Embriologia

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FACAM– MA POLO- CACHOEIRA GRANDE

CURSO: ENFERMAGEM- EDA

PROF.: DIONNEY ANDRADE

DISCIPLINA: GENÉTICA, CITOLOGIA E EMBRIOLOGIA HUMANA

ALUNA: ANGELA BÁRBARA A. PEREIRA

Estudo sobre embriologia


1. INTRODUÇÃO

A embriologia é uma área da biologia que estuda o desenvolvimento


dos embriões, desde a fertilização até o nascimento. Seu objetivo é compreender
as complexas transformações que ocorrem durante a formação de um
organismo multicelular, incluindo a formação de tecidos, órgãos e sistemas.

A história do estudo da embriologia remonta ao século IV a.C., com o


filósofo grego Aristóteles, que propôs a teoria da epigênese, afirmando que os
organismos se desenvolvem a partir de estruturas simples e se tornam mais
complexos ao longo do tempo. No entanto, foi apenas no século XIX que a
embriologia se tornou uma ciência moderna, com a descoberta do microscópio
e o surgimento de novas técnicas de observação e análise.

No Brasil, a embriologia também teve um importante papel na história


da ciência. Em 1887, o médico brasileiro Vital Brasil fundou o primeiro laboratório
de embriologia do país, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Nos anos
seguintes, outros pesquisadores brasileiros, como Miguel Osório de Almeida,
contribuíram para o desenvolvimento da embriologia no país, com estudos sobre
o desenvolvimento do sistema nervoso e a formação do coração.

Entre os principais teóricos da embriologia estão o alemão Ernst


Haeckel, que propôs a lei biogenética fundamental, afirmando que o
desenvolvimento embrionário recapitula a evolução dos organismos; o suíço
Albert von Kölliker, que descreveu pela primeira vez a formação da notocorda
em embriões de vertebrados; e o britânico William Harvey, que descobriu a
circulação sanguínea.

Nos últimos anos, a embriologia tem sido alvo de importantes avanços


tecnológicos, como a possibilidade de editar geneticamente embriões humanos
e a utilização de células-tronco para criar tecidos e órgãos em laboratório. Além
disso, o desenvolvimento de novas técnicas de imagem e análise de dados tem
permitido uma compreensão cada vez mais detalhada dos processos que
ocorrem durante o desenvolvimento embrionário. Esses avanços têm
importantes implicações para a medicina regenerativa, a reprodução assistida e
a compreensão da origem de doenças congênitas.

Em resumo, a embriologia é uma área de grande importância para a


compreensão do desenvolvimento dos organismos e tem uma história rica em
descobertas e avanços científicos. Nos últimos anos, a tecnologia tem permitido
uma compreensão cada vez mais profunda dos processos envolvidos no
desenvolvimento embrionário, o que tem importantes implicações para a
medicina e a biotecnologia.

2. ETAPAS DA EMBRIOLOGIA

A embriologia é o estudo do desenvolvimento do embrião, desde a


fertilização do óvulo até o nascimento do indivíduo. O desenvolvimento
embrionário humano é dividido em três principais estágios: segmentação,
gastrulação e organogênese. Cada estágio é caracterizado por eventos
moleculares, celulares e morfológicos distintos que levam à formação dos
principais tecidos e órgãos do corpo humano.

A primeira etapa da embriologia é a segmentação, que ocorre durante


as primeiras horas e dias após a fertilização do óvulo. Durante esse estágio, o
zigoto (célula resultante da fusão do óvulo e do espermatozoide) passa por uma
série de divisões mitóticas sucessivas, sem crescimento celular significativo.
Esse processo é conhecido como clivagem e resulta na formação de uma bola
de células denominada mórula.

A mórula então passa por um processo de compactação celular que


a transforma em uma estrutura oca, com uma camada externa de células
chamada blastocisto. O blastocisto é composto por duas partes distintas: o
trofoblasto, que dará origem à placenta, e o embrioblasto, que dará origem ao
embrião propriamente dito.
O próximo estágio da embriologia é a gastrulação, que ocorre durante
a segunda semana de desenvolvimento embrionário. Durante a gastrulação, o
embrioblasto se diferencia em três camadas germinativas distintas: a ectoderme,
a mesoderme e a endoderme.

A ectoderme forma a pele, os cabelos, as unhas, o sistema nervoso e


os órgãos sensoriais, como os olhos e os ouvidos. A mesoderme forma os
músculos, os ossos, o sistema circulatório, os rins, os órgãos reprodutivos e o
tecido conjuntivo. A endoderme forma o revestimento interno do trato
gastrointestinal, bem como os pulmões, o fígado e o pâncreas.

Finalmente, a terceira etapa da embriologia é a organogênese, que


ocorre durante as semanas três a oito de desenvolvimento embrionário. Durante
a organogênese, as células germinativas começam a se diferenciar em tecidos
e órgãos específicos. As células da ectoderme formam as estruturas nervosas,
como a medula espinhal e o cérebro, bem como a pele e os pelos. As células da
mesoderme formam os sistemas circulatório, esquelético e muscular, bem como
os rins e o sistema reprodutivo. As células da endoderme formam os sistemas
respiratório e gastrointestinal, bem como o fígado e o pâncreas.

2.1 GAMETA MASCULINO

Na espermatogênese, as células germinativas primordiais sofrem


mitoses sucessivas para formar espermatogônias. Essas células, por sua vez,
passam por meiose, que é dividida em duas fases: a meiose I e a meiose II.
Durante a meiose I, as células passam por prófase, metáfase, anáfase e telófase
I, resultando em duas células haploides chamadas de espermátides.

Essas espermátides sofrem uma transformação chamada de


espermiogênese, em que passam por um processo de diferenciação para formar
os espermatozoides maduros. Ao final da espermatogênese, cada célula
germinativa primordial produz quatro espermatozoides funcionais.

2. 2 GAMETA FEMININO
Já na ovogênese, as células germinativas primordiais passam por
mitoses sucessivas para formar ovogônias. Essas células, por sua vez, passam
por meiose I, mas diferentemente da espermatogênese, a meiose I é desigual,
resultando em uma célula maior (oócito I) e uma célula menor (o primeiro
corpúsculo polar). O oócito I para a meiose I no momento da ovulação, onde fica
aguardando a fertilização. Se ocorrer a fertilização, a meiose II é iniciada e
completada, resultando em uma célula maior (oócito II) e outro corpúsculo polar.

O ovócito II é a célula que é liberada durante a ovulação e que será


fecundada pelo espermatozoide. Ao final da oogênese, cada célula germinativa
primordial produz um óvulo maduro e três corpúsculos polares.

2.3 FECUNDAÇÃO

A fecundação é o processo pelo qual os gametas masculino e


feminino se unem para formar um zigoto, que é a primeira célula do novo
indivíduo. Esse processo começa quando o espermatozoide, que foi liberado
durante a ejaculação, encontra o óvulo que foi liberado durante a ovulação.

A fecundação pode ocorrer na ampola da tuba uterina, que é o local


onde normalmente ocorre a fertilização, mas também pode ocorrer em outros
locais, como no próprio ovário ou em outras partes do trato reprodutivo feminino.

Quando o espermatozoide encontra o óvulo, ele se liga à sua


membrana plasmática, e várias enzimas presentes na cabeça do
espermatozoide ajudam a atravessar a zona pelúcida, que é uma camada de
glicoproteínas que envolve o óvulo. Quando o espermatozoide atravessa a zona
pelúcida, ocorre uma reação que impede a entrada de outros espermatozoides,
para que apenas um espermatozoide possa fecundar o óvulo.

Após a entrada do espermatozoide no óvulo, ocorre a fusão dos


núcleos dos gametas, que resulta na formação do zigoto. O zigoto contém o DNA
do pai e da mãe, e é a primeira célula do novo indivíduo.

Depois da fecundação, o zigoto começa a se dividir por mitoses


sucessivas, formando um embrião que se move pela tuba uterina em direção ao
útero. Durante essa jornada, o embrião passa por diversas divisões celulares e
começa a se diferenciar em diferentes tipos de células, como células da
epiderme, do músculo, do osso, do sangue, entre outras. Quando o embrião
chega ao útero, ele se implanta na parede uterina e continua seu
desenvolvimento até o nascimento.
REFERÊNCIAS

BALLARIN, M. L.; MONTAGNA, M. S. História da embriologia: da antiguidade


aos nossos dias. Revista brasileira de histologia e embriologia, v. 23, n. 4, p.
262-269, 2004.

KARNIKOWSKI, Margarete G.; COSTA, Cristiano. A embriologia no ensino de


biologia: proposta de intervenção para o ensino médio. Revista electrónica de
enseñanza de las ciencias, v. 15, n. 1, p. 102-123, 2016.

LUCIANO, Elizete Cristina; ABREU JUNIOR, Luiz Eduardo de. As ciências da


vida no Brasil: a embriologia no século XIX. História, Ciências, Saúde-
Manguinhos, v. 25, n. 2, p. 417-432, 2018.

MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia clínica. Elsevier Brasil, 2011.

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