção de habilidades sociais e emocionais importantes para a vida
adulta.
Em tempos difíceis, como este que estamos vivenciando, damos-nos conta
da importância das relações interpessoais. As relações interpessoais estão
presentes em nossa vida desde o período gestacional e, indubitavelmente, são de
extrema importância para a formação psíquica do sujeito e, consequentemente para
o âmbito escolar. Vivemos em uma sociedade com inúmeras discrepâncias. Em
decorrência disso, temos alunos com realidades diferentes dentro da mesma sala de
aula. Sendo assim, pensamentos, atos e sentimentos são diferentes nas vidas,
histórias e experiências desses sujeitos.
Nesse sentido perguntamos aos respondentes como você se relaciona com
seus colegas de sala? 51,6% dos alunos afirmaram que convivem bem com seus
colegas, 19,4% disseram que o relacionamento é ótimo, e 29% apontaram como
regular. Como já explicitamos nos parágrafos anteriores, existem inúmeros fatores
que corroboram para uma boa ou má relação entre os alunos, fatores estes que
interferem positivamente ou negativamente. De acordo com a resposta dos
respondentes, se somarmos os que convivem bem e os que consideram o
relacionamento ótimo temos margem para acreditar que os alunos convivem bem na
escola, a despeito dos que apontaram como regular, isso é compreensível tendo em
vista que estamos lidando com seres humanos e todos estão sujeitos a dias bons e
outros nem tanto. Mas o que realmente importa é que compreendeu-se nessa
pesquisa que os alunos mantém uma boa relação entre eles. Segue gráfico abaixo.
Gráfico 11: Como você se relaciona com seus colegas de sala?
59
Fonte: a autora (2022)
60
Um professor pode tratar o aluno de forma respeitosa, ouvindo-o
atentamente, reconhecendo suas opiniões e ideias, e oferecendo feedback
construtivo. É importante que o professor trate cada aluno de forma individual,
considerando suas necessidades e habilidades específicas.
O professor também pode tratar o aluno com paciência, entendendo que cada
aluno aprende em seu próprio ritmo. Ele deve ser capaz de explicar conceitos
complexos de forma clara e responder às dúvidas dos alunos de maneira atenciosa
e compreensiva.
Além disso, um bom professor se dedica a ajudar o aluno a atingir seu
máximo potencial, fornecendo recursos de aprendizagem adequados, incentivando o
desenvolvimento de habilidades e oferecendo orientação e apoio ao longo do
processo.
Em resumo, um professor que trata seus alunos com respeito, paciência e
dedicação pode ajudá-los a desenvolver uma paixão pelo aprendizado e a alcançar
seus objetivos acadêmicos e pessoais.
De acordo com os resultados obtidos 83.9% dos respondentes responderam
que estão satisfeitos com o tratamento que recebem dos professores, enquanto
16,1% afirmaram que poderia ser melhor, não existe insatisfação. O que se
percebeu foi que para alguns alunos o tratamento dispensado a eles poderia ser
melhor, embora os alunos não tem se aprofundado no assunto é possível inferir
algumas questões que podem vir até mesmo do comportamento do aluno. É
importante ressaltar que o professor tem inadvertidamente alguma preferência por
aquele aluno que não lhe traz problema, que é estudioso, inteligente, aqueles mais
rebeldes normalmente o professor se torna um pouco arredio, óbvio são conjecturas.
Segue gráfico abaixo.
Gráfico
12:
Como
você se
sente
em
relação
ao
61
tratamento dos professores com você?
Gráfico 13: Já surgiu algum conflito mais sério que precisou de intervenção da gestão
escolar e/ou família? explique?
A forma como os professores tratam seus alunos em sala de aula pode variar
bastante, pois depende de muitos fatores, como a cultura escolar, o nível de ensino,
a personalidade do professor e dos alunos, entre outros.
Para Nóvoa (1997, p. 27): “as situações conflitantes que os professores são
obrigados a enfrentar (e resolver) apresentam características únicas, exigindo,
portanto características únicas: o profissional competente possui capacidades de
autodesenvolvimento reflexivo (...) A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre
ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva”.
Na concepção de Nóvoa (1997) é fundamental a reflexão como parte
integrante da prática docente. Segundo ele, os desafios que os professores
enfrentam são complexos e únicos, exigindo uma capacidade de
autodesenvolvimento reflexivo por parte dos profissionais competentes, e esse
desafio está também relacionado a maneira como este se relaciona com seu aluno.
A autoridade do professor em sala de aula é fundamental para criar um
ambiente de aprendizagem seguro e produtivo para os alunos. A autoridade do
63
professor é baseada em sua capacidade de estabelecer expectativas claras para o
comportamento dos alunos e garantir que essas expectativas sejam seguidas. Isso
inclui não apenas o comportamento em sala de aula, mas também o respeito pelo
processo de aprendizagem.
Para que um professor tenha autoridade em sala de aula, é necessário que
ele ou ela seja respeitado pelos alunos. Isso pode ser alcançado de várias maneiras,
como demonstrando conhecimento sobre o assunto que está sendo ensinado, sendo
justo e consistente em suas regras e consequências, e estabelecendo uma relação
positiva com os alunos. Além disso, um professor deve ser capaz de manter a
disciplina na sala de aula, mas sem recorrer a métodos abusivos ou desrespeitosos.
É importante ressaltar que a autoridade do professor não deve ser confundida
com autoritarismo. Um professor autoritário usa seu poder para controlar e intimidar
os alunos, enquanto um professor com autoridade usa sua experiência e habilidades
para orientar e apoiar os alunos em seu processo de aprendizagem. Quando um
professor tem autoridade em sala de aula, os alunos se sentem seguros e confiantes
para participar ativamente das aulas e buscar novos conhecimentos.
De acordo com os respondentes 60% entendem que os professores os tratam
com autoridade, 26% com respeito, 10% com amizade, 2% são ríspidos enquanto
2% são indiferentes. O que nos revela os resultados é que a autoridade não estaria
relacionada ao autoritarismo, tendo em vista que logo em seguida vem o respeito e a
amizade, isso nos revela que o professor precisa ter autoridade, sem ser autoritário
tendo em vista que da sua postura vai depender o domínio de sua sala de aula e
consequentemente a atenção do aluno e sua aprendizagem. Segue gráfico abaixo.
64
Como os professores tratam os alunos em sala de aula?
60.00%
26.00%
10.00%
2.00% 2.00%
66
Fonte: a autora (2022)
10.00%
20.00%
interação
20.00% matemática
disciplina
atividades em grupo
50.00%
67
Gráfico 17: Você considera que seus professores tem o domínio do conteúdo que
ministram? Porque?
68
Gráfico 18: Que tipos de metodologias são usadas pelos professores que mais motivam
vocês a assistirem suas aulas? Quais?
10.00%
dinâmicas
jogos
20.00% raciocinio lógico
50.00% atividades em grupo
20.00%
Gráfico 19: Você sente dificuldade em alguma disciplina especifica? E o professor lhe
69
ajuda de que forma.
Gráfico 20: Que nota você daria a escola e aos seus professores? Porque?
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
70
6. RECOMENDAÇÕES
71
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAYDT, Regina Célia Cazaux - Curso de Didática Geral – São Paulo – 5. ed. Ática, 1998.
LEITE, Célio Rodrigues. Convivência escolar: a questão dos conflitos entre alunos e
professores e alunos. Anais […] VIII Congresso Nacional de Educação da PUCPR,
Educere, 6 a 9 out. 2008. Disponível em:
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2008/127_136.pdf. Acceso em 11 marc. 2023
73
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988
LIBÂNEO, João Ferreira de Oliveira, Mirza Seabra Toschi – 10 ed. Ver. e ampl.- São
Paulo: Cortez, 2012.
MEDINA, J. P. A Educação Física cuida do corpo e mente. In: A Educação Física cuida
do corpo e mente. 13º ed., Campinas: Papirus, 1989.
MENDONÇA, Rosa Helena; MARTINS, Magda Frediani. Apresentação. In: TV, educação
e formação de professores: Salto para o futuro: 20 anos / Rosa Helena Mendonça,
74
Marta Frediani Martins (org.). – Rio de Janeiro: ACERP; Brasília, DF: TV Escola, 2013, v.
4.
75
VEIGA, I. P. A. A prática pedagógica do professor de didática. 3. ed. Campinas:
Papirus, 1994.
76
APÊNDICES
77
APÊNDICE I:
QUESTIONÁRIO A SER APLICADO AOS PROFESSORES DA ESCOLA ANTONIO
CORREIA DE CASTRO COMO REQUESITO PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA
DO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA FACULDADE DE
POSTGRADO.
NOME:
DISCIPLINA(S) QUE LECIONA:
PERIODO/ANO:
DATA:
1. A escolha pelo magistério foi uma decisão assertiva, ou paira algumas dúvidas sobre
sua escolha?
2. Quais principais desafios enfrentados em sala de aula?
3. Como procuram solucionar esses desafios?
4. O que mais inquieta o professor em sua prática docente?
5. Que estratégias utilizam para manter os alunos interessados na aula?
6. Se acham importante dialogar com os alunos?
7. O que mais o incomoda na postura do aluno?
8. De que forma procura resolver os conflitos na classe?
9. Se sabia o que os alunos esperam de suas aulas?
10. O que o professor considera mais em sua aula: se o que ele ensina ou o que
seu aluno aprende?
11. A forma como o professor incentiva seus alunos a participarem da aula?
12. Como você considera a relação entre professores e alunos na sala de aula?
13. Que tipo de relacionamento você mantém com seu aluno no âmbito da escola?
14. Que tipo de profissional você é? Aquele que entende seus alunos procurando ajudá-los
da melhor maneira em suas dificuldades ou você mantém a distância cumprindo
apenas seu papel? Justifique?
15. Como você percebe a indisciplina em suas salas? Ou você não encontra desafios no
que tange essa questão?
16. Como a direçao orienta vocês para lidar com os adolescentes? Ou não existe
interferência dos mesmos?
17. você penaliza seu aluno de alguma forma quando o mesmo não consegue
compreender alguns conteúdos, ou você se mostra receptivo na dificuldade destes?
18. Existe uma relação de cumplicidade com seus alunos?
78
19. Você e seus colegas costumam se reunir para avaliarem o desempenho de seus
alunos, já que todos passam pelas mesmas sala de aula ?
20. Você fazem algum tipo de comparativo de desempenho, comportamento e
aprendizagem das turmas do ensino fundamental II?
79
APÊNDICE II:
QUESTIONÁRIO A SER APLICADO APLICADO AOS ALUNOS DA ESCOLA
ANTONIO CORREIA DE CASTRO COMO REQUESITO PARA REALIZAÇÃO DA
PESQUISA DO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA FACULDADE DE
POSTGRADO.
NOME:
PERIODO/ANO:
DATA:
1 Como você se sente na escola onde estuda? Quais são as suas expectativas?
2 você vai todo dia para a escola? Ou busca encontrar um motivo para não ir?
3 Como você se relaciona com seus colegas de sala?
( ) bom ( ) regular ( ótimo)
4 Como você se sente em relação ao tratamento dos professores com você?
5 Já surgiu algum conflito mais sério que precisou de intervenção da gestão
escolar e/ou família? ( ) sim ( ) não
6 Como os professores tratam os alunos em sala de aula?
7 Você se considera importante no âmbito da escola?
8 Quais são seus maiores desafios na escola?
9 Você se sente respeitado por seu professor na escola? Ou existe algum tipo de
preconceito?
10 O professor consegue manter um diálogo aberto com vocês? Vocês se sentem
acolhidos pelos mesmos.
11 Você considera que seus professores tem o dominio do conteúdo que ministram?
Porque?
( ) sim ( ) não
12 Que tipos de metodologias são usadas pelos professores que mais motivam vocês a
assistirem suas aulas? Quais?
13 Você sente dificuldade em alguma disciplina especifica? E o professor lhe ajuda de que
forma.
14 Como se dá o relacionamento com outros colegas da escola?
( ) bom ( ) regular ( ótimo)
15 Que nota você daria a escola e aos seus professores? Porque?
80