Cartilha Gestao de Riscos PDF
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VISÃO
Contribuir para a construção de um setor de saúde suplementar, cujo principal
interesse seja a produção da saúde e que:
VALORES
A ANS tem por valores institucionais a transparência dos atos, que são imparciais e
éticos, o conhecimento como fonte da ação, o espírito de cooperação e o compromisso
com os resultados
Sumário Executivo 9
Estrutura
1. Introdução 11
2. O que é a Política de Gestão de Riscos da ANS 12
3. Princípios 12
4. Objetivos 13
5. Quem são os gestores de riscos 13
6. Competências dos gestores 13
7. Comitê de Avaliação de Riscos – COMARI 14
8. Diretrizes para Gerenciamento de Riscos 15
9. Como tratar os riscos 15
10. Os níveis de risco 17
11. Processo de Gestão de Riscos 18
a. Comunicação e consulta 18
b. Estabelecimento do contexto 18
c. Identificação dos riscos 18
d. Análise dos riscos 18
e. Avaliação dos riscos 19
f. Tratamento dos riscos 19
g. Formas de tratamento 19
h. Monitoramento e análise crítica 19
12. Mapa de Riscos 20
13. Matriz de Riscos 21
14. Ferramentas de Avaliação de Riscos 21
15. ANEXOS 23
a. Glossário 23
b. Resolução Administrativa nº 60 de 15 de julho de 2014 - Dispõe sobre a política
de gestão de riscos da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS 25
O risco é inerente à atividade de qualquer organização. Não existem instituições que consigam eliminar
totalmente seus riscos, no máximo, podem mitigá-los. Em um passado recente, constatou-se esta
assertiva quando centenas de organizações “quebraram” na crise americana de 2008.
Organizações tradicionais como o centenário Lehman Brothers (um dos maiores bancos de
investimentos dos Estados Unidos) desapareceram da noite para o dia. O que ficou evidenciado?
Ao contrário das organizações privadas, as entidades da Administração Pública não “quebram”, mas, a
ausência de uma Política de Gestão de Riscos pode comprometer o alcance de seus objetivos, colocando
em risco a sua finalidade maior: o atendimento do interesse público.
Destaca-se que os riscos também podem revelar oportunidades (riscos positivos). Nesse caso, o gestor
público deve potencializá-los para melhor aproveitá-los.
O levantamento foi realizado entre novembro de 2012 e fevereiro de 2013 por meio da aplicação de um
questionário desenvolvido pelo TCU para coletar as informações necessárias à avaliação da maturidade
da gestão de riscos das entidades participantes.
O instrumento construído tomou por referência modelos de avaliação de riscos e controles bem
estabelecidos, em especial COSO ERM e ISO 31000:2009, bem como os desenvolvidos pela Secretaria
do Tesouro do Reino Unido, Secretaria do Tesouro do Governo do Canadá e pelo Escritório de
Accountability Governamental dos Estados Unidos (GAO).
O questionário foi dividido em 56 perguntas fechadas e oito abertas que buscavam identificar a
presença de aspectos organizacionais que contribuem para a maturidade da gestão de riscos. As
perguntas cobrem quatro dimensões do modelo sintetizado pelo TCU: Ambiente de Gestão de Riscos,
Processos de Gestão de Riscos, Gestão de Riscos em Parcerias e Resultados.
Em janeiro de 2014, o TCU encaminhou o relatório contendo a análise sobre a avaliação de risco na
ANS, em cumprimento ao item 9.1.1 do Acórdão nº 2464/2013-TCU-P. Atenta a isto, a Presidência
da ANS estabeleceu para o ano de 2014, COMO AÇÃO PRIORITÁRIA EM SEU PLANEJAMENTO, a
implementação da POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS, considerando a necessidade de atendimento às
orientações do Tribunal de Contas da União.
A Política de Gestão de Riscos da ANS é um dos principais atos de gestão desde a criação deste Órgão
Regulador, em 2000.
É uma demonstração clara e evidente de que a Agência está atenta ao cenário mundial, momento em
que as instituições públicas e privadas vêm investindo cada vez mais em controles internos e ações de
prevenção a eventos que possam impactar o alcance de seus objetivos.
É uma norma que traz de forma consolidada as principais normas internacionais que tratam da gestão
de riscos corporativos, como o COSO ERM e a ISO 31000:2009.
• Princípios;
• Objetivos;
• Conceitos;
• Competências dos gestores de riscos;
• Diretrizes para o gerenciamento de riscos;
• Processo de gerenciamento de riscos;
• Informações requeridas para o gerenciamento de riscos (MAPA DE RISCOS).
3. Princípios
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4. Objetivos
Compete aos gestores de riscos, relativamente aos processos de trabalho e projetos sob sua
responsabilidade:
supervisionar, coordenar,
estabelecer e promover
estabelecer prioridades
metodologia de divulgação
e propor modificações
das informações da Política
e melhorias na Política
de Gestão de Riscos
de Gestão de Riscos
propor padrões e
revisar e aprovar
metodologias para
melhorar os processos COMARI termos e classificações
utilizados na Política
de avaliação de riscos
de Gestão de Riscos
no âmbito da ANS
14
8. Diretrizes para gerenciamento de riscos
O gerenciamento de riscos deve ser feito em ciclos NÃO SUPERIORES A DOIS ANOS, abrangendo os
processos de trabalho, sistemas informatizados, gestão orçamentária, gestão de pessoas e legislação,
com vistas reduzir os eventos de riscos negativos, assim como, quando for o caso, potencializar os
eventos de riscos positivos (oportunidades).
O limite temporal a ser considerado para o ciclo de gerenciamento de riscos de cada processo
de trabalho será decidido pelo respectivo gestor, levando em conta o limite máximo estipulado
anteriormente.
ACEITAR O RISCO:
COMPARTILHAR O RISCO: AUMENTAR O RISCO:
assumindo o risco, por uma
com outras partes com vistas a aproveitar
escolha consciente e justificada
interessadas uma oportunidade
formalmente, podendo
implementar sistemática
de monitoramento
MÉDIO E LONGO
PRAZO
quando a avaliação realizada indicar risco
estratégico, orçamentário ou de imagem
classificado como risco baixo
CURTO PRAZO
quando a avaliação realizada indicar risco estratégico,
orçamentário ou de imagem classificado como risco
médio, ou, em caso de risco negativo, quando a
continuidade ou repetição das vulnerabilidades tiver
potencial para transformá-lo em risco médio
IMEDIATA
quando a avaliação realizada indicar risco estratégico,
orçamentário ou de imagem classificado como risco
alto ou extremo, ou, em caso de risco negativo, quando
a continuidade ou repetição das vulnerabilidades tiver
potencial para transformá-lo em risco alto ou extremo
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EXTREMO
10. Os níveis de risco
ALTO
MÉDIO
BAIXO
MUITO BAIXO
a. Comunicação e consulta:
Processos contínuos e iterativos que a instituição conduz para fornecer, compartilhar ou obter
informações e se envolver no diálogo com as partes interessadas e outros, com relação ao
gerenciamento dos riscos. A comunicação e consulta às partes interessadas são importantes na medida
em que elas fazem julgamentos sobre riscos com base em suas percepções. Essas percepções podem
variar devido às diferenças de valores, necessidades, suposições, conceitos e preocupações das partes
interessadas. Como os seus pontos de vista podem ter um impacto significativo sobre as decisões
tomadas, convém que as percepções das partes interessadas sejam identificadas, registradas e levadas
em consideração no processo de tomada de decisão.
b. Estabelecimento do contexto
Definição dos parâmetros externos e internos a serem levados em consideração ao gerenciar riscos, e
estabelecimento do escopo e dos critérios de risco para a política de gestão.
Nesta etapa identifica-se a probabilidade de ocorrência do evento, assim como, a sua consequência.
RISCO
CAUSAS EVENTO CONSEQUÊNCIA
(fonte/perigo) (Incidente/acidente) (perda/ganho)
PREVENÇÃO PROTEÇÃO
Promoção Alavancagem
RISCO
18
e. Avaliação dos riscos:
Etapa através da qual se compara os níveis estimados de risco com os critérios de risco definidos. Nesta
etapa o gestor deve lançar os eventos identificados na Matriz de Riscos.
Formas de tratamento:
i. evitar o risco
ii. eliminar o risco
iii. reduzir o risco
iv. aceitar o risco
v. compartilhar o risco
vi. aumentar o risco.
Mapa de Risco
20
13. Matriz de risco
PROBABILIDADE
MATRIZ DE RISCO
MUITO BAIXA BAIXA MÉDIA ALTA EXTREMA
EXTREMA
ALTA
CONSEQUÊNCIA MÉDIA
BAIXA
MUITO BAIXA
Nível de Risco
BRAINSTORMING
Técnica utilizada para estimular e incentivar o livre fluxo de conversação
em equipe, com o objetivo de identificar:
• modos de falha potenciais;
• perigos;
• riscos;
• critérios para decisões;
• opções de tratamento.
TÉCNICA DE DELPHI
• É uma técnica não interativa em que um grupo de especialistas se reúnem para obter consenso
a respeito dos riscos de um projeto, processo ou produto.
TÉCNICA ESTRUTURADA DE WHAT-IF
• Exame sistemático em equipe para identificação de riscos de desvios a partir de palavras
ou frases de comando - “E se?” - por uma facilitador.
ANÁLISE DE CENÁRIOS
• É o desenvolvimento de modelos descritivos de como o futuro poderá se revelar e permite
identificar os riscos nesses cenários.
ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS - FMEA
• Técnica utilizada para identificar as formas em que componentes, sistemas ou processos podem
falhar em atender sua intençãode projeto.
ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS - FTA
• Permite idenificar e analisar os fatos que podem contribuir para um evento indesejado.
• Os fatores causais são organizados de uma maneira lógica e representados em um diagrama
de árvore que descreve também sua relação lógica para o evento de topo.
ANÁLISE DE ÁRVORE DE EVENTOS - ETA
• É uma técnica gráfica para representar as sequências mutuamente excludentes de eventos após
um evento iniciador, de acordo com o funcionamento, ou não, dos vários sistemas projetados para
mitigar as suas consequências.
ANÁLISE DE CAUSA-RAIZ - RCA
• Permite análise estruturada de uma grande perda para evitar a sua recorrência.
• Identifica as causas-raízes ou causas originais (causas básicas) para permitir ações de prevenção,
ao invés de tratar somente dos sintomas (consequências).
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15. ANEXOS
a. Glossário
Apetite ao Risco: o nível Atividade: ação executada com Consequência: o grau ou Curto prazo:
de risco que está dentro a finalidade de dar suporte aos importância dos efeitos da até 1 (um) ano.
de padrões considerados objetivos da entidade. ocorrência de um risco,
institucionalmente razoáveis. estabelecido a partir de
uma escala pré-definida de
consequências possíveis.
Eventos: ocorrência gerada Gestão de Riscos: o conjunto Gerenciamento de Riscos: Incerteza: é o estado,
com base em fontes internas de ações direcionadas ao processo contínuo que mesmo que parcial,
ou externas que podem desenvolvimento, disseminação e consiste no desenvolvimento da deficiência das
causar impacto negativo, implementação de metodologias de um conjunto de ações informações relacionadas
positivo ou ambos. Os eventos de gerenciamento de riscos destinadas a identificar, a um evento, sua
que causam impacto negativo institucionais, objetivando apoiar analisar, avaliar, priorizar, compreensão, seu
representam riscos negativos a melhoria contínua de processos tratar e monitorar eventos conhecimento, sua
e aqueles que causam de trabalho, projetos e a alocação capazes de afetar os consequência ou sua
impacto positivo representam e utilização eficaz dos recursos objetivos, processos de probabilidade.
riscos positivos. disponíveis, contribuindo para o trabalho e projetos da ANS,
cumprimento dos objetivos da positiva ou negativamente,
ANS. nos níveis estratégico, tático e
operacional.
24
b. Resolução Administrativa – RA Nº 60, de 15 de Julho de 2014.
Dispõe sobre a política de gestão de riscos da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, em vista do que dispõe o art.
10, incisos I e II da Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000; e o art. 86, inciso II, alínea “d” da Resolução
Normativa - RN nº 197, de 16 de julho de 2009, em reunião realizada em reunião realizada em 26 de
junho de 2014, adotou a seguinte Resolução Administrativa - RA, e eu, Diretor-Presidente, determino a
sua publicação.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1° A presente Resolução Administrativa - RA dispõe sobre a política de gestão de riscos da ANS.
Art. 2° A política de gestão de riscos de que trata esta RA visará o desenvolvimento, disseminação
e implementação de metodologias de gerenciamento de riscos institucionais, com vistas a apoiar a
melhoria contínua de processos de trabalho, projetos e a alocação e utilização eficaz dos recursos
disponíveis, contribuindo para o cumprimento dos objetivos da ANS.
I - apetite ao risco: o nível de risco que está dentro de padrões considerados institucionalmente
razoáveis;
II - atividade: ação executada com a finalidade de dar suporte aos objetivos da entidade;
V - eventos: ocorrência gerada com base em fontes internas ou externas que pode causar
impacto negativo, positivo ou ambos, sendo que os eventos que causam impacto negativo representam
riscos negativos e aqueles que causam impacto positivo representam riscos positivos;
VIII - incerteza: é o estado, mesmo que parcial, da deficiência das informações relacionadas a
um evento, sua compreensão, seu conhecimento, sua consequência ou sua probabilidade.
XI - mapa de riscos: registro formal através do qual o gestor insere os riscos identificados, assim
como as ações mínimas referentes ao gerenciamento;
XIII - nível de risco: o nível de criticidade do risco, assim compreendido o quanto um risco pode afetar
os objetivos, processos de trabalho e projetos da ANS, a partir de escala predefinida de criticidades possíveis;
XVII - risco: a possibilidade de que um evento ocorra e afete, positivamente (risco positivo ou
oportunidade) ou negativamente (risco negativo), os objetivos, processos de trabalho ou projetos da ANS;
XVIII - risco de gestão: definido como a estimativa das perdas diretas ou indiretas resultantes de
falha, deficiência ou inadequação de processos relacionados aos objetivos orçamentários, financeiros,
patrimonial, desenvolvimento institucional, incluindo a capacidade de crescimento e aprendizagem;
XIX - risco estratégico: definido como a estimativa das perdas diretas ou indiretas resultantes
de falha, deficiência ou inadequação de processos relacionados aos objetivos de alto nível, assim
entendidos, os que dão suporte e estejam alinhados à missão institucional;
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XX - risco inerente: é o nível de risco ao qual se estaria exposto caso não houvesse nenhum
controle implantado;
XXI - risco operacional: estimativa das perdas diretas ou indiretas resultantes de falha,
deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos;
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Dos Princípios
VII - ser feita sob medida, alinhada com o contexto interno e externo da ANS e com o perfil do risco;
Seção II
Dos Gestores de Riscos
Art. 5º São considerados gestores de riscos, em seus respectivos âmbitos e escopos de atuação, o
Diretor-Presidente, os Diretores, o Secretário-Geral, o Chefe de Gabinete, os Diretores-Adjuntos, os
Gerentes-Gerais, os Gerentes, os Coordenadores ou equivalentes, os Chefes de Núcleo da ANS, os
Cargos Comissionados Técnicos e os Assessores, responsáveis por processos de trabalho, projetos e
iniciativas estratégicas, táticas e operacionais da ANS.
Art. 6º Compete aos gestores de riscos, relativamente aos processos de trabalho e projetos sob sua
responsabilidade:
I - decidir sobre a escolha dos processos de trabalho que devam ter os riscos gerenciados
e tratados com prioridade em cada unidade administrativa, à vista da dimensão dos prejuízos e dos
impactos que possam causar, sob os aspectos estratégico, orçamentário e de imagem;
III - definir quais riscos deverão ser priorizados para tratamento por meio de ações de caráter
imediato, curto prazo, médio prazo ou longo prazo ou de ações de aperfeiçoamento contínuo, bem como
fixar prazo para implementação e avaliar os resultados obtidos por meio de indicadores.
Seção III
Dos Níveis de Risco
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I - muito baixo: aqueles caracterizados por riscos associados à degradação de operações,
atividades, projetos, programas ou processos da ANS, que causam impactos mínimos nos objetivos
relacionados ao atendimento de metas, padrões ou à capacidade de entrega de produtos/serviços às
partes interessadas;
Seção IV
Das Diretrizes e Do Processo de Gerenciamento de Riscos
Art. 8º O gerenciamento de riscos deve ser feito em ciclos não superiores a dois anos, abrangendo os
processos de trabalho, sistemas informatizados, gestão orçamentária, gestão de pessoas e legislação,
com vistas reduzir os eventos de riscos negativos, assim como, quando for o caso, potencializar os
eventos de riscos positivos (oportunidades).
Parágrafo único. O limite temporal a ser considerado para o ciclo de gerenciamento de riscos de cada
processo de trabalho será decidido pelo respectivo gestor, levando em conta o limite máximo estipulado
no caput.
Art. 9º A metodologia aplicada para o gerenciamento de riscos deverá abranger todo o ciclo de gestão
de riscos estratégicos, operacionais e de gestão, desenvolvendo-se nas seguintes fases:
V - avaliação dos riscos, referente à determinação dos riscos que precisam ser tratados e a
definição das prioridades para esse tratamento;
VII - monitoramento e análise crítica, que tem por finalidade o aprimoramento contínuo e
permanente do objeto cujos riscos estejam sendo gerenciados, e do próprio processo de gerenciamento
de riscos, por meio de revisões e atualizações regulares e periódicas desses riscos, permitindo aos
gestores acompanhar a efetividade e a eficácia das ações adotadas para seu tratamento.
Parágrafo único. Durante todo o processo de gerenciamento de riscos, os responsáveis pelas atividades
devem manter um fluxo regular e constante de comunicação com as unidades administrativas
envolvidas, consultando-as sobre informações relativas a cada fase desse processo.
Subseção I
Do Estabelecimento de Contexto
Art. 10. O estabelecimento do contexto consiste na pesquisa inerente aos ambientes interno e externo
da entidade que tenham relação com o objeto cujos riscos estejam sendo gerenciados, e considerará,
dentre outros, os seguintes fatores:
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a) governança, estrutura organizacional, funções e responsabilidades;
f) cultura da entidade;
Subseção II
Da Identificação dos Riscos
Art. 11. A identificação dos riscos consiste na detecção dos eventos internos e/ou externos que possam
causar impactos negativo e/ou positivo ao objeto que esteja tendo os riscos gerenciados, suas possíveis
causas e efeitos.
Art. 12. Os riscos identificados deverão ser devidamente registrados no mapa de riscos, que ficará
disponível ao respectivo gestor de riscos, às pessoas envolvidas no processo de trabalho ao qual o
risco está associado e à Coordenadoria de Avaliação de Risco, da Gerência-Geral de Análise Técnica da
Presidência – COARI/GGATP/GAB/PRESI/ANS.
Parágrafo único. Os agentes públicos e/ou colaboradores envolvidos deverão observar a classificação
do grau de sigilo definida no âmbito dos respectivos processos ou projetos, objetos dos riscos
identificados e registrados na forma do caput.
Art. 13. O mapa de riscos deve conter a relação dos riscos identificados, com as seguintes informações:
V - justificativa, a ser preenchida nos casos em que a decisão aceitar risco classificado com nível de
criticidade médio, alto ou extremo.
Subseção III
Do Tratamento dos Riscos
Art. 14. O tratamento dos riscos tem como objetivo a identificação e seleção das ações mais viáveis
e adequadas, e a elaboração de planos de implementação para evitar, eliminar, reduzir, aceitar ou
compartilhar riscos negativos, ou potencializar riscos positivos.
III - reduzir o risco, implantando controles que diminuam a probabilidade de ocorrência do risco
ou suas consequências;
IV - aceitar o risco, assumindo o risco, por uma escolha consciente e justificada formalmente,
podendo implementar sistemática de monitoramento;
Parágrafo único. Nos casos de riscos positivos ou oportunidades, quando priorizados, as ações
respectivas terão o objetivo de potencializá-los, com vistas ao seu aproveitamento.
II - ações de implantação de curto prazo, quando a avaliação realizada indicar risco estratégico,
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orçamentário ou de imagem classificado como risco médio, ou, em caso de risco negativo, quando a
continuidade ou repetição das vulnerabilidades tiver potencial para transformá-lo em risco médio; e
III - ações de implantação de médio e longo prazo, quando a avaliação realizada indicar risco
estratégico, orçamentário ou de imagem classificado como risco baixo.
Parágrafo único. Os riscos considerados muito baixos poderão ser apenas monitorados, a critério do
respectivo gestor de riscos.
CAPÍTULO III
DO COMITÊ DE AVALIAÇÃO DE RISCOS
Art. 17. Fica criado o Comitê de Avaliação de Riscos – COMARI, de caráter consultivo, sob coordenação
da Presidência da ANS - PRESI, com as seguintes atribuições:
VI - propor padrões e metodologias para melhorar os processos de avaliação de riscos no âmbito da ANS.
II - em até quatro anos, em relação aos demais processos de trabalho, prioritários ou críticos,
assim entendidos aqueles que impactam diretamente no alcance dos objetivos estratégicos da ANS.
Art. 19. No prazo de até quatro anos deverá ser definido o apetite de riscos da ANS, a partir da proposta
da PRESI, ouvido o COMARI.
Art. 20. A COARI/GGATP/GAB/PRESI/ANS poderá desenvolver avaliações de riscos sobre temas julgados
relevantes e pertinentes, os quais, a critério do Diretor-Presidente, poderão ser encaminhados ao gestor
de riscos responsável por unidade administrativa da ANS, relativamente aos processos de trabalho sob
sua responsabilidade.
Art. 21. A partir da vigência desta RA, a COARI/GGATP/GAB/PRESI/ANS deverá propor projeto de
implantação de sistema informatizado que permita o registro, consulta e atualização das informações
necessárias ao mapa de riscos da ANS, ficando responsável pelo seu gerenciamento.
§ 1º Enquanto o sistema informatizado previsto no caput não estiver disponível, ao final de cada
ciclo de gerenciamento de riscos, os respectivos gestores deverão encaminhar à COARI/GGATP/GAB/
PRESI/ANS os arquivos contendo os formulários de mapa de riscos devidamente preenchidos.
Art. 22. Fica criada a Rede de Gestão de Riscos da ANS composta por todos os servidores da
ANS com o objetivo de ser parte integrante dos processos organizacionais, apoiando a melhoria contínua
da entidade.
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Art. 23. Compete ao Diretor-Presidente e ao Auditor-Chefe, no âmbito de suas respectivas
competências regimentais e sem prejuízo de outras que lhes sejam próprias:
Art. 24. Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação desta RA serão solucionados pela PRESI.
Art. 25. Esta RA entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após sua publicação.
Ministério da Governo
Saúde Federal