CHCS Saude Suplementar 2021VF
CHCS Saude Suplementar 2021VF
CHCS Saude Suplementar 2021VF
RIO DE JANEIRO
2021
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
ASSESSORIA TÉCNICA
JORGE CARLOS MOURIS LOPES – 2021/2020/2019
SAÚDE SUPLEMENTAR
A
ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito
educacional, que contribuem para um mercado de seguros,
previdência complementar, capitalização e resseguro cada
vez mais qualificado.
SAÚDE SUPLEMENTAR 3
SUMÁRIO
INTERATIVO
FIXANDO CONCEITOS 1 16
PLANO REFERÊNCIA 19
Características 20
Exclusões Permitidas no Plano Referência e Respectivos Segmentos pela Lei nº 9.656/1998 21
SEGMENTAÇÕES DE COBERTURAS DA LEI Nº 9.656/1998 22
Atendimento Ambulatorial 23
Atendimento Hospitalar 23
Atendimento Hospitalar com Cobertura para Procedimentos Obstétricos 24
Atendimento com Cobertura para Procedimentos Odontológicos 24
SAÚDE SUPLEMENTAR
DEMAIS COBERTURAS 25
ROL DE PROCEDIMENTOS 25
ATENDIMENTO 27
FIXANDO CONCEITOS 2 30
3. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
DO SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR 32
CONSELHO DE SAÚDE SUPLEMENTAR (CONSU) 33
RESSARCIMENTO AO SUS 36
FIXANDO CONCEITOS 3 38
4. OPERADORAS DE ASSISTÊNCIA
À SAÚDE SUPLEMENTAR 39
DEFINIÇÃO 40
SAÚDE SUPLEMENTAR
FISCALIZAÇÃO E CONTROLE 47
Garantias Financeiras 47
Informações 48
REGIMES 49
LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL 49
REAJUSTES 50
Alterações na Pandemia 50
FIXANDO CONCEITOS 4 53
INSTRUMENTOS JURÍDICOS 57
ADAPTAÇÃO DE CONTRATOS 57
COMERCIALIZAÇÃO 65
FIXANDO CONCEITOS 6 67
INTERNET 69
MATERIAL PUBLICITÁRIO 70
INFORMAÇÕES PESSOAIS 70
SAÚDE SUPLEMENTAR
NOTIFICAÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO PRELIMINAR (NIP) 70
ESTATUTO DO IDOSO 71
SUS 72
CANCELAMENTO DE CONTRATO 73
DEMITIDOS E APOSENTADOS 74
PORTABILIDADE 76
FIXANDO CONCEITOS 7 77
GLOSSÁRIO 79
ESTUDOS DE CASO 82
ANEXOS 83
GABARITO 92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 94
SAÚDE SUPLEMENTAR
A SAÚDE PRIVADA
01 no BRASIL
UNIDADE 1
SAÚDE SUPLEMENTAR 8
UNIDADE 1
HISTÓRICO DA
SAÚDE PRIVADA
A saúde, na grande maioria dos países, é tema de constante discussão,
inclusive em debates no âmbito presidencial, como na última campanha
nos Estados U
nidos da América.
Cada povo, com suas características, busca soluções que possam minimizar o
impacto econômico e, acima de tudo, social gerado pela falta de investimentos
em saúde e pelo desconhecimento sobre a melhor forma de utilizar o benefício.
Atenção
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos
e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também,
por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 199. A atuação da iniciativa privada na área da saúde será considerada complemen-
tar quando for desenvolvida nos termos do art. 199:
As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único
de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio,
tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos.
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangei-
ros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção
de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e
tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus
derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
SAÚDE SUPLEMENTAR 9
UNIDADE 1
— Saúde Complementar
A relação entre as iniciativas públicas e não públicas é concretizada por
meio de contratos e/ou convênios firmados entre a pessoa jurídica e a
comissão tripartite que compreende a União, os Estados ou os Municípios,
sendo pautada nos termos do artigo 199 da Constituição Federal, que dá
preferência às entidades filantrópicas e às sem fins lucrativos.
— Saúde Suplementar
A Lei 9.656/1998 define Operadora de Plano de Assistência à Saúde como
sendo a pessoa jurídica constituída sob a modalidade de sociedade civil ou
comercial, cooperativa, ou entidade de autogestão, que opera produto, servi-
ço ou contrato de prestação continuada de serviços ou cobertura de custos
assistenciais.
SAÚDE SUPLEMENTAR 10
UNIDADE 1
SAÚDE SUPLEMENTAR 11
UNIDADE 1
SAÚDE SUPLEMENTAR 12
UNIDADE 1
— O que é obrigatório
em cada segmento?
A Lei nº 9.656/1998 estipula coberturas obrigatórias para cada um e, na hora
da contratação, pode-se contratar um ou mais segmentos, independentemen-
te de o plano ser individual, familiar ou coletivo. No segmento ambulatorial, a
lei prevê a cobertura obrigatória de consultas, exames, tratamentos e outros
procedimentos ambulatoriais (internações, parto e tratamento odontológico
são opcionais). No segmento hospitalar sem obstetrícia, a cobertura obrigató-
ria prevê internações (partos, consultas, exames, tratamentos e outros procedi-
mentos ambulatoriais são opcionais). No segmento hospitalar com obstetrícia,
é obrigatória a cobertura de internações e partos (consultas, exames, trata-
mentos e outros procedimentos ambulatoriais são opcionais). No segmento
odontológico, apenas o tratamento odontológico é obrigatório.
I. A recontagem de carências;
SAÚDE SUPLEMENTAR 13
UNIDADE 1
SAÚDE SUPLEMENTAR 14
UNIDADE 1
SEGMENTO PRIVADO
DA SAÚDE SUPLEMENTAR
Antes da Lei nº 9.656/1998, as empresas, ao longo de sua constituição
como segmento privado da área da saúde, obedeciam apenas às leis de
suas respectivas constituições jurídicas para operação.
SAÚDE SUPLEMENTAR 15
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 1
SAÚDE SUPLEMENTAR 16
A LEGISLAÇÃO
02
na SAÚDE SUPLEMENTAR
UNIDADE 2
SAÚDE SUPLEMENTAR 17
UNIDADE 2
A LEI Nº 9.656/1998
A Lei nº 9.656/1998, alterada pela Medida Provisória nº 2.177-44/2001, pas-
sou a vigorar com as seguintes alterações:
SAÚDE SUPLEMENTAR 18
UNIDADE 2
a) custeio de despesas;
c) reembolso de despesas;
d) mecanismos de regulação;
PLANO REFERÊNCIA
De acordo com a Lei 9656/98 o plano referência tem as seguintes características:
Tópicos importantes:
SAÚDE SUPLEMENTAR 19
UNIDADE 2
— Características
As características principais do Plano Referência de assistência à saúde são:
SAÚDE SUPLEMENTAR 20
UNIDADE 2
I – A recontagem de carências.
— Exclusões Permitidas
no Plano Referência e
Respectivos Segmentos
pela Lei nº 9.656/1998
Embora algumas operadoras contemplem em suas cláusulas itens caracte
rísticos de suas operações, as exclusões permitidas são as seguintes:
SAÚDE SUPLEMENTAR 21
UNIDADE 2
SEGMENTAÇÕES DE COBERTURAS
DA LEI Nº 9.656/1998
As operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde, além da oferta
obrigatória do Plano Referência de que trata a Lei nº 9.656/1998, podem
oferecer, alternativamente, Planos das segmentações Ambulatorial,
SAÚDE SUPLEMENTAR 22
UNIDADE 2
— Atendimento Ambulatorial
O Plano Ambulatorial compreende os atendimentos realizados em consul-
tório ou em ambulatório, definidos e listados no Rol de Procedimentos e
Eventos em Saúde, não incluindo internação hospitalar ou procedimentos
para fins de diagnóstico ou terapia que, embora prescindam de internação,
demandem o apoio de estrutura hospitalar por período superior a 12 horas,
ou serviços como unidade de terapia intensiva e unidades similares, obser-
vadas algumas das principais exigências:
— Atendimento Hospitalar
O Plano Hospitalar compreende os atendimentos realizados em todas as
modalidades de internação hospitalar e os atendimentos caracterizados
Órteses e Próteses
como de urgência e de emergência, conforme regulamentação específi-
Cabe ao médico ou
cirurgião-dentista assistente a ca vigente, não incluindo atendimento ambulatorial para fins de diagnósti-
prerrogativa de determinar as co, terapia ou recuperação, ressalvado o disposto na regulamentação em
características (tipo, matéria- vigor, observadas as seguintes exigências:
prima e dimensões) das órteses,
próteses e materiais especiais ■ Cobertura, em número ilimitado de dias, de todas as modalida-
(OPME) necessários à execução des de internação hospitalar.
dos procedimentos contidos em
■ Cobertura de hospital-dia para transtornos mentais, de acordo com as
regulamentação específica;
e o profissional requisitante Diretrizesde Utilização estabelecidas em regulamentação específica.
deve, quando assim solicitado ■ Cobertura de transplantes estabelecidos pelo Rol de Procedimen-
pela operadora de Plano Privado
de Assistência à Saúde, justificar tos e dos procedimentos a eles vinculados.
clinicamente a sua indicação e ■ Cobertura de órteses e próteses ligadas aos atos cirúrgicos lista-
oferecer pelo menos três marcas
dos no Rol de Procedimentos.
de produtos de fabricantes
diferentes, quando disponíveis, ■ Cobertura das despesas relativas a um acompanhante, que incluem:
entre aquelas regularizadas
» acomodação e alimentação necessárias à permanência do
junto à ANVISA, que atendam às
características especificadas. acompanhante para crianças e adolescentes menores de 18 anos; e
SAÚDE SUPLEMENTAR 23
UNIDADE 2
— Atendimento Hospitalar
com Cobertura para
Procedimentos Obstétricos
Isto é básico
O Plano Hospitalar com Obstetrícia compreende toda a cobertura definida
no Plano Hospitalar, acrescida dos procedimentos relativos ao pré-natal,
Entende-se pós-parto imediato como
da assistência ao parto e puerpério, observadas as seguintes exigências:
as primeiras 24 horas após o parto.
■ Cobertura das despesas, conforme indicação do médico assisten-
Para fins de cobertura do
parto normal, conforme Rol de te e legislações vigentes, relativas a um acompanhante indicado
Procedimentos, este procedimento pela mulher durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imedia-
poderá ser realizado por to, conforme assegurado pela Lei nº 11.108/2005, ou outra que
enfermeiro obstétrico habilitado, venha a substituí-la.
conforme legislação vigente. ■ Cobertura assistencial ao recém-nascido, filho natural ou adoti-
vo do consumidor, ou de seu dependente, durante os primeiros
30 dias após o parto.
■ Opção de inscrição assegurada ao recém-nascido, filho natural
ou adotivo do consumidor, como dependente, isento do cumpri-
mento dos períodos de carência, desde que a inscrição ocorra.
Observação
Em geral, a sinistralidade dos Planos Odontológicos é bem inferior aos Planos de
Assistência Médico-hospitalar, tendo em vista a não inclusão, no Rol de Procedi-
mentos, dos materiais/procedimentos — considerados de alto custo —, permitindo,
porém, a forma contributiva por custo operacional, na qual o usuário paga integral-
mente tais procedimentos por meio de tabelas previamente acordadas e estabele-
cidas em contrato.
SAÚDE SUPLEMENTAR 24
UNIDADE 2
DEMAIS COBERTURAS
A Lei nº 9.656/1998 teve a inserção de artigo que estabelece obrigato-
riedade de cobertura para cirurgia plástica reconstrutiva de mama, utili-
zando-se de todos os meios e técnicas necessários, no caso de mutilação
decorrente do tratamento de câncer.
ROL DE PROCEDIMENTOS
Para todas as segmentações, as coberturas mínimas exigidas são esta-
Saiba mais belecidas pelo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que consti-
tui a referência básica obrigatória da atenção à saúde nos planos privados
Vale a pena ler na íntegra
de assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999, e
RN428/17
naqueles adaptados conforme a Lei 9.656/98, passando a se constituir em
www.ans.gov.br
um rol de ações em saúde, na forma de regulamentação específica.
SAÚDE SUPLEMENTAR 25
UNIDADE 2
Observação
■ Os procedimentos necessários ao tratamento das complicações clínicas e cirúrgicas
decorrentes de procedimentos não cobertos, como procedimentos estéticos, inse-
minação artificial, transplantes não cobertos, entre outros, têm cobertura obrigatória
quando constarem do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, respeitadas as
segmentações e os prazos de carência e Cobertura Parcial Temporária (CPT).
■ O atendimento deve ser assegurado, independentemente da circunstância e do
local de ocorrência do evento, respeitadas a segmentação, a área de atuação e
abrangência, a rede de prestadores de serviços contratada, credenciada ou refe-
renciada da operadora de Plano Privado de Assistência à Saúde e os prazos de
carência estabelecidos no contrato.
SAÚDE SUPLEMENTAR 26
UNIDADE 2
ATENDIMENTO
Em relação à Resolução Normativa 395/2016, é garantido aos b
eneficiários,
sem prejuízo das normas gerais aplicáveis aos serviços de atendimento
ao consumidor:
SAÚDE SUPLEMENTAR 27
UNIDADE 2
Observação
Sempre que houver a apresentação de solicitação de procedimento e/ou serviço
de cobertura assistencial pelo beneficiário, independentemente do canal pelo qual
seja realizado ou qual seja sua finalidade, deverá ser fornecido número de protocolo
como primeira ação, no início do atendimento ou logo que o atendente identifique
tratar-se de demanda que envolva, ainda que indiretamente, cobertura assistencial.
1. Qualquer solicitação de procedimento e/ou serviço de cobertura assistencial deve ser
emitida por profissional de saúde devidamente habilitado.
2. A apresentação de solicitação de procedimento e/ou serviço de cobertura assistencial
à operadora poderá ser feita pelo prestador em nome do beneficiário.
3. Independentemente do porte, as operadoras deverão arquivar, pelo prazo de 90
(noventa) dias, e disponibilizar, em meio impresso ou eletrônico, os dados do atendi-
mento ao beneficiário, identificando o registro numérico de atendimento, assegurando
a guarda, manutenção da gravação e registro.
4. Os canais de atendimento ao beneficiário voltados à solicitação de procedimento e/ou
serviço de cobertura assistencial serão obrigatoriamente ofertados, ainda que exista
entre operadora e prestador de serviço regramento para a apresentação direta de
pedidos de autorização dos serviços prestados.
5. Nos casos em que não seja possível fornecer resposta imediata à solicitação de proce-
dimento e/ou serviço de cobertura assistencial apresentada, a operadora demandada
terá o prazo de até 5 (cinco) dias úteis para apresentá-la diretamente ao beneficiário.
6. Nos casos de solicitação de procedimentos e/ou serviços de cobertura assistencial
em que os prazos máximos para garantia de atendimento, previstos na RN nº 259, de
17 de junho de 2011, sejam inferiores ao prazo previsto no caput, a resposta da opera-
dora ao beneficiário deverá se dar dentro do prazo previsto na RN nº 259, de 2011.
SAÚDE SUPLEMENTAR 28
UNIDADE 2
DEMAIS GARANTIAS AO
CONSUMIDOR
Com o advento da Lei nº 9.656/1998, houve significativo avanço nos
direitos dos consumidores de Planos Privados de Assistência à Saúde, com
importantes inovações que ampliaram a proteção à saúde e baniram práticas
tidas como abusivas.
SAÚDE SUPLEMENTAR 29
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 2
(a) 15.
(b) 30.
(c) 45.
(d) 60.
(e) 90.
SAÚDE SUPLEMENTAR 30
FIXANDO CONCEITOS
5. Complete as lacunas:
I) O atendimento da segmentação_______________compreende
consultas médicas com hora marcada, atendimento em pronto-so-
corro e exames que não necessitem de internação.
II) Os planos_____________e____________dão também atendi-
mento, sem carência, ao filho adotivo recém-nascido, desde que
incluído no plano do titular em até 30 dias.
III) O atendimento da segmentação____________não inclui exames
de rotina e fisioterapia ambulatorial.
IV) O segmento___________não dá direito à cirurgia bucomaxilofacial.
V) As segmentações_____________e_______________cobrem todos
os exames para esclarecimento de diagnóstico existentes no mercado.
SAÚDE SUPLEMENTAR 31
ESTRUTURA e
ORGANIZAÇÃO
DO SISTEMA de SAÚDE SUPLEMENTAR
03 UNIDADE 3
SAÚDE SUPLEMENTAR 32
UNIDADE 3
CONSELHO DE
SAÚDE SUPLEMENTAR (CONSU)
Criado pela Lei nº 9.656/1998, e posteriormente alterado pelo Decreto
nº 4.044, de 6 de dezembro de 2001 (revogado pelo Decreto nº 10.236,
de 11 de fevereiro de 2020), o Conselho de Saúde Suplementar (CONSU) é
órgão deliberativo, instituído no âmbito do Ministério da Saúde, destinado
a atuar na definição de políticas públicas e diretrizes gerais do setor de
saúde suplementar.
SAÚDE SUPLEMENTAR 33
UNIDADE 3
AGÊNCIA NACIONAL
DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS)
Criada pela Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, a ANS é uma autarquia sob
regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde. Sua missão é promover
a defesa do interesse público na Assistência Suplementar à Saúde, regu-
lando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com pres-
tadores e consumidores, contribuindo assim para o desenvolvimento das
ações de saúde no país.
SAÚDE SUPLEMENTAR 34
UNIDADE 3
— Estrutura Básica
A ANS tem a seguinte estrutura básica:
■ Diretoria Colegiada.
■ Câmara de Saúde Suplementar.
■ Procuradoria.
■ Ouvidoria.
■ Corregedoria.
Entre suas principais atribuições, podemos destacar:
Importante
■ Estabelecer as características gerais dos instrumentos contratuais
A administração da ANS é utilizados na atividade das operadoras.
regida por um contrato de
■ Elaborar o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que consti-
gestão, negociado entre seu
tuirá referência básica para os fins do disposto na Lei nº 9.656/1998
diretor-presidente e o ministro
e suas excepcionalidades.
da Saúde, e aprovado pelo
Conselho de Saúde Suple- ■ Fixar critérios para os procedimentos de credenciamento e des-
mentar (CONSU), no prazo credenciamento de prestadores de serviço às operadoras.
máximo de 120 dias seguintes ■ Estabelecer normas, rotinas e procedimentos para concessão,
à designação do diretor-presi-
manutenção e cancelamento de registro dos produtos das opera-
dente da autarquia.
doras de Planos Privados de Assistência à Saúde.
■ Expedir normas e padrões para o envio de informações de nature-
za econômico-financeira pelas operadoras, com vistas à homolo-
gação de reajustes e revisões.
■ Autorizar o registro e o funcionamento das operadoras de Pla-
nos Privados de Assistência à Saúde, bem como sua cisão, fusão,
incorporação, alteração ou transferência do controle societário,
sem prejuízo do disposto na Lei 8.884/1994.
■ Fiscalizar as atividades das operadoras de Planos Privados de
Assistência à Saúde e zelar pelo cumprimento das normas atinen-
tes ao seu funcionamento.
■ Avaliar a capacidade técnico-operacional das operadoras de Pla-
nos Privados de Assistência à Saúde para garantir a compatibili-
dade da cobertura oferecida com os recursos disponíveis na área
geográfica de abrangência.
■ Instituir o regime de direção fiscal ou técnica nas operadoras.
■ Proceder à liquidação extrajudicial e autorizar o liquidante a reque-
rer falência ou insolvência civil das operadoras de Planos Privados
de Assistência à Saúde.
■ Determinar ou promover a alienação da carteira de Planos Priva-
dos de Assistência à Saúde das operadoras.
SAÚDE SUPLEMENTAR 35
UNIDADE 3
— Receitas
Constituem receitas da ANS:
RESSARCIMENTO AO SUS
O ressarcimento ao SUS, criado pelo artigo 32 da Lei nº 9.656/1998 e regu-
lamentado pelas normas da ANS, é a obrigação legal das operadoras de
planos privados de assistência à saúde de restituir as despesas do Sistema
Único de Saúde no eventual atendimento de seus beneficiários que este-
jam cobertos pelos respectivos planos.
SAÚDE SUPLEMENTAR 36
UNIDADE 3
SAÚDE SUPLEMENTAR 37
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 3
(a) Patrimônio.
(b) Receita.
(c) Passivo.
(d) Registro.
(e) Regulamento.
SAÚDE SUPLEMENTAR 38
OPERADORAS de
ASSISTÊNCIA
04
à SAÚDE SUPLEMENTAR
UNIDADE 4
SAÚDE SUPLEMENTAR 39
UNIDADE 4
DEFINIÇÃO
A Lei nº 9.656/1998 definiu operadora de Plano de Assistência à Saúde
como sendo toda pessoa jurídica constituída sob a modalidade de socie-
dade civil ou comercial, cooperativa ou entidade de autogestão, que opere
produto, serviço ou contrato de Plano Privado de Assistência à Saúde.
SAÚDE SUPLEMENTAR 40
UNIDADE 4
SAÚDE SUPLEMENTAR 41
UNIDADE 4
— Administradoras
Classificam-se na modalidade de administradora as empresas que admi-
nistram exclusivamente Planos de Assistência à Saúde, financiados pela
Importante contratante, e que não assumem, portanto, o risco decorrente da ope-
ração desses planos, nem possuem rede própria, credenciada ou
A administradora de referenciada de serviços médico-hospitalares ou odontológicos para
benefícios poderá contratar oferecer aos beneficiários de sua contratante.
Planos Privados de
Assistência à Saúde, na Como o nome sugere, as administradoras são caracterizadas como empre-
condição de estipulante sas que administram Planos ou Serviços de Assistência à Saúde, financiados
de Plano Coletivo, a serem por operadoras, sem rede própria, credenciada ou referenciada de serviços
disponibilizados para as médico-hospitalares ou odontológicos, e não admitem beneficiários.
pessoas jurídicas legitimadas
para contratar, desde que Resolução Normativa nº 196/ 2009
a administradora assuma A ANS, com o objetivo de regulamentar os Planos Coletivos oferecidos
o risco decorrente da por operadoras a empresas ou entidades contratantes, criou a figura da
inadimplência da pessoa administradora de benefícios como sendo a pessoa jurídica que propõe
jurídica, com a vinculação a contratação de Plano Coletivo na condição de estipulante ou que
de ativos garantidores presta serviços para pessoas jurídicas contratantes de Planos Privados
suficientes para tanto. de Assistência à Saúde Coletivos, desenvolvendo ao menos uma das
seguintes atividades:
■ Promover a reunião de pessoas jurídicas contratantes.
■ Contratar Plano Privado de Assistência à Saúde Coletivo, na condi-
ção de estipulante, a ser disponibilizado para as pessoas jurídicas
legitimadas para contratar.
■ Oferecer planos para associados das pessoas jurídicas contratantes.
■ Dar apoio técnico na discussão de aspectos operacionais, como:
a) Negociação de reajuste.
— Cooperativa Médica
Classificam-se na modalidade de cooperativas médicas as sociedades
de pessoas sem fins lucrativos, constituídas conforme o disposto na Lei
nº 5.764/1971, que operam Planos Privados de Assistência à Saúde.
SAÚDE SUPLEMENTAR 42
UNIDADE 4
Exemplo: Unimed.
Importante
A Lei nº 9.656/1998 estabelece que a aceitação, por parte de qualquer prestador de
serviço ou profissional de saúde, na condição de contratado, credenciado ou coope-
rado de uma operadora de produtos, implicará, dentre as suas principais obrigações, a
manutenção de relacionamento de contratação, credenciamento ou referenciamento
com número ilimitado de operadoras. É expressamente vedado às operadoras, inde-
pendentemente de sua natureza jurídica constitutiva, impor contratos de exclusivida-
de ou de restrição à atividade profissional (unimilitância).
— Cooperativa Odontológica
Com a mesma forma de constituição jurídica das cooperativas médicas,
classificam-se, na modalidade de cooperativa odontológica, as socieda-
des de pessoas sem fins lucrativos, igualmente constituídas conforme o
disposto na Lei nº 5.764/1971, mas que operam exclusivamente planos ou
produtos da segmentação odontológica.
Exemplo: Uniodonto.
— Autogestão
Define-se como operadora de Planos Privados de Assistência à Saúde,
na modalidade de autogestão:
SAÚDE SUPLEMENTAR 43
UNIDADE 4
SAÚDE SUPLEMENTAR 44
UNIDADE 4
— Medicina de Grupo
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC nº 39/2000) define como Medicina
de Grupo as empresas ou entidades que operam Planos Privados de Assis-
tência à Saúde, excetuando-se aquelas classificadas nas modalidades de
administradora, cooperativa médica, autogestão ou instituição filantrópica.
— Odontologia de Grupo
Classificam-se na modalidade de odontologia de grupo as empresas ou
entidades que operam exclusivamente Planos Odontológicos, à exceção
das cooperativas odontológicas.
— Filantropia
Entidade filantrópica é uma pessoa jurídica que presta serviços à socie-
dade, principalmente às pessoas mais carentes, e que não possui como
finalidade a obtenção de lucro.
SAÚDE SUPLEMENTAR 45
UNIDADE 4
Urgências e Emergências
24 horas da assinatura do
contrato, a Lei 9.656/98
Observação
determina que haja atendimento
dos casos de urgência e Para todos os segmentos acima descritos, os prazos máxi-
emergência. Porém, uma mos de carência permitidos pela Lei, são:
resolução posterior restringiu
a assistência à saúde nessas 24 Horas – Urgências e Emergências
condições. A Resolução 13 do
180 dias – procedimentos
Consu limitou os atendimentos
de urgência e emergência 300 dias – partos
a 12 horas no ambulatório,
nas hipóteses de o usuário
ter um plano exclusivamente
ambulatorial ou mesmo tendo
um plano hospitalar, se estiver
durante o período de carência do
plano. A medida nega também
assistência à saúde do usuário
AUTORIZAÇÃO
que possui plano hospitalar,
se a urgência ou emergência DE FUNCIONAMENTO
não representar necessidade
de internação. Para a gestante
— Concessão
que possui plano com direito à
cobertura hospitalar e obstétrica,
é oferecido atendimento
ambulatorial por 12 horas, se As pessoas jurídicas de direito privado que pretendem atuar no merca-
ainda estiver cumprindo carência. do de Saúde Suplementar deverão atender aos seguintes requisitos para
obter a autorização de funcionamento:
— Encerramento
Pela ANS
A ANS cancelará o registro da operadora nos seguintes casos:
SAÚDE SUPLEMENTAR 46
UNIDADE 4
FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
Todas as operações de Saúde Suplementar, inclusive as de Seguro-Saúde,
estão sujeitas a normas e regras orientadas para a preservação da sol-
vência da operadora.
— Garantias Financeiras
Todas as operadoras são obrigadas a constituir garantias financeiras que
deem suporte à sua operação, permitindo segurança aos beneficiários de
seus respectivos planos.
SAÚDE SUPLEMENTAR 47
UNIDADE 4
— Informações
As operadoras de saúde são obrigadas a encaminhar à ANS, periodicamen-
te, todas as informações e estatísticas relativas às suas atividades. Devem
ser incluídas, também, as de natureza cadastral, especialmente aquelas que
permitam a identificação dos consumidores e de seus dependentes.
SAÚDE SUPLEMENTAR 48
UNIDADE 4
Importante
Os administradores das operadoras de planos privados de assistência à saúde em
regime de direção fiscal ou liquidação extrajudicial, independentemente da natureza
jurídica da operadora, ficarão com todos os seus bens indisponíveis, não podendo,
por qualquer forma, direta ou indireta, aliená-los ou onerá-los, até apuração e liquidação
final de suas responsabilidades.
REGIMES
A fim de se evitar chegar ao ponto de graves irregularidades que possam levar
as operadoras ao regime de liquidação extrajudicial, algumas alternativas de
caráter econômico-financeiro ou assistencial podem ser viabilizadas, visando
permitir a sua recuperação ou o cancelamento do registro de autorização:
■ Revisão técnica.
■ Visitas técnicas.
■ Planos de recuperação.
■ Direção fiscal.
■ Direção técnica.
■ Alienação de carteira.
LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Independentemente do regime de constituição das empresas, estas não
podem requerer concordata ou falência.
SAÚDE SUPLEMENTAR 49
UNIDADE 4
REAJUSTES
Para os planos de pessoas físicas o percentual de reajuste é determi
nado pela ANS e considera a variação dos custos com a saúde e também
o reajuste realizado pelos planos empresariais. Será definido o percentual
máximo que poderá ser aplicado, mas fica a critério da operadora aplicar
índice igual ou inferior ao autorizado.
— Alterações na Pandemia
Em decorrência da pandemia causada pelo Coronavírus SARS-CoV2, a
Diretoria Colegiada da ANS (SEI nº 33910.020902/2020-19) comunicou a
suspensão da aplicação dos reajustes de planos de saúde por variação
de custos (anual) e por mudança de faixa etária, no período de setembro a
dezembro de 2020. Tal medida visa:
SAÚDE SUPLEMENTAR 50
UNIDADE 4
SAÚDE SUPLEMENTAR 51
UNIDADE 4
Contratos Individuais/familiares
Por fim, a ANS informou que a recomposição dos efeitos da suspensão dos
reajustes em 2020 será realizada ao longo de 2021.
SAÚDE SUPLEMENTAR 52
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 4
SAÚDE SUPLEMENTAR 53
ESTRUTURAÇÃO
dos PLANOS
e SEGUROS de SAÚDE
05 UNIDADE 5
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UNIDADE 5
SAÚDE SUPLEMENTAR 55
UNIDADE 5
Papel do Corretor
É importante para o corretor que atue ou venha a atuar na área da Saúde Suplementar
conhecer que os conceitos de risco, mutualidade e sinistralidade, a exemplo do seguro,
também estão presentes na administração de Planos de Assistência à Saúde.
É primordial entender que a principal diferença está no fato de cada utilização em saú-
de ser considerada um sinistro, de valor indefinido e sem limite financeiro.
Ou seja, cada vez que vamos ao médico, ambulatório ou laboratório, estamos utilizando
o plano e, consequentemente, aumentando sua sinistralidade.
É imprescindível que o corretor de Plano ou Seguro de Assistência à Saúde conheça as
características de sua elaboração. Esse conhecimento é fundamental em um mercado
ainda considerado de forte demanda e elevado poder de concorrência.
REGISTRO DO PRODUTO
Os planos privados de Assistência à Saúde a serem ofertados pelas ope-
radoras deverão ser registrados na ANS como condição para sua comer-
cialização, podendo esse registro ser objeto de alteração, cancelamento
ou suspensão.
SAÚDE SUPLEMENTAR 56
UNIDADE 5
INSTRUMENTOS JURÍDICOS
A todo consumidor titular de plano individual ou familiar serão obri-
gatoriamente entregues, quando de sua inscrição, cópia do contrato, do
regulamento ou das condições gerais dos produtos, além de material
explicativo que descreva, em linguagem simples e precisa, todas as suas
características, bem como direitos e obrigações do consumidor.
■ Prazos de carência.
■ Vigência contratual.
■ Critérios de reajuste.
■ Segmentação assistencial.
■ Abrangência geográfica.
Os formulários utilizados pelas operadoras, pelas pessoas jurídicas contra-
tantes ou pela administradora de benefícios para proposta de contratação
ou adesão aos planos comercializados ou disponibilizados devem conter
referência expressa à entrega desses documentos, com data e clara iden-
tificação das partes e eventuais representantes constituídos.
ADAPTAÇÃO DE CONTRATOS
Adaptação de contratos é a denominação que expressa a ideia de ajuste
firmado entre as partes para um determinado fim e mediante contrapres-
tação de valores, estabelecendo-se, assim, direitos e obrigações por meio
de documento escrito.
SAÚDE SUPLEMENTAR 57
UNIDADE 5
Adaptação
Aditamento de contrato de Plano Privado de Assistência à Saúde
celebrado até 1º de janeiro de 1999 para ampliar o conteúdo do
contrato de origem, de forma a contemplar todo o sistema previsto
na Lei nº 9.656/1998.
Migração
Celebração de novo contrato de Plano Privado de Assistência à
Saúde ou ingresso em contrato de Plano Privado de Assistência à
Saúde coletivo por adesão, no âmbito da mesma operadora, refe-
rente a produtos com registro em situação “ativo”, concomitante-
mente com a extinção do vínculo ou do contrato anterior a 1º de
janeiro de 1999.
SAÚDE SUPLEMENTAR 58
06
UNIDADE 6
A IMPORTÂNCIA
do CORRETOR
de SEGUROS
SAÚDE SUPLEMENTAR 59
UNIDADE 6
HISTÓRICO
Em 29 de dezembro de 1964, a profissão de corretor de seguros foi regula-
mentada no Brasil por meio da Lei nº 4.594, mas a história desses profissionais
é muito mais antiga, e sua importância foi fundamental para o desenvolvimen-
to das navegações, do comércio e do mundo globalizado e totalmente conec-
tado da atualidade.
Foi no século XIV, na Itália, que surgiram os seguros como conhecemos hoje,
e também os corretores. Em 1347, na cidade de Gênova, foi celebrado o pri-
meiro contrato de seguro. Na mesma época, em Florença, surgiram também
os profissionais especializados em intermediar os contratos de seguros entre
pessoas de direito privado: eram os primeiros corretores de seguros.
Em 1808, o Rei Dom João VI estabeleceu sua corte no Rio de Janeiro e abriu
os portos brasileiros. No mesmo ano, foi fundada a primeira Sociedade de
Seguros no Brasil. Em 1850, o Código Comercial Brasileiro estabeleceu o cor-
retor de seguros como agente auxiliar de comércio, podendo atuar indistinta-
mente em todas as operações mercantis.
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UNIDADE 6
SAÚDE SUPLEMENTAR 61
UNIDADE 6
Saiba mais
Bancassurance
Cooperação entre uma seguradora e um banco, que pode apresentar-se de diversas
formas, tais como: relação de propriedade, utilização do balcão para venda e intercâmbio
de atividades. Aqui no Brasil, o termo “bancassurance” é usualmente empregado para
indicar a ligação da seguradora com o banco pela utilização deste último como canal de
distribuição dos produtos de seguro.
Canal Affinity
É quando uma corretora cria um programa de benefícios de seguros estruturado que
visa levar condições de contratação especiais para funcionários de empresa, com des-
contos diferenciados e forma de pagamento mais flexíveis e de fácil contratação. Normal-
mente tais vantagens são estendidas a pais, cônjuges e filhos.
OS CORRETORES DE SEGURO-SAÚDE
ANTES DA LEI Nº 9.656/1998
O papel do corretor de Seguro-Saúde sempre foi o de saber avaliar qual é
o Plano de Saúde ideal para uma pessoa ou empresa. No mercado, exis-
tem diversas opções de planos ofertados — valores e coberturas. Para
saber se o custo-benefício é interessante para determinada empresa, é
preciso analisar se a cobertura é ideal para atender às necessidades dos
SAÚDE SUPLEMENTAR 62
UNIDADE 6
A ANS foi criada pela Lei nº 9.961/2000 para regular uma atividade privada
complexa, inserida em um setor essencial, que é a saúde, trazendo uma
nova dinâmica para esse segmento, contando com uma poderosa ferra-
menta de ação: a regulação a partir de seu marco regulatório — a Lei nº
9.656/1998 —, que dispõe sobre os Planos Privados de Assistência à Saú-
de, sancionada após alguns anos de discussão no Congresso.
SAÚDE SUPLEMENTAR 63
UNIDADE 6
Exemplos:
1. SulAmérica Saúde.
2. Bradesco Saúde.
Apenas em 14 de julho de 2009, foi publicada a Resolução Normativa nº
196, que dispõe sobre as Administradoras de Benefícios.
A IMPORTÂNCIA DO CORRETOR DE
SEGUROS NA ÁREA DA SAÚDE
Estamos passando por uma forte mudança no conceito de vendas, ainda
mais quando falamos de vendas no mercado de seguros. Durante muito
tempo, o corretor foi visto como um simples vendedor de seguros. Hoje,
cada vez mais, é visto como um consultor de proteção da vida e do patri-
mônio de seus clientes.
SAÚDE SUPLEMENTAR 64
UNIDADE 6
COMERCIALIZAÇÃO
A comercialização de produtos de saúde no mercado de seguros exige
dos corretores especialização e dedicação, diante de suas característi-
cas peculiares.
SAÚDE SUPLEMENTAR 65
UNIDADE 6
Importante
O corretor/angariador faz a intermediação, o contato entre a operadora e o consumidor,
sendo uma de suas principais funções garantir que o cliente escolha o produto mais
adequado às suas necessidades.
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FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 6
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07
UNIDADE 7
COMPROMISSOS
com o CONSUMIDOR
TÓPICOS
DESTA UNIDADE
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ CHEQUE CAUÇÃO
■ Reconhecer as principais ■ Reconhecer a importância
características dos do Estatuto do Idoso e ⊲ INTERNET
compromissos das do Código de Defesa do
operadoras com o Consumidor, identificando ⊲ MATERIAL PUBLICITÁRIO
consumidor, estabelecidas os principais aspectos ⊲ INFORMAÇÕES PESSOAIS
por regulamentação dessas legislações que
específica da ANS. influenciam nas relações ⊲ NOTIFICAÇÃO DE
que regem os serviços de INTERMEDIAÇÃO
■ Conhecer a legislação
saúde no Brasil. PRELIMINAR (NIP)
que regula o SUS, bem
como a sua estrutura e ⊲ PROGRAMAS DE
composição no âmbito da PROMOÇÃO À SAÚDE E
saúde brasileira. PREVENÇÃO DE DOENÇAS
⊲ ESTATUTO DO IDOSO
⊲ CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR E A
PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR
⊲ SUS
⊲ SERVIÇO DE ATENDIMENTO
AO CONSUMIDOR (SAC)
⊲ CANCELAMENTO DE CONTRATO
⊲ DEMITIDOS E APOSENTADOS
⊲ PORTABILIDADE
⊲ FIXANDO CONCEITOS 7
SAÚDE SUPLEMENTAR 68
UNIDADE 7
CHEQUE CAUÇÃO
É vedada, em qualquer situação, a exigência, por parte dos prestadores
de serviços contratados, credenciados, cooperados ou referenciados das
operadoras de Planos de Assistência à Saúde e seguradoras especializa-
das em saúde, de caução, depósito de qualquer natureza, nota promissória
ou quaisquer outros títulos de crédito no ato ou anteriormente à prestação
do serviço.
INTERNET
As operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde deverão dispo-
nibilizar na internet um portal corporativo para seus beneficiários e presta-
dores de serviço, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.
SAÚDE SUPLEMENTAR 69
UNIDADE 7
MATERIAL PUBLICITÁRIO
Os materiais publicitários de caráter institucional — como malas diretas,
folhetos, boletos, livretos, anúncios impressos, pôsteres e cartazes —
deverão conter as informações referentes ao número do registro da ope-
radora junto à ANS.
INFORMAÇÕES PESSOAIS
As operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde deverão man-
ter protegidas as informações assistenciais fornecidas pelos seus
consumidores ou por sua rede de prestadores de serviço, quando
acompanhadas de dados que possibilitem a sua individualização, sendo
proibida a divulgação dessas informações ou seu fornecimento a terceiros,
salvo em casos expressamente previstos na legislação.
NOTIFICAÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO
PRELIMINAR (NIP)
A ANS, tendo em vista o disposto no art. 29 da Lei nº 9.656/1998, no uso
da competência que lhe é conferida pelo inciso II do art. 10 da Lei nº 9.961/
2000, em reunião realizada em 18 de novembro de 2015, adotou a seguin-
te Resolução Normativa RN nº 388/2015 (publicada no DOU de 26/11/2015),
a qual instituiu, no seu art. 5º:
SAÚDE SUPLEMENTAR 70
UNIDADE 7
PROGRAMAS DE
PROMOÇÃO À SAÚDE E
PREVENÇÃO DE DOENÇAS
Objetivando incentivar as operadoras na implementação desses progra-
mas, a ANS estabeleceu normas que dispõem sobre a promoção da saúde
e prevenção de riscos e doenças na Saúde Suplementar.
ESTATUTO DO IDOSO
A Lei nº 10.741/2003, que instituiu o Estatuto do Idoso, dispõe sobre os
direitos assegurados pelas pessoas com mais de 60 anos de idade, tendo
como uma de suas consequências o estabelecimento das atuais faixas etá-
rias dos planos, e ainda determina que:
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UNIDADE 7
CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR E A PROTEÇÃO
DO CONSUMIDOR
A Lei nº 8.078/1990 (CDC) prevê a participação de diversos órgãos públi-
cos e entidades privadas, bem como o incremento de vários institutos,
como instrumentos para a realização da política de consumo.
Um dos artigos mais importantes do CDC é o que estabelece que são nulas de
pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento
de produtos e serviços que, entre outras restrições, estabeleçam obrigações
consideradas iníquas, abusivas, coloquem o consumidor em desvanta-
gem exagerada ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade.
SUS
A Lei nº 8.080/1990 dispõe sobre as condições para a promoção, a pro-
teção e a recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes, principalmente em relação ao SUS.
Pública
Por intermédio do SUS.
Privada
Saúde Suplementar.
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UNIDADE 7
SERVIÇO DE ATENDIMENTO
AO CONSUMIDOR (SAC)
O Decreto 6.523/2008 fixa normas gerais sobre o Serviço de Atendimen-
to ao Consumidor (SAC), estabelecendo, entre outras obrigações, que:
CANCELAMENTO DE CONTRATO
A Resolução Normativa 412/2016 regulamenta a solicitação
de cancelamento do contrato de plano de saúde individual ou
familiar, e de exclusão de beneficiário de contrato de plano de
saúde coletivo empresarial ou por adesão.
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UNIDADE 7
DEMITIDOS E APOSENTADOS
RN 279 – DEMITIDOS E APOSENTADOS
Condições
SAÚDE SUPLEMENTAR 74
UNIDADE 7
Quem paga o plano e por quanto tempo posso ser mantido no plano?
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UNIDADE 7
PORTABILIDADE
Os requisitos para realizar a Portabilidade de Carências, nos termos do
artigo 3º da RN 438/2018, são:
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FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 7
SAÚDE SUPLEMENTAR 77
FIXANDO CONCEITOS
(a) caução.
(b) senha de liberação de procedimentos.
(c) carteira de identificação para utilização do plano.
(d) exigência de autorização prévia em casos de internações.
(e) exigência de autorização prévia em casos de exames de
alta complexidade.
SAÚDE SUPLEMENTAR 78
GLOSSÁRIO
GLOSSÁRIO
ACIDENTE PESSOAL: todo evento, exclusiva e diretamente externo, súbi-
to, involuntário e violento, causador de lesão física, por si só e independen-
temente de qualquer outra causa, com data e ocorrência perfeitamente
caracterizadas, tornando necessária a internação hospitalar do usuário ou
seu tratamento em regime ambulatorial.
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GLOSSÁRIO
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GLOSSÁRIO
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ESTUDOS DE CASO
ESTUDOS DE CASO
Caso 1
Uma empresa com 1.500 beneficiários, com matriz no Rio de Janeiro e
filiais em São Paulo e Minas Gerais, está buscando um estudo de mercado
a partir do qual possa ter o melhor custo e o maior benefício.
Caso 2
No período de 2001 a 2010, uma empresa utilizava a contribuição dos fun-
cionários e respectivos dependentes para auxílio no pagamento das fatu-
ras do Plano de Saúde.
Caso 3
Sabemos que a Lei nº 9.656/1998 atualiza seu Rol de Procedimentos de
dois em dois anos e que nunca há redução de coberturas, mas sempre o
acréscimo de novas coberturas, sem preocupação com os aumentos de
despesas para os participantes do mercado (cliente, operadoras e planos)
que isso pode causar.
SAÚDE SUPLEMENTAR 82
ANEXOS
ANEXOS
— ANEXO I
Resolução Normativa – RN nº 428/2017
Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a refe-
rência básica para cobertura assistencial mínima nos Planos Privados de
Assistência à Saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999; fixa as
diretrizes de atenção à saúde; revoga as Resoluções Normativas – RN nº
387/2015 e RN nº 407/2016.
Artigo 30 – demitidos.
Artigo 31 – aposentados.
SAÚDE SUPLEMENTAR 83
ANEXOS
SAÚDE SUPLEMENTAR 84
ANEXOS
Resolução Normativa – RN
nº 186/2009, alterada pela Resolução
Normativa – RN nº 252/2011
VII – Portabilidade de carências: é a contratação de um plano privado de
assistência à saúde individual ou familiar ou coletivo por adesão, com regis-
tro de produto na ANS, em operadoras, concomitantemente à rescisão do
contrato referente a um plano privado de assistência à saúde, individual ou
familiar ou coletivo por adesão, contratado após 1º de janeiro de 1999 ou
adaptado à Lei nº 9656, de 1998, em tipo compatível, observado o prazo
de permanência, na qual o beneficiário está dispensado do cumprimento
de novos períodos de carência ou cobertura parcial temporária (NR) [...].
[...]
SAÚDE SUPLEMENTAR 85
ANEXOS
“Subseção I
SAÚDE SUPLEMENTAR 86
ANEXOS
“Subseção II
SAÚDE SUPLEMENTAR 87
ANEXOS
SAÚDE SUPLEMENTAR 88
ANEXOS
SAÚDE SUPLEMENTAR 89
ANEXOS
— ANEXO 2
Referências Legais
Lei nº 9.656/1998 – Artigo 10 Instituiu o Plano Referência.
SAÚDE SUPLEMENTAR 90
ANEXOS
SAÚDE SUPLEMENTAR 91
GABARITO
GABARITO
Fixando Conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3
3–B
4–B
5–*
3–D 3–A
4–E
Unidade 2
*Questão 5)
I) Ambulatorial.
III) Hospitalar.
IV) Odontológico.
V) Ambulatorial e Referência.
SAÚDE SUPLEMENTAR 92
GABARITO
Estudos de Caso
Caso 1
■ Plano referência com atendimento regionalizado – Rio de Janeiro,
São Paulo e Minas Gerais.
■ Acomodação enfermaria para a equipe operacional.
■ Acomodação quarto privativo para a equipe administrativa.
■ Acomodação executiva para diretoria.
■ No caso dos diretores, um produto nacional.
■ Para todos os produtos, coparticipação para consultas e exames, e
franquia para internações.
Caso 2
■ O fato de que, há nove anos, não existe mais a contribuição para
o plano não elimina os benefícios adquiridos antes da RN nº 279,
de 2012.
■ Esse passivo deve ter diminuído bastante, pois os contratados a
partir de 2010 não contribuem mais para a manutenção do benefí-
cio de demitidos e aposentados.
■ Existe uma forma de reduzir esse passivo. A empresa contratante
troca de operadora e, na negociação, não inclui os demitidos e
aposentados. Um grande número buscará outras alternativas, mas
o risco é que alguns poderão entrar na justiça para a reintegração
no contrato existente. Os corretores devem orientar as empresas
contratantes da melhor forma possível.
Caso 3
■ Criação, junto com os Tribunais de Justiça, de grupo de pessoas
conhecedoras das regras da Saúde Suplementar. Esse grupo auxi-
liaria nas decisões judiciais, a fim de reduzir as ações ao máximo.
■ Uma maior flexibilidade nas operadoras de saúde, em que os res-
ponsáveis pela liberação dos procedimentos não ficassem atentos
apenas à ordem financeira, e sim à resolutividade dos problemas
de saúde. Muitas dessas ações acabam sendo pagas pelas ope-
radoras e geram, no mercado consumidor, total desconfiança em
relação ao que deve ou não ser liberado.
SAÚDE SUPLEMENTAR 93
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 9.656, de 03 de junho de 1998. Dispõe sobre os planos
e seguros privados de assistência à saúde. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 04 jun. de 1998, Seção I, p. 000001.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Legislações
Resolução Normativa 412, de 10 de novembro de 2016.
Sites
Senado Federal
www.senado.gov.br
FenaSaúde
http://fenasaude.org.br/
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