Projeto Marcela
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SÍNDROME DE BORDERLINE
De que forma o Borderline influencia a vida dos adolescentes?
Marcela Rocha Pellegrini Bremenkamp | 9º ano Ensino Fundamental II
1970 palavras
Rio de Janeiro - RJ
2022
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
1. Introdução
2.1 Neurobiologia do Borderline………………………………………..
1. Introdução
Como exemplo, alguns estudos relatam que esse diagnóstico é mais comum
em famílias onde é reportado casos de pais agressivos, ansiosos, depressivos ou com
doenças mentais.
Em outros casos pode ser devido a fatores ambientais como a ocorrência de
eventos traumáticos ao longo do desenvolvimento do indivíduo, é importante pontuar
que a exposição a riscos ambientais não é suficiente para o surgimento do transtorno,
é realmente necessário que ocorra outras combinações.
Como já foi mencionado anteriormente não há uma causa específica para a
síndrome de borderline, as crises geralmente se manifestam após conflitos
emocionais difíceis ao longo da vida, que podem ser experiências como perda,
separação, abandono ou abuso físico/sexual. Tendo sido observado, por exemplo, em
até 25% dos pacientes que passaram por abuso sexual na infância, os quais tem
alterações na amigdala e no volume do hipocampo.
[...] abuso sexual e físico, história de prolongadas situações precoces e
perdas parentais (como divórcio, doenças, viagens), exposição a atitudes
parentais dominadoras, frias afetivamente e sádicas, marcadas por
negligência emocional, superproteção e controle excessivo.”
(JORDÃO;RAMIRES, 2010, p. 424-425).
Indivíduos com a personalidade Borderline apresentam dificuldades na parte
cognitiva o que afeta a capacidade de processar e superar experiências traumáticas.
Portanto um ambiente seguro, controlado e com qualidade de vida auxilia no
tratamento e dificulta o surgimento de transtornos de personalidade.
Dentre suas principais características estão os episódios de humor, geralmente
de curta duração, esses episódios são caracterizados por instabilidade emocional e
falta de controle de impulsos, o que pode levar à automutilação. Esse quadro está
ligado a desregulação de diversos sistemas neurotransmissores dos circuitos
neuronais. A desregularização desses sistemas explica o uso de medicamentos
farmacológicos no tratamento de sintomas do Borderline.
Os medicamentos nunca vão substituir a psicoterapia, mas podem colaborar
durante esse processo terapêutico, sendo deveras importante quando em colaboração
a terapia.
Cada família traz a sua história e é marcada por ela, é possível dizer que
costumes e tradições que hoje fazem parte de uma família certamente atravessaram
gerações. Quando uma criança começa a ter a noção de pertencimento a família, ela
tem a tendência de começar a se portar de acordo com os padrões dos seus
ascendentes. Sendo assim fica claro que uma criança no processo de construção de
sua identidade sofre uma influência direta dos seus cuidadores.
Mas quando pertencemos a um grupo social sofremos influências, mas também
influenciamos parte desse grupo. Dentro dessa visão pacientes Borderline também
influenciam as pessoas ao seu redor, portanto os familiares desses pacientes sofrem
diversos impactos psicológicos como o desenvolvimento de transtornos de
impulsividade, de personalidade anti social e o abuso de substâncias, devido a
convivência com os mesmos, esses parentes têm que viver com as constantes
cobranças por atenção e os sentimentos de medo, culpa e obrigação, sempre
preocupados com o comportamento auto mutilante e o risco de suicídio. De acordo
com o teórico Barlow:
A maior preocupação é a grande incidência de comportamentos
suicidas, de aproximadamente 75% em pacientes que cumprem os
critérios, tendo uma média de 3,4 tentativas por indivíduos. Não só as
ameaças de suicídio são constantes, mas naqueles em que não têm
comportamento suicida, existe o comportamento da autolesão não
suicida. (BARLOW, 2016)
Com base nos dados postos acima é importante pontuar que a personalidade
Borderline não tem cura, por isso os familiares têm que estar atentos aos sinais e
manter um tratamento constante. Conviver com pessoas com esse tipo de transtorno
exige paciência e saber que sozinho não é possível tratar a pessoa com essa
personalidade, é preciso contar com auxílio de uma equipe multidisciplinar que
envolva principalmente um psiquiatra e um psicólogo.
Outro ponto de atenção para a família é quando o adolescente se isola e rompe
seus relacionamentos, a reboque dessas atitudes vem o sentimento de abandono, por
isso é fundamental a manutenção da rotina familiar, mantendo contatos com amigos e
familiares, buscando assim diminuir esse sentimento de rejeição.
4. Ação
5. Conclusão
Com a extensa pesquisa executada com o objetivo de responder a pergunta de
investigação que norteou o trabalho “De que forma o Borderline influencia a vida dos
adolescentes?”, podemos concluir que os adolescentes são diretamente afetados por
esse transtorno, assim como as pessoas ao seu redor.
Portanto é preciso que as pessoas conheçam essa doença para que consigam
identificar possíveis sintomas e saber como prestar serviço de forma correta a quem
sofre com esse transtorno e não normalizar certos comportamentos.
É importante que as pessoas acometidas pelo TPB tenham o acompanhamento
de um psicólogo junto de medicamentos, e quando necessário um psiquiatra, pois é
uma doença que não possui cura, mas pode ser controlada e com o tratamento certo
o paciente pode ter uma vida mais perto do normal possível.
6. Bibliografia
CARNEIRO, Lígia Lorandi Ferreira. Borderline: no limite entre a loucura e a
razão. Ciências e Cognição, v.3, p. 66-68, 2004. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
58212004000300007>. Acesso em 28 Mar. 2016.
https://estacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/cienciaincenabahia/article/view/
869/77
https://comportese.com/2018/01/27/neurobiologia-do-transtorno-de-personalidade-
borderline-uma-ponte-para-analise-comportamental/