Aula 4 - Sistemas Supervisórios (SCADA, IHM) Parte 1

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Sistemas Supervisórios

Sistemas Supervisórios

• Sistemas Supervisórios são sistemas digitais de monitoração e


operação da planta que gerenciam variáveis de processo.
Estas são atualizadas continuamente e podem ser guardadas
em bancos de dados locais ou remotos para fins de registro
histórico.

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Exemplo de circuito elétrico hipotético constituído de interruptores e lâmpadas


situados a 500 metro de distância.

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• No caso de haver muitos circuitos desses, onde seja preciso


realizar a supervisão com a finalidade de sinalização da
planta, é necessário que haja um processamento bastante
rápido e em tempo real.

• Essas necessidades são satisfeitas pelos computadores atuais,


cujos softwares ficam responsáveis pelo monitoramento de
todos os circuitos e também pela indicação de eventuais
estados de alarme.

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• Os sistemas supervisórios podem ser classificados


basicamente quanto a complexidade, robustez e número de
entradas e saídas monitoradas.

• Os dois grandes grupos atualmente conhecidos são:


 IHM / HMI (Interface Homem.-Máquina/Human Machine
Interface)
 SCADA (SUPERVISORY CONTROL AND DATA
ACQUISITION - Aquisição de Dados e Controle do
Supervisório)

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IHM – Interface Homem-Máquina

• São sistemas normalmente utilizados em automação no chão-


de-fábrica, geralmente caracterizado por um ambiente
agressivo. Possuem construção extremamente robusta,
resistente a jato de água direto, umidade, temperatura e
poeira de acordo com o IP (grau de proteção) necessário.

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IHM – Interface Homem-Máquina

• A aplicação de IHMs pode ir desde simples máquinas de lavar


pratos até cabines (cockpits) das aeronaves e helicópteros.
Neste último caso as IHMs são extremamente especializadas
para atender à função a que se destinam.

• Assim, a IHM está normalmente próxima à linha de produção,


instalada na estação de trabalho, traduzindo os sinais vindos
do CLP para sinais gráficos de fácil entendimento.

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IHM – Interface Homem-Máquina

• Uma IHM é um hardware industrial composto normalmente


por uma tela de cristal líquido e um conjunto de teclas para
navegação ou inserção de dados que utiliza um software
proprietário para sua programação.

• Há várias aplicações e utilizações para uma IHM:


 visualização de alarmes gerados por alguma condição anormal
do sistema;
 visualização de dados dos motores e/ou equipamentos de uma
linha de produção;

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IHM – Interface Homem-Máquina

 visualização de dados de processo da máquina;


 alteração de parâmetros do processo;
 operação em modo manual de componentes da máquina;
 alteração de configurações de equipamentos.

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SCADA – Supervisory Control And Data Aquisition

• O sistema SCADA foi criado para supervisão e controle de


quantidades elevadas de variáveis de entrada e saída digitais e
analógicas distribuídas.

• Esses sistemas visam à integridade física das pessoas,


equipamentos e produção, consistindo muitas vezes em
sistemas redundantes de hardware e meio físico (canal de
informação) e permitindo pronta identificação de falhas.

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SCADA – Supervisory Control And Data Aquisition

Exemplo de uma tela de supervisório para controle e monitoração.


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SCADA – Supervisory Control And Data Aquisition

• Hoje pode-se interpretar sistemas constituídos por IHM e


CLP como sendo um sistema SCADA (redundância, volume de
informações, robustez etc).

• Em alguns processos especiais há a necessidade de várias


IHMs solicitarem informações de um mesmo CLP.
Geralmente utiliza-se uma rede ponto a ponto, o que faz com
que possa haver perda de desempenho devido ao fato de as
solicitações serem feitas ao mesmo tempo e
independentemente.

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Arquiteturas dos Sistemas SCADA

Sistema SCADA fazendo aquisição de dados de quatro CLPs.

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Arquiteturas dos Sistemas SCADA

• Os sistemas SCADA utilizam dois modos de comunicação:


comunicação por polling e comunicação por interrupção,
normalmente designada por Report by Exception.

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Comunicação por consulta (polling)

• Neste modo de comunicação designado por mestre/escravo a


estação central (Master) tem o controle absoluto das
comunicações, efetuando sequencialmente a leitura dos dados
de cada estação remota (Slave), que apenas responde à
estação central após a recepção de um pedido, ou seja, em
half-duplex.

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Comunicação por consulta (polling)

• Cada estação remota é identificada por um endereço único.


Caso uma estação remota não responda durante um período
de tempo predeterminado às solicitações que lhe são dirigidas
pela estação central, novas tentativas de polling serão
realizadas antes de se declarar time-out e se avançar para a
próxima estação.

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Comunicação por consulta (polling)


Vantagens

 Simplicidade no processo de aquisição de dados.


 Inexistência de colisões no tráfego da rede.
 Permite, devido ao seu caráter determinístico, calcular a
largura de banda utilizada pelas comunicações e garantir
tempos de resposta.
 Facilidade na detecção de falhas de ligação; permite o uso de
estações remotas não-inteligentes.

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Comunicação por consulta (polling)


Desvantagens

 Incapacidade, por parte das estações remotas, de comunicar


situações que requeiram tratamento imediato por parte da
estação central.
 O aumento do número de estações remotas tem impactos
negativos no tempo de espera.
 A comunicação entre estações remotas tem obrigatoriamente
que passar pela estação central.

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Comunicação por interrupção (report by exception)

• Neste modo de comunicação, a estação remota monitora os


seus valores de entrada e, quando detecta alterações
significativas ou valores que ultrapassem os limites definidos,
inicia a comunicação com a estação central e a consequente
transferência de dados.

• O sistema é implementado de modo a permitir a detecção de


erros e a recuperação de colisões.

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Comunicação por interrupção (report by exception)


Vantagens

 Evita a transferência de informação desnecessária,


diminuindo o tráfego na rede.
 Permite uma rápida detecção de informação urgente.
 Permite comunicação entre estações remotas, escravo para
escravo.

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Comunicação por interrupção (report by exception)


Desvantagens

 A estação central apenas consegue detectar falhas na ligação


após um determinado período de tempo, ou seja, quando
efetua polling no sistema.
 É necessária a existência de ação por parte do operador para
obter os valores atualizados.

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Arquiteturas dos Sistemas SCADA

• Para o controle de grandes processos industriais é necessária


uma arquitetura mais robusta, com disponibilização dos
dados de processo, formatados e manipulados de modo a
assegurar a qualidade da informação para os diversos
sistemas de controle, planejamento e acompanhamento da
produção (democratização da informação).

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Arquiteturas dos Sistemas SCADA

• Para que o acesso às informações do sistema SCADA seja


"democratizado" este sistema precisa alimentar um banco de
dados, sendo fundamental organizá-lo em um formato que
outros aplicativos possam utilizar.

• A forma mais utilizada é o sistema SCADA abastecer um


banco de dados relacional (SQL Server®, Oracle®,
Informix®, Sybase®, entre outros), para que a partir dele as
informações possam ser utilizadas em tempo real e por outros
softwares do sistema de gestão da empresa.

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Arquiteturas dos Sistemas SCADA

• Para grandes aplicações, onde vários computadores operam a


planta, existe a necessidade de se estabelecer um critério de
como será feita a aquisição de dados dos CLPs, de estações
remotas e demais equipamentos inteligentes do chão-de-
fábrica, levando em consideração a forma das várias interfaces
IHMs.

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Arquiteturas dos Sistemas SCADA

• Separar a rede de computadores da rede dos CLPs é a melhor


maneira de implementar esse sistema de aquisição de dados.

• Um sistema SCADA acessa os dados dos CLPs e disponibiliza-


os para outros sistemas através de uma rede entre
computadores, totalmente independente da rede de CLPs.
Essa transferência de dados entre computadores é feita a
grande velocidade, empregando rede de alto desempenho com
filosofia cliente/servidor. A máquina que acessa os dados do
CLP passa a ser o servidor de dados para as demais que
funcionam como clientes.

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Arquiteturas dos Sistemas SCADA

Sistemas SCADA acessando os dados e transferindo-os para outras estações de


supervisão.

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Supervisão através da Internet

• Um recurso muito importante, para uma supervisão de


caráter não-crítico, é disponibilizar parte dos dados do
sistema supervisório por Intranet ou por Internet.

• Quando os dados fluem facilmente do processo de produção


para os desktops, as decisões de negócios podem ser feitas de
forma mais rápida e inteligente, independentemente do
tamanho do processo a ser controlado. Nos dias atuais, o
sucesso comercial depende da qualidade e da acessibilidade
dos dados de produção.

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Supervisão através da Internet

• Existem softwares de supervisão que fornecem a solução de


apresentar os dados históricos de produção de forma
amigável, via Internet, possibilitando transferir dados da
produção para gerenciar a empresa de modo mais inteligente
e eficaz.

• O usuário pode analisar esses dados on-line através de um


browser como o Internet Explorer® ou Netscape®.

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Supervisão através da Internet

• Os sistemas permitem troca bidirecional de informações entre


o chão-de-fábrica e os sistemas de operação e gerenciamento
de processos.

• O browser comunica-se com o servidor Web através do


protocolo HTTP. Após o envio do pedido referente à operação,
o browser recebe a resposta na forma de uma página HTML.

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Supervisão através da
Internet

Servidor Web sendo utilizado para


permitir supervisão de plantas via
intranet e internet.

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IoT – Internet das Coisas

• A Internet das Coisas (Internet of Things - IoT) descreve a


rede de objetos físicos incorporados a sensores, software e
outras tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados
com outros dispositivos e sistemas pela internet.

• Esses dispositivos variam de objetos domésticos comuns a


ferramentas industriais sofisticadas.

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IoT – Internet das Coisas

Internet of Things. Fonte: Oracle BR.


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Tecnologias que permitiram a evolução da IoT

 Acesso a tecnologia de sensores de baixo custo e baixa


potência;
 Conectividade;
 Plataformas de computação em nuvem;
 Machine learning e análise avançada;
 Inteligência artificial (IA) conversacional.

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IoT Industrial (Indústria 4.0)

• IoT industrial (IIoT) refere-se à aplicação da tecnologia IoT


em ambientes industriais, especialmente no que diz respeito à
instrumentação e controle de sensores e dispositivos que
envolvem tecnologias de nuvem.

• Recentemente, as indústrias usaram a comunicação máquina


a máquina (M2M) para obter automação e controle sem fio.
Mas com o surgimento da nuvem e de tecnologias aliadas
(como análise avançada e machine learning), os setores
podem alcançar uma nova camada de automação e, com ela,
criar novas receitas e modelos de negócios.

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IoT Industrial (Indústria 4.0)

• A IIoT às vezes é chamada de quarta onda da revolução


industrial, ou Industry 4.0. A seguir, alguns usos comuns para
IIoT:

 Fabricação inteligente
 Ativos conectados e manutenção preventiva e preditiva
 Redes de energia inteligentes
 Cidades inteligentes
 Logística conectada
 Cadeias de suprimentos digitais inteligentes

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Exemplos de telas de supervisórios

Sistema de lingotamento contínuo.


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Exemplos de telas de supervisórios

Sistema de dosagem e segregação de carvão.


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Exemplos de telas de supervisórios

Parâmetros da receita de produção: set points das malhas de controle.


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Exemplos de telas de supervisórios

Tela de tendências: variáveis simultâneas com valores coletados em tempo real.

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