Terapia Capilar - Alopécia

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Rubia Mundim Rego

Terapia Capilar:
Alopécia

Gama, DF, 2022.


CENTRO UNIVERSITÁRIO APPARECIDO DOS SANTOS
- UNICEPLAC

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

R343t

Rego, Rubia Mundim.

Terapia capilar: alopécia. Gama, DF: UNICEPLAC, 2022.

24 p.

1. Terapia capilar. 2. Alopécia. 3. CST em Estética e


Cosmética. I. Título.

CDU: 613.49
Alopécia Androgenética (AAG)
• A queixa mais frequente na alopecia
androgenética é a de afinamento dos fios.
Os cabelos ficam ralos e,
progressivamente, o couro cabeludo mais
aberto.
• Nas mulheres, a região central é mais
acometida, pode haver associação com
irregularidade menstrual, acne,
obesidade e aumento de pelos no corpo.
Porém, em geral, são sintomas discretos.
• Nos homens, as áreas mais abertas são a
coroa e a região frontal (entradas).
• Andro – Androgênios – Testoterona e
diidrotestoterona (DHT)
• Queda do Cabelo Padrão Masculino (QCPM)
Alopécia • Genética – QCPM – Herdada de genes
específicos no DNA de um ou ambos os pais.
Androgenética
• Gene único autossômico e dominante: origem
(AAG) poligênica.
• A QCPM é uma condição lentamente progressiva
que afeta 20% dos homens nos seus 20 anos,
30% dos homens nos 30, 40% dos homens nos
seus 40 e assim por diante.
Etiopatogenia
• Multifatorial – Genética e hormonal.
• Estudos mostram que a AAG está relacionada com uma maior incidência de
hipertensão, dislipidemia, aumento do risco cardiovascular,
doenças coronariana graves e alterações nos indicadores de resistência
à insulina.
• Apresenta maior incidência em fumantes.
• A DTH é ligada por receptores encontrados nas membranas celulares dos
folículos pilosos afetados que miniaturizam-se, alterando a cronologia do
ciclo do crescimento.
• Os pelos vão tornando-se curtos, mais finos, menos pigmentado e pode
cessar completamente a produção de fibra de cabelo.
• Os folículos miniaturizados também passam mais tempo na fase telógena
(de repouso) do que os folículos não afetados.
Propedêutica

• Anamnese:
1. Em geral não existe queixa de perda dos cabelos e sim de
uma diminuição (rarefação).
2. Afinamento do cabelo devido à miniaturização e redução da
fase anágena.
3. Início e duração.
4. Sintomas no couro cabeludo: prurido, descamação, ardência
e hiperestesia, freqüentemente associados a quadros de
calvície.
5. - Drogas em uso;
6. - Interrogar sobre doenças sistêmicas, dietas e estresse.
Exame Físico
Teste do Puxamento Leve –Pull Test
• Deve-se prender alguns fios de cabelo entre as polpas digitais do indicador
e polegar, junto ao couro cabeludo, fazer uma compressão e deslizar os
dedos no sentido distal, e, puxar sem tração (levemente).
Negativo - nº de fios entre 0 a 2.
Duvidoso - nº de fios entre 2 e 5.
Positivo - nº de fios > do que 5.
Observação da espessura do cabelo
• Com uma cartolina branca ou preta que contrasta com a cor do cabelo do
paciente. Observasse a espessura está homogênea ou não.
• Podem ser encontrados cabelos miniaturizados e terminais na mesma
região.
Dermatoscopia

A presença de pelos de espessura variável, descoloração


perifolicular e presença de rede pigmentar são sinais que
indicam o diagnóstico de AAG.
• Determina a proporção entre fios anágenos,
catágenos e telógenos.
• Ele é realizado arrancando-se sob anestesia local
Tricograma cerca de 100 fios com uma pinça de Kelly
emborrachada.
• Os mesmos são colocados sobre uma lâmina e
feita a contagem estabelecendo-se a proporção
entre as fases, estando os telógenos
aumentados em até 95% nas áreas de maior
atividade da AAG.
• Os cabelos devem ser cortados com uma tesoura o
mais rente possível.
• O corte transversal mede o diâmetro da haste, com
isso se distingue entre fios velos e terminais.
• Proporção entre fios terminais e velos:
Biópsia Normal – 8:1
AAG – 4:1

• Pelo terminal: pigmentado, capacidade de crescimento.


Diâmetro maior que 0,06 mm.
• Velo: despigmentado, não ultrapassa 2 mm de comprimento e
diâmetro de 0,03 mm.
• Não há necessidade de exames
laboratoriais, a não ser que haja uma
suspeita de doença sistêmica, como
anemia, hipotireoidismo e colagenoses,
entre outras.
• Os níveis séricos dos andrógenos nos
Laboratório homens calvos mantêm-se iguais aos dos
homens não calvos.
• Reforço da teoria do mecanismo
etiopatiogênico desta alteração é
periférico e genético.
• Alopécia Androgenética – Queda de
Cabelo Padrão Feminino (QCPF)
• QCPM ≠ QCPF
Alopécia • Após nascimento de um filho
Androgenética
• Histerectomia total
Queda de Cabelo
Padrão Feminino • Durante a menopausa
(QCPF) • Na maioria dos casos, a queda dos
cabelos das mulheres não resulta em
calvície.
Alopécia Androgenética
Queda de Cabelo Padrão Feminino (QCPF)
Causas Comuns da Queda de Cabelo
Genética Alopécia Aerata
Doenças, incluindo: Lupus, Diabetes, Anemia, Alopécia de tração
alterações da tireóide.

Desequilíbrio endócrino; Tricotilomania


Medicações; Hiperavitaminose A
Deficiências nutricionais Excesso de Selênio
Anestesia geral Febre alta;
Dietas violentas Gestação/Parto
Estresse fisiológico e psicológico Infecções
EFLUVIO TELÓGENO
• É uma condição que se caracteriza pelo aumento da queda diária
de fios de cabelo. Seu aumento é visto principalmente naquele bolo
que cai no chuveiro ou fica na escova quando penteamos.
• Sua causa está associada a algum evento que aconteceu três
meses antes do início da queda. Isso porque o período de preparo
para a queda dura de dois a três meses e os fios se desprendem ao
final desse ciclo. Esses eventos, ou gatilhos, convertem um
percentual maior de fios para a fase de queda.
EFLÚVIO TELÓGENO AGUDO
Sendo assim, ao invés de termos 100-120 fios caindo diariamente, temos 200-
300 fios, dependendo do paciente e da causa do eflúvio.
Os eventos mais associados à queda são: pós-parto, febre, infecção aguda,
sinusite, pneumonia, gripe, dietas muito restritivas, doenças metabólicas ou
infecciosas, cirurgias, especialmente a bariátrica, por conta da perda de
sangue e do estresse metabólico, além do estresse. Algumas medicações
também podem desencadear o problema. Tudo isso pode interferir na
proporção dos fios na fase de queda.
Em geral, 70% dos casos têm o agente descoberto. Já nos 30% restantes a
causa acaba por não ser definida.
EFLÚVIO TELÓGENO CRÔNICO
A fase na qual os fios caem muito, se assemelha à versão aguda. Porém, em
longo prazo, é diferente. Há ciclos de aumento dos fios na fase de queda, de
forma cíclica, uma ou duas vezes por ano, ou a cada dois anos, dependendo do
paciente.
Conforme o tempo passa, o paciente fica com o cabelo mais volumoso na base
e menos volumoso no comprimento. O cabelo fica mais curto e com o “rabo de
cavalo” mais fino.
Se o paciente só tiver essa condição, não ficará com o cabelo ralo no couro
cabeludo. Porém, seu problema pode estar associado a outras condições que
causam rarefação dos fios. De qualquer forma, se perde muito volume e
comprimento.
O problema nem sempre tem causa definida, mas sabe-se que está associado a
doenças autoimunes, dentre elas, a mais comum é a tireoidite de Hashimoto.
TRATAMENTOS EFLUVIO TELOGENO
• O eflúvio é autolimitado, ou seja, tem uma duração predeterminada de dois a
quatro meses, caso não haja outra doença associada
• Na teoria, não seria preciso tratamento. É importante lembrar que não há um
tratamento específico. Algumas medicações, que são estimuladoras do
crescimento capilar, podem ser associadas para acelerar esse processo de
recuperação.
• O prognóstico em geral é bom, mas é sempre indicado que a pessoa procure um
dermatologista para conhecer melhor seu caso, e se há a necessidade de tratar
alguma possível doença de base associada. Ou, ainda, se é preciso descobrir
algum fator que possa estar associado à queda, como na área alimentar.
• O paciente precisa ser bem orientado para saber o que faz bem para seu
metabolismo e ciclo capilar.
Alopecia Areata
• É uma doença inflamatória que provoca a queda de cabelo. Diversos fatores estão
envolvidos no seu desenvolvimento, como a genética e a participação autoimune.
• Os fios começam a cair resultando mais frequentemente em falhas circulares sem
pelos ou cabelos.
• A extensão dessa perda varia, sendo que, em alguns casos, poucas regiões são
afetadas. Em outros, a perda de cabelo pode ser maior, nos quais o paciente perde
todo o cabelo da cabeça; ou alopecia areata universal, na qual caem os pelos de todo
o corpo.
• Não é contagiosa. Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem
desencadear ou agravar o quadro. A evolução da alopecia areata não é previsível.
• O cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Isto ocorre
porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela
inflamação. Entretanto, novos surtos podem ocorrer. Cada caso é único. Estudos
sugerem que cerca de 5% dos pacientes perdem todos os pelos do corpo.
Alopecia Areata: sintomas
• Não possui nenhum outro sintoma além da perda brusca de cabelos, com áreas
arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações.
• Os cabelos, quando renascem, podem ser brancos, adquirindo posteriormente sua
coloração normal. A forma mais comum é uma placa única, arredondada, que
ocorre geralmente no couro cabeludo e barba.
• Outras doenças autoimunes podem acontecer em alguns pacientes, como vitiligo,
problemas da tireoide e lúpus eritematoso, por exemplo. Portanto, muitas vezes se
faz necessária a reavaliação de exames de sangue. O principal dano aos pacientes é
mesmo o psicológico.
• A interferência na rotina diária nos casos mais extensos pode prejudicar a qualidade
de vida.
Alopecia areata: Tratamentos
• Diversos tratamentos estão disponíveis para a alopecia
areata. Medicamentos tópicos como minoxidil,
corticoides e antralina.
• Corticóides injetávies podem ser usados em áreas bem
delimitadas do couro cabeludo ou do corpo. A opção
deve ser realizada pelo dermatologista em conjunto com
o paciente.
• Os tratamentos visam controlar a doença, reduzir as
falhas e evitar que novas surjam. Eles estimulam o
folículo a produzir cabelo novamente, e precisam
continuar até que a doença desapareça.
• Atenção: Evitar a “automedicação”. Somente um
médico dermatologista pode prescrever a opção mais
adequada.
Alopecia Universal
• Acredita-se que a alopecia universal seja uma forma avançada de alopecia
areata, que é um tipo de alopécia não cicatricial, com evolução imprevisível.
Tem prevalência estimada entre 0,1 e 0,2% da população. Pode ocorrer em
qualquer idade, mas entre 20%1 e 50%2 dos casos manifesta-se antes dos 16
anos.
• Acredita-se que seja de etiologia autoimune específica de órgão, mediada por
linfócitos T dirigidos contra o folículo piloso, no entanto, o mecanismo
etiológico exato ainda não é conhecido e outros fatores, nomeadamente
genéticos, imunológicos inespecíficos, ambientais e psicológicos poderão
também estar envolvidos.
• Pesquisadores acreditam, que a alopecia universal é um distúrbio do sistema
imunológico, onde o mesmo ataca erroneamente os folículos pilosos que faz o
cabelo cair.
Sintomas
• A alopecia universal pode começar como alopecia areata, afetando apenas uma
ou duas pequenas mechas de cabelo.
• A perda de cabelo pode acontecer de repente, produzindo perda dos pelos em
questão de dias. À medida que progride para a alopecia universal, a perda de
cabelo continuará a se espalhar até que não haja mais cabelo na cabeça ou no
corpo.
• A perda total de cabelos que ocorre com a alopecia universal geralmente não
apresenta outros sintomas.
• A alopecia universal pode ser diagnosticada com um exame físico e laboratoriais.
O dermatologista pode diagnosticar a condição com um histórico médico e
verificar se há perda de cabelo por todo o corpo.
• Em alguns casos o médico pode recomendar uma biópsia para confirmar a
doença e outras condições da pele.
Tratamentos:
O tratamento escolhido dependerá da idade da pessoa, do histórico
médico e da gravidade da queda de cabelo. O manejo do estresse
pode diminuir os efeitos exacerbados da perda dos pelos.
Alguns medicamentos que podem funcionar incluem:
• Difenilciclopropenona: Droga tópica que tem sido bem sucedida
no tratamento da alopecia areata em algumas pessoas.
• Ácido Squaric dibutiléster: Este é também usado para tratar
alopecia areata.
• Esteróides: ajudam a acalmar a resposta imunológica e a
inflamação.
• Ciclosporina: Droga imunossupressora, em combinação com um
esteróide chamado metilprednisolona.
Quando uma pessoa tem alopecia universal, os folículos pilosos
ainda estão vivos e capazes de regenerar o cabelo, existem casos
onde a condição desaparece após alguns meses ou anos. Mas na
maioria das vezes a perda de cabelo é permanente.
Referências
• BARRERA, Alfonso; UEBEL, Carlos Oscar. Transplante Capilar. Ed. Revinter,
2015.
• GOMES, Álvaro Luiz. Uso da Tecnologia Cosmética no Trabalho, o do
Profissional Cabeleireiro. Ed. SENAC, 2013.
• RUDNICKA, Lidia; OLSZEWSKA, Malgorzata; RAKOWSKA, Adriana. Atlas de
Tricoscopia: Dermatoscopia das Doenças do Couro Cabeludo e dos Pelos.
Ed. Dilivros, 2014.
• SHAPIRO, Jerry; THIERS, Bruce H. Distúrbios Capilares - Conceitos Atuais em
Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento. Ed. Dilivros, 2014.
• ZAITZ, Clarisse. Compêndio de Micologia Médica. Ed. Guanabara Koogan,
2010.
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