O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço Saber Que o Congresso Nacional Decreta e Eu
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Art. 2o Além das competências atribuídas pela legislação vigente à Secretaria da Receita
Federal, cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as
atividades relativas a tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e recolhimento das
contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de
24 de julho de 1991, e das contribuições instituídas a título de substituição. (Vide Decreto
nº 6.103, de 2007).
§ 1o O produto da arrecadação das contribuições especificadas no caput deste artigo e
acréscimos legais incidentes serão destinados, em caráter exclusivo, ao pagamento de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social e creditados diretamente ao Fundo do Regime Geral de
Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.
§ 2o Nos termos do art. 58 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 , a Secretaria
da Receita Federal do Brasil prestará contas anualmente ao Conselho Nacional de Previdência
Social dos resultados da arrecadação das contribuições sociais destinadas ao financiamento do
Regime Geral de Previdência Social e das compensações a elas referentes.
§ 3o As obrigações previstas na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991 , relativas às
contribuições sociais de que trata o caput deste artigo serão cumpridas perante a Secretaria da
Receita Federal do Brasil.
§ 4o Fica extinta a Secretaria da Receita Previdenciária do Ministério da Previdência Social.
Art. 3o As atribuições de que trata o art. 2o desta Lei se estendem às contribuições devidas a
terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, na forma da legislação em vigor, aplicando-se
em relação a essas contribuições, no que couber, as disposições desta Lei. (Vide Decreto nº
6.103, de 2007).
§ 1o A retribuição pelas serviços referidos no caput deste artigo será de 3,5% (três inteiros e
cinco décimos por cento) do montante arrecadado, salvo percentual diverso estabelecido em lei
específica. (Vide Media Provisória nº 932, de 2020) Convertida na Lei nº 14.025, de 2020
§ 2o O disposto no caput deste artigo abrangerá exclusivamente contribuições cuja base de
cálculo seja a mesma das que incidem sobre a remuneração paga, devida ou creditada a segurados
do Regime Geral de Previdência Social ou instituídas sobre outras bases a título de substituição.
§ 3o As contribuições de que trata o caput deste artigo sujeitam-se aos mesmos prazos,
condições, sanções e privilégios daquelas referidas no art. 2 o desta Lei, inclusive no que diz respeito
à cobrança judicial.
§ 4o A remuneração de que trata o § 1o deste artigo será creditada ao Fundo Especial de
Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF, instituído pela
Decreto-Lei no 1.437, de 17 de dezembro de 1975.
§ 5o Durante a vigência da isenção pela atendimento cumulativo aos requisitos constantes dos
incisos I a V do caput do art. 55 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, deferida pela Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS, pela Secretaria da Receita Previdenciária ou pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil, não são devidas pela entidade beneficente de assistência social as
contribuições sociais previstas em lei a outras entidades ou fundos.
§ 6o Equiparam-se a contribuições de terceiros, para fins desta Lei, as destinadas ao Fundo
Aeroviário - FA, à Diretoria de Portos e Costas do Comando da Marinha - DPC e ao Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e a do salário-educação.
Art. 4o São transferidos para a Secretaria da Receita Federal do Brasil os processos
administrativo-fiscais, inclusive os relativos aos créditos já constituídos ou em fase de constituição,
e as guias e declarações apresentadas ao Ministério da Previdência Social ou ao Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS, referentes às contribuições de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei.
Art. 5o Além das demais competências estabelecidas na legislação que lhe é aplicável, cabe
ao INSS:
I - emitir certidão relativa a tempo de contribuição;
II - gerir o Fundo do Regime Geral de Previdência Social;
III - calcular o montante das contribuições referidas no art. 2 o desta Lei e emitir o
correspondente documento de arrecadação, com vistas no atendimento conclusivo para concessão
ou revisão de benefício requerido.
Art. 6o Ato conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil e do INSS definirá a forma de
transferência recíproca de informações relacionadas com as contribuições sociais a que se referem
os arts. 2o e 3o desta Lei.
Parágrafo único. Com relação às informações de que trata o caput deste artigo, a Secretaria
da Receita Federal do Brasil e o INSS são responsáveis pela preservação do sigilo fiscal previsto no
art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966.
Art. 7o Fica criado o cargo de Natureza Especial de Secretário da Receita Federal do Brasil,
com a remuneração prevista no parágrafo único do art. 39 da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003.
Parágrafo único. O Secretário da Receita Federal do Brasil será escolhido entre brasileiros de
reputação ilibada e ampla experiência na área tributária, sendo nomeado pela Presidente da
República.
Art. 7o-A As atribuições e competências anteriormente conferidas ao Secretário da Receita
Federal ou ao Secretário da Receita Previdenciária, relativas ao exercício dos respectivos cargos,
transferem-se para o Secretário da Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº
11.490, de 2007)
Art. 8o Ficam redistribuídos, na forma do § 1o do art. 37 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro
de 1990, dos Quadros de Pessoal do Ministério da Previdência Social e do INSS para a Secretaria
da Receita Federal do Brasil os cargos ocupados e vagos da Carreira Auditoria-Fiscal da
Previdência Social, de que trata o art. 7o da Lei no 10.593, de 6 de dezembro de 2002.
Art. 9o A Lei no 10.593, de 6 de dezembro de 2002, passa a vigorar com a seguinte
redação: Vigência (Vide ADIN 5391)
“Art. 3o O ingresso nos cargos das Carreiras disciplinadas nesta Lei
far-se-á no primeiro padrão da classe inicial da respectiva tabela de
vencimentos, mediante concurso público de provas ou de provas e títulos,
exigindo-se curso superior em nível de graduação concluído ou habilitação
legal equivalente.
.................................................................................................................
“Art. 4o
.....................................................................................................
................................................................................................................
§ 4º (VETADO)
§ 7o Caberá aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil em exercício na Previc constituir em
nome desta, mediante lançamento, os créditos pela não recolhimento da Taxa de Fiscalização e Controle da
Previdência Complementar - TAFIC e promover a sua cobrança administrativa. (Incluído pela Lei
nº 12.154, de 2009).
Art. 12. Sem prejuízo do disposto no art. 49 desta Lei, são redistribuídos, na forma do
disposto no art. 37 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, para a Secretaria da Receita Federal
do Brasil, os cargos dos servidores que, na data da publicação desta Lei, se encontravam em efetivo
exercício na Secretaria de Receita Previdenciária ou nas unidades técnicas e administrativas a ela
vinculadas e sejam titulares de cargos integrantes:
I - do Plano de Classificação de Cargos, instituído pela Lei no 5.645, de 10 de dezembro de
1970, ou do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo de que trata a Lei no 11.357, de 19 de
outubro de 2006;
II - das Carreiras:
a) Previdenciária, instituída pela Lei no 10.355, de 26 de dezembro de 2001;
b) da Seguridade Social e do Trabalho, instituída pela Lei no 10.483, de 3 de julho de 2002;
c) do Seguro Social, instituída pela Lei no 10.855, de 1o de abril de 2004;
d) da Previdência, da Saúde e do Trabalho, instituída pela Lei no 11.355, de 19 de outubro de
2006.
§ 1o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
§ 3o (VETADO)
§ 4o (Vide Medida Provisória nº 359, de 2007)
o
§ 5 (Vide Medida Provisória nº 359, de 2007)
§ 4o Os servidores referidos neste artigo poderão, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias
contado da data referida no inciso II do caput do art. 51 desta Lei, optar por sua permanência no órgão de
origem. (Incluído pela Lei nº 11.501, de 2007) (Regulamento)
§ 5o Os servidores a que se refere este artigo perceberão seus respectivos vencimentos e
vantagens como se em exercício estivessem no órgão de origem, até a vigência da Lei que disporá sobre
suas carreiras, cargos, remuneração, lotação e exercício. (Incluído pela Lei nº 11.501, de
2007) (Vide Decreto nº 6.248, de 2007)
.....................................................................................................
............
.................................................................................................................
................................................................................................................
.” (NR)
CAPÍTULO II
DA PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Art. 16. A partir do 1o (primeiro) dia do 2o (segundo) mês subseqüente ao da publicação desta
Lei, o débito original e seus acréscimos legais, além de outras multas previstas em lei, relativos às
contribuições de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei, constituem dívida ativa da União. (Vide
ADIN 4068)
§ 1o A partir do 1o (primeiro) dia do 13o (décimo terceiro) mês subseqüente ao da publicação
desta Lei, o disposto no caput deste artigo se estende à dívida ativa do Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE decorrente das
contribuições a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei. (Vide ADIN 4068)
§ 2o Aplica-se à arrecadação da dívida ativa decorrente das contribuições de que trata o art.
2o desta Lei o disposto no § 1o daquele artigo.
§ 4o A delegação referida no inciso II do § 3 o deste artigo será comunicada aos órgãos
judiciários e não alcançará a competência prevista no inciso II do art. 12 da Lei Complementar no
73, de 10 de fevereiro de 1993.
§ 7o A inscrição na dívida ativa da União das contribuições de que trata o art. 3 o desta Lei, na
forma do caput e do § 1o deste artigo, não altera a destinação final do produto da respectiva
arrecadação.
Art. 17. O art. 39 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte
redação: Vigência
“Art. 39. O débito original e seus acréscimos legais, bem como outras
multas previstas em lei, constituem dívida ativa da União, promovendo-se a
inscrição em livro próprio daquela resultante das contribuições de que
tratam as alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei.
.....................................................................................................
............
II - das Carreiras:
a) Previdenciária, instituída pela Lei no 10.355, de 26 de dezembro de 2001;
b) da Seguridade Social e do Trabalho, instituída pela Lei no 10.483, de 3 de julho de 2002;
c) do Seguro Social, instituída pela Lei no 10.855, de 1o de abril de 2004;
d) da Previdência, da Saúde e do Trabalho, instituída pela Lei no 11.355, de 19 de outubro de
2006.
Parágrafo único. Fica o Poder Executivo autorizado, de acordo com as necessidades do
serviço, a fixar o exercício dos servidores a que se refere o caput deste artigo no órgão ou entidade
ao qual estiverem vinculados.
Art. 22. As autarquias e fundações públicas federais darão apoio técnico, logístico e
financeiro, pela prazo de 24 (vinte e quatro) meses a partir da publicação desta Lei, para que a
Procuradoria-Geral Federal assuma, de forma centralizada, nos termos dos §§ 11 e 12 do art. 10 da
Lei no 10.480, de 2 de julho de 2002, a execução de sua dívida ativa.
Art. 23. Compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a representação judicial na
cobrança de créditos de qualquer natureza inscritos em Dívida Ativa da União.
Art. 24. É obrigatório que seja proferida decisão administrativa no prazo máximo de 360
(trezentos e sessenta) dias a contar do protocolo de petições, defesas ou recursos administrativos do
contribuinte.
§ 1o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
CAPÍTULO III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Art. 25. Passam a ser regidos pela Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972:
I - a partir da data fixada no § 1o do art. 16 desta Lei, os procedimentos fiscais e os processos
administrativo-fiscais de determinação e exigência de créditos tributários referentes às contribuições
de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei;
II - a partir da data fixada no caput do art. 16 desta Lei, os processos administrativos de
consulta relativos às contribuições sociais mencionadas no art. 2o desta Lei.
§ 1o O Poder Executivo poderá antecipar ou postergar a data a que se refere o inciso I do
caput deste artigo, relativamente a:
I - procedimentos fiscais, instrumentos de formalização do crédito tributário e prazos
processuais;
II - competência para julgamento em 1 a (primeira) instância pelas órgãos de deliberação
interna e natureza colegiada.
§ 2o O disposto no inciso I do caput deste artigo não se aplica aos processos de restituição,
compensação, reembolso, imunidade e isenção das contribuições ali referidas. (Revogado pela Lei
nº 13.670, de 2018)
§ 3o Aplicam-se, ainda, aos processos a que se refere o inciso II do caput deste artigo os arts.
48 e 49 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
Art. 26. O valor correspondente à compensação de débitos relativos às contribuições de que
trata o art. 2o desta Lei será repassado ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social no máximo
2 (dois) dias úteis após a data em que ela for promovida de ofício ou em que for deferido o
respectivo requerimento.
Parágrafo único. O disposto no art. 74 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996 , não se
aplica às contribuições sociais a que se refere o art. 2o desta Lei.
Art. 26. O valor correspondente à compensação de débitos relativos às contribuições de que
trata o art. 2º desta Lei será repassado ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social no prazo
máximo de 30 (trinta) dias úteis, contado da data em que ela for promovida de ofício ou em que for
apresentada a declaração de compensação. (Redação dada pela Lei nº 13.670, de 2018)
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.670, de 2018)
Art. 26-A. O disposto no art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996: (Incluído
pela Lei nº 13.670, de 2018)
I - aplica-se à compensação das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei
efetuada pela sujeito passivo que utilizar o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), para apuração das referidas contribuições, observado o
disposto no § 1º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)
II - não se aplica à compensação das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei
efetuada pelas demais sujeitos passivos; e (Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)
III - não se aplica ao regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos
demais encargos do empregador doméstico (Simples Doméstico). (Incluído pela Lei nº 13.670, de
2018)
§ 1º Não poderão ser objeto da compensação de que trata o inciso I do caput deste artigo:
(Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)
I - o débito das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei: (Incluído pela Lei nº
13.670, de 2018)
a) relativo a período de apuração anterior à utilização do eSocial para a apuração das referidas
contribuições; e (Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)
b) relativo a período de apuração posterior à utilização do eSocial com crédito dos demais
tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil concernente a período de
apuração anterior à utilização do eSocial para apuração das referidas contribuições; e (Incluído
pela Lei nº 13.670, de 2018)
II - o débito dos demais tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil:
(Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)
a) relativo a período de apuração anterior à utilização do eSocial para apuração de tributos
com crédito concernente às contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei; e (Incluído
pela Lei nº 13.670, de 2018)
b) com crédito das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei relativo a período
de apuração anterior à utilização do eSocial para apuração das referidas contribuições. (Incluído
pela Lei nº 13.670, de 2018)
§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o disposto neste artigo. (Incluído
pela Lei nº 13.670, de 2018)
Art. 27. Observado o disposto no art. 25 desta Lei, os procedimentos fiscais e os processos
administrativo-fiscais referentes às contribuições sociais de que tratam os arts. 2 o e 3o desta Lei
permanecem regidos pela legislação precedente.
Art. 28. Ficam criadas, na Secretaria da Receita Federal do Brasil, 5 (cinco) Delegacias de
Julgamento e 60 (sessenta) Turmas de Julgamento com competência para julgar, em 1 a (primeira)
instância, os processos de exigência de tributos e contribuições arrecadados pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil, a serem instaladas mediante ato do Ministro de Estado da Fazenda.
Parágrafo único. Para estruturação dos órgãos de que trata o caput deste artigo, ficam criados
5 (cinco) cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores DAS-3 e 55
(cinqüenta e cinco) DAS-2, a serem providos na medida das necessidades do serviço e das
disponibilidades de recursos orçamentários, nos termos do § 1o do art. 169 da Constituição Federal.
Art. 29. Fica transferida do Conselho de Recursos da Previdência Social para o 2 o Conselho
de Contribuintes do Ministério da Fazenda a competência para julgamento de recursos referentes às
contribuições de que tratam os arts. 2o e 3o desta Lei.
§ 1o Para o exercício da competência a que se refere o caput deste artigo, serão instaladas no
2o Conselho de Contribuintes, na forma da regulamentação pertinente, Câmaras especializadas,
observada a composição prevista na parte final do inciso VII do caput do art. 194 da Constituição
Federal.
§ 2o Fica autorizado o funcionamento das Câmaras dos Conselhos de Contribuintes nas sedes
das Regiões Fiscais da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Art. 30. No prazo de 30 (trinta) dias da publicação do ato de instalação das Câmaras previstas
no § 1o do art. 29 desta Lei, os processos administrativo-fiscais referentes às contribuições de que
tratam os arts. 2o e 3o desta Lei que se encontrarem no Conselho de Recursos da Previdência Social
serão encaminhados para o 2o Conselho de Contribuintes.
Parágrafo único. Fica prorrogada a competência do Conselho de Recursos da Previdência
Social durante o prazo a que se refere o caput deste artigo.
Art. 31. São transferidos, na data da publicação do ato a que se refere o caput do art. 30 desta
Lei, 2 (dois) cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores DAS-101.2 e 2
(dois) DAS-101.1 do Conselho de Recursos da Previdência Social para o 2 o Conselho de
Contribuintes.
CAPÍTULO IV
DO PARCELAMENTO DOS DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS DOS ESTADOS E DO
DISTRITO FEDERAL
Art. 32. Os débitos de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal, de suas autarquias
e fundações, relativos às contribuições sociais de que tratam as alíneas a e c do parágrafo único do
art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, com vencimento até o mês anterior ao da entrada em
vigor desta Lei, poderão ser parcelados em até 240 (duzentas e quarenta) prestações mensais e
consecutivas.
§ 1o Os débitos referidos no caput deste artigo são aqueles originários de contribuições
sociais e obrigações acessórias, constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, incluídos os
que estiverem em fase de execução fiscal ajuizada, e os que tenham sido objeto de parcelamento
anterior não integralmente quitado ou cancelado por falta de pagamento.
§ 2o Os débitos ainda não constituídos deverão ser confessados de forma irretratável e
irrevogável.
§ 4o Caso a prestação mensal não seja paga na data do vencimento, serão retidos e repassados
à Secretaria da Receita Federal do Brasil recursos do Fundo de Participação dos Estados e do
Distrito Federal suficientes para sua quitação, acrescidos de juros equivalentes à taxa referencial do
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic para títulos federais, acumulada mensalmente
a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao da consolidação do débito até o mês anterior ao do
pagamento, acrescido de 1% (um por cento) no mês do pagamento da prestação.
Art. 33. Até 90 (noventa) dias após a entrada em vigor desta Lei, a opção pela parcelamento
será formalizada na Secretaria da Receita Federal do Brasil, que se responsabilizará pela cobrança
das prestações e controle dos créditos originários dos parcelamentos concedidos.
(Prorrogação).
Art. 34. A concessão do parcelamento objeto deste Capítulo está condicionada:
I - à apresentação pela Estado ou Distrito Federal, na data da formalização do pedido, do
demonstrativo referente à apuração da Receita Corrente Líquida Estadual, na forma do disposto na
Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, referente ao ano-calendário imediatamente
anterior ao da entrada em vigor desta Lei;
II - ao adimplemento das obrigações vencidas a partir do primeiro dia do mês da entrada em
vigor desta Lei.
Art. 35. Os débitos serão consolidados por Estado e Distrito Federal na data do pedido do
parcelamento, reduzindo-se os valores referentes a juros de mora em 50% (cinqüenta por cento).
Art. 36. Os débitos de que trata este Capítulo serão parcelados em prestações mensais
equivalentes a, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) da média da Receita
Corrente Líquida do Estado e do Distrito Federal prevista na Lei Complementar nº 101, de 4 de
maio de 2000.
§ 1o A média de que trata o caput deste artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da
Receita Corrente Líquida do ano anterior ao do vencimento da prestação.
§ 2o Para fins deste artigo, os Estados e o Distrito Federal se obrigam a encaminhar à
Secretaria da Receita Federal do Brasil o demonstrativo de apuração da Receita Corrente Líquida de
que trata o inciso I do art. 53 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, até o último dia
útil do mês de fevereiro de cada ano.
§ 3o A falta de apresentação das informações a que se refere o § 2 o deste artigo implicará,
para fins de apuração e cobrança da prestação mensal, a aplicação da variação do Índice Geral de
Preços, Disponibilidade Interna - IGP-DI, acrescida de juros de 0,5% (cinco décimos por cento) ao
mês, sobre a última Receita Corrente Líquida publicada nos termos da legislação.
§ 2o A partir do mês seguinte à consolidação, o valor da prestação será obtido mediante a
divisão do montante do débito parcelado, deduzidos os valores das prestações recolhidas nos termos
do § 1o deste artigo, pela número de prestações restantes, observado o valor mínimo de 1,5% (um
inteiro e cinco décimos por cento) da média da Receita Corrente Líquida do Estado e do Distrito
Federal prevista na Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.
Art. 38. O parcelamento será rescindido na hipótese do inadimplemento:
I - de 3 (três) meses consecutivos ou 6 (seis) meses alternados, prevalecendo o que primeiro
ocorrer;
II - das obrigações correntes referentes às contribuições sociais de que trata este Capítulo;
III - da parcela da prestação que exceder à retenção dos recursos do Fundo de Participação
dos Estados e do Distrito Federal promovida na forma deste Capítulo.
Art. 39. O Poder Executivo disciplinará, em regulamento, os atos necessários à execução do
disposto neste Capítulo.
Parágrafo único. Os débitos referidos no caput deste artigo serão consolidados no âmbito da
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 40. Sem prejuízo do disposto nas Leis nos 4.516, de 1o de dezembro de 1964, e 5.615, de
13 de outubro de 1970, a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social -
DATAPREV fica autorizada a prestar serviços de tecnologia da informação ao Ministério da
Fazenda, necessários ao desempenho das atribuições abrangidas por esta Lei, observado o disposto
no inciso VIII do art. 24 da Lei n o 8.666, de 21 de junho de 1993 , nas condições estabelecidas em
ato do Poder Executivo.
Art. 41. Fica autorizada a transferência para o patrimônio da União dos imóveis que
compõem o Fundo do Regime Geral de Previdência Social identificados pela Poder Executivo
como necessários ao funcionamento da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional.
Parágrafo único. No prazo de 3 (três) anos, de acordo com o resultado de avaliação realizada
nos termos da legislação aplicável, a União compensará financeiramente o Fundo do Regime Geral
de Previdência Social pelas imóveis transferidos na forma do caput deste artigo.
Art. 42. A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pela Decreto-Lei n o 5.452, de
1o de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação: Vigência
“Art.
832. ..................................................................................................
.....................................................................................................
............
“Art.
876. ...................................................................................................
“Art.
879. ..................................................................................................
.....................................................................................................
............
.................................................................................................................
................................................................................................................
.” (NR)
“Art. 889-
A. .............................................................................................
Art. 43. A Lei no 10.910, de 15 de julho de 2004, passa a vigorar com a redação seguinte,
dando-se aos seus Anexos a forma dos Anexos I e II desta Lei: Vigência
“Art. 1o As Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e
Auditoria-Fiscal do Trabalho compõem-se de cargos efetivos agrupados nas
classes A, B e Especial, compreendendo a 1a (primeira) 5 (cinco) padrões, e
as 2 (duas) últimas, 4 (quatro) padrões, na forma do Anexo I desta Lei.”
(NR)
.............................................................................................................”
(NR)
§
8o ..........................................................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
Art. 44. O art. 23 do Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972, passa a vigorar acrescido dos
§§ 7o, 8o e 9o, com a seguinte redação: Vigência
“Art.
23. ....................................................................................................
.................................................................................................................
Art. 45. As repartições da Secretaria da Receita Federal do Brasil deverão, durante seu
horário regular de funcionamento, dar vista dos autos de processo administrativo, permitindo a
obtenção de cópias reprográficas, assim como receber requerimentos e petições
Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal do Brasil adotará medidas para
disponibilizar o atendimento a que se refere o caput deste artigo por intermédio da rede mundial de
computadores e o recebimento de petições e requerimentos digitalizados.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 46. A Fazenda Nacional poderá celebrar convênios com entidades públicas e privadas
para a divulgação de informações previstas nos incisos II e III do § 3o do art. 198 da Lei no 5.172,
de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional - CTN.
Art. 47. Fica o Poder Executivo autorizado a:
I - transferir, depois de realizado inventário, do INSS, do Ministério da Previdência Social e
da Procuradoria-Geral Federal para a Secretaria da Receita Federal do Brasil e para a Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional acervos técnicos e patrimoniais, inclusive bens imóveis, obrigações,
direitos, contratos, convênios, processos administrativos e demais instrumentos relacionados com as
atividades transferidas em decorrência desta Lei;
II - remanejar e transferir para a Secretaria da Receita Federal do Brasil dotações em favor do
Ministério da Previdência Social e do INSS aprovadas na Lei Orçamentária em vigor, mantida a
classificação funcional-programática, subprojetos, subatividades e grupos de despesas.
§ 1o Até que sejam implementados os ajustes necessários, o Ministério da Previdência Social
e o INSS continuarão a executar as despesas de pessoal e de manutenção relativas às atividades
transferidas, inclusive as decorrentes do disposto no § 5o do art. 10 desta Lei.
§ 2o Enquanto não ocorrerem as transferências previstas no caput deste artigo, o Ministé rio
da Previdência Social, o INSS e a Procuradoria-Geral Federal prestarão à Secretaria da Receita
Federal do Brasil e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional o necessário apoio técnico,
financeiro e administrativo.
§ 3o Inclui-se no apoio de que trata o § 2o deste artigo a manutenção dos espaços físicos
atualmente ocupados.
Art. 48. Fica mantida, enquanto não modificados pela Secretaria da Receita Federal do
Brasil, a vigência dos convênios celebrados e dos atos normativos e administrativos editados:
I - pela Secretaria da Receita Previdenciária;
II - pela Ministério da Previdência Social e pela INSS relativos à administração das
contribuições a que se referem os arts. 2o e 3o desta Lei;
III - pela Ministério da Fazenda relativos à administração dos tributos e contribuições de
competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil;
IV - pela Secretaria da Receita Federal.
Art. 49. (VETADO)
Art. 50. No prazo de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei, o Poder Executivo
encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei orgânica das Auditorias Federais, dispondo sobre
direitos, deveres, garantias e prerrogativas dos servidores integrantes das Carreiras de que trata a
Lei no 10.593, de 6 de dezembro de 2002.
Art. 51. Esta Lei entra em vigor:
I - na data de sua publicação, para o disposto nos arts. 40, 41, 47, 48, 49 e 50 desta Lei;
II - no primeiro dia útil do segundo mês subseqüente à data de sua publicação, em relação aos
demais dispositivos desta Lei.
Art. 52. Ficam revogados:
I - (VETADO)
II - a partir da data da publicação desta Lei, o parágrafo único do art. 5o da Lei no 10.593, de 6
dezembro de 2002.
Brasília, 16 de março de 2007; 186o da Independência e 119o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
Luiz Marinho
Paulo Bernardo Silva
Dilma Rousseff
José Antonio Dias Toffoli
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 19.3.2007.
ANEXO I
ANEXO I
ESTRUTURA DE CARGOS
IV
ESPECIAL III
II
I
B III
I
Auditor-Fiscal do Trabalho V
IV
A III
II
I
ANEXO II
ANEXO II
IV 4.934,22
II 4.650,97
I 4.515,52
IV 4.142,67
B III 4.022,00
II 3.904,86
I 3.791,13
V 3.478,10
IV 3.376,79
A III 3.278,45
II 3.182,95
I 3.090,25
II 2.414,09
I 2.343,78
IV 2.150,25
B III 2.087,61
II 2.026,83
I 1.967,78
V 1.805,31
IV 1.752,74
A III 1.701,68
II 1.652,11
I 1.603,99