Assistencia Farmaceutica Sus Relatorio Recomendacoes
Assistencia Farmaceutica Sus Relatorio Recomendacoes
Assistencia Farmaceutica Sus Relatorio Recomendacoes
ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
NO SUS:
20 ANOS DE
POLÍTICAS E
PROPOSTAS PARA
DESENVOLVIMENTO E
QUALIFICAÇÃO
RELATÓRIO COM ANÁLISE E
RECOMENDAÇÕES DE GESTORES,
ESPECIALISTAS E REPRESENTANTES
DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA
Brasília – DF
2018
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia
e Insumos Estratégicos
Departamento de Assistência
Farmacêutica e Insumos Estratégicos
ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
NO SUS:
20 ANOS DE
POLÍTICAS E
PROPOSTAS PARA
DESENVOLVIMENTO E
QUALIFICAÇÃO
RELATÓRIO COM ANÁLISE E
RECOMENDAÇÕES DE GESTORES,
ESPECIALISTAS E REPRESENTANTES
DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA
Brasília – DF
2018
2018 Ministério da Saúde.
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Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde
que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: <www.
saude.gov.br/bvs>.
Organização:
Diana Graziele dos Santos
Rafael Santos Santana
Tiago Marques dos Reis
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos
Estratégicos.
Assistência Farmacêutica no SUS: 20 anos de políticas e propostas para desenvolvimento e qualificação : relatório com análise e recomendações
de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018.
125 p. : il.
1. Política Nacional de Assistência Farmacêutica. 2. Política Nacional de Medicamentos. 3. Farmácia popular. 4. Relatório técnico. I. Título.
CDU 615.03(047)
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Distribuição de temas por grupo de discussão (I Oficina)................. 34
Quadro 2 – Distribuição de temas por grupo de discussão (II Oficina)............... 37
Quadro 3 – Principais problemas identificados sobre o tema
“Gestão e Financiamento”................................................................ 41
Quadro 4 – Principais problemas identificados sobre o tema
“Programação e Aquisição”............................................................... 43
Quadro 5 – Principais problemas identificados
sobre o tema “Incorporação e Acesso”............................................. 44
Quadro 6 – Principais problemas identificados sobre o tema “Estrutura”............. 46
Quadro 7 – Principais problemas identificados
sobre o tema “Informação e Monitoramento”................................. 48
Quadro 8 – Principais problemas identificados
sobre o tema “Educação e Recursos Humanos”............................... 50
Quadro 9 – Principais problemas identificados sobre o tema
“Dispensação e Cuidado”................................................................. 53
Quadro 10 – Principais problemas identificados sobre o tema
“Burocratização dos serviços de Assistência Farmacêutica”............... 54
SUMÁRIO
CONTEXTUALIZAÇÃO......................................................................... 7
AVANÇOS DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA..................................... 11
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – Rename:
patrimônio da Assistência Farmacêutica do SUS.................................................... 12
A universalização do acesso a medicamentos no SUS:
o Componente Básico da Assistência Farmacêutica – Cbaf.................................... 15
Busca pela integralidade: Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica – Ceaf............................................................................ 17
O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica – Cesaf
e a equidade no SUS............................................................................................. 19
Programa Farmácia Popular do Brasil: estratégia de ampliação do acesso................ 20
Fitoterapia no SUS: conhecimento científico e tradicional a serviço da saúde......... 22
Programa Nacional de Qualificação da
Assistência Farmacêutica no SUS – Qualifar-SUS................................................. 24
ESTRATÉGIA DE TRABALHO............................................................... 31
I Oficina Nacional de Assistência Farmacêutica..................................................... 32
II Oficina Nacional de Assistência Farmacêutica.................................................... 35
OS PROBLEMAS IDENTIFICADOS........................................................ 39
Gestão e Financiamento........................................................................................ 39
Programação e Aquisição...................................................................................... 42
Incorporação e Acesso........................................................................................... 43
Estrutura............................................................................................................... 45
Informação e Monitoramento............................................................................... 47
Educação e Recursos Humanos............................................................................ 49
Dispensação e Cuidado......................................................................................... 51
Burocratização dos serviços de Assistência Farmacêutica........................................ 53
AS PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO.......... 56
Síntese de Propostas nº 1....................................................................................... 57
Síntese de Propostas nº 2....................................................................................... 58
Síntese de Propostas nº 3....................................................................................... 58
Síntese de Propostas nº 4....................................................................................... 59
Síntese de Propostas nº 5....................................................................................... 59
Síntese de Propostas nº 6....................................................................................... 60
Síntese de Propostas nº 7....................................................................................... 60
Síntese de Propostas nº 8....................................................................................... 61
Síntese de Propostas nº 9....................................................................................... 61
Síntese de Propostas nº 10..................................................................................... 62
Síntese de Propostas nº 11..................................................................................... 63
Síntese de Propostas nº 12..................................................................................... 64
Síntese de Propostas nº 13..................................................................................... 64
Síntese de Propostas nº 14..................................................................................... 64
Síntese de Propostas nº 15 .................................................................................... 65
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 67
REFERÊNCIAS...................................................................................... 69
ANEXOS............................................................................................... 77
Anexo A – Programação – I Oficina Nacional de Assistência Farmacêutica............ 78
Anexo B – Programação – VI Fórum Nacional de Assistência Farmacêutica e
II Oficina Nacional de Assistência Farmacêutica.................................. 81
Anexo C – Lista de problemas identificados durante processo de discussão e
análise da Assistência Farmacêutica...................................................... 84
Anexo D – Gestão e Financiamento...................................................................... 88
Contextualização
7
MINISTÉRIO DA SAÚDE
8
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
10
Avanços da Assistência
Farmacêutica
11
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CPI
MEDICAMENTOS
CEME CONFERÊNCIA FIM DA PNAF
DAF E
PNI DE ALMA-ATA CEME PNPMF QUALIFAR
CMED
SUS FARMÁCIA DECIIS
RENAME GENÉRICOS POPULAR
JUN-71 SET-73 JAN-75 JAN-77 SET-78 JAN-87 OUT-88 JUL-97 OUT-98 JAN-99 FEV-99 MAI-00 JUN-03 JUN-03 MAI-04 MAI-04 JUN-06 MAI-09 ABR-11 JUN-12 AGO-14
PROGRAMA PNM
FARMÁCIA CONITEC
LISTA MODELO BÁSICA ANVISA
CONFERÊNCIA NACIONAL DE
DE MEDICAMENTOS ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA LEI FARMÁCIA COMO
DA OMS ESTABELECIMENTO DE SAÚDE
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Rename
Foi possível verificar uma (i) Rename em fase de estruturação como política, com
tentativas de difusão e organização de métodos de elaboração, em uma fase pré-SUS,
dentro do contexto da Ceme. Na sequência, uma (ii) Rename em fase de consolidação,
no contexto da PNM e da Pnaf, com estruturação de métodos de elaboração sob
a condução da Comissão Técnica e Multidisciplinar de Atualização da Rename
(Comare). E, por último, entrando numa fase de (iii) Rename como definidora do acesso,
pautada pelos novos marcos legais, que a colocam como definidora do financiamento
da Assistência Farmacêutica no País, além dos processos de elaboração agora
conduzidos pela Conitec.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
24%
LAB. OFICIAIS
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
No ano de 2006, duas políticas sobre essa temática foram publicadas: Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC),
aprovada por meio da Portaria GM/MS nº 971, de 3 de maio de 2006, e
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Eixo Estrutura
Eixo Informação
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Eixo Educação
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Eixo Cuidado
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Estratégia de Trabalho
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Para isso, dois momentos foram organizados para reunir esses entes, descritos na
figura a seguir:
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
TEMAS
GRUPOS
1º MOMENTO 2º MOMENTO
01 ESTRUTURA
02 ESTRUTURA
03 INFORMAÇÃO
04 GESTÃO E INFORMAÇÃO
05 FINANCIAMENTO EDUCAÇÃO E RECURSOS HUMANOS
06 EDUCAÇÃO E RECURSOS HUMANOS
07 CUIDADO E USO RACIONAL
08 CUIDADO E USO RACIONAL
Fonte: Autoria própria.
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temático. O método utilizado para discussão dos temas considerou como referencial
teórico o Planejamento Estratégico Situacional, desenvolvido pelo economista
chileno Carlos Matus, com adaptações para viabilização no evento. (FIGUEIREDO
FILHO; MÜLLER, 2002)
35
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GRUPOS TEMAS
01 GESTÃO E FINANCIAMENTO
02 INCORPORAÇÃO E ACESSO
03 INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO
04 EDUCAÇÃO E RECURSOS HUMANOS
05 PROGRAMAÇÃO E AQUISIÇÃO
06 ESTRUTURA
07 DISPENSAÇÃO E CUIDADO
08 BUROCRATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Fonte: Autoria própria.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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Os problemas
identificados
Gestão e Financiamento
Muitos aspectos e questões foram apresentados e debatidos nos diferentes grupos
de trabalho. De maneira geral, destacaram-se reflexões acerca da preocupação com a
garantia dos recursos necessários para o financiamento da Assistência Farmacêutica
num contexto de orçamento insuficiente para o SUS (subfinanciamento) e de
disputas com outros segmentos do setor Saúde. Também se refletiu sobre o risco das
demandas de a média e a alta complexidade se sobreporem fortemente em relação
às necessidades da Atenção Básica, que possui menor poder de vocalização política.
39
MINISTÉRIO DA SAÚDE
NOTA DE EVIDÊNCIAS
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Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Programação e Aquisição
As contínuas dificuldades nos processos de programação e aquisição de
medicamentos foram questões recorrentes na discussão dos grupos. Os problemas
nos processos licitatórios e o consequente desabastecimento de medicamentos
parecem ser mais evidentes nos pequenos municípios. A falta de um debate amplo
e de proposições de políticas públicas para resolver essa questão foi apontada
nos debates.
NOTA DE EVIDÊNCIAS
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Incorporação e Acesso
Algumas estratégias de acesso a medicamentos foram alvo de críticas dos atores
envolvidos. Pode-se destacar a falta de PCDT padronizados nacionalmente para
doenças e agravos comuns à Atenção Básica. A emissão de diversos documentos
divergentes de PCDT pelo Ministério da Saúde, ou por outros entes do SUS, não
favorece a uniformização de condutas terapêuticas pela ótica da melhor evidência
científica disponível, prejudicando as ações dos profissionais de saúde e as estratégias
de promoção do uso racional de medicamentos e outras tecnologias.
43
MINISTÉRIO DA SAÚDE
NOTA DE EVIDÊNCIAS
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Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
conclusão
Estrutura
Além dos gastos para garantir a disponibilidade dos produtos e dos serviços
farmacêuticos, é essencial o investimento em infraestrutura que envolva toda
a cadeia do medicamento, incluindo as estruturas de transporte. No âmbito
nacional, destaca-se que alguns avanços foram recentemente obtidos por meio do
Qualifar-SUS, com o investimento de recursos de custeio e capital prioritariamente
em municípios com população de extrema pobreza. Todavia, discutiu-se que esse
programa ainda possui fragilidades em relação à sua abrangência populacional, à
garantia de sua sustentabilidade financeira e político-institucional, à sua capacidade
de produzir efetivo impacto positivo na mudança da realidade e de correção das não
conformidades já identificadas em âmbito nacional.
NOTA DE EVIDÊNCIAS
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
Informação e Monitoramento
A garantia de uma informação de qualidade também foi colocada como
condição essencial para a análise objetiva da situação sanitária e para a qualificação
da Assistência Farmacêutica. Historicamente, a política de informação em saúde no
Brasil é segmentada, não participativa, construída segundo a lógica de programas
específicos. Isso ocasionou pulverização e duplicação dos sistemas de informação
em saúde e ausência de comunicação entre as instâncias gestoras, restringindo o
papel dos estados, dos municípios e das representações da sociedade e na tomada
de decisões.
NOTA DE EVIDÊNCIAS
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Outra questão discutida pelo grupo foi que o Hórus não contempla todas as
necessidades da gestão e replica a lógica do financiamento, dividindo o atendimento
em componentes. Além disso, não há interface entre os sistemas municipais, estaduais,
Hórus, Farmácia Popular e prontuário eletrônico, dificultando a macrogestão e,
também, a gestão dos casos clínicos.
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NOTA DE EVIDÊNCIAS
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Dispensação e Cuidado
O interesse pela participação mais ativa do farmacêutico no cuidado direto ao
paciente tem crescido mundialmente, reforçando a necessidade de implementação
de serviços de atenção coordenados por esse profissional e a sua inserção nas equipes
de saúde. Apesar dos importantes avanços no acesso gratuito a medicamentos
no País, com ampliação do elenco e de estratégias de fornecimento, há grande
fragmentação dos serviços farmacêuticos e ausência de padronização da prática
clínica. Observam-se decisões não uniformes que refletem, consequentemente, na
redução de reconhecimento profissional do farmacêutico pela sociedade.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
NOTA DE EVIDÊNCIAS
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
NOTA DE EVIDÊNCIAS
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Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
conclusão
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As propostas para
desenvolvimento
e qualificação
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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
Síntese de Propostas nº 1
Avaliação do impacto do Programa Nacional de Qualificação da Assistência
Farmacêutica (Qualifar-SUS) para ajustes, garantia de sua continuidade e
ampliação para novos municípios.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Síntese de Propostas nº 2
Revisão dos Parâmetros de estrutura mínima de farmácias (“Diretrizes para
estruturação de farmácias no âmbito do SUS” e RDC nº 50, de 21 de fevereiro
de 2002), com definição de indicadores e rotina de monitoramento.
Síntese de Propostas nº 3
Estruturação de um modelo e fluxo de programação, sistematizada, articulada entre
os entes, ascendente, a fim de evitar duplicidade, padrões divergentes de qualidade
e excessivo número de regras entre os programas de saúde do SUS.
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Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
Síntese de Propostas nº 4
Integração das informações da Assistência Farmacêutica entre as esferas do
SUS, com mobilização dos gestores, da criação e da aplicação de indicadores de
monitoramento das ações, da efetividade do acesso e dos recursos empregados por
cada ente.
Síntese de Propostas nº 5
Disponibilização de soluções para municípios que não possuem infraestrutura
física e tecnologia para adesão à Base Nacional de Ações e Serviços da Assistência
Farmacêutica, como: inclusão na lista de beneficiados pelo Qualifar-SUS, criação
do Hórus off-line e de recurso alternativo para aquisição de equipamentos,
entre outros.
59
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Síntese de Propostas nº 6
Estruturação de um programa ministerial para fomento e implantação de consórcios
intermunicipais ou interestaduais para aquisição e distribuição de medicamentos.
Síntese de Propostas nº 7
Revisão do modelo, valores e lógica de financiamento dos medicamentos
da Atenção Básica, de forma que não privilegie apenas o produto e preveja as
diferenças e necessidades regionais.
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Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
Síntese de Propostas nº 8
Revisão das políticas e regras atuais de financiamento e acesso a medicamentos
para Oncologia, na busca de maior efetividade do acesso e maior transparência
para gestores, profissionais e usuários.
Síntese de Propostas nº 9
Elaboração de diretrizes nacionais para gerenciamento dos processos de
judicialização e criação de comissões estaduais (com gestores, Judiciário, prescritores
e outros) para pactuação, condução e enfrentamento dessa demanda crescente.
61
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Síntese de Propostas nº 10
Harmonização das diretrizes ministeriais e ampliação da elaboração de Protocolos
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Atenção Básica, priorizando
doenças e agravos mais prevalentes para qualificação da assistência sob a ótica da
saúde baseada em evidências.
Nesse sentido, Ronsoni et al. (2015) atestaram a qualidade dos PCDT elaborados
pelo Ministério da Saúde, mas apontaram a necessidade de melhorar a descrição dos
métodos utilizados na elaboração das recomendações e incluir na publicação oficial
do documento apêndices (fluxogramas, fichas, guia e tabelas) e outras informações
técnicas relativas às evidências que basearam sua construção. Karnikowski et al.
(2017) ressaltam, ainda, que “facilitar o acesso dos profissionais da atenção primária
às diretrizes e protocolos clínicos baseados em evidência proporcionará um melhor
uso de recursos públicos e o uso seguro e responsável dos medicamentos no SUS”.
Além das ações destacadas a seguir, pode-se citar também como estratégias
de qualificação da Assistência Farmacêutica: (i) elaboração de elenco mínimo de
medicamentos para Oncologia; (ii) atualização periódica e permanente do FTN;
(iii) promoção da adesão dos clínicos à prescrição de medicamentos da Rename; (iv)
62
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
Síntese de Propostas nº 11
Criar estratégias para avaliação de tecnologias nos estados e nos municípios,
desburocratizar o processo de avaliação de tecnologias na esfera federal e atualização
da Rename para atendimento das necessidades do SUS, consultando a sociedade
sobre as demandas prioritárias para avaliação.
No entanto, o foco na análise da alta tecnologia tem sido apontado como ameaça
à atualização de tratamentos para doenças que atingem populações vulneráveis ou ao
atendimento de demandas de menor complexidade da Atenção Básica, por exemplo.
Algumas propostas têm sido apontadas na literatura e estão em consonância com as
proposições desse relatório, como: (i) reavaliar fluxos e critérios para a submissão
de demandas à Conitec, especialmente aquelas apontadas por estados e municípios;
(ii) manter a priorização dos últimos anos das demandas da Atenção Básica para
atualização da Rename; (iii) pactuar norma ou diretrizes de orientação para a seleção
complementar de medicamentos em estados e municípios. (NASCIMENTO
JÚNIOR et al., 2015; KARNIKOWSKI et al., 2017; MARQUES; ZUCCHI, 2006;
SANTANA; LUPATINI, LEITE, 2017; FIGUEIREDO; SCHRAMM; PEPE, 2014)
63
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Síntese de Propostas nº 12
Normatizar padrões mínimos sugestivos de equipes e atribuição dos principais
profissionais da Assistência Farmacêutica, incluindo o papel do auxiliar/técnico de
farmácia, com intuito de qualificar tecnicamente os trabalhadores desses serviços.
Síntese de Propostas nº 13
Mapear necessidades e, a partir disso, elaborar ações de qualificação das equipes
de Assistência Farmacêutica para atendimento das principais demandas de gestão,
controle de recursos, atividades técnicas e clínicas.
Síntese de Propostas nº 14
Revisão das iniciativas de implantação do Cuidado Farmacêutico no SUS a fim
de elaborar diretrizes nacionais com objetivos prioritários e ações de fomento
à expansão do cuidado farmacêutico, dando preferência aos serviços que já
superaram barreiras de infraestrutura.
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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
Farmacêutico, atrelados à estrutura e aos serviços, foi entendida como ações para que
estes serviços sejam prestados nas diversas realidades nacionais.
Síntese de Propostas nº 15
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
por faixa etária, região do País, número de doenças crônicas não transmissíveis e de
medicamentos prescritos e autoavaliação da saúde. (OLIVEIRA et al., 2016) Apesar
disso, Alvares et al. (2017) afirmam que o acesso aos medicamentos continuam sendo
um desafio, pois ainda é fortemente comprometido pela baixa disponibilidade de
medicamentos essenciais em unidades públicas de saúde.
66
Considerações Finais
Muitos passos foram dados para ampliação contínua do acesso e uso racional de
medicamentos no País. Evidentemente ainda há muito a se fazer, e a responsabilidade
dos agentes públicos e da sociedade em geral para garantir e ampliar os avanços
é fundamental.
67
MINISTÉRIO DA SAÚDE
68
Referências
69
MINISTÉRIO DA SAÚDE
70
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html>. Acesso
em: 25 jan. 2018.
71
MINISTÉRIO DA SAÚDE
BROWN, J. et al. The World Café: shaping our futures through conversations that matter.
San Francisco: Berrett-Koehler Publishers Inc., 2010. 300 p.
72
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
LEITE, S. N. et al. Infrastructure of pharmacies of the primary health care in the Brazilian
Unified Health System: analysis of PNAUM: services data. Revista de Saúde Pública,
São Paulo, v. 51, set. 2017. Supl. 2.
73
MINISTÉRIO DA SAÚDE
74
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
75
MINISTÉRIO DA SAÚDE
TAVARES, N. U. L. et al. Factors associated with low adherence to medicine treatment for
chronic diseases in Brazil. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 50, 2016. Supl. 2.
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Anexos
77
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Anexo A
Programação – I Oficina Nacional de Assistência Farmacêutica
8/2/2017
8h30 – Credenciamento
9h30 às 12h
Mesa-redonda 1: Avanços e desafios da Política Nacional de Assistência
Farmacêutica: onde estamos?
Palestras:
yy Avaliação dos 10 anos da Pnaf e resultados da Pnaum
Mirna Poliana Furtado de Oliveira Martins – DAF/SCTIE/MS
yy Avanços e desafios da gestão estadual da Assistência Farmacêutica
Vitor Manuel Jesus Mateus – Conass
yy Avanços e desafios da gestão municipal da Assistência Farmacêutica
Elton da Silva Chaves – Conasems
yy Acesso e participação social na execução da política de
Assistência Farmacêutica
Ronald Ferreira dos Santos – CNS
78
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
13h às 15h
Debatedores:
Lore Lamb – Conass
Grazielle Custódio David – Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc)
TARDE
79
MINISTÉRIO DA SAÚDE
9/2/2017
9h às 12h
13h às 17h
TARDE
DISCUSSÃO DE GRUPO
TEMA: Gestão e Financiamento
10/2/2017
8h às 12h
DISCUSSÃO DE GRUPO
MANHÃ
16h – Encerramento
80
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
Anexo B
Programação – VI Fórum Nacional de Assistência Farmacêutica e II
Oficina Nacional de Assistência Farmacêutica
Palestras:
• Os Blocos de Financiamento do SUS e a revisão da Portaria nº 204, de 29 de janeiro
de 2007 – Rodrigo César Faleiro de Lacerda (SE/MS)
• A garantia do acesso a medicamentos na reorganização da gestão e do financiamento
em nível estadual – Rene Santos (Conass)
• A garantia do acesso a medicamentos na reorganização da gestão e do financiamento
em nível municipal – Elton da Silva Chaves (Conasems)
• O uso de fontes de dados para o aprimoramento da gestão e do monitoramento dos
recursos destinados à Assistência Farmacêutica – Heber Dobis Bernarde (DAF/
SCTIE/MS)
81
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Palestras:
● Programa Farmácia Popular do Brasil como estratégia para ampliação do acesso a
medicamentos – Cleonice Lisbete Silva Gama (DAF/SCTIE/MS)
● A equidade na Assistência Farmacêutica no SUS e o acesso a medicamentos para
populações vulneráveis – Lorena Brito Evangelista (DAF/SCTIE/MS)
● O desafio da garantia da integralidade em contextos de pressão pela alta tecnologia
e crises de orçamento público – Emmanuel de Oliveira Carneiro (DAF/SC-
TIE/MS)
● Política de Avaliação de Tecnologias em Saúde no SUS e a Rename como pro-
motora do acesso a medicamentos – Artur Felipe Siqueira de Brito (DGITS/
SCTIE/MS)
● Judicialização Boa e Judicialização Má: desafios dos operadores do direito –
Dr. Tiago Lopes Coelho (UFMG).
Debatedores:
● Lore Lamb (Conass)
● Elton da Silva Chaves (Conasems)
● Ronald Ferreira (CNS)
82
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
Experiências Apresentadas:
83
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Anexo C
Lista de problemas identificados durante processo de
discussão e análise da Assistência Farmacêutica
84
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
85
MINISTÉRIO DA SAÚDE
56 Altos preços e preços diferenciados para aquisição dos diferentes entes federados.
86
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
87
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Anexo D
GESTÃO E FINANCIAMENTO
88
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
GESTÃO E FINANCIAMENTO
89
MINISTÉRIO DA SAÚDE
GESTÃO E FINANCIAMENTO
– Ampliar o Qualifar, pois muitos municípios ainda não possuem estrutura para
fomentar a AF.
– O Ministério deve fomentar, incentivar e disseminar a sugestão de formação de
consórcios entre municípios/estados para aquisição de medicamentos e divulgar
melhor essa informação aos estados.
– Criar um indicador econômico/financeiro que demonstre o impacto social da
gestão da AF: ideia de que a cobrança viesse do Ministério da Saúde para estado
e município.
90
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
GESTÃO E FINANCIAMENTO
– Criar diretrizes para utilização dos recursos diante do novo modelo de repasse
de recurso (medicamentos e custeio) com vistas a auxiliar os gestores.
– Avaliar o impacto no orçamento dos entes federativos das mudanças de
protocolos clínicos.
– Criar nos estados comissões com as áreas envolvidas, como a AF + médicos
+ Judiciário (Defensoria, juízes) + etc., para pactuar e discutir as judicializações.
– O Ministério deve fomentar a criação dessas comissões.
– Definir o que é de responsabilidade de cada ente em um processo de
judicialização, uma vez que determinados processos são inviáveis para o
município arcar.
– Definir uma forma de garantir um núcleo de gestão, capacitado, que
permanecesse mais que um ciclo político, com uma gestão baseada em processos.
– Sensibilização dos gestores superiores da importância do farmacêutico, com
capacitação, na tomada de decisões.
– Fomentar a capacitação de farmacêuticos para atuação na gestão.
– Criar diretrizes mínimas para atribuição dos farmacêuticos e suas diferentes
funções.
91
MINISTÉRIO DA SAÚDE
PROGRAMAÇÃO E AQUISIÇÃO
Rodada 1
Problemas com fornecimento: empresa participa da licitação, ganha, mas não
entrega o medicamento.
Principais assuntos discutidos
Reajuste de preço solicitado pelas empresas após licitação, o que gera carta de
desistência. Empresas participam de licitação com preços muito baixos, depois
solicitam reajuste de preço.
Desabastecimento de medicamento e problemas com compras.
As áreas técnicas participam pouco dos termos de referência de
medicamentos. Elaboração de TR pelas áreas técnicas se faz importante.
Dificuldade de estabelecer metodologia que estabeleça preço máximo de
venda ao governo de acordo com o mercado.
Perda da carta de credenciamento de fornecedor, pois o TCU entende que a
carta restringe a concorrência. Essa medida foi positiva, pois era um dificultador
da ampla concorrência.
Pensar em um instrumento que traga essa garantia.
Rodada 1
Mercado regulando o estado, não o inverso.
Síntese das
propostas
92
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
PROGRAMAÇÃO E AQUISIÇÃO
Rodada 2
Criação de equipe direcionada para compra de medicamentos.
Síntese das propostas
Adesão à ARP.
Necessidade de incentivo do Ministério na formação de consórcios.
Importância da informatização dos processos.
Adesão ao Hórus como ferramenta que proporciona transparência.
Necessidade de melhoramento de relatórios gerenciais.
Melhorar a relação e o fluxo de informação entre município, estados e MS.
Capacitação continuada.
Rodada 3
Incentivo aos consórcios para facilitar a aquisição.
Principais assuntos
93
MINISTÉRIO DA SAÚDE
PROGRAMAÇÃO E AQUISIÇÃO
Principais assuntos Rodada 4
Divergência de preços praticados nas diversas regiões.
discutidos
SUS”.
Necessidade do MS: reanalisar, melhorar, e de os estados alimentarem o
sistema.
Intensificar as discussões no processo de aquisição, envolvendo todos os entes
federativos.
Necessidade de sistematizar e automatizar a programação.
Capacitação constante voltada para aquisição e programação.
Estimular a aderência aos consórcios.
Necessidade de programação ascendente.
Rodada 5
Principais assuntos discutidos
94
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
PROGRAMAÇÃO E AQUISIÇÃO
95
MINISTÉRIO DA SAÚDE
PROGRAMAÇÃO E AQUISIÇÃO
Rodada 7
Qualificação dos fornecedores por meio de um cadastro único nacional.
Síntese das propostas
Rodada 8
Uso de sistema de informação.
Síntese das
propostas
96
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
ESTRUTURA
Rodada 1
● Necessidade recorrente de estruturação física, RH, processos de trabalho
– Experiência Paraná – Recurso orçamentário – adequação regionais de
saúde e recursos municípios – proibição de comprar medicamentos –
recurso – pequeno, pois é possível grandes transformações com recursos
que variam de 20 a 40 mil reais, principalmente com municípios de
pequeno porte. Ano recurso custeio, ano recurso capital e ano ambos os
recursos – Monitoramento – suporte dificuldades de compra – às vezes
há morosidade no processo de compra.
● Necessidade de estruturação física para estado e municípios.
Principais assuntos discutidos
97
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ESTRUTURA
Rodada 2
● Falta de priorização das gestões no que diz respeito à estruturação.
● Recurso insuficiente para aquisição do produto. Financiamento estadual
e federal + ou - 25% do recurso utilizado para compra de medicamentos.
● Falta de financiamento – atendimento. Ministério da Saúde só se preocupa
com o financiamento do medicamento.
● R$ 12,00 por atendimento com a utilização do sistema Hórus, segundo a
SES/PE. Ausência de política para receber o usuário do SUS (ambiência).
● Falta de recursos para manter essa estrutura.
● Modelo mínimo do Manual de Diretrizes para estruturação de farmácias
no âmbito do SUS – priorizando farmácia como estabelecimento de
saúde.
● Qualifar revisto e ampliado.
Principais assuntos discutidos
Propostas:
98
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
ESTRUTURA
Rodada 3
● Recurso destinado para AF hoje é basicamente destinado para a compra
de medicamentos. Necessidade de prever um recurso específico para isso.
● Importância do Programa Qualifar-SUS para a estruturação da AF –
diferenças entre municípios com e sem Qualifar.
● Necessidade de revisar o monitoramento do programa.
● Importância do apoio externo.
Propostas:
1. Recurso destinado especificamente e direcionado à estruturação com
prestação de contas, uma vez que os 15% previstos na portaria não são
utilizados na estruturação.
2. Possibilidade de utilização do recurso de custeio do Qualifar para
Principais assuntos discutidos
investimento.
3. Retomar o apoio externo ao Qualifar-SUS.
Estudo do impacto da eficiência do Qualifar.
Rodada 4
yy Farmacêuticos atuando com múltiplas atividades, dificuldade de se
engajar em atividades importantes.
yy Centralizar as atividades no medicamento e não na estruturação como
um todo.
yy Priorização do local para a farmácia – farmácia sempre negligenciada.
Propostas:
1. Criação de indicadores da AF para mensurar se está havendo estruturação.
2. Estrutura mínima para repasse de recursos; repasse de acordo com
indicadores.
3. Articulação com órgãos de controle; vigilância sanitária – fiscalização
de órgãos competentes de forma semelhante como ocorre em
estabelecimentos privados.
4. Fiscalização como apoio para o servidor; punitiva para o gestor e não
somente para o servidor.
5. Sensibilização dos gestores em relação à importância da estrutura da
farmácia e a elaboração de planta baixa contemplando a farmácia de
forma adequada, seguindo um padrão mínimo.
99
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ESTRUTURA
Rodada 5
1. Farmácia é hoje destacada da unidade de saúde, como se não fizesse
parte, não está conectada com o serviço de saúde.
2. A utilização dos 15% para estrutura não é realidade, pois recurso é
insuficiente para a compra de medicamentos.
3. Secretarias de Saúde se esquecem de incluir a farmácia em projetos que
enviam para o Ministério.
4. Falta de recursos para a compra de medicamento e de estruturação.
Principais assuntos discutidos
Propostas:
100
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
ESTRUTURA
Rodada 6
yy Mudança de blocos de financiamento – dentro do bloco de
investimento, captar recursos para AF.
yy AF precisa se organizar, ter planejamento e projetos para
pleitear financiamento.
yy Investir em capacitação, pois muitos farmacêuticos, hoje, não
têm condições de realizar esse planejamento,
yy Capacitação visando à melhoria estrutural.
yy Ampliar o Programa Qualifar-SUS.
yy Revisão da RDC nº 50 – acrescentar estrutura mínima de
farmácia para adequação – farmácia hospitalar, farmácia
ambulatorial e CAF.
Propostas:
101
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ESTRUTURA
1. Programa Qualifar-SUS: Ampliação, remodelamento do programa,
da utilização dos recursos e do monitoramento – Ampliação do
programa para o estado, defesa do Qualifar, manutenção e ampliação; foco nos
recursos de capital e, após o fortalecimento da estrutura, repasse de recurso
de custeio; Sistema Hórus funcionando off-line; possibilidade de utilização do
recurso de custeio do Qualifar para investimento; retomar o apoio externo
ao Qualifar-SUS; estudo do impacto da eficiência do Qualifar; capacitação
visando à melhoria estrutural; fortalecimento do monitoramento da estrutura
e aplicação dos recursos.
2. Manual de Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do
SUS: Revisão, padronização da estrutura – Revisão manual das estruturas
de farmácia; atender às condições sanitárias no Manual de Diretrizes –
articulação entre Conselho de Farmácia e Ministério da Saúde; sensibilização
dos gestores em relação à importância da estrutura da farmácia e a elaboração
de planta baixa contemplando a farmácia de forma adequada, seguindo um
padrão mínimo.
3. Estado assumindo o seu papel: Repasse e apoio no processo de
estruturação. Pactuação entre municípios e estados para que esses assumam a
sua responsabilidade e haja um compromisso de cumprir essa pactuação.
Síntese das propostas
102
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
ESTRUTURA
11. Articulação DAF e outros Departamentos ou Órgãos: Farmacêutico
participando de discussões sobre estrutura mínima de unidades básicas;
sincronia com o Manual de Diretrizes de Farmácias; integração da farmácia
na unidade de saúde; recursos para unidade de saúde englobando farmácia,
e não apenas um recurso específico – recursos liberados para novos postos
Síntese das propostas
103
MINISTÉRIO DA SAÚDE
INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO
Rodada 1
Implantação do Web Service com acesso dos dados/informações em todas as
esferas.
Capacitação dos conselheiros estaduais e municipais de saúde.
Ampliar o quadro de profissionais de órgãos de controle para monitoramento da
execução do recurso.
Criar mecanismo de monitoramento dos repasses de recurso de estado ao
município.
Principais assuntos discutidos
Implementar sanção aos entes por não cumprimento das suas obrigações.
Criação de indicadores de saúde para monitoramento de forma mais ampla e
capacitar profissionais para interpretar esses indicadores.
Ampliar capacitação sobre o sistema Hórus.
Sensibilizar gestores sobre a importância do sistema de informação para gestão
da Assistência Farmacêutica.
Melhorar a performance do Hórus para otimizar as atividades dos gestores e dos
colaboradores da ponta.
Capacitação dos gestores da Assistência Farmacêutica, não apenas os operadores
da ponta.
Definir claramente o rol de informações essenciais para monitoramento.
Garantir infraestrutura local e também no Ministério da Saúde.
Criar mecanismos de controle para garantir que o recurso de AF seja aplicado
na AF.
Fortalecer/ampliar o Qualifar/SUS.
Melhorar a comunicação entre as esferas.
104
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO
Rodada 2
Integração da comunicação de todas as áreas afetas à AF (SCTIE, SAS, SVS,
Conass, Conasems).
Estabelecer indicadores de qualidade, de efetividade.
Mapeamento do recurso financeiro da AF.
Ampliação gradativa do conjunto mínimo de dados da base nacional para
qualificação da AF, sendo uma via de mão dupla de informações.
Integrar banco de dados de saúde.
Criar ferramentas para identificar os erros nos processos de trabalho.
Garantir que os dados sejam transformados em informação.
Estabelecer procedimentos para qualificar a Assistência Farmacêutica no âmbito
do cuidado.
Integrar as informações da farmácia popular com o Hórus.
Principais assuntos discutidos
Rodada 3
Aprimoramento do Hórus ou criação de sistema para gestão dos medicamentos
oncológicos.
Ampliar capacitação sobre as ferramentas de gestão da Assistência Farmacêutica
(relatórios gerenciais BI, Hórus).
Garantir estrutura e recursos humanos para utilização de sistema de informação.
Monitoramento da estrutura dos serviços de AF para garantir a qualidade do
acesso.
Vinculação dos indicadores à manutenção dos repasses de recurso.
Garantir que o banco de preços funcione de forma efetiva.
Rodada 4
Inclusão do farmacêutico no controle social.
Ampliar o papel do farmacêutico.
Estabelecer ferramentas de controle para garantir que o usuário do SUS não
tenha acesso ao mesmo medicamento em mais de um estabelecimento.
Criação do Hórus off-line.
Estabelecer indicadores de saúde pactuados entre os três entes, penalizando
aqueles que não cumprirem seu papel e fomentando incentivos àqueles que
cumprirem.
Disponibilização de informações da AF aos gestores.
Estabelecer padrão de informação nas ferramentas de monitoramento.
105
MINISTÉRIO DA SAÚDE
INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO
Rodada 5
Garantir que a informação monitorada seja utilizada para qualificação e apoio da
AF, não para exposição/punição do ente federado.
Fomentar a utilização do Hórus no almoxarifado do Ministério da Saúde.
Estabelecer estratégias de apoio para monitoramento além dos medicamentos
com maior impacto no orçamento do MS (grupos 1A e 1B).
Principais assuntos discutidos
106
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO
Implantação do Web Service com acesso dos dados/informações por todas as
esferas.
Ampliação gradativa do conjunto mínimo de dados da base nacional para
qualificação da AF, sendo uma via de mão dupla de informações.
Integrar as informações entre os sistemas do Ministério da Saúde (Hórus,
farmácia popular etc.).
Criar mecanismo de monitoramento dos repasses de recursos de estado ao
município.
Ampliar capacitação sobre as ferramentas de gestão da Assistência Farmacêutica
(relatórios gerenciais, BI, Hórus).
Melhorar a performance do Hórus.
Garantir estrutura e recursos humanos para utilização de sistema de informação.
Monitoramento da estrutura dos serviços de AF para garantir a qualidade do
acesso.
Criação do Hórus off-line.
Síntese das propostas
107
MINISTÉRIO DA SAÚDE
INCORPORAÇÃO E ACESSO
Rodada 1. Necessidade de protocolo clínico, independentemente da
complexidade do tratamento. Mesmo na Atenção Básica, temos que ter
uma difusão de informação para os medicamentos que estão na Rename,
disponibilizando a informação oportuna do uso racional de medicamentos
(URM). Necessidade de integração das publicações do MS, visando harmonizar as
condutas. Necessidade de elencar os principais agravos da Atenção Básica, visando
integrar os procedimentos e os medicamentos entre os protocolos e a Rename.
Aprimorar as linhas de cuidado na Atenção Básica, começando pelas doenças
mais prevalentes ou comuns. Excluir da Rename os medicamentos de efetividade
duvidosa. No munícipio de São Paulo, glibenclamida foi excluída. Uniformização
nacional pode não ocorrer, devido às diferenças entre os municípios. Porém, se
há um protocolo nacional, ele deve ser seguido. Protocolo clínico deve ter boa
informação e ser bem difundido, especialmente junto aos prescritores, visando
à sua maior adesão pelos profissionais de saúde. Protocolo deve ser seguido. No
Ceaf protocolo é único para o Brasil. Em certos casos, o protocolo pode ser visto
Principais assuntos discutidos
108
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
INCORPORAÇÃO E ACESSO
Rodada 4. Farmacêuticos excluem-se muito do processo de avaliação de
tecnologias em saúde. Farmacêutico deve se apropriar mais desses conhecimentos.
Processo de revisão da Rename deve ser atualizado de forma mais rápida (em
menos de dois anos). A atualização da Rename até pode ser mais ágil, porém, deve
ser feita a discussão do acesso a essas tecnologias, quando estiverem no âmbito
da Atenção Básica. Pode-se usar uma ata de registro de preços para viabilizar
os medicamentos incorporados. A Rename não está adequada à nossa realidade.
Existem lacunas na Rename, como a saúde mental. O foco deve ser a necessidade
do usuário, não a tecnologia.
Rodada 5. Custo-efetividade deve ser observado nos processos de avaliação
Principais assuntos discutidos
109
MINISTÉRIO DA SAÚDE
INCORPORAÇÃO E ACESSO
1. Vinculação e harmonização da Rename e protocolos clínicos,
independentemente do tipo de doença e do bloco do financiamento,
disponibilizando toda a informação de forma rápida e oportuna a todos.
2. Criar e aprimorar as linhas de cuidado na atenção básica, começando pelas
doenças mais prevalentes ou com alta carga.
3. Rever a política de atenção oncológica, visando a uma padronização do
cuidado e do elenco mínimo de medicamentos.
4. Atualizar periódica e permanentemente o FTN, alinhado às atualizações da
Rename.
5. Promover a adesão dos clínicos à prescrição de medicamentos à Rename.
6. Criar, fomentar e fortalecer os núcleos de avaliação de tecnologia –comissões
Síntese das propostas
110
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
111
MINISTÉRIO DA SAÚDE
112
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
clínica.
8. Estimular recurso de custeio para Assistência Farmacêutica.
9. Posicionamento do Ministério da Saúde sobre a Lei nº 13.021/2014 – farmácia
como estabelecimento de saúde.
10. Divulgar, para estados e municípios, locais (escolas de governo, TCU) para
capacitação de gestores e profissionais de saúde na área de compras e licitações.
11. Orientar estados e municípios a utilizarem Catmat, BPS para elaboração de
termos de referências.
12. Elaborar indicadores para controle da Assistência Farmacêutica (mostrar
economicidade para justificar a necessidade do farmacêutico).
13. Criar portal no Ministério da Saúde para educação permanente da AF com
cursos próprios e divulgação de parceiros (TCU, universidades etc.).
14. Necessidade de elaborar curso para conselheiros (CMS, CES, CNS) sobre
Assistência Farmacêutica.
15. Criar programa de Assistência Farmacêutica, via Ministério da Saúde, com
quantitativo/habitante e recurso (semelhante ao PSF, Saúde Bucal etc.).
16. Criar manuais com POPs sobre AF para replicação nos estados e nos municípios.
17. Fomentar bolsas para criação de residência em Assistência Farmacêutica.
113
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DISPENSAÇÃO E CUIDADO
Rodada 1
1) Qualifar-SUS, no eixo Cuidado: para sua implantação é necessário
investir na estrutura. Não é promissor investir no cuidado em municípios
pequenos, pois estes ainda não possuem estrutura adequada para estes
serviços.
2) A implantação do cuidado é um mecanismo de valorização e
reconhecimento da importância do farmacêutico, que pode ser usado
como ferramenta para sensibilizar gestores para a contratação de
profissionais e investimento nas melhorias necessárias para o avanço da
Assistência Farmacêutica.
3) Definir um sistema informatizado para o registro da dispensação.
4) Inserir os serviços farmacêuticos no planejamento municipal, estadual,
como forma de garantir os investimentos para a execução das atividades.
5) Investir e incentivar a qualificação do cuidado em serviço.
Principais assuntos discutidos
114
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
DISPENSAÇÃO E CUIDADO
Rodada 3
1) A dispensação e o cuidado são os mecanismos que promoverão o
verdadeiro uso racional de medicamentos. Deve ser estimulado.
2) O farmacêutico precisa tomar consciência de que também é um gestor
da saúde pública, com responsabilidades desde a construção dos planos
municipais.
3) A grade curricular do curso de Farmácia precisa ser modificada de forma
que o profissional possa sair formado em clínica, com foco no paciente e
não exclusivamente no medicamento. Isso deve ocorrer para a formação
em gestão.
4) Desmistificar a imagem do farmacêutico que hoje está atrelada ao
Principais assuntos discutidos
medicamento.
5) Aproximar-se de instituições como MEC e CFF para que a formação
clínica do farmacêutico nas academias seja efetivada.
6) O modelo do cuidado implantado em Curitiba é uma metodologia difícil
de implantar. Precisa ser revisado para facilitar a multiplicação.
Rodada 4
1) Investir nas especificidades do cuidado. Devem ser promovidas
especializações, de forma que o profissional possa ser dedicado a áreas da
saúde específica.
2) Definição de papéis dentro da farmácia (farmacêutico e técnico de
farmácia). Apoio técnico para que o farmacêutico possa ficar disponível
para exercer o cuidado.
3) Pouca cobrança do governo nos resultados, como contrapartida dos
investimentos efetuados.
4) Reativar e fomentar o projeto cuidado do DAF, nos moldes de Curitiba,
com uma equipe de supervisão que promova a capacitação dos
profissionais em serviços.
5) Multidisciplinaridade ainda é um desafio para os avanços do cuidado
farmacêutico, principalmente em âmbito ambulatorial.
115
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DISPENSAÇÃO E CUIDADO
Rodada 5
1) Receitas ilegíveis ainda são uma realidade que dificulta uma dispensação
adequada.
2) Desmistificação do cuidado. Não é possível atender a todos. Muitas
vezes os próprios pacientes exercem o autocuidado de forma segura,
dominando a tecnologia, não sendo necessário fazer o cuidado. É preciso
filtrar.
3) Falta de indicadores para medir resultados é um obstáculo para os avanços
do cuidado.
Principais assuntos discutidos
116
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
DISPENSAÇÃO E CUIDADO
Rodada 7
1) Para o exercício do cuidado, o farmacêutico não necessita de estrutura
avançada.
2) Instituir documento do MS que reconheça e oriente, com pactuação
em CIT, os gestores sobre o cuidado farmacêutico como ferramenta que
contribui para a melhoria da saúde do paciente e para a melhor gestão
dos recursos, com a promoção do uso racional dos medicamentos.
3) Difundir experiências exitosas entre farmacêuticos, para divulgar os
trabalhos executados pelos profissionais, como forma de multiplicação.
Principais assuntos discutidos
117
MINISTÉRIO DA SAÚDE
118
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
119
MINISTÉRIO DA SAÚDE
120
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
cializado para municípios, já que eles são os responsáveis por receber o paciente e
dispensar o medicamento à revisão da 1.554.
A possibilidade de que estado e o município pactuem a descentralização da exe-
cução por meio de CIB, utilizando Cnes do estado, estrutura e RH do município,
conforme exemplo do Pará.
Rodada 6
Sistema que integrasse a unidade de saúde (pública ou privada) e prescrito à farmácia.
Cruzamento das informações do programa Aqui tem Farmácia Popular do que é
retirado nas Unidades Básicas de Saúde.
Prorrogação da vigência da LME vinculada a cada patologia, utilizando as
informações que irão compor a base nacional, diminuindo a apresentação de
exames desnecessários e de LME de três em três meses.
Revisão do processo burocrático dos PCDT para que eles se adequem à realidade
do local, tendo em vista que o PCDT é escrito pela academia.
Agilidade na realização de exames que são necessários para a dispensação de
medicamentos do componente especializado.
Informar os pacientes claramente da documentação necessária para a dispensação
de um medicamento, utilizando diferentes meios de comunicação (internet,
pôster, manual).
Rever a fragmentação nos moldes dos componentes da Assistência Farmacêutica, o
que confunde a população e que já está superado como modo de organizar o cuidado.
Investir e fortalecer os municípios para que eles dispensem todos os medicamentos
aos pacientes, para que o paciente tenha apenas uma referência para informação à
descentralização da execução atrelada à estrutura,à capacitação e ao acompanhamento;
estado ficaria com a autorização, o monitoramento e a avaliação.
121
MINISTÉRIO DA SAÚDE
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Equipe Técnica
Facilitadores e Relatores:
Alane Andrelino Ribeiro Karen Cristine Tonini
Anne Caroline Oliveira Bernarde Letícia Mendes Ricardo
Antônio Joaquim Bonfim Luciana Costa Xavier
Benilson Beloti Barreto Luiz Alberto Delboni Filho
Camila Kaori Nakagawa Igor Luiz Cerqueira
Clariça Rodrigues Soares Marta da Cunha Lobo Souto Maior
Daniela Dias Dantas Nicole Menezes de Souza
Ediane de Assis Bastos Patrícia Santos Marcal
Evandro de Oliveira Lupatini Raissa Allan Santos Domingues
Fábio Cardoso Reis Rodrigo Ramos de Sena
Gabriel Gonçalves Okamoto Wanslei Oliveira Lima
Jessé da Nobrega Azevedo Wendell Rodrigues Oliveira da Silva
João Henrique Vogado Abrahão William Amorim Santana
123
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Participantes e Colaboradores:
Adla Marques Divaldo Pereira de Lyra Junior
Adroaldo Gasparoti de Barros Eduardo Parente da Rocha
Agnes Nami Kaminosono Eglin Thais da Penha Gonçalves
Alberto Felipe do Nascimento Santos Elaine Lazzaroni
Alessandra Regina de Melo Sousa Elayne Simões de Oliveira Santos
Alex Alexandre de Carvalho Elton da Silva Chaves
Alexandra Mariano Fidêncio Casarini Fabiana Ruas
Aline Silva Pereira Fabio Moreth Mariano
Amanda Maria Paixão Soares Fernanda França Cabral
Ana Bolena Lima da Costa Francilene Amaral da Silva
Ana Patrícia Souza Ximene Francisco Batista Júnior
Anderson Lourenço da Silva Francisco das Chagas Alves Aguiar Junior
André de Oliveira Baldoni Gabriela Costa Chaves
André Lacerda Ulysses de Carvalho Gracieli Pilla Miglioren
Andréia Rodrigues Meira dos Santos Graziela de O. Silva
Ângela Cristina Rodrigues Cunha Castro Grazielle Custódio David
Lopes Geisa Maria Grijó Farani
Angelita Cristine de Melo Giovana Garofalo
Anna Heliza Giomo Giovanny Kley Silva Trindade
Antônio Joaquim Bonfim Gustavo Henrique Rocha Kesselring
Armelinda Marconato Gustavo Vasconcelos Bittencourt Cabral
Axana Schwarzbold Ramos Gysella Santana Honório de Paiva
Camila Matos da Silva Helenilson José Soares Boniares
Cassyano Januário Correr Herlon Francisco dos Santos
Charleston Ribeiro Pinto Homero Cláudio Rocha
Cláudia Garcia Serpa Osorio de Castro Inísio Roberto Saggioro
Cláudia Regina Rabelo Corrêa Isabela de Oliveira Sobrinho
Cleuzilene Almeida Vila Verde Israel Murakami
Dagoberto de Castro Brandão Ítala Rodrigues de Oliveira
Dalmare Anderson Bezerra de Oliveira Sá Jean de Sousa Batista
Daniel Miele Amado João Pedro Gebran Neto
Daniela Aguiar Alberto Josélia Cintya Quintão Pena Frade
Daniela Nunes Vitor Josivan Barbosa Gonzaga
Daniella C Rodrigues Pereira Josimeire Freitas de Sousa
Dayde Lane Mendonça da Silva Juliana Álvares
Déa Regina de Alencar Caldas Bezerra Julio César Benalcázar Chum
Deise Regina Sprada Pontarolli Karina de Oliveira Fatel Martins
Diego Espindola de Avila Karinny Alves de Sousa Araújo
Dirce Cruz Marques Kátia Regina Torres
Dirceu Ditmar Klitzke Kleber Lomonte Teixeira
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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS: 20 ANOS DE POLÍTICAS E PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO:
Relatório com análise e recomendações de gestores, especialistas e representantes da sociedade civil organizada
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ISBN 978-85-334-2599-6
9 788533 425996
MINISTÉRIO DA
SAÚDE