Cura Do Concreto
Cura Do Concreto
Cura Do Concreto
FACULDADE DE ENGENHARIA
RAPHAEL QUEIROZ BORGES
201824071
Juiz de Fora
2022
SUMÁRIO
1. Resumo 3
2. Definições 3
3. Justificativa para o uso da cura do concreto 4
4. Os procedimentos de cura existentes 5
5. Dificuldades no processo 7
6. Patologias ocasionadas pela ausência de cura 8
7. Referências bibliográficas 11
1. Resumo:
O trabalho a seguir visa discutir acerca da importância da cura do concreto, sua definição
e utilidade e também sobre o uso incorreto desta técnica e suas consequências.
2. Definições:
2.1 - Concreto
2.2 - Agregado
Os agregados são na construção civil materiais minerais, sólidos inertes que, de acordo
com granulometrias adequadas, são utilizados para fabricação de produtos artificiais
resistentes mediante a mistura com materiais aglomerantes de ativação hidráulica ou
com ligantes betuminosos. É geralmente, granular, sem forma e volume definidos, com
dimensões características e propriedades adequadas para a preparação de argamassas e
concretos (NBR 9935/05).
2.3 - Aglomerante
2.4 – Hidratação
O cimento por si só não aglomera os agregados, faz-se necessária uma reação entre seus
componentes, com a adição da água à mistura. É de amplo conhecimento dos meios
técnicos, e corriqueira no dia-a-dia as reações de hidratação do cimento. Logo a água
entra em contado com o cimento e o concreto é adensado em suas fôrmas, iniciam-se as
reações de hidratação do concreto. (Mattos et al. 2019).
A cura do concreto é conhecida como o conjunto de medidas que tem por finalidade
evitar a evaporação prematura da água necessária para a hidratação do cimento, que é
responsável pela pega e endurecimento do concreto (Neville e Brooks, 2013). O
objetivo da cura é manter o concreto saturado, ou o mais próximo possível dessa
condição até que os espaços inicialmente ocupados pela água sejam ocupados pelos
produtos da hidratação do aglomerante, neste caso o cimento. A cura do concreto deve
ser iniciada imediatamente após o endurecimento superficial.
O processo tem como papel fundamental evitar fissuras de retração e trincas nas
estruturas de uma obra, o que acontece se o concreto não for hidratado corretamente,
evitando que a estrutura perca água para o ambiente rapidamente. Portanto, uma
boa cura apresentará ganho de resistência mecânica das estruturas. (Tecnosil).
Fonte: https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/52166/3/2019_tcc_jlsoliveira.pdf
4. Os procedimentos de cura existentes:
Fonte: https://www.construquimica.com.br/produto/cura-quimica-acrilcura-309r/
De acordo com Abatte (2003), a cura úmida poderá ser dividida em três principais
procedimentos, a saber:
a) Aspersão de água: a aspersão forma uma névoa d’água, fazendo com que a
superfície do concreto permaneça úmida, sem apresentar, no entanto, a formação
de poças de água. O processo mais comumente empregado na cura do concreto de
estruturas é o de molhagem constante, que consiste em molhar repetida e
constantemente as peças em concreto, fazendo-se uso de uma mangueira, durante o
período designado;
b) Cura submersa: tem como finalidade evitar a evaporação da água mantendo o
concreto saturado. O processo de alagamento consiste em cobrir com água a
superfície exposta da estrutura de concreto, dispensando a molhagem contínua. Na
maioria dos casos, é preciso construir uma barreira de contenção (de areia,
serragem, madeira, dentre outras opções) ao redor do elemento estrutural para que
a água não vaze ou escorra;
c) Cura em câmara úmida: utilizada principalmente por laboratórios em corpos de
prova. Conforme a NBR 9479 (ABNT, 2006), uma câmara úmida é definida como
um compartimento fechado, climatizado, isolado termicamente, de dimensões
adequadas para a estocagem destes corpos de prova de argamassa e concreto
durante o período de cura. Portanto, possui capacidade de manter as condições
ambientais exigidas pela referida norma.
Estes requisitos se baseiam em: câmaras construídas de material resistente, durável
e não corrosivo; a atmosfera no interior do compartimento deve estar saturada de
água, de forma que as superfícies expostas dos corpos de prova estocados
mantenham-se úmidas durante todo o período de cura; portas devem ser ajustadas
com sistema de vedação com fechamento hermético do ambiente; as prateleiras em
seu interior devem ser niveladas e com material resistente, durável e não corrosivo;
a temperatura interna, mantida por dispositivos de climatização, deve ser (23 ± 2)
°C podendo também ser mantida nos intervalos (21 ± 2)° C, (25 ± 2)° C ou (27 ±
2)° C, contudo, deve-se registrar no relatório de ensaio; e a umidade relativa não
deve ser inferior a 95%, mantida com uso de aspersores, cortinas de água ou outros
dispositivos, evitando-se escorrimentos diretos ou contínuos sobre os corpos de
prova.
Fonte: https://impermeabilizacao.komercialize.com.br/Post/32/cura-de-concreto-
o-que-e-e-como-e-feito
4.4 – Cura ao ar
Para Ribeiro, Gomes e Valin Júnior (2014), o local da obra influencia diretamente no
processo de cura. A cura ao ar é simplesmente, manter o concreto exposto ao ambiente
que se encontra, não sendo tomados cuidados especiais para se evitar a evaporação
prematura da água necessária para a hidratação do cimento. Neville (2016) conclui que
para se ter continuidade na hidratação, deve-se manter a umidade no interior do
concreto, no mínimo, em 80%. Caso a umidade relativa do ar ambiente seja no mínimo
esse valor, haverá pouca a movimentação de água entre o concreto e 40 o ambiente.
Portanto, não será necessário nenhum procedimento de cura para garantir a continuidade
da hidratação para casos como este.
5.1 – Umidade
De acordo com Neville (2015), para prosseguimento da cura, o interior do concreto deve
ser mantido a uma umidade relativa no mínimo igual a 80%. Com tal umidade relativa
do ar, há pouca movimentação de água entre o concreto e o ambiente. Porém tal
afirmação só é válida se não houver interferências externas, como vento ou diferença de
temperatura entre o ambiente e o concreto, e este não estiver exposto ao sol.
5.2 – Temperatura
A temperatura é outro critério que influencia a resistência final do concreto. Se as
temperaturas de lançamento e hidratação do concreto forem constantes, observa-se que
até os 28 dias, quanto maior for a temperatura, mais rápida é a hidratação, porém, menor
será a resistência final. Por outro lado, temperaturas baixas geram menores resistências
até os 28 dias. Concretos curados a temperaturas de 0º C atingem cerca de metade da
resistência de um concreto curado a 21º C, e temperaturas abaixo da de congelamento
da água quase não desenvolvem resistência. Como as reações são lentas, os níveis de
temperatura devem ser mantidos por tempo suficiente para proporcionar energia de
ativação necessária (Mehta e Monteiro, 1994).
5.3 – Tempo
Segundo Petrucci (1998), 90% do calor é liberado aos 28 dias, atingindo-se cerca de
50% aos 3 dias de idade. Em outras palavras, 90% das reações de hidratação do C2S
concluem-se apenas aos 28 dias.
Fonte: https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/fissura-paredes/
Fonte: https://fibersals.com.br/blog/impermeabilizacao-por-cristalizacao/
7. Referências Bibliográficas
APL Engenharia; Cura do concreto: entenda como evitar 5 problemas estruturais. 2021.
Acesso em: 13 jun. 2022.
LEVY, S. & HELENE, P. Cura-Como, quando e por quê?. Techné, São Paulo, n°20
jan/fev.1996.
TECNOSIL; O que é cura de concreto e como fazer uma cura eficiente? 2021.
PETRUCCI, E. G. R. – Concreto de cimento Portland. 13. ed. rev. por Vladimir Antonio
Paulon – São Paulo: Globo, 1998.