Relatório Final
Relatório Final
Relatório Final
ILHÉUS – BAHIA
2022
ANA CLARA PEREIRA DE MARCO FERNANDES
ILHÉUS-BAHIA
2022
Sumário
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 4
2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ...................................................................... 5
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 7
5. RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................. 14
5.1. Data: 11/08/2022 – Apresentação................................................................. 14
5.2. Data: 22/08/2022 – Apresentação do campo ................................................ 14
5.3. Data: 29/08/2022 – Supervisão..................................................................... 14
5.4. Data: 05/09/2022 – Supervisão..................................................................... 15
5.5. Data: 12/09/2022 – Supervisão e visita ao CRAS ......................................... 15
5.6. Data: 19/09/2022 – Supervisão e visita ao Centro Social Nossa da Vitória ... 15
5.7. Data: 26/09/2022 – Supervisão e início da observação ................................ 16
5.8. Data: 03/10/2022 – Supervisão e observação .............................................. 17
5.9. Data: 10/10/2022 – Supervisão e observação .............................................. 18
5.10. Data: 17/10/2022 – Supervisão e observação .............................................. 18
5.11. Data: 24/10/2022 – Supervisão e observação .............................................. 19
5.12. Data: 31/10/2022 – Supervisão .................................................................... 19
5.13. Data: 07/11/2022 .......................................................................................... 19
5.14. Data: 14/11/2022 – Supervisão .................................................................... 20
5.15. Data: 21/11/2022 – Supervisão .................................................................... 20
5.16. Data: 28/11/2022 – Supervisão .................................................................... 20
5.17. Data: 05/12/2022 – Apresentação do projeto final ........................................ 20
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 21
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 22
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1. INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado básico IV foi realizado no Centro Social Nossa
Senhora da Vitória com início dia 22/08/2022. Inicialmente fomos conhecer o
Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) localizado no bairro Nossa
Senhora da Vitória em Ilhéus. Visando um maior aproveitamento do estágio,
em comum acordo com as instituições foi decido que as práticas de
observação ocorreriam no Centro Social Nossa Senhora da Vitória que faz
parte da Fundação Fé e Alegria, que é uma instituição de direito privado sem
fins lucrativos, filantrópica, de natureza educativa, cultural, assistencial e
beneficente.
No estágio de observação é relevante que os estagiários estejam cientes da
importância da atuação do psicólogo no CRAS, Organizações não
Governamentais (ONG) e instituições filantrópicas. Em busca sempre de
melhorias para as comunidades, para que esses benefícios se covertam
também para o indivíduo pertencente aquele meio.
Este estágio tem como objetivo apresentar ao estagiário, qual a função
do psicólogo social, que tem como desafio trabalhar o coletivo e desmistificar a
visão que a população tem de que o psicólogo apenas realizar atendimentos
individuais. Ademais, o psicólogo colabora na luta contra o rompimento dos
entraves sociais, tais como: preconceitos, estigmas, estereótipos e estigmas,
mostrando através de intervenções que somos pessoas de direito, capazes de
combater as desigualdades sociais, assim como compreender suas causas e
efeitos. É significativo que o estagiário esteja ciente que por muitas vezes
barreiras serão encontradas, mas com a prática essas barreiras poderão ser
rompidas, e a cada intervenção realizada melhor será sua desenvoltura em
desenvolver e encontrar meios de acessar a população.
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2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
a) Identificação e apresentação da Empresa
b) Identificação do Estágio
Área onde foi realizado o estágio: Centro Social Nossa Senhora da Vitória
Data de início: 22/08/2022
Data de término: 05/12/2022
Duração em horas: 72 horas
Nome do supervisor de campo: Professor Me. Filipe Cesar da Hora Carvalho
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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Podemos considerar que o comportamento humano, tem início com a
origem da vida na Terra. O que intitulamos de comportamento refere-se a um
agrupamento de funções aprofundando o intercâmbio entre organismo e
ambiente. Em um mundo relativamente estável, o comportamento pode ser
entendido como parte do espólio genético de uma espécie assim como a
digestão, a respiração ou qualquer outra função biológica. O envolvimento com
o ambiente, contudo, impôs limitações. O comportamento atuava
adequadamente apenas sob condições relativamente similares àquelas sob as
quais fora selecionado (SKINNER, 2007).
O comportamento se modifica através da evolução de processos que
também necessitam ser explicados. Um exemplo inicial deve ter sido a
imitação. Uma vez desenvolvida a imitação, surgem contingências de seleção
em que a modelação poderia evoluir. Com os processos evoluídos através dos
quais o comportamento se modifica durante a vida do indivíduo, a imitação e a
modelação o preparam apenas para comportamento que já tenha sido
adquirido pelos organismos que dão o modelo. Há outros processos que
evoluíram e colocam o indivíduo sob controle de ambientes aos quais ele é
exposto (SKINNER, 1987).
Um destes processos é condicionamento respondente explicado como
um aumento adicional na força de reflexos que não evoluíram completamente.
O alcance do condicionamento respondente é muito mais amplo do que seu
papel no reflexo condicionado. Já o condicionamento operante é um segundo
tipo de seleção por consequências. O comportamento verbal aumentou
consideravelmente a importância de um terceiro tipo de seleção por
consequências: a evolução de ambientes sociais ou culturas. Em síntese, o
comportamento humano é o produto conjunto de contingências de
sobrevivência responsáveis pela seleção natural das espécies, contingências
de reforçamento responsáveis pelos repertórios adquiridos por seus membros,
incluindo e contingências especiais mantidas por um ambiente cultural evoluído
(SKINNER, 2007).
A cultura é composta por contingências de reforçamento social, as quais
geram e atestam o comportamento dos indivíduos a elas expostos. Nessa
conjuntura, estas contingências são chamadas de práticas culturais. As
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de que jovens que são agressivos com os seus pares correm um risco maior de
mais tarde se envolverem em outros problemas de comportamento, tais como a
criminalidade, o abuso de substâncias aditivas ou o comportamento agressivo
em família (CROCHÍK, 2012).
No tocante a intervenção nos espaços escolares, é orientado que se
faça um mapeamento institucional no intuito de buscar evidências, investigar,
analisar, discutir, refletir e participar da elaboração do projeto político
pedagógico de determinada instituição. A escuta psicológica desse contexto no
‘espaço escolar’ é de grande valia, pois diz dessas pessoas ali envolvidas.
Cabe ressaltar que, é necessário que se atue no espaço escolar, com ética
profissional, bases conceituais e metodológicas, uma vez que os sujeitos com
quem se vai lidar já estão em sofrimento psicossocial e emocional. O psicólogo
deve ser um profissional voltado para a promoção da saúde e que supere a
mera prática de prevenção (MARQUES et. al., 2022).
Marques (2022) esclarece, que “é preciso propor intervenções no
espaço escolar, justificado por meio da necessidade de abrir-se um espaço de
reflexões que visualize a superação do bullying que envolve crianças,
adolescentes, profissionais da educação”. Diz ainda que, uma intervenção
eficaz precisa esclarecer, primeiramente, o que é o bullying no espaço em que
se está propondo, trazendo suas características e classificando que atos de
violência ocorridos na escola são considerados bullying.
Por fim, encerramos com uma reflexão de Carvalho (2021):
Nenhum ser humano merece ser julgado, ofendido e humilhado, seja
por qualquer característica que o diferencie dos demais, ou por algum
motivo que demonstra sua vulnerabilidade, fraqueza ou insegurança.
Entendemos que quem pratica o bullying precisa ser ouvido e seus
atos impedidos, quem assiste a violência aplaudindo ou validando,
precisa ser ouvido e responsabilizado, e por fim quem sofre o bullying
precisa ter a sua dor acolhida e fortalecida em processos de
ressignificação para diminuir os impactos sofridos; numa premissa de
que todo ser humano é passível de ser agente passivo ou ativo em
uma prática de ação ou reação, sendo necessário compreender onde
está localizada dor, na tentativa de impedir que uma ferida aberta
sangre sobre alguém que não causou nenhum ferimento.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estagiar no Centro Educacional Fé e Alegria (CEFA) traz um olhar mais
ampliado do que é a prática da psicologia social. No início foi possível conhecer
um pouco, o papel do psicólogo no CRAS e perceber que o trabalho vai além
do individual, e traz melhor benefício se o coletivo for trabalhado. É necessário
trabalhar em equipe e contar com o poder público para que os resultados
sejam eficazes e que tragam para a sociedade benefícios tanto individuas
quanto coletivos.
Com práticas no CEFA, ficou perceptível a importância do psicólogo em
áreas de vulnerabilidade social, visto que as práticas culturais já instaladas
precisam ser enfraquecidas ou eliminadas para que os indivíduos daquela
sociedade consigam se fortalecer e até mesmo buscar meios de saírem de
determinadas situações desfavoráveis. No caso das crianças é imprescindível
a intervenção do psicólogo para que comportamentos inadequados sejam
extintos, melhorando o desenvolvimento das mesmas tanto individualmente
quanto no convívio social.
As dificuldades existiram, tanto no campo quanto na compreensão da
teoria. Observar é complexo, exige do observador uma percepção a mais
daquilo que o observador deseja mostrar, portanto é necessário a prática e um
olhar treinado para buscar no outro sinais de comportamentos que por muitas
vezes passam despercebidas ao olhar comum. Após as observações foi viável
a elaboração de um projeto, para auxiliar os colaboradores da instituição,
meios de lidar com as práticas culturais já instaladas, visando a melhoria do
convívio na comunidade.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Cidadania. Assistência Social. Governo
Federal, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-
programas/assistencia-social. Acesso em: 14 out. 2022.
MARQUES, Walter & Duarte Neto, Grigorio & Silva, Vânia & Rocha, Luis &
Bezerra, Hugo & Dutra, Silvia & Sousa, Ângela & Sousa, Aline & Santos, Eliane
& Pedrosa, Priscilla. (2022). Bullying não! Políticas públicas e o olhar da
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SKINNER, B. F.. Seleção por consequências. Rev. bras. ter. comport. cogn.,
São Paulo, v. 9, n. 1, p. 129-137, jun. 2007.