Trab. A Explicação para Eletrização Dos Corpos

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho académico, elaborado no contexto da disciplina de Física,


tem por tema “a eletrizaçã o dos corpos”.

Quando atritamos dois corpos, o cabelo e um canudinho, por exemplo, um


deles fica eletrizado positivamente e o outro eletrizado negativamente, mas qual a
explicaçã o para esse acontecimento?

"Muitos cientistas formularam teorias na tentativa de explicar esse fato.


Benjamin Franklin, um dos homens mais célebres dos Estados Unidos no século XVII,
foi um dos que tentaram explicar o porquê do acontecimento desse fenô meno.
Franklin elaborou uma teoria na qual afirmava que os fenô menos elétricos aconteciam
em razã o da existência de um fluido elétrico presente em todos os corpos. Quando
dois corpos eram atritados ocorria transferência de parte desse fluido de um corpo
para outro, o corpo que recebia esse fluido ficava eletrizado positivamente, o corpo
que cedia ficava eletrizado negativamente e em um corpo nã o eletrizado o fluido
existia em quantidades normais. Por meio de sua teoria, Franklin mostrou que nã o
poderia criar nem destruir cargas elétricas, apenas fazer com que passasse
eletricidade de um corpo para outro, ou seja, a quantidade total do fluido ao final do
processo de transferência do mesmo entre dois corpos permanecia inalterada."

A teoria moderna sobre a estrutura dos á tomos mostra que toda matéria é
constituída basicamente por três partículas que sã o denominadas de pró tons, elétrons
e nêutrons, que sã o, respectivamente, cargas positivas, cargas negativas e as
partículas que nã o tem carga. Quando um corpo nã o está eletrizado, o nú mero de
pró tons é igual ao nú mero de elétrons. Ao atritar dois materiais, um deles ficará
eletrizado positivamente, pois perdeu elétrons e ficará com falta, já o outro ficará
eletrizado negativamente, pois estará com excesso de elétrons."

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DESENVOLVIMENTO

Eletrização

Corpos Eletrizados

Sabe-se que o pró ton e o elétron têm a mesma carga em mó dulo; essa carga é
chamada carga elétrica elementar e é representada por e.

e = 1,6 . 10-19 coulomb = 1,6 . 10-19 C

Porém, a carga do pró ton é positiva e a carga do elétron é negativa:

carga do pró ton = + e = 1,6.10-19 C

carga do elétron = - e = -1,6 . 10-19 C

Num á tomo, o nú mero de pró tons é igual ao nú mero de elétrons e, assim, a


carga total de um á tomo é nula; dizemos que o á tomo é neutro. Assim, em geral, a
carga total de um corpo formado por muitos á tomos será nula. No entanto existem
processos pelos quais um corpo pode ganhar ou perder elétrons e, assim, deixa de ser
neutro: dizemos que o corpo está eletrizado.

Exemplo
Um corpo que estava inicialmente neutro, ganha 5,0 . 107 elétrons. Qual a carga
com que fica o corpo?

Resolução

Ao ganhar elétrons o corpo ficará com mais elétrons do que pró tons e, assim,
sua carga total Q ficará negativa.

O nú mero de elétrons ganhos é

N = 5,0 . 107

e a carga de cada elétron é

-e = -1,6 . 10-19 C

Assim, a carga total do corpo será :

Q = N . (-e)

Q = (5,0 . 107) (-1,6 . 10-19 C)

Q = -8,0 . 10-12 C

Dizemos entã o que o corpo está eletrizado negativamente.


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Eletrização por Atrito

Um dos processos pelos quais podemos eletrizar um corpo é o atrito (Fig. 1).
Atritando-se corpos de materiais diferentes, há passagem de elétrons de um corpo para o
outro, de modo que um dos corpos fica eletrizado positivamente (perdeu elétrons e o outro
fica eletrizado negativamente (ganhou elétrons)).

Se atritarmos um bastão de vidro num pedaço de lã, como ilustra a Fig. 1, a


experiência mostra que existe passagem de elétrons do vidro para a lã (Fig. 2a) de modo
que o vidro fica eletrizado positivamente (Fig. 2b) e a lã fica eletrizada negativamente.

Série Triboelétrica

Quando atritamos dois corpos quaisquer, se quisermos saber qual ficará


positivo e qual ficará negativo, podemos consultar uma tabela obtida

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experimentalmente, chamada série triboelétrica (o termo tribo deriva de uma
palavra grega que significa esfregar, atritar).

Na Fig. 3 apresentamos uma parte dessa tabela. Quando atritamos dois corpos
de materiais diferentes, o que aparece mais acima na tabela fica eletrizado
positivamente enquanto o que aparece mais abaixo fica eletrizado negativamente.
Assim, por exemplo, se atritarmos lã com vidro, como o vidro aparece acima da lã, o vidro
fica positivo e a lã negativa (Fig. 4a). Porém, se a lã for atritada com o âmbar, como a lã
fica acima do âmbar na tabela, a lã fica positiva e o âmbar negativo (Fig. 4b).

Condutores e Isolantes

Como já vimos, nos materiais condutores, os elétrons podem se mover com facilidade
enquanto nos isolantes há muita dificuldade para essa movimentação. Por isso, quando
atritamos dois corpos feitos de materiais isolantes, a eletrização se limita às regiões
atritadas (Fig. 5).

No entanto, no caso de corpos feitos de materiais condutores, as cargas em excesso


se distribuem por toda a superfície do corpo (Fig. 6). Do mesmo modo, no corpo que fica
positivo, a falta de elétrons ocorre por toda a superfície do corpo.

O corpo humano é um bom condutor de eletricidade. Assim, se fizermos um


experimento de eletrizaçã o em que um dos corpos (ou ambos) é condutor, a tendência
é que a carga em excesso do corpo condutor se escoe por nosso corpo, indo para a
Terra. Assim, para que o corpo nã o se descarregue, devemos usar luvas de material
isolante (por exemplo, a borracha).

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Eletrização por Contato

Quando um corpo eletrizado é colocado em contato com um corpo inicialmente


neutro, uma parte das cargas do corpo eletrizado passa para o corpo neutro e, assim,
os dois corpos ficam eletrizados com cargas de mesmo sinal. Quando o corpo que
estava neutro é de material isolante, as cargas recebidas ficam restritas à regiã o de
contato. No entanto quando o corpo é de material condutor, o excesso de cargas se
distribui por todo o corpo.

Contato entre Condutores

Na Fig. 7a consideramos uma situaçã o em que há um corpo condutor A,


carregado negativamente e corpo condutor B, inicialmente neutro. Ao colocarmos os
corpos em contato (Fig. 7b), alguns elétrons de A passam para B de modo que, na
situaçã o final os dois corpos estã o carregados negativamente (Fig. 7c) de modo que o
corpo maior terá carga maior que o corpo menor (em mó dulo).

a) b)

c)

Na Fig. anterior exemplicamos o caso em que o condutor eletrizado A tem carga


positiva. Ao ser colocado em contato com o condutor neutro B, alguns elétrons livres de B
serão atraídos por A. Desse modo, o corpo B fica com falta de elétrons e, assim; carregado
positivamente.

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Contato com a Terra

Como mencionamos acima, quando dois condutores sã o colocados em contato,


estando pelo menos um deles eletrizado, apó s o contato, o corpo maior fica com mais
carga que o corpo menor (em mó dulo). Acontece que a Terra é um bom condutor.
Assim, quando um corpo condutor, inicialmente eletrizado é ligado com a Terra, desde
que o corpo seja muito menor do que a Terra, a tendência é que o corpo perca
praticamente toda a carga. Na Fig. 9 exemplificamos essa situaçã o:

Nos desenhos
esquemá ticos, a Terra é
representada pelo símbolo
( ), como ilustra esta Fig.

CONCLUSÃO

Em resumo, hoje, com as descobertas sobre esse assunto, sabe-se que a teoria
de Franklin estava parcialmente errada, pois sabemos que a eletrizaçã o ocorre em
razã o da transferência de elétrons de um corpo para outro quando eles se atritam. E
essa transferência nã o acontecia por meio do fluido elétrico que Franklin imaginara,
mas sim por meio da passagem de elétrons de um corpo para outro.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 brasilescola.uol.com.br/fisica/a-explicacao-para-eletrizacao-dos-corpos.htm
 https://pt.scribd.com/upload-document?archive_doc=52121519
 https://www.docsity.com/pt/electrizacao-dos-corpos/4878815/

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ÍNDICE
INTRODUÇÃ O................................................................................................................................................. 1
DESENVOLVIMENTO.................................................................................................................................. 2
Eletrizaçã o................................................................................................................................................... 2.1
Corpos Eletrizados................................................................................................................................... 2.2
Eletrizaçã o por Atrito................................................................................................................................. 3

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Série Triboelétrica....................................................................................................................................... 4
Condutores e Isolantes........................................................................................................................... 4.1
Eletrizaçã o por Contato............................................................................................................................. 5
Contato entre Condutores..................................................................................................................... 5.1
Contato com a Terra.................................................................................................................................... 6
CONCLUSÃ O................................................................................................................................................... 7
REFERENCIAS BIBLIOGRÁ FICAS........................................................................................................... 8

Repú blica de Angola


Governo da Província de Luanda
Ministério da Educaçã o

COMPLEXO ESCOLAR MORRO DO MOCO Nº 2013

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TRABALHO DE FÍSICA

A ELECTRIZAÇÃO DOS CORPOS

Classe: 9ª
Turma: A
Sala: 10
Período: Tarde

DOCENTE

Luanda, 2022/2023

INTEGRANTES DO GRUPO

1. Anita Chidanhi - nº 7
2. Alberto Kaka – nº 3

10
3. Paulo Quissanga – nº 44
4. Pedro Lema nº 45
5. Rosa Carlos nº 48
6. Teresa Kapala – nº 50

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