TCC - Jerusa Ferreira de Almeida
TCC - Jerusa Ferreira de Almeida
TCC - Jerusa Ferreira de Almeida
APROVADO EM _____/_____/_____
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Profa. Me. Lidiane de Lemos Soares Pereira (IFG - Anápolis)
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Prof. Me. Sérgio Silva Filgueira (IFG - Anápolis)
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Profa. Me. Kátia Cilene Costa Fernandes (IFG - Anápolis)
A partir da década de 70, impulsionada pela revolução cultural dos anos 60 e pela primeira
crise do petróleo, surgiu a educação inclusiva no Brasil. A educação que visa à inclusão de
pessoas com necessidades específicas, consiste em um trabalho que tem por objetivo,
desenvolver as oportunidades para que todos tenham acesso ao ensino, apoiando com recursos
pedagógicos, que respeite a diversidade, as diferenças, promovendo a construção do
conhecimento e a inserção deste aluno. A pesquisa no ensino de química na perspectiva
inclusiva é de bastante relevância uma vez que contribui na divulgação e concretização dessa
modalidade de educação. Um dos principais encontros na área de Ensino de Química no
Brasil é o Encontro Nacional de Química - ENEQ, que ocorre bianualmente desde 1982,
sendo um evento específico da área e sua estrutura é composta de conferências e/ou palestras,
mesas-redondas, simpósios ou sessões coordenadas, além de cursos ou mini-cursos de várias
temáticas e apresentações de trabalhos de pesquisa na forma de comunicações orais e painéis.
São vários temas abordados nos trabalhos apresentados nesse evento centralizados em linhas
de pesquisa. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo fazer uma busca do número
de trabalhos apresentados na temática “Inclusão” nos ENEQ’s de 2004 a 2014 através dos
anais. Foi observado que até 2008 não havia uma linha de pesquisa específica para Inclusão,
dessa forma os trabalhos apresentados nesse sentido eram alocados para outras áreas. A partir
de 2010 surgiu a linha “Ensino e Inclusão” e foi nesse ano que o número de trabalhos acerca
da inclusão foi mais representativo em relação ao total, porém esse número decaiu nos anos
seguintes, ou seja, não acompanhou o crescimento em relação ao total de trabalhos
apresentados nos eventos por ser um tema ainda novo. Nesse sentido faz-se necessário a
ampliação do debate e intensificação de ações que venham ao encontro à Educação Inclusiva.
CA – Currículo e Avaliação................................................................................................ 21
EA – Ensino e Aprendizagem............................................................................................. 21
EX – Experimentação no Ensino......................................................................................... 21
FP – Formação de Professores............................................................................................ 21
LC – Linguagem e Cognição............................................................................................... 21
MD – Materiais Didáticos................................................................................................... 21
EC – Ensino e Cultura......................................................................................................... 21
EI – Ensino e Inclusão......................................................................................................... 27
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 12
3 MÉTODO............................................................................................................... 20
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 38
5 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 39
12
INTRODUÇÃO
1
Cabe ressaltar que utilizamos o termo Educação Especial, pois no início não contávamos com um sistema
inclusivo de educação, já que a educação dos “diferentes” era segregada dos ditos “normais”.
14
2005). Entretanto, com o passar do tempo foram surgindo documentos, leis e declarações que
tinham como objetivo garantirem a educação para todos, independente de suas dificuldades
físicas e/ou intelectuais e assim a educação destes sujeitos foi sendo modificada.
Em 1948, surgiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos que garantia a
educação para todos, sem distinção de origens e condição social (AGUIAR, 2004) aliada com
a preocupação de educar os sujeitos com necessidades específicas, a ciência produziu formas
de ensinar pessoas que por muito tempo foram consideradas ineducáveis. Conforme Mendes
(2006):
A ciência passou a produzir evidências que culminavam numa grande insatisfação
em relação à natureza segregadora e marginalizante dos ambientes de ensino
especial nas instituições residenciais, escola e classes especiais. A parir daí, a
constatação de que eles poderiam aprender não era mais suficiente, e passou a ser
uma preocupação adicional para a pesquisa investigar “o que”, “para que” e “onde”
eles poderiam aprender (MENDES, 2006, p.388).
internacionais voltadas para educação especial (LITWINCZUK, 2011). De acordo com essa
declaração, as diferenças devem ser respeitadas, e as pessoas com necessidades educacionais
específicas devem ser tratadas como cidadãs, onde os direitos e deveres são os mesmos para
todos.
O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas devem acolher
todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, lingüísticas e outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças
bem dotada, crianças que vivem, nas ruas e que trabalham, crianças de populações
distantes ou nômades, crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e
crianças de outros grupos ou zonas desfavoráveis ou marginalizados (BRASIL,1994,
p. 17 e 18).
[...] as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às
escolas regulares, que a elas devem se adequar [...] elas constituem os meios mais
capazes para combater as atitudes discriminatórias, construindo uma sociedade
inclusiva e atingindo a educação para todos (UNESCO, 1994, p. 8 e 9).
Sendo assim, tal afirmação está consonante com a política de educação inclusiva
que se instaurou no país efetivamente após a assinatura dessa declaração e que é definida por
Sassaki (1997), como sendo um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir
em seus sistemas sociais gerais pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas
se preparam para assumir seus papeis na sociedade.
Corroboramos com Ferreira (2005), de que a inclusão envolve uma filosofia que
valoriza a diversidade de força, habilidades e necessidades do ser humano, trazendo para cada
comunidade a oportunidade de responder de forma que conduza à aprendizagem e o
crescimento da comunidade como um todo.
Em 1996, houve a promulgação da Lei 9.394/96 que em seu artigo 58 garante o
direito do aluno com necessidade especial de freqüentar a rede regular de ensino. De acordo
com essa lei, entende-se educação especial a modalidade de educação oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, dando-se o apoio aos alunos com necessidades
específicas.
1º Haverá, quando necessário, serviço de apoio especializado, na escola regular, para
atender as peculiaridades da clientela de educação especial. O atendimento
educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que,
em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração
nas classes comuns de ensino regular. A oferta de educação especial, dever do
16
Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil
(BRASIL, 1996, p. 28).
De uma forma geral, a educação que visa à inclusão de pessoas com necessidades
específicas, consiste em um trabalho que tem por objetivo, desenvolver as oportunidades para
que todos tenham acesso ao ensino, apoiando com recursos pedagógicos, que respeite a
diversidade, as diferenças, promovendo a construção do conhecimento e a inserção deste
aluno.
Nesse sentido, percebemos que a educação inclusiva é realmente concretizada a
partir da socialização, aprendizado, trabalho em equipe, e ainda com reconhecimento da
igualdade e direito de oportunidade de todos, seja no ambiente escolar, ou em outros
ambientes.
Com isso, a educação inclusiva consiste em uma temática bastante explorada na
área educacional e o debate sobre a inclusão de alunos com necessidades educacionais
específicas em salas regulares, provoca uma grande reflexão (SENNA, 2008).
Para que a educação inclusiva tomasse esse rumo de reconhecimento na sociedade
e tema explorado em debates e eventos diversos houve uma trajetória longa e acontecimentos
no decorrer dos anos até chegar ao presente momento.
Foram estabelecidos vinte e oito objetivos e metas para a educação das pessoas
com NEE em Janeiro de 2001, pela Lei 10.172 que aprova o Plano Nacional da Educação
(PNE), proporcionando garantias legais que levasse o acesso de todos à educação, dispondo
sobre a organização dos sistemas de ensino e também da formação de professores visando
uma educação inclusiva (LITWINCZUK, 2011).
A Resolução CNE/CEB nº 02/2001 traz recomendações a respeito de convênios e
parcerias das escolas e os sistemas de ensaio com instituições de ensino superior para a
realização de pesquisas e estudos visando aperfeiçoar o processo educativo de alunos com
NEE, atentando sempre para os princípios da educação inclusiva (LITWINCZUK, 2011).
17
Schnetzler (2002) relata ainda que a PEQ no Brasil vem sendo constituída e
consolidou-se a partir dos mecanismos de publicação e divulgação próprios, com os inúmeros
congressos e encontros desenvolvidos e o aumento da formação de mestres e doutores na área,
contando com um grande avanço na última década.
A PEQ tem se desenvolvido e amadurecido no Brasil com trabalhos abordando
temas atuais onde muito de seus resultados podem ser aplicados de forma acessível à
compreensão do educando, propiciando a construção do ensino-aprendizagem dentro e fora de
sala de aula. Trabalhos concernentes ao ensino de química, mais especificamente voltados
para educação inclusiva têm sido crescentes uma vez que é um tema também muito atual e
por isso tem despertado interesse de vários pesquisadores (SAMPAIO, 2009; ARAGÃO,
2010; GONÇALVES, 2013).
Vale ressaltar que esses trabalhos não são apenas publicados em Revistas
Eletrônicas ou em sites educacionais. Em sua grande maioria são apresentados em eventos na
área de química onde se tem uma enorme divulgação e discussão concernente ao assunto em
questão, além dos pesquisadores terem contato com professores e também com outros
pesquisadores, momento propício para troca de experiências, maior esclarecimento e um
significativo avanço no conhecimento.
19
3. MÉTODO
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em 2004 teve-se o XII ENEQ sendo que o mesmo foi realizado entre os dias 27 e
30 de Julho, em Goiânia, no Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás tendo
como tema “As Novas Políticas Educacionais e Seus Impactos no Ensino de Química”.
Atingiu a marca recorde de cerca de mil e trezentos participantes, entre participantes,
pesquisadores, pós-graduandos, graduandos e professores da escola básica. O mencionado
evento ocorreu em conjunto com o III Encontro Centro-Oeste de Química (ECOQ), O XIII
Encontro Centro-Oeste de Debates sobre o Ensino de Química (ECODEQ) e a V Semana do
Químico.
Os trabalhos apresentados nesse encontro estão disponíveis apenas em CDs.
Nessa ocasião foram apresentados 267 trabalhos, sendo que as linhas de pesquisa foram:
Currículo e Avaliação (CA)
Ensino e Aprendizagem (EA)
Ensino e Cultura (EC)
Ensino em Espaços não Formais (EF)
Experimentação no Ensino (EX)
Formação de Professores (FP)
História e Filosofia da Ciência no Ensino (HC)
Linguagem e Cognição (LC)
Materiais Didáticos (MD)
Tecnologia de Informação e Comunicação no Ensino (TIC)
No CD não são mencionadas as linhas de pesquisa nem é descrito nos trabalhos
qual linha de pesquisa ele pertence, nesse sentido as informações contidas acima constam da
pesquisa de Oliveira e Wartha (2010). Os autores mencionam ainda as porcentagens de
trabalhos apresentados em cada linha de pesquisa, conforme Figura 1.
22
40,00%
37%
35,00%
30,00%
25,00%
20,00%
15,00% 14,90%
10,20% 14,90% 9,90%
10,00%
6,50%
5,00% 4,40% 3,90%
1,70% 2,20%
0,00%
CA EA EC EF EX FP HC LC MD TIC
35,00% 32,96%
30,00%
25,00%
20,00% 19,15%
15,59%
15,00%
10,00% 8,46%
6,91%
5,57% 4,90%
5,00% 4,23%
2,23%
0,00%
CA EA EF EX FP HC LC MD TIC
Como pode ser observado na figura 2, não houve linha de pesquisa específica para
educação especial e/ou inclusiva. Para quantificar os trabalhos apresentados nessa perspectiva
fez-se uma busca através da verificação dos temas e palavras-chave, sendo assim, constatou-
se que 4 trabalhos foram apresentados na temática de “Educação e Inclusão”, o que representa
0,89% do total dos trabalhos apresentados no evento.
Foram apresentados dois trabalhos a respeito da inclusão na área de Ensino e
Aprendizagem, tendo como respectivos títulos: “Dificuldades de alunos com deficiência
visual na disciplina de química” e “Interações entre surdos e educadores em formação: as
transformações em ciências naturais na perspectiva da leitura de mundo”. Como na linha de
pesquisa Ensino e Aprendizagem foram apresentados 146 trabalhos, esses 2 trabalhos
apresentados acerca da inclusão representou 1,35% desse total.
Na área de Espaços Formais e não Formais foi apresentado um trabalho com o
título “Ensino de química e a linguagem brasileira de sinais (LIBRAS) alguma reflexões"
representando então 4% do total de trabalhos apresentados nessa área, já que o total de
trabalhos apresentados na mesma foi 25. Na área de Experimentação no Ensino o título do
trabalho a respeito da inclusão foi “Os sentidos da/na experimentação no ensino: Um estudo
sobre química para crianças com baixa visão”, representando 1,16% dos 86 trabalhos
apresentados nessa área.
Como pode ser observado, os trabalhos apresentados na perspectiva da “Educação
e Inclusão” em 2004 e 2006 foram a respeito da deficiência visual e auditiva. Teve-se um
crescimento de trabalhos na perspectiva da inclusão em 2006, comparando-se com o ano de
2004.
Em 2008 foi realizado o XIV ENEQ na cidade de Curitiba, no período de 21 a 24
de julho de 2008, organizado pela Universidade Federal do Paraná juntamente com outras
Universidades parceiras e teve como tema “Conhecimento Químico: Desafios e
Possibilidades de Pesquisa e Ação Docente”, sendo que esse tema foi definido a partir da
necessidade de se aprofundar um importante debate teórico sobre as pesquisa na área de
Educação Química no País.
Esse evento contou com a participação de 1270 inscritos, sendo 56% estudantes
de graduação, 14% estudantes de pós-graduação, 20% de professores da educação básica e
10% professores universitários. Foram oferecidos 30 mini-cursos e teve-se um total de 462
25
trabalhos aceitos para apresentação, sendo 262 na forma de resumos de painéis e 200 na
forma de trabalho completo. As linhas de pesquisa deste ENEQ foram as seguintes:
Currículo e Avaliação (CA)
Ensino e Aprendizagem (EA)
Ensino e Cultura (EC)
Ensino em Espaços não Formais (EF)
Experimentação no Ensino (EX)
Formação de Professores (FP)
História e Filosofia da Ciência no Ensino (HC)
Linguagem e Cognição (LC)
Materiais Didáticos (MD)
Tecnologia de Informação e Comunicação no Ensino (TIC)
A Figura 3 abaixo mostra a disposição dos 462 trabalhos em suas respectivas
linhas de pesquisa.
35,00%
32,47%
30,00%
25,00%
20,99%
20,00%
15,00%
11,04%
10,00%
8,23%
7,14%
5,63% 4,98%
5,00% 3,68% 3,68%
2,16%
0,00%
CA EA EC EF EX FP HC LC MD TIC
No evento de 2008 também não teve linha de pesquisa específica para educação
inclusiva, sendo assim os trabalhos nesse sentido foram alocados para outras linhas de
pesquisa. A partir da busca por trabalhos nessa temática - busca feita através da verificação de
cada trabalho listado e por palavras-chave no site do ENEQ do ano referido observou-se que
foram apresentados 9 trabalhos, o que representa 1,95% do total dos trabalhos apresentados
no evento. Os nove trabalhos estão listados abaixo em suas respectivas linhas de pesquisa:
26
Ensino e Aprendizagem:
“Perspectivas para o ensino de químicas e deficientes visuais em nível superior”.
Esse trabalho representou 0,66% dos 150 trabalhos apresentados na linha de pesquisa
Ensino e Aprendizagem.
Formação de Professores:
“A educação especial e inclusiva nos cursos de formação de professores de química”.
“Ensino de Química para pessoas portadoras de necessidades especiais: metodologias e
estratégias presentes no discurso de professores”.
“Parceria colaborativa na formação de professores de ciências: a Educação Inclusiva em
questão”.
“Primeiras ações do programa de inclusão social na USP e seu impacto no curso de
licenciatura em química do DQ da FFCLRP”.
“Ressignificando a formação de professores de química para a educação especial e inclusiva:
uma história de parcerias”.
Esses cinco trabalhos representaram 5,15% dos 97 trabalhos apresentados na linha de
pesquisa Formação de Professores.
Linguagem e Cognição:
“O Ensino de Química para surdos como possibilidade de aprendizagens mútuas”.
Esse trabalho representou 10% dos 10 trabalhos apresentados na linha de pesquisa
Linguagem e Cognição.
Materiais Didáticos:
“Análise de produção em educação especial e inclusiva nos programas de pós-graduação em
ensino de ciências e matemática”.
“Elaboração de trabalhos periódicos para a facilitação em química para alunos deficientes
visuais”.
Esses dois trabalhos representaram 6,06% dos 33 trabalhos apresentados na linha de
pesquisa Materiais Didáticos.
27
25,00%
20,00%
16,96%
15,00%
10,26% 11,13%
10,00%
7,07%
5,12% 5,83%
5,00% 4,06% 3,53%
3,01% 3,53%
1,94%
0,00%
CA EA EAM EC EF EI EX FP HC LC MD TIC
Ensino e Aprendizagem
“Uma proposta de inclusão de alunos com autismo por meio de jogos didáticos no ensino de
química”.
“A aprendizagem Química para alunos que apresentam deficiência visual”.
Esses dois trabalhos representaram 1,28% dos 156 trabalhos apresentados na linha de
pesquisa Ensino e Aprendizagem.
Linguagem e Cognição
“Conhecimento Científico, Conhecimento Cotidiano e a Construção dos nexos nos processos
de elaboração conceitual”.
Esse trabalho representou 5,0% dos 20 trabalhos apresentados na linha de pesquisa
Linguagem e Cognição.
Formação de Professores
“Rede Goiana de Pesquisa em Educação Especial/Inclusiva: Formando Professores de
Ciências/Química”.
“Formação de Professores na Educação Inclusiva: Uma abordagem sobre o conhecimento da
língua de sinais por educadores de ciências”.
Esses dois trabalhos representaram 2,08% dos 96 trabalhos apresentados na linha de
pesquisa Formação de Professores.
Materiais Didáticos
“Desenvolvimento e Diagnóstico de um Kit Didático Inclusivo sobre Isomeria
Constitucional”.
“A química ao alcance das mãos”.
Esses dois trabalhos representaram 3,17% dos 63 trabalhos apresentados na linha de
pesquisa Materiais Didáticos.
Educação e Cultura
“Educação Inclusiva Indígena na Química: Obstáculos e Possibilidades”.
Esse trabalho representou 9,09% dos 11 trabalhos apresentados na linha de
pesquisa Educação e Cultura.
31
Concorda-se com essa colocação, visto que quando se desenvolve uma pesquisa e
se discute a respeito de um determinado tema, o caminho da concretização das ideias postas
se torna mais fácil, e as questões políticas também influenciam significativamente nesse
processo uma vez que a criação de leis e/ou outros documentos que defendem as ideias
propostas seguem para um resultado satisfatório, saindo do abstrato para o concreto.
O XVI ENEQ foi realizado na cidade de Salvador, Bahia, no período de 17 a 20
de julho de 2012, cabendo à Universidade Federal da Bahia a incumbência de organizá-lo,
juntamente com outras IES baianas. Teve como tema “O Ensino de Química: Consolidação
dos Avanços e Perspectivas Futuras” e como objetivo congregar professores, pesquisadores,
estudantes e outras pessoas atuantes na educação básica e na educação superior e interessados
na área de Educação Química, incrementando e articulando contatos diversificados
concernentes a produções científicas. Socializar, debater e refletir criticamente ideias e
produções acadêmicas ligadas à área de ensino de química à luz das tendências, concepções e
32
30,00%
25,75%
25,00%
20,00% 19,01%
15,00% 14,04%
10,00% 9,28%
6,50%
5,22%
5,00% 4,18% 4,06%
3,48% 3,48% 3,02%
1,74%
0,12% 0,12%
0,00%
CA CT EA EAM EF EI EX FP HC HQ LC MD PE TIC
33
22. O ensino de química para deficientes visuais: concepções dos formadores de professores
acerca da inclusão.
23. Estudo da evolução da tabela periódica a partir de jogos de cartas com inclusão social no
ensino de Química.
24. A utilização de modelos moleculares alternativos no ensino de hidrocarbonetos para
alunos deficientes visuais.
25. Rumores sobre gênero na educação básica.
26. O desenvolvimento do projeto tutoria química essencial da Universidade Federal de Mato
Grosso.
27. Dificuldades apresentadas pelos professores de química no trabalho com surdos na escola
regular.
28. Alcalose Pós-Prandial para Estudo de Conceituações Químicas em uma Turma de Jovens
e Adultos.
29. Bingo Químico em Braille.
30. Estudo comparativo dos alunos optantes ou não pelas cotas afrodescendente do curso de
Licenciatura em Química da Uneb.
31. A formação de professores de química na perspectiva da educação especial: uma
pedagogia inclusiva.
32. Petróleo como tema gerador de ensino para alunos surdos.
33. Uso de Analogias para Ensino Contextualizado de SOLUÇOES para Alunos de Inclusão
Social Da Rede Básica de Educação.
34. O Ensino de Química para Estudantes Surdos: A Formação dos Sinais.
35. Materiais didáticos para alunos cegos e surdos no ensino de química.
36. Ensinando química a alunos com necessidades especiais através dos cinco sentidos.
Cabe ressaltar que apesar de 36 trabalhos na linha de pesquisa “Ensino de
Química e Inclusão”, após uma busca mais detalhada por palavras-chave e títulos,
observamos um quantitativo de mais trabalhos relacionados com a temática “Educação
Inclusiva” inseridos dentro de outras linhas de pesquisa, como detalhados abaixo:
Ensino e Aprendizagem
“Aplicação do lúdico termotrilha em turmas inclusivas do PIBID”.
“Tutoria – Projeto Química em Ação no campus Cuiabá-UFMT como iniciativa política de
inclusão oferecida aos estudantes nos anos iniciais da graduação”.
Esses dois trabalhos representaram 0,9% dos 222 trabalhos apresentados na linha de
pesquisa Ensino e Aprendizagem.
30,00%
25,16%
25,00%
20,00%
15,14%
15,00% 13,72%
11,45%
10,00%
5,39% 5,68%
5,00% 3,88% 4,07% 3,97% 4,45%
3,40% 3,69%
0,00%
CA CTS EA EAP EFD EX FP HFS IPE LC MD TIC
6,00%
5,48%
5,00% 4,87%
4,00% 3,97%
3,00%
2,00% 1,95%
1,00% 0,89%
0,37%
0,00%
ENEQ ENEQ ENEQ ENEQ ENEQ ENEQ
2004 2006 2008 2010 2012 2014
CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
ARAGÃO, A.S.; DAMASCENO, F.; SILVA, G.M. A Educação Química Inclusiva e suas
contribuições para a Educação Especial a partir dos trabalhos apresentados nas
Reuniões Anuais da SBQ e no EPPEQ. XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV
ENEQ) – Brasília, DF, Brasil, - 21 a 24 de julho de 2010.
40
FERREIRA, W. B. Educação Inclusiva: Será que sou a favor ou contra uma escola de
qualidade para todos? Revista da Educação Especial. n. 40, 2005.
GONÇALVES, F.P.; REGIANI, A.M.; AURAS, S.R.; SILVEIRA, T.S.; COELHO, J.C.;
HOBMEIR, A.K. A Educação Inclusiva na Formação de Professores e no Ensino de Química:
A Deficiência Visual em Debate. Revista Química Nova na Escola – São Paulo – SP. Vol.
35, Nº 4. P. 264-271, Novembro 2013.
MOREIRA, M.S.; SILVA, V.A.; BRAIT, L.F.R. Escola e Alunos com Necessidades
Educativas Especiais: Inclusão ou Indiferença? IV EDIPE – Encontro Estadual de Didática
e Práticas de Ensino – 2011.
SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 3 ed. Rio de Janeiro:
WVA, 1997.