12 - Condições Econômicas de Corte

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Capítulo 12

CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE
CORTE

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Capítulo 12

A equação de Taylor, estudada anteriormente,


relaciona a vida da ferramenta com as condições de
corte:
E
T = K 1 × f × ap F ×Vc G ×VB H

Esta equação, entretanto, não define que


condição de corte utilizar. Para definir as condições
de corte, uma análise econômica deve ser feita.

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A velocidade de corte tem mais influência no


desgaste e, portanto, na vida da ferramenta que o
avanço e a profundidade de corte. Assim, de um
modo geral, para otimizar o processo, nesta ordem:

­ Define-se a profundidade de corte;


­ Define-se o avanço;
­ Otimiza-se a velocidade de corte.

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As condições econômicas de corte são aquelas que irão


produzir um lote de peças com o mínimo custo de fabricação.

Entretanto, estas condições não são, necessariamente,


aquelas que irão produzir o maior número de peças na unidade
de tempo. Vai existir outra condição de corte que irá gerar a
máxima produção.

Assim, a escolha das condições de usinagem deve ser feita


através de uma análise dos diversos fatores relacionados com o
tempo total e o custo total envolvidos no processo.

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O tempo total de fabricação por peça é composto de:

Ø Tempo de operação por peça


Ø Tempo improdutivo por peça

O custo total de fabricação por peça é composto de:

Ø Custo de usinagem por peça


Ø Custo do tempo improdutivo por peça
Ø Custo da ferramenta por peça

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Ao aumentar a velocidade de corte, o tempo de


usinagem diminui e o tempo de troca de ferramenta
aumenta, e vice-versa.

Assim haverá uma velocidade de corte ideal em


que o tempo de usinagem de um lote de “z” peças é
mínimo.

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Um ciclo básico e genérico de usinagem de uma


peça, pertencente a um lote de “Z” peças, pode ser
constituído pelas seguintes fases:
a. Preparo da máquina-ferramenta para usinagem do lote;
b. Colocação e fixação da peça para usinagem na máquina-ferramenta
(carga);
c. Aproximação ou posicionamento da ferramenta para o início do corte;
d. Corte da peça;
e. Afastamento da ferramenta;
f. Soltura e retirada da peça usinada (descarga);

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Tempo de usinagem de uma peça no lote de “Z” peças:

tp ttf nt
tt = + t s + t a + tc +
Z Z
tt = Tempo total de usinagem de uma peça (fases de a a f);
tp = Tempo de preparo da máquina (fase a);
ts = Tempo de carga e de descarga da máquina (fases b e f);
ta = Tempo de aproximação e de afastamento da ferramenta (fases c e e);
tc = Tempo de corte (fase d);
ttf = Tempo de troca de ferramenta;
T = Tempo de vida de uma aresta;
!
nt = Número de trocas de aresta na produção do lote de Z peças; 𝑛𝑡 = −1
!!
Z = Número total de peças no lote;
ZT = Número de peças usinadas com uma aresta de corte no tempo T;
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VELOCIDADE DE CORTE E A TAXA DE PRODUÇÃO

tt = tc + t1
3
t1 = t 2 + t 3
tt - tempo total de usinagem por
peça
tc - tempo de operação
propriamente dito
t1 - tempo improdutivo.
t2 - tempo de colocação, fixação e
retirada da peça + tempo de
preparo da máquina.
vcm - Velocidade de máxima produção t3 - tempo de troca da ferramenta

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VELOCIDADE DE MÁXIMA PRODUÇÃO

Para se obter a velocidade da máxima produção, deve-se chegar na


equação de tempo de fabricação por peça, em função da velocidade de
corte, derivar e igualar a zero. Para o torneamento de barras cilíndricas,
por um comprimento L, fica:

K
vcm =x
ttf ( x - 1)

Esta velocidade pode ser determinada, também, experimentalmente,


com auxílio de um gráfico da taxa de produção (peças/hora) em função da
velocidade de corte.

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Variação da taxa de produção em função da velocidade de corte


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Custo da operação

C p = Cm + Cc + Cmq + C f

Cp = Custo de usinagem de uma peça de um lote de Z peças;


Cm = Custo de matéria-prima para uma peça (ou da peça antes da
operação);
Cc = Custo do corte em usinagem;
Cmq = Custo de operação da máquina (juros, depreciação, manutenção,
espaço ocupado, energia consumida, etc.);
Cf = Custo referente à ferramenta de corte; Cf = Caf + Ctf
Caf = Custo de aquisição da ferramenta
Ctf = Custo de uma troca de ferramenta;

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VELOCIDADE DE CORTE E O CUSTO DE PRODUÇÃO

C = Mc + Dc + Tc

C - custo total da peça (Cp)


Mc - custo da usinagem por peça
(hora/máquina (Smq), mão de
obra (Sh), etc.)
Dc - custo da matéria prima +
custo do tempo improdutivo
por peça (retirada e
colocação da peça,
preparação da máquina, etc.)
Tc - custo de aquisição da
ferramenta (Caf) mais custo
vcn - Velocidade de mínimo custo de troca (Ctf) por peça.

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VELOCIDADE DE MÍNIMO CUSTO DE PRODUÇÃO OU VELOCIDADE


ECONÔMICA DE CORTE

Para se obter a velocidade econômica de corte, deve-se chegar na


equação de custo de fabricação por peça, em função da velocidade de
corte, derivar e igualar a zero. Para o torneamento de barras cilíndricas,
por um comprimento L, fica:

C2 K
vcn = x
60( x - 1)C3
! t $
C2 = (Sh + Smq ) C3 = #Ctf + tf ( Sh + Smq )&
" 60 %

Sh = custo do operador
Smq = custo de operação da máquina

Esta velocidade pode ser determinada, também, experimentalmente, com


auxílio de um gráfico do custo de produção em função da velocidade de
corte.

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Variação do custo de fabricação em função da velocidade de corte


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INTERVALO DE MÁXIMA EFICIÊNCIA

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INTERVALO DE MÁXIMA EFICIÊNCIA

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Custo de fabricação por peça versus tamanho do lote

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Aplicação de uma ferramenta mais eficiente

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Taxa de produção de duas ferramentas diferentesEscola Politécnica
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Aplicação de uma ferramenta mais eficiente

Ponto de equilíbrio para duas ferramentas diferentes


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Exemplo numérico
A ferramenta 1 custa US$100,00 e permite uma margem de lucro de US$ 0,20 por peça, enquanto a
ferramenta 2 custa US$200,00 com a margem de lucro de US$0,25 por peça. Desta maneira, n1 é igual a
500 peças (100/0.20) e n2 é igual a 800 peças (200/0.25) e o ponto de equilíbrio n1,2 é igual a 2000 peças
[(200 – 100)/(0.25 – 0.20)]. Nota-se que a margem de lucro vai aumentando e a diferença entre a
utilização das duas ferramentas também, à medida que o número de peças do lote aumenta. Para 4000
peças essa diferença atinge a cifra de US$100,00.

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