2 I 3 Ehdoiehoi 23
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Em 1988, juntou-se ao francês Alain Prost na McLaren-Honda, com o qual teve grande
rivalidade. Senna venceu oito etapas daquela temporada e sagrou-se campeão mundial
pela primeira vez. Após a polêmica final de 1989 com Prost que resultou na segunda
colocação do torneio, ele retomou o título em 1990, vencendo novamente na temporada
seguinte, tornando-se o piloto mais jovem a conquistar um tricampeonato na Fórmula
1 até então. Em 1993, Senna foi vice-campeão, vencendo cinco corridas. Transferiu-
se para a Williams em 1994, onde disputou apenas três etapas, a última sendo o
Grande Prêmio de San Marino, onde se acidentou e faleceu. Ao todo, Senna participou
de 161 grandes prêmios na Fórmula 1, alcançando 41 vitórias, 80 pódios, 65 pole
positions e 19 voltas mais rápidas.
Além das corridas de carros, Senna dedicava-se a jet skis, motos, aeromodelos e
principalmente helicópteros. Ele também administrava diversas marcas e
empreendimentos, além de ter patrocinado vários programas de assistência
filantrópica, principalmente os ligados a crianças carentes. Depois de morrer, sua
irmã, Viviane Senna, fundou o Instituto Ayrton Senna, uma organização não
governamental que oferece oportunidades de desenvolvimento humano a crianças e
jovens de baixa renda. Além disso, o personagem Senninha foi criado com a intenção
de atingir o público infantil com os ideais do piloto, como a superação, dedicação
e o gosto pela vitória.
Sua morte, assim como o funeral e velório, provocou uma das maiores comoções da
história do Brasil, bem como repercussão mundial. Em pesquisas feitas com
jornalistas especializados, pilotos e torcedores, foi amplamente considerado o
melhor piloto da história da Fórmula 1 e um dos maiores automobilistas de todos os
tempos.[1][2][3][4][5][6][7] Em 1999, foi eleito pela revista Isto É o esportista
do século XX no Brasil. No auge de sua carreira, era considerado o maior ídolo
brasileiro, posto que mantém mesmo depois de quase três décadas após a sua morte.
Infância e juventude
Primeiros anos
Senna aos três anos de idade.[31] Também em 1983 triunfou no prestigioso Grande
Prêmio de Macau pela Teddy Yip's Theodore Racing Team, diretamente relacionado à
equipe que o conduziu à F3 britânica.[15]
Ainda em 1983 realizou seus primeiros testes com um carro de Fórmula 1. Primeiro
com a Williams, o piloto bateu o recorde da pista de Donington Park até então. Em
poucas voltas, Senna já tinha igualado o tempo de Jonathan Palmer, piloto de testes
da Williams, em 1min01s7. Nas 83 voltas que deu, atingiu o recorde de 1m00s5.
Também realizou testes para a McLaren, onde Senna impressionou o chefe da equipe
Ron Dennis. Mesmo com a concorrência de outros dois pilotos convidados para os
testes, o inglês Martin Brundle e o alemão Stefan Bellof, Senna foi o mais rápido
dos três em Silverstone. A outra equipe pela qual Senna treinou foi a Toleman,
treinos estes realizados em Silverstone, Senna foi mais rápido que o titular da
equipe, o inglês Derek Warwick, tanto com pista seca como com pista molhada. Em sua
melhor passagem, o brasileiro registrou 1min11s05, tempo que daria o quinto lugar
numa corrida.[32] No final de 1983, mesmo antes de sua estreia na F1, Ayrton já
gozava de grande prestígio, como pode ser conferido no especial denominado: Ayrton
Senna Especial - Do Kart à Fórmula 1, que a Rede Globo produziu em outubro do
referido ano, contando sua trajetória no automobilismo até então.[32]
Carreira na Fórmula 1
Ver também: Lista de vitórias de Ayrton Senna em corridas da Fórmula 1
1984: Toleman
Senna marcou seu primeiro ponto no campeonato mundial de pilotos logo no segundo
grande prêmio que disputou, em Kyalami na África do Sul. Ele repetiu o resultado
duas semanas depois, no Grande Prêmio da Bélgica, disputado no circuito de Zolder.
Uma semana depois, o piloto brasileiro não conseguiu tempo para o Grande Prêmio de
San Marino, em Imola. Tal fato aconteceu devido a um desentendimento entre a equipe
Toleman e a fábrica italiana de pneus Pirelli, Ayrton e seu companheiro de equipe,
Johnny Cecotto, não puderam participar dos treinos de sexta-feira.[33] No sábado,
sob chuva intensa, Ayrton Senna foi o piloto mais rápido na pista molhada, mas
longe das marcas obtidas pelos seus adversários no dia anterior na pista seca.
Depois, porém, com a pista seca, com muitos problemas no motor turbo Hart de seu
Toleman, Senna se viu impedido de fazer um bom tempo.[34]
Uma semana antes do GP de Mônaco, ele participou do evento promocional Corrida dos
Campeões de Nurburgring, ao lado de ex-campeões da F-1, como Sir Stirling Moss,
Jack Brabham, John Surtees, Phil Hill, Niki Lauda e o futuro campeão Alain Prost.
Todos correram com o mesmo carro de rua - um Mercedes 190 E 2,3 - 16 - e Senna
chegou em primeiro, logo à frente de Niki Lauda.[35]
Em novembro de 1984, Ayrton sofreu uma paralisia facial, que a princípio se pensou
ser um derrame. Na verdade era uma paralisia facial periférica, resultado de uma
mastoidite, inflamação do nervo mastoide, responsável pelos comandos do cérebro à
musculatura facial. No princípio, Senna tratou a doença com altas doses de
cortisona, porém, com medo de efeitos colaterais, experimentou um tratamento
alternativo com o médico Haruo Nishimura. No entanto, o tratamento não surtiu
efeito, tendo assim que voltar ao tratamento convencional. O problema foi resolvido
quando o preparador físico Nuno Cobra começou a tratar do piloto.[40]
1985-1987: Lotus
Na Lotus, em 1985, ele tinha como parceiro o italiano Elio De Angelis. Senna largou
em quarto na sua primeira corrida pela nova equipe na abertura da temporada no
Brasil, no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, mas abandonou a prova devido
a problemas elétricos. Na segunda corrida do ano, o GP de Portugal, disputado no
Autódromo do Estoril, em 21 de abril de 1985, conseguiu sua primeira vitória na
Fórmula 1, largando na pole position sob pesada chuva. Alain Prost, em segundo,
abandonou depois de bater no muro. Ayrton Senna conseguiu sua segunda vitória,
também sob chuva, no GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps.[20] Graças ao
seu excelente desempenho nos treinos e ao motor Renault, Senna passaria a ser o
"rei das pole positions". Encerraria o ano com uma corrida marcante no GP da
Austrália, quando repetiu um feito de seu ídolo Gilles Villeneuve e pilotou um bom
tempo sem o bico do carro, saindo várias vezes da pista mas mantendo a segunda
posição. O carro mais uma vez não aguentou o esforço e Senna abandonou a corrida.
Senna terminou a temporada em 4º lugar no Campeonato Mundial de Pilotos com 38
pontos e seis pódios (duas vitórias, dois segundos e dois terceiros lugares), além
de sete pole positions.[20] Devido ao seu desempemho, foi eleito o mais popular e o
melhor piloto da temporada segundo a revista Autosprint.[41]
Início no kart
Começou a competir oficialmente nas provas de kart aos treze anos. A sua primeira
vitória oficial aconteceu na primeira prova oficial no kart de que participou, em
julho de 1973. Tal fato teve lugar no Kartódromo de Interlagos, que hoje leva seu
nome.[14] Em 1977 ganhou o seu primeiro "Campeonato Sul-Americano de Kart",
repetindo o feito em 1980. Foi campeão brasileiro de kart em 1978, 1979 e 1980. Foi
campeão paulista em duas ocasiões, em 1974 (na categoria júnior) e 1976. Foi duas
vezes vice-campeão mundial de kart, em 1979 - empatou com o campeão nos pontos, mas
perdeu no desempate - e 1980.[15][16]
No mundial de kart realizado em 1979 em Estoril, Ayrton usou pela primeira vez o
capacete amarelo que se tornou sua marca registrada nas pistas. A pintura foi feita
por Sid Mosca. No entanto, como cada país tinha sua própria pintura, todos os
competidores do Brasil usaram o mesmo layout, conforme exigia o regulamento da
competição. Senna terminou empatado com o holandês Peter Koene em primeiro lugar.
Segundo a equipe brasileira, em caso de igualdade de pontos, seria levado em
consideração o confronto direto na última das três finais, prova que Ayrton venceu
com boa margem em relação aos concorrentes. A organização do Mundial, por outro
lado, teve uma interpretação diferente do regulamento: o título seria de Koene
graças ao resultado das semifinais, onde ele havia terminado em quarto lugar,
enquanto Senna foi o oitavo. Na prova, o brasileiro era o segundo colocado até
perto das voltas finais, quando o líder teve um problema com o kart na frente de
Ayrton, que não teve tempo de desviar da colisão e ambos rodaram. Ao retornar ao
Brasil, o brasileiro conversou com Sid Mosca para que fizesse daquela pintura sua
marca própria dentro das pistas.[20]
Nessa época adotou o nome de solteira da mãe, Senna, pois Silva é um nome bastante
comum no Brasil. No mesmo ano, no dia 30 de maio, o brasileiro participou de uma
"corrida das celebridades" denominada "Shell Super Sunbeam for Celebrities",
realizada no circuito de Oulton Park, Inglaterra. Senna venceu e fez a melhor volta
a bordo de um TalbotSunbeam T1. Já em 13 novembro, fez sua estreia na Fórmula 3
Britânica em Thruxton, venceu, fez a pole position e a volta mais rápida, com um
"Ralt Toyota RT3".[15] No início de outubro de 1982, mesmo com a pouca visibilidade
que a categoria possuía, Senna já era um nome de destaque do esporte