Gestão de Resíduos
Gestão de Resíduos
Gestão de Resíduos
GESTÃO DE RESÍDUOS
GESTÃO DE RESÍDUOS
Universidade Aberta
2000
© Universidade Aberta
Copyright © UNIVERSIDADE ABERTA —1999
Palácio Ceia • Rua da Escola Politécnica, 147
1269-001 Lisboa – Portugal
www.uab.pt
e-mail: cvendas@uab.pt
ISBN: 978-972-674-503-7
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MARIA DA GRAÇA MADEIRA MARTINHO
1. Perspectivas
11 Objectivos de aprendizagem
13 Introdução
27 Objectivos de aprendizagem
29 Classificação de resíduos
30 Produção e evolução
34 Composição e evolução
51 Objectivos de aprendizagem
53 Prevenção
54 Redução na fonte
59 Reutilização
63 Objectivos de aprendizagem
65 Conceitos gerais
67 Deposição
67 Métodos de deposição
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68 Equipamentos para deposição
73 Recolha
73 Tipos de recolha
78 Veículos de recolha
83 Equipa de recolha
95 Optimização de circuitos
134 Fileiras
143 Fluxos
6 © Universidade Aberta
148 Compostagem
162 Biometanização
165 Incineração
7. Confinamento
225 Biogás
7
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8. Planeamento e gestão de sistemas de resíduos
267 9. Bibliografia
8 © Universidade Aberta
1. Perspectivas
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Objectivos de aprendizagem
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1.1 Introdução
elevados custos;
consumidores.
© Universidade Aberta
13
::
Procurou-se que a presente publicação fosse orientada pelas acções prioritárias
enfatizadas pelo 5. 0 Programa, mas sobretudo houve a preocupação de facultar
informação para possibilitar uma selecção consciente e criteriosa das melhores
opções para uma gestão correcta dos RU ao nível local.
A primeira lixeira municipal surgiu em Atenas, por volta do ano 500 A. C.,
de acordo com a historiadora americana M. V. Melosi (Melosi, 1981). Os
«varredores de ruas» eram obrigados a depositar os resíduos a pelo menos
uma milha das fronteiras da cidade. De igual modo, a compostagem, como
forma de tratar/reconverter os resíduos orgânicos em fertilizantes, é uma
prática bastante antiga. Há evidências de que este método foi utilizado em
Knossos, Creta, há cerca de 4 000 anos (Rathje e Murphy, 1992).
Mas em Tróia, bem como noutros locais, nem todos os resíduos eram guar
dados no interior das habitações Os resíduos orgânicos de maior dimensão
eram lançados para as ruas e aproveitados por animais semidomesticados,
como porcos e cães. A prática de lançar os resíduos porta fora tomou-se um
lugar comum e permaneceu até à actualidade. A consequência mais dramática
desta prática foi uma epidemia, a Peste Negra, responsável pela morte de
metade da população da Europa no século XIV (Tchobanoglous et aI., 1993).
14 © Universidade Aberta
pressões da opinião pública para que os governantes tomassem medidas de
saneamento, com base em abordagens colectivas. No final do século XIX,
princípio do século XX, iniciou-se o desenvolvimento de muitos serviços
municipais de saneamento, incluindo a recolha de resíduos urbanos, a limpeza
das ruas e a drenagem de esgotos. No entanto, os métodos de eliminação
continuaram a ser rudimentares, com a deposição indiscriminada em lixeiras
a céu aberto como prática mais frequente (Rhyner et al., 1995).
© Universidade Aberta 15
Norte-Sul, resíduos e movimentos sociais, resíduos e política, resíduos e
economia, resíduos e tecnologia, são exemplos de relações que conferem
aos resíduos uma complexidade estrutural que ultrapassa as fronteiras de
cada país.
16 © Universidade Aberta
Contudo, estas preocupações apenas se concretizam se o sistema de gestão
de RU for integrado. Neste contexto o termo «integrado» refere-se aos
sistemas, esquemas, operações ou elementos nos quais as unidades
constituintes podem ser desenhadas ou organizadas de tal forma que uma se
engrena na outra para atingir um objectivo global comum: sustentabilidade
ambiental, económica e social (Diaz et aI., 1993).
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recursos. Como referem White et ai. (1995) a concentração de determinados
materiais é mais elevada em alguns aterros que nas suas reservas naturais.
Por este motivo, a actividade extractiva em aterros com o objectivo de
recuperar os materiais aí depositados, ao longo de anos, já se realiza em
alguns países.
18 © Universidade Aberta
com a publicação da primeira directiva neste domínio (Directiva n.O 75/442/
CEE, de 15 de Julho), a Comunidade Económica Europeia (CEE) começou
a definir uma política de gestão de resíduos, embora deixando às autoridades
nacionais a tarefa de escolher a forma e os métodos da sua implementação
(Vieira et ai., 1995).
Nos finais dos anos 80 e durante os anos 90, a União Europeia (UE) publicou
um vasto conjunto de directivas e regulamentos sobre resíduos, contemplando
quer os aspectos mais globais de gestão (como por exemplo nas Directivas
n.O 911156/CEE, de 18 de Março, relativa à gestão de resíduos, e n.O 91/689/
CEE, de 12 de Dezembro, sobre a gestão de resíduos perigosos), quer aspectos
mais específicos, como os relacionados com métodos de tratamento (incine
ração, aplicação de lamas ao solo) e com fileiras e fluxos específicos dos resí
duos (óleos usados, pilhas e baterias, embalagens, entre outros). Encon
tram-se ainda em discussão, ou em fase de proposta, directivas relativas a
aterros, pneus usados, resíduos de construções e demolições, solventes
clorados, veículos usados e equipamento eléctrico e electrónico (Lobato Faria
et ai., 1997).
© Universidade Aberta 19
Para além das políticas e regulamentações directas enumeradas, outras, postas
recentemente em prática pela UE, terão a curto e médio prazo um impacte
significativo na gestão dos RU. Estão nesta situação, por exemplo, a atribuição
do Rótulo Ecológico Comunitário l e o Sistema Europeu de Ecogestão e
1 Consultar capítulo 3. Auditoria 1.
o segundo período, decorreu entre 1972 e 1985, foi uma época de transição,
durante o qual ocorreram em Portugal acontecimentos de grande impacte
social e económico, além de se registarem alterações significativas na estrutura
do Governo e da Administração Central, no âmbito do ambiente e do
saneamento. Este período foi caracterizado pelo papel preponderante que a
Administração Central passou a ter na gestão de resíduos (embora ainda de
forma não integrada e focada quase exclusivamente nos RU), e pela neces
sidade de integrar a problemática dos resíduos na política de ambiente, facto
novo decorrente dos actos comunitários (MARN, 1995).
20 © Universidade Aberta
o quarto período iniciou-se em 1995, aquando da aprovação do primeiro
Plano Nacional de Política de Ambiente (PNPA), o qual, para o sector dos
RU, aconselhava as seguintes sete áreas de actuação prioritárias: elaboração
de um Plano Nacional de Resíduos; incentivo à redução, recolha selectiva e
reciclagem; estabelecimento de um sistema de controlo e de cumprimento
integral da legislação sobre RU; convergência para níveis de atendimento da
ordem dos valores médios europeus; aperfeiçoamento dos sistemas de
informação e de capacidade de avaliação e de monitorização dos RU; reforço
das capacidades institucionais na gestão dos RU e melhoria das interfaces
com o público (MARN, 1995).
© Universidade Aberta 21
No entanto, a reconversão acelerada das cerca de 300 lixeiras existentes
em novos tecnossistemas (como aterros), pela via da alternativa massifi
cada, pode retardar os esforços necessários à implementação de alterna
tivas ligadas à prevenção, à recolha selectiva e ao desvio dos resíduos dos
aterros, ou seja, a perspectiva apelidada no PERS U de alternativa selectiva.
A compatibilização, destas duas vertentes requererá, por parte dos
responsáveis pela gestão dos RU, sensatez e sensibilidade nas suas tomadas
de decisão.
governo;
privada;
22 © Universidade Aberta
Tabela 1.1 -Metas propostas no Plano Estratégico para a Gestão dos Resíduos Urbanos (adaptado de Lobato Faria et
aI., 1997).
Estratégias Metas a curto prazo (ano 2000) Metas a médio prazo (ano 2005)
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Tópicos para discussão
24 © Universidade Aberta
2. Produção e composição dos resíduos
© Universidade Aberta
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Objectivos de aprendizagem
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• Saber calcular as quantidades anuais de RU produzidos num muni
cípio, o valor médio do peso específico e a composição física dos RU
recolhidos num ano, em função dos resultados obtidos numa
campanha de quantificação e caracterização de RU.
28 © Universidade Aberta
2.1 Classificação de resíduos
© Universidade Aberta 29
As fileiras correspondem aos materiais componentes dos resíduos (vidro,
papel e cartão, plásticos, metais e matéria orgânica). Os fluxos deverão ser
entendidos como tipos específicos de produtos usados, sendo no PERSU
considerados os seguintes t1uxos: embalagens, resíduos de jardins, pilhas e
acumuladores, óleos usados, pneus usados, veículos usados, resíduos de
construção e demolição, resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos,
lamas de estações de tratamento de águas residuais (ETAR) e PQRP.
30 © Universidade Aberta
também útil em situações como, por exemplo, planeamento do número de
contentores e veículos, dimensionamento de vários sectores (e. g. fossas de
recepção, trituradores, separadores) e cálculos relativos ao tempo de vida
dos aterros sanitários.
© Universidade Aberta 31
populacionais, apresentam-se na tabela 2.1. Na tabela 2.2 indicam-se as
estimativas da produção total de RU.
Tabela 2.2 - Produção de RU em 1993 (Vieira et aI., 1995 fide Lobato Faria et aI., 1997).
32 © Universidade Aberta
(1960 a 1993), a taxa de crescimento dos RU foi de 135% e a da população
foi de 43%, ou seja, o aumento da população só consegue explicar cerca de
1/3 do crescimento dos RU (US.EPA, 1994).
Um dos factores que tem sido apontado também como responsável pelo
crescimento de RU per capita é a diminuição, registada nos últimos anos, na
dimensão do agregado familiar, o que originou uma maior taxa de consumo
e, consequentemente, uma maior taxa de produção de RU, ambos per capita.
Muitos outros factores são responsáveis por esta situação, podendo-se destacar
o aumento do sector terciário (com o incremento da utilização de papel
nas empresas devido aos meios informáticos), a crescente urbanização, as
mudanças nos padrões de consumo e estilos de vida e as políticas de redução
e valorização de resíduos.
© Universidade Aberta 33
($EUA) do seu PIB e a Holanda 50 toneladas, em Portugal este índice atingiu
as 113 toneladas de RU por cada milhão de $EUA. Isto significa que, embora
a produção de RU per capita em Portugal seja relativamente baixa, é um
país que desperdiça muito.
OCDE 1436 21 42
CEE 830 10 36
34 © Universidade Aberta
para a sua caracterização. A nível nacional, e de acordo com o publicado na
Portaria n.O 768/88, de 30 de Novembro, devem ser consideras numa cam
panha de caracterização dos RU nove componentes: papel e cartão, vidro,
plásticos, metais felTosos, metais não ferrosos, materiais fermentáveis, têxteis,
finos (resíduos de dimensões inferiores a 20mm) e outros.
Papel e
Outros
Finos cartão
5%
13% 22%
Têxteis
4% Vidro
5%
Plástico
Materiais Metais 13%
fermentáveis 3%
35%
Figura 2.1 -Composição física média dos RU em Portugal, em 1993 (Vieira et ai., 1995
fide Lobato Faria et ai., 1997).
© Universidade Aberta 35
Tabela 2.5 - Comparação entre a composição física média dos RU (%) produzidos em
1993 nas regiões do interior e do litoral do país (Vieira et ai., 1995 fide
Lobato Faria et ai., 1997).
• Humidade (%);
• Análise elementar.
Peso específico
Este parâmetro pode ser definido como o peso de uma massa de resíduos por
unidade de volume, expresso nas unidades kg/m 3 • Este indicador tomará
valores diferentes consoante a maior ou menor compactação que os resíduos
sofram nos contentores, nos veículos de recolha ou nos sistemas de tratamento,
valorização e eliminação, pelo que se deve referir sempre em que circuns
tâncias é que o mesmo foi determinado.
36 © Universidade Aberta
Assim, devido à tendência da evolução da composição física dos resíduos no
sentido de uma diminuição da componente de materiais fermentáveis (mais
pesada devido à presença de maiores quantidades de água) e do aumento das
componentes papel/cartão e embalagens (mais leves), o peso específico tende
a diminuir, o que se traduz numa taxa de crescimento anual negativa.
Humidade
Poder calorífico
Análise elementar
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de compostagem. Neste último caso, tem especial interesse a determinação
da relação C/N, ou seja, a razão entre os teores em carbono e azoto.
Processo
Incineração Compostagem Biometanização
o teor em elementos combustíveis o temperatura o humidade
o teor em inertes o humidade o temperatura
o teor em cinzas o pH o pH
o humidade o salinidade o potencial redox
o PCI o relação CIN o relação ON
o teor em azoto (N,) e dióxido o nitrato (NO»/azoto amonia o hidróxido de carbonato (HCO,)
de carbono (CO,) cal (NH;) o teor em celulose
o metais pesados (e. g. cobre (Cu), o teor em matéria orgânica o teor em elementos xenobio
zinco (Zn), cádmio (Cd), o teor em elementos facilmente ticos
mercúrio (Hg), chumbo (Pb)) biodegradáveis (amido, celu o metais pesados (e. g. Cu, Zn,
o cloro (Cl) e flúor (F) lose, lenhina) Cd, Hg, Pb)
o substâncias complexas (dio o teor em elementos xenobioticos
xinas, furanos, hidrocarbo o metais pesados (e. g. Cu, Zn,
netos aromáticos policíclicos) Cd, Hg, Pb)
38 © Universidade Aberta
1990, pelo que as previsões efectuadas para a década de 90 devem ser
analisadas com cuidado atendendo à actual evolução económica mundial.
[Kg/hab-ano] Crise
?
•
::J o
°IC'O
500 Plásticos E C> C'O
Q) ~.-
D Outros
tJ)Q)~
o c. Q)
IC'O ::J C
400 D Materiais fermentáveis
Crise ê
C>UQ)
~ Q)
G Papel e cartão
? 'E E"O
._ o
~ Vidro [iju
300
D Metais
200
100
Guerra
r~~.- C'O
~ ".
_
o
C'O
Lo
~~
Figura 2.2 -Evolução da produção e composição dos RU nos países ocidentais (Maystre
etal.,1994).
© Universidade Aberta 39
A caracterização física tem por objectivo estimar os valores médios do peso
específico e da composição física dos RU produzidos por essa mesma
população.
40 © Universidade Aberta
é bastante dispendiosa. LeRoy et ai. (1992) estimaram que são neces
© Universidade Aberta 41
português, os seguintes critérios constantes do Documento Técnico n.O I
(DGQA, 1989):
Campanha de quantificação de RU
Campanha de caracterização de RU
42 © Universidade Aberta
Utilize a seguinte expressão:
U = S/C? x N) x Z
sendo:
1 13.3 t A 25 t 50% 12
2 11.7t
3 6t B 10.5 t 21% 5
5 4.5 t
4 14.5 t C 14.5 t 29% 7
Total no município: 50 t 100% 24
© Universidade Aberta 43
Calendarização da campanha de caracterização num município urbano
Grupo (circuitos
N.o de colheitas Janeiro Abril Julho Outubro
rcpresentati vos)
A 12 Segunda A C A A
(1 ) Terça C A A C
B 5 Quarta B C B B
(5*) Quinta A A C A
C 7 Sexta C A C A
(4) Sábado A B A B
Grupo (circuitos
N." de colheitas* Janeiro Julho
representativos)
A 4 Segunda A B
(l **) Terça B B
Quarta B A
B 6
Quinta A A
(3***)
Sexta B B
* Neste município não se realiza recolha de resíduos aos sábados e domingos (cinco dias
de recolha na semana). ** O circuito 1 não se realiza às terças. *** O circuito 3 não
se realiza às quintas.
44 © Universidade Aberta
Tópicos para discussão e problemas
Nota: para fazer projecções utilize o modelo de crescimento aritmético X f =Xi (1 + nTa,),
sendo: Xj a população, a capitação ou o peso específico dos RU, no ano 15 (D; Xi
a população. a capitação ou o peso específico dos RU, no ano zero (i); n o número
de anos relativo ao tempo f, neste caso 15 anos; Ta, a taxa de crescimento da
população, da capitação ou do peso específico dos RU.
4. Suponha que cerca de 20% do papel e cartão, 40% do vidro, 10% dos
plásticos e 5% dos metais, são depositados pelos residentes nos equi
pamentos de deposição selectiva, e que 5% dos materiais fermentáveis
são desviados para compostagem caseira. Recalcule o peso específico, a
humidade, o PCI dos resíduos e as quantidades diárias enviadas para os
contentores da recolha indiferenciada.
© Universidade Aberta 45
Anexo 1
Componentes
1 Papel e cartão
1.1 fraldas, pensos, papéis sanitários
1.2 jornais, revistas, livros, folhetos e panfletos
1.3 cartão e cartão canelado
1.4 tetrapak
1.5 outros papéis
2 Plásticos
2.1 garrafas de PEAD
2.2 garrafas de PVC
2.3 garrafas de PET
2.4 filme plástico
2.5 tubos, copos e vasos
2.6 outros plásticos de embalagem
2.7 outros plásticos não embalagem
3 Metais
3.1 ferrosos de embalagem
3.2 ferrosos não embalagem
3.3 não ferrosos embalagem
3.4 não ferrosos não embalagens
4 Vidro
4.1 vidro de embalagem
4.2 outro vidro
5 Roupas e trapos
6 Fermentáveis e finos
7 Outros
7.1 madeira de embalagem e não embalagem
7.2 pedras e terra
7.3 pilhas
7.4 outros resíduos
46 © Universidade Aberta
Anexo 2
MAPA DE REGISTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (a)
Aterro sanitário
Compostagem
Incineração
Outro'
6 - Composição física média anual dos resíduos sólidos urbanos recolhidos, em percentagem do seu peso total e em
relação aos componentes abaixo descriminados.
No destino I
(Aterro sanitário,
compostagem, outro)
8 - Caso a Câmara Municipal recolha e/ou. elimine resíduos industriais e hospitalares, de acordo com o definido nos
anigos 4. o e 6. o do Decreto-Lei n. o 488/85, de 25 de Novembro, indique as características desses resíduos,
as quantidades (em toneladas) e refira quaisquer factos que julgue poderem contribuir para melhor compreensão
da situação.
© Universidade Aberta 47
Anexo 3
PROCEDIMENTOS DE RECOLHA E ANÁLISE DE AMOSTRA
1 COLHEITA DE RESíDUOS
PARA AMOSTRA
2 a 3,5 toneladas
de residuos
===V> '7/
~ ", . "'/l;;;
Misturar os
Formar um resíduos
«disco»
=e=5J "'
. .' . .. ..,
.. ~ . . : .
", ",
'". -: '. ' ....
Pá carregadora
~
0,5 metro
de altura
Misturar os quartos
ce'''",~ ,,'poli' , op,ceçáo
3 PESAGEM DA AMOSTRA
Pesar os recipientes e
registar no boletim
f71ffl 4
G:0~ 13,1
SEPARAÇÃO E PESAGEM
POR COMPONENTES I
Separar os resíduos I
segundo os vários componentes
Pesar os recipientes
e registar os valores
BOLETIM
48 © Universidade Aberta
3. Prevenção, redução e reutilização
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© Universidade Aberta
Objectivos de aprendizagem
© Universidade Aberta 51
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© Universidade Aberta
3.1 Prevenção
Prevenção pode ser definida, em sentido lato, como englobando todo o género
de actividades, ou grupos de actividades, que tenham por finalidade evitar
consequências nefastas, para a saúde e para o ambiente, provenientes dos
resíduos em si mesmos e de qualquer operação ou processo do seu tecnos
sistema de gestão (Lobato Faria et aI., 1997).
© Universidade Aberta 53
Prevenção primária
Refere-se às políticas, programas c acções tendentes a evitar, na origem, a produção
de resíduos e/ou a sua perigosidade para o homem e para o ambiente. O que significa
que pretende reduzir a quantidade ou a perigosidade dos resíduos (sinónimo de
redução e de minimização).
Compreende três vertentes diferentes, embora complementares e passíveis de serem
aplicadas cm simultâneo, a eliminação (colocando determinados produtos fora do
circuito. em geral por razões relacionadas com o perigo que o seu uso pode ter para
a saúde). a redução (engloba dois aspectos, o quantitativo - peso e/ou volume - e o
qualitativo - perigosidade) e a reutilização (utilizando repetidamente bens e
produtos).
Prevenção secundária
Engloba as acções destinadas a evitar os problemas potenciais resultantes do
funcionamento dos tecnossistemas de gestão de RU. Procurando privilegiar, por
um lado, o mínimo contacto dos resíduos com os seres humanos (trabalhadores do
sistema ou público em geral) e, por outro, evitando que o impacte dos resíduos nos
diversos elementos do ambiente, biofísica (água, solo, ar, alimentos) ou social
(valores societais, económicos, psicossociais ou culturais), se torne muito negativo
ou mesmo insustentável.
Prevenção terciária
Tem como principal objectivo não permitir que sejam confinados resíduos passíveis
de valorização, além de pretender a supressão ou minimização dos efeitos, no
ambiente, dos resíduos a confinar.
54 © Universidade Aberta
Como se pode constatar por consulta à tabela 1.1, no PERSU são estabelecidas
metas para a redução na produção de RU (2.5% no ano 2000 e 5% em 2005).
e/ou reciclados
I
optar por produtos com de embalagens com depósito
maior durabilidade
sição de produtos com a marca do volume ocupado por
c..~_~ .....~.
Figura 3.1 - Algumas medidas de redução que podem ser efectuadas pelo consumidor/
produtor de RU.
© Universidade Aberta 55
Técnicas de minimização de resíduos
processos
mais limpos
Figura 3.2 - Técnicas de redução dos resíduos por parte das empresas produtores de
bens de consumo (adaptado de Crittenden e Ko1aczkowski, 1995).
56 © Universidade Aberta
dos agentes económicos, induzirá à redução e valorização dos resíduos
resultantes da utilização de vários bens de consumo.
. ••••...
.."
~
~
••••
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© Universidade Aberta 57
3.3 Reutilização
58 © Universidade Aberta
devem estabelecer um Sistema de Consignação que permita recuperar
e reutilizar as suas embalagens depois de utilizadas pelos consumidores.
A consignação envolve a cobrança, no acto da compra, de um depósito (o
Governo pode fixar um valor mínimo) que só pode ser reembolsado no acto
da devolução. O distribuidorlcomerciante é obrigado a cooperar neste sistema,
incluindo assegurar a recolha das embalagens usadas (apenas as marcas por
ele comercializadas) e o seu armazenamento em condições adequadas.
1998
Bebidas refrigerantes 15 20 30
Cervejas 70 75 80
Águas minerais naturais 5 8 10
Vinhos de mesa (excluindo os 55 60 65
anteriormente mencionados)
© Universidade Aberta 59
Tópicos para discussão e problemas
60 © Universidade Aberta
4. Sistemas de recolha e de transporte de resíduos
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Objectivos de aprendizagem
© Universidade Aberta 63
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4.1 Conceitos gerais
A deposição l pode entender-se como o conjunto de operações envolvendo a I Também denominada con
© Universidade Aberta 65
A forma como os produtores de RU os manuseiam pode ter um efeito
significativo nas quantidades e características dos mesmos, com implica
ções para as restantes subcomponentes do sistema e eventuais riscos para
a saúde pública.
Tipo de
Observações
processamento
Trituração - diminui a quantidade de RU a recolher e os problemas de putrefacção;
(trituradores - aumenta a carga orgânica dos efluentes domésticos, pode ter implicações para
de cozinha) as Estações de Tratamento de Águas Residuais (BTAR).
Separação de - melhor via para a redução e valorização, reduz as quantidades de RU na
componentes recolha indiferenciada;
- implicações para as subsequentes operações de processamento dos RU.
Compactação • individual (sacos ou caixotes com sistema de compactação, conseguem redu
ções de 60-70 % do volume de RU);
• colectiva (contentores compactadores localizados nos prédios ou nas vias
públicas).
- qualquer dos processos tem implicações para as subsequentes operações de
processamento dos RU, pode não ser recomendado se os resíduos se desti
narem a valorização (material, orgânica ou energética).
Combustão - queima em lareiras, incineradores domésticos ou fornalhas (em desuso);
- problemas de emissão de poluentes atmosféricos.
Compostagem - reduz a quantidade de RU que vão para o sistema de recolha;
caseira - produz um correctivo orgânico que pode ser utilizado na agricultura (ou
jardinagem), limitando a utilização de fertilizantes comerciais.
66 © Universidade Aberta
no piso ou habitação) obedecem a Normas Técnicas. Apesar de serem mais
cómodas para os produtores domésticos têm causado problemas de acidentes
(e. g. fogos, explosões) e manutenção (e. g. obstruções, maus cheiros), pelo
que muitos países proíbem a sua instalação.
4.2 Deposição
© Universidade Aberta 67
indiferenciada ou tradicional), ou selectiva (deposição separada de algumas
componentes dos resíduos, a qual por sua vez pode ser monomaterial ou
multimaterial). Quanto ao tipo de recipientes, a deposição pode-se dividir
em deposição em sacos, em caixas ou em contentores.
68 © Universidade Aberta
b)
a)
c)
Figura 4.1 -Recipientes para deposição de RU: a. sacos não recuperáveis; b. caixas para recicláveis; c. contentores de
pequena e média capacidade; d. contentor de grande capacidade (transportável).
© Universidade Aberta 69
Tabela 4.2 - Vantagens e desvantagens da utilização de sacos para a deposição dos RU.
Vantagens Desvantagens
Vantagens Desvantagens
- melhor qualidade dos materiais reco - a gama de materiais aceites e o volume de
lhidos, uma vez que o material vem resíduos a recolher é limitado pelo
separado (normalmente as caixas com tamanho da caixa, como tal nem todos os
materiais não desejáveis ou contaminados materiais potencialmente recicláveis são
não são recolhidas), os custos de pro recolhidos;
cessamento são menores; - as embalagens têm que ser previamente
- a participação da população é qualitativa lavadas;
mente melhor (devido, por exemplo, à - muitas vezes têm que ser fornecidas novas
pressão social). caixas porque os munícipes d<:sviam-nas
para outras utilizações.
70 © Universidade Aberta
• Contentores de pequena e média capacidade
1100 litros), têm 4 rodas que na maior parte dos casos, tomam
© Universidade Aberta 71
elevação e visa evitar o derrame de resíduos no interior e exterior
do contentor.
72 © Universidade Aberta
UI
I
4.3 Recolha
(McMillen, 1993).
T Recolha selectiva
© Universidade Aberta 73
por substituição (nos dias em que há recolha selectiva não há recolha
indiferenciada) ou por adição (em alguns dias efectuam-se as duas
recolhas, mas separadamente, com veículos diferentes). Existem
basicamente duas estratégias distintas: a recolha selectiva porta-a
-porta e a recolha por transporte voluntário (os próprios produtores
transportam os resíduos para determinados pontos).
74 © Universidade Aberta
porte para esses pontos de deposição. São os sistemas mais
generalizados porque podem ser implementados a uma escala
pequena, requerem menos capital de investimento, adaptam-se
melhor à construção em altura e podem ser autofinanciados por
empresas ou grupos locais.
© Universidade Aberta 75
Dois exemplos do sistema de deposição móvel
r
.1-.
..rn
'.1
'" T
'T'
~
..
~.
~ ".
If
• ~,
"'t•• 1f
Centro de recolha Bancos de Bancos de Contentores
:::::::: :
.
•••••••••
•••••••••
recolha
.
.
materiais matenms localizados porta-a-porta
baixa densidade alta densidade nas ruas
76 © Universidade Aberta
B. Por tipo de entidade que recolhe os resíduos
• volume a recolher;
• características do tráfego;
• hábitos da população;
• custos.
© Universidade Aberta 77
4.3.2 Veículos de recolha
tenção e lavagem;
• esteticamente agradável.
• a carga deverá distribuir-se
© Universidade Aberta
78
a. Quanto ao método de descarga dos resíduos na viatura
Tabela 4.4 - Método de descarga dos resíduos para a viatura, vantagens e desvantagens.
Vantagens Desvantagens
Recolha - é rápido no processo de carregamento; - os cantoneiros estão expostos às poei
1
convencional - permite o carregamento de objectos ras e cheiros;
ou aberta volumosos que sejam encontrados ao - pode permitir acidentes pela facilidade I
© Universidade Aberta 79
a)
b2)
80 © Universidade Aberta
c)
d1 ) d2)
e)
© Universidade Aberta 81
c. Sistema de transferência de resíduos da tremonha de recepção para
o interior da caixa
82 © Universidade Aberta
' '1
© Universidade Aberta 83
84 © Universidade Aberta
"~I
Existem métodos rigorosos para avaliar a distância a partir da qual deve ser
encarada a construção de uma estação de transferência. A análise é efectuada
a partir da comparação entre os custos associados ao transporte directo pelos
veículos de recolha e os custos inerentes à implementação da estação de
transferência e ao transporte de resíduos. Como se pode verificar pela figura
4.4, a partir da distância X 2 é economicamente vantajosa a existência duma
estação de transferência.
$/ton
estação,?e .
Ol' ....L... ~
o x, distância de transporte
Figura 4.4 -Relação entre os custos do transporte e a distância percorrida, sem e com a
instalação de uma estação de transferência.
• localização;
© Universidade Aberta 85
Para a localização de uma estação de transferência uma série de factores deve
rão ser avaliados, nomeadamente, a aptidão do terreno, as características geo
lógicas e hidrogeológicas, as acessibilidades, a situação do local em relação às
construções mais próximas, a inserção paisagística e as reacções da população.
Veiculo de Recolha
Uó
Resíduos
a.
b.
86 © Universidade Aberta
4.5 Análise dos Sistemas de Recolha
I
recolha veículo cheio,
fim da l' volta
.D_@~~@
"-----circuito de recolha
estação de transferência
ou local de deposição
© Universidade Aberta 87
localização Situação 1
localização Situação 2
docontentor docontentor
deslocação da deslocação da
garagem para o garagem para o
primeiro ponto da primeiro ponto da
recolha t1 recolha t1
'\a
GJ
estação de transferência estação de transferência
ou local de deposição ou local de deposição
88 © Universidade Aberta
a. Contentores transportáveis
sendo:
sendo:
© Universidade Aberta
89
Constantes
velocidade a b
Km/h h/volta h/km
88 0,016 0,011
72 0,022 0,014
56 0,034 0,018
40 0,050 0,025
24 0,060 0,042
8 16 24
distância de transporte por volta (x). km/volta
Substituindo a expressão (1) pela (2), o tempo total por volta será:
Nota: Se o tempo entre contentores não for conhecido pode ser estimado pela equação
(2). Neste caso, a distância entre contentores é substituída pela distância de
transporte e pelas constantes de velocidade de transporte correspondentes à
velocidade 24kmlh.
o número de voltas que pode ser efectuado por um veículo num dia de
trabalho, entrando em conta com o tempo não produtivo (W), é determinado
pela seguinte equação:
sendo:
Tempo requerido
Tempo requerido Tempo no
Tipo de Sistema Taxa de para carregar o
para esvaziar o local de
veículo de carga compactação contentor cheio e
contentor deposição
(r) colocar o vazio
(h/contentor) (h/volta)
(h/volta)
Móveis
grua mecanizado - 0.067 0.053
rebocável mecanizado - 0.40 0.127
rebocável mecanizado 2.0-4.0' 0.40 0.133
Estacionários
compactador mecanizado 2.0-2.5 0.008-0.05 b 0.10
compactador manual 2.0-2.5 0.10
O número de voltas que se podem realizar por dia (equação 5), pode ser
comparado com o número de voltas necessárias, de acordo com a seguinte
equação:
(6)
sendo:
resíduos).
© Universidade Aberta 91
b. Contentores estacionários
sendo:
sendo:
Ct = vr / cf (9)
92 © Universidade Aberta
sendo:
Nota: No caso de recolhas porta-a-porta, tem que se considerar, ainda, a taxa de apre
sentação dos contentores, ou seja, a percentagem de produtores que apresentam o
seu recipiente para remoção no dia da recolha (valor típico 0.8).
o n.O de voltas a efectuar por dia pode ser estimado pela seguinte equação:
(10)
sendo:
o tempo requerido por dia, tendo em conta o factor de tempo não produtivo
(W), pode ser expresso:
(11)
sendo:
© Universidade Aberta 93
sendo:
v = capacidade do veículo (m 3
)
Xn < 510 <Xn+ I e a> 118. Sea < 1/8, só n -1 voltas se realizarão
sendo:
n = número de voltas.
© Universidade Aberta
94
Quando a equação ( 13) for utilizada para estimar o número de cargas cheias
e parciais a recolher, medidas de eficiência, como, por exemplo, toneladas
recolhidas por veículo, número total de pontos de recolha por veículo e custos
de mão-de-obra por tonelada de resíduos recolhidos, podem ser calculados
(Rhyner et aI., 1995).
© Universidade Aberta 95
• a recolha efectiva mais a distância de transporte, devem ser razoa
velmente constantes para cada circuito (tempos de trabalho equi
librados);
• as ruas de maior tráfego não devem ser recolhidas nas horas de ponta;
96 © Universidade Aberta
• identificação das ruas que requerem o serviço de recolha:
• dimensão da equipa:
Alguns destes parâmetros têm que ser previamente estimados, por recurso a
fórmulas, como as que se apresentaram anteriormente para os indicadores
de produtividade. Os dados necessários para o cálculo desses indicadores
devem, sempre que possível, basear-se em levantamentos de campo e trata
mentos estatísticos adequados.
© Universidade Aberta 97
Tópicos para discussão e problemas
98 © Universidade Aberta
três divisórias, uma para cada um dos conjuntos de recicláveis referidos.
Com base nas estimativas apresentadas no problema n.O 4 do capítulo 2,
relativas à percentagem de materiais depositados nos equipamentos de
recolha selectiva, e nos dados de base fornecidos na tabela seguinte,
determine:
e) o número de voltas que pode ser efectuado por veículo num dia
de recolha para cada uma das alternativas;
© Universidade Aberta 99
4. Os resíduos de um novo parque industrial irão ser recolhidos em
contentores de grande dimensão de 5m 3 (tipo balde). A quantidade de
resíduos a recolher por semana é de 100m3, o factor de utilização dos
contentores é de 0.8, o tempo nominal de trabalho é de 8h e o factor de
trabalho não produtivo de 0.20. Admita ainda que o tempo médio a
carregar um contentor cheio é de 5 min., o tempo médio a descarregar o
contentor vazio é de 5 min., o tempo médio de deslocação entre
contentores é de 5 min., o tempo no local de descarga é de 5 min.lvolta,
a distância média de transporte é de 10km, o tempo médio para percorrer
a distância da garagem ao 1.° ponto de recolha (tI) é de 10 min., o tempo
médio para percorrer a distância da último contentor para a garagem (t 2 )
é de 30 mino e as constantes de transporte, a e b, são, respectivamente,
O.OSOh/volta e 0.025h1km. De acordo com os dados de base fornecidos,
e utilizando as expressões de Tchobanoglous et ai. (1993) determine:
© Universidade Aberta
Página intencionalmente em branco
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Objectivos de aprendizagem
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5. 1 Introdução
© Universidade Aberta
105
5.2 Operações unitárias e equipamentos para processamento de RU
Tabela 5.1 -Equipamento fixo que pode ser utilizado numa estação de triagem
(CalRecovery e PEER Consultants, 1993).
Equipamento de ambiente
Equipamento de separação Sistema de recolha de poeiras
Separador magnético Aparelhos de controlo de ruído e vibrações
Separador de alumínio (contra corrente) Sistema de controlo de odores
Crivos: disco; Aquecimento, ventilação e ar condicionado
tambor rotativo;
vibratório; Outro equipamento
oscilante Contentores fixos para armazenamento
Passadeira rolante de cortina Local pavimentado para carregamento de fardos
Classificador por ar Veículo carregador
5.2.1 Transportadores
Rodas de
suporte
Rodas de Suporte de
retorno
Te'l R~na de 'O'omo
prato contínuo
Rodas de retorno
Roldana de retorno
Rodas de
suporte
Rodas de retorno
Roldana de retorno
l F- Calha
Ter----:=rFaixa da draga
kg
(e) (d)
(figura 5.2).
.,---....
Magneto
Materiais
misturados
(DI
- -
~n..-r
o
:G
{ó)'~
....1.
~~s~s
,..----.".. M
<vagneo
o ()
t
1 n.t:q~~ , ~
~
n
(o)
Wõl
Transportador ~
v0I' \cff
t!' Materiais
ferrosos
" de conexão o
, M. não ferrosos
- de menor tamanho
Transportador de colecta
de não ferrosos
(a)
o
IA"\. não ferrosos
Ferroso~Splitter ~
~O " O~~6"\.
~% IJ(
.00
(b)
(c)
I
l
Alimentação
I
....11I11111111111111I.
Materiais de Materiais de
sobdimensão sobdimensão
(tamanho 1) (tamanho 2)
(a)
Lâminas de garfos
para abrir sacos
Material de
sobredimensão
Material de Material de
sobdimensão sobdimensão
(tamanho 1) (tamanho 2)
(b)
Alimentação
Material de
sobdimensão
(c) I
--~-~
Figura 5.3 -Crivos utilizados na separação de RU: a. crivo vibratório; b. crivo de tambor
rotativo (trommel); c. crivo de disco (Tchobanoglous et aI., 1993).
© Universidade Aberta
110
d. Classificação por ar. A classificação por ar, operação unitária também
designada por elutridação, é utilizada para separar os materiais leves,
como o papel e o plástico, dos pesados, como os metais ferrosos e o
vidro, com base na diferença de densidade dos materiais submetidos
a um fluxo de ar. Quando os RU triturados são introduzidos num
fluxo de ar com velocidade suficiente, os materiais mais leves são
arrastados com o fluxo de ar enquanto que os materiais mais pesados
caem na direcção contrária.
fracção leve
1,1'7 allmeotação
- d ~,!
f racçao pesa a ár
-
alimentação
()
~ transportador de
alimentação
""transportador
(a) descarga
de
malho
'/)l~S<..r~tor
~
~~~ (b)
~ ~
T. descarga
T. alimentação
Figura 5.5 - Trituradores: a. moinho de martelos; b. moinho de malho; c. tritu
rador de cisalhamento (Tchobanoglous et aI., 1993).
© Universidade Aberta
112
b. Compactação e enfardamento. A compactação (ou densificação)
é uma operação unitária através da qual se promove o aumento de
densidade dos materiais. Pode ser utilizada para diferentes fins,
nomeadamente, obter maior eficiência no transporte ou armaze
namento dos materiais, cumprir especificações de mercado ou como
meio de preparação de fuel derivado dos resíduos (refuse derived
fuel-RDF) nas unidades que contemplam esta opção.
L - - - _
r=
: contentor de
plataforma de triagem silos de : recepção de
tnagem armaze amento : refugos
+
separação de
metais não
ferrosos
,
+
equipamento de
trituração de papel
tapete transp~rtador
daallmentaçao da
prensa d_
compactaçao e
,
,
' P!~~~~ ~!,!,!r9_a_I1]~~1" ••••••• •••• :
© Universidade Aberta
11,8
ou previsto. Há que considerar também o regime de operação da estação,
ou seja, o número de dias por ano, o número de horas por dia e o número de
dias por semana, que se prevê que a estação esteja em funcionamento (ver
exemplo 5.1.).
cartão
recuperado
100 ton/dia 7.44 ton/dia 90 ton/dia recicláveis
1_ _--+_ enviados para
recicláveis
o mercado
provenientes
das recolhas 25.57 ton/dia 23.01 ton/dia
selectivas embalagens
embalagens
misturadas '---- ---J recuperadas
refugos para
aterro sanitário
o RFTF pode ser representado por uma matriz diagonal, cujos elementos
especificam a fracção de cada componente dos resíduos (e. g. metais ferrosos,
metais não ferrosos, plásticos, vidro, papel) que permanece no circuito dos
materiais após passagem por um processo unitário. Para ilustrar o exposto,
Rhyner et alo (1995) partem do exemplo apresentado na figura 5.12. O input
do sistema é o vector U, cujos elementos especificam as quantidades de cada
componente presente nos RU. As quantidades das componentes no output
do fluxo I e do output do fluxo 2, são indicadas, respectivamente, pelos
elementos dos vectores X e Y.
/lI XI ri
Tabela 5.2 - Valores representativos dos elementos da diagonal da matriz RFTF para os
processos unitários mais comuns (Diaz et ai., 1982).
(a) para o fluxo de materiais que não passam através das malhas do crivo.
água X.
vidro 80 5
papel 420 80
plásticos 95 10
outros resíduos orgâni- 120 50
metais ferrosos
cos
X6
outros resíduos inorgâ- 35 9
nicos
fracção pesada
Xa
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Objectivos de aprendizagem
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126
6.1 Introdução
No PERSU foram estipuladas metas para a valorização dos RU, a curto e médio
prazos. Na tabela 6.1 apresentam-se essas metas, bem como os quantitativos
que em 1995 tinham por destino a valorização. Pela observação dos dados é
possível salientar que está previsto um reforço significativo nesta área.
Papel e cartão ./ ./ ./
Vidro ./
Plástico ./ ./
Metais ./
Mal. fennentáveis ./ ./
Têxteis ./ ./* ./
Energia do
Emissões Efluentes Produção de RU
processo poupada
Fileira atmosféricas líquidos da (kg/!):
pela reciclagem
da reciclagem reciclagem redução (aumento)
I (GJ/t)
Alguns factores mais críticos aos quais é necessário dar especial atenção (Rogoff e
Williams, 1994; Waite, 1995):
I) Elaborar um plano, nomear um coordenador e uma equipa motivada,
especificar os objectivos e as metas a atingir;
2) Avaliar convenientemente as quantidades e a composição dos RU e as
características da população que os produz;
3) Conhecer o mercado e recolher apenas os materiais para os quais exista
mercado, separando-os e processando-os de acordo com as especificações
da indústria;
4) Desenvolver um sistema de recolha integrada e sustentável em termos
ambientais, económicos e sociais, ou seja, não desligar a recolha
indiferenciada da recolha selectiva;
5) Procurar envolver os grupos locais, proporcionar a cooperação entre o
sector privado e o público;
6) Ter sempre por base o bom senso e não exigir aos utentes um elevado
número de separações na fonte;
7) Dar especial atenção à localização, distâncias e acessibilidades dos
equipamentos de deposição;
8) Manter os sistemas com boa aparência, higiene e segurança, evitar que os
utentes tenham a percepção que os responsáveis não se empenham o
suficiente na manutenção e boa gestão do sistema;
9) Programar uma estratégia de informação e promoção do sistema, a curto,
médio e longo prazo, adaptada às características de cada segmento da
população;
10) Avaliar e monitorizar o sistema numa base contínua, recorrendo a um
conjunto de indicadores de desempenho dos sistemas operativos e do
comportamento dos utentes.
Para além destas dez condições básicas, alguns autores têm referido a importância
de serem implementados programas de reciclagem, não só dirigidos para o sector
residencial, mas também para o sector comercial e industrial, os quais podem dar
um grande contributo para a quantidade de materiais recolhidos e para a economia
dos sistemas de recolha selectiva (More, 1991).
duas a três);
habitações);
mesmos dias que os não recicláveis, ou pelo menos num dia distinto
para os utentes;
• for feita uma boa promoção dos sistemas com aplicação das estra
específicas.
entidades oficiais;
pondem à verdade.
ou do produto reciclado;
aceitáveis.
6.2.2.1 Fileiras
Vidro
© Universidade Aberta
134
material), estabilidade química e de design, facilidade no despejo do seu
conteúdo (menos contaminantes) e na identificação (não necessita de um
símbolo como os metais ou os plásticos).
O casco provém do vidro de embalagem I. O vidro utilizado para o fabrico I Por vidro de embalagem
entendem-se exclusivamente
de lâmpadas, copos e pratos, pyrex, espelhos e vidraça, tem uma composição os seguintes produtos: garra
diferente, e por isso, é considerado contaminante para a industria de vidro fas. garrafões, frascos, boiões,
ampolas.
de embalagem (Diaz et ai, 1993), sendo, pelas mesmas razões, normalmente
excluído das recolhas selectivas. São igualmente considerados contaminan
tes não residuais os vedantes (cápsulas e rolhas), rótulos, cerâmica e cristal.
E também, no caso do casco se destinar a embalagens de uma cor específica,
a presença de vidro de outras cores.
Consumo de
Consumo de matérias
Processo energia
TEP!t de vidro ",
-primas
(1) TEP/t = toneladas equivalente de petróleo gastas por tonelada de vidro produzido.
Devido à ruptura progressiva das fibras celulósicas (os papéis velhos têm
perdas de utilização de cerca de 15 a 20%), toma-se imprescindível a
incorporação de fibras virgens no processo. Os quantitativos dependem
do tipo de papel fabricado: os cartões canelados são os que necessitam
de menos fibra virgem (pode-se incorporar apenas 1%) e os papéis de
escrita e jornal são, ao contrário, os que menos fibra recuperada possuem
(5 a 20%).
Subdivisão do papel
Agrupamento do papel e cartão velhos em
e cartão em 3 Observações
11 categorias grandes lotes
No mercado de papel velho são típicas grandes oscilações nos preços e nas
quantidades previstas, a incorporação de fibra recuperada ou de fibra virgem
comporta-se segundo as leis de mercado, sendo bastante sensível à recessão
ou expansão das economias internacionais.
Tabela 6.10 - Classificação dos diversos tipos de plásticos e sistema voluntário de códigos
para embalagens de plástico.
termoendurecíveis
resistem ao calor e à pressão após moldados, não podendo a sua forma ser modificada devido ao
elevado grau de polimerização, por conseguinte, não são recicláveis.
II
Iii
As tecnologias para a reciclagem de plásticos podem ser de dois tipos, ou
utilizam uma mistura de plásticos, obtendo produtos que podem competir
com a madeira, o cimento ou mesmo os metais em algumas aplicações, ou
requerem uma selecção cuidadosa, dando origem a produtos comparáveis
aos obtidos com polímeros virgens. Os processos de reciclagem podem ser
físico-mecânicos ou químicos, requerendo, estes últimos normalmente
tecnologia mais sofisticada e um maior investimento (Gil, 1990).
Metais
Têxteis
6.2.2.2 Fluxos
Dada a importância das embalagens no conjunto dos RU e uma vez que a sua
valorização faz parte dos objectivos estratégicos da UE e do PERSU, só se
abordará neste ponto a reciclagem deste fluxo.
I
Resíduos de embalagens
Tabela 6.11 - Composição dos diversos tipos de embalagens dos RU no Reino Unido,
em relação às fileiras constituintes (Waite, 1995).
Percentagem em relação ao
Material (fileiras) Tipos de embalagem total de RU
por peso por volume
Vidro Branco
5.4
Verde
2.4 2.0
Castanho
1.3
---------------- -------------------- ------------ -----------
Papel e cartão Embalagens para líquidos 0.6
Embalagens de cartão 3.8 9.1
(I)
Outros cartões 3.1
---------------- --------------------
(2)
------------ -----------
Plásticos Filme 4,1 10.3
Garrafas para bebidas 0.7
Outras garrafas 1.1 8,0
Embalagens para comida 1.9
---------------- -------------------- ------------ -----------
Metal
Ferroso Latas de bebidas 0.5
Latas para comida 3,7 1.5
Outras latas 004
Não ferroso Latas de bebidas 004 0.9
Outros 0.5
(I) Inclui uma pequena percentagem estimada de cartão que não é de embalagem.
(2) Esta categoria poderá incluir uma porção de filme que não é de embalagem e outro
material utilizado na confecção dos alimentos em casa.
- Polietileno
- Papel
- Polietileno
- Folha de aluminio
- Polietileno
- Polietileno
A reciclagem das embalagens tetra brik pode ser realizada com todos os componentes
em conjunto (e. g. por extrusão para o fabrico de «briquettes»; para a produção de
aglomerados) ou cada material em separado, tendo como principal objectivo a
recuperação das fibras celulósicas. A capacidade de reciclagem instalada na
Península Ibérica (fábrica Nesa em Valência - Espanha), em 1995, era de 40 OOOt
(equivalia a cerca de 40% da produção).
Valorização Reciclagem
UE
(II
até Junho 2001 Mínimo 50% em peso Mínimo 25% em peso
(I)
Máximo 65% em peso Máximo 45% em peso
------------------------------------- -------------------
Até 2006 deverá ser valorizada e reciclada uma percentagem de resíduos de
embalagens a determinar pelo Concelho.
Portugal, Grécia,
Irlanda
(2)
até 31 Dez. 2001
Mínimo 25% em peso
----------------- -- ----- - ------------ -------------------
!lI
até 3 I Dez. 2005 Mínimo 50% em peso Mínimo 25% em peso
------------------------------------- -------------------
Após as datas referidas são fixadas. mediante Portaria. novos objectivos de
valorização e reciclagem. sob proposta da CAGERE (3) e da UE
(I) Da totalidade dos materiais de embalagens contidos nos resíduos de embalagens com
um mínimo de 15% para cada material de embalagem.
(2) Sendo recomendável a obtenção dos valores abaixo referidos antes da data fixada.
(3) Comissão de Acompanhamento da Gestão de Embalagens e Resíduos de Embalagens.
Sistema Integrado
Responsabilidades
Produtores Distribuição
Fornecedores de Importadores
matérias primas e
fabricantes de
Embaladores .......
embalagens asseguram as só comercializam
contrapartidas financeiras embalagens marcadas
do sistema
Consumidores
Autarquias
Pássaro (1997b)
6.2.3.1 Compostagem
4 No PERSU compostagem e Compostagem4 é a degradação biológica aeróbia dos resíduos orgânicos até
reciclagem orgânica têm o
à sua estabilização, produzindo uma substância húmica (composto) utilizada
mesmo significado, contudo
legislaçâo posterior (DL n.O como corrector dos solos (Lobato Faria et al., 1997).
366-A/97, 20 de Dezembro)
alargou o conceito de recicla
Desta forma, é um processo aeróbio controlado, efectuado por uma população
gem orgânica, passando tam
bém a incluir a biometani heterogénea de microrganismos (como bactérias, fungos e alguns proto
zação.
zoários) que actuam em várias etapas. Alguns destes microrganismos poderão
ser patogénicos.
~
Matéria
orgânica d::;::~:.: -1- 0,"'0'"
"-------'--\\
.
Figura 6.5 - Análise das entradas e saídas do processo de compostagem (Diaz et aI., 1993).
80,--------------------,
Intervalo de
70 temperatura
~ 60
~
::I
"ê 50 :r:
o
(l)
0 8
E 40 7
~ Intervalo
de pH 6
30
5
20 4
~---'----L_.L.-J....-~-'---_'______'_-L..-~---'---'------'-___'__~___'_____'______'--'-....J........J
O 5 10 15 20 25
Tempo, d
Teor em humi I Garantir a actividade dos microrganismos I Arejamento eficiente: I Cerca de 50% (pode
pH : Garantir a actividade dos microrganismos. : Estes resultados mostram que I Geralmente man
I Contudo, em diversos estudos verificou-se , não é necessário corrigir o : têm-se alcalino entre
: um fenómeno de «auto-regulação» do pH, : pH na massa em compos : 7.5 e 9.0.
I
: levado a cabo por microrganismos no: tagem. I
I
: decurso do processo. : I
Relação C/N : Garantir à população de microrganismos condi : Mistura de resíduos (co : Relação C/N 2 ini
o ções nutricionais e metabólicas não limitantes. I -compostagem) (e. g. relação o cial: 30 a 40: I
I
: Problemas: : inicial C/N alta juntar I
: O> Relação C/N muito elevada (pouco N) - : estrume de galinha; relação : Relação C/N final:
: tempos de compostagem muito longos. : C/N baixa adicionar papel ou : 10: I
: O> Relação C/N muito baixa (excesso de N) : palha para aumentar o teor I
,
I
: - vai ser eliminado sob a forma de : de C). I
I amoníaco, prejudicial para o composto. I
I
I
Tamanho das Diminuir o tamanho por forma a aumentar a Material de maior dimensão : Para os RU o
partículas área superficial em contacto com os micror recorrer a fragmentação : tamanho recomen
ganismos, diminuindo o tempo de compos mecânica. : dado é entre os 2.5
tagem (e. g. material mais homogéneo). : e os 7cm.
Problemas: Material com partículas muito II
Tamanho das partículas excessivamente pequenas ou favorável à com II
pequeno diminui o espaço intersticial (difi pactação deve-se adicionar II
culdade na circulação do oxigénio e da um material dispersante (e. g. I
I
água). palha, aparas de madeira). I
Matéria orgânica.
Se o substracto fosse composto apenas por M. O. facilmente biodegradável (e. g. açúcares simples, aminoácidos
livres) apenas era necessária uma relação C/N de cerca de 20 a 25: 1, em termos mássicos. Contudo, a M. O. possui tam
bém porções significativas de outras substâncias (e, g. celulose, lenhinas) de difícil biodegradação, desta forma o C
não é disponibilizado para os microrganismos à taxa requerida, pelo que é necessário aumentar a relação inicial.
,
,,
,
: T a1ta
,
",,
,
T baixa T baixa
TEMP. CONTROLADA
60 ...
CURVA DE TEMPERATURA
bactérias esporuladas
J?
\ Quebra química
50 e actinomicetes
• de polímeros
Reinvasão \.
por fungos ~
intensa competição
40 por nutrientes
pH
30
Votalização 9
de NH3
.~----~:------------+-8 .. CURVA DE PH
20
10
,/f
Invasão por animais do solo 5
O--+----+-----+----f---------------J
TEMPO
Figura 6.8 - Transformações microbiológicas e perfis de temperatura e pH durante um
processo de compostagem devidamente controlado (adaptado de Neto e
Mesquita, 1992).
Organismo Observações
Salmonella typhosa : Não cresce acima dos 46°C; entre 55-60°C morre em 30
_. • : minutos e a 60°C morre em 20 minutos.
1 • • • _
_~9-l!1!?_~~f(~ _sE· j_~_~1!_~ ~_~_ ~ _~~~~ ~_ ??_~ç_ ~ _~':~~~_! ~~?~ .J:1!!1_~t~~ ~_ ?_q~ç: _
_~~J$.e.«{l_ ~P.. . ~_ ~_~1!_~ ~_T!J_ ~_~~~~~_?_~~ç: _
Esclzerichia coli i Grande parte morre em I hora a 55°C e entre 15-20
____________________ . .j _~!,:~_t?_S_ ~_ ?~o~: _
Entamoeba histolytica cysts : Morre em poucos minutos a 45°C e em poucos segundos a
: 55°C.
-- - - ---- - - - ---- - - --- . - - - --- - - --- .: - - ---- - - ---- - ---- - ----- - ------ - - ---- - - ----- - - ---- - ------ - - - --
_!.a.e.'!!C!_ ~C:$JI1_a.~a. j _~_~1!_~ ~_T!J_ P~~~?_S_ ~!,:~_t?_S_ ~_ ??_o~: ._
Trichinella spiralis larvae j Morre rapidamente a 55°C; morre instantaneamente a
: 60°C.
- - - --- - -- - - - ---- - - ----- - ---- - - .: - ------ - - ----- - ---- - - ---- - ----- - - -- -- - - - ---- - - --- - - - ---- - - - -
Brucella abortus ou Br. suis : Morre em 3 minutos a 62-63°C e em 1 hora a 55°C.
Micrococcus pyogenes var. ! Morre em 10 minutos a 500C.
aureus
- - - - --- - - ---- - - --- - - - ---- - ----- -: - -- - - - -- - - ------ -- - ----- - - ---- - - - --- - - - --- - - - - --- - - - ---- -
_~!:~P!?_c.~~·~~_~ PX~~~_~e.~ ~ _~~1!_~ ~_T!J_ ~ ~ ~!!1_~t_~~ _a. ?_~~ç: . _
i
Mycobacterium tuberculosis Morre em 15-20 minutos a 66°C ou depois de um aque
varo Izominis : cimento momentãneo a 67°C.
- - ---- - - ---- - ----- - - -- - - - --- - - -, - . - - - ----- - ---- - - ----- - - ---- - - --- - -- - ----- - ----- - --- - - - ---- - -
_~~:Y'}_e.~c:~!~!!f:l!1!_ 4~l?~!!1_e.Ci~e. _.: _~~1!_~ ~_~_ ~_~ .J:1!!1~t_~~ _a. ?_~~ç: _
Necator americanus
_____ • : Morre em 50 minutos a 45°C.
.J • _
Ascaris lumbricoides eggs i Morre em menos de uma hora por volta dos 50°C.
Factores
j Início do processo de Final do processo i Indicação de problemas
: compostagem : de compostagem
, , ,
Cheiro : Semelhante ao dos resí- : Odor a terra húmida, : Odores pútridos, sulfídri
: duos presentes na mis- : turfa ou húmus. : cos ou acéticos (condições
i tura (cheiro a lixo). : de anaerobiose - necessi
: dade de arejamento).
, ,
Cor : Cores características dos: Cor homogénea em tons: Se alguns resíduos manti
: resíduos. : de castanho escuro. : verem a sua cor original
i foram pouco degradados
: ou as condições não foram
: adequadas para que tal
: acontecesse.
- - - - - - - - - - - - - - - - -,... - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -,- - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - -,- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - -
Textura ou gra- j Deve ser obtido um : Aspecto homogéneo, : Tendência para a formação
nolometria : tamanho de partículas : terroso e de elevada : de agregados estáveis de
: indicado (tabela 6.13). porosidade. i , grandes dimensões - ele
vada porosidade.
Tendência para apresentar
um aspecto pastoso de difí
cil revolvimento - baixa
porosidade.
Tecnologias de compostagem
sÓ/.totais = 14400
sól.totais = 10 000
82 Insuflação
(b)
Figura 6.10 - Compostagem lenta: (a) Arejamento por revolvimento. (b) Arejamento
estático: (b 1) aspiração de ar; (b2) insuflação de ar (Diaz et al, 1993).
Entrada
de ar
Braço
rotativo
(I)
Resultados reportados à matéria seca.
m Zucconi e Bertoldi (1991) fide Mesquita (1996).
(3)
Na matéria original.
(4)
Matéria orgânica/azoto orgânico.
© Universidade Aberta
160
Tabela 6.17 - Teores máximos de metais pesados (incluindo alguns micronutrientes)
para composto orgânico proveniente de RU e para solo agrícola (mg/kg)
(Quelhas dos Santos, 1996).
Compostados de RU Solos
Elementos Valores actuais (I) Valores propostos (2) agrícolas (3)
(I) Valores adaptados dos que foram recomendados pelo Grupo de Trabalho da CEE
sobre a valorização agrícola do composto.
(2) Valores propostos para a CEE.
(3) Directiva 86/278/CEE, de 16 de Junho.
Situação nacional
6.2.3.2 Biometanização
°processo tem lugar num sistema fechado (digestor), podendo o biogás ser
utilizado para a produção de energia eléctrica, aquecimento ou abastecimento
de redes de gás municipais. Normalmente é produzido cerca de 200m3 de
biogás por tonelada de fracção orgânica de RU digerida, embora dependa da
composição do substracto (Inácio, 1995)
Água
j,,@, I
á\Jua = 24 000 I
sol.totais = 16 000 I
(sól. voláteis = 8 000 I)
74800 I
Rejeilados I sól.tolais
água = 400 t
água = 74 000 I
sól.tolais = 800 t ~I pré-tratamenlo I 2000 t = 1 600 I
(sól. voláleis = 800 t)
(sóI. voláleis = 400 I) I água = 400 t
Areia
sól.tolais = 4 400 I
48001
I (sól. volálels -)
I fermenlação Biogás
40001
I á\Jua=
sol.tolais = 4 000 t
(sól. volálels = 4 000 t)
sol.tolals = 6 800 I
RR~~~af secagem
água = 88 000 I I I
sól.totais = 800 t
(sól. voláleis = 400 t)
152001 água = 9200 I
sól.tolais = 6 000 I
I (sól. voláteis = 3 200 I)
I água residual
I
I maluração aeróbic CC! + IiO
6 400 I
I água = 5 600 I
sól.totais = 800 I
(sól. voláteis = 800 t)
Água
14000 I água = 3 600 I
8800 I
água = 14 000 I sól.lotals = 5 200 I
sól.lotais =
(sól. voláteis = -)
I (sól. voláteis = 2 400 t)
Figura 6.12 - Balanço mássico para o processo de biometanização por via húmida
(Valorsul, 1997).
á\Jua = 24 000 I
sol.folais ~ 16 000 I
(sól. voláteis = 8000 I)
Água
22800 t
água = 22 000 I
~.I
sól.totais = 800 I -,-_ _..
I pré-tralamento Rejeitados
2 000 I
I á\Jua = 400 I
sol.tolals = 1 600 t
(sól. voláleis ~ 400 I) I (sól. voláleis ~ 800 I)
I
sól.lolais ~ 15200 I
(sóI. voláleis ~ 3 600 I)
Biogás água ~.
fermenlação
I 40001
I
sol.10lais ~ 4 000 I
(sól. voláteis = 4 000 I)
Água
I
sol.lolais ~ 11 200 I
(sól. voláleis ~ 2 800 I)
30 800 t I secagem I
;61~~I~i;~ ~~~ \ ---,---
(sól. voláleis = 400 t)
26000 I I água ~ 15600 I
sol.lolais = 10 400 I
(sól. voláleis ~ 3 200 I)
Figura 6.13 - Balanço mássico para o processo de biometanização por via seca
(Valorsul, 1997).
6.3.1 Incineração
uma redução em volume que pode atingir os 90% dos valores iniciais
Tabela 6.20 - Resumo dos principais factores relacionados com a eficiência da combustão
(Clarke et ai., 1991).
"It.
e na mistura de resíduos
não combustíveis:
"It. Misturar os resíduos antes da combustão para aumentar a
homogeneidade;
"It. Introduzir os resíduos de forma contínua na câmara de
combustão;
"It. Secar os resíduos antes da combustão;
"It. Escolher grades que promovam a mistura dos resíduos.
----------------------------------._--------------------._-------
Baixas temperaturas ou tem "It. Tapar os orifícios da câmara de combustão;
peraturas oscilantes
"It. Controlar automaticamente a combustão;
bustão
"It. Utilizar queimadores auxiliares;
-----_.-._-----------------------------------------------_.------
Mistura insuficiente dos gases "It. Utilizar sistemas de distribuição de ar;
de combustão (incluindo pro "It. Quantidade e distribuição óptima do ar na câmara de
dutos de combustão incom combustão durante a segunda fase de combustão.
pleta) com o oxigénio (turbu
lência)
-----._-----------_.--------_.--- --------------_.--._----_.---------_.--------_.-----------------
Tempo de residência insufi "It. Redução do ar de combustão.
ciente para queimar comple
tamente os gases
Recuperação de energia
Controlo de emissões
50 ng dioxinas
G~~u~
I ton
~ ncmeraçao
1 ' < 5 ng dioxinas
< 5 ng dioxinas
ENTRADAS SAÍDAS
Eléctrodo
colector
ligado a terra
~~~
Tremonha
para as
Eliminação das
partículas
particulas
Transportador Filtro de
lama seca
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174
Para diminuir a emissão de gases ácidos a separação na fonte de resíduos
que contenham cloro e enxofre (como alguns tipos de plásticos) é um método
possível (Tchobanoglous et al., 1993). Além disso, existem alguns sistemas
de controlo dos gases de combustão, como o tratamento húmido (wet
scrubber) e o tratamento seco (dry scrubber).
Poluentes
J
Antes do II Ciclones Precipitadores PE+ PE + trata
(mg/m ) tratamento electrostáticos (PE) 'scrubbers' mento seco
mino max. média mino max. média mino max média média média
Partículas 1500 8000 3000 300 2000 500 50 150 100 50 50
HCI 400 2200 1150 400 2200 1150 400 2200 1150 50 50
HF 5 20 9 5 20 9 5 20 9 I I
SO, 200 2000 500 200 2000 500 200 2000 500 100 250
NO x 150 650 250 150 650 250 150 650 250 150 150
Pb 6 55 30 2 13 9 0.1 6 3 I 0.2
ICd 0.3 3.6 1.8 0.3 0.01 0.7 0.2 0.04 0.02
IHg 0.1 1.1 0.5 0.1 J.l 0.5 0.1 1.1 0.5 0.3 0.05
I
6.24 apresenta essa classificação mais específica, além dos quantitativos
típicos.
Quantidades produ
Designação Origem e algumas características zidas (kg/t RU
incinerada) a
Cinzas/escórias de Material heterogéneo que é descarregado pela
fundo (ou resíduos grelha do fomo. Pode conter quantidades consi
da grelha) deráveis de metais, vidro. restos de cerâmica e 250-420
material orgânico não queimado.
- - - - - ---- _. - - - - - - - --- - -- --- - -- - ---- ---- - - - - - -- - -- -
Resíduos que pas Resíduos que passam através das grelhas, sendo
sam através das recolhidos em conjunto com os resíduos ante 5
grelhas b riores, no tanque de arrefecimento da insta
lação.
-------_.---------.--------------.-----------------
Cinzas do recupe Resíduos captados no sistema de recuperação
rador de calor de calor, podendo ser denominados cinzas da 2-12
caldeira.
Cinzas volantes Resíduos removidos dos gases de combustão
antes da adição de qualquer substância para
tratamento dos gases. Incluem as partículas de 10-30
dimensões reduzidas provenientes da câmara de
combustão e os elementos condensados nas
mesmas durante o arrefecimento dos gases.
---.-----------------------------------------------
Resíduos do trata Mistura de materiais recolhidos nos dispositivos
mento de gases de tratamento de gases. Inclui cinzas volantes, 20-50 ç
substâncias injectadas no sistema e produtos de 1-3 d
reacção (e. g. CaCl,).
---- - -- - ---- ---------- - --- - - -- - - - ----. - - - -- -- - -- -- -
Lamas do lavador Resíduos produzidos quando existe tratamento
de gases dos gases por via húmida, consistindo na fase
sólida dos produtos das reacções ocorridas no
sistema.
Cinzas combinadas Mistura de todos os resíduos anteriores.
(a) Hje[mar (l996)fide Guerreiro (1998); (b) dados de apenas um incinerador; (c) tratamento por
via seca (incluindo 10 - 30 kg de cinzas volantes); (d) tratamento por via húmida (peso seco das
lamas).
C. Efluentes líquidos
Monitorização
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180
A informação da monitorização e, em particular, os parâmetros mais
relevantes do ponto de vista ambiental, devem ser facultados às populações
locais. Deve igualmente ser efectuada a monitorização externa, devendo esta
estar integrada num sistema de vigilância da qualidade do ambiente. Esta
vigilância pode ser realizada por entidades locais, regionais ou nacionais.
Situação nacional
Lobato Faria et al.(l997) prevêem que no ano 2000 sejam incineradas, com
recuperação de energia, 1 000* 103t/ano de RU, estando a ser utilizadas em
pleno as centrais de incineração da VALORSUL, S. A. e da LIPOR. Este
valor corresponde a 26% do total de RU no ano 2000 e a 22% no ano 2005.
Está previsto que estas centrais mantenham a referida capacidade de
incineração durante 20 anos.
2. Faça uma pesquisa junto das entidades responsáveis pela gestão dos RU
que se produzem no seu Concelho e tente determinar o seguinte:
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Página intencionalmente em branco
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Objectivos de aprendizagem
• vedação total;
• drenagem de biogás;
Nesta perspectiva, e de acordo com Lobato Faria et ai. (1997), não existia
em 1994 (ano a que se reporta a situação de referência do PERSU),
no Continente, nenhum sistema de deposição no solo que fosse possí
vel classificar como AS. Deste modo, este critério foi flexibilizado ao
nível de um ou dois parâmetros. Houve igualmente a necessidade de con
siderar uma nova modalidade de confinamento, o vazadouro contro
lado, cujas condições se situam entre a lixeira (ou vazadouro) e o aterro.
As tabelas 7.1 e 7.2 ilustram a situação nacional em 1995 e 1996 e na
tabela 7.3 apresenta-se a evolução do número de lixeiras encerradas e de
aterros em funcionamento.
Tabela 7.1- Tratamento e destinos finais dos RU em 1995 (Lobato Faria et aI., 1997).
6
Tratamento/Destinos finais Quantidade (10 t!ano) %
Vazadouro (lixeira) 1.924 60
Vazadouro controlado 0.513 16
Aterro controlado 0.471 15
Compostagem 0.299 9
Total 3.207 100
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190
Tabela 7.3 -Evolução do número de novos aterros em funcionamento e de lixeiras
encerradas (MA, 1998).
paisagem);
compactação e cobertura;
Vantagens DesvantagenS/Problemas
- possível via para a recuperação de áreas - longa imobilização dos terrenos;
degradadas (e. g. pedreiras); - necessidade de grandes áreas;
- processo de mais baixo custo (situação que - necessidade de material de cobertura;
se poderá inverter a curto prazo face às
- pode inibir as políticas de redução;
novas exigências legislativas e à possi
bilidade de implementação de taxas de - dependência das condições climáticas;
deposição em aterro); - problemas de localização:
- flexibilidade de operação; - oposição pública (síndroma NIMBY).
- não requer um número elevado de pessoal
especializado.
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192
dem das entradas, e da forma como o processo decorre e é controlado
(White et aI., 1995).
fugas
-/--_.( efluente
Figura 7.1 - Entradas e saídas num aterro sanitário (White et al., 1995).
Em relação a este critério, Lobato Faria (1997) define como grandes aterros,
aqueles que são previstos, durante a sua vida útil, para um confinamento
total superior a 25 0001.
c. Topografia do aterro
• aterro em superfície;
• aterro em trincheira;
• aterro em depressão.
Este tipo deAS é aconselhável quando o lençol freático está muito à superfície
ou outros factores geológicos impedem a escavação de trincheiras, quando é
desejável uma grande face de trabalho ou quando a utilização final do aterro
sugere a técnica de operação em superfície. As principais desvantagens deste
tipo de aterro dizem respeito aos problemas de dispersão dos resíduos leves
pelo vento e à necessidade de transporte do material de cobertura.
Taludes do aterro
Células para os resíduos urbanos
Cobertura final
(a)
Taludes do aterro
~Cobert"ca final
7!V#~~~%
(b)
(c)
]98
© Universidade Aberta
Q) Fase
E
:::J IV V
o> 100
E
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'o:!2. 80
cn
'CIl
Ol
o
""O
o
ICIl
t>
'Ui
40
o
0
E 20
o
u
O
pH
Tempo ~
Fases de estabilização de um AS
metano (CHJ
45-60 16 0.7167
dióxido de carbono (CO,)
40-60 44 1.9768
azoto (N,J
2-5 28 1.2507
oxigénio (O,)
0.1-1.0 32 1.4289
sulfitos, bissulfitos, mercaptanos, etc.
0-1.0
amónia (NH,)
0.1-1.0 I7 0.7708
hidrogénio (H,)
0-0.2 2 0.0898
monóxido de carbono (CO)
0-0.2 28 1.2501
constituintes vestigiais
0.01-0.6 I
água saturado
,
poder calorífico superior 15-20 MJ/m
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201
A quantidade de biogás produzido por tonelada de resíduos depositados em
AS tem sido estimada por três métodos diferentes: por cálculos teóricos, que
utilizam a quantidade de carbono orgânico presente nos resíduos; por meio
de estudos àescala laboratorial; por medição de taxas de produção de biogás
em AS reais (White et aI., 1995).
Uma formula para o material biodegradável seco dos RU pode ser calculada
a partir da análise elementar dos constituintes representativos (papel, resíduos
de jardim, entre outros) e da quantidade relativa de cada um na matéria
biodegradável seca. Em caixa apresenta-se um exemplo (exemplo 7.1) de
determinação da produção de biogás utilizando a equação da decomposição
anaeróbia da matéria orgânica.
Resolução:
CS9AH94A042.5N
© Universidade Aberta
202
Assumindo que ocorre a decomposição completa nos processos anaeróbios e recorrendo
à equação da decomposição anaeróbia da matéria orgânica:
C 12 x 59.5 = 714
H ] x 94.4 = 94.4
O 16 x 42.5 = 680
N 14 x ] 14
Total 1502.4
Volume de CH. =
e intensidade da precipitação);
L =P + R 00
+ U - ET - R off
sendo:
L = água lixiviante
Escorrência
superficial (R ofl) ~~ Ú Àg. dos resíduos (Ar)
~
Afluxo de água
superficial (R on)
I"filt~" ~Il""
(I) d, ág",
Alguns autores assumem que a humidade dos resíduos não se altera e, por
conseguinte, não incluem este termo no balanço hídrico. Somente quando a
água infiltrada excede o limite da capacidade de absorção dos RU, da ordem
de 20 a 35% em volume, é que consideram que há movimento de água através
dos resíduos (Fenn et aI., 1975).
L = P - ET - Roft.
o escoamento superficial é calculado através da relação:
R Off = C X P
Os AS passam. de uma maneira geral, por uma série de fases mais ou menos
previsíveis e cujo significado e duração são largamente determinados pelas
condições climáticas, variáveis operacionais, opções de gestão e outros
factores de controlo. Estas fases podem ser acompanhadas e caracterizadas,
nomeadamente através da análise da evolução da composição das águas
lixiviantes produzidas (Bicudo, 1996).
Tabela 7.6 - Composição típica das águas lixivianlcs (Tchobanoglous et aI., 1993).
agrícolas e urbanas;
ou de áreas protegidas;
avalanches;
capitação de RU I kg/hab.dia
Ano população Capitação Produção Peso esp. VolumeRU Peso esp. Volume Volume Volume Volume
projecto (hab.) (kglhab.dia) (kg/doa) em contentor (m 3) em aterro em aterro RU + terra anual acurrulado
(kg/m 3) (kg/m"l (m 3) cobertura (m 3) (m 3) (m 3)
100000 1,00 100000 200 500 800 125 138 50370 50370
100150 1,03 103155 199 520 800 129 143 52294 102664
100300 1,09 109508 197 556 800 137 152 55514 158178
3 100450 1,12 112775 196 577 800 141 157 57171 215349
100600 1,15 116052 194 598 800 145 161 58832 274181
100750 1,18 119338 193 620 800 149 166 60498 334679
100900 1,22 122634 191 642 800 153 170 62169 396847
101050 1.25 125939 190 665 800 157 175 63844 460691
101200 1,28 129253 188 688 800 162 180 65524 526215
101350 1,31 132576 187 711 800 166 184 67209 593424
10 101500 1,34 135909 185 735 800 170 189 68898 662322
11 101650 1,37 139250 184 759 800 174 193 70592 732914
12 101800 1,40 142601 182 784 800 178 198 72291 805205
13 101950 1,43 145962 181 809 800 182 203 73995 879199
14 102100 1,46 149331 179 834 800 187 207 75703 954902
15 102250 1,49 152710 178 860 800 191 212 77416 1032318
Exemplo 7.3 - Regra prática para estimar o volume anual necessário de AS (Rhyner
et ai., 1995).
Quantidade produzida por pessoa e por ano = I.8kg/hab.dia x 365 dias =657kg/ano.
Quantidade produzida por 10 000 habitantes num ano = 10 OOOhab x 657 kg/hab
= 6.57 x 10'1.
Volume ocupado cm aterro (considerando o valor de 0.60 t/m' para o peso
específico dos RU em aterro) = 6.57 x 10't/0.60t/m' = 11 OOOm'.
A área necessária em cada ano depende da profundidade do aterro. Uma medida
de volume conveniente é o hectare.metro (ha.m), sendo I ha.m = 10 OOOm'. Os
resíduos ocupados por I ha.m correspondem a uma área com I ha e 1m de
profundidade. Outras combinações entre ha e m podem ser utilizadas de forma
a que o produto seja igual a I (e. g. para uma profundidade de 20m, a área seria
0.05ha). Deste modo, V = 11 OOOm'/IO OOOm'/ha.m = 1.lOha.m.
Para além deste volume é necessário contabilizar o espaço ocupado pelo material
de cobertura (intermédio e final), usualmente um rácio de I parte de material de
cobertura para 4 a 5 partes de resíduos, o que aumenta o volume para 20% a
25%. O volume ajustado será, V a = 1.lOha.m x 1.25 = 1.38ha.m.
Este volume não entra em linha de conta com a área necessária para as zonas
envolventes, bermas e acesso das viaturas, infraestruturas auxiliares (recepção,
báscula, armazém, lavagem de rodados, oficina, recolha e tratamento de
lixiviados, entre outras). Robinson (1986) fide Rhyner el ai. (1995) sugere um
multiplicador por 1.25 a 2, para obter a área final necessária, ou seja, à área
obtida deve-se acrescentar 20 a 30%. Deste modo, o volume final necessário
será, V = 1.38ha.m x 1.25 = 1.7ha.m.
y
• I
=ordenada relativa ao núcleo urbano i
y 4 mapa da região
3····y4.....
.._..y2 l·4~
10t :~-.
1 .._..Yl ~: :
1------,--~-~2---;2h.5""3-3----.;---.;-4---. x
Nem sempre o local determinado por este processo pode ser utilizado
para a instalação do AS. Condicionalismos de natureza administra
tiva, social, física ou factores naturais, podem inviabilizar a construção
do AS no geocentro determinado, pelo que se terá que procurar locais
alternativos, o mais perto possível desse ponto, seguindo-se a análise de
outros factores.
Tendo por base todos estes elementos procede-se à 1. 3 selecção dos locais
que oferecem aptidão para serem utilizados para a instalação do AS.
Actualmente, este processo de selecção pode ser efectuado de uma forma
mais fácil utilizando-se, como ferramenta de apoio à decisão, um Sistema
de Informação Geográfica (SIG).
b. Elaboração do projecto
I. Peças escritas
A. Memória descritiva e justificativa:
a) objecto do projecto; i) drenagem e tratamento do biogás. se neces
b) planeamento. escolha do local e bases do sário;
dos;
I) estrutura de pessoal e horário de trabalho;
c) características geológicas. geotécnicas e m)plano de segurança de populações e traba
hidrogeológicas do local; lhadores do sistema;
e) sistemas de impermeabilização:
o) plano de recolha;
------------------------------------------~----------- -------------------------------
B. Dimensionamento:
a) dimensionamento e cálculos da estabili- d) dimensionamento e cálculos da estação de
dade de taludes; tratamento de lixiviados;
b) dimensionamento e cálculos das barreiras e) dimensionamento e cálculos de todas as obras
de impermeabilização; complementares (betão armado. redes inte
c) dimensionamento hidráulico e cálculos da riores e exteriores de electricidade, comuni
estação de tratamento de lixiviados; cações, águas e esgotos, rede viária interna).
-------------------------------------------~------------------------------------------
C. Mediç()es e orçamentos :
II. Peças desenhadas
a) planta de localização (escala 1:25 000); e) plantas. alçados e cortes de todas as obras a
b) levantamentos topográficos - zona do levar a efeito:
aterro e vias de acesso externas (escala f) pormenores da estratigrafia de impermea
1:1000); bilização e cobertura final do aterro;
c) planta geral do terreno com implantação da g) pormenores, mapas de acabamentos e mapas
cédula de deposição de resíduos e de todas de vãos de obras de construção civil a levar a
as obras complementares: efeito.
d) perfis longitudinais e transversais de todas
as obras a levar a efeito:
admissíveis;
adequado);
no projecto de execução);
cobertura.
formação técnica;
e escolas ao AS);
de resíduos em AS.
deRU;
bentonítica;
a 260g/m2);
ou valetas.
Estas duas últimas camadas de terra não deverão ser compactadas para
permitir a circulação de ar e a penetração de raízes. Por forma a promover
a consolidação da terra dever-se-á, inicialmente (5 a 7 anos), plantar espé
cies herbáceas.
7.7.1 Águas
Alemanha
resíduos resíduos
Áustria
resíduos
geomembrana de PEAD
(2 mm)
(b)
Figura 7.9 - Sistema de drenagem das águas lixiviantes (Tchobanoglous et aI., 1993).
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222
versus múltiplo, membranas minerais versus sintéticas), a geologia do local
(permeabilidade do solo subjacente) e a eficiência do sistema de recolha e
tratamento dos lixiviados.
• colector de ligação;
• estação de bombagem.
o tanque de recepção dos lixiviados tem por função receber todas as águas
lixiviantes para que se possa efectuar o seu posterior tratamento. Normalmente
utiliza-se uma bomba para fazer o escoamento das águas, bomba essa colocada
no próprio tanque de recepção, constituindo a estação de bombagem. O poço
de junção (com base impermeável) permite a observação do escoamento das
águas lixiviantes e a recolha de amostras para análise. O poço é
progressivamente construído com manilhas de betão pré-fabricado (com O.5m
de altura, O.15m de espessura e 15m de diâmetro interior). A construção é
feita à medida que os estratos de resíduos aumentam.
• recirculação.
Vantagens Desvantagens
7.7.2 Biogás
• sistema passivo. O gás flui pela sua própria pressão até ao local de
processamento. A diferença de pressão entre o corpo do AS e a
atmosfera é responsável pelo fluxo do biogás. Na maioria dos casos,
o sistema de extracção passiva não permite controlar devidamente as
emissões de biogás para a atmosfera;
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226
No entanto, o gás produzido nos aterros pode conter, além de água e ácido
sulfídrico (geralmente removido por filtração a seco em limalha de ferro
previamente oxidada seguida de lavagem com solução de leite de cal),
concentrações elevadas de compostos orgânicos halogenados e hidro
carbonetos fluorados que são convertidos em ácidos fortes no interior dos
cilindros de combustão, fazendo com que os motores avariem. A redução de
tais compostos através de filtros de carvão activado pode constituir uma
solução para o problema, mas a custos de operação elevados, já que o sistema
de filtração toma-se pouco eficiente para baixas concentrações dos compostos
halogenados, que por sua vez, diminuem com o tempo e, de uma maneira
geral, após 3 anos de funcionamento do sistema de drenagem de gases,
atingem valores inferiores a SOppm (Ferreira e Cunha, 1992).
i. Dados meteorológicos
Fase de manutenção
Parâmetros Fase de exploração , (3)
apos encerramento
volume de lixiviados mensalmente (\) (31
de 6 em 6 meses
composição dos lixiviados (21 trimestralmente iJ) de 6 em 6 meses
volume e composição das águas de trimestralmente () de 6 em 6 meses
" (7)
super f lCle
emissões potenciais de gases e pressão mensalmente 1))(5) de 6 em 6 meses (6)
atmosférica (4) (CH" COl , 02' H2 S, H l ,
etc.)
Fase de manutenção
Parâmetros Fase de exploração
após encerramento
(1) Dados para avaliar o estado do aterro: superfície ocupada pelos resíduos, volume e
composição dos resíduos. métodos de deposição. início e duração da deposição. cálculo
da capacidade de deposição ainda disponível no aterro.
capitação de RU
1,2kg/hab.dia
altura média do AS
12m
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Página intencionalmente em branco
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Objectivos de aprendizagem
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8.1 Introdução
No ponto 6.2.1 foram referidos alguns dos factores importantes para a adesão
dos cidadãos aos sistemas de recolha selectiva, factores essenciais para o
sucesso dos planos e programas de redução e valorização de RU. Um aspecto
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238
outras comunidades. Por outro lado, o quadro legislativo previsto para a
participação e consulta dos cidadãos, os quais são chamados a pronunciar-se
nas fases finais dos planos, programas ou projectos, causam frequentemente
a sensação que as soluções já estão tomadas e que são irreversíveis
(Vasconcelos e Martinho, 1997).
embalagens:
aquele fim;
fileiras.
i) Municípios;
da recolha selectiva:
i) Empresas privadas;
iii) Municípios;
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242
Como referem Lobato Faria el ai. (1997), para o arranque do desen
volvimento das novas infraestruturas, é indispensável reformular as
estratégias de gestão, não apenas adaptando-as à realidade próxima
futura mas também apoiando-as em programas financeiros apropria
dos. Algumas disfunções aparecem de forma prioritária neste con
texto, destacando-se a estagnação ou o fraco dinamismo em aspectos
importantes como:
(l) Produção total = 3 701 654t/ano (valores calculados utilizando a evolução das capitações
previstas no PERSU). População total = 9 457 470 hab. (com base nas Estimativas de
População Residente cm 31 de Dez. de 1997. publicadas pelo INE).
Para além da sua elevada flexibilidade, que contrasta com a rigidez dos
instrumentos regulamentares, os instrumentos económicos possuem a
vantagem de constituírem um incentivo constante à redução da poluição,
por serem um estímulo ao desenvolvimento de tecnologias menos poluentes,
Até há bem pouco tempo, o serviço de resíduos era financiado pelo conjunto
das taxas ou dos impostos locais ou pelas taxas de propriedade. Nos casos
em que era cobrada aos utentes uma taxa de resíduos, esta não reflectia as
quantidades produzidas e colocadas para recolha por cada família. Nesta
situação, o custo marginal de colocar no contentor um saco de lixo extra é
igual a zero, não havendo nenhum incentivo económico para a redução da
quantidade de resíduos. Contudo, a utilização de tarifários, pagos pelos utentes
dos serviços de recolha e tratamento dos resíduos, passou a ser uma prática
relativamente comum em muitos países.
Tabela 8.2 - Taxas de deposição em aterro na Europa (Powell e Craighill. 1997; DoE.
1995).
Em França, esta taxa, em vigor desde 1993, aplica-se a cerca de 6 500 aterros
de RU e de resíduos industriais e perigosos. As indústrias que depositam os
resíduos nos seus próprios aterros estão isentas. Os 20 FF por tonelada podem
sofrer um aumento de 50% se os resíduos a depositar forem oriundos de
outras zonas. As receitas da taxa destinam-se a financiar o desenvolvimento
e a instalação de tecnologias inovadoras de tratamento de resíduos, apoiar
projectos locais, eliminar os depósitos ilegais e descontaminar solos poluídos
(Fernandez e Tuddenham, 1995).
recolha.
e. Créditos à reciclagem
o da água ou do ar;
(b)
1 (rJl
J. J.
Recuperação para Recuperação para
reciclagem compostagem
de materiais
I I
J.
Descargas após
reciclagem
1
J. J.
Recuperação para Recuperação para
combustão com combustão sem
'---l valorização valorização
energética energética
~
I I
l
Descarga em
aterro ou outros
sistemas de
eliminação
Figura 8.2 - Metodologia de balanço de massas para estimar a valorização e deposição de RD.
Podem calcular-se taxas de desvio parcelares, para cada uma das opções de
valorização, como, por exemplo, a taxa de desvio para reciclagem de materiais
ou a taxa de desvio para compostagem, se só existirem estas opções para a
valorização dos RU ou se houver interesse em avaliar cada uma per si.
A taxa potencial de desvio é sempre maior que a taxa de desvio real. Por
exemplo, no caso de uma recolha indiferenciada em que a totalidade dos RU
é conduzida para incineração (com recuperação de energia) a taxa potencial
de desvio é de 100 %, mas a taxa real é menor, porque nem todos os materiais
encaminhados para incineração são combustíveis (metais, vidro), resultando
num resíduo que tem que ser depositado em aterro (cinzas/escórias de fundo
e cinzas volantes).
A razão entre a taxa de desvio real e a taxa de desvio potencial fornece uma
medida da eficiência do desvio de um determinado material reciclável, ou
conjunto de materiais, do fluxo dos RU. Quanto mais próximo da unidade
estiver o valor da eficiência do desvio, mais eficiente é o sistema imple
mentado, o que poderá ser devido não só aos factores operacionais e
tecnológicos utilizados, mas também à quantidade e à qualidade da
participação dos residentes, ou seja, à eficiência da participação.
A taxa de colocação dos recipientes à porta é mais fácil de medir que a taxa
de participação, uma vez que basta ao próprio operador de recolha, ou outro
indivíduo designado para o efeito, assinalar os recipientes que num
determinado dia de recolha se encontram no passeio. Investigações realizadas
nos EUA sug~rem que existe uma relação entre estas duas taxas, podendo
esta última ser utilizada para estimar a taxa de participação se apenas for
conhecida a taxa de colocação dos recipientes. Essas investigações indicam
o sector dos resíduos, apesar de ser um serviço público, nunca (ou raramente)
contou nas suas metodologias de avaliação, à semelhança de outros serviços,
com medidas de avaliação da satisfação do consumidor/utente dos serviços.
Tal como Lobato Faria e Alegre (1996) propõem para os serviços de abas
tecimento de água, também para os resíduos poderia ser introduzida uma
metodologia de avaliação da satisfação do consumidor que incluísse os
«impulsos fisiológicos percepcionados pelos sentidos dos utentes (visão,
cheiro, ruído), assim como os aspectos psicossociais apreendidos pelas suas
mentes nas condições sociais e económicas dominantes».
Taxa potencial Quantidade total de materiais alvo recicláveis, produzidos pelos após recolha
de desvio habitantes servidos
Quantidade total de resíduos produzidos pelos habitantes servidos
Taxa de partici Número de residências que participam pelo menos uma vez num período antes da recolha
pação de 4 semanas
Número total de residências servidas pelo programas
Taxa de apre Número de residências que colocam os contentores (sacos/caixas) na rua antes da recolha
sentação num determinado dia de recolha
colocação à Número de residências servidas pelo programa nesse dia de recolha
porta
Taxa de recolha Quantidade do material alvo recolhido para reciclagem, produzido pelos após recolha, antes
selectiva ou efi _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _-'r:..:e"'s:..:id:..:e"'n"'te:..:s'-'-se:..:rv'--.:.id:..:o:..:s:...... da estação de triagem
ciência da reco Quantidade total do material alvo disponível na corrente dos resíduos
lha produzidos pelos residentes servidos
Taxa de recolha Quantidade de materiais recolhidos para reciclagem, produzidos pelos após recolha, antes
residentes servidos da
Quantidade total de resíduos produzidos pelos residentes estação de triagem
Taxa de valori Quantidade de um material alvo valorizado dos resíduos produzidos pelos no final do processo,
zação residentes servidos estações de triagem
Quantidade total do material alvo disponível na corrente dos resíduos
produzidos pelos residentes servidos
Taxa de recicla Quantidade de um material alvo reciclado dos resíduos produzidos pelos no final do processo,
gem residentes servidos estações de triagem
Quantidade total do material alvo disponível na corrente dos resíduos
produzidos pelos residentes servidos
Taxa de mer Quantidade de um material alvo vendido das Est. Triagem no final do processo,
cado para os
valorizáveis Quantidade total do material específico valorizado proveniente das estações de triagem
estações de triagem
Taxa de resíduo Quantidade de materiais enviados para deposição final no final do processo,
Quantidade materiais recebidos nas estações de triagem estações de triagem
Densidade de número de residentes na área de influência dos eco pontos área de influência
ecopontos número de ecopontos
Custo por tone Custo por tonelada de resíduo recolhido e processado para reciclagem no final do processo
lada/taxa de
desvio Taxa de desvio
Tabela 8.4 -Indicadores de desempenho dos sistemas de gestão de RU (ERRA, 1993a, 1993b;
Santana et aI., 1994; Waite, 1995; White et ai., 1995; Bahia, 1996).
Componente do Indicadores de
Indicadores complementares
sistema referência
Produção o Quantidades o Metas de minimização obtidas num detenninado período (% de
totais de RU redução).
produzidos o Percentagem de RU produzidos por diferentes grupos sócio-eco
(tlano) nómicos e em diferentes áreas geográficas.
o Produção per capita (kglhab.), valor médio global e valores por
diferentes grupos sócio-económicos.
o Taxa de crescimento da produção de RU.
o Composição física dos RU.
o Peso específico dos RU e taxa de crescimento do peso específico.
o Indicadores psicossociais dos utentes (níveis infonnação, conhe
cimento, atitudes, práticas) em relação ao consumo e à produção
de resíduos.
o Percentagem de famílias que efectuam acções de redução na fonte
(adesão aos sistemas de consignação, compostagem caseira).
limpeza).
o Sistema tarifário e respectiva contribuição para o financiamento
RU.
o Percentagem da população que é directamente afectada por incó
1. Foi feito algum plano (regional ou local) para a gestão dos RU que se
produzem na sua zona de residência? Se sim, procure identificar os
seguintes aspectos: objectivos do plano, metas a atingir, prioridades
definidas, opções estratégicas, alternativas avaliadas, indicadores
utilizados, processo de participação da sociedade civil e medidas tomadas
para a sua implementação.
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