Revisões Finais Auditoria 2023
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Revisões Finais Auditoria 2023
A empresa ABC, S.A. apresenta os seguintes saldos na contabilidade, relacionados com o terceiro DEF, S.A. a
31.12.N:
A. Em função da circularização efetuada ao Millennium BCP verificou-se numa conta destinada a financiamentos
à importação uma dívida de USD 200.000, reportada a 31/12/X0 e correspondente às seguintes utilizações:
- A empresa ABC,SA não contabilizou a última linha de crédito, cuja dívida se encontra registada em Fornecedores
c/c pelo valor de 61.500,00€
- A empresa ABC,SA reconheceu como gasto, aquando da contabilização da primeira utilização, os juros a pagar em
X1.
Resolução
Contabilização da última utilização de linha de crédito (1/12/X0) po 50k USD:
Regularização do adiantamento:
Conta/ Descritivo Débito Crédito
221x Fornecedores c/c 10.000,00
228 Adiantamento a Fornecedores 10.000,00
C. O saldo da conta 2451 – Contribuições para a Segurança Social – Dívida Corrente evidencia um saldo devedor
de 6.000,00€, sendo o mesmo proveniente da não contabilização dos encargos sociais sobre as remunerações
processadas em Novembro (ordenados: 52.500,00€; subsídio de Natal: 47.500,00€). Da análise efetuada aos
custos com pessoal pudemos ainda constatar que as comissões atribuídas aos vendedores (3% das vendas) são
processadas, pagas e contabilizadas após o recebimento das faturas, o que em média acontece 45 dias depois da
sua emissão. As vendas registadas em novembro e dezembro são as seguintes (Valores em k €):
X0 X-1
Dezembro 650.000 500.000
Novembro 475.000 350.000
Resolução
Contabilização dos encargos referentes às remunerações de Novembro de Sub. De Natal:
Ordenados 52.500,00
Sub. Natal 47.500,00
Sub-total 52.500 + 47.500 = 100.000,00
Encargos Seg. Social 0,2375
Valor a Registar 100.000 x 0,2375 = 23.750,00
Conta/ Descritivo Débito Crédito
635 Enc. Seg. Social 23.750,00
245 Seg. Social 23.750,00
Resolução
Prestaçã
Data Valor Amortização Divida Juros Capital em divida
o
0 30/08/X0 250.000
30/09/X0 12.320,50€ 12.320,50 – 3.472,11 = 250.000 x 1,3888% = 250.000 – 8.848,39 =
1
8.848,39€ 3.472,11€ 241.152€
30/10/X0 12.320,50€ 12.320,50 – 3.349,22 = 241.152 x 1,3888% = 241.152 – 8.971,28 =
2
8.971,28€ 3.349,22€ 232.180€
30/11/X0 12.320,50€ 12.320,50 – 3.224,62 = 232.180 x 1,3888% = 232.180 – 9.095,88 =
3
9.095,88€ 3.224,62€ 223.084€
30/12/X0 12.320,50€ 12.320,50 – 3.098,29 = 223.084 x 1,3888% = 223.084 – 9.222,20 =
4
9.222,20€ 3.098,29€ 213.862
49.281,98€ 36.137,75€ 13.144,24€
O saldo da conta Provisões para processos judiciais em curso teve a seguinte evolução no exercício de X0
(valores em Euros):
Saldo Inicial 50.000
Saldo Final 0
Resolução
Houve uma reversão de provisões constituídas, no valor de 50.000 (reversão no período)
Descrição Euros
Lucro tributável 301.132
IRC 79.800
Pagamentos por Conta (20.000)
Retenções efetuadas por terceiros (1.000)
Da análise efetuada ao draft da Dec. Mod 22 o auditor constatou que no quadro de regularizações (07) não foi
considerada uma redução de provisões já tributada em exercícios anteriores no valor de 28.700 €, nem foram
considerados juros compensatórios no valor de 2.580 €.
A estas situações, devem ser acrescidas as correções contabilísticas preconizadas pelos auditores e que foram
aceites pela empresa, exceto no que se refere às comissões pagas em X0 relativas a vendas de X-1. No que
respeita às taxas em vigor para X0, confirmou-se que as mesmas são de 25% para IRC e 1,5% para a derrama.
A. Do levantamento efetuado no SCI, foram constatados os seguintes procedimentos adotados pela empresa:
iii. As matérias primas rececionadas são conferidas através de comparação entre a guia de remessa do fornecedor e a
cópia da nota de encomenda. Sendo as quantidades concordantes é aposto um carimbo de “CONFERIDO” na guia
de remessa. Ocasionalmente, o responsável de armazém exige que, mesmo em caso de concordância entre aqueles
documentos, seja efetuada uma conferência dos produtos recebidos. Havendo divergência em algum dos itens o
mesmo é sempre objeto de contagem.
iv. As matérias primas são entregues à produção de acordo com as quantidades pedidas, mas sem atender,
normalmente, ao fluxo de entrada. Desta situação tem resultado alguns monos por envelhecimento.
Este procedimento de entregar á produção as matérias sem atender ao fluxo de entrada está errado e deve-se
sobretudo a esta situação que apos algum tempo existam materiais obsoletos e alguns monos por envelhecimento.
Deve-se entregar as matérias que já estejam em stock há mais tempo nomeadamente respeitando e podemos referir
o sistema de inventário FIFO, em que o stock a entrar é o primeiro a sair, com este sistema consegue-se evitar
situações de matérias obsoletas e ter sempre o stock valorizado.
v. No que respeita à valorização da produção (acabada e em curso) foi decidido, já em X0, imputar, a título de custos
administrativos e financeiros, 10% do custo industrial incorrido (matérias primas, mão de obra e gastos gerais de
fabrico).
Resposta: Isto é um erro, porque de acordo com aquilo que está na norma NCRF18, os custos administrativos
nunca poderão ser incluídos como custo de produção, deve ser retirado é um erro na valorização. Por outro lado, a
imputação dos gastos com financiamento eles só podem ser imputados nos casos em que os custos com
empréstimos obtidos com a norma 10 o permita o que não é o caso, uma vez que se trata de um produto que vai ser
produzido rapidamente pelo que não faz sentido que eles sejam capitalizados nos custos dos produtos mas sim nos
custos do período em causa.
vi. As matérias-primas importadas são valorizadas com base no preço praticado pelo fornecedor acrescido de uma
percentagem para despesas de compra, que pode variar entre 2% e 10% conforme o país de origem (10% para o
Brasil). Estas percentagens são periodicamente revistas pelo DAF, tendo em conta os custos efetivamente
suportados.
Resposta: desde que haja uma correção e uma reafectação de acordo com os custos efetivamente suportados
entende-se que haja uma estimativa criada de forma a que os gatos sejam pelo menos incorporados
atempadamente.
vii. Face ao sistema contabilístico implementado (inventário intermitente), as existências são sempre inventariadas na
sua totalidade (tem de ser) no final do exercício. A inventariação é feita exclusivamente pelo pessoal do armazém.
Isto é errado, deve haver uma combinação para a inventariação de pessoas afetas ao armazém, mas também de
pessoas afetas a outras áreas nomeadamente áreas administrativas e da contabilidade. No caso dos produtos em
curso, as listas de existências são elaboradas com base nas ordens de produção em aberto e na observação da fase
de acabamento de cada uma. A contagem física, neste caso, é feita por amostragem.
Tratando-se de sistema de inventario intermitente e não permanente a contagem física deve ser integral e não por
amostragem.
viii. Para a inventariação física das existências não são preparadas quaisquer instruções, as quais, na opinião do
responsável pelo armazém, só serviriam para perder tempo, face ao grande conhecimento de todos os
intervenientes. As quantidades são anotadas em listas previamente preparadas, as quais incluem a descrição de
todas as matérias e produtos suscetíveis de existir em armazém. As quantidades são anotadas a lápis. Não é feita
qualquer indicação sobre a rotação das existências.
A necessidade de preparar e formar as pessoas com instruções para o processo de inventariação física, é a única
forma, tem de ser escrita e é a única forma de assegurar que há um controlo completo de todo o processo, caso
contrário tudo poderá correr mal. Este processo de inventariação física deverá ter a participação dos vários
departamentos para que sirva para partilha de informação entre as diferentes pessoas. Por outro lado, apesar de
termos as listagens previamente preparadas, estas não podem conter as quantidades, as quantidades resultam da
contagem física efetivas, e estas contagens devem ser comparadas com as do sistema. Estas situações das
contagens nas próprias listagens podem levar a que o pessoal pique sem fazer a contagem física. Portanto a única
forma de assegurar que a inventariação seja bem feita é colocar as quantidades em branco obrigando a quem faz
esse serviço a registar as quantidades existentes. Nunca podem ser colocadas a lápis, devem ser a caneta ou
marcador e registar também no próprio inventario para que não seja novamente registado por uma segunda equipa.
E por fim é necessário ter em consideração a rotação das existências, para verificar se não existem artigos que já
não estejam a ser utilizados e cujo VRL seja eventualmente inferior ao valor do custo, gerando-se um ajustamento
ou imparidade ao abrigo do paragrafo 9 da norma 18.
ix.A valorização de todas as existências é feita pela contabilidade.
Desde que tenham todos os elementos adequados não há qualquer problema.
B. Dos procedimentos substantivos efetuados, na área das existências, constataram-se os seguintes aspetos:
i. As quantidades constantes das listas de matérias-primas e de produtos acabados estão de acordo com as contagens
assistidas pela auditoria. Os testes efetuados às operações aritméticas permitem igualmente concluir que as somas e
multiplicações foram adequadamente feitas pela empresa.
Estes procedimentos em princípio estão todos de acordo com as normas, pelo que não há nada a efetuar.
ii. As existências finais, já consideradas no balancete de dezembro disponibilizado pela empresa, são os seguintes, em
Euros:
Os testes efetuados ao corte de operações e à valorização das matérias primas permitiram constatar que as últimas
faturas contabilizadas em X0 relativamente à compra da matéria X foram os seguintes:
Da verificação dos documentos de Janeiro de X1 foi ainda detetada na pasta de fornecedores a Fatura N.º 2140, de
31/12/X0, de USD 9.000,00 relativa à aquisição de 150 unidades de X, apenas rececionadas em 12/01/X1. As
despesas inerentes a esta compra ascenderam a 960,00 € e foram debitadas em 16/1/X1.
Resolução
Não esquecer que o cambio utilizado foi o dado pelo exercício 1: 20/10/X0 1,24/1,25
Análise da Valorização: 15/11/X0 1,27/1,28
10/12/X0 1,26/1,27
Fatura
Quant. Custo Unitário Custo Final 31/12/X0 1,28/1,29
N.º
2012 300 58.51 17.552,80 12/01/X1 1,27/1,28
1930 400 58.25 23.300,00
1878 100 57.25 11.450,00
800 46.577,80
Valor CF 57.552,00
Diferença -10.974,20
Conta/ Descritivo Débito Crédito Observações
61x CMVMC 10.974,20 Pela Sobrevalorização
36x Matérias Primas 10.974,20
iii. Da análise efetuada à rotação dos inventários, e com base nas informações obtidas aquando do inventário, conclui-se
que do grupo “Outras matérias primas”, cerca de 50% são referentes a artigos sem movimento há mais de 2 anos e sem
grandes expectativas de virem a ser utilizados. Dos elementos fornecidos pela gerência ficou ainda a saber-se que existe
uma proposta de compra daqueles artigos, mas apenas por 32.500 €, cabendo à empresa colocá-los no armazém do
adquirente, o que, exigindo um custo acrescido na ordem dos 3.750 €, tem atrasado a decisão final da transação. Existem
ainda outros artigos, no valor de cerca 2.500 €, os quais, por denotarem algum envelhecimento, só em situações de rutura
serão utilizados.