Grandes Mestres e Guias Da Humanidade (V. 18-08-2015)

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de Estudo
versão 18/08/15
Grandes Mestres e Guias da Humanidade

Sumário
Prólogo reflexivo .................................................................................................................................. 3
Introdução ........................................................................................................................................... 4
Desenvolvimento ................................................................................................................................. 5
Krishna (Índia) ...................................................................................................................................... 6
Hermes Trismegisto (Egípcios)............................................................................................................... 8
Hermes Trismegisto ou Toth.................................................................................................................. 8
Zoroastro (Pérsia) ................................................................................................................................. 9
Budha (Índia e Tibet) .......................................................................................................................... 10
Confúcio (China) ................................................................................................................................. 11
Moisés (Judaísmo).............................................................................................................................. 12
Filósofos da antiga Grécia ................................................................................................................... 13
Sócrates ......................................................................................................................................... 13
Platão............................................................................................................................................. 13
João Batista........................................................................................................................................ 15
Jesus (Cristianismo) ............................................................................................................................ 16
Galeno ............................................................................................................................................... 18
Apóstolo Paulo de Tarso ..................................................................................................................... 19
Apolônio de Tiana .............................................................................................................................. 20
Valentim ............................................................................................................................................ 22
Maomé .............................................................................................................................................. 23
Tertuliano .......................................................................................................................................... 24
Basílides............................................................................................................................................. 25
Apuleio .............................................................................................................................................. 26
Divisões da Igreja Gnóstica Primitiva ................................................................................................... 27
Mani .................................................................................................................................................. 29
Mozart ............................................................................................................................................... 30
Wagner .............................................................................................................................................. 31
Os Quatro Pilares do Conhecimento Universal..................................................................................... 32
Leonardo da Vinci............................................................................................................................... 33
Dante Alighieri ................................................................................................................................... 34
Mestre Huiracocha ............................................................................................................................. 35
Sai Baba ............................................................................................................................................. 36
Dalai Lama ......................................................................................................................................... 37
Samael Aun Weor............................................................................................................................... 38
V. M. Lakhsmi Daimon ........................................................................................................................ 39
Outros materiais de apoio .................................................................................................................. 40

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Prólogo reflexivo

Analisando a história da humanidade, narram as velhas tradições herméticas que desde o


princípio da famosa queda Edênica ou descenso dos Mundos Superiores, ou Dimensionais, o ser
humano sempre tem buscado ou procurado respostas para múltiplas incógnitas sobre sua origem e
a finalidade da vida.
Outrora, quando o ser humano se encontrava naquelas regiões inefáveis de Consciência
Cósmica, desfrutando daqueles esplendores luminosos como viva expressão da perfeição da
Criação, ele (como nos relata os mistérios da Santa Bíblia hebraica) havia sido criado à imagem e
semelhança de Deus e desfrutava desse estado ou condição.
Ao infringir certas regras ou leis que o mantinha esse estado de perfeição, perdeu a dita
inefável de permanecer nessas dimensões superiores ou edênicas, ficando a mercê das situações e
eventos que se processariam a partir daquele momento.
Os grandes sábios da história da humanidade nos relatam que o Criador, vendo que sua
criação havia violado as leis, com seu infinito amor e misericórdia, deu a sua expressão de perfeição
àquela humanidade dos primórdios, entregando-lhes o livre arbítrio. Desde então, temos andado
como nossos antepassados nesse mundo exterior, procurando respostas e soluções para poder
compreender o motivo e a razão de nosso estado interior e exterior.
A princípio, brilhavam nossos olhos, encantava-nos, nos deleitávamos com as maravilhas
desse novo mundo que foi se conhecendo. Porém, na medida em que caminhávamos nessas terras
desconhecidas, livres para atuarmos, fomos nos distanciando de nossa origem.
O Supremo Arquiteto do Universo, vendo que sua criação se afastava de sua casa, com
infinito amor, ordenou que fossem enviados grandes seres, grandes almas, para que pudessem
orientar, guiar, assinalar o caminho que eles já haviam trilhado e esquecido através das pegadas
indeléveis que ainda resistiam ao tempo.
Estudando e analisando a história dos povos, civilizações e culturas, dando-nos conta desta
terrível verdade, “nunca estivemos sós”, sempre fomos assistidos e guiados, por mais imperfeitos
ou equivocados que fôssemos ou estivéssemos.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Introdução

Dentre as maiores perguntas da humanidade algumas sempre persistem no coração dos


que, de uma maneira ou de outra, mudaram ou fizeram a história no decorrer das eras. Grandes
seres que jamais se contentaram com conceitos, respostas pré-fabricadas, moldadas ou sem
profundidade, adequadas a padrões de pensamento, moda ou sem uma profundidade verdadeira.
É extremamente interessante refletir em um dado momento: qual é o verdadeiro significado
de ter uma vida? Para que ela serve de verdade? O que estou fazendo aqui? De onde vim? Para
onde vou? Essa vida tem um verdadeiro sentido? E sem tem, qual é?
Sempre houve na humanidade grandes seres que não se contentaram pura e simplesmente
em viver mecanicamente e caminhar sem rumo ao desconhecido, sem buscar compreender o
mistério de seu verdadeiro sentido.
Ainda que as pessoas comuns e correntes não façam a menor ideia disso, esses mestres e
guias da humanidade atuam de diferentes formas. Existem, por exemplo, os mestres do raio da
política, da saúde, da força, da magia, da sabedoria, da música, os que são especializados na ciência
da saída em astral, na meditação ou nas ciências jinas etc.
O Conhecimento Universal esteve sempre presente na humanidade através dos grandes
guias, elevados iniciados e mestres, que cumpriram a missão de difundir este conhecimento e trazer
a verdade à humanidade.
Essas grandes almas, de diferentes níveis espirituais, expressaram o conhecimento Universal
em distintas épocas e culturas, ensinando sempre os mesmos princípios, ainda que revestidos com
roupagens diferentes. A verdade é que a humanidade nunca esteve sozinha e todos aqueles que
realmente almejam uma transformação, sempre encontraram e encontrarão uma fonte de água
límpida para beber dessa sagrada sabedoria até o conhecimento que leva ao verdadeiro despertar.
A Gnosis é uma filosofia perene e universal, portanto sempre esteve presente em todas as
culturas antigas e desde o começo da criação. As distintas raças que povoaram o planeta, em todas
as suas idades de ouro, receberam dos deuses encarnados a divina Gnosis em sua pureza e
profundidade original. Cada raça recebeu em seu início a instrução desta sabedoria para que os
homens em sua evolução e desenvolvimento no planeta tivessem constância em suas memórias,
tradições e histórias a presença deste ensinamento mágico e divinal. Assim como explica que em
todas as religiões antigas se conservou os princípios gnósticos divinos, fórmulas cósmicas viventes e
imutáveis, até que as formas religiosas passassem por um processo de involução e desaparecessem
no tempo.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Desenvolvimento

Quando a semente da atual raça Ária foi depositada na meseta central do Tibet, começou a
idade de ouro e os deuses que tomaram corpo físico naquela época começaram a desenvolver a
religião única e universal, a Doutrina Crística através de linguagem e simbolismos adaptados a essa
época e lugar.
Com o passar do tempo houve a necessidade, dentro dos planos divinos, que seres
tomassem corpo físico para que a humanidade dessa então recém-formada quinta Raça pudesse
receber os ensinamentos preciosos que orientassem esse povo no desenvolvimento humano e
espiritual.
Todos esses seres divinos trouxeram a mensagem de redenção à humanidade e a maioria
deles fundaram as grandes religiões que em momentos diferentes da história surgiram para ensinar
a Tábua de Salvação às pessoas. Todos eles trouxeram o mesmo conhecimento, os mesmos
Princípios necessários para a Revolução Integral do homem, esses Valores Eternos que não morrem
jamais e que ao longo do tempo se revestiram de diferentes formas.
Todos os princípios formam a Grande Religião Cósmica Universal, da qual nos fala a
sabedoria Gnóstica. Eis alguns princípios:
1. Culto ao Cristo: presente em todas as religiões, a única coisa que varia são os nomes que
dão ao Cristo. Exemplo, no antigo México é Quetzalcoatl, no velho Egito é Osíris, na Índia é
Krishna etc.
2. Céus e Infernos: entre os romanos e gregos o Olimpo era o Céu. Entre os gregos o inferno
era o Tártarus etc.
3. Divina Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo no cristianismo. Para os egípcios Osíris é o Pai,
Horus o Filho e Ísis é o Espírito Santo. Para os hindus: Brahma, Vishnu e Shiva. São as três
forças que sustentam todo o Universo Manifestado: ativa, passiva e neutra.
4. Livro Sagrado: em todas as religiões existe um Livro Sagrado ou conjunto de todos os
ensinamentos que integram aquela doutrina. Exemplo: A Bíblia entre os cristãos, o Alcorão
entre os muçulmanos, o Bhagavah-Gita entre os hindus, a Pistis Sophia entre os gnósticos.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Krishna (Índia)

A primeira sub-raça da raça Ária se desenvolveu no Tibet. Nos tempos atuais, foram
encontrados textos antiquíssimos depositados em uma espécie de biblioteca na região de Kanshur.
Ali se encontraram diversas tábuas com inscrições em uma linguagem muito antiga, que não se
pode traduzir nem sequer uns 10%. Do trecho que foi possível traduzir, foi possível descobrir que
aquela civilização havia desenvolvido conhecimentos que ainda hoje não se compreendem,
incluindo descrições de veículos capazes do transporte pelo ar.
Em um período de 6.500 anos depois, começou a formar-se a civilização Hindu, nas
cercanias do Rio Indo. O nome dessa civilização deriva da palavra SHINDO, que significa rio.
Segundo os historiadores esta civilização, teria entre 3 e 4 mil anos de idade, entretanto Helena
Blavatsky aclara em seu livro A Doutrina Secreta que esta civilização possui cerca de 12 mil anos de
idade.

Os Vedas
É inquestionável que com essa cultura inicia-se a Idade de Prata, ainda portentosa no
aspecto espiritual, resultando nos livros sagrados
mais antigos da humanidade: os Vedas. A partir
desta idade, os princípios religiosos começaram a
perder o brilho que havia na Idade de Ouro para
então deixar de existir. Com o passar dos séculos e
o desaparecer dos grandes videntes (Rishis) que
escreveram os Vedas, surgiram muitas ideologias e
caminhos (Yogas) distintos para alcançar a união
com o Ser. Os discípulos dos mestres desaparecidos
iniciaram suas próprias ideologias com novas interpretações dos ensinamentos originais.
Transcorridos outros 6.500 anos, iniciou-se a formação da terceira sub-raça que, segundo o
V.M. Samael Aun Weor, foi constituída pelos antigos povos da Caldeia, Babilônia e Egito, o país dos
faraós, onde floresceu uma poderosa civilização cujas origens são remetidas a mais de 6.000 anos a.
C.
Krishna (o Cristo hindu) é considerado a oitava existência
terrena de Vishnu, a divindade responsável pela manutenção do
Cosmos. Ele é a reencarnação sagrada mais amada dos indianos, para
quem foram edificados inúmeros santuários e a quem se dedica um
número incalculável de seguidores. É a maior divindade nas crenças
indianas.Ele é geralmente representado sob a forma de um pastor que
toca flauta, seduzindo todos os seres vivos. Simultaneamente ele é
retratado no Mahabharata como o mestre que orienta seu discípulo
Arjuna na batalha de Kurukshetra, travada entre o Bem e o Mal, entre
os Kauravas e seus primos Pandarvas, encabeçados por este aprendiz
de Krishna. Dono de uma beleza física sem igual, ele veio à Terra para
combater as sombras há pelo menos 5.000 anos, trazendo consigo
mensagens de amor.
Este Avatara (palavra que significa “mensageiro”) nasceu em Mathura, na prisão, pois sua
família era mantida prisioneira por um ser demoníaco que se fazia passar pelo rei Ugrasena. Este
fora derrotado pelo demônio, o qual enganara sua esposa e a levara a gerar Kamsa; este, ao crescer,

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
roubou o trono de seu pai e aprisionou sua irmã Devaki, filha do soberano atraiçoado, a qual viria a
ser a mãe de Krishna, e seu marido Vasudeva.
Kamsa ouve uma voz que lhe alerta, revelando-lhe que o oitavo filho deste casal o destruiria;
ele detém a irmã e o cunhado, mata sete de suas crianças, mas Krishna escapa da maldição para
mais tarde cumprir sua missão. Graças a seu pai, foi entregue a outra família, pela qual foi criado
humildemente, pastoreando vacas.
Posteriormente ele torna-se o preferido das garotas e chega a se transformar em vários
seres para poder atender a todas elas ao mesmo tempo. Sua escolhida, porém, é Radha.
Posteriormente ele assume o reinado da cidade de Dwaraka (que significa “Porta Pequena”), e
conquista um significativo destaque no Mahabharata – ancestral livro sagrado da Índia – no qual é
representado como um ser sagrado que participou de eventos que mudaram o rumo de toda a
trajetória histórica do Oriente.
Embora ele tenha trazido em sua bagagem os ensinamentos divinos, foi repelido pelos
homens e incompreendido em sua forma humana. Até mesmo seu seguidor dileto, Arjuna, teve
dificuldades para entender o potencial divino existente no interior de Krishna, pois não podia
aceitar que na forma humana houvesse alguma semente da divindade. Ele teve que assumir sua
essência divina para que o amigo acreditasse nele e o obedecesse, lutando contra seus primos e
parentes - símbolos dos apegos interiores, os eus psicológicos.
Krishna foi conhecido sob vários nomes, dos quais alguns mais populares são Govinda,
Syamasundar ou Gopala, “o preservador das vacas”. Além de sua intensa beleza, ele também atraía
as pessoas pela sua energia insuperável e sua grande fortuna. Suas lições foram gravadas nas
páginas do Bhagavad Gita, que contém todo o saber dos Vedas. Esse ser, para essa cultura de tipo
serpentina, foi a máxima expressão da sabedoria e do poder onisciente, onipotente e onipresente
na tradição arcaica dessa civilização legendária de incríveis conhecimentos milenares.
Seres de maior capacidade conscientiva da região começaram o processo do ensinamento
desse povo antigo de camponeses natos, que de um momento a outro empreenderam o estudo das
matemáticas, literatura, arquitetura, religião, astronomia, astrologia e construção de templos
sagrados dedicados as divindades religiosas.
Obviamente, esses seres superiores, encarnados em corpos de carne e osso, iguais aos demais
hindus daqueles tempos, compartilhavam com eles as mesmas aulas de estudos nesses tempos de
interessante nível evolutivo e foram iniciando uma era de desenvolvimento cultural profundo nessa
remota região do continente.

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Hermes Trismegisto (Egípcios)

Os egípcios conheceram profundamente os mistérios iniciáticos e possuíam grandes


conhecimentos mágicos. Dominavam astrologia, as altas matemáticas, o esoterismo oculto do
septenário teosófico e a ciência do Grande Arcano. Rendiam culto à Isis (a Divina Mãe), Osíris, Horus
e Rá.

Hermes Trismegisto ou Toth


Em latim, Hermes Trismegistus (“Hermes, o três vezes grande”)
é o nome dado pelos neoplatônicos, místicos e alquimistas ao deus
egípcio Toth (ou Tehuti), identificado com o deus grego Hermes. Ambos
eram os deuses da escrita e da magia nas respectivas culturas.
Toth simbolizava a lógica organizada do universo. Era
relacionado aos ciclos lunares, cujas fases expressam a harmonia do
universo. Referido nos escritos egípcios como “duas vezes grande”, era
o deus do verbo e da sabedoria, sendo naturalmente identificado com
Hermes. Na atmosfera sincrética do Império Romano, deu-se ao deus
grego Hermes o epíteto do deus egípcio Toth.

Como “escriba e mensageiro dos deuses” no Egito Helenístico,


Hermes era tido como o autor de um conjunto de textos sagrados, ditos
“herméticos”, contendo ensinamentos sobre artes, ciências e religião e
filosofia – o Corpus Hermeticum – cujo propósito seria a deificação da
humanidade através do conhecimento de Deus. É pouco provável que todos
esses livros tenham sido escritos por uma única pessoa, mas representam o
saber acumulado pelos egípcios ao longo do tempo, atribuído ao grande
deus da sabedoria.
O Corpus Hermeticum, datado provavelmente do século I ao século
III a. C., representou a fonte de inspiração do pensamento hermético e
neoplatônico renascentista. Na época acreditava-se que o texto remontasse
à antiguidade egípcia, anterior a Moisés e que nele estivesse contido
também o prenúncio do cristianismo.
Segundo Clemente de Alexandria, eram 42 livros subdivididos em seis conjuntos. O primeiro
tratava da educação dos sacerdotes. O segundo, dos rituais do templo. O terceiro, de geologia,
geografia, botânica e agricultura. O quarto, de astronomia e astrologia, matemática e arquitetura. O
quinto continha os hinos em louvor aos deuses e um guia de ação política para os reis. Já o sexto
era um texto médico. Costumava-se creditar também a Hermes Trismegisto o Livro dos Mortos ou o
Livro da Saída da Luz, além do mais famoso texto alquímico – a “Tábua de Esmeralda”.
Eles são o resumo dos ensinamentos do maior sábio do antigo Egito que ficou conhecido na
Grécia pelo nome de “Hermes, o Trismegisto, o Três Vezes Grande”. Ele era Toth, o deus da
sabedoria, cultuado em Jemenu (atual Hermópolis), onde ele viveu.

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Zoroastro (Pérsia)

Nestes tempos apareceu um guia na Pérsia: Zoroastro (630-550 a. C.).


Este mestre foi o Cristo naquela cultura milenária de múltiplas facetas,
palácios de sonhos, jardins pitorescos, escolas magistrais e conhecimentos
milenares, recebidos de imemoráveis povos de desconhecida procedência.
Os sumérios foram o povo mais brilhante da região mesopotâmica,
com seus assombrosos descobrimentos que levaram a edificar um império
muito adiantado no campo das relações humanas onde hoje em dia está o Irã,
um país que, lamentavelmente, está longe dos adiantamentos científicos e
culturais de seus inesquecíveis antepassados.

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Budha (Índia e Tibet)

Gautama Budha (563-486 a.C.), também conhecido como Sidarta


Gautama, Budha Shakyamuni ou simplesmente “o Budha”, foi um sábio
cujos ensinamentos formaram a base para o desenvolvimento da religião
budista.
A palavra Buddha significa “aquele que despertou” ou “o
iluminado”. Na maioria das tradições budistas, Siddhartha Gautama é
considerado como o “Buddha supremo” (Pali Sammāsambuddha,
sânscrito Samyaksambuddha) de nossa idade.
Gautama ensinou o caminho do meio. Ele ensinou à
humanidade a forma de cumprirem com o religare, ou seja, ensinou os
métodos através dos quais cada um dos seres humanos pode voltar
a conectar-se com sua própria divindade.
Contam as tradições que Budha era um príncipe e renunciou
a todas as comodidades da vida de um nobre para viver entre o
povo e entregar a doutrina da redenção humana.

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Confúcio (China)

Confúcio nasceu em 551 a. C. e morreu em 479 a.C. Ele é tido como um dos principais
filósofos chineses de todos os tempos. Seus pensamentos, compilados nos Analectos de Confúcio,
obra tão importante para os orientais quanto a Bíblia é para os ocidentais. O livro é um dos poucos
registros confiáveis sobre os ensinamentos de Confúcio e é composto por diversos aforismos que o
pensador chinês deixou como legados aos seus discípulos e admiradores.
Este mestre nasceu na região Nordeste da China, onde
atualmente localiza-se a província Xantung. Aos três anos de
idade, Confúcio perdeu o pai, que sustentava a família, e
começou a passar dificuldade junto de sua mãe. Mesmo assim,
estudou história e arqueologia até tornar-se professor. As
influências de sua filosofia foram Lao Tsé (mestre precursor do
Taoísmo) e K’ung Fu-Tzu. Apesar disso, Confúcio seguiu um
caminho diferente, sem se apegar a assuntos como o pós-vida.
Seus ensinamentos eram mais centrados em melhorar a relação
entre as pessoas. “Quem não sabe o que é a vida, como poderá
saber o que é a morte?” - dizia em um de seus aforismos.
A carreira de Confúcio tomou uma nova direção quando
se tornou filósofo da corte. Com este título, tentava fazer com
que os governantes chineses dessem bons exemplos a serem seguidos pela sociedade. Para ele, um
bom governo começava com a “virtude interior”, que faria com que os líderes ganhassem o respeito
dos comandados. Apesar disso, Confúcio desaprovava qualquer tipo de tirania e mantinha a
ideologia de que o Estado existia para beneficiar a população.
Os livros de Confúcio são compilações de seus aforismos e consistem nas seguintes obras:
Livro dos Poemas, o Livro da História, o Livro das Etiquetas e o Livro das Mutações (o primeiro I
Ching). Estes escritos, mesmo após a morte do pensador, foram passados de geração em geração,
além de terem ganhado diversas versões como as de Chang Yü, Cheng Hsüan e de Ho Yen.
Algum tempo depois, Confúcio foi traduzido para as línguas ocidentais e seus pensamentos
tornaram-se bastante conhecidos na Europa e, posteriormente, nas Américas. Atualmente, o
Confucionismo tem milhões de seguidores e muitos de seus pensamentos são popularmente
conhecidos e utilizados no dia a dia. Frases como “não faça aos outros o que você não quer que seja
feito a você”, “o silêncio é um amigo que nunca trai” e “o homem superior atribui a culpa a si
próprio; o homem comum aos outros” são de sua autoria.

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Moisés (Judaísmo)

Moisés, nascido no ano de 1300 a. C., era da Tribo de Levi. Este mestre liberou o povo
israelita da escravidão entre os egípcios.
Conta a história que aos poucos meses de
nascido sua mãe o colocou em um cesto e o
abandonou no Rio Nilo, burlando assim a lei emitida
pelo faraó que ordenava à morte a todos os meninos
israelitas. Moisés foi retirado das águas e adotado pela
filha do faraó. Desde jovem sentia predileção por seu
povo e em uma ocasião matou um egípcio por haver
atacado um israelita, entretanto foi visto com
desagrado pelos egípcios. Em um dado momento, viu-se obrigado a fugir para o deserto de Madiã,
onde foi acolhido por Jetro, cujas filhas havia defendido de uns pastores. Casou-se com uma delas
(Sefora) com quem teve dois filhos.
Estando a serviço de seu sogro como pastor, sucedeu-se o episódio da sarça que arde sem
queimar-se e Deus revelou seu nome e sua essência. Moisés se mostra relutante, mas Deus lhe
promete sua assistência e lhe ordenou pedisse ajuda a seu irmão Aarão. A dureza de coração do
faraó atraiu as dez pragas sobre o Egito. A última (morte dos primogênitos) permitiu a saída do povo
de Israel. Ocorreu a passagem do povo de Israel pelo Mar Vermelho e posteriormente, no monte
Sinai, recebeu as Tábuas da Lei e permaneceram 40 anos no deserto, sem chegar à Terra Prometida.
Morreu aos 120 anos de idade.

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Filósofos da antiga Grécia

Sócrates
Sem dúvida o maior de todos os filósofos gregos foi
Sócrates, nascido em 469 a. C., o qual praticou um diálogo
contínuo com seus alunos até que foi sentenciado à morte. Em
339 a. C. morreu envenenado com cicuta. Sócrates se negou a
aceitar dinheiro por seus ensinamentos, alegando que não tinha
nenhuma segurança a oferecer a não ser a consciência da
necessidade de mais conhecimento.
Sócrates não deixou nenhum escrito, entretanto seus
ensinamentos foram preservados para as gerações posteriores
nos diálogos de Platão e também aparecem nos escritos de
Jenofante. Sócrates ensinou que cada pessoa possui o
conhecimento e a verdade dentro de si, necessitando apenas utilizar a reflexão consciente para
percebê-la. Ele ensinava que era dever do filósofo proporcionar às pessoas que pensassem por si
mesmas ao invés de ensinar algo que não soubessem. Platão, Aristóteles, entre outros discípulos
Continuaram entregando à humanidade seu conhecimento filosófico com um transfundo da
sabedoria que se chamava Gnosis.

Platão
O filósofo Platão (428-347 a. C.) foi um dos maiores críticos da
democracia do seu tempo, pelo menos daquela que era praticada em
Atenas e que ele conheceu de perto. Nascido em uma família ilustre
que se orgulhava de descender do grande reformador Sólon, Platão –
como ele mesmo explicou na conhecida VII Carta – terminou
desviando-se da carreira política devido ao regime dos “Trinta Tiranos”,
derrocado em 403 a. C. Um dos seus parentes próximos havia exercido
elevadas funções durante aquela tirania que, apesar da sua curta
duração, foi extremamente violenta, perseguindo os adversários de
maneira incomum para os costumes gregos. Este fato lançou suspeitas
sobre toda a sua família, inclusive atingindo o jovem Platão, quando a
democracia foi restaurada. Mas o fator decisivo da aversão dele à
democracia deveu-se ao julgamento e condenação a que foi submetido
no areópago o seu velho mestre: o sábio Sócrates. Este mestre foi
injustamente acusado de impiedade e de ter corrompido a juventude ateniense, educando-a na
suspeição dos deuses da cidade. Caso célebre acontecido no ano de 399 a. C. e que culminou com
sendo obrigado a beber a cicuta (veneno oficial com que se executavam os condenados em Atenas).
Esse crime jurídico que vitimou o amável ancião fez com que ele passasse a se dedicar, entre outras
coisas, à busca de um regime político ideal, que evitasse para sempre a possibilidade de reproduzir-
se uma injustiça como a que vitimou o velho sábio.
Platão, como grande estilista da língua grega que era dotado de extraordinário censo
dramático, apresentou um método original de expor suas reflexões: o do diálogo. Isso levou a que
alguns estudiosos afirmassem que tal método de exposição era literariamente tão grandioso como
as tragédias de Ésquilo ou de Sófocles. Nos diálogos platônicos o personagem central é Sócrates,
com quem Platão conviveu até o seu momento final. A principal obra política dele foi “A República”
(Politéia), composta provavelmente entre 380 e 370 a. C., quando tinha mais de 50 anos de idade –
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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
portanto, obra da sua maturidade. Um pouco antes do seu falecimento Platão voltou a especular
sobre a sociedade ideal por meio de outro grande diálogo: As Leis.
Aqueles ensinamentos secretos dos grandes mestre e guias da humanidade haviam sido
conservados com toda sua pureza durante séculos, porém a ambição pessoal e o egoísmo de alguns
iniciados terminaram por corrompê-las. O significado dos símbolos foram frequentemente
profanados por interpretações distorcidas e os mistérios de Elêusis foram os únicos livres de
adulteração e profanação sacrílega. Estes mistérios foram se estendendo até Roma onde existiam
festas nacionais e com o tempo foram latinizando os deuses gregos, a exemplo da Afrodite grega
(que passaram a chamar de Vênus), Apolo (Febo), Ares (Marte), Deméter (Ceres), Dionísio (Baco),
Hermes (Mercúrio), Zeus (Júpiter) etc.
A Roma antiga não estava interessada nos assuntos religiosos tanto quanto nos políticos.
Chegou-se a um ponto no qual a maioria da população evitava os sacerdotes e os templos. A
expansão do Império Romano concretizou a Quarta sub-raça da atual Raça Ária, na qual a
humanidade começava a apresentar uma marcada tendência ao culto à personalidade e abandono
da alma, preocupando-se por outros assuntos de poder e não mais pela sabedoria do espírito
(Gnosis).
No início do cristianismo a degeneração dos cultos religiosos estava em um estágio tal que
não se respeitavam mais os deuses e nem havia temor para com eles. Eram satirizados e ironizados.
Era necessário resgatar mais uma vez os princípios divinos e encaminhar os homens pelo verdadeiro
ensinamento em busca da Autorrealização.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
João Batista

João Batista é considerado como um profeta por


três religiões: Cristianismo, Islamismo e Mandeísmo. Ele é
precursor de Jesus Cristo e faz uma ligação ente o Velho e
o Novo Testamento. Ele é considerado o último dos
profetas do Antigo Testamento e o primeiro dos santos do
Novo Testamento. João era o profeta que pregava a vinda
do Cristo como Messias e é considerado o Avatara da era
de Peixes. Mandeísmo é uma religião pré-cristã
classificada por estudiosos como gnóstica. Os mandeístas
veneram João Batista como sendo o “Messias” e praticam
o batismo, portanto não aceitam ao mestre Jesus.
João Batista nasceu em uma família sacerdotal. Os
Quatro Evangelhos dizem que João veio como um profeta
para preparar o caminho de Jesus. João era filho de
Zacarias – um sacerdote do Templo em Jerusalém – e sua
mãe, Izabel, era parente de Maria (mãe de Jesus). Diz a história, portanto, que Jesus e João Batista
eram primos. Ele nasceu seis meses antes de Jesus. Como Zacarias estava ministrando no Templo,
um anjo trouxe-lhe a notícia de que Izabel teria um filho cheio do Espírito Santo desde o momento
do seu nascimento. Zacarias duvidou e ficou mudo até o nascimento de João. Trinta anos depois, no
décimo quinto ano de Tibério César, o que corresponde ao que nós chamamos o ano de 26 d. C.,
João iniciou um ministério de Batismo. Ele era um sacerdote e os sacerdotes começaram a trabalhar
quando tinham trinta anos, vestindo um cinto de couro e uma túnica de pele de camelo,
alimentando-se de gafanhotos e mel silvestre e pregando uma mensagem de arrependimento ao
povo de Jerusalém. Converteu muitos e preparou o caminho para a vinda de Jesus.

Capítulo 16.10 - Magia Elemental da Figueira (Rosa Ígnea, Samael Aun Weor)
“Há que se distinguir entre o que é um Avatara e o que é um Salvador.
João Batista foi o Avatara de Peixes e eu sou o Avatara de Aquário.
O Salvador do Mundo não é Avatara. Ele a mais que todos os Avatares; ele é o Salvador.
Os Avatares são tão somente os instrutores e iniciadores de uma nova era.
Cristo é mais do que todos os instrutores; ele é o Salvador.”

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Jesus (Cristianismo)

Quando Jesus de Nazaré nasceu naquelas terras, cresceu e chegou a uma idade apropriada
para receber os ensinamentos indicados para seu desenvolvimento espiritual, dirigiu-se às
diferentes escolas de sabedoria.
Peregrinou ao Egito, onde estudou aos pés dos grandes sábios que ainda permaneciam
naqueles templos e depois de preparar-se voltou para Israel para seguir desenvolvendo sua
sapiência entre os Essênios e demais grupos gnósticos daquela região. O V. M. Samael indica, na
obra “Matrimônio Perfeito”, que o mestre Jesus praticou a Magia Sexual em uma das pirâmides do
Egito: “O Divino Salvador do Mundo, quando praticava com a Sacerdotisa na Pirâmide Kefrén,
cantava com ela o poderoso mantra Sagrado do Fogo: INRI. O Senhor de toda adoração praticou no
Egito com sua Isis, combinando este mantra com as cinco vogais I.E.O.U.A.”
Neste país foi recebido com assombro
pelos mestres do “Colégio de Iniciados”, que
viram em sua aura a luz particularmente imensa
de seu Ser superior que viera à Terra cumprir
uma missão. Foi recebido tendo curta idade,
violando assim as regras estritas das escolas de
ocultismo que não aceitavam estudantes jovens,
desprovidos da suficiente madureza necessária
para obter esses conhecimentos tão secretos e
exaltados, adquiridos por eles mesmo por meio
de superesforços e terríveis penúrias.
Jesus de Nazaré era um gnóstico que
profetizava e ensinava o conhecimento universal
numa forma especialmente simples, utilizando as parábolas para fazer-se entender por aquelas
humildes pessoas de escassos conhecimentos intelectuais e coração muito grande, abertos as
preciosas orientações e guiaturas do mestre.
Todos os Apóstolos foram gnósticos e estudaram esta sabedoria formosa aos pés do Divino
Jesus o Cristo, que compartilhou com eles momentos de grande exaltação. Foi uma imensa honra
para estes discípulos haverem sido preparados pelo Salvador do mundo para enfrentar as terríveis
trevas exteriores na difusão da mensagem Crística.
Os discípulos do Cristo e seus apóstolos pertenciam à antiga Igreja Gnóstica Cristã Primitiva,
fundada por eles mesmos no começo desse período no qual os ensinamentos do Divino Redentor
iniciaram em quase todo o mundo ocidental.
Lentamente esse reduzido grupo de homens e mulheres ligados ao gnosticismo puro e
autêntico, revitalizado e atualizado pela obra do grande mestre Jesus, o Cristo, foi crescendo e
multiplicando-se até alcançar um número importante em comparação com a população existente
nos velhos tempos. Basta pensar que a antiga Roma, nessa época em pleno apogeu e esplendor
político e econômico, era a maior cidade do mundo e contava com apenas um milhão de habitantes
(um número elevado para a época).
Quando conquistava uma nova nação, sua população se dedicava a realizar várias festas nas
quais, algumas vezes, podiam durar até meses, durante os quais seus governantes repartiam
alimentos para todos e apresentavam vários espetáculos nos circos e arenas das cidades. Os
melhores programas incluíam a luta entre os Gladiadores e escravos ou entre pessoas e bestas, cujo
trágico final sempre era a morte e a dor suprema. Muitos gnósticos morreram nesses terríveis circos
e arenas por não quererem jurar fidelidade aos deuses adorados pelos Romanos e por não
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renunciar os princípios Divinos herdados de seus guias e antepassados. Os poderosos religiosos da
época retardaram imensamente a difusão do ensinamento gnóstico por meio de perseguições,
infâmias, falsos testemunhos, mentiras, injúrias, retaliações, conceitos errados, traições e falta de
compreensão.
Eram tempos difíceis para os Gnósticos Cristãos Primitivos e apesar de tudo foram crescendo
lentamente até o ponto de converterem-se em um grupo numeroso que começou a tomar força e
dar seus primeiros frutos nesse convulsionado mundo de hebreus e gentios, crentes e idólatras.
Seus membros haviam sido orientados a respeitar a particularidade expressada em todo o
indivíduo que, por meio do estudo e prática da Gnosis, alcançava um nível de desenvolvimento
espiritual especial como iniciado ou mestre, permitindo desvelar os conhecimentos depositados em
sua consciência, concedendo-os certa autonomia na interpretação dos livros sagrados e na doutrina
deixada pelo mestre Jesus, o Cristo. Os novos mestres de sabedoria foram ampliando com seus
ensinamentos particulares tendo como base os conhecimentos gnósticos deixados pelos grandes
seres de Luz através do tempo e pelo mesmo Cristo Redentor.
Esse formoso grupo de gnósticos, unidos pelo Cristo no Cristianismo puro, tampouco pôde
escapar da lamentável divisão produzida pelos múltiplos fatores de perturbação existente no ser
humano. Ogrupo foi decaindo lentamente por causas dos conflitos internos que se apresentavam e
foi dividindo-se pelas diferentes formas de interpretação dadas aos conhecimentos aportados por
cada sábio ou mestre de mistérios.
A lei atua sempre por igual e os gnósticos não foram uma exceção. Permaneceram no
mundo da matéria numa época de decadência espiritual, como a existente na velha Era de Peixes,
produziu neles uma decadência prematura que conduziu a debilidade geral. Tudo o que sobe,
inevitavelmente, tende a baixar, enquanto existam no ser humano os fatores da perturbação que
produzem as divisões dos aspectos divinais e conscientivos de sua própria existência.
É sabido por todos que não podem haver duas abelhas rainha em uma só colmeia. Uma das
abelhas deve sair e formar outra colmeia ou núcleo para coroar sua obra particular criando uma
nova família, capaz de produzir mel como síntese de seu próprio trabalho. Este exemplo pode
ilustrar o eterno sucesso que tem sido produzido durante o tempo nos colégios de iniciados e em
múltiplas organizações que deles têm desprendido. Cada vez que surgia um mestre, se conformava
um novo grupo e cada um se apartava dos existentes e continuava com uma nova escola ou Colégio
Iniciático, utilizando o nome de seu guia ou mestre para se distinguir dos demais.
Os mestres mais exaltados do segundo século depois do Cristo, quando se logrou o máximo
esplendor da Gnosis antiga antes que fosse perseguida e quase destruída, formam os seguintes.

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Galeno

Galeno (129 d. C. – 199 d. C.) foi o mais destacado médico da


antiguidade depois de Hipócrates. Seus estudos sobre a anatomia dos
animais e suas observações sobre o funcionamento do corpo humano
dominaram a teoria e a prática da medicina durante 1.400 anos. Nasceu
de pais gregos em Pérgamo, Ásia Menor (parte do Império Romano).
No templo de sua cidade – dedicado ao Deus da saúde Asclépio – o
jovem Galeno observou como se usavam as técnicas médicas da época
para tratar aos enfermos e os feridos. Dissecou vários animais, em
especial cabras, porcos e macacos, para demonstrar como distintos
músculos são controlados pela medula espinhal. Desvelou as funções dos
rins e a bexiga e descobriu sete pares de nervos craniais. Também
demonstrou que o cérebro controla a voz e que as artérias transportam
sangue, pondo fim a ideia vigente durante quatrocentos anos de que as mesmas transportavam ar.
Descreveu também as válvulas do coração e indicou as diferentes estruturas entre as artérias e as
veias, mas não chegou a conceber a circulação do sangue.

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Apóstolo Paulo de Tarso

O Apóstolo Paulo de Tarso, também conhecido como Saulo, nasceu em Tarso no ano de 5
d.C., e morreu em 67 d. C. Quando perseguia os cristãos, a caminho de Damasco, teve uma visão de
Jesus envolto em uma luz incandescente que o cegou, durante três dias. Desde então converteu-se
e começou a pregar o Cristianismo, viajando pelo mundo, pregando o evangelho de Jesus Cristo e o
mistério de sua paixão, morte e ressurreição. Após ser apresentado a Pedro e Santiago, em
Jerusalém, passou doze anos em viagens apostólicas. Foi um escritor do cristianismo primitivo (treze
epístolas do Novo Testamento são atribuídas a ele) e é considerado o maior propagador do
cristianismo depois de Cristo.
A conversão de Paulo de Tarso foi uma das mais importantes
da história da Igreja. Demonstrou o poder da graça divina capaz de
transformar Saulo – perseguidor da Igreja – no "Apóstolo Paulo" por
excelência, que teve a iniciativa da evangelização dos pagãos. Ele
próprio confessou, por diversas vezes, que foi perseguidor
implacável das primeiras comunidades cristãs. Por causa disso
atribui a si mesmo o título de “o menor entre os Apóstolos” e, ainda,
de “indigno de ser chamado Apóstolo”. Mas Deus, que conhecia a
sua retidão, tornou-o testemunha da morte de Santo Estevão (cena
descrita nos Atos dos Apóstolos).
Percorreu a Ásia Menor, atravessou todo o Mediterrâneo em quatro ou cinco viagens.
Elaborou uma teologia cristã e, ao lado dos Evangelhos, suas epístolas são fontes de todo
pensamento, vida e mística cristãs. Além das grandes e contínuas viagens apostólicas e das prisões e
sofrimentos pelos quais passou, deve-se a ele – que se autodenomina “Servo de Cristo” – a
revelação da mensagem do Salvador, ou seja, as 13 Epístolas ou Cartas. Elas formam praticamente a
Teologia do Novo Testamento. São Paulo, Apóstolo, sofreu o martírio em Roma. O ano é incerto,
mas deve ter ocorrido entre 64 e 67.

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Apolônio de Tiana

Apolônio de Tiana foi o mais famoso filósofo do mundo greco-


romano do primeiro século e devotou a maior parte de sua longa vida
à purificação dos muitos cultos do Império e à instrução dos ministros
e sacerdotes de suas religiões. Com a exceção de Cristo, nenhum
personagem mais interessante apareceu na cena da história ocidental
nesses primeiros anos. São muitas, variadas e frequentemente
contraditórias, as opiniões sobre Apolônio. Além de seu ensino
público, ele teve uma vida à parte, uma vida na qual nem mesmo seu
discípulo favorito entrou. Ele viajou para as terras mais distantes e
perdeu-se para o mundo por anos inteiros. Entrava nos santuários dos
templos mais sagrados e nos círculos internos das comunidades mais
fechadas e o que ele disse ou fez lá permaneceu um mistério.
Nascido em algum momento dos primeiros anos da era Cristã
(provavelmente entre 1 e 10 d. C.) em Tiana na Capadócia (Turquia ou Ásia Menor, como era
conhecida na época), Apolônio de Tiana teve pais aristocratas, de antiga linhagem e fortuna
considerável. Muito cedo deu mostras de uma memória prodigiosa e de uma grande disposição
para os estudos, além de ser de uma beleza notável. Aos quatorze anos foi enviado a Tarso, um
famoso centro de estudos da época, para completar sua instrução. Porém, seu temperamento sério
não se acomodava ao estilo de vida das escolas e mudou-se para Egue, cidade no litoral de Tarso,
onde encontrou o ambiente adequado para mergulhar nos estudos da filosofia.
Frequentava o templo de Esculápio – onde curas ainda eram realizadas – e desfrutou da
sociedade e instrução de discípulos e instrutores das escolas de filosofia Platônica, Estoica,
Peripatética e Epicurista. Mas, dentre todos esses sistemas de pensamento, foram as lições da
escola Pitagórica que ele absorveu com uma extraordinária e profunda compreensão, mesmo que
seu professor, Euxeno, não fosse um praticante da disciplina. Mas ouvir falar não era suficiente para
Apolônio e, aos dezesseis anos, ele iniciou-se na vida Pitagórica. Quando Euxeno perguntou-lhe
como ele iniciaria seu novo modo de vida, ele respondeu: “Como o doutor purga seus pacientes”.
Daí em diante, recusava-se a tocar qualquer coisa que houvesse tido vida animal, considerando que
isso densifica a mente e a torna impura. Ele considerava que a única forma de alimentação pura era
a produzida pela terra: frutas e vegetais. Também se abstinha do vinho pois, mesmo sendo feito de
frutas, “tornava o éter túrbido na alma” e “destruía a compostura da mente”. Andava descalço,
deixou seu cabelo crescer livremente e vestia-se somente com tecidos de linho. Agora vivia no
templo, para a admiração dos sacerdotes e rapidamente se tornou tão famoso por seu ascetismo e
vida pia que uma frase dos cilícios sobre ele (“Para onde estão correndo? Apressam-se para ver o
jovem?”) se tornou um provérbio.
Quando tinha vinte anos, seu pai morreu (sua mãe havia morrido alguns anos antes),
deixando considerável fortuna a ser dividida entre Apolônio e seu irmão mais velho, um jovem
dissoluto de 23 anos. Como ainda era menor, Apolônio continuou a morar em Egue, mas chegando
à maioridade voltou a Tiana para tentar salvar seu irmão de sua vida de vícios. Seu irmão
aparentemente já tinha dissipado sua parte da herança e Apolônio imediatamente deu-lhe metade
de sua própria parte e, com conselhos amorosos, devolveu-o ao mundo. Depois distribuiu o
restante de seu patrimônio entre alguns parentes, mantendo para si apenas uma mínima parte.
Nessa época fez um voto de silêncio por cinco anos, que foram passados na Panfília e na
Cilícia. Mas, ainda que passasse muito tempo em estudo, não se isolou do mundo, mantendo-se em
movimento e viajava de cidade em cidade. Nem mesmo a disciplina do silêncio o impedia de fazer o
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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
bem. Já nessa tenra idade ele havia começado a corrigir abusos e com os olhos, as mãos e
movimentos da cabeça, fazia-se entender.
Por Filóstrato, seu biógrafo, sabemos que Apolônio passou algum tempo entre os árabes e
foi instruído por eles. Os locais que visitava ficavam fora das rotas, longe das populosas e agitadas
cidades. Dizia que o tema de sua conversação requeria “homens, e não povo”. Ele passou o tempo
viajando de um a outro desses templos, santuários e comunidades, o que nos leva a crer que havia
entre eles algo em comum, da natureza de uma iniciação, que lhe franqueava as portas de sua
hospitalidade. Mas onde quer que estivesse, sempre observava uma divisão regular do dia. Ao
nascer do sol praticava certos exercícios religiosos sozinho, cuja natureza ele só transmitia a quem
passasse pela disciplina dos “cinco anos” de silêncio. Procurava devolver aos cultos públicos a
pureza de suas antigas tradições e sugeria melhoramentos nas práticas das irmandades privadas. A
parte mais importante de seu trabalho era com aqueles que estavam seguindo a vida interior e que
já olhavam Apolônio como um instrutor do caminho oculto. A esses discípulos devotava muita
atenção, estando sempre pronto para responder suas perguntas e dar conselhos e instrução. Não
negligenciava o povo, pois era seu costume invariável ensiná-lo, pois os que viviam a vida interior –
ele dizia – deveriam, no início do dia, entrar na presença dos Deuses. Isto é, passar algum tempo em
meditação silenciosa. Depois, passar o tempo até o meio dia dando e recebendo instrução nas
coisas santas e só depois devotar-se aos afazeres humanos. Ou seja, a manhã era devotada por
Apolônio à ciência divina e a tarde à instrução em ética e na vida prática. Depois do trabalho do dia
ele se banhava em água fria, como faziam tantos místicos da época.
Segundo Filóstrato, Apolônio resolveu visitar os “Brachmanes” e “Sarmanes” (os Brâmanes e
os Budistas), mas o que o levou a empreender essa longa e perigosa viagem não é esclarecido pelo
biógrafo, que diz simplesmente que Apolônio imaginou que viajar era algo bom para um jovem.
Mas é evidente que grande mestre jamais viajou meramente por amor da viagem, pois tudo o que
ele realizou foi com um propósito específico.

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Valentim

Valentim foi um filósofo religioso que fundou o colégio de iniciados dos valentinianos.
Nascido no Egito no século II d. C. e educado em Alexandria, estabeleceu-se em Roma durante o
pontificado do Papa Higino. Ensinou durante mais de 20 anos nesta cidade e conseguiu uma grande
reputação por sua eloquência e poderosa inteligência que atraíram muitos seguidores. Segundo o
teólogo Tertuliano, Valentim rompeu com a Igreja Cristã e deixou Roma após rechaçar o cargo de
Bispo. Seguiu desenvolvendo suas doutrinas, provavelmente em Chipre. Seus seguidores ampliaram
seus ensinamentos e instalaram duas escolas, uma em Alexandria e outra na Itália.
As primeiras fontes da doutrina de Valentim são citações
fragmentadas recolhidas nas obras de seus oponentes cristãos
ortodoxos e um texto em copta – o Evangelho da Verdade ou
Evangelho de Valentim – descoberto em Nag Hammadi (Egito). Seu
sistema reflete a influência do platonismo, do dualismo oriental
(zoroastrismo) e do cristianismo. Deu como certa a existência de um
reino espiritual (pleroma) que consiste em uma sucessão de aeons (do
grego: emanações) que involuíam a partir de um ser original divino. O
aeon Sophia (do grego: sabedoria) produz um Demiurgo (identificado
com o Deus do Antigo Testamento), criador do Universo Material, mal
em essência, pois nele as almas humanas que formavam parte do reino
espiritual se encontram encarceradas. O aeon Cristo se uniu com Jesus
para aportar o conhecimento redentor do reino divino (gnosis) à
humanidade.

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Maomé

O profeta Maomé foi o mestre responsável pelos


ensinamentos da religião chamada islamismo. Segundo os
muçulmanos ele recebeu mensagens de Alá (Deus). Essas
mensagens foram posteriormente reunidas no Alcorão, o livro
sagrado do islamismo.
Maomé nasceu na cidade árabe de Meca (na atual
Arábia Saudita) aproximadamente no ano 570. Perdeu o pai
antes de nascer e a mãe quando estava com seis anos. Foi
criado pelo avô e depois pelo tio.
Por volta dos 25 anos, casou-se com uma viúva rica e
quinze anos mais velha, chamada Cadidja. O casamento
ajudou-o a adquirir fortuna e posição social e lhe deu seis
filhos. Embora muitos homens da época tivessem mais de uma mulher, Cadidja foi a única mulher
de Maomé até a morte dela.
Segundo a tradição, por volta de 610, Maomé teve uma visão (que acreditou ter sido do anjo
Gabriel) e ouviu uma voz lhe dizer: “És o mensageiro de Deus”. Em várias ocasiões durante o resto
da vida ele recebeu mensagens verbais que acreditava virem diretamente de Deus.
Maomé iniciou suas pregações em Meca por volta do ano 613. Dizia às pessoas que,
diferentemente da prática árabe de cultuar muitos deuses, elas deviam cultuar uma única
divindade. Além disso, dizia que as pessoas deviam ser generosas, pois assim manifestavam sua
gratidão a Deus. Essa nova religião pregada por ele passou a ser chamada islã, que significa
“submissão a Deus”.
Em Meca, muitas pessoas eram contra a nova religião. As que acreditavam em muitos
deuses temiam a destruição dos seus locais sagrados. Os comerciantes repudiavam Maomé porque
ele criticava a ganância. Este mestre preocupava-se com a possibilidade de que seus inimigos o
prejudicassem e também aos seus seguidores, e assim incentivou-os a migrarem para uma cidade
vizinha, Medina. O próprio Maomé foi para Medina no dia 24 de setembro de 622, considerada a
data de início da história do islamismo. A viagem de Maomé a Medina é conhecida como hégira
(que significa “fuga” ou “saída”).
A maioria dos árabes da época fazia parte de grandes grupos chamados tribos. Maomé
estava determinado a unir as tribos árabes sob o islamismo. Ele achava que, unindo-as, seria
possível usar a força militar conjunta dessas tribos para disseminar sua religião para outras áreas. A
fim de atingir esse objetivo, Maomé precisava ganhar o apoio de Meca. A partir de 622, ele e seus
seguidores lutaram em vários combates contra forças de Meca. Na época em que Maomé e suas
forças entraram em Meca, em 630, muitos cidadãos notáveis já haviam se mudado para Medina a
fim de se tornar muçulmanos. Meca se entregou sem grande resistência.
Maomé morreu no dia 8 de junho de 632, em Medina, deixando a maior parte da Arábia unida e
pronta para disseminar sua crença. Mas depois da sua morte seus seguidores não entraram em
acordo quanto a quem devia liderá-los. Isso levou ao desmembramento do islamismo em diferentes
ramos.

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Tertuliano

Tertuliano (160 a 220) foi o primeiro escritor eclesiástico cristão de destacada importância.
Sua obra, escrita em latim, destaca-se por seu vigor, assim como sua habilidade de raciocínio.
Nasceu em Cartago, filho de um centurião romano. Estudou
direito e exerceu essa profissão em Roma onde, entre 190 e 195, se
converteu à fé cristã. Visitou a Grécia e a Ásia menor e retornou a
Cartago para casar-se e tornar-se presbítero da Igreja. Escreveu
numerosos tratados teológicos, dos quais 31 foram conservados. Sua
obra mais famosa (Apologética) é uma defesa apaixonada dos cristãos
conta as acusações pagãs de imoralidade, ineficácia econômica e
subversão política.
Em torno do ano 200 d. C. Tertuliano rompeu com a Igreja
Católica, passando a criticá-la veemente em reiterados protestos. Alguns historiadores afirmam que,
antes de sua morte, fundou uma seita própria.
Entre 197 e 220 d. C. dedicou-se a carreira literária de defesa e explicação do cristianismo.
Foi o primeiro escritor eclesiástico mais importante da língua latina. Seu estilo era de agradável
leitura, porque a sua escrita era vívida, satírica e fácil. Seu método era muito parecido com o de um
advogado expondo em um tribunal. O intenso fervor espiritual que demonstrava tornava-o sempre
admirável o que escrevia. Foi intitulado o “pai da teologia latina”.
Tertuliano não era um teólogo especulativo. Seu pensamento se baseava no dos apologistas
como Irineu e também no de guardiães da tradição da Ásia Menor, tanto as ideias estoicas como os
conceitos jurídicos. Todos os assuntos sobre os quais escrevia eram formulados com clareza e
definição peculiar à mente jurídica. Por esse motivo, foi considerado mais do que qualquer outro
escritor anterior, emprestando precisão a muitos conceitos teológicos até então pouco
compreendidos.
Para Tertuliano, o cristianismo era uma grande loucura divina, porque era mais sábio do que
a sabedoria filosófica humana, difícil de ser equacionado por qualquer sistema filosófico. Para ele, o
cristianismo consistia no conhecimento de Deus. Afirmava que o cristianismo era uma nova lei
pregada por Jesus Cristo com a nova promessa de reino do céu. Dessa maneira, o seguidor de Jesus
era admitido na igreja pelo batismo, mediante o qual todos os seus pecados anteriores foram
apagados.
Conseguiu demonstrar para a igreja o profundo sentido de pecado e da graça. Afirmava que,
embora a salvação se fundamente na graça, o homem tem muito a fazer. Embora Deus perdoe no
batismo os pecados passados, é necessário oferecer satisfação pelos cometidos posteriormente,
isso mediante os sacrifícios voluntários. Quanto mais o homem punir-se a si mesmo, tanto menor
será a punição que Deus lhe há de aplicar.

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Basílides

Basílides, professor de Alexandria, foi um guia que fundou uma


organização filosófica denominada “os basilianos” ao redor dos anos 150 de
nossa era e pertencia ao gnosticismo. Este grande mestre, de imensa
sabedoria e grandes conhecimentos sobre o ocultismo e a magia
transcendental, possuía um gênio e uma inteligência que sobrepassavam os
doutores (estudiosos) da época. Baseava seus ensinamentos sobre tradições
secretas derivadas do dualismo e elementos do platonismo, fusionados com
aspectos espirituais e conceptos pessoais da doutrina gnóstica, produtos da
iluminação anímica que proporcionava seu Ser.
Os escritos de Basílides incluem sua própria versão sobre os mistérios
contidos nos evangelhos e um extenso comentário sobre este tema contido em 24 livros chamados
Exegetas.
Seus discípulos foram numerosos e lograram sobreviver a perseguições dos Imperadores e
da Igreja Católica até o século IV, entregando seus ensinamentos de forma oculta.

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Apuleio

Lúcio Apuleio, filósofo e escritor latino, viveu entre os anos de 125


e 170 na atual Argélia. Estudou numa formosa academia de literatura
desse país por ser filho de um pai rico.
Iniciou-se nos “Mistério de Elêusis” por suas inquietudes pessoais
e pelo impulso proporcionado por sua Mônada Interna. Estes mistérios
são sustentados plenamente sobre os princípios ocultos pertencentes ao
gnosticismo. Graças ao conhecimento adquirido, este grande mestre do
segundo século pôde aportar aos iniciados de sua época a orientação
necessária e requerida, formando seu próprio “Colégio de Iniciados”, no
qual conduzia a seus discípulos pelo interminável caminho da luz.
Sua popularidade era tão grande que em Cartago, Capital da antiga Túnez
– terra próxima a alturas da sabedoria mediterrânea desses tempos e
outras cidades próximas –, foram erguidas estátuas em sua homenagem.
Sua célebre novela “Metamorfosis” foi muito difundida na idade média. Apuleio possuía um
excepcional domínio na observação aguda e exata dos detalhes e seus relatos ofereciam um retrato
extremamente realista de seu tempo.

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Divisões da Igreja Gnóstica Primitiva

As contínuas divisões foram debilitando a Igreja Gnóstica Cristã Primitiva de forma


alarmante. O pior fracionamento se produziu no segundo século após a morte de Cristo entre os
que aceitavam a doutrina básica deixada pelo Mestre Jesus – aliadas aos ensinamentos dos mestres
que iam surgindo – e um segundo grupo de radicais ou ortodoxos, que não compartilhavam que as
ideias deixadas por Jesus fossem adulteradas com conceitos pessoais pertencentes à
particularidade de cada mestre.
O grupo conservador foi tomando força com o tempo e aproximando-se dos indivíduos mais
proeminentes da sociedade, ganhando méritos através de suas amizades, logrando combater pouco
a pouco seus rivais na difusão dos ensinamentos deixados por Jesus. As perseguições aos gnósticos
foram aumentando ao ponto de seus membros terem que reunir-se de forma cada vez mais secreta,
separando-se da Igreja primitiva. A Igreja, na mão dos ortodoxos, podia sair à luz pública apoiada
por autoridades da época, as quais recebiam contínuos favores e benefícios de seus membros
obtendo em troca proteção e segurança.
Desta maneira a antiga Igreja Gnóstica, já apartada
em boa parte de seus princípios ocultos e esotéricos
originais e transformada em uma fé cheia de dogmas e
interpretações literais dos evangelhos, foi tomando muita
força, estendendo-se rapidamente pelo decadente
império romano que ia ao encontro de seu esperado final.
Com o tempo a cúpula da organização se transladou para
a capital do império, Roma, Onde se conformou a Igreja
Católica Apostólica Romana.
Os gnósticos foram obrigados a desaparecer do cenário público para evitar as perseguições
das autoridades romanas e fugir da oposição da Igreja Católica da época, cujos soldados eram
capazes de intimidar, torturar, castigar e até matá-los por serem “hereges”. A palavra herege
significa “aquele que acreditava, pensava ou predicava que se podia ter uma relação com Deus sem
a autoridade da Igreja Católica”.
No ano de 325, o Imperador Constantino ordenou que se realizasse um concílio na cidade de
Nicéia, onde se decretou uma religião – “a Cristã” –, já que em experiências oníricas havia visto um
sinal dos cristãos no céu com estas palavras “IN HOC SIGNO VINCES (com este signo vencerás)”
vencendo a batalha de Ponte Silvo.
Os gnósticos que sobreviveram tiveram
que se esconder, recolhendo seus livros sagrados
no interior de cavernas de difícil acesso para
evitar que fossem queimados. Muitos desses
livros, hoje com o nome de “Evangelhos
Gnósticos”, foram colocados em vasilhas e
enterrados em Qum-ram (Palestina), Nag
Hammadi (Alto Egito), Al Minya (Egito) etc. Neste
último lugar foi encontrado, em 1970, o
Evangelho de Judas, texto gnóstico que altera
toda a versão da história verdadeira do discípulo
mais exaltado de Jesus – o Mestre Judas – e qu,e
através dos meios de comunicação, saiu à luz
pública no ano de 2006 através da National Geographic. Outro dos livros sagrados encontrados no
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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Egito foi a Pistis Sophia – a qual denominou-se a Bíblia Gnóstica –, composta por textos misteriosos
escritos em linguagem copta pelos apóstolos Felipe, Tomás e Mateus.
Devido a todas estas perseguições, os gnósticos ficaram reduzidos a um pequeno grupo,
quase sempre de adultos formando pequenas sociedades secretas, convertendo-se no que sempre
foi: “Uma escola iniciática de ocultismo para formar Homens Reais”. Com o tempo esses grupos
foram aparecendo com outros nomes.

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Mani

Os maniqueus formaram um desses grupos esotéricos, cujo


fundador foi um mestre persa chamado Mani (ou Manés), nascido
no ano de 215 ao sul da Babilônia.
Sua religião – o Maniqueísmo – representou um grande
obstáculo para a jovem Igreja Católica Apostólica Romana que
começava a dar seus primeiros passos com o auxílio de pessoas
fluentes na época, tratando de impor-se em um mundo repleto de
competições religiosas.
O Mestre Mani nasceu no seio de uma família Persa ao sul
da Babilônia, atual Iraque. Contam as tradições que, na idade de
24 anos, teve algumas visões nas quais um “Espírito Divino” o
nomeava profeta de uma nova revelação, começando a difusão de
seus ensinamentos a partir desse mesmo momento. Graças a
proteção e ajuda que proporcionou o Imperador Persa Shapur I, pôde estender sua mensagem por
todo o Império enviando missionários a todo o mundo.
O mestre Mani se proclamou o último dos profetas, dentro dos que se consideravam a
Zoroastro, Buda e Jesus. Os maniqueus estavam divididos em dois grupos, de acordo com seu grau
de perfeição espiritual. O primeiro era composto pelos “Elegidos”, que eram celibatários e
vegetarianos, não trabalhavam e também não frequentavam festas, diversões ou comodidades.
Eram completamente abstêmios, dedicando-se unicamente a oração, contemplação e meditação.
Com esse modelo de vida se propunham a garantir sua ascensão ao campo da luz, redenção e a
salvação eterna depois da morte.
O segundo grupo, denominado de “Ouvintes”, era o mais numeroso. Faziam parte dele
aqueles indivíduos que possuíam um nível inferior no aspecto puramente espiritual. Eles estavam
autorizados a contrair matrimônio e praticar com suas esposas as chaves secretas do Tantrismo
Branco. Além disso, seguiam uma disciplina restrita com jejuns semanais e outras penitencias
voluntárias, servindo aos “Elegidos” como complemento de seus labores e sacrifícios voluntários,
com a esperança de voltar a nascer convertidos num deles.
Durante o período que seguiu a morte do profeta Mani sua doutrina se estendeu até a
China, ganhando discípulos e seguidores também em todo o Império Romano, especialmente no
Norte da África. Apesar de o Maniqueísmo como religião ter desaparecido do mundo ocidental no
princípio da Idade Média, sua influência permaneceu em pequenos grupos medievais como os
Albigenses, Bogomilos e Paulicianos, com a mesma ideia sobre a origem do universo, do bem e do
mal, e sobre a maneira correta de professar a religião do amor.
O mestre Mani considerava que a má interpretação dos ensinamentos de outros profetas
acontecera, pois eles não haviam deixado nada escrito sobre a mesma. Todas se propagavam de
lábios a ouvidos, de geração para geração, e com as normais tergiversações que podem apresentar-
se nesses casos cada um vai alterando lentamente o sentido de determinado ensinamento de
acordo com sua interpretação.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Mozart

Torna-se um pouco mais que impossível nessa época de grande


superficialidade compreender a fundo a Obra de um Ser que teve
acesso às realidades superiores e a dita de poder cristalizá-las. Para nós,
serve de alento, de estímulo, de ânimo analisar o que fizeram os
grandes Homens da humanidade.
Mozart é conhecido por ter sido um gênio por suas composições
e execução instrumental espantosas, desde a mais tenra idade. Porém o
que não se tem clareza é que o desenvolvimento dele estava dentro de
uma lógica superior, ele estava trilhando o Caminho da Iniciação. Foi
chamado em sua época de Amadeus, ou seja, “amado por Deus”.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Wagner

Richard Wagner (1813-1883) foi um ilustre musicista, maestro,


teatrólogo, ensaísta e compositor das mais fantásticas óperas que já
houve: O Ouro do Reno, As Valquírias, Siegfried, Crepúsculo dos
Deuses (estes quatro formando a saga “O Anel dos Nibelungos”),
Tristão e Isolda, O Holandês Voador, Tannhäuser e, sua obra
prima, Parsifal.
Na tetralogia “O Anel dos Nibelungos” já podemos perceber
grandiosíssimos ensinamentos gnósticos em meio à revitalização da
mitologia nórdica como, por exemplo, o descenso de Odin (ou Wotan)
ao reino subterrâneo dos Nibelungos, guiado por Loki (na ópera,
“Loge”), para encontrar o terrível Alberich. Além dissoe, ocorre a luta
de Siegfried para chegar ao topo da montanha em chamas para
encontrar a valquíria Brunnhilde, que estava condenada a um eterno sono profundo. São
simbolismos fantásticos muito bem entendidos à luz da Gnosis contemporânea.
O V. M. Samael ensina que Richard Wagner foi um homem iluminado, um esoterista perfeito,
que cristalizou em suas obras ensinamentos crísticos divinos. “Parsifal” foi seu presente à
humanidade para que nele as pessoas bem preparadas pudessem visualizar o caminho da Grande
Obra através dos formidáveis símbolos presentes.
Falando sobre a obra em si, Parsifal é o jovem que comete o pecado de matar o cisne
sagrado do lago diante do rei Amfortas e dos Cavaleiros do Graal. A partir daí, Parsifal conhece os
sagrados rituais, luta contra as tentações e contra o tenebroso Klingsor, e retorna às antigas
paragens do Graal como um glorificado, com seus brancos trajes.
Neste ponto, vale conhecer um trecho da obra “Parsifal Desvelado” de Samael Aun Weor:
Analisando muito seriamente a brilhante temática deste régio Drama Wagneriano glorioso
qual nenhum outro, podemos descobrir – não sem certo assombro místico — os três graus
esotéricos clássicos: APRENDIZES, COMPANHEIROS E MESTRES.
Aquele adolescente da primeira parte do Drama nada sabe sobre a mansão das delícias e o
lugar do amor com suas mulheres flores, perigosamente belas, nem sobre essa KUNDRY, HERODIAS,
GUNDRIGIA, exoticamente pecadora. Portanto, é o aprendiz da Maçonaria Oculta…
O PARSIFAL da segunda parte é o homem que desce valoroso ao Nono Círculo Dantesco. O
aspirante que trabalha na FRÁGUA ACESA D VULCANO, o COMPANHEIRO. O Herói da terceira parte
é o MESTRE que regressa ao templo depois de haver sofrido muito.
O jovem da primeira parte do Drama nem sequer despertou a CONSCIÊNCIA. É tão só um
desses tantos peregrinos que viajam com muito segredo pelas escuras selvas da vida em busca de
um viajante compassivo que tenha entre seus tesouros um bálsamo precioso para sanar seu
dolorido coração…
A dita é muito grande quando encontra em seu caminho doloroso o velho ermitão
GURNEMANZ, quem o serve, então, de guia ou Guru…
O PARSIFAL da segunda parte é o asceta que baixa conscientemente aos MUNDOS
INFERNOS, o homem que trabalha na FORJA DOS CÍCLOPES, o místico que vence as sete
sacerdotisas da tentação…
O devoto da terceira parte é o ADEPTO vestido com o traje de bodas da alma – síntese
maravilhosa dos corpos solares – no qual estão contidas a emoção superior, a mente autêntica e a
vontade consciente.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Os Quatro Pilares do Conhecimento Universal

O conhecimento é passado à humanidade de diferentes formas. A Gnosis, como


conhecimento perene e universal, está baseada em quatro pilares: Ciência, Filosofia, Arte e Religião.
A Ciência: ciência natural que Deus dotou a seus filhos para viver em harmonia consigo
mesmo e com a natureza. Esta Ciência ultrapassa o tridimensional, estuda o homem, a natureza e
todos os fenômenos em todas as dimensões. É a ciência que leva o homem a ser consciente de si
mesmo.
A Filosofia: Quem sou? O que estou fazendo aqui? Com a filosofia, aprendemos a
transformar-nos para viver e conviver em harmonia com todo mundo. Através da filosofia se
percebe a necessidade de nos conectarmos novamente com a divindade interior.
A Religião: ensina-nos o cumprimento do código de ética mais perfeito que existe – os Dez
Mandamentos da Lei de Deus – e nos exorta como virtude principal o amor à natureza e à nossa
irmã, a humanidade
A Arte: ensina-nos a sermos Arquitetos de nosso mundo interior, fazendo uma estrutura
Solar, nos dá a capacidade de realizar a Grande Obra. A arte é uma forma de, através dos símbolos
expressos na música, na poesia, nas esculturas, entregar a mensagem crística para a humanidade.
Para tanto, grandes iniciados como Dante Alighieri, Leonardo da Vinci, Michelangelo entre outros
tomaram corpo físico em distintas épocas.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Leonardo da Vinci

Nascido em 15 de abril de 1452, o renascentista italiano Leonardo


da Vinci foi considerado por muitos como o maior gênio da história.
Leonardo possuía, sem dúvida, uma inteligência formidável que o colocava
muito a frente do seu tempo. Sigmund Freud, referindo-se a ele disse “Ele
foi um homem que acordou cedo demais na escuridão, enquanto os outros
continuavam a dormir”.
Este ilustre gênio da humanidade possuía uma multiplicidade de
talentos e capacidades incompreensíveis para a mente humana. Ele se
desenvolveu como cientista, matemático, engenheiro, inventor,
anatomista, escultor, músico, pintor, arquiteto, poeta, botânico, filósofo
etc. Suas criações, em todas estas áreas, estão dotadas de uma sabedoria
quase insondável, de uma inspiração infinita e de um véu de mistérios
inquietantes.
Algumas obras artísticas deste grande mestre, que sobreviveram ao tempo, estão hoje
dentre as mais importantes do mundo. Dentre estas sobre-humanas criações destaca-se “A
Monalisa”, o quadro mais famoso não somente no âmbito artístico, mas também o mais famoso e
valioso de todo o mundo. A Monalisa esconde por detrás do seu discreto sorriso e olhar penetrante
um conhecimento, uma profundidade, um tipo de mistério que muitos estudiosos quiseram
adentrar e compreender em sua totalidade mas que apenas estando em um estado contemplativo e
pleno de inspiração, podemos chegar a apreender em nossa natureza íntima algo do real significado
desta obra, que mais parece não estar ao alcance do pincel de um ser humano e sim dos dotes que
Deus concede a seus anjos.
A Monalisa, assim como outras obras deste grande mestre da humanidade, revelam
claramente que Da Vinci possuía, além de um conhecimento muito vasto dentro das ciências
humanas, também uma sabedoria grandiosa acerca dos mistérios divinos encerrados na infinita
criação de Deus. Nesta magistral e quase sobrenatural obra, intitulada “A Monalisa” verificamos a
expressão de um dos, senão o maior dos mistérios da criação: o Eterno Feminino.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Dante Alighieri

A Divina Comédia foi escrita pelo florentino Dante Alighieri (nascido em 30 de maio de
1265) no final do período medieval e morreu provavelmente em 1307 (ano do início da obra), o
mesmo ano em que os Templários foram encarcerados devido às intrigas do rei francês Felipe, o
Belo.
A obra inspirou a numerosos artistas. Foram
publicadas numerosas edições ilustradas pelos pintores
renascentistas como Sandro Botticelli e Michelangelo, o
inglês John Flazman e – o mais célebre – pelo ilustrador
francês Gustave Doré. Na área musical, o compositor italiano
Gioacchino Antonio Rossini e o alemão Robert Schumanm
compuseram músicas para alguns fragmentos do poema.
Ela constitui um guia para a sociedade da época. A
intenção que animou o autor a escrever a Divina Comédia foi
“tirar aqueles que vivem nesta vida em estado de miséria e
levá-los ao estado de felicidade”.
O enorme interesse da obra provoca muitas
interpretações da figura do autor. Tanto o qualificam de
católico ortodoxo quanto de herege e membro de sociedades secretas, quase que
simultaneamente. Vale ressaltar que Dante foi batizado como “Durante”, em homenagem a seu avô,
e só com o tempo foi chamado “Dante”, nome que tem similaridade com a palavra
sânscrita Danta (“Disciplinado”), qualitativo de pessoa que dominou seus sentidos ou paixões.
A “Commedia” não está composta por uma série de informações históricas e teológicas a
serviço da construção de poema fantasioso. Esta obra, como outras de caráter iniciático, é capaz de
calar os argumentos intelectuais materialistas mais engenhosos. Efetivamente, este poema conjuga
poesia, ciência, filosofia, história e teologia.
Interessante apontar um dado que chama a atenção: os conceitos filosóficos e teológicos
vão aumentado a medida que se ascende pela três regiões, decrescendo, paralelamente, as
referências mitológicas e históricas. Apesar disto, uns e outros se encontram profundamente
interrelacionados.
A “Commedia” constitui a obra mestra de Dante Alighieri. O qualificativo de Divina foi
acrescentado por comentaristas posteriores. Se formos rigorosos, deveríamos atender ao título
outorgado por seu autor: “Incipit Comedia Dantis Alagherii florentini nationa, non
moribus” (começa a Comédia de Dante Alighieri, florentino de nascimento, não de costumes).
Ela é uma obra estritamente esotérica, de um conteúdo altamente iniciático: Dante realiza a
viagem aos 35 anos, na Sexta-Feira Santa de 1300, para percorrer os nove círculos. A viagem
começa na véspera da Sexta Santa e termina no dia de Páscoa, semelhante ao descenso e
ressurreição do Cristo.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Mestre Huiracocha

Uma das escolas em nosso tempo foi denominada “Rosacruz”, cujas tradições se originam no
antigo Egito. Provavelmente o representante mais exaltado dessa escola foi o Mestre Huiracocha,
cujo nome físico era Arnold Krumm Heller. Este mestre escreveu muitos livros de esoterismo
crístico, entre eles “A Igreja Gnóstica” (clique aqui para download). Foi um grande ocultista que se
lançou a busca da verdade contribuindo de maneira efetiva na preparação do caminho que precedia
a vinda do Avatara da Nova Era de Aquário.
Henrich Arnold Krumm-Heller foi um médico, ocultista e
rosa-cruz de origem alemã, mas que viveu muitos anos no México.
Fundou a Fraternitas Rosicruciana Antiqua (FRA), uma tradicional
Ordem hermética que atua nos países de fala hispânica e no Brasil.
Nasceu em 15 de abril de 1876 e morreu em Marburg, Alemanha,
em 1949. Veio para a América do Sul ainda jovem e foi médico do
exército mexicano durante muitos anos. Logo iniciou seus estudos
acerca do ocultismo e tornou-se maçom e rosa-cruz. Filiou-se a
Ordo Templi Orientis (O.T.O.). Foi contemporâneo também de
Theodor Reuss (fundador da O.T.O.) e Spencer Lewis (criador da
AMORC). Quando esteve no Peru, assumiu o nome de Mestre
Huiracocha, designação pela qual passou a ser conhecido nos meios
esotéricos.
Outras escolas paralelas a Rozacruz foram os Teósofos (Teo =
Deus, Sofia = Sabedoria). Era uma filosofia hermética desenvolvida
por Franz Hartman e outros célebres ocultistas e dirigida,
posteriormente, por Helena Blavatsky e seus seguidores na Sociedade Teosófica, fundada em Nova
Iorque em 1875. Em seus ensinamentos, essa mestra explicava que o ser humano possui uma
natureza inferior e outra superior. A superior (mente pensante, alma e espírito) se encontram
contaminadas pela natureza inferior e deve ser purificada antes de regressar por completo ao
divino. Essa escola aportou uma imensa ajuda às pessoas com sérios impulsos espirituais em seu
interior.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Sai Baba

Bhagavan Sri Sathya Sai Baba (1926-2011) foi um guru indiano, líder espiritual, místico,
filantropo e educador. Nasceu em Puttaparthi, pequena aldeia do sul
da Índia, no dia 23 de novembro de 1926. Desde pequeno,
demonstrou extraordinárias qualidades e aptidões que claramente o
distinguia das demais crianças. Sua compaixão, benevolência,
sabedoria e generosidade por todos os seres produziram naqueles
que o seguiram, desde sua juventude, profundas mudanças de
caráter e conduta.
Aos 14 anos, em 26 de outubro de 1940, comunicou a seus
familiares e seguidores que desde esse momento seria conhecido
como Sai Baba e que sua missão era promover a regeneração
espiritual da humanidade, demonstrando e ensinando os mais
elevados princípios, como a Verdade, a Retidão, a Paz e o Amor
Divino.
Em 23 de novembro de 1950, inaugurou-se o “Ashran” que seus seguidores construíram
perto de seu povoado natal. É conhecido como Prashanti Nilayam (A Morada da Paz Suprema) e
com o passar dos anos se converteu em lugar de reuniões de milhões de pessoas procedentes de
todo o mundo que buscam a elevação espiritual. Sathya Sai Baba habitualmente se mistura com
seus devotos, orientando-os, consolando-os e incentivando-os em suas vidas, problemas e
aspirações. Seus poderes sem limites transcendem a experiência mundana e científica, por isso
Sathya Sai Baba está além da compreensão humana.
Conforme a tradição antiga da Índia existe uma palavra para descrevê-lo: “Avatar”, que
significa “uma encarnação direta da Graça Divina”. A Missão de Sai Baba não inclui a criação de uma
nova religião, seita ou culto, pretende estimular e motivar o indivíduo na busca da Autorrealização.
Bhagavan Sir Sathiya Sai Baba faleceu em Puttaparthi, Índia, no dia 24 de abril de 2011.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Dalai Lama

Dalai Lama é um líder espiritual tibetano. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1989, em
reconhecimento à sua campanha pacifista para acabar com a dominação chinesa no Tibet.
Nasceu na aldeia de Takster, no leste do Tibet, em 6 de julho de 1935. Filho de uma família
de agricultores, nasceu com o nome de Lhamo Dhondrub. Aos 2 anos de idade, foi reconhecido
pelos monges tibetanos como a reencarnação do 13º Dalai Lama – Thubten Gyatso –, a autoridade
máxima do budismo tibetano. Os Dalai Lama, por sua vez, são
considerados reencarnações do príncipe Cherezig – Avalokitesvara –, o
portador do lótus branco que representa a compaixão. Portanto, Dalai
Lama Tenzin Gyatso é considerado a 14ª reencarnação do príncipe
Cherezig.
Aos 4 anos de idade foi separado de sua família e levado para o
Palácio de Potala, situado na montanha Hongsham, na capital Lhasa. Foi
empossado como o líder espiritual do Tibet e passou, então, a se
chamar Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso.
Começou sua rigorosa preparação aos seis anos de idade, que
inclui entre, outros estudos, aulas de filosofia budista, arte e cultura
tibetana, gramática, inglês, astrologia, geografia, história, ciências, medicina, matemática, poesia,
música e teatro.
Em 1950, após a invasão do Tibet pela China, o partido comunista chinês passou a controlar
a província de Kham. Dalai Lama, com apenas 15 anos, assumiu o poder político do país e em 1951,
junto de integrantes de seu governo, assinaram o "Acordo de Dezessete Pontos", a partir do qual a
China pretendia adotar medidas para a libertação do Tibet. Em 1954, o Dalai Lama foi a Pequim
realizar acordos com Mao Tsé-Tung – presidente do Governo Popular da China –, mas a tentativa de
buscar soluções pacíficas para a libertação do Tibet foram frustadas.
Após o fracasso de uma rebelião nacionalista contra o governo chinês, em 1969 o Dalai
Lama, junto com um grupo de líderes tibetanos e seguidores e por um convite do governo idiano,
exilou-se na Índia e ali instalou um novo governo do Tibet. Dali, o Dalai Lama lutou para preservar a
cultura tibetana. Fundou assentamentos agrícolas para receber o grande número de refugiados e
até hoje oferece escolas nas quais ensina a língua, história e religião tibetana.
Vária propostas de paz já foram levadas ao governo chinês, dentre elas, transformar o Tibet
em santuário, onde todos poderiam viver em harmonia. Em 1967, o Dalai Lama iniciou uma série de
viagens por diversos países, levando sua crença e a esperança de encontrar a paz entre os povos.
Esteve com o Papa Paulo VI em 1973 e com João Paulo II em diversos momentos. Foi aos Estados
Unidos, Inglaterra, França, Suíça, Áustria, Brasil, entre outros, onde realizou palestras para um
grande número de admiradores.
Em 1989 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Recebeu também o título de Doutor Honoris
Causa, conferido pela Universidade de Seattle, em Washington, em reconhecimento por seu
trabalho difundindo a filosofia budista e por seus esforços em busca dos direitos humanos e da paz
mundial.

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Grandes Mestres e Guias da Humanidade
Samael Aun Weor

A evolução da presente humanidade tem sofrido constantes transformações nas atitudes,


pensamentos e costumes de forma vertiginosa, impulsionadas pela Era de Aquário, iniciada entre as
2 e 3 horas da tarde do dia 4 de fevereiro de 1962. Estas condições particulares não permitem que
os integrantes da sociedade moderna se acoplem com os velhos moldes ou métodos de ensino
utilizados no passado para chegarem ao conhecimento direto e à Doutrina de Valores Imortais.
Em 1917, Victor Manuel Gómez Rodríguez nasceu em
Bogotá (Colômbia). Trata-se de um humanista contemporâneo
reconhecido a nível mundial no campo do esoterismo, cujo nome
espiritual ou interno é Samael Aun Weor, Kalki Avatara, Buddha
Maitreya da Nova Era de Aquário.
Buddha significa “iluminado”. É um grau esotérico
referente à 4ª Iniciação de Mistérios Maiores (iluminação do
Corpo Mental).
Maitreya: “último mensageiro de uma raça”. É como é
designado o renovador do budismo, o próximo Buddha, que,
segundo os budistas, tem o papel de reiniciar o atual ciclo iniciado
por Sidarta Gautama, quando os ensinamentos deste tiverem sido
esquecidos neste mundo.
Avatara: “mensageiro”.
Kalki: “o que reafirma o que outros dizem” (conforme o hinduísmo, 10ª encarnação de
Vishnu – o Cristo). Segundo os preceitos do hinduísmo, Kalki virá montado em um cavalo branco e
desembainhando uma espada flamejante no fim da idade da escuridão, ou Era de Ferro (Kali Yuga)
para eliminar o mal e fazer a restauração do Dharma.

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V. M. Lakhsmi Daimon

Nascido como qualquer pessoa entre as multidões, sem estardalhaço nem honras, de forma
simples e despercebida, somente os poucos “Seres Despertos” que
convivem conosco no planeta puderam advertir que havia chegado ao
mundo alguém que transformaria a mentalidade de muitos seres
humanos.
Este Ser celestial de extraordinários valores e faculdades
entregou à humanidade uma Obra exemplar, reconhecida por muitos
para a regeneração humana, fundando as Instituições Gnósticas,
responsáveis pela distribuição de seus ensinamentos para as
consciências desta humanidade.
De aspecto místico, olhar profundo e misterioso, com extraordinária facilidade de expressão,
saiu à luz pública um novo personagem que continuaria o trabalho de evangelização da
humanidade, nesta época, que começou com o V. M. Samael Aun Weor.
Seu nome de batismo, Teófilo Bustos Garcia (nascido na Colômbia), vibrou por um longo
tempo até que, em 1986 foi desvelado seu nome interno: Venerável Mestre Lakhsmi.
Esse novo guia da humanidade trouxe esperança ao coração dos intrépidos buscadores do
“Caminho da Luz” e concretizou os fatos requeridos para que hoje em dia exista uma organização
de caráter não lucrativo, dedicada ao serviço pela humanidade com os ensinamentos da Gnosis de
hoje, ontem e sempre para quem de forma gradual, as pessoas despertem o anelo de
transformarem-se.
O propósito desta sabedoria infinita, depositada em nosso interior como nossa própria
verdade desde a aurora da vida, é lograr que o ser humano conquiste sua própria verdade outrora
perdida pela desobediência às Leis Divinas, naturais e humanas, para que reine neste planeta a paz,
a vida e a harmonia em todos os seres que nele habitam.

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Outros materiais de apoio

Áudios

 CLIQUE AQUI: “El Origen de la Gnosis” (Juan Capasso – Convivência Lumen de Lumine
Agosto 2004)

Livros

 As Sete Palavras – Samael Aun Weor (págs. 11 e 13). São citados os seguintes mestres:
o Sanat Kumará
o Mória
o Kout-Humi
o Jesus
o Apolônio de Tiana
o Djwal Khul
o Hilarion (Paulo de Tarso)
o Paulo de Tarso
o Serapis
o Rakoczi (Conde de Saint-Germain, Roger Bacon e Francis Bacon)

 Tarot e Kabala – Samael Aun Weor (Cap. 1: Arcano 1 – O Mago)


o Mestre Baghavan Aclaiva

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