Antenas e Radiopropagação
Antenas e Radiopropagação
Antenas e Radiopropagação
Nome do Estudante:
Professor:
engvalterquimussecopaulo@gmail.com
Professor Valter Quimusseco
Quando faz-se um movimento de vaivém vertical, na extremidade de uma corda, pode-se observar a
propagação de pulsos ou perturbações. A propagação de perturbações sem o transporte de matéria é
denominada onda. Portanto, ondas são oscilações em função do tempo e do espaço, que apenas
transportam energia.
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Professor Valter Quimusseco
Ondas mecânicas
A figura 2 ilustra uma corda elástica esticada horizontalmente, tendo uma das extremidades fixa e a
outra nas mãos de um operador. A seguir, o operador faz com a mão um rápido movimento para
cima e para baixo, que resulta nas últimas figuras uma ondulação percorrendo a corda.
Se marcar (mentalmente) um ponto fixo, inicialmente em repouso, verá que a ondulação faz com
que o ponto execute um movimento de sobe e desce, voltando a ficar em repouso depois que a
ondulação passa.
É bom ressaltar que as partículas que compõem a corda não se movimentam ao longo dela. Elas
apenas se movem para cima e para baixo, desta forma pode-se afirmar que o que “caminha” através
da corda é uma perturbação, que transporta energia e quantidade de movimento.
Esse simples experimento é um exemplo básico de onda mecânica. Desta forma, pode-se definir
uma onda mecânica como sendo uma perturbação de um meio material elástico que se propaga por
esse meio (corda), transportando energia e quantidade de movimento.
Alguns animais como, por exemplo, os golfinhos comunicam-se por assobios que se propagam na
água. Embora não se vê essa propagação, ela também necessita de um meio material para propagar-
se, nesse caso, o meio é a água. Sendo assim, pode-se dizer que ondas em molas, na água, no ar ou
em qualquer meio elástico que seja possível a sua propagação, são consideradas ondas mecânicas.
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Onda eletromagnética
A onda eletromagnética, não necessita de meio material para a sua expansão, desloca-se no vazio.
A onda eletromagnética combina campos magnéticos e elétricos que oscilam, permite que as ondas
eletromagnéticas difundam-se pelo espaço enquanto levam energia de um sítio para outro.
Os raios-X, a luz que podemos ver e os raios gama são algumas das manifestações desta radiação
que faz parte das ondas eletromagnéticas.
Toda a partícula que tem componente elétrico e magnético é uma onda eletromagnética.
A onda eletromagnética forma-se quando o campo elétrico (mostrado em cor rosa na figura 3)
emparelha-se ao campo magnético (mostrado em cor azul), formando ângulo de 90 graus (serem
perpendiculares entre si).
A primeira previsão das ondas eletromagnéticas foi feita em 1864, pelo físico Escocês, James
Clarke Maxwell. Ele conseguiu provar teoricamente que uma perturbação eletromagnética propaga-
se no vácuo com uma velocidade igual à da luz (3.108 m/s).
A primeira verificação experimental foi feita por Heinrich Hertz, em 1887, produziu ondas
eletromagnéticas através de circuitos oscilantes e depois, detectou-se por outros circuitos
sintonizados na mesma frequência. O seu trabalho foi homenageado posteriormente, colocando o
nome “Hertz” para unidade de frequência.
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f → é a frequência da onda
1. Determinar o comprimento de uma onda que se propaga no vazio com uma frequência de
2MHz.
2. Qual é a frequência de uma onda de 300 cm que se propaga no vazio?
3. O que acontece com a frequência de uma onda, se aumentar o seu comprimento?
— Se for o inverso?
4. Quando é que uma onda fica mais estreita?
— Quando é que acontece o inverso?
Um campo magnético variável é equivalente, nos seus efeitos, a um campo elétrico; Um campo
elétrico variável é equivalente, nos seus efeitos, a um campo magnético.
Qualquer condutor sofre um aquecimento ao ser atravessado por uma corrente elétrica. Esse efeito é
a base de funcionamento dos aquecedores elétricos, chuveiros elétricos, secadores de cabelo,
lâmpadas térmicas.
Efeito Luminoso
Em determinadas condições, a passagem da corrente elétrica através de um gás rarefeito faz com
que ele emita luz. As lâmpadas fluorescentes e os anúncios luminosos são aplicações desse efeito.
Neles há a transformação direta de energia elétrica em energia luminosa.
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Efeito Químico
Uma solução eletrolítica, sofre decomposição quando é atravessado por uma corrente elétrica. É a
eletrólise. Esse efeito é utilizado, por exemplo, no revestimento de metais: cromagem, niquelação, etc.
Efeito Magnético
Um condutor percorrido por uma corrente elétrica cria na região próxima a ele, um campo
magnético. Este é um dos efeitos mais importantes, constituído a base do funcionamento dos
motores, transformadores, relés, etc. Este sim desperta interesse, e mostra que a corrente elétrica
pode produzir um campo magnético.
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Micro-ondas
São ondas de frequências bem mais elevadas que as frequências das ondas de rádio. Essas ondas
possuem frequências compreendidas entre 108 Hz e 1011 Hz. Hoje essas ondas são utilizadas
amplamente na fabricação dos aparelhos de micro-ondas como também nas telecomunicações,
transportando sinais de TV via satélite ou transmissões telefónicas.
Radiação Visível
As ondas eletromagnéticas que possuem frequência compreendida entre 4,6 x 1014 Hz e 6,7 x 1014
são de extrema importância para nós, seres humanos, pois elas são capazes de sensibilizar a
nossa visão, essas são as chamadas radiações luminosas, ou seja, a luz. As radiações luminosas
possuem um pequeno espaço no espectro eletromagnético. Sendo assim, os olhos humanos não
conseguem ver o restante das radiações que compõe o espectro eletromagnético.
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Radiação Ultravioleta
As frequências dessa radiação são superiores às da região visível ao olho humano. Essas radiações
são emitidas pelos átomos quando excitados como, por exemplo, em lâmpadas de vapor mercúrio
(Hg), acompanhando a emissão de luz. Por não serem visíveis os raios ultravioletas podem causar
sérios danos à visão humana.
Ondas de Rádio
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É uma banda de radiofrequência que abrange dos 3 kHz aos 30 kHz. Os receptores de sinais
normais não têm a capacidade de captar este tipo de ondas de rádio, pois são otimizadas para sinais
de frequências mais elevadas. Por este motivo, são necessárias antenas especializadas para captarem
sinais em VLF, e não são capazes de transmitir sinais de áudio. Historicamente, eram utilizadas na
radiocomunicação por telégrafo sem fios, e eram empregues na transmissão de mensagens por
código Morse. Sinais de rádio com baixa frequência são capazes de penetrar a água e atingir
profundidades de cerca de 10 a 40 metros, o que permite a comunicação com submarinos e navios
que se encontrem em alto mar. São também utilizados em serviços de navegação de rádio, estações
de rádio governamentais e comunicação militar de alta segurança.
LF (Low Frequency)
É uma banda de radiofrequência que situa na gama de 30 kHz até 300 kHz. Devido ao seu longo
comprimento de onda, na casa dos quilómetros, a baixa taxa de atenuação do sinal permite a
comunicação a longas distâncias. Isto deve-se ao facto de ser refletida pela ionosfera, propagando-
se num alcance de até 2 mil quilómetros. Além disso, o facto de ser uma onda longa permite a
difração das ondas, que são capazes de evitar objetos de grande tamanho, como montanhas e
edifícios, e seguir a curvatura do planeta. Este é um meio fiável de manter os relógios atualizados
visto que estas ondas não são afetadas por outros sinais que se cruzem entre o emissor e o receptor.
Na Europa, e em certas partes de África e da Ásia, é empregue na emissão de sinais de rádio AM.
Em certos lugares do mundo é frequentemente utilizada na sinalização aérea, na rádio navegação
(LORAN), transmissão de informação, sistemas de meteorologia, bem como comunicação com
submarinos e navios.
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MF (Medium Frequency)
É designada banda de frequências de 300 kHz á 3MHz do espectro radioelétrico. As ondas MF são
usadas para a emissão de rádio AM, comunicação entre navios e a costa, entre outros. A propagação
de ondas MF através da reflexão na ionosfera é apenas possível durante a noite, pois durante o dia
estas ondas são absorvidas pela zona mais baixa desta camada atmosférica. Logo, durante a noite,
estas ondas são capazes de se propagar muito mais longe.
HF (High Frequency)
HF, são Frequências altas que compreendem as faixasentre 3MHz e 30MHz do espectro
radioelétrico. Este tipo de ondas são usados para a emissão de rádio, comunicação em aviação,
estações meteorológicas, rádio amadora, etc. As ondas HF podem-se propagar através de ondas
directas, através da reflexão na ionosfera (skywaves) e ondas de superfície (surfacewave). Nem
todas as ondas HF podem ser refletidas na ionosfera, se a frequência for muito alta a onda penetra e
atravessa a ionosfera, se for muito baixa a onda é absorvida pela região mais baixa da ionosfera. Os
limites das frequências que podem ser usadas variam ao longo do dia, com a época do ano, com os
ciclos solares e de lugar para lugar. Para saber a frequência ideal de emissão (OWF —
OptimumWorking Frequency) para um determinado local são examinados os dados históricos de
emissões nesse lugar específico.
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as embarcações estabelecem as suas comunicações através da radiofrequência VHF. Uma vez que o
rádio não reconhece fronteiras geográficas ou políticas, e para garantir que os navios possam
sempre comunicar quer em viagens nacionais ou internacionais, a banda marítima de VHF é a
mesma em todo o mundo. À semelhança dos navios, os aviões também utilizam esta frequência. As
frequências VHF são usadas para uma variedade de utensílios domésticos, como telefones sem fios,
walkie-talkies e pagers. São ainda utilizadas em televisões e transmissão de rádio FM.
UHF é a abreviatura utilizada em Inglês de Ultra HighFrequency que significa “Frequência Ultra
Alta”. Designa a banda de frequências de 300 a 3000 MHz do espectro radioelétrico. Na faixa de
UHF, os sinais transmitidos não são devolvidos para a superfície pela ionosfera; são capazes de
ultrapassar as camadas atmosféricas mais periféricas e conseguem passar para o espaço permitindo
a ligação aos satélites e também a comunicação com veículos espaciais, bem como para a
radioastronomia. Da mesma forma, os sinais emitidos a partir do espaço podem penetrar na
ionosfera e atingir a superfície. As frequências UHF são normalmente usadas para microfones sem
fios, transmissões de televisão, em satélites de comunicação, telemóveis, wireless LAN, Bluetooth,
GPS e rádios bidirecionais, rádio amador, entre outros. É também utilizada em fornos micro-ondas,
cujas portas de vidro têm uma malha de metal com orifícios muito pequenos. Na gama UHF, as
ondas têm uma frequência muito elevada e, como tal, têm comprimentos de onda com apenas
alguns centímetros de tamanho. A rede mantém as micro-ondas presas no forno, mas permite a
passagem de ondas com comprimentos de onda menores, tal como as ondas luminosas que têm um
comprimento de onda ao nível microscópico; é por este motivo que conseguimos observar o interior
do forno micro-ondas.
Comparativamente às ondas VHF, as UHF têm mais atenuação atmosférica e menor reflexão na
ionosfera. Por outro lado, o tempo de duração quando utilizado em baterias é mais curto nestas
últimas quando comparadas à gama das VHF. No entanto, os sinais de UHF tendem a ser mais
puros e são mais facilmente transmitidos. Para a maioria das aplicações, as frequências de rádio
mais baixas são melhores para atingirem um maior alcance. Uma vantagem da transmissão em
gamas UHF é o facto de serem ondas curtas, o que implica que a antena de rádio utilizada para as
captar possa ser inferior a uma antena de rádio VHF equivalente.
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Super High Frequency, ou SHF, é a designação UIT para a gama de frequências rádio entre os 3 e
os 30 GHz. Esta frequência intersecta-se com a banda micro-ondas, portanto ondas da gama SHF
são classificadas como micro-ondas. O curto comprimento de onda das micro-ondas permite que se
desloquem através de feixes estreitos por antenas tais como as parabólicas, logo são frequentemente
utilizadas na comunicação entre dois pontos definidos, ligação de dados e em radares. Ondas nesta
gama de frequência são usadas na maioria dos radares mais modernos, em fornos micro-ondas,
comunicações por satélite, televisão via satélite, wireless LAN, entre outros. A banda SHF ocupa
uma posição beneficiada no espectro radioelétrico. Como é a banda com frequências mais baixas
que permite a transmissão da informação por feixes estreitos de antenas, impede a interferência com
transmissores nas vizinhanças que emitam na mesma frequência, permitindo assim a reutilização de
frequências. Por outro lado, é a gama com as frequências mais elevadas capaz de ser utilizada para
comunicações terrestres a longas distâncias, graças à fácil absorção de frequências mais elevadas,
tais como as EHF (ExtremelyHighFrequency), pela atmosfera. É também uma banda com
capacidade de transmitir grandes quantidades de informação.
As ondas que se inserem nesta banda têm grande atenuação atmosférica; isto é, são facilmente
absorvidas pelos gases da atmosfera. Como tal, têm um alcance curto, e só podem ser utilizadas
para comunicações terrestres que não ultrapassem um quilómetro de distância. Mesmo em
distâncias relativamente curtas, também o contacto com a água da chuva pode provocar a absorção
das ondas e diminuir a potência de sinal. Esta banda é utilizada essencialmente na área da
radioastronomia e da deteção remota, geralmente para monitorizar e controlar as condições
atmosféricas presentes. Como a banda EHF se encontra ainda pouco desenvolvida, encontra-se
relativamente livre para ser aproveitada por uma grande variedade de novos produtos e serviços,
incluindo acesso à internet de banda larga.
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OEM é a manifestação do campo eletromagnético (CEM) que caracteriza-se pelo seu deslocamento
no espaço e no tempo.
⃗ ×𝐇
CEM = 𝐄 ⃗⃗⃗⃗ = f (x, y, z, t)
𝐝∅𝐁
𝛆=- 𝐝𝐭
Esse sinal negativo que aparece na equação de Faraday é decorrente de outra lei proposta pelo físico
Heinrich Lenz, onde a polaridade da força eletromotriz induzida que provoca o aparecimento de
uma corrente elétrica, gera um fluxo magnético de sentido oposto á variação do mesmo fluxo,
através do circuito fechado. Ou seja, com a redução do fluxo magnético com mesmo sentido do
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fluxo, e com aumento do fluxo magnético no tempo, a corrente induzida cria o mesmo campo com
sentido oposto ao do fluxo magnético.
Uma experiência que pode ser observada e comprovada do campo eletromagnético, é quando se
aproxima um imã de uma espira de um fio condutor ligado a uma bússola e nota-se que a agulha
indicadora do instrumento desvia a direcção; Quando o imã é afastado, a agulha desvia para uma
direcção oposta, e havendo esse movimento relativo entre o imã e a bobina, haverá uma indução de
corrente elétrica, criando um campo eletromagnético formado pela interação do campo magnético
com um campo elétrico, e da mesma maneira, todo campo elétrico variável no tempo produz um
campo magnético. Efeitos como estes não estacionários constituem basicamente os fenómenos
eletromagnéticos.
Matematicamente, um campo eletromagnético é um campo composto de dois vetores campo: o
campo elétrico (E) e o campo magnético (H), possuem valores definidos a cada ponto no espaço e
tempo.
As ondas eletromagnéticas são uma consequência da formação do campo eletromagnético, e
propagam-se através do vazio com a velocidade da luz. Elas são portadoras de energia, e quando
propagam-se no espaço, podem transferir energia para os corpos que encontram-se em sua
trajectória. Estas ondas são geradas por cargas eléctricas que oscilam, ou seja, quando tem-se
campos elétricos e magnéticos oscilantes e perpendiculares entre si e a direção da propagação da
onda, sendo consideradas ondas transversais.
1. 𝛁. ⃗𝑬
⃗ = 0 → Divergência do campo elétrico
⃗⃗ = 0 → Divergência do campo magnético
2. 𝛁. 𝑩
⃗
⃗⃗ = - 𝜕𝐻 → Rotação do campo elétrico
3. 𝛁𝑿𝑬 𝜕𝑡
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⃗
⃗⃗⃗ = 𝝁𝑶 𝜺𝑶 𝝏𝑬 → Rotação do campo magnético
4. 𝛁𝑿𝑯 𝝏𝒕
𝜕 𝜕 𝜕
⃗
Nota: ∇ (gradiente) é um operador escalar. ∇ = 𝜕𝑥 𝑖 + 𝜕𝑦 𝑗 + 𝜕𝑧 𝑘
⃗ × 𝐶 = (𝐴𝐵
𝐴×𝐵 ⃗ )𝐶 +𝐴( 𝐵
⃗ 𝐶)
∇ ×( ∇ × 𝑣 ) = ∇ (∇. 𝑣) - ∇2 . 𝑣
𝑖 𝑗 ⃗
𝑘
∇×𝑣=|𝜕 𝜕 𝜕
|
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝑣𝑥 𝑣𝑦 𝑣𝑧
⃗
𝜕𝐻
Usar a segunda propriedade para o campo elétrico, fica: ∇ ×( ∇ × 𝐸⃗ ) = ∇ × (− 𝜕𝑡 )
𝜕 𝜕 𝜕𝐸⃗ 𝝏 ⃗
𝝏𝑬
∇ (∇. 𝐸⃗ ) - ∇2 . 𝐸⃗ = - 𝜕𝑡 (∇ × 𝐻
⃗ )↔ - ∇2 . 𝐸⃗ = - (𝜇0 𝜀0 2 )↔ 𝛁 𝟐 . 𝑬
⃗ = (𝝁𝟎 𝜺𝟎 𝟐); equação do campo
𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝝏𝒕 𝝏𝒕
elétrico.
𝜕𝐸⃗ 𝜕
⃗ ) = ∇ × (− ) ↔ ∇ (∇. 𝐻
Para o campo magnético fica:∇ ×( ∇ × 𝐻 ⃗ ) - ∇2 . 𝐻
⃗ = - (∇ × 𝐸⃗ ) ↔ -
𝜕𝑡 𝜕𝑡
𝜕 ⃗
𝜕𝐻 𝝏 ⃗⃗⃗
𝝏𝑯
⃗ = - (𝜇0 𝜀0 2 )↔ 𝛁 𝟐 . 𝑯
∇2 . 𝐻 ⃗⃗⃗ = (𝝁𝟎 𝜺𝟎 𝟐); equação do campo magnético.
𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝝏𝒕 𝝏𝒕
𝐸⃗ (V/m) e 𝐻
⃗ (A/m)→ Intensidade vetorial do campo elétrico e magnético.
⃗ = 𝜀. 𝐸⃗ ( 𝑐2 ) 𝑒 𝐵
𝐷 ⃗ = 𝜇. 𝐻
⃗ (Web/𝑚2 ) → Indução elétrica e magnética.
𝑚
no vazio.
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Onde:
𝜇𝜀 𝜎
𝛼 = 𝑤√ 2 .√√1 + 𝑤𝜀 − 1
𝜇𝜀 𝜎
𝛽 = 𝑤√ . √√1 + +1
2 𝑤𝜀
Para o vazio
𝟏
V= C = = 3.108 m/seg ; 𝜀𝑟 = 1 e 𝜇𝑟 = 1
√𝝁𝟎 𝜺𝟎
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𝑬 𝟏 𝝁
ɳ = 𝑯𝒙 = 𝜺.𝒗 = √ 𝜺 (𝛀)
𝒚
Para o vazio
𝝁𝟎
ɳ=√ = 120π = 377 (𝛀)
𝜺𝟎
5. Constante de fase: é o atraso em fase que experimenta a OEM na medida que propaga-se ao
meio.
𝛚 𝟐𝛑
𝛃= = (rad/m)
𝐯 𝛌
1.6. Conceitos de onda plana, uniforme, linearmente polarizada e monocromática num meio
sem perda.
Meio sem perda (MSP): é aquele que apresenta igual (constante) valor de amplitude da onda em
qualquer ponto aquando da sua propagação. O 𝝈 = 0 S/m, é também designado por meio
homogéneo.
Onda uniforme: é aquela onda que os campos elétricos e magnéticos não dependem das
coordenadas transversais a direção de propagação, só depende da direção de propagação.
Onda linearmente polarizada: é aquela onda em que a direção dos campos mantem-se invariável
durante a propagação (os campos não tomam outra polarização).
⃗
𝐸⃗ = Ex 𝑖 + Ey 𝑗 + Ez 𝑘
⃗
⃗ = Hx 𝑖+ Hy𝑗 + Hz𝑘
𝐻
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Onda monocromática: é aquela que as variações dos campos são descritas por modelo matemático
seno ou cosseno e respondem a uma só frequência.
𝑧 𝑧
𝐸⃗ = Ex (z, t) 𝑖 = E0 Sen [𝑤 (𝑡 − 𝑣)] 𝑖 + E0 Sen [𝑤 (𝑡 + 𝑣)]𝑖
𝒆𝑿 = Cosx + iSenx
𝐸⃗ = E0.Cos (wt-φ)𝑖= 𝐸⃗ = 𝐸̇ .𝑒 𝑖𝑤𝑡 𝑖=𝐸̅ = 𝐸0 . 𝑒 −𝑖φ.𝑒 𝑖𝑤𝑡 𝑖=𝐸0 . 𝑒 −𝑖φ+iwt 𝑖 = 𝐸0 . 𝑒 −𝑖(φ − wt) 𝑖→ Equação do
campo elétrico em forma instantânea.
𝜕𝐸 ̅𝜕 𝐸 2 ̅
Equação do campo elétrico: ∇2 .𝐸̅ = 𝜎𝜇 𝜕𝑡 +𝜀𝜇 𝜕𝑡 2
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𝜕𝐸̅
ATT: 𝐸̅ = 𝐸.̇ 𝑒 𝑖𝑤𝑡 ; = iw𝐸̇ = iwE0 𝑒 𝑖φ
𝜕𝑡
𝜕2 𝐸̅
= (iw)2.𝐸̇ = - 𝑤 2 .E0.𝑒 𝑖φ
𝜕𝑡 2
𝑖𝑤𝜎𝜇)𝐻̇ = 0
̅ + 𝛾 2 𝐻̇=0.
Onde = √𝑤 2 𝜀𝜇 − 𝑖𝑤𝜎𝜇 é a constante de propagação, logo ∇2 .𝐻
Um dielétrico sem perda só é possível num meio isolante, onde não há passagem de corrente
elétrica.
1
A condutividade é tão próximo de zero (𝜎 ≅ 0) e a resistividade é infinito (𝜌 = = ∞).
𝜎
𝜇
ɳ =√ 𝜀 ∟00
Conclusão: A OEM ao propagar-se num meio condutor isolante, não atenua-se, não há circulação
de corrente.
⃗⃗⃗ e 𝐻
O𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗ estão em fase no tempo, não há desfasagem.
𝑤𝜎𝜇
𝜎 ≅ ∞ ; 𝜀 = 𝜀0 ;𝜇 = 𝜇𝑟 .𝜇0 Logo 𝛼 =𝛽 = √ = √𝜋𝑓𝜇𝜎
2
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𝑖𝑤𝜇 𝑤𝜇
ɳ =√ =√ 𝜎 ∟450
𝜎
⃗⃗⃗ e 𝐻
Conclusão: A OEM ao propagar-se num meio condutor bom, o 𝐸 ⃗⃗⃗⃗ estão desfasados a 450 no
tempo e são atenuados em 𝑒 −𝛼𝑧 ; a conductividade tende para infinito, ou seja é muito grande.
𝜇𝑜
ɳ =√ =377∟00 Impedância do espaço livre (vazio)
𝜀𝑜
𝜇𝜀 𝜎
1. 𝛽 = 𝑤√ 2 . √√1 + 𝑤𝜀 + 1 ; é a constante de fase.
𝜇𝜀 𝜎
2. 𝛼 = 𝑤√ .√√1 + − 1 (neper/m; ou usando dB/m = 8,67 neper/m); é a constante de
2 𝑤𝜀
atenuação.
𝑤
3. Velocidade de fase Vf = 𝛽 (m/𝑠 2 )
𝐸 1 𝜇
4. Impedância da onda ɳ = 𝐻𝑥 = 𝜀.𝑣 = √ 𝜀 (Ω)
𝑦
Todos parâmetros mencionados acima, 𝛾, 𝛽, 𝛼 ,Vf, ɳ dependem dos parâmetros do meio (𝜇, 𝜀 𝑒 𝜎).
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𝑆̅ = {𝐸̅ × 𝐻
̅ }; onde ̅𝐸 = E0.𝑒 𝑖𝑤𝑡 e 𝐻
̅ = H0.𝑒 𝑖𝑤𝑡
1
𝑆̅ = (𝐸̅ × 𝐻
̅ ) →Vector de Pointing
2
𝑖 𝑗 ⃗
𝑘 𝑖 𝑗 ⃗
𝑘
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕
𝐸̅ = | | e ̅̅̅
𝐻 = | |
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝐸𝑥 𝐸𝑦 𝐸𝑧 𝐻𝑥 𝐻𝑦 𝐻𝑧
Densidade de corrente
Para um bom condutor, tem-se: 𝑗 = 𝜎𝐸⃗ = 𝜎.𝐸𝑂 .𝑒 −𝛼𝑍 Cos (wt-𝛽𝑧) 𝑖 A/𝑚2
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F =10GHz
µ = µ0
𝜀 = 𝜀0
𝑎) 𝜎 = 0 𝑆/𝑚
b) 𝜎 = 2 𝑆/𝑚
𝜎 = 10−3 𝑆/𝑚
µ𝑟 = 1
𝜀𝑟 = 1
𝑎) F = 300kHz
𝑏) F = 3MHz
𝑐) F = 30GHz
3º Determinar a forma complexa do campo elétrico, sabendo que 𝐸̅ = 10.𝑒 −0,2𝑧 Cos (wt-3z)⃗𝑖.
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1.10. Polarização
É a orientação que sofre o campo eléctrico da OEM no espaço para a direcção de propagação. As
ondas eletromagnéticas são tridimensionais e a polarização é uma medida da orientação espacial
dos vectores campo eléctrico e campo magnético.
Para ilustrar melhor, observe abaixo a figura 7 da onda electromagnética formado pelos campos
elétricos e magnéticos:
𝐸𝑥
Onde 𝐸𝑥 = 𝐸0𝑥 .Senwt ↔ = 𝑆𝑒𝑛𝑤𝑡 (equação 1) e 𝐸𝑦 = 𝐸0𝑦 .Sen (wt- 𝛿 )
𝐸0𝑥
(equação 2)
Pegando a (equação 2) 𝐸𝑦 = 𝐸0𝑦 .sen (wt- 𝛿 ) ↔ 𝐸𝑦 = 𝐸0𝑦 (𝑠𝑒𝑛𝑤𝑡. 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿) ↔
𝐸𝑦
= 𝑠𝑒𝑛𝑤𝑡. 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿.
𝐸0𝑦
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𝐸𝑦
Voltando na expressão = 𝑠𝑒𝑛𝑤𝑡. 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿;
𝐸0𝑦
𝐸𝑦 𝐸𝑦
= 𝑠𝑒𝑛𝑤𝑡. 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿 , Elevando ao quadrado, obtem-se: (𝐸 )2 = 𝑠𝑒𝑛2 𝑤𝑡. 𝑐𝑜𝑠 2 𝛿 -
𝐸0𝑦 0𝑦
𝐸𝑦
2senwt.cos 𝛿. 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛2 𝛿 ↔ (𝐸 )2 =-2senwt.cos 𝛿. 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿 +
0𝑦
𝐸𝑦
𝑐𝑜𝑠 2 𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛2 𝛿 + 𝑠𝑒𝑛2 𝑤𝑡. 𝑐𝑜𝑠 2 𝛿 ↔ (𝐸 )2 =-2senwt.cos 𝛿. 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿 + (1 − 𝑠𝑒𝑛2 𝑤𝑡). 𝑠𝑒𝑛2 𝛿 +
0𝑦
𝐸𝑦
𝑠𝑒𝑛2 𝑤𝑡. 𝑐𝑜𝑠 2 𝛿 ↔ (𝐸 )2 = -2senwt.cos 𝛿. 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿 + 𝑠𝑒𝑛2 𝛿 − 𝑠𝑒𝑛2 𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛2 𝛿 +
0𝑦
𝐸𝑦
𝑠𝑒𝑛2 𝑤𝑡. 𝑐𝑜𝑠 2 𝛿 ↔ (𝐸 )2 = -2senwt.cos 𝛿. 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿 + 𝑠𝑒𝑛2 𝛿 + 𝑠𝑒𝑛2 𝑤𝑡 (𝑐𝑜𝑠 2 𝛿 − 𝑠𝑒𝑛2 𝛿) ↔
0𝑦
𝐸𝑦 𝐸𝑥
(𝐸 )2 = -2senwt.cos 𝛿. 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿 + 𝑠𝑒𝑛2 𝛿 + 𝑠𝑒𝑛2 𝑤𝑡 (𝐶𝑜𝑠2𝛿) ; substituindo senwt = na
0𝑦 𝐸0𝑥
𝐸𝑦 𝐸𝑥 𝐸 𝐸𝑦
equação, tem-se (𝐸 )2 = -2. cos 𝛿. 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡. 𝑠𝑒𝑛𝛿 + 𝑠𝑒𝑛2 𝛿 + (𝐸 𝑥 )2 (𝐶𝑜𝑠2𝛿) ↔ (𝐸 )2 = -
0𝑦 𝐸0𝑥 0𝑥 0𝑦
𝐸𝑥 𝐸 𝐸𝑦 𝐸𝑥 𝐸
. 𝑠𝑒𝑛2𝛿 . √1 − 𝑠𝑒𝑛2 𝑤𝑡 + 𝑠𝑒𝑛2 𝛿 + (𝐸 𝑥 )2 (𝐶𝑜𝑠2𝛿) ↔ (𝐸 )2 = - . 𝑠𝑒𝑛2𝛿 . √1 − (𝐸 𝑋 )2 +
𝐸0𝑥 0𝑥 0𝑦 𝐸0𝑥 0𝑋
𝐸𝑥 2 𝑬𝒚 𝟐 𝑬𝒙 𝑬𝑿 𝟐 𝑬𝒙 𝟐
𝑠𝑒𝑛2 𝛿 + ( ) (𝐶𝑜𝑠2𝛿) ↔ ( ) = - . 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜹 . √𝟏 − ( ) + 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜹 + ( ) (𝑪𝒐𝒔𝟐𝜹) Esta
𝐸0𝑥 𝑬𝟎𝒚 𝑬𝟎𝒙 𝑬𝟎𝑿 𝑬𝟎𝒙
Tipos de polarizações
Existem três tipos de polarizações que são:
Linear (Horizontal e Vertical).
Circular (Mão esquerda e Mão direita);
Elíptica (Mão esquerda e Mão direita);
Polarização Linear
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Considerando a forma traçada num plano fixado pelo vector campo eléctrico à medida que uma onda
plana percorre, obtem-se a descrição do estado de polarização.
As imagens seguintes correspondem a alguns exemplos da propagação do vetor do campo elétrico
(azul) no tempo, com as suas componentes x e y (vermelha/esquerda e verde/direita, respetivamente)
e a forma desenhada pelo vetor no plano (preta):
Quando o campo eléctrico é perpendicular ao solo, a polarização é vertical, caso o campo eléctrico
for paralela ao solo é horizontal.
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𝐸
∅ = 𝑡𝑔−1 𝐸0𝑥
0𝑦
ATT: Antenas monopolos, dipolos, Yagui entre outras são as que usam o tipo de polarização
Horizontal e Vertical.
A polarização circular é quando a extremidade do vector campo eléctrico descreve um círculo num
plano perpendicular á direção de propagação, fazendo uma revolução complecta durante um
período. Pode ser feita a mão esquerda ou direta.
𝜋
Condição: 𝛿= ± 2 ; 𝐸0𝑥 = 𝐸0𝑦
𝐸𝑦 𝐸
(𝐸 )2 + (𝐸 𝑥 )2 = 1 → Equação de uma onda P.C
0𝑦 0𝑥
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Polarização Elíptica
A polarização elíptica deve-se quando a extremidade do vetor campo elétrico descreve uma elipse
num plano perpendicular á direção de propagação, fazendo uma revolução completa durante a
onda. Também pode ser a mão esquerda ou direta.
𝜋
Condição: 𝛿 = ± 2 ; 𝐸0𝑥 ≠ 𝐸0𝑦 (𝐸0𝑥 > 𝐸0𝑦 ou 𝐸0𝑥 < 𝐸0𝑦 )
𝐸𝑦 𝐸
(𝐸 )2 + (𝐸 𝑥 )2 = 1→ Equação de uma onda P.E
0𝑦 0𝑥
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Ondas de multipercurso
Nas comunicações, no canal de rádio uma parte do volume de energia irradiada pela antena
transmissora forma uma onda direta, aquela que segue diretamente à antena receptora; o restante da
energia se dispersa, subdividindo-se em ondas secundárias com reflexões no solo, em elevações do
terreno (morro ou montanha), nas paredes de prédios, em áreas urbanas, em veículos e outros
obstáculos fixos ou móveis, conforme a figura 16, outras se perdem e não chegam à antena
receptora.
Na prática, o efeito de multipercurso pode ser notado durante a escuta de uma estação de
radiodifusão AM a noite em lugar de boa recepção, quando ocorrem flutuações na intensidade do
áudio. O sinal recebido é resultante de duas ondas, sendo uma de propagação terrestre e outra
refletida na ionosfera. Quando o resultante dos sinais assume zero de intensidade, diz-se ocorrer um
nulo de sinal e, momentaneamente não se escuta a estação.
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Nas comunicações móveis, quando ocorre um nulo prolongado, o sistema entende que o terminal
móvel desligou e desfaz o enlace (telefonia móvel celular).
Considerando-se apenas a onda directa e uma onda refletida no solo, as amplitudes e a desfasagem
entre os dois sinais que chegam á antena receptora e o efeito na fase da onda refletida estão
ilustrados na figura abaixo das fases das ondas.
A figura 17 ilustra as fases das ondas, a direta em que a fase não é alterada e a refletida no solo em
que a fase é alterada.
Todo o sinal transmitido está propenso aos fenómenos de reflexão, difração, absorção,
espalhamento e difração, tendo em conta os multipercursos que existem para que o sinal chegue ao
ponto desejado. Para melhor compreender estes fenómenos, observe a figura 18.
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Desvanecimento (Fading)
Por não possuir uma superfície regular e nem uma atmosfera estável, o feixe eletromagnético sofre
variações em suas características. Essas variações possuem natureza estatística, sendo conhecidas
como desvanecimento, ou fading e podem ser do tipo plano ou seletivo. Podem ser causados por
absorção, obstáculos, reflexões e dutos atmosféricos alterando a trajetória, amplitude, fase e
polarização, podendo atenuar, reforçar ou até distorcer o sinal. (Zanateli, 2013).
O desvanecimento plano é aquele que possui todas as componentes espectrais do sinal atenuadas
por igual. Este tipo de desvanecimento provoca um decréscimo na relação sinal ruído. Entretanto o
desvanecimento seletivo causa uma atenuação de maneira desigual nos componentes do espectro do
sinal. Este tipo de desvanecimento é causado por propagação em multipercurso. (Gomes e Baldini,
2000).
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A equação de |Ɛp| considera HR e HT a altura das antenas em metros em relação ao nível do mar. É
calculada a partir de:
|𝑯𝑹 − 𝑯𝑻 | |𝟕𝟕𝟐 − 𝟕𝟒𝟖|
|𝜺𝒑𝑩 | = = = 0,00892
𝒅 𝟐𝟔𝟗𝟎
Caso não seja possível prever o fator climático K da região do enlace, o mesmo pode ser otimizado
a partir da seguinte equação em que PL é o percentual do tempo em que o gradiente do índice de
refração é inferior a 100 N/Km no pior mês do ano. No caso deste enlace utiliza-se o PL que no
Brasil está entre 15% a 25% por mês. C0 é o fator que depende da altitude das antenas e tipo de
terreno, que neste enlace será de fator 6; Clat e Clon e depende do fator ξ, neste enlace serão
respectivamente 0 e 3. (Miyoshi e Sanches, 2008)
K = 𝟓. 𝟏𝟎−𝟕 .𝟏𝟎−𝟎,𝟏 (𝑪𝟎 − 𝑪𝑳𝒂𝒕 − 𝑪𝑳𝒐𝒏 ) . 𝑷𝑳𝟏,𝟓 = 𝟓. 𝟏𝟎−𝟕 .𝟏𝟎−𝟎,𝟏(𝟔−𝟎−𝟑) . 𝟎, 𝟐𝟏,𝟓 =𝟐, 𝟐𝟒. 𝟏𝟎−𝟖
Então:
𝑷𝟎𝑩 = 𝑲. 𝒅𝟑,𝟔 . 𝒇𝟎,𝟖𝟗 . (𝟏 + |𝜺𝒑𝑩 |)−𝟏,𝟒 = 2,24. 𝟏𝟎−𝟖 . 𝟐, 𝟔𝟗𝟑,𝟔 . 𝟓, 𝟏𝟖𝟎,𝟖𝟗 . (𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟗𝟐)−𝟏,𝟒 =
𝟖, 𝟐𝟓𝟔. 𝟏𝟎−𝟖 %
Para que ocorra a interrupção do enlace SES (segundos severamente errados) é necessário que o
desvanecimento tenha profundidade suficiente para que o nível de recepção caia abaixo do limiar
SES (Miyoshi e Sanches, 2008).
𝑨𝑩 𝟏𝟓,𝟏𝟗
𝑷𝑾𝑹 = 𝑷𝑶𝑹 . 𝟏𝟎 ( − 𝟏𝟎 ) = 𝟖, 𝟐𝟓𝟔. 𝟏𝟎−𝟖 . 𝟏𝟎(− 𝟏𝟎
)
= 𝟐, 𝟕. 𝟏𝟎−𝟔 %
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Onde:
Onde:
M = tipo de modulação de cada sub portadora OFDM. Neste estudo o rádio utiliza
16QAM;
Taxa Real = taxa de transferência do rádio Mbps.
Onde:
𝝉𝒎𝑩 𝟎,𝟎𝟐𝟎𝟗𝟗𝟏.𝟏𝟎−𝟗
𝑷𝒆𝑩 = 4,3.𝜼𝑩 .𝑲𝒏 .( ) = 4,3 . 9,74.𝟏𝟎−𝟕 .0,025.( ) = 2,97.𝟏𝟎−𝟏𝟏 %
𝝉𝑺 𝟕,𝟒.𝟏𝟎−𝟖
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A recomendação ITU – R P.530-14 prevê que a indisponibilidade total deve ser menor que
, que equivale há 52 minutos durante o ano.
Efeito Doppler
Quando um automóvel está em deslocamento e passa buzinando por uma pessoa parada a beira da
estrada, o som emitido pela buzina do automóvel é ouvido em frequência diferente daquela que
realmente é gerada. Quando o automóvel passa pela pessoa e se afasta, o som da buzina dá a impressão
de ter assumido uma nova frequência. De modo semelhante, em telecomunicações, quando um rádio
móvel está em deslocamento na velocidade v, aproximando-se ou afastando-se de um receptor fixo
no ponto P, a onda transmitida pelo móvel é recebida numa frequência diferente, alterada de ±∆𝑓
(Hz), dependendo do sentido e deslocamento.
Esse efeito coloca em risco a continuidade das comunicações. Assim, em telefonia móvel celular,
quando o desvio ∆f é acentuado devido à velocidade de deslocamento do rádio móvel, o receptor da
ERB perde a sintonia e o enlace é desfeito automaticamente (a ligação cai), a contragosto do
utilizador.
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𝑣
∆𝑓 = 𝜆.Cos𝜃 em que:
Os dutos afetam principalmente os rádios enlaces em visibilidade, e suas formações ocorrem com
maior incidência, nos trópicos, em regiões alagadas, como arrozais, salinas, pântanos e em áreas de
florestas.
Os adubos são formados pelas inversões térmicas que ocorrem nas camadas de ar sobre a superfície
terrestre. Durante o dia os causticantes raios solares aquecem o solo. Ao por do sol, o solo quente
começa a liberar calor, aquece a água existente na superfície e á noite faz surgir, acima da camada
de ar quente e húmido sopram brisas frescas, ar de temperatura depois se desfaz e, naturalmente, o
processo reinicia.
O ducto actua como um túnel. Ele guia a onda provocando o seu desvio da direção principal e, em
consequência, ocorrem desvanecimentos no sinal recebido. Também algumas vezes podem ocorrer
enlaces de longas distâncias, não previstos.
A situação mais desfavorável ao enlace acontece quando uma das antenas, a transmissora ou
receptora, fica fora do ducto. A figura mostra a onda de um enlace sob o efeito ducto.
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Para contornar as dificuldades causadas pelos desvanecimentos provocados pela acção dos dutos e das
ondas de multipercurso, busca-se a recepção em diversidade de espaço, que consiste em captar as ondas
do enlace com duas ou mais antenas, separadas verticalmente de cinco a dez metros.
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Em princípio, as ondas de rádio podem ser geradas em qualquer frequência, mas são comumente
utilizadas a partir dos 100kHz. Em algumas situações particulares, as ondas de frequências bem mais
baixas, por exemplo, entre 10kHz e 20kHz, são usadas em sistemas de comunicações marítimas, em
CW.
O modo como a onda se propaga depende da faixa de frequência na qual a onda se enquadra. É a
forma específica de propagação das ondas de rádio, caracterizada pela influência do meio de
propagação.
De 10kHz até cerca de 3MHz: a onda se propaga sobre a superfície da Terra, por isso recebe a
denominação de Onda Terrestre. Este modo ocorre mais comumente nas transmissões em LF e
MF.
De 3 até 30MHz: ocorre reflexão da onda numa das camadas da ionosfera, a qual recebe o nome de
Onda Ionosférica. Em função do angulo de partida, a onda pode atravessar as diferentes camadas
que envolvem a terra e prossegui em direção ao espaço sideral, e quando isso acontece, é
denominado onda espacial ou ionosférica. Este modo ocorre nas transmissões em HF.
Onda terrestre é a denominação dada á onda cujo modo de propagação depende fundamentalmente
das caraterísticas do solo (condutividade e relevo). Ondas de baixas frequências penetram
fundamentalmente no solo e a propagação ocorre sobre a superfície terrestre. Nesse segmento do
espectro, devido ao comprimento de ondas, as antenas de fio são inviáveis na prática e, comumente,
as emissões partem de uma antena vertical, do tipo mastro ou torre, assentada sobre o solo em base
de material isolante.
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O alcance da transmissão por ondas terrestres condiciona-se basicamente a dois fatores, sendo
condutividade do solo e potencia efetiva irradiada.
O planeta terra tem a forma aproximadamente de uma esfera, ligeiramente achatada nos polos, com
um raio de 6.370km e uma superfície de 510 milhões de km2, sendo três quartos da superfície
constituídos de água e apenas um quarto de terra. Tanto a terra quanto á água, conduzem as ondas de
rádio.
As diferentes regiões da superfície de terra, com diferentes tipos de solo, a água salgada dos oceanos
e dos mares e a água doce dos lagos e dos rios possuem diferentes valores de condutividade.
Enquanto as florestas absorvem consideravelmente as ondas de rádio, a água salgada favorece
significativamente a propagação de superfície.
Cada tipo de solo tem seu valor de constante dielétrica, mas o valor da condutividade é expresso em
milissiemens por metro (mS/m).
A tabela abaixo apresenta valores típicos de condutividade para alguns diferentes tipos de solo e
água, sendo referencia a água salgada, por ser de maior condutividade.
Água doce 1
Solo médio 10
Solo seco 1
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Duas estações na mesma frequência, de mesma potência irradiante e antenas idênticas. Em princípio,
aquela cuja antena está localizada sobre o solo de maior condutividade terá maior alcance de
transmissão. Contudo, geralmente ocorre propagação ionosfera no período do anoitecer até ao
amanhecer, quando as camadas ionizadas estão mais baixas e propiciam reflexões das ondas,
podendo causar interferências de sinal em longas distâncias. Por este motivo, no período
mencionado, é necessário reduzir a potência de transmissão das estações.
O maior interesse nas comunicações por ondas terrestres e, no caso particular da radiofusão AM, é a
determinação da intensidade do campo elétrico em pontos distantes da antena transmissora. Isso é
importante para ter uma boa noção da região de cobertura da emissora.
Para o cálculo teórico do campo elétrico distante (valor esperado), quando se trabalha com a carta de
condutividade do solo, constituem informações indispensáveis:
A frequência da transmissão f0
A potência da transmissão P0
O angulo elétrico equivalente da antena vertical
O valor ou os valores de condutividade do solo no percurso da onda.
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Figura 23: cartas de condutividade do solo do campo elétrico versus distância para
frequências de transmissão entre 970 e 1030 kHz
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No primeiro conjunto, observa-se que a linha do campo inverso (100mV/m) corta o eixo das
distâncias em 1 milha, mas o valor de fato atribuído ao campo a 1 milha é obtido da tabela de
Intensidade de campo elétrico não atenuado.O valor obtido da tabela e relacionado aos
100mV/m da carta fornece o fator de multiplicação ou de correção da escala vertical. Esse
primeiro conjunto é usado para distâncias de 1 a 10 milhas da antena.
O segundo conjunto, mais expandido e que ocupa a maior parte da carta, destina-se á obtenção
dos campos entre 10 e 2.000milhas da antena. O procedimento para encontrar o campo elétrico
distante (valor estimado) é o mesmo.
A tabela foi montada para facilitar a obtenção da intensidade do campo a 1 milha da antena
transmissora, uma vez conhecida a potência da transmissão e do angulo elétrico da antena.
Para a utilização dos valores da tabela, são impostas duas condições: estar a antena alimentada
por onda de alternada senoidal e o valor da potência ser eficaz ou RMS.
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Tabela 2: Intensidade de campo elétrico não atenuado, em mV/m, a uma milha da antena
transmissora, de comprimento elétrico expresso em angulo, alimentado por corrente
senoidal, nas potências específicas
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Exemplo
Seja uma antena transmissora com G=900 ,irradiando a potência de 5kW na frequência de 1.000kHz.
Calcular o valor do campo elétrico a 20 milhas sobre o solo de condutividade 3.
Solução:
Pela tabela, para a potência de 5kW e antena com angulo elétrico G=900 , o campo não atenuado a 1
milha (valor de referencia) é de 437mV/m que, relacionado aos 100 mV/m da carta de
condutividade, gera o fator 4,37 de correção ou de multiplicação da escala vertical.
O valor do campo a 0 milhas da antena é obtido, levantando uma linha vertical da marcação da
distância, no eixo horizontal, até tocar a curva de condutividade 3. Locado esse ponto, lê-se á
esquerda no eixo vertical o valor do campo, 0,5mV/m, que multiplicado por 4,37 resulta no campo
distante de 2,18 mV/m (valor esperado).
√𝟑𝟎𝑷𝟏 𝑮𝟏
𝑬𝟎 = ; Este é ocampo elétrico recebido no ponto recetor efetivo, para uma antena direcional.
𝒓
r → Distancia
√60P1 G1
Emax = r
0 𝐸 𝐸 √30𝑃1
Ou 𝑠2 = 𝐸0 . 𝐻0 ; sendo por tanto 𝐻0 = 120𝜋 , ɳ = 𝐻0 = 120πe𝐸0 =
0 𝑟
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𝐺𝑟𝑥 𝜆2
𝐴𝑒𝑓 = 4𝜋
Potência de entrada na Rx
É a relação entre a potência que irradia uma antena transmissora e a potência de entrada da antena
receptora.
𝑃𝑡𝑥 4𝜋𝑟 2 1
a= ou a = ( ) .𝐺 𝐺
𝑃𝑟𝑥 𝜆 1 2
Factor que é independentemente das antenas, pelo que as mesmas consideram-se isotrópicas (G1 =
G2 = 1)
4𝜋𝑟 2
𝑎0 = ( ) Vezes
𝜆
Factor de atenuação
𝑬𝟎 𝟏
F= ou F =
𝑬 𝑨
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Como mostra a figura abaixo do raio incidente, refletido e refratado,uma parte das ondas podem
sofrer refração, atravessando a ionosfera e seguir em direção ao espaço sideral.
Para entender a reflexão e a refração da onda que ocorrem na ionosfera terrestre, é preciso recordar a
lei geométrica de Snell, comentada em seguida.
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Lei de Snell-Descartes
Considere uma onda plana incidindo obliquamente sobre uma superfície que separa dois meios
diferentes com índices de refração ɳ1 e ɳ2 diferentes. A onda forma um angulo ɵ1 ortogonal á
superfície no ponto de incidência, conforme a figura. O angulo de incidência ɵ1 define se haverá
reflexão ou refração da onda.
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Na reflexão: ɵ2 = ɵ1
O angulo limite, a partir do qual não mais ocorre reflexão no meio de incidência da onda é
chamado de angulo Brewster ou angulo crítico.
O angulo limite, a partir do qual não mais ocorre reflexão no meio de incidência da onda, é
chamado de angulo de Brewster ou angulo critico.
Quando a onda parte da antena transmissora, sofre reflexão na ionosfera e retorna á superfície
da terra, diz-se que a onda realizou um salto. A onda pode, ao incidir na superfície da terra,
retornar á ionosfera pela segunda vez. Nessa situação diz-se que a onda realizou dois saltos.
Dependendo da potência, da frequência da emissão e das condições de propagação, a onda
pode realizar diversos saltos.
A figura abaixo dá uma boa noção de como as ondas irradiadas na faixa de HF se propagam,
em função do angulo de partida da superfície terrestre, e mostra a existência de uma zona de
silêncio rádio.
Essa camada reflete as ondas das faixas de VLF e LF, absorve mais as ondas em MF e
fracamente as de HF.
A camada E existe entre 100 e 140 Km e nela podem aparecer volumes irregulares de alta
ionização, em 50% do tempo, em períodos diurnos e noturnos, por isso recebe a denominação
de “camada E esporádica”. É responsável pelas eventuais comunicações em HF, de longas
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distancias, em até 2.000km durante o dia e em distâncias não superiores a 200km, em ondas de
MF á noite.
As duas camadas mais importantes para a reflexão das ondas são a F1 e F2 e delas resulta a
maioria dos enlaces rádio em HF.
A camada F1 se estende cerca de 180 á 240km e existe somente durante o dia. Eventualmente
uma onda de HF pode atravessar a camada E, a camada F1 e refletir na camada F2.
A camada F2 se estende de 240 até 400km de altura e é a principal camada para reflexão a
longas distancia. A altura e a densidade de ionização variam diariamente, sazonalmente e em
função do ciclo solar. Á noite F2 baixa e se junta a F1 acerca de 300km de altura. Decorrente
dessa fusão e devido á diminuição da absorção na camada E, os campos elétricos de sinal e de
ruído são bem mais fortes á noite que durante o dia.
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Subcamada E: h ≈ 100 á 140km e𝑛𝑒 = 103 á 105 𝑒 − /𝑐𝑚3 ; é uma subcamada que
também está presente de dia e de noite.
Subcamada F: h ≈ 150 á 500km e𝑛𝑒 = 105 𝑒 − /𝑐𝑚3; esta camada varia, é instável, por
isso existem duas subcamadas F1 e F2.
Subcamada F1: h ≈ 150 á 250km e𝑛𝑒 = 2. 105 á 4. 105 𝑒 − /𝑐𝑚3 ; Durante a noite, essa
camada desaparece.
Subcamada F2: h ≈ 230 á 500km, 𝑛𝑒 = 106 𝑒 − /𝑐𝑚3 de dia e 𝑛𝑒 = 105 𝑒 − /𝑐𝑚3 ; esta
camada de dia aparece mas de noite, junta-se a F.
Em consequência dessas variações, os cálculos de enlaces com ondas ionosféricas entre pontos
terrenos de coordenadas conhecidas, latitude e longitude, são feitos em função da hora do dia e
os resultados são valores: de MUF- máxima frequência utilizável e de FOT-Frequênciaótima
de trabalho.
𝒇𝒑𝒎á𝒙
MUF = 𝒂𝒄𝒐𝒔𝜽
e FOT = 0,85.MUF
√𝟏−( 𝒂+𝒉 )𝟐
𝒗
(𝒂+𝒉𝒗 )𝑪𝒐𝒔𝜽𝒄 −𝒂
𝜽 = 𝒕𝒈−𝟏 ( (𝒂+𝒉𝒗 )𝑺𝒆𝒏𝜽𝒄
), Grau ou radiano.
Para cumprir um horário de contactos, via rádio, HF, SSB, requer um quadro com frequências
distribuídas às horas do dia, disponível ao radio-operador. A não observância deste requisito
pode conduzir á ocorrência de enlaces ocasionais.
As atenuações ficam por conta do espaço livre, dos gases da atmosfera, das reflexões da onda
na ionosfera e no solo terrestre. Eventuais perdas na linha de transmissão e nos acoplamentos
(conectores) também devem ser elevadas em conta.
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Exercício
Dados
ℎ𝑣 = 500Km
FMU=?
FOT=?
Dist= ?
Solução
∆𝜑 = 𝐿𝑜𝑛𝑔 𝑑𝑜 𝑅𝑥 − 𝐿𝑜𝑛𝑔 𝑑𝑜 𝑇𝑥
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∆𝜑 𝜃 − 𝜃𝑎
𝜑𝑦 +𝜑𝑥 𝐶𝑜𝑡( ).𝐶𝑜𝑠( 𝑏 )
𝑡𝑔( )= 2
𝜃𝑏 + 𝜃𝑎
2
= 13,730 ; por tanto 𝜑𝑦 + 𝜑𝑥 = 171,60
2 𝑆𝑒𝑛 ( )
2
𝑟𝑚𝑎𝑥 = a. 𝛹𝑟 = 6370. 1,19 = 7.580km; este valor é que permite determinar quantos saltos são
necessário para estabelecer o enlace, o menor valor do salto são 2.000km.
𝑎 6.370
𝜃𝑐 = arcos (𝑎+ℎ ) = arcos (6.370 +500) =21,990 , em radiano fica 𝜃𝑐 = 0,38rad
𝑣
Número de saltos
𝑟𝑚á𝑥 𝑁º 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙𝑡𝑜𝑠
= . 1,56
𝑟1𝑚á𝑥 2
𝑟𝑚á𝑥 7.580𝑘𝑚
Efetuando = = 3.790𝑘𝑚 = 𝑟1𝑚á𝑥 (𝑛𝑜𝑣𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 ); Esta operação foi efetuada, para
2 2
3790
permitir corrigir o angulo e atingir o objetivo. 𝑟1𝑚á𝑥 = 2.𝜃𝑐 ʹ .a ↔ 𝜃𝑐 ʹ =2.6370 = 0,29 rad (novo valor do
angulo).
𝑓𝑝𝑚á𝑥 (𝐾𝐻𝑧)
MUF = 𝑎𝐶𝑜𝑠𝜃 2
= 38971143,18Hz.
√1− ( )
𝑎+ℎ𝑣
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3.1012 𝑒 −
2º Admitir que a camada F-2 tenha uma concentração de e que sua altura virtual seja de 400
𝑚3
km. Determine a frequência máxima utilizável para um angulo de elevação de 100 em relação á
superfície da terra. Qual é o valor limite da frequência óptima de trabalho?
Qual será o máximo alcance para um angulo de radiação de 10?
Qual será o alcance máximo para uma radiação rasante á superfície da terra?
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Referências bibliográficas
http://andre-godinho-cfq-8a.blogspot.com/2013/06/espectro-eletromagnetico.html
http://labcisco.blogspot.com/2013/03/o-espectro-eletromagnetico-na-natureza.html
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/ondas-mecanicas.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/ondas-eletromagneticas-ionizantes.htm
http://slideplayer.com.br/slide/6148352/
http://www.areatecnologia.com/ondas-electromagneticas.htm
http://www.antenna-theory.com/antennas/travelling/helix.php
https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialradiobb/pagina_5.asp
http://zatinforme.blogspot.com/2007/07/
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