Formacao em Egp 2023
Formacao em Egp 2023
Formacao em Egp 2023
Licão nº 1
Tema: Introdução a Gestão de Projectos
O que é um projecto?
É um conjunto de actividades inter-relacionadas, não repetitivas que visam alcançar os
objectivos pré-estabelecidos (custo, prazo de execução, resultados) com recursos alocados
limitados.
Ex: Compra e venda de imobiliários, projecto de alfabetização.
Nota:
Um projecto pode ser com fins lucrativos, ou não lucrativos.
Lucrativos: quando a intenção é de gerar capital;
Não lucrativo: quando o objectivo é não gerar capital.
Não é qualquer ideia que a pessoa pensou, e logo vai se chamar de projecto, existem requisitos para
tal, e estes são:
1. Tem início e fim definidos: partindo do pressuposto de que cada projecto é único, também cada
projecto tem não apenas um momento de início definido, mas também um prazo de conclusão
bem claro.
As demais características, listadas abaixo, influenciam directamente no estabelecimento desse
prazo para que seja realista e executável, inclusive considerando desvios e riscos envolvidos.
2. É progressivo: a partir do prazo definido para sua execução, todo projecto tem etapas. Um
projecto nunca é feito de uma entrega só. Mas sim de entregas gradativas à medida que etapas
vão sendo superadas. Sua execução é progressiva, tarefa após tarefa, em direcção ao objectivo
maior do projecto geral.
3. Tem delimitação de recursos: um projecto tem recursos previamente delimitados, com base em
seu escopo e prevendo a resolutividade do objectivo definido. Um projecto deve ter o
levantamento de custos, investimentos e orçamentos feito antes de sua execução, uma vez que
tais itens são directamente responsáveis por tornar o projecto viável ou inviável.
O ciclo de vida de um projecto é a divisão da gestão do projecto em fases menores, pelas quais ele
deve passar desde seu início até o seu término.
As fases do ciclo de vida de projectos são definidas pela organização ou pelo gerente de projectos,
conforme aspectos específicos da organização, sector ou tecnologia empregada.
Os projectos podem variar substancialmente em dimensão e complexidade, devido a esta natureza, não
tem havido um acordo entre as indústrias, mesmo companhias dentro da mesma indústria, podendo os
nomes e o numero das fases ser determinados pela gestão de acordo com as necessidades de controlo da
organização envolvida no projecto, a natureza do próprio projecto e área aplicacional do próprio
projecto, mas em geral existem aquelas que são as fases básicas
Licão nº 2
Tema: Análise de Viabilidade do Projecto
Revisão
Na aula passada falamos sobre a introdução da gestão de projectos, onde dizemos que é a aplicação
de habilidades, conhecimentos, ferramentas e técnicas as actividades do projecto.
No que se refere aos custos com o projecto, constata-se que os gastos com os estudos de viabilidade,
normalmente são os menores de todos os custos de investimento.
É neste sentido em que o tema torna-se imperioso, porque isto ocorre não só para se analisar e
seleccionar as oportunidades de investimento que sejam mais convenientes, como também ao se
evitarem investimentos que gerarão resultados negativos e ou mal dimensionados.
Antes da implantação de qualquer projecto numa área ou espaço, existe um estudo que se faz, para
saber se o mesmo projecto terá sucesso ou não, a isto nos chamamos de estudo de viabilidade.
Inicialmente, devemos considerar o fato de que uma análise de viabilidade é feita com base em
projecções.
Além disso, é frequente que cada fase de verificação da viabilidade corresponda a um processo de
decisão aplicada a um problema que contempla muitas variáveis, com limites não muito bem
definidos e com informações muitas vezes incompletas.
Isso significa a existência de riscos consideráveis e é importante a cooperativa considerar despender
recursos e tempo na análise de viabilidade de modo proporcional ao risco que o
projecto apresenta.
É importante observar que o risco pode estar associado a uma diversificação de projectos que
requerem um volume elevado de recursos para a cooperativa.
Investimentos do projecto
Investimento;
É o comprometimento actual de valores ou outros recursos na expectativa de colher benefícios
no futuro;
É um gasto activado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos.
Objectivo:
Determinar as necessidades de recursos financeiros para executar o projecto, colocá-lo em
andamento e garantir o seu funcionamento inicial.
Os investimentos, também denominados usos dos recursos de um projecto, podem ser classificados
em:
Inversões fixas - são terrenos, edificações, equipamentos, móveis, instalações, despesas de
implantação, marcas patentes e veículos;
Com relação aos investimentos em infra-estrutura, é necessário prever recursos financeiros para a
aquisição de equipamentos, móveis e utensílios e da tecnologia necessária para gerir o projecto
durante a operação.
Esses itens são avaliados pelo seu custo de aquisição, considerando-se anualmente as depreciações.
Importante
Podemos concluir que para iniciar um projecto precisamos do capital inicial e que dele se repartem as
inversões fixas, e o capital de giro.
Receitas do Projecto
Receitas não operacionais - são aquelas provenientes de transacções não incluídas nas
actividades principais ou acessórias que constituem objecto da empresa, como: o montante
obtido na alienação de bens ou direitos integrantes do activo permanente.
Despesas:
São os gastos feitos após a arrecadação de um valor invertido num negócio do projecto.
Custos e Despesas
A identificação dos gastos associados ao empreendimento, quer sejam custos ou despesas, constitui
uma das fases mais importantes e detalhadas na elaboração do projecto.
Custo:
É um gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
Despesa:
É um bem ou serviço consumido directa ou indirectamente para a obtenção de receitas.
Despesas não operacionais – aquelas decorrentes de transacções não incluídas nas actividades
principais ou acessórias da empresa;
EX: O custo (valor contábil) de bem do activo permanente que deve ser apurado quando este for
alienado, baixado ou liquidado.
Os gastos com materiais directos, como matéria-prima e embalagem, são classificados como custos
variáveis numa indústria, assim como as mercadorias em um comércio.
O custo total dos materiais directos ou das mercadorias vendidas representa o valor que deverá ser
baixado dos estoques pela sua venda efectiva.
Para determiná-los, basta multiplicar a quantidade estimada de vendas pelo seu custo de
fabricação ou aquisição.
Os custos de mão-de-obra estão associados à definição de quantas pessoas serão contratadas para
realizar as actividades do negócio e dos salários que serão praticados e devem ser considerados os
encargos sociais, tais como:
FGTS (fundo de garantia do tempo de serviço);
Férias;
13o salário;
Contribuição para INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), dentre outros.
O custo total da mão-de-obra é dado pelo total dos salários acrescido dos encargos sociais.
Os custos da mão-de-obra envolvida em actividades não ligadas à produção, tais como, actividades
administrativas e comerciais, bem como a remuneração dos proprietários (pró-labore), são
considerados custos fixos.
Os gastos com vendas, tais como impostos e comissões de vendedores ou representantes, são um
tipo de despesa que incidem directamente sobre as vendas e, assim como o custo com materiais
directos ou mercadorias vendidas, são classificados como custo variável.
Projecção de Resultados
Após reunir as informações sobre as estimativas de facturamento e custos totais (fixos e variáveis), é
possível prever o resultado da cooperativa, verificando se ela irá operar com sobra (lucro) ou perda
(prejuízo).
Nota Conclusiva
Foram introduzidos aspectos relacionados à análise económico- financeira do projecto, que consiste
na última etapa do estudo da viabilidade de um empreendimento.
Para existir viabilidade, os investimentos realizados devem ser compensados por benefícios futuros,
expressos em fluxos de caixa disponíveis.
Licão nº 3
Tema: Projecto e sua Estrutura
Introdução *
Na aula passada falamos sobre a análise de viabilidade do projecto, onde dizemos que os gastos com
os estudos de viabilidade, normalmente são os menores de todos os custos de investimento.
O planeamento e a execução de qualquer investimento público ou privado deve ser realizado a partir
de um projecto.
A classificação do projecto por tipo dependerá do objectivo, em função do sector económico, onde
se processa o investimento, têm os seguintes, considerando os três grandes sectores de actividade
económica (classificação macroeconómica):
Os projectos, dentro de cada sector, podem ser classificados em função de sua finalidade, quer seja de
criar novos meios de produção ou ampliar a capacidade ou ainda, aumentar a produtividade de meios
de produção existentes.
Pode ser, também, que se queira classificar o projecto em função do uso que o mesmo terá para a
empresa ao longo do processo decisório e até à implantação do mesmo.
1. Projecto de pré-viabilidade:
Serve para determinar uma acção hipotética e consistente de mercado e inclui os estudos e
diagnósticos iniciais e análise de mercado, a fim de definir localização e tamanho do novo
negócio.
Esta fase é importante para identificar a factibilidade da proposta, e se serão possíveis de serem
colectados dados suficientes para análise.
2. Projecto de viabilidade:
É um projecto que procura verificar a viabilidade a nível interno da própria empresa.
Quando surge a ideia (ou a oportunidade) de investir, inicia o processo de colecta e processamento de
informações que, devidamente analisadas, permitirão testar a sua viabilidade e a empresa deve
elaborar vários projectos de viabilidade desde a ideia inicial, buscando identificar a melhor
alternativa, até à decisão de investir.
3. Projecto final:
Constitui-se no conjunto de informações em que a grande maioria dos parâmetros mais
importantes para a fase de implantação já se encontra definida (tais como identificação de
mercado, investimentos necessários, custos, despesas, receitas, cronograma, etc.).
4. Projecto de financiamento:
É um projecto feito para atender às exigências e quesitos dos órgãos financiadores (como os
bancos de investimento) e/ ou os órgãos que concedem incentivos (a nível federal, regional,
estadual e municipal).
Este tipo de projecto, resulta do preenchimento de formulários padronizados que são distribuídos
pelos órgãos que darão os financiamentos e/ou incentivos.
Estruturas de Projecto
Uma boa ideia se faz necessária para o sucesso do negócio, no entanto, não é, por si só, condição
suficiente.
Para alcançar o sucesso empresarial também se faz necessária a realização de acções estratégicas que
permitam a sua correta aplicação.
Então, sua descrição, explicação e justificação constitui um dos aspectos mais importantes e decisivos
do plano de viabilidade, especialmente para os investidores.
A Estrutura
Roteiro 1
1. A Empresa
Denominação ou razão social; forma jurídica;
Capital actual (subscrito e integralizado) e aumentos previstos;
Principais accionistas, controle accionário, relação com outras empresas ou grupos financeiros;
Dirigentes e administradores principais;
Histórico das actividades da empresa e evolução da produção, vendas, capital e resultados
financeiros (nos casos de ampliação de empresas existentes).
2. Projecto
Apresentação: descrição sumária dos objectivos e características principais do Projecto, com
indicação dos seus promotores ou responsáveis por sua execução, do programa de produção,
investimentos necessários, esquema de financiamento e resultados esperados.
3. Mercado;
Tamanho;
Localização;
Engenharia/produção;
Investimento;
Financiamento;
Custos e receitas anuais;
Organização e administração;
Justificativa económica;
Conclusões.
4. Anexos
Estudos complementares, plantas, catálogos, desenhos, e demais documentos que tenham sido utilizados
para elaboração do Projecto.
Roteiro 2
Apresentamos abaixo, outro exemplo de roteiro de plano de negócios: resumo é apresentado um breve
resumo da cooperativa, suas actividades, organização, objectivos, metas e produtos.
Apresentação do projecto descrever detalhadamente os tópicos abaixo:
Quem são os interessados/responsáveis pela implementação (qualificação, formação,
experiências profissionais, etc.);
Quais serão os produtos, serviços e a tecnologia trabalhados (descrição do produto,
tecnologia utilizada, etc.);
O mercado potencial (a quem se destina, estudo criterioso do mercado);
Elementos de diferenciação (diferenciais do produto, qualidade, preços, distribuição, etc.);
Projecção de vendas (explicar como devem acontecer os volumes de vendas, de forma
qualitativa e quantitativa);
Rentabilidade e projecções financeiras (identificar os custos, considerando as projecções de
vendas, a serem incidentes sobre os produtos);
Necessidades de financiamento (apurado o valor do investimento inicial, verificar a
necessidade de buscar alguma fonte de financiamento para adquirir as máquinas, equipamentos,
veículos, imóveis outros que serão necessárias ao pleno fluxo de produção).
A Empresa
Introdução
Na aula passada falamos sobre a, projecto e a sua estrutura, onde dissemos que um projecto é o
conjunto de informações internas e/ou externas à empresa, colectadas e processadas com o objectivo de
analisar, e se for viável, implantar uma decisão de investimento.
Todo projecto de produto ou de serviços, nas empresas públicas, privadas ou mistas, demanda
gastos, ou seja, é necessário que se tenha à disposição um certo montante de dinheiro a ser investido.
NB:
Importante observar que quanto mais detalhados e acompanhados forem os recursos, mais
chances de se efectivar o projecto dentro do orçamento e, por consequência, dando o retorno
esperado.
Esse retorno poderá vir na seguinte formatação:
1. Financeiro:
O projecto se auto paga, ou seja, é alcançado um retorno sobre o investimento, de forma que é
mais vantajoso para a instituição aplicar nesse projecto do que no mercado financeiro.
2. Social:
O projecto atende aos quesitos sociais, ou seja, é alcançado o propósito de atendimento a um
grupo cujas necessidades são o foco principal desse empreendimento.
3. Mercadológico:
O projecto atende ao planejado, com vista a uma colocação melhor no mercado, isto é, a empresa
estará mais competitiva, em especial devido aos investimentos que a concorrência
também vem fazendo.
4. Tecnológico:
O projecto coloca a empresa em posição de destaque frente aos clientes, fornecedores e também
concorrentes, em uma situação de possível desenvolvimento e melhoria de estrutura de
competição.
5. Misto:
O projecto alcança resultados em que a empresa se posiciona melhor que aquela em que se
encontrava por meio de uma combinação dos resultados já apresentados.
1. Investimentos compatíveis
Economicamente dependentes - quando a realização de um projecto pode influenciar no
resultado de outros projectos.
Ocorrem também nos casos extremos em que os lucros esperados de um investimento desaparecem
completamente com a aceitação de outro investimento.
1. Risco competitivo – os fluxos de caixa do projecto podem ser afectados por uma acção
inesperada dos concorrentes.
3. Risco de mercado – mudança inesperada nos factores macroeconómicos como a taxa de juro,
inflação, taxa de crescimento do PNB.
Estes são riscos que estão fora do controlo da empresa, estando assim o projecto sujeito a flutuações
de mercado.
1. Análise de sensibilidades – esta análise estuda o que acontecerá com a viabilidade do projecto
quando uma certa variável (preço de venda, quantidade produzida, custo variável unitário,
tamanho de mercado, porção de mercado) desvia-se de seu valor esperado, permanecendo todo
o resto igual, induzindo a mudanças significativas na decisão de investimento.
2. Análise cenário – um problema comum na análise de sensibilidade é a correlação entre as
variáveis.
EX: Uma situação de alteração do volume de vendas provavelmente estará associada a uma alteração
do preço, então o problema é que a análise sensibilidade ignora essa correlação entre as variáveis, e
para minimizar esse problema, surgiu uma variante da análise de sensibilidade, chamada análise de
cenários, na qual, em vez de se variar apenas uma variável de cada vez, variam-se diversas variáveis ao
mesmo tempo, estudando-se assim nessa análise o que acontecerá com a viabilidade do projecto se um
conjunto de variáveis (preço de venda, quantidade produzida, custo variável unitário, tamanho de
mercado e porção de mercado) que formam cada cenário variarem em simultâneo.
Nota conclusiva
A partir de um orçamento bem feito é possível alocar recursos financeiros de modo que os
recursos tecnológicos tragam um resultado positivo, ou seja, que isto venha a promover um
retorno sobre o investimento feito.
Quanto maior e mais detalhadas forem as informações, os resultados tendem a ser cada vez melhores.
Aula 5
Lição 5: Planeamento e Organização do Projecto
• Fases de um projecto
• Potenciais benefícios do planeamento
• Caminho crítica
• Alocação e nivelamento de recursos
• Conclusão e fechamento do projecto
Introdução
Na aula passada falamos sobre: Projecto de investimento onde dissemos que nem sempre a viabilidade
financeira é possível de ser alcançada, mas a social deve estar sempre nas acções dos gestores.
Nesta aula você compreenderá que as prioridades são alteradas, os recursos são redireccionados por
mudanças de foco, as equipes diminuem por alterações ou por novo projecto ou ainda perde-se a
objectividade do grupo (time).
Mas para que isso não venha a ocorrer o gerente de projectos deve aprender a cada projecto, em
especial em seu fechamento/conclusão, na tentativa de se evitar certas surpresas desagradáveis.
Nesta fase se elabora o anteprojecto ou esboço de projecto em linhas gerais e se procede aos primeiros
estudos das formas e processos como os objectivos ou problemas idênticos terão sido solucionados
noutras circunstâncias, noutras realizações já verificadas.
Estudos sobre as hipóteses de localização, jurídicos, fiscais, administrativos e financeiros que levam a
construção das variantes ou alternativas para o projecto.
No decurso destes estudos, vão se registando os custos e benefícios previsionais das variantes dos
projectos que levam a possibilidade de fazer a sua avaliação numa óptica optimizadora das
soluções estudadas.
Refira-se que a avaliação de um projecto pelo promotor tem por objectivo fundamentar a decisão
de investir em determinada actividade, por determinado processo e com vista a atingir
determinados fins.
4. Fase de Decisão
Corresponde a um balanço final dos resultados obtidos pelo projecto nas suas diversas vertentes:
Financeira;
Económica;
Material;
Social.
Aula 6
Tema: Introdução ao Empreendedorismo
Conceitos e definições;
Características e habilidades do empreendedor;
Tipos de empreendedorismo
Introdução
Na aula passada falamos sobre a, Planeamento e Organização do Projecto, onde dissemos que as
prioridades são alteradas, os recursos são redireccionados por mudança de foco, as equipes
diminuem por alterações ou por novo projecto ou ainda perde-se a objectividade do grupo (time).
Mas para que isso não venha a ocorrer o gerente de projectos deve aprender a cada projecto, em
especial em seu fechamento/conclusão, na tentativa de se evitar certas surpresas desagradáveis.
Nesta aula você compreendera que empreender é arriscar, ir além do tradicional, fazer coisas que os
outros não fazem.
1. Conceitos
O termo empreendedorismo é uma tradução da palavra entrepreneurship, utilizado para designar uma
área de enorme abrangência, não trata apenas da criação de empresas.
Analisando os conceitos de Drucker, vemos que empreender é arriscar, ir além do tradicional, fazer
coisas que os outros não fazem.
Empreendimento:
É o negócio em si;
Empreendedor:
É o grande responsável pelo empreendimento.
1. Aceitação do risco
A primeira característica que o empreendedor deve possuir é a aceitação de um risco.
O empreendedor precisa estar ciente de que, na mesma proporção em que um negócio pode dar
certo, ele também pode dar errado.
É claro que você não decide ter um comércio ou uma empresa sem antes fazer uma pesquisa de mercado
e um bom planeamento e essas ferramentas ajudam a minimizar os riscos.
2. Planeamento
Planejar aquilo que deve ser feito significa definir metas, dividir tarefas, montar planos de
acção, revisar constantemente aquilo que deve ser feito e poder verificar, de antemão,
factores que podem interferir positiva e negativamente nessas acções.
O planeamento, também, auxilia a definir o que fazer, quando, como e quem irá realizar.
3. Foco na oportunidade
Quando você tem algo que domina a sua mente, que o faz vibrar de vontade para que aconteça,
sua mente e seus sentidos se abrem para aquilo.
Desta forma, você fica mais atento a situações que tenham a ver com aquilo que espera que aconteça.
4. Conhecimento do ramo e de práticas gerenciais
Para que o empreendedor consiga fazer algo bem feito, necessita conhecer a actividade que
realizará.
5. Liderança
É o processo que leva à condução das pessoas a alcançarem os objectivos de uma organização ou
de um grupo.
Um bom líder motiva e influencia os liderados que, de forma voluntária, trabalham em prol de
alcançar melhores resultados.
6. Saber organizar
A organização contribui para o alcance de melhores rendimentos no trabalho, economizando
tempo e dinheiro e envolve a capacidade de utilização dos recursos humanos e materiais
necessários à execução de uma tarefa, de forma racional.
7. Capacidade de decisão
Tomar uma decisão, seja na vida pessoal ou na vida profissional, não é nada fácil, é necessário
estar bem informado, além de avaliar as alternativas a fim de escolher a solução mais adequada.
8. Optimismo
Significa acreditar que o seu negócio vai dar certo e um verdadeiro empreendedor nunca perde a
esperança de ver os seus projectos realizados.
9. Flexibilidade
Caso algo não ocorra conforme o que foi planeado, o empreendedor deve adaptar-se às situações
que o rodeiam e as vezes, é preciso mudar o que foi planejado.
10. Capacidade de trabalhar em equipa
Acreditar nos outros é importante para a realização de qualquer trabalho.
O trabalho em equipa combina talentos individuais para alcançar resultados que um indivíduo
sozinho, dificilmente, conseguiria.
1. Empreendedorismo corporativo
Também conhecido como intra-empreendedorismo ou empreendedorismo interno.
2. Empreendedorismo social
O empreendedorismo social é formado pelas relações entre comunidade, governo e sector
privado, através de parcerias estabelecidas, com o objectivo de promover a qualidade de vida das
pessoas, gerando benefícios directos e indirectos.
O empreendedor social é um líder que mobiliza pessoas e promove acções em prol de movimentos
sociais de cooperação.
Introdução
Na aula passada falamos sobre a, introdução ao empreendedorismo, onde dissemos que empreender é
arriscar, ir além do tradicional, fazer coisas que os outros não fazem, e por sua vez, o empreendimento
é o negócio em si e o empreendedor é o grande responsável pelo empreendimento.
Nos estudos desta aula, conheceremos uma das fases do processo empreendedor, que é composto
basicamente por quatro etapas, a saber:
1.1. Conceitos
Segundo o dicionário Houaiss (2003, p. 482), significa chance, momento, instante.
Avaliar essa oportunidade é analisar se a ideia proposta tem uma real potencialidade perante
clientes, fornecedores e concorrentes.
Observe os exemplos abaixo:
EX:1
Alessandra formou-se em educação física e voltou para a sua cidade natal, com apenas 30.000 habitantes
para cuidar de seu pai doente. Lá os empregos eram escassos e Alessandra estava disposta a abrir o seu
próprio negócio. Ela passou a observar as pessoas com mais atenção e percebeu que em sua pequena
cidade, havia cada vez mais interessados em cuidar de sua saúde. Existia um parque na cidade que vivia
lotado de pessoas fazendo caminhada e exercício todos os dias. Ao conversar com algumas delas,
identificou que muitas gostariam de ter um serviço personalizado, que pudesse ajudá-las a melhorar os
exercícios que faziam. Alessandra percebeu que ali havia uma oportunidade.”
EX:2
Uma situação bem diferente aconteceu com António, coordenador experiente da área de projectos de
uma grande empresa. A empresa em que trabalhava sofreu uma mudança em sua estrutura e teve que
fundir dois departamentos, mantendo apenas um coordenador. António não seria mais coordenador do
departamento em que actuava e muito menos colaborador da organização. Os directores ofereceram a
ele a oportunidade de continuar realizando consultorias e implementando ferramentas de gestão nas
empresas parceiras, oferecendo-lhe toda a clientela já existente. Além disso, a empresa firmaria um
contrato de exclusividade com António, porém, ele deveria abrir sua própria empresa para prestar esse
serviço. Surgiu uma oportunidade sem que ele estivesse esperando por ela.”
Fase de identificação e avaliação de oportunidade existem vários factores que podem intervir no
processo empreendedor durante a fase em que uma ideia está sendo testada.
Podemos citar, por exemplo, as mudanças que ocorrem no mercado em função do cenário
económico, político e social.
Pode ser que, mesmo que você esteja com tudo engatilhado para abrir seu negócio, ele pode não ser o
melhor investimento neste momento.
Analise as situações a seguir:
E se a economia estiver em crise?
O mercado está em crescimento estável ou está estagnado?
Será que as pessoas comprarão seu produto?
Como está a situação dos concorrentes?
Pode ser que a economia esteja a seu favor, mas você já analisou a relação entre a
oportunidade x habilidade x suas metas pessoais?
Seria uma relação harmónica?
Estudo dos clientes (público-alvo - perfil; comportamento desses clientes – quando, como,
quanto, em que periodicidade, compram; área de abrangência – onde estão, quantos são);
Nota Conclusiva
Vimos que a oportunidade surge a partir de uma ideia, embora nem sempre seja uma oportunidade.
Aula 8
Tema: Plano de Negócios
Correcção do TPC
Importância de identificação de oportunidades
1. Poder planear a prossecução de um negócio;
2. Melhor definição de estratégias de negócios;
3. Obter informações bastantes sobre a oportunidade;
4. Melhor estudo de mercado, de custos e de rendimentos esperados.
Plano de Negócios
Conceito;
Formalização do Negócio;
Introdução
Na aula passada falamos sobre a, oportunidades de negócio, onde dizemos que empreender é
arriscar, ir além do tradicional, fazer coisas, que é composto basicamente por quatro etapas, a saber:
Plano de negócio:
É um documento que permite a organização de ideias a respeito da criação de uma
empresa/organização.
Podemos dizer que ele é um mapa de todo o percurso necessário para a consolidação do
empreendimento a ser montado.
Ele poderá orientá-lo quanto à busca de informações detalhadas sobre o ramo, análise do mercado –
quem são seus concorrentes, clientes e fornecedores, a proposta de sua empresa – uma infinidade de
informações que lhe permitirão ter um retracto do seu negócio hoje e no futuro, para minimizar os
riscos de seu trabalho não dar certo.
Um plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objectivos de um negócio e quais
passos devem ser dados para que esses objectivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as
incertezas.
Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-
los no mercado.
Do mesmo jeito que existe estrutura para o projecto, também existem estruturas para a
formalização do plano de negócio que é o que iremos falar já a seguir.
Sumário Executivo
É um resumo do seu plano de negócios, no qual deverão ser listados os itens que contêm o
documento, como o propósito, apresentação, missão, produto ou serviço ofertado,
localização, dados dos empreendedores, da empresa, de quanto dinheiro será necessário
para montá-la e de onde sairão os recursos, além do retorno financeiro.
1. Sumário Executivo
Resumo dos principais pontos do seu negócio (incluindo indicadores de viabilidade, tais como:
lucratividade, rentabilidade, prazo de retorno do investimento e ponto de equilíbrio).
1.2.1. Perfil do sócio 1 (dados pessoais, breve currículo e atribuições dele na sociedade);
1.2.2. Perfil do sócio 2 (idem a anterior e repetir tantas vezes quantos forem os sócios).
2. Análise de mercado
2.1. Estudo dos clientes (público-
alvo - perfil; comportamento desses clientes – quando, como, quanto, em que periodicidade,
compram; área de abrangência – onde estão, quantos são);
3. Plano de Marketing
4. Plano Operacional
Layout: deverá conter um desenho de como deverá ficar o arranjo físico de máquinas,
equipamentos, móveis etc.
5. Plano Financeiro
5.1.3. Veículos
Descrição Qtde Valor Unitário Total
1 x =
2 x =
3 x =
4 x =
5 x =
6
7
Subtotal A
Total dos Investimentos Fixos (Subtotal A+B+C)
A – Estoque Inicial
B – Caixa Mínimo
Total Capital de Giro (A + B)
OBS: É preciso fazer um quadro destes para cada produto / serviço ofertado ao mercado.
Custo de Comercialização
(Subtotal 1 – Subtotal 2)
Total
Formula
Custo Fixo Total
PE=
Índice da Margem de Contribuicao
Onde:
Contribuicao∗¿
Índice da Margem de Contribuicao=Margem de ¿
Receita Total
Formula:
Lucro Total
Lucratividade= x 100
Receita total
5.13.3. Rentabilidade
Lucro Liquido
Rentabilidade= x 100
Investimento Total
6. Avaliação Estratégica
Vamos conhecer agora um poderoso instrumento para análise estratégica de mercado: a análise de swot
– uma expressão oriunda do idioma inglês, também conhecida como matriz FOFA.
Baseado em informações colhidas no mercado, esse documento possui basicamente oito seções:
Sumário executivo;
Análise de mercado;
Plano de marketing;
Plano operacional;
Plano financeiro;
Construção de cenários.
Lição 9:
Introdução
Na aula passada falamos sobre o plano de negócios onde dissemos que o planeamento permite
realizar um estudo antes de implantar qualquer tipo de negócio.
Recursos é o termo usado para designar todos os bens, sejam eles materiais, financeiros, humanos
ou tecnológicos, necessários para um determinado propósito.
Para captar recursos, é preciso saber onde eles estão e o plano de negócios é a principal ferramenta
do empreendedor na busca pelo capital. É a partir dele que os investidores decidirão ou não pelo
investimento na empresa.
Exemplos de fontes de financiamento:
Economia pessoal;
Amigos família;
Bancos
Como vimos no início da aula, três são os tipos de recursos de que precisamos para que tenhamos uma
gestão harmónica e de qualidade.
Para além do dinheiro, é preciso que tenhamos materiais de qualidade, equipamentos modernos e
que detenhamos tecnologia para desenvolver eficazmente o nosso trabalho.
1. Recursos Materiais:
Referimo-nos dos bens através dos quais precisaremos para a implantação do plano de negócios,
e para isso é necessário uma óptima planificação para se não estar perdido.
Quanto aos materiais utilizados para a elaboração dos produtos organizacionais, é preciso entender
a necessidade do cliente e, a partir daí, definir a qualidade pretendida para estes produtos.
A qualidade pretendida;
O tempo;
O custo de produção.
A escolha dos materiais deve ser estratégica, levando em consideração a melhor relação entre essas
três variáveis.
O tempo e o custo de produção devem-se adaptar à qualidade esperada e não o inverso.
O mesmo raciocínio vale para as tecnologias utilizadas pela organização, que no momento da
eleição dos tipos de softwares e equipamentos de informática a serem utilizados, é preciso ter as
estratégias adoptadas, os objectivos pretendidos e as metas a serem alcançadas, como base para a
escolha.
Outra coisa a ser considerada é a previsão de tempo em que terá utilidade, comparada com o
investimento a ser realizado.
Assim, é necessária muita pesquisa sobre qual o melhor tipo de equipamento, tecnologia e matérias
que mais se adaptam àquilo que é pretensão de resultados da organização.
A elaboração do plano de negócios é de suma importância, também neste aspecto, pois nos
possibilita ver o mapeamento.
2. Recursos financeiros:
É impossível implantar um plano de negócio se não tiver o capital de investimento.
3. Recursos humanos
É preciso que a escolha das pessoas e o trabalho dentro das organizações sejam realizados
levando em conta as estratégias organizacionais.
Com o objectivo e esforços estruturados, ou seja, cada um sabendo o que se espera dele, a avaliação
de desempenho pode ser realizada.
Obviamente a organização não precisa pagar os melhores salários, mas deve pagar dentro
daquilo que o mercado espera.
Um plano de benefícios bem elaborado e executado, como plano de saúde, vale- alimentação,
participação nos lucros, são estratégias que trazem melhores resultados para o todo organizacional.
Empresas sem políticas de desenvolvimento de seu quadro correm o risco de passar por problemas
de mão-de-obra, podendo, inclusive, chegar a um colapso de produção ou de capacidade de gerar
resultados dentro de situações não esperadas (fato que vem acontecendo com mais
frequência, actualmente).
3.5. Manter Pessoas:
Este quesito está directamente ligado aos outros, visto que, quando a selecção ocorre da melhor
maneira para os dois lados, a pessoa tende a ficar mais no posto, por ser feliz naquilo que faz.
Quando recebem capacitação constante, são bem remuneradas e a organização possui uma política
de benefícios adequada, além do reconhecimento do trabalho por parte da liderança, as pessoas
tendem a não desejarem trocar de empresa.
Não se pode permitir que as pessoas exerçam actividades que fujam ao cunho estratégico da
organização e é preciso entender o trabalho de cada área e monitorar para que ele seja
efectivamente realizado para que as metas sejam cumpridas.
O foco é ajudar as pessoas a realizarem aquilo que precisam fazer e não ficar controlando se estão
trabalhando ou não.
Nesta fase faz um levantamento dos tipos de recursos que você deverá ter quando propõe abrir
um novo negócio:
1. Quais são as máquinas;
2. Os equipamentos;
3. A captação e a utilização do capital;
4. As pessoas.
O empreendedor precisa recorrer a recursos financeiros de terceiros para consolidar o sonho do
empreendimento e aí, para ir à fonte certa, é necessário saber aonde se quer chegar.
Quanto aos materiais, equipamentos e tecnologia, devem ser eleitos dentro das estratégias da
organização, assim como a organização de pessoas, no que diz respeito a agregar, aplicar,
recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas.
Embora as fases do processo empreendedor sejam apresentadas de forma sequencial, nenhuma delas
precisa, necessariamente, ser completamente concluída para iniciar a outra.