Fichamento "Autismo - Compreender e Agir em Família"
Fichamento "Autismo - Compreender e Agir em Família"
Fichamento "Autismo - Compreender e Agir em Família"
Começa com uma mensagem de apoio, você não é o único e não esta sozinhos, e de
esperança “ As crianças com autismo podem desfrutar de uma vida significativa, produtiva e
plena”.
Entender que cada criança é única e que isso inclui todas as crianças no espectro, que
tem seus gostos, personalidade, particularidades, facilidades e dificuldades. “Cada criança
com autismo é diferente, que detém um conjunto de dons e desafios especiais”. Porém, por
definição toda criança com TEA tem “dificuldade em relacionar-se e comunicar com os
outros e brincar com os brinquedos de forma típica”. Elas têm dificuldade em mandar
“mensagens emocionais” aos outros (expressões faciais, gestos, sons ou palavras).
“Áreas em que a maior parte das crianças com TEA tem dificuldades:
● Prestar atenção às outras pessoas
● Utilizar sorrisos sociais
● Tomada de turno e envolver-se em brincadeiras sociais
● Utilizar gestos e linguagem
● Imitar os outros
● Atenção coordenada (olhar fixo) com os outros
● utilizar os brinquedos da forma típica “
As crianças com TEA, assim como as outras crianças, apresentam “comportamentos
desafiadores, porém no caso das crianças no espectro elas não correspondem à forma típica
quando tentam ensiná-las comportamentos adaptativos. Elas podem “fazer birras, bater nas
outras pessoas ou mesmo morde-lhes; destruir objetos e, por vezes, magoarem-se a si mesmas
(a isto dá-se o nome de comportamentos de autolesão)”.
Necessidade de estudos sobre a intervenção precoce “aplicada pelos pais”, mas
estudos já mostram serem efetivos.
Capitulo 1
No momento do diagnóstico os pais podem sentir medo, tristeza e diversas emoções
Eles passam pelo luto do filho preterido epor um realidade realidade difícil de aceitar. Além
disso, pode ser difícil saber por onde começar. Eles sufocados com várias informações e
tratamentos e se perguntam “Qual é o melhor” ou “por onde começar?”.
Capitulo 2
Após o diagnóstico a família pode se perder em uma vida voltada para o diagnóstico e
tratamento, onde não se fala de outro assunto e se gasta todo tempo disponível em função do
tratamento. Podem ficar totalmente imersos em perguntas e preocupações. Além disso, existe
a dificuldade de conciliar com os cuidados e atenção para outros filhos que a família possa ter.
É comum os pais de crianças com TEA terem problemas de sono devido à rotina exaustiva às
preocupações. Por isso faz-se necessária uma rede de apoio em que possam confiar. Todo esse
cansaço e o sentimento de solidão, principalmente para as mães de crianças autistas, é mito
comum. O sentimento de viver uma nova vida imposta é retratado no livro. Mas, pesquisas
mostram que, a medida que se instalam novas rotinas, que as crianças começam a progredir, o
futuro se torna mais luminoso. O livro recomenda aos pais a fazer um balanço de como se
sente e dê os passos necessários para garantir que está bem de saúde, tanto ao nível mental
como físico.
Dicas do livro:
Promover a sua relação conjugal: É possível (pesquisa mostram que não existe
diferença nas taxas de divórcio de casais com e sem filhos pequenos com TEA ).
Comunicação: partilhar outras áreas da vida, passar alguns momentos do dia sozinhos,
concentrados um no outro, antes de entrarem no tema das crianças.
Escutar: sem interromper, sem julgar. Reformular o que o outro disse para se certificar
de que compreendeu a perspectiva e os sentimentos dele.
Lembre-se que não existem culpados pelo diagnóstico.
Mostre ao outro que se preocupa com ele: um especialista, Dr Gottman, realça a
importância das pequenas internações diárias entre companheiros.
Mantenha o sentido de humor: o riso reduz o stress e aumenta a sensação de
intimidade.
Arranjar temo para o relacionamento: (apesar de ser mais fácil dizer)procura
momentos para se dedicarem um ao outro, longe de distrações das crianças e seja bom para
ambos.
Pode utilizar serviços de cuidado temporários.
Como lidar com uma família numerosa: por um lado significa uma grande rede de
apoio, mas por outro podem haver vários desafios. É importante compartilhar as informações
e responsabilidades . Mas é preciso confiar em si mesmo para lidar com críticas que possam
surgir. E se for preciso, limitar o tempo da criança com pessoas que não aceitam a situação.
Cuidar de si: Para cuidar dos outros é preciso estar bem,dedicar tempo para si mesmo.
Legitimar as suas necessidades, fazer atividades físicas, cuidar da alimentação , fazer uma boa
higiene do sono, pedir ajuda a rede de apoio para que fiquem com a criança me aguns
momentos e cuidar da saúde emocional. Reconhecer, legitimar e lidar com a dor, a tristeza e a
ansiedade. Reconhecer que no momento do diagnóstico a uma perda do filho
imaginário/pretendido. É preciso acreditar no potencial da criança e há um futuro ainda a se
inscrever.
Depressão: “os pais de uma criança com autismo têm mais propensão do que os
outros pais em experimentar ansiedade” e depressão. Se esses sentimentos de forma crônica
duram há mais de seis meses, ou se acontece algum pensamento suicida, é essencial procurar
ajuda profissional. Pesquisas mostram que uma maneira eficaz de combater o stress é
construir uma rede social forte de pessoas que se preocupam e estão dispostas a ajudar.
Capitulo 4
Seja o centro das atenções
Passo 5: seguir a direção da criança. Quando se propõem a criança atividades que não
se relacionam com seus motivadores, a criança pode ignorar ou ficar zangada e perturbada.
Dessa forma, uma estratégia mais assertiva é seguir o foco da atenção da criança.
“Muitos estudos ensinaram-nos que as crianças, especialmente as crianças pequenas
nos primeiros anos do desenvolvimento da linguagem, aprendem a linguagem mais facilmente
se os pais e as outras pessoas seguirem a atenção delas e falarem acerca daquilo que a criança
gosta”. Os autores indicam quatro técnicas para auxiliarem nesta tarefa, sugerindo o lema “O
que fizeres, eu faço também”.
Utilizar a escuta ativa: se posicionar a frente da criança para ser mais fácil partilhar o
olhar, observar o que ela faz para compreender seu objetivo, narrar as ações dela, com
comentários de admiração, e acrescentar efeitos sonoros ou teatrais. Também recomendam
ajudar a criança, apanhando um brinquedo que caiu, e imitar a ação dela com outro objeto.
Narrar: acrescentar palavras simples ou frases curtas para descrever o que a criança está a
fazer para que a criança escute e consiga associá-las a objetos e atividades.
Oferecer ajuda: estender brinquedos, ou alimentos, em seu campo de visão de forma que ele
não consiga alcançar e precise pedir ajuda para pegar. Os autores aconselham a dizer o nome
do objeto quando for entregá-lo para a criança. Também funciona dividir o alimento em varios
pedaços e entregar pedaço por pedaço. Pode ser necessário criar situações em que a criança
precise de ajuda em alguns casos.
Imitar as ações : É indicado, diante da criança, a brincar com o mesmo objeto, trocando
turnos, ou utilizar um brinquedo ou objeto para igual para imitar as ações da criança. Imitando
também sons ou verbalizações da criança.
Por fim, misture todas essas atividades e na medida do tempo estas atividades vão se tornando
mais automáticas. Também é aconselhável anotar os comportamentos da criança e os seus.
Capitulo 5
Encontre o sorriso!
Capitulo 7
A importância da comunicação não-verbal
Visto se comunicar vai muito além de falar, estando presente no olhar, gestos,
expressões faciais, posturas corporais e sons, “ o reconhecimento e a utilização da
comunicação não-verbal ensina as crianças que amente pode escolher enviar pensamentos e
sentimentos as pessoas” através dela que o outro pode interpretar essas mensagens. Tal
sistema de comunicação pode ser nomeado de “corpos falantes”, o que muitos estudos
afirmam ser uma base crucial para o desenvolvimento da fala. Sabe-se que no autismo há
uma dificuldade em compreender esse tipo de comunicação. Dessa forma, com o tempo a
criança perde a autonomia, pois passa a deixar que os outros resolvam tudo por elas. Para
evitar tal consequência e desenvolver melhor a comunicação verbal das crianças, os autores
aconselham a execução de 5 passos:
Passo 1: Faça menos para que a criança faça mais. Consiste em ensinar as crianças a
utilizar gestos, contato visual, expressões e alguns sons para fazer escolhas e comunicar seus
estados e preferências. Aconselha-se observar as crianças enquanto brincam e em atividades
diárias e depois no tema das atividades e em como ajudar as crianças a fazer mais durante
cada momento.
“Muitas vezes os pais sentem que sem linguagem verbal, ou com diagnóstico de
autismo, as crianças são incapazes de fazer coisas. Pensam que estão a ajudá-las quando
exageram nas coisas que fazem por elas mas, involuntariamente estão a diminuir
independência e a impedir o processo de aprendizagem”.
Passo 2: espere um pouco.
Os autores sugerem que se espere por um sinal da criança antes de entregar o que ela
quer, segurando atentamente o objeto desejado diante de si, observando atentamente o seu
sinal. Enquanto espera, deve-se resolver problemas para minimizar as frustrações da criança.
Portanto, caso a criança chore para se comunicar, deve-se antecipar tal comportamento e
oferecer a escolha para a criança. Aumentando gradualmente o custo de resposta e dando o
suporte necessário para que ele consiga tal ação.
Passo 3: criar muitas oportunidades para praticar sempre que estiver com ele,
legitimando suas necessidades. De forma a “criar tentações de comunicação”. Usando a
criatividade durante essa espera. Por exemplo, pegando sempre dois objetos para que ela
escolha entre eles, praticando ações como pegar, fazer cócegas uma vez e depois exigir dele
alguma resposta para repetir, ou esperar alguma forma de comunicação antes de dar-lhe
comida. Quando a criança responde de maneira não verbal a essas situações é sugerido seguir
a comunicação dela , fazer a ação ou dar o objeto pedido e narrar. Acrescentar "algumas
palavras para descrever o que a criança queria, o que estava a fazer ou o que estava a
acontecer”.
Também é preciso se atentar a que gestos é sugerido se ensinar primeiro, considerando
quais gestos podem ser facilmente incitados, modelados e obtidos pela criança durante a fase
de ensino e aprendizagem, e quais mensagens os gestos têm para transmitir. Segundo os
autores as mensagens costumam se encaixar em três categorias: desejos para interação social,
esforços para partilhar atenção com as outras pessoas sobre objetos e acontecimentos
interessantes e atenção conjunta. Se tratando do de gestos que objetificam transmitir os
desejos de interação social e a regulação comportamental, as comunicações mais fáceis de
ensinar são o olhar e acenar durante as saudações, por meio de um Olá e um sorriso
exagerado, frente frente e frente dela e dar o suporte para que ela responda a saudação,
tentando também generalizar tal comportamento para as mais diversas situações, e o de dar a
mãozinha que consiste em, quando a criança esta sentada a frente e ao nível dos olhos,
oferecer a mão aberta a ela, dirigindo uma das mão dela e dizer “me dá mãozinha" e depois
com a própria mão pegar suavemente a mão da criança e encostar na palma da mão, fazer
cócegas e repetir algumas vezes diminuindo gradualmente o suporte utilizado.
Por conseguinte, a regulação dos comportamentos de comunicação das crianças
pequenas geralmente tem dois significados: pedidos e protestos. Sendo um comportamento
muito necessário o pedido de ajuda. Um exemplo é a utilização de recipientes de plástico, ou
outras barreiras, de modo que a criança precise de ajuda para abrir. Também podem funcionar
para esse objetivo os brinquedos de corda, recipientes de comida e etc. Então ofereça a
criança a mão aberta e pergunte se precisa de ajuda dando o suporte necessário no momento
(podendo inclusive responder por ele) e diminua gradualmente o suporte necessário. Por
conseguinte, outro comportamento necessário pelas crianças é a comunicação do “não”, que
pode substituir muitos comportamentos desadaptativos. Pode-se iniciar esta aprendizagem
ensinando a criança a empurrar coisas que não querem e verbalizar para ela “Não, não quer
(nome do objeto)” e dar algo que ela deseja. Depois é importante generalizar tal
comportamento.
Passo 4: Persista. É natural que a criança responda com birras a essas situações. É
aconselhável ajudá-la facilitando a comunicação, mas também persistir para que a
aprendizagem ocorra. Começando as intervenções com níveis maiores de suporte, com gestos
comunicativos que a criança produz com facilidade, oferecendo ajuda, entregando os
reforçadores assim que a resposta é emitida, garantindo a existência de motivadores nas
interações e, depois de comportamentos consolidados, continuar a repetir novas rotinas.
Passo 5: Posicionar frente a frente da criança e colocar entre os dois objetos desejados.
Por exemplo na leitura de um livro.
Em sequência, deve-se se atentar para aumentar a compreensão da criança acerca das
comunicações não-verbais das outras pessoas. Pode-se fazer isso a partir de três passos:
Passo 1: utilizar gestos relativamente fáceis e exagerar neles, utilizando a mão e o
corpo em conjunto com as palavras para transmitir pedidos e imitar a criança. Variando entre
gestos com base em objetos (mostra, apontar, dar, inserir;retirar, voltar, empurrar, chocar,
rolar, bater) e gestos das rotinas sociais sensoriais (mostrar, apontar, bater palmas, dar
palmadinhas, saltar, brincadeiras de dedos, cócegas, pisar). Levando a criança a ajudar na fase
de preparação das atividades ou encerramento , e motivá-la com elogios ao final.
Passo 2: acrescentar passos e sequências previsíveis de rotina tanto em brincadeiras
quanto nos cuidados, e depois utilizar gestos ou ações não verbais para indicar que a criança
que ela pode fazer o próximo passo.
Passo 3: proporcionar toda a ajuda necessária começando e comportamentos mais
fáceis e com mais suporte no início. Podendo fazer isso com quebra-cabeças, brincadeiras
sociais sensoriais, e brinquedos com cordas, por exemplo.
Dica: Colar notas ou lembretes para si mesmo nas áreas em que proporciona os
cuidados a criança ou brinca com ela para lembrar de criar rotinas e gestos.
Na busca para incorporar tais passos, deve-se planejar as atividades de duas formas:
pensando nos passos e sequências das rotinas, imaginando os gestos passíveis a ser utilizados,
e preencher um quadro com elas. Pode ser útil dividir o dia em seis tipos de atividades ou
rotinas de brincadeiras e cuidados e depois dividir os passos da atividade conjunta envolvidos
em cada rotina.
Capitulo 8
Aprender através da imitação
“A imitação é uma poderosa ferramenta de aprendizagem para todos nós”. Sendo uma
configuração cerebral biológica que possuímos desde criança que permite imitar
comportamentos assim que se vê ou algum tempo depois. Para isso utiliza-se as células
cerebrais neurónios espelho, que ligam ações vistas a padrões próprios de ações. De forma
que tais neurônios disparam juntos e se aprende um pouco do comportamento antes memo de
se inicar a ação, além de se aprender fazendo. Desse modo, o comportamento que envolve
muitas regras complexas e sutis, pode ser passado de geração a geração sem que seja
necessário pensar conscientemente neles. É através da imitação que as criança aprendem a
promover a empatia, a linguagem, a comunicação não-veral, a funcionalidade das coisas e as
regras sociais para conversação, como a troca de turno, não interrupção, manter-se em um
tópico e manter a situação interessante para o parceiro.
No TEA há muitas teorias, apesar de não definitivas, que apontam para dificuldades
em imitação, como, apesar de não danificado, menor ativação do sistema de neurônios
espelhos, por conseguinte menos motivação para ações de imitação. Portanto, a intervenção
objetiva entrar no “holofote” da criança para ajudar a criar a motivação para imitar e despertar
o sistema de neurônios espelhos e ajudar no desenvolvimento. “Sem imitação, as crianças têm
de pensar em tudo de novo, em vez de com os outros a forma mais fácil e eficaz de fazer as
coisas” . Além disso, a imitação também está presente na comunicação da admiração pelos
outros. Felizmente as pesquisas mostram ser possível ensinar tal comportamento a partir do
seguinte passo-a-passo:
Passo 1: Imitar ações como comportamento pré oralidade, de modo a utilizá-los para
comunicar suas vontades. Para isso é preciso aumentar os sons da criança através do eco,
imitando os sons da criança para transmitir a ela que foi ouvida e que as vocalizações dela
têm significado e são importantes. Isso consiste em imitar o som da criança e esperar que ela
imite novamente e depois a imitar mais uma vez e assim por seguinte. Também é
recomendado cantar canções e realçar uma palavra-chave ou frase em cada verso para que a
criança consiga ouvir um padrão e as partes mais importantes da canção. Utilizando como
marcador a fala mais lenta da palavra ou gestos e expressões. Com o tempo diminuir o suporte
e deixar para a criança um espacinho na canção, demandando dela uma resposta neste
momento. Isso deve ser feito com o máximo de sons possíveis, tendo em mente que “é fácil
fazer com que os sons sejam divertidos”.
Passo 2: Imitar ações sobre objetos para despertar a atenção da criança para ações dos
outros e despertar-lhe o sentido de duas pessoas a fazerem coisas juntos. Pois as pesquisas
indicam que “ quando os pais imitam o que os filhos estão a fazer, as crianças com autismo
começam a estabelecer mais contato visual e a sorrir para os pais com mais frequência durante
o jogo da imitação”.
Para isso é indicado utilizar brinquedos correspondentes, ou múltiplas peças de
brinquedo, estando a frente da criança e se movimentar pela sequência de passos que envolve
a imitação de acordo com a forma como a criança responde a cada passo. Sendo o passo a
passo: imitar as ações da criança com materiais e dar nomes aos objetos e ações que ela está a
utilizar, se atentando aos indícios de que a criança se motiva com a ação; após um tempo,
introduzir uma variação na ação que está a praticar; após imitar a ação ou a variação que a
criança está a fazer , mudar ação para outra, de mesmo nível de dificuldade de forma teatral
assim que a criança praticar a variação, deve-se elogiá-la e permitir que ela faça o que quiser
com o brinquedo por cerca de um minuto, dando sempre o suporte necessário. Também é
recomendado utilizar um conjunto de brinquedos em duplicado para ensinar a imitação,
podendo ser musicais, ou fazer a ação com o objeto e entregar a ele, ou brinquedos com
múltiplas peças, de forma que no início se limite a quantidade de peças para manter a atenção
da criança, adicionar variações e generalizar o comportamento.
Se a criança quiser seu brinquedo, não há problemas, entregue ou troque com o dele.
Se o foco da criança está voltado para o objeto, deve-se gastar tempo em imitação, e é
importante se atentar a tomada de vez, buscando um equilíbrio na troca de turno e na duração
do comportamento.
Passo 3: imitar gestos das mãos e movimentos corporais e faciais. Durante as rotinas
sociais sensoriais, de forma a ensinar a criança a associar algumas das palavras e ritmos das
canções e jogos aos movimentos importantes que fazem parte do jogo, após a criança ter
adquirido o comportamento de comunicar a vontade de continuar ou fazer outra vez, pode-se
forçar em ensiná-la a imitar um dos movimento chave utilizados na rotina. Para isso, é preciso
selecionar um jogo ou canção muito motivador, e depois um movimento presente ensiná-la a
imitar o gesto dando início a rotina começar o gesto , parar e incentivar a criança a fazer o
gesto, com o suporte necessário assim que a criança tiver feito a ação, continuar a rotina para
que ela experimente o prazer da rotina cm "recompensa" pela sua resposta. lembrando de
diminuir gradualmente o suporte, ensinar apenas um gesto de cada vez, não ser perfeccionista
e preterir gestos que podem ser utilizados frequentemente numa grande variedade canções e
jogos. Sempre de forma a adicionar expressões faciais de forma exagerada e lenta. Aplicando
o passo a passo nas diversas atividades diárias.
Passo 4: Imitar e expandir ações, por meio de variações. Depois que a criança consiga
copiar ações com objetos, apresentar uma variação nova, fácil e interessante para
desempenhar com o objeto. Primeiro deve-se dar a ela o modelo, e depois demandar dela a
imitação. Motivando o sucesso dela e seguir repetindo a sequência; “ modelar a ação; entregar
à criança os objetos para o imitar; depois, tomar a sua vez e modelar a ação”; em seguida dar
a criança a oportunidade de fazer a ação elogiar ou bater palmas e deixá-la brincar à vontade.
Podendo funcionar com objetos muito simples que estejam disponíveis.
Passo 5: introduzir jogos de imitação na estrutura das atividades conjuntas
(preparação, tema, variação, e encerramento, transição) , sendo o início os materiais
necessários, o tema a primeira ação a ser imitada, e uma ou mais variações, e o encerramento,
de forma organizada.
Capítulo 9
Como aprendem as crianças .
A ABA consiste em aplicar a ciência da aprendizagem para compreender e mudar
comportamentos específicos composta por regras de aprendizagem, visando nas intervenções
ensinar a criança novas formas de se comportar que sejam mais apropriadas para a sua idade
ou maia aceitáveis, aumentando o número de oportunidades de aprendizagem para criança que
estão potencialmente presentes nas atividades diárias e ajudar a criança a tirar pleno proveito
das oportunidades de aprendizagem que são propostas. Para obter esses objetivos os autores
descrevem seis passos:
Passo 1: prestar atenção ao que a criança faz, ou seja, em seu comportamentos.
Entendo que todo comportamento tem uma função, sendo necessário fazer uma análise sobre
o que o comportamento da criança tem como objetivo. Para isso deve-se seguir algumas
regras; focar no que as crianças fazem, ou seja, seu comportamento, e não no que elas
“sabem”. Ou seja, nos comportamentos que ela coloca em prática. E entender que “as pessoas
fazem o que fazem para obter o desjam”. De forma que a criança se comporta de determinada
forma porque no passado isso gerou um reforçador para ela. Para isso é recomendado
observar o comportamento da criança e ponderar os objetivos ou funções que estão por trás
deles . Fazer isso durante 15-29 minutos nas seis atividades diárias e anotar os
comportamentos específicos da criança. Tendo em mente que “Todo comportamento
intencional é funcional e orientado para um objetivo”, para assim desenvolver um olho
clínico. Atentando a diferença entre um comportamento observável e uma interpretação de um
estado.
Passo 2: escolher uma recompensa, ou consequência, que são respostas ambientais
para o comportamento de uma criança, que influenciam na frequência do comportamento.
Podendo ser reforçador, quando aumenta a probabilidade de que o comportamento ocorra, e
positivo, quando se acrescenta um reforço ao ambiente, ou negativo, quando se tira um
aversivo do ambiente. Desta forma é preciso pensar em qual comportamento se pretende
recompensar. Sendo que tais funcionalidades só podem ser descritas em função de cada
comportamento e contexto específico. Por conseguinte, comportamentos que não são
reforçadores desaparecem com o tempo por meio da extinção. Outra resposta ao
comportamento possível, é a punição que também pode ser positiva, quando se adiciona um
aversivo ao ambiente, ou negativa, quando se retira um reforçador ambiental, e assim, conduz
a redução do comportamento.
Passo 3: identificar o que aconteceu primeiro, imediatamente antes de o
comportamento ter ocorrido, ou seja o antecedente que elicia o comportamento, e assegurar
que a forma de ensinar está concentrada na ligação do comportamento com o seu antecedente.
Utilizando esses fatores a favor da aprendizagem. O antecedente de um comportamento pode
ser descoberto é pensar no estímulo que pode provocar esse comportamento para a maioria
das outras crianças da mesma idade.
Passo 4 : observar os comportamentos socialmente desejáveis e indesejáveis da
criança, os seus antecedentes e consequências, anotar exemplos comportamentais e objetivos,
de forma a definir os antecedentes e as consequências.
Passo 5:se atentar aos potenciais reforçadores que possam surgir, se assegurar que a
criança comunica os objetivos da forma mais madura possível, ajustando as demandas e o
nível de suporte à bagagem comportamental da criança. Assim ignorar comportamentos
indesejados . Por fim, observar os comportamentos da criança para ocorrência da sequência
ACC, anotando o máximo possível, focando no reforço dado e no comportamento que foi
reforçado.
Passo 6:Mudar os comportamentos indesejados, começando por identificar tais
comportamentos, com uma clara estrutura de ACC ( A (antecedente) — C (comportamento)
— C (consequência) = Aumento em comportamento (aprendizagem) ou A— C— C=
Diminuição em comportamento (extinção) ) e depois pensar em comportamentos substitutos
que seja tão fácil quanto como o indesejado e resultar na mesma recompensa tão rapidamente.
E então ensinar o comportamento substituto, recompensando , apoiando a aprendizagem da
criança.
Dúvidas:
- Como adaptar esses comportamentos para crianças mais velhas. Penso que só
aumentar o suporte não seja o bastante às vezes, pois o livro é bem voltado para
crianças no começo do desenvolvimento.
- Como fazer a transição entre os níveis de suporte sem extinguir um comportamento
consolidado. Por exemplo ignorar só o olhar para que a criança aponte para o objeto.
- Acho o capítulo 9 particularmente mais difícil porque foca na análise funcional do
comportamento e tenho dificuldade de juntar os paços antecedentes com ele.