Matemática IBAM M
Matemática IBAM M
Matemática IBAM M
Matemática
A
CONTEÚDOS
E
MÉTODOS
PARA
O
ENSINO
DA
MATEMÁTICA
1
Cada uma das quatro operações tem mais de uma ideia ou mais de um uso na
resolução de problemas. Para quem já está acostumado a lidar com situações-problema
que envolvam essas operações, às vezes é difícil perceber as diferentes ideias implicadas
em cada operação. Entretanto, para o aluno, essas diferenças constituem muitas vezes
grandes obstáculos. Por isso, é muito importante, no trabalho com as quatro operações,
que o professor explore conscientemente suas diferentes ações. A compreensão do
significado das operações e seu uso na resolução de problemas são um dos objetivos mais
importantes do bloco de conteúdos Números e Operações, definido nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL. PCN, 1997) de Matemática.
A adição corresponde sempre a dois tipos básicos de ação: juntar (ou reunir) ou
então acrescentar, enquanto a subtração corresponde às ações de: retirar, comparar ou
completar. É muito importante que as crianças vivenciem experiências envolvendo todos
estes tipos de ação. A dificuldade que os alunos sentem na resolução de problemas,
expressada muitas vezes pela pergunta “que conta devo fazer?”, é causada,
principalmente, pela falta de experiências concretas variadas.
1) Utilize materiais concretos como chapinhas palitos, botões, grãos e pedrinhas e uma
folha de papel para cada aluno, na qual estão desenhados três círculos de cores diferentes
(azul, vermelho e verde, por exemplo). Peça às crianças que coloquem 3 lápis no círculo
vermelho e 2 no círculo azul. Feito isto, peça que juntem todos os lápis no círculo verde e
pergunte: “quantos lápis estão reunidos no círculo verde?”.
2) Explore atividades lúdicas, como por exemplo, o “jogo de esconder”. Neste jogo,
distribua um certo número de objetos do mesmo tipo para cada dupla de alunos (podem
ser 9 no primeiro momento, e mais tarde uma quantidade maior). Diga às crianças que o
jogo tem as seguintes regras:
a) Um aluno apresenta ao seu colega certa quantidade de fichas (ou do objeto que estiver
sendo utilizando) arrumadas em dois grupos – as fichas não utilizadas permanecem
escondidas da vista do outro jogador.
b) Depois que o colega observar, junta as fichas e cobre-as com uma folha de papel.
c) O outro aluno que joga deve dizer o total de fichas que ficou embaixo da folha.
d) Em seguida, os dois alunos levantam a folha e conferem o resultado. Para cada
resultado correto será marcado um ponto para o jogador.
e) A turma faz 10 jogadas, revezando sempre o aluno jogador. Depois os pontos são
contados para se determinar o vencedor da partida.
Ações de acrescentar são também bastante comuns em situações que ocorrem no cotidiano
da sala de aula. A professora ou o professor atento pode registrar estas ocorrências e fazer
perguntas.
2) Forme, na frente da turma, uma fila de crianças (até 9). Peça a uma criança, que não
esteja na fila, que observe a quantidade de crianças na fila e depois vire de costas. Sem
falar, retire alguns alunos da fila e diga à criança de costas que se vire. Em seguida,
pergunte:
Repita a atividade com outros alunos, sempre mudando o número de alunos da fila.
A forma de criar situações para que a criança perceba que a operação de subtração é
a que deve ser associada à comparação é o emparelhamento de objetos. Colocando os
elementos dos dois conjuntos, lado a lado, até que todos os elementos de um dos
conjuntos tenham sido utilizados, a criança verá que a resposta (quantos a mais) é a
quantidade de elementos que ficaram sem par. A ação concreta necessária para encontrar
esta resposta é separar ou retirar os elementos do conjunto maior, que tiveram elementos
correspondentes no conjunto menor. Assim, ele estará determinando o número de
elementos do resto, e esta ação corresponde à determinação de quantos elementos a mais
existem.
Dessa forma, estaremos sempre subtraindo elementos de um mesmo conjunto. Do
total de 3 lápis (conjunto maior), retiramos 2 deles, que foram emparelhados com as 2
borrachas. Sobra 1 lápis. Este resultado diz “quantos a mais” há no conjunto maior.
Utilize materiais diferenciados e proporcione muitas atividades de emparelhar
objetos. Somente quando você perceber que a relação da ação de comparação com a
subtração foi compreendida e está sendo corretamente utilizada, é que você poderá partir
para generalizações, trabalhando com comparações nas quais os alunos não possam dispor
os elementos dos dois conjuntos lado a lado.
aquelas em que a soma das unidades isoladas é maior que nove, sendo necessário fazer
um agrupamento para a casa das dezenas. Trabalhando com “reserva” desde o início, o
aluno compreende porque é necessário começar a operar pelas unidades, isto é, da direita
para a esquerda, o que contraria seus hábitos de leitura. Por outro lado, ao trabalharmos
os primeiros exemplos sem reservas, o resultado da operação será o mesmo se operarmos
da esquerda para direita ou vice-versa. Tal estratégia não permite ao aluno perceber que,
na utilização do algoritmo, há uma nítida vantagem em se iniciar o processo pela ordem
das unidades.
De um modo geral, o uso correto da linguagem matemática não deve ser o foco
principal. Os alunos precisam compreender que os termos desta linguagem nos ajudam a
conversar, comunicar e defender nossos pensamentos e nossa forma de resolver
problemas e cálculos. No entanto, você, professora ou professor, deve utilizar a linguagem
matemática corretamente. Deve ainda estimular o debate e o registro, pois essas atitudes
farão com que os alunos assimilem, aos poucos, o vocabulário que for relevante a cada
momento de sua aprendizagem.
Exemplo 1:
Enuncie, oralmente, uma situação–problema
envolvendo a ação de retirar. Como exemplo
vamos retirar 13 de 25.
Trabalhando com material concreto você pode propor diversas situações. Isto vai
ajudar seu aluno a perceber a seqüência de ações que compõe o algoritmo. A
representação, no caderno, dos passos realizados com material concreto também é
importante para que o aluno, aos poucos, compreenda a relação entre estes passos e o
registro formal do algoritmo.
Usando o exemplo anterior, veja como você pode estimular esta associação entre
concreto e a representação escrita.
E para finalizar:
- “Agora vamos fazer um traço para separar o resultado final e anotar quantos
palitos sobraram depois da retirada.”
Exemplo 2:
Esse é um bom momento para ajudá-los a perceber que o número representado continua
sendo o mesmo (32). A decomposição é que mudou: a forma inicial (3 dezenas e 2
unidades) foi alterada para: 2 dezenas e doze unidades.
Bem, agora é possível retirar 5 palitos dos que ficaram na ordem das unidades e o material
fica com a disposição mostrada no quadro abaixo.
Varie os materiais de contagem, pois isto ajuda o aluno a compreender o processo sem
se fixar no material, o que possibilitará a necessária abstração.
Faça você mesmo as etapas da subtração 208–25, usando o QVL e uma representação
de material concreto.
Propriedade Comutativa
Comutar significar trocar, por isso adicionar 7 e 5 pode ser feito de duas diferentes formas.
• Uma das regularidades que podemos observar é que alguns resultados se repetem.
Por que isso acontece?
O fato de 5 – 7 ser igual a –2, que não é um número natural, nos remete a outra
propriedade, o fechamento.
RELEMBRANDO O FECHAMENTO...
Propriedade do Fechamento
O que é fechamento? As teorias matemáticas trazem afirmações que por vezes nos
parecem evidentes, mas essas verdades são necessárias para a lógica interna das teorias.
Quando tomamos o conjunto dos números naturais e a operação adição, é sempre
possível adicionar dois números, em qualquer ordem, e encontrarmos como resultado um
número natural. Por isso, podemos afirmar que o conjunto dos números naturais é
fechado em relação à operação adição.
Propriedade Associativa
Observe os resultados das 4a e 5a colunas, eles são diferentes, por isso, podemos afirmar
que a subtração não é associativa.
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Andréia Carvalho Maciel; SILVA, Ana Lúcia Vaz da. Sistema de Numeração
Decimal. In: Matemática na Educação 1, v.1. Rio de Janeiro: CECIERJ, 2010.
MOÇO, Anderson. Diagnóstico em Matemática: você sabe o que eles já sabem? Nova
Escola. São Paulo, 2010. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/matematica/
pratica-pedagogica/diagnostico-incial-o-que-eles-ja-sabem-528156.shtml?page=0>
Acessado em: 20 ago. 2014.
Para fatorarmos 144 devemos dividi-lo por fatores primos (números que dividem por um e por ele mesmo),
veja:
144 = 2 . 2 . 2 . 2 . 3 . 3 = 24 . 32
Fatores Primos
Podemos fatorar não só números, mas também expressões algébricas, a fatoração é uma forma diferente
de representarmos um número ou uma expressão algébrica:
Para cada expressão algébrica, dependendo da quantidade de monômios ou da operação entre eles, ela
tem uma forma diferente de ser fatorada. Veja o nome de cada caso de fatoração:
São sete os casos diferentes utilizados na fatoração de expressão algébricas. O primeiro caso é a fatoração
por meio do termo em comum ou colocação de termos em evidência.
Para fatorar uma expressão algébrica utilizando esse primeiro caso de fatoração, todos os monômios da
expressão algébrica devem ter pelo menos algum termo em comum.
A fatoração é feita colocando o termo comum em evidência, veja alguns exemplos:
É preciso analisar se o 1º caso poderá ser utilizado para a fatoração, então é necessário analisar todos os
seus monômios (termos) para ver se há termos em comum.
Quando colocamos a em evidência devemos dividir a e ab (os monômios) por a (termo comum), assim:
a : a = 1, pois todo número (ou letra) dividido por ele mesmo é igual a 1.
Portanto a – ab = a (1 – b)
↓
Termos
em evidência
►a3 – 4a2 é uma expressão algébrica, veja como fatorar:
Essa expressão algébrica tem 2 monômios a3 e 4a2, eles têm o a como termo semelhante, então podemos
colocá-lo em evidência, mas poderá surgir uma dúvida, devemos colocar o a 3 ou a2? Devemos colocar
sempre o de menor expoente, então colocamos a2.
►x4 - 2x3 + x2 + x é uma expressão algébrica que tem quatro monômios, eles têm termos em comum, como
esses termos têm mesma base devemos pegar o de menor expoente, então o termo em comum é x.
► 4r + 12 é uma expressão algébrica, olhando rapidamente podemos pensar que não existe termo
semelhante, o que seria errado, pois o número 12 pode ser fatorado em dois fatores 12 = 4 . 3, com essa
fatoração percebemos que há um termo em comum na expressão algébrica, esse é o 4.
4r : 4 = 1r ou r
12 : 4 = 3
Portanto, 4r + 12 = 4 (r + 3)
↓
Termos
em evidência
[(x + 1) (x – 3)] : (x + 1) = (x – 3)
2 (x + 1) : (x + 1) = 2
Portanto, (x + 1) (x – 3) + 2 (x + 1) = (x + 1) (x – 3 + 2)
(x + 1) (x – 3) + 2 (x + 1) = (x + 1) (x – 1)
↓
Termos
em evidência
Para verificar se a fatoração 4r + 12 = 4 (r + 3) está correta, basta pegar a expressão algébrica fatorada 4 (r
+ 3) e resolvê-la:
Quando aplicamos o caso de fatoração por agrupamento, utilizamos a fatoração por termos comuns. Veja:
Se observarmos a expressão ab + 3b + 7a + 21 veremos que não são todos os monômios que têm termos
semelhantes, mas podemos unir os que possuem termos semelhantes.
Assim, temos: ab + 3b + 7a + 21, agora aplicamos o 1º caso de fatoração (termo comum), colocando em
evidência cada elemento comum de cada agrupamento.
ab + 3b + 7a + 21
↓ ↓
b termo 7 é o termo comum
comum
Então: b (a + 3) + 7 (a + 3)
Mesmo fazendo essa fatoração observamos que ainda podemos fazer mais uma fatoração, pois os dois
termos b (a + 3) e 7 (a + 3) possuem um termo em comum
(a + 3). Então, aplicamos o processo do fator comum, ficando assim a fatoração:
b (a + 3) + 7 (a + 3)
(a + 3) (b + 7)
Então, para compreender melhor esse tipo de fatoração vamos recapitular o que é um trinômio e quando um
trinômio pode ser um quadrado perfeito.
Trinômio
Para que uma expressão algébrica seja considerada um trinômio, ela deverá conter exatamente 3
monômios, veja alguns exemplos de trinômios:
x3 + 2x2 + 2x
- 2x5 + 5y – 5
ac + c – b
É importante ressaltar que nem todos os trinômios são quadrados perfeitos. É preciso verificar se um
trinômio pode ser escrito na forma de um quadrado perfeito.
Quadrado perfeito
Veja a demonstração do que é um quadrado perfeito:
Um número é um exemplo de quadrado perfeito, basta que esse número seja o resultado de outro número
elevado ao quadrado, por exemplo: 36 é um quadrado perfeito, pois
62 = 36.
Agora, para aplicar isso em uma expressão algébrica, observe o quadrado (todos os lados iguais) a abaixo
com lados x + y, o valor desse lado é uma expressão algébrica.
Para calcularmos a área desse quadrado podemos seguir duas formas diferentes:
1º forma: A fórmula para o cálculo da área do quadrado é A = Lado 2 , então como o lado nesse quadrado é x
+ y, basta elevá-lo ao quadrado.
2º forma: Esse quadrado foi dividido em quatro retângulos onde cada um tem a sua própria área, então a
soma de todas essas áreas é a área total do quadrado maior, ficando assim:
A2 = x2 +2xy + y2
A1 = A2
(x + y)2 = x2 +2xy + y2
Então, o trinômio x2 +2xy + y2 tem como quadrado perfeito (x + y)2.
Quando tivermos uma expressão algébrica e ela for um trinômio do quadrado perfeito, a sua forma fatorada
é representada em forma de quadrado perfeito, veja:
Como já foi dito, nem todos os trinômios são quadrados perfeitos, por isso é preciso que saibamos
identificar se um trinômio é quadrado perfeito ou não. Veja como é feita essa identificação:
O quadrado perfeito (x + y)2 é composto por dois fatores (x e y) , a resolução dele é um trinômio x 2 +2xy +
y2, o primeiro monômio é o quadrado do primeiro termo e o segundo monômio é duas vezes o primeiro
termo vezes o segundo, o terceiro monômio é o quadrado do segundo termo.
Esse trinômio do quadrado perfeito é considerado uma forma geral seguida para qualquer quadrado
perfeito.
Portanto, para que um trinômio seja quadrado perfeito ele tem que seguir esse modelo. Fazendo um resumo
podemos dizer que:
Para que um trinômio seja quadrado perfeito ele deve ter algumas características:
Veja se o trinômio 9a2 – 12ab + 4b2 é um quadrado perfeito, para isso siga as regras que foram citadas.
Dois membros do trinômio 9a2 – 12ab + 4b2 têm raízes quadradas e o dobro delas é o termo do meio, então
o trinômio é quadrado perfeito.
Então, a forma fatorada do trinômio 9a2 – 12ab + 4b2 é (3a – 2b)2, pois é a soma das raízes ao quadrado.
Exemplo:
Dado o trinômio 4x2 – 8xy + y2, devemos tirar as raízes dos termos 4x2 e y2 , as raízes serão
respectivamente 2x e y. O dobro dessas raízes deve ser 2 . 2x . y = 4xy, que é diferente do termo 8xy, então
esse trinômio não poderá ser fatorado utilizando o quadrado perfeito.
Veja os exemplos:
Dada a expressão algébrica y2 – 5y + 6, sabemos que é um trinômio, mas os seus dois membros das
extremidades não estão elevados ao quadrado, assim descarta a possibilidade de ser quadrado perfeito.
Então, o único caso de fatoração que podemos utilizar para fatorar essa expressão algébrica é x 2 + Sx + P.
Dada a expressão y2 – 5y + 6, observe se ela está em ordem decrescente de seus expoentes (do maior
para o menor), se estiver basta achar dois números que somados resultem em -5 e que o produto deles
resulte em 6.
(- 2) . (- 3) = 6
6 . 1= 6
- 6 . (- 1) = 6
Devemos, dentre essas possibilidades, achar uma que a soma dos números dê -5. Concluímos que -2 + (-3)
= -5, portanto a forma fatorada desse trinômio será:
(y – 2) (y – 3).
Dada a expressão m2 + 7m – 8, devemos achar dois números que somados resulte 7 e o produto deles seja
-8. Verificamos as possibilidades do produto resultar em - 8:
-1.8=-8
1 . (-8) = - 8
4 . (- 2) = - 8
-4.2=-8
Devemos, dentre essas possibilidades, achar uma que a soma dos números dê 7. Concluímos que -1 + 8 =
7, portanto a forma fatorada desse trinômio será:
(m – 1) (m + 8).
Dado a expressão x2 + 4x – 12, devemos achar dois números que somados resulte em 4 e o produto do
mesmo seja – 12. Verifiquemos as possibilidades de o produto resultar em -12:
1 .(-12) = -12
-1 . 12 = -12
6 . (-2) = -12
- 6 . 2 = -12
Devemos, dentre essas possibilidades, achar uma que a soma dos números dê 4. Concluímos que 6 +(- 2)
= 4, portanto a forma fatorada desse trinômio será:
(x + 6) (x – 2)
5º caso de fatoração: Diferença de dois quadrados
O quinto caso de fatoração é mais uma forma de fatorar expressões algébricas. Esse caso de fatoração só
pode ser utilizado em expressões algébricas que possuem dois monômios e os mesmos devem estar
elevados ao quadrado (elevados à quinta potência).
Chegamos à conclusão que a diferença de dois quadrados pode ser utilizada, quando:
• a2 - 16
• 1 – a2
3
• 4x2 – b2
Dada a expressão algébrica 9x2 – 81, veja os passos que devemos tomar para chegarmos à forma fatorada
utilizando o 5º caso de fatoração.
Exemplo 1:
A expressão algébrica x2 – 4 é uma expressão com dois monômios e as raízes quadradas são
respectivamente x e 2, então a sua forma fatorada é (x – 2) (x + 2).
Exemplo 2:
Dada a expressão algébrica 16x2 – 25, a raiz dos termos 16x2 e 25 é respectivamente 4x e 5. Então, a
forma fatorada é (4x – 5) (4x + 5).
Exemplo 3:
Dada a expressão algébrica 36x2 – 81y2, a raiz dos termos 36x2 e 81y2 é respectivamente 6x e 9y. Então, a
forma fatorada é (6x – 9y) (6x + 9y).
6ºcaso de fatoração: Soma de dois cubos
O sexto caso de fatoração é a fatoração de uma expressão algébrica composta por dois monômios (seja um
binômio) e entre eles há a operação de adição, esses dois monômios são elevados ao cubo (elevados à
terceira potência).
Dado dois números quaisquer x e y, se somarmos os dois obteremos x + y, se montarmos uma expressão
algébrica com os dois números teremos x2 - xy + y2, agora devemos multiplicar as duas expressões
encontradas.
x3 + y3 é uma expressão algébrica de dois termos onde os dois estão elevados ao cubo e somados.
Assim, podemos concluir que x3 + y3 é uma forma geral da soma de dois cubos onde
x e y poderão assumir qualquer valor real.
Exemplo1:
27x3 + 1000 é a soma de dois cubos.
(x + y) (x2 - xy + y2)
(3x + 10) ((3x)2 – 3x . 10 + 102)
(3x + 10) (9x2 – 30x + 100)
Portanto, a fatoração de 27x3 + 1000 será (3x + 10) (9x2 – 30x + 100).
Exemplo 2:
x3 + 1 é a soma de dois cubos.
Podemos escrever essa expressão da seguinte forma:
(x)3 + 13 assim: x = x e y = 1
Agora, basta usarmos a forma gral e fazermos as substituições.
(x + y) (x2 - xy + y2)
(x + 1) ((x)2 –x .1 + 12)
(x – 1) (x2 –x + 1)
Exemplo 3:
8x3 + y3 é a soma de dois cubos.
Podemos escrever essa expressão da seguinte forma:
(2x)3 + y3 assim: x = 2x e y = y
Agora, basta usarmos a forma gral e fazermos as substituições.
(x + y) (x2 - xy + y2)
Dado dois números quaisquer x e y. Se subtrairmos ficará: x – y, se montarmos uma expressão algébrica com os dois
números obteremos: x2 + xy + y2, assim, devemos multiplicar as duas expressões encontradas.
x3 - y3 é uma expressão algébrica de dois termos, os dois estão elevados ao cubo e subtraídos.
Assim, podemos concluir que x3 - y3 é uma forma geral da soma de dois cubos onde
x e y podem assumir qualquer valor real.
Com o conhecimento de todos os casos de fatoração, quando for preciso fatorar alguma expressão algébrica devemos
sempre observar em qual dos casos ela se enquadra, veja os exemplos de como fazer esse reconhecimento.
Exemplo:
Se tivermos que fatorar a seguinte expressão algébrica 27x3 – y3 devemos observar que ela tem dois termos.
Lembrando dos casos de fatoração, o único caso que fatora dois termos é a diferença de dois quadrados, soma de dois
cubos e a diferença de dois cubos.
No exemplo acima os dois termos estão ao cubo e entre eles há uma subtração, então devemos utilizar o 7º caso de
fatoração (diferença de dois cubos), para fatorarmos devemos escrever a expressão algébrica 27x3 – y3 da seguinte
forma:
(x - y) (x2 + xy + y2). Ao tirar as raízes cúbicas dos dois termos, temos: 27x3 – y3.
A raiz cúbica de 27x3 é 3x e a raiz cúbica de y3 é y. Agora, basta substituir valores, no lugar de x colocaremos 2x e no
lugar de y colocaremos 3 na forma fatorada
(x - y) (x2 + xy + y2) , ficando assim:
Exemplo 2
Para resolvemos a fatoração utilizando a diferença de dois cubos devemos seguir os mesmos passos do exemplo
anterior. Fatorando a expressão algébrica r3 – 64 temos: As raízes cúbicas de r3 é r e de 64 é 4, substituindo teremos no
lugar de x o r e no lugar de y o 4.
* Definição
Informados dois números inteiros e que não sejam nulos (# 0), diferente de zero, temos os conjuntos dos divisores
destes números e que terão sempre dois ou mais números comuns a todos eles, aos quais são denominados divisores
comuns.
Ou seja, dois números naturais têm sempre divisores comuns.
Faça a observação dos números divisores dos seguintes elementos:
D (24) = {+/-1, +/-2, +/-3, +/-4, +/-6, +/- 8, +/- 12, +/-24}
D (36) = {+/-1, +/-2, +/-3, +/-4, +/-6, +/- 12, +/-36}
Chamamos de MDC (Máximo Divisor Comum) de dois elementos o número maior dentre os divisores dos números
apresentados.
Assim o MDC (24,36) = 12
No processo para se calcular o MDC (Máximo Divisor Comum), efetuamos basicamente duas formas para chegar ao
resultado:
1) a decomposição dos números até chegar a uma divisão exata
MDC (12,16) =
Desta forma o MDC é resultado da multiplicação dos fatores primos comuns entre os resultados na divisão.
MDC (12,16) = 2 x 2 = 4
Nesta forma dividi-se o número maior pelo número menor, efetuando várias divisões até chegar uma divisão exata.
O divisor então, deste cálculo será chamado de MDC (Máximo Divisor Comum).
Desta forma, efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata. O divisor desta divisão será então o MDC.
Acompanhe o cálculo do m.d.c.(30,18).
Acompanhe:
1º) dividimos o número maior pelo número menor
30 / 18 = 1 (com resto 12 )
2º) dividimos o divisor 18, que é divisor da divisão anterior, por 12, que é o resto da divisão anterior, e assim
sucessivamente:
18 / 12 = 1 (com resto 6 )
Exercícios Resolvidos
Solução:
O menor número chamamos de MMC (5,6,7)
Fatore os números:
5, 6, 7 |2
5, 3, 7 |3
5, 1, 7 |5
1, 1, 7 |7
1, 1, 1
MMC (5,6,7) = 2 x 3 x 5 x 7 = 210
2) Determine o menor número inteiro positivo de três algarismos, que é divisível, ao mesmo tempo, por 4,8,12.
Solução:
Ser divisível por 4,8,12 é ser múltiplo. Desta forma procuramos o MMC
MMC (4,8,12) = 24
Fatore os números
4, 8, 12 |2
2, 4, 6 |2
1, 2, 3 |2
1, 1, 3 |3
1, 1, 1
Como 24 não têm três algarismos, o número procurado deverá ser múltiplo de 24 que tenha três algarismos.
Assim: 24 x 1 = 24, 24 x 2 = 48... 24 x 5 = 120
O menor múltiplo positivo de 24 de três algarismos é 120, que deste modo é o número procurado.
3) Temos que os números 24, 36 e 48 possuem vários números divisores comuns, como exemplo os números 2
e 4. Determine o maior divisor comum a 24, 36 e 48.
Solução:
O maior divisor entre os números é chamado de MDC.
Calculando o MDC:
24, 36, 48 |2
12, 18, 24 |2
6, 9, 12 |3
2, 3, 4 |
MDC (24,36,48) = 2 x 2 x 3 = 12
4) Determine os menores números inteiros positivos pelos quais devem ser divididos os números 72 e 120 de
modo que se obtenham divisões exatas com quocientes iguais.
Solução:
O quociente comum as duas divisões deverá ser o MDC(72, 120) que fazendo os cálculos é 24.
Temos: 72 / 24 = 3 e 120 / 24 = 5
Portanto: 72 / 3 = 24 e 120 / 5 = 24.
Média aritmética simples
Dos vários tipos de médias utilizados, o mais simples e o mais comum é a média aritmética simples.
Dados os números 1200, 1400, 1000 e 1600, para apurarmos o valor médio artimético deste conjunto,
simplesmente o totalizamos e dividimos o total obtido pela quantidade de valores do conjunto:
Agora preste atenção neste conjunto de números após o colocarmos em ordem crescente:
Observe que se fossemos inserir o valor médio de 1300 neste conjunto de números ordenados, a sua
posição seria exatamente no meio da sequência, ou seja, seria o valor médio.
Observe ainda está propriedades das médias, que se o valor médio for inserido ao conjunto de números
originais, a média ainda continuará a mesma:
Digamos que em um concurso você tenha feito três provas e tenha tirado as seguintes notas: 10, 8 e 3.
Qual foi a sua nota média afinal?
Vejamos:
Como a nota mínima para passar no concurso era a nota 7, você se sente feliz e aliviado por ter conseguido
alcançá-la.
Mas foi aí que lhe veio a surpresa! Na última hora você soube que a nota média seria calculada atribuindo-
se um peso diferente a cada prova. Você fica apreensivo. E agora?!?
Nos bastidores você soube que a primeira prova teria peso 3, a segunda peso 2 e a terceira teria peso 5.
Vamos aos cálculos:
Que pena meu rapaz! Infelizmente a sua média de 6,1 não atingiu o valor mínimo de 7.
Epa! Espere um pouco! Você cometeu um erro! Os pesos não estão na ordem correta! A primeira prova teria
peso 3, a segunda peso 5 e a terceira teria peso 2. Vejamos se houve alguma mudança, parece-me que
você ainda tem chances:
Como você pode perceber, a média aritmética ponderada possibilita atribuir peso ou importância diferentes
a cada valor. Provavelmente por ser mais importante no processo de seleção, a segunda nota tinha um
peso maior. Por isto os itens com maior peso influenciam mais na média final que os de menor peso. Veja o
exemplo abaixo:
Você percebe que o primeiro valor tem peso 1, sete vezes menor que o peso do segundo valor que é igual a
7. Por isto a média final se aproximou muito mais de segundo valor (2), que do primeiro (10), embora este
tenha sido cinco vezes maior que o segundo.
Resumindo, para se apurar a média aritmética ponderada, primeiramente multiplique cada valor pelo seu
respectivo peso. Some todos os produtos encontrados e divida este total pela soma dos pesos.
Exercícios resolvidos
Como visto na parte teórica, a solução deste exercício resume-se em somarmos os números e dividirmos
este total por quatro, que é a quantidade de números:
Logo:
A média aritmética simples destes números é 10.
2) Qual é a média aritmética ponderada dos números 10, 14, 18 e 30 sabendo-se que os seus pesos são
respectivamente 1, 2, 3 e 5?
Neste outro caso a solução consiste em multiplicarmos cada número pelo seu respectivo peso e somarmos
todos estes produtos. Este total deve ser então dividido pela soma total dos pesos:
Assim sendo:
A média aritmética ponderada deste conjunto de números é 22.
3) Dado um conjunto de quatro números cuja média aritmética simples é 2,5 se incluirmos o número 8 neste
conjunto, quanto passará a ser a nova média aritmética simples?
Na parte teórica vimos que a soma dos elementos de um conjunto de números, dividida pela quantidade de
elementos deste conjunto, resulta na média aritmética simples entre eles. Se chamarmos esta soma de S,
em função do enunciado podemos nos expressar matematicamente assim:
Passando o divisor 4 para o segundo membro e o multiplicando pelo termo 2,5, obteremos a soma destes
quatro números que é igual a 10:
Ao incluirmos o número 8 neste conjunto de números, a soma dos mesmos passará de 10 para 18 e como
agora teremos 5 números ao invés de 4, a média dos mesmos será 18 dividido por 5 que é igual a 3,6:
Portanto:
Ao inserirmos o número 8 neste conjunto de números, a média aritmética simples passará a ser igual a 3,6.
4) Em uma sala de aula os alunos têm altura desde 130cm até 163cm, cuja média aritmética simples é de
150cm. Oito destes alunos possuem exatamente 163cm. Se estes oito alunos forem retirados desta classe,
a nova média aritmética será de 148cm. Quantos alunos há nesta sala de aula?
Sabemos que a média aritmética simples de um conjunto de números é igual à soma dos mesmos dividida
pela quantidade de números deste conjunto. Se chamarmos de S a soma da altura de todos os alunos desta
classe e de n o número total de alunos, podemos escrever a seguinte equação:
O enunciado nos diz que se retirarmos todos os oito alunos que medem 163cm, teremos 148cm como a
nova média de altura da turma. Expressando esta informação em forma de equação temos:
Como na primeira equação calculamos que , vamos trocar S na segunda equação por 150n:
Enfim:
O Mínimo Múltiplo Comum (MMC) de dois ou mais números inteiros e não nulos, pode ser definido ao menor número
positivo que seja múltiplo de todos os números dados na sentença.
Exemplo pratico:
1) M (4) ={0, +/-4, +/-8, +/- 12, +/-16, +/-20, +/-24, +/-28, +/-32, +/-36, +/-40...}
2) M (6) = {0, +/-6, +/-12, +/- 18, +/-24, +/-30, +/-36, +/-42, +/-48, +/-54, +/-60...}
3) M (8) = {0, +/-8, +/-16, +/- 24, +/-32, +/-40, +/-48, +/-56, +/-64, +/-72, +/-80...}
Temos que MMC de (4,6,8) = 24, pois este é o menor número positivo que é múltiplo de 4,6,8, simultaneamente.
2 x 3²
Explicando os cálculos:
Anotar a esquerda todos os números envolvidos na sentença e traçar um traço vertical.
Anotar na linha à direita após o traço vertical o menor número primo que seja capaz de dividir algum dos números
dados que estão à esquerda. Faça a divisão e anote abaixo dos números o resultado obtido da divisão (se divisível é
claro) ou então repita o mesmo número se não for possível efetuar a divisão. Repita os mesmos procedimentos até que
todos os números propostos estejam em unidade.
2) O MMC dos números 12,18,24 será o produto de todos os fatores primos resultantes encontrados, tomando sempre
os maiores expoentes encontrados, dentro todos os números decompostos:
Então, após efetuado a decomposição de todos os fatores primos dos números dados, basta fazer a multiplicação de
todos os termos encontrados.
Números Primos
Na formação do conjunto dos números Naturais existe um tipo de numeral que possui a
propriedade de ser divisível somente por um e por ele mesmo, recebendo a denominação
de número primo. A descoberta dos números primos é imprescindível na Matemática, pois
eles intitulam o princípio central na teoria dos números, consistindo no Teorema
Fundamental da Aritmética. Esse Teorema satisfaz uma condição interessante no
conjunto dos números naturais, ele afirma que todo número inteiro natural, sendo maior
que 1, pode ser escrito como um produto de números primos, enfatizando a hipótese que
o número 1 não pode ser considerado primo, pois ele tem apenas um divisor e não pode
ser escrito na forma de produto de números primos.
8=2x2x2
9=3x3
10 = 2 x 5
27 = 3 x 3 x 3
32 = 2 x 2 x 2 x 2 x 2
50 = 2 x 5 x 5
28 = 2 x 2 x 7
110 = 2 x 5 x 11
Assim como podemos expressar e resolver de forma mais simples, uma soma de
várias parcelas iguais recorrendo à multiplicação, da mesma forma podemos
recorrer à exponenciação para obtermos o produto de vários fatores iguais.
A potenciação ou exponenciação é a operação de elevar um número ou
expressão a uma dada potência. Para entendermos o significado disto, observe a
figura em vermelho abaixo:
Note que temos o número dois ( 2 ) com o número três ( 3 ) sobrescrito à sua
direita ( 23 ). Dizemos que o número 2 está elevado à terceira potência, ou
ainda que 23 é a terceira potência de 2.
Nesta potência o número 2 é a sua base e ao número 3 damos o nome
de expoente.
Esta potência representa a multiplicação de três fatores iguais a dois, então 23 é
igual a 2 . 2 . 2 que é igual a 8.
Potências com expoente 2 ou 3 possuem uma outra forma particular de leitura. A
potência 23 também pode ser lida como dois ao cubo, assim como a
potência 32 pode ser lida como três ao quadrado.
Expoente Igual a 1
Todo número elevado a 1 é igual ao próprio número:
Expoente Igual a 0
Todo número, diferente de zero, elevado a 0 é igual a 1:
Expoente Negativo
Qualquer número diferente de zero elevado a um expoente negativo é igual ao
inverso deste número elevado ao oposto do expoente:
Generalizando:
Note que a base a deve ser diferente de 0, pois como sabemos não existe
quociente real para a divisão por zero neste conjunto numérico.
Entendendo porque a0 = 1
Para a ≠ 0 sabemos que:
Sabemos que:
Já todo número, diferente de zero, dividido por ele mesmo é igual a 1 e que todo
número menos ele mesmo é igual a zero.
Logo concluímos que:
Entendendo porque a1 = a
Para a ≠ 0 sabemos que:
Como:
Então:
Logo:
Ou ainda:
Se tivermos m = 0:
Como a0 = 1, temos:
Ou:
Potência de um Produto
A potência do produto de dois ou mais fatores é igual ao produto de cada um
destes fatores elevados ao expoente em questão:
Vamos tomar como exemplo o produto de três fatores distintos elevados ao cubo:
Potência de um Quociente
Podemos proceder de forma análoga ao que fizemos no caso da multiplicação, mas
neste caso os divisores não podem ser iguais a zero:
Exemplo:
Vamos verificar:
Exemplo:
Exemplo:
(a – b )³ = a³ - 3 a²b + 3ab² - b³
Qual é o valor numérico que b deve assumir para que multiplicado por ele mesmo
seja igual a -16?
Tanto o radicando quanto a raiz devem ser positivos, é por isto que não podemos
considerar o -3.
Propriedades da Radiciação
As propriedades que vamos estudar agora são consideradas no conjunto dos
números reais positivos ou nulos, podendo não se verificar caso o radicando seja
negativo, pois como sabemos, não existe raiz real de um número negativo.
Exemplo:
Já que n não pode ser zero, a partir desta propriedade concluímos que não existe
raiz de índice zero. Se n fosse zero, o denominador da fração do expoente seria
zero, que sabemos não ser permitido.
Exemplos:
Raiz de uma Potência
A raiz n de uma potência de a elevado a m, é a potência m da raiz n de a:
Exemplo:
Exemplo:
Vamos verificar:
Exemplo:
Verificando:
Repare que tanto o expoente do fator 36, quanto o expoente do fator 53 são
múltiplos do índice do radicando que é igual a 3. Vamos então simplificá-los:
Neste caso o expoente do fator 5 não é divisível pelo índice 2 do radicando, por isto
após a simplificação não conseguimos eliminar o radical.
Agora vamos analisar o número :
Neste caso o expoente de 36 não é divisível pelo índice 5, mas é maior, então
podemos escrever:
Repare que agora o expoente do fator 35 é divisível pelo índice 5, podemos então
retirá-lo do radical:
Logo:
Veja que quando o é resto for zero podemos eliminar o radical, já que o radicando
sempre será igual a 1, pois todo número natural não nulo elevado a zero é igual a
um:
Nos casos em que os expoentes de todos os fatores forem menores que o índice do
radical como, por exemplo, em , a simplificação não poderá ser realizada.
Razão e Proporção
RAZÃO
Conceitualmente a razão do número a para o número b, sendo b ≠ 0, é igual ao quociente de a por b que podemos
representar das seguintes formas:
•
•
As razões acima podem ser lidas como:
• razão de a para b
• a está para b
• a para b
Em qualquer razão, ao termo a chamamos de antecedente e ao termo b chamamos de consequente.
e
Elas são tidas como razões inversas ou recíprocas.
Note que o antecedente de uma é o consequente da outra e vice-versa.
Uma propriedade das razões inversas é que o produto delas é sempre igual a 1, isto se deve ao fato de uma ser o
inverso multiplicativo da outra.
Agora vejamos as seguintes razões:
e
A primeira razão possui os números 1 e 2 como seu respectivo antecedente e consequente, já a segunda razão possui
o número 2 como o seu antecedente e o número 1, omitido, como o seu consequente. Em função disto, pelo
antecedente de uma ser o consequente da outra e vice-versa, estas duas razões também são inversas uma em relação
a outra.
Apesar de uma razão ser apresentada na forma de uma fração ou de uma divisão, você pode calcular o seu valor final a
fim de se obter o seu valor na forma decimal. Por exemplo:
A razão de 15 para 5 é 3, pois 15 : 5 = 3 na forma decimal, ou seja, 15 é o triplo de 5.
Neste outro caso, a razão de 3 para 4 é 0,75, pois 3 : 4 = 0,75 na forma decimal.
Razão centesimal
Como visto acima, a razão de 3 para 4 é 0,75, pois 3 : 4 = 0,75 na forma decimal, ou seja, 3 equivale a 75% de 4. 75%
nada mais é que uma razão de antecedente igual 75 e consequente igual a 100. É por isto é chamada de razão
centesimal.
Exemplos
O salário de Paulo é de R$ 2.000,00 e João tem um salário de R$ 1.000,00. Qual a razão de um salário para outro?
Temos: Salário de Paulo : Salário de João.
Então:
A razão acima pode ser lida como a razão de 2000 para 1000, ou 2000 está para 1000. Esta razão é igual a 2, o que
equivale a dizer que o salário de Paulo é o dobro do salário de João, ou seja, através da razão estamos fazendo uma
comparação de grandezas, que neste caso são os salários de Paulo e João.
Portanto a razão de um salário para outro é igual a 2.
Eu tenho uma estatura de 1,80m e meu filho tem apenas 80cm de altura. Qual é a razão de nossas alturas?
Como uma das medidas está em metros e a outra em centímetros, devemos colocá-las na mesma unidade. Sabemos
que 1,80m é equivalente a 180cm. Temos então a razão de 180cm para 80cm:
Proporção
ou
Ou
ou
ou
Ou
ou
Quarta proporcional
Dados três números a, b, e c, chamamos de quarta proporcional o quarto número x que junto a eles formam a
proporção:
Tendo o valor dos números a, b, e c, podemos obter o valor da quarta proporcional, o número x, recorrendo à
propriedade fundamental das proporções. O mesmo procedimento utilizado na resolução de problemas de regra de três
simples.
Terceira proporcional
Em uma proporção onde os meios são iguais, um dos extremos é a terceira proporcional do outro extremo:
Exemplos
Paguei R$15,00 por 1kg de carne. Se eu tivesse pago R$25,00 teria comprado 2kg. A igualdade da razão do preço de
compra pela quantidade, dos dois casos, resulta em uma proporção?
Os termos da nossa suposta proporção são: 15, 1, 25 e 2.
Podemos utilizar a propriedade fundamental das proporções para verificamos se tais termos nesta ordem formam ou
não uma proporção.
Temos então:
Como 30 difere de 25, não temos uma igualdade, consequentemente não temos uma proporção.
Poderíamos também ter analisado as duas razões:
Como as duas razões possuem valores diferentes, obviamente não se trata de uma proporção.
Como uma das razões resulta em 15 e a outra resulta em 12,5, concluímos que não se trata de uma proporção, já que
15 difere de 12,5.
A proporção não ocorreu porque ao comprar 2kg de carne, eu obteria um desconto de R$ 2,50 no preço do quilograma,
o que deixaria as razões desproporcionais.
A soma de dois números é igual a 240. Sabe-se que um deles está para 5, assim como o outro está para 7. Quais são
estes números?
Para a resolução deste exemplo utilizaremos a terceira propriedade das proporções. Chamando um dos números de a e
o outro de b, podemos montar a seguinte proporção:
Sabemos que a soma de a com b resulta em 240, assim como a adição de 5 a 7 resulta em 12. Substituindo estes
valores na proporção teremos:
Portanto:
Concluímos então que os dois números são 100 e 140.
Quatro números, todos diferentes de zero, 10, 8, 25 e x formam nesta ordem uma proporção. Qual o valor de x?
Seguindo o explicado sobre a quarta proporcional temos:
Exercícios 1
Resolução:
8=2
X 7
2x = 8 x 7
2x = 56
X = 56/2
X = 28
Desta forma a razão igual a 2/7, com antecedente igual a 8 é : 8/28 = 2/7
2) Almejando desenhar uma representação de um objeto plano de 5m de comprimento, usando uma escala de
1:20, qual será o comprimento no desenho:
Resolução:
Escala: 1
20
500 x 1 = 500 / 20 =
20
25 cm
Desta forma em uma escala 1:20 em plano de 5m, o comprimento do desenho será 25 cm.
3) Em uma sala de aula, a razão de moças para o número de rapazes é de 5/4. Se o número total de alunos desta
turma é de 45 pessoas, caso exista uma festa quantas moças ficariam sem par ?
Resolução:
45/x = 9/5
45 x 5 = 9x
Tendo por base que cada rapaz fique apenas com uma moça, o número de moças que ficariam sem par será : 25 – 20 =
5 moças
EXERCÍCIOS 2
01. Se (3, x, 14, ...) e (6, 8, y, ...) forem grandezas diretamente proporcionais, então o valor de x + y é:
a) 20
b) 22
c) 24
d) 28
e) 32
02. Calcular x e y sabendo-se que (1, 2, x, ...) e (12, y, 4, ...) são grandezas inversamente proporcionais.
03. Dividir o número 160 em três partes diretamente proporcionais aos números 2, 3 e 5.
04. Repartir uma herança de R$ 495.000,00 entre três pessoas na razão direta do número de filhos e na razão inversa
das idades de cada uma delas. Sabe-se que a 1ª pessoa tem 30 anos e 2 filhos, a 2ª pessoa tem 36 anos e 3 filhos e a
3ª pessoa 48 anos e 6 filhos.
05. Dois números estão na razão de 2 para 3. Acrescentando-se 2 a cada um, as somas estão na razão de 3 para 5.
Então, o produto dos dois números é:
a) 90
b) 96
c) 180
d) 72
e) -124
06. (PUC) Se (2; 3; x; ...) e (8; y; 4; ...) forem duas sucessões de números diretamente proporcionais, então:
a) x = 1 e y = 6
b) x = 2 e y = 12
c) x = 1 e y = 12
d) x = 4 e y = 2
e) x = 8 e y = 12
07. Sabe-se que y é diretamente proporcional a x e que y = 10 quando x = 5. De acordo com estes dados, qual:
08. São dados três números reais, a < b < c. Sabe-se que o maior deles é a soma dos outros dois e o menor é um
quarto do maior. Então a, b e c são, respectivamente, proporcionais a:
a) 1, 2 e 3
b) 1, 2 e 5
c) 1, 3 e 4
d) 1, 3 e 6
e) 1, 5 e 12
a) 35
b) 49
c) 56
d) 42
e) 28
10. Três pessoas montam uma sociedade, na qual cada uma delas aplica, respectivamente, R$ 20.000,00, R$
30.000,00 e R$ 50.000,00. O balanço anual da firma acusou um lucro de R$ 40.000,00. Supondo-se que o lucro seja
dividido em partes diretamente proporcionais ao capital aplicado, cada sócio receberá, respectivamente:
Resolução:
01. E
02. x = 3 e y = 6
04. A 1ª pessoa deve receber R$ 120.000,00, a 2ª pessoa R$ 150.000,00 e a terceira pessoa R$ 225.000,00.
05. B
06. C
07. a) y = 2x
c) y = 4
08. C
09. B
10. Cvg
Relações Métricas do Triângulo retângulo
Num triângulo retângulo, os lados perpendiculares, aqueles que formam um ângulo de 90º, são
denominados catetos e o lado oposto ao ângulo de 90º recebe o nome de hipotenusa. O teorema de
Pitágoras é aplicado ao triângulo retângulo e diz que: hipotenusa ao quadrado é igual à soma dos
quadrados dos catetos,hip² = c² + c².
Observe os triângulos:
Os triângulos AHB e AHC são semelhantes, então podemos estabelecer algumas relações métricas
importantes:
h² = mn b² = ma c² = an bc = ah
Diagonal do quadrado
Dado o quadrado de lado l, a diagonal D do quadrado será a hipotenusa de um triângulo retângulo com
catetos l, com base nessa definição usaremos o teorema de Pitágoras para uma expressão que
calcula a diagonal do quadrado em função da medida do lado.
Altura de um triângulo equilátero
O triângulo PQR é equilátero, vamos calcular sua altura com base na medida l dos lados. Ao
determinarmos a altura (h) do triângulo PQR, podemos observar um triângulo retângulo PHQ catetos: h
e l/2 e hipotenusa h. Aplicando o teorema de Pitágoras temos:
Observe o bloco de arestas a, b e c, iremos calcular a diagonal (d), mas usaremos a diagonal x da
base em nossos cálculos. Veja:
x² = a² + b²
d² = x² + c²
substituindo, temos:
Teorema de Pitágoras
O Teorema de Pitágoras é considerado uma das principais descobertas da Matemática, ele descreve
uma relação existente no triângulo retângulo. Vale lembrar que o triângulo retângulo pode ser
identificado pela existência de um ângulo reto, isto é, medindo 90º. O triângulo retângulo é formado por
dois catetos e a hipotenusa, que constitui o maior segmento do triângulo e é localizada oposta ao
ângulo reto. Observe:
Catetos: a e b
Hipotenusa: c
O Teorema diz que: “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.”
a² + b² = c²
Exemplo 1
Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.
x² = 9² + 12²
x² = 81 + 144
x² = 225
√x² = √225
x = 15
x² = 1² + 1²
x² = 1 + 1
x² = 2
√x² = √2
x = √2
√2 = 1,414213562373....
Exemplo 2
Calcule o valor do cateto no triângulo retângulo abaixo:
x² + 20² = 25²
x² + 400 = 625
x² = 625 – 400
x² = 225
√x² = √225
x = 15
Exemplo 3
Um ciclista acrobático vai atravessar de um prédio a outro com uma bicicleta especial, percorrendo a
distância sobre um cabo de aço, como demonstra o esquema a seguir:
x² = 10² + 40²
x² = 100 + 1600
x² = 1700
x = 41,23 (aproximadamente)
Sistema de Medida de tempo
Introdução
É comum em nosso dia-a-dia pergunta do tipo:
Qual a duração dessa partida de futebol?
Qual o tempo dessa viagem?
Qual a duração desse curso?
Qual o melhor tempo obtido por esse corredor?
Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida de tempo.
A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.
Segundo
O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as sucessivas
passagens do Sol sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.
semana = 7 dias
quinzena = 15 dias
bimestre = 2 meses
trimestre = 3 meses
quadrimestre = 4 meses
semestre = 6 meses
biênio = 2 anos
década = 10 anos
km hm dam m Dm cm mm
Existem outras unidades de medida mas que não pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos as
relações entre algumas dessas unidades e as do sistema métrico decimal:
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros
Obs: valores aprximados
2- Medidas de superfície
No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir superfícies é o metro quadrado, cuja
representação é m2 . O metro quadrado é a medida da superfície de um quadrado de um metro de lado.
Como na medida de comprimento, na área também temos os múltiplos e os submúltiplos:
4 - Medidas de volume
No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir volume é o metro cúbico, cuja abreviatura
é m3 . O metro cúbico (m3) é o volume ocupado por um cubo de 1 m de aresta. Como nas medidas de
comprimento e de área, no volume também temos os múltiplos e os submúltiplos:
As mais utilizadas, além do metro cúbico, são o decímetro cúbico e o centímetro cúbico.
5 - Medidas de capacidade
A unidade fundamental para medir capacidade de um sólido é o litro.
De acordo com o Comitê Internacional de Pesos e Medidas, o litro é, aproximadamente, o volume
equivalente a um decímetro cúbico, ou seja:
1 litro = 1,000027 dm3
Porém, para todas as aplicações práticas, simples, podemos definir:
1 litro = 1 dm3
Veja os exemplos:
1) Na leitura do hidrômetro de uma casa, verificou-se que o consumo do último mês foi de 36 m 3. Quantos
litros de água foram consumidos?
Solução: 36 m3 = 36 000 dm3 = 36 000 litros
2) Uma indústria farmacêutica fabrica 1 400 litros de uma vacina que devem ser colocados em ampolas de
35 cm3 cada uma. Quantas ampolas serão obtidas com essa quantidade de vacina?
Solução: 1 400 litros = 1 400 dm3 = 1 400 000 cm3
(1 400 000 cm3) : (35 cm3) = 40 000 ampolas.
5.1 - Outras unidades para medir a capacidade
São também utilizadas outras unidades para medir capacidade, que são múltiplos e submúltiplos do litro:
hl dal l dl cl ml
Cruzeiro Novo (volta 13/2/1967 a 14/5/1970 NCr$ NCr$ 1,00 = Cr$ 1.000
..... dos centavos)
Cruzeiro 15/5/1970 a 14/8/1984 Cr$ Cr$ 1,00 = NCr$ 1,00
Cruzado (volta dos 28/2/1986 a 15/1/1989 Cz$ Cz$ 1,00 = Cr$ 1.000
centavos)
O sistema de numeração decimal possui ao todo dez símbolos distintos, através dos
quais se utilizarmos apenas um dígito, podemos representar quantidades de zero a nove.
Se tivermos mais uma bolinha, como será a representação simbólica deste numeral?
Como já utilizamos todos os dez símbolos e não dispomos de outros, vamos recomeçar a
sequência pegando novamente o 0, mas agora iremos trabalhar com dois dígitos.
À esquerda deste zero devemos colocar o próximo símbolo. Como ainda não utilizamos
nenhum símbolo nesta posição, ele seria o 0, mas como o zero não é um dígito
significativo, pois ele representa a ausência, então o primeiro símbolo a utilizar será o 1.
11 - onze: |
Repare que agora temos uma bolinha de cada lado do símbolo |, a bolinha à esquerda
vale dez vezes mais que a da direita. A da esquerda vale dez e a da direita vale um.
De doze a dezenove temos as seguintes representações:
12 - doze: |
13 - treze: |
14 - quatorze: |
15 - quinze: |
16 - dezesseis: |
17 - dezessete: |
18 - dezoito: |
19 - dezenove: |
O critério é sempre o mesmo, a bolinha à esquerda do símbolo | vale dez vezes mais que
qualquer uma das bolinhas da direita.
Como no novo ciclo já utilizamos todos os dígitos de 0 a 9, faremos tal qual no caso do
dez. À direita utilizaremos o0, e a esquerda utilizaremos o próximo símbolo. Como
estávamos utilizando o 1, o próximo será o 2. Temos então:
20 - vinte: |
Seguindo o raciocínio vinte e um será:
21 - vinte e um: |
Para setenta e dois temos:
72 - setenta e dois: |
Qualquer bolinha nesta posição valerá cem vezes mais que qualquer bolinha na posição
da direita.
Temos uma bolinha na esquerda, outra no centro e uma outra na direita. Embora todas
sejam representadas pelo símbolo 1, a da esquerda vale 100, a do meio vale 10 e a da
direita vale 1 mesmo.
A bolinha da direita ocupa a casa das unidades e por isto vale exatamente o que o seu
símbolo representa, ou seja, vale 1 unidade.
A bolinha à sua esquerda, isto é, a bolinha do centro, ocupa a casa das dezenas e por isto
vale dez vezes mais do que o seu símbolo representa, ou seja, vale 10 unidades.
Finalmente a bolinha à sua esquerda, isto é, a bolinha da esquerda, ocupa a casa das
centenas e por isto vale cem vezes mais do que o seu símbolo representa, ou seja,
vale 100 unidades.
Ordens e Classes
As casas das unidades, das dezenas e das centenas são chamadas de ordens.
O número 111 visto acima está todo contido na classe das unidades simples.
O dígito da esquerda é da ordem das centenas, por isto ao invés de 1 unidade, ele
equivale a 100 unidades.
Para facilitar a leitura dos números com muitas classes, podemos separá-las utilizando o
caractere ".", assim o número dois milhões, quinhentos e seis mil, oitocentos e trinta
e nove pode ser escrito como 2.506.839.
A classe dos milhões é composta por uma única ordem, o dígito das unidades de milhões.
Neste caso o símbolo 2na verdade representa dois milhões unidades ( 2.000.000 ).
Na segunda classe, a dos milhares, temos três ordens, cada uma com os seguintes
valores:
O símbolo 0 na ordem das dezenas de milhar, como sabemos não representa qualquer
unidade.
O símbolo 6 na ordem das unidades de milhar representa seis mil unidades ( 6.000 ).
Finalmente na primeira classe, a classe das unidades, temos:
O símbolo 8 na ordem das centenas de unidades representa oitocentas
unidades ( 800 ).
Parte Fracionária
Até agora só tratamos de números inteiros, mas no universo do sistema de numeração
decimal temos também os números fracionários.
Como já vimos, na parte inteira o valor de cada símbolo depende da sua posição relativa
no número. Partindo-se da posição mais à direita, quando nos deslocamos à esquerda, a
cada ordem o valor do símbolo aumenta em 10 vezes. De forma semelhante, quando nos
deslocamos à direita na parte fracionária, a cada posição o valor do símbolo diminui em
10 vezes.
A primeira casa após a vírgula refere-se aos décimos, a segunda aos centésimos, a
terceira aos milésimos, a quarta aos décimos de milésimos, e assim por
diante, centésimos de milésimos, milionésimos, ...
Assim no número 0,1 o símbolo 1 não tem o valor de um, mas sim o valor relativo de
apenas um décimo.
O número 0,25 pode ser lido como vinte e cinco centésimos ou ainda como dois
décimos e cinco centésimos.
Lê-se 7,123 como sete inteiros e cento e vinte e três milésimos, ou ainda como sete
inteiros, um décimo, dois centésimos e três milésimos.
1,5 é lido como um inteiro e cinco décimos.
Módulo 1 • Unidade 9
Um pouco
de tabelas
e gráficos
Para início de conversa...
Tabelas e gráficos são recursos bastante utilizados para represen-
tar resultados de pesquisas e informações de forma organizada. Com eles,
podemos visualizar um grande número de informações numéricas em um
pequeno espaço, o que facilita a leitura, a interpretação e a utilização des-
ses resultados.
2 Módulo 1 • Unidade 9
Seção 1
Conhecendo um tipo de gráfico
Situação-problema
Representação 1 Representação 2
Candidato A
Candidato B
Várias são as informações que podemos retirar do quadro. Veja algumas delas
e responda:
a) Quem fez mais gols? Quem fez menos gols? Qual a diferença entre os dois?
b) O que significam os valores que estão na coluna “média”? Como são cal-
culados?
c) Observe que quem está na primeira posição não possui a maior média. Em
sua opinião, quem é mais eficiente: quem fez mais gols ou quem possui a maior mé-
dia? Por quê?
4 Módulo 1 • Unidade 9
d) Faça uma nova ordenação dos nomes, classificando, agora, pela média.
Você sabe quais são as línguas mais utilizadas na internet? Pois bem, saiba que
é muito complicado se chegar a valores exatos, mas a Internet World Stats (Estatísticas
mundiais da internet), empresa especializada em estatística globais, tentou e em 2008
apresentou os resultados mostrados na tabela a seguir. Observe que os valores apre-
sentados são dados em milhões de usuários.
Com isso, mais da metade dos jovens entre 15 e 24 anos ocupavam um posto
no mercado de trabalho em 2003. Veja a tabela abaixo:
6 Módulo 1 • Unidade 9
(Observação: os valores estão todos em porcentagem)
Qual a condição de atividade com maior porcentagem para cada uma das três
faixas etárias? Faça um comentário a respeito desses dados.
Em qual condição de atividade, os dados são mais próximos entre si para as três
faixas etárias?
8 Módulo 1 • Unidade 9
Observe o gráfico:
e) Qual foi o aumento do número de casos de AIDS desde 1985 até a última
informação do gráfico?
Tabelas e gráficos, como já foi dito, são muito utilizados para ilustrar reportagens de
jornais e revistas. Você já teve alguma dificuldade em interpretar algum dado fornecido? Cite
esse momento e que dificuldades foram essas? O que mais gostaria de saber sobre o assunto?
Momento
de
reflexão
O uso da pesquisa é bastante comum nas diversas atividades do ser humano. A realiza-
ção de uma pesquisa envolve muitas etapas: a seleção da amostra, a coleta de dados, a orga-
nização desses dados, o resumo dos dados e a interpretação dos resultados. Esses resultados,
10 Módulo 1 • Unidade 9
por sua vez, são representados, na maioria das vezes, em tabelas ou gráficos, como você pode
ver nas atividades apresentadas nesta unidade. Essa discussão e outras formas de trabalhar os
dados de pesquisa serão objetos de estudo dos outros semestres do curso. Saber interpretar
dados e resultados de pesquisa de forma crítica é um aprendizado.
Referências
Imagens
• http://www.sxc.hu/photo/789420
• http://www.sxc.hu/photo/1171118
• www.impostobr.hpgvip.ig.com.br
• www.saosilvestre.com.br
• http://www.inmetro.gov.br/consumidor/img/selos.jpg
• http://www.sxc.hu/985516_96035528.
12 Módulo 1 • Unidade 9
Anexo • Módulo 1 • Unidade 9
O que
perguntam
por aí?
Atividade 1 (ENEM 2009)
De acordo com o gráfico e com referência à distribuição das áreas rurais no Brasil, con-
clui-se que:
Caia na
Rede!
De alguns anos para cá, todos os eletrodomésticos vêm com duas etiquetas coladas.
Uma indicando o consumo de energia e outra mostrando que aquele aparelho é eficiente.
http://www.eletrobras.com/elb/procel/main.asp?TeamID={2DEB4057-
D085-49A8-A66E-5D946249DC56}#
lá vocês poderão ver todos os produtos que podem levar esse selo PRO-
CEL e os seus fabricantes premiados pela eficiência dos produtos:
Situação-problema
a) Roberto fez mais gols. Reinaldo fez menos gols. A diferença foi de 100 gols.
b) São valores que indicam quantos gols o jogador teria feito por campeonato.
São encontrados dividindo o número de gols pelo número de campeonatos.
c) É mais eficiente quem possui a maior média porque marcou mais gols por
campeonato disputado.
d) Solução:
Atividade 2
a) 58200000 de usuários
b) 430.800.000.
c) 430.800.000 – 276.200.000 = 154.600.000.
d) 430,8 + 276,2 + 124,7 + 94,0 + 68,2 + 61,2 + 59,9 + 58,2 + 34,8 + 34,7 +
220,9 = 1.463,6 = 1.463.600.000 (um bilhão, quatrocentos e sessenta e três
milhões e seiscentos mil).
Atividade 3
a)
Total de
Acidentes Vítimas Total de Vítimas
ANO Acidentes
Sem vítimas Com vítimas Feridos Mortos
2003 37 40 77 76 11 87
2002 45 30 75 39 07 46
2001 29 33 62 21 12 33
2000 20 47 67 33 16 49
Atividade 5
Atividade 6
Atividade 1
Resposta: Letra A
Atividade 2
Resposta: Letra D
Atividade 3
Resposta: Letra D