Estudo Redução de Energia Elétrica
Estudo Redução de Energia Elétrica
Estudo Redução de Energia Elétrica
CURITIBA
2016
GUILHERME AUGUSTO DE CARVALHO
MICHEL ROHR
PAULO CEZAR BAUER
CURITIBA
2016
GUILHERME AUGUSTO DE CARVALHO
MICHEL ROHR
PAULO CEZAR BAUER
Este Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação foi julgado e aprovado como requisito parcial para
a obtenção do Título de Engenheiro Eletricista, do curso de Engenharia Elétrica do Departamento
Acadêmico de Eletrotécnica (DAELT) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
____________________________________
Prof. Emerson Rigoni, Dr.
Coordenador de Curso
Engenharia Elétrica
____________________________________
Profa. Annemarlen Gehrke Castagna, Mestre
Responsável pelos Trabalhos de Conclusão de Curso
de Engenharia Elétrica do DAELT
______________________________________ _____________________________________
Roberto Cesar Betini, Dr. Roberto Cesar Betini, Dr.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Orientador
_____________________________________
Gilberto Manoel Alves, Dr.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
_____________________________________
Saul Hirsch, Esp.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Com a crise econômica que afeta o Brasil e também a crise energética em que
passamos a pouco tempo, devido à falta de chuvas, as contas de energia elétrica
encareceram muito fazendo com que as empresas cortassem custos para
continuarem competitivas e consequentemente de “portas abertas”. Um dos setores
que sofre com este problema é o setor de supermercados, sendo assim, este
trabalho busca trazer informações sobre eficiência energética e formas de tarifação,
a fim de diminuir uma das despesas mais impactantes no orçamento de um
supermercado que é a conta de energia elétrica.
With the economic crisis that affects Brazil and also the energy crisis, we spent a
short time due to lack of rainfall, which increase in value the electricity bills, caused
companies to cut costs to remain competitive and therefore "remain open ". One of
the sectors that suffer from this problem is the supermarket sector, thus, this work
seeks to bring about energy efficiency and ways of charging in order to reduce one of
the most impactful expenditure in the budget of a supermarket, which is the electric
bill.
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 11
1.1 TEMA .................................................................................................................................... 11
1.1.1 Delimitação do tema .................................................................................................. 12
1.2 PROBLEMA E PREMISSAS ............................................................................................ 12
1.3 OBJETIVOS .............................................................................................................................. 13
1.3.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 13
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................................. 13
1.4 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 14
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................................ 14
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO .............................................................................................. 15
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO ....................................................................................................... 17
2.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ............................................................................................. 17
2.1.1 Definição....................................................................................................................... 17
2.1.2 Consumo de energia e o mercado energético ....................................................... 19
2.2 CONSUMIDORES .............................................................................................................. 20
2.2.1 Grupo A ........................................................................................................................ 21
2.2.2 Grupo B ........................................................................................................................ 22
2.2.3 Fatura de Energia ....................................................................................................... 22
2.2.4 Memória de Massa ..................................................................................................... 24
2.3 ESTRUTURA TARIFÁRIA ................................................................................................ 25
2.3.1 Tarifação Convencional ............................................................................................. 26
2.3.2 Estrutura Tarifária Horário Verde ............................................................................. 27
2.3.3 Estrutura Tarifária Horária Azul ................................................................................ 28
2.4 MERCADO LIVRE DE ENERGIA .................................................................................... 30
2.4.1 Ambiente de Contratação Regulada ....................................................................... 31
2.4.2 Ambiente de Contratação Livre ................................................................................ 31
2.4.3 Agência Nacional de Energia Elétrica ..................................................................... 32
2.4.4 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica .................................................. 32
2.4.5 Preço de Liquidação das Diferenças ....................................................................... 32
2.4.6 Energia incentivada .................................................................................................... 33
2.4.7 Energia convencional ................................................................................................. 33
2.4.8 Condições para Compra de Energia ....................................................................... 34
2.5 MEDIÇÕES DIRETAS ....................................................................................................... 34
2.5.1 Analisador de qualidade de energia ........................................................................ 35
2.6 ILUMINAÇÃO EM SUPERMERCADOS ......................................................................... 37
2.6.1 Estudo Luminotécnico................................................................................................ 38
2.6.1.1 Requisitos para o planejamento da Iluminação. ................................................ 41
2.6.1.2 Software para o Cálculo Luminotécnico ............................................................. 42
3. COLETA E ANÁLISE DOS DADOS .......................................................................................... 44
3.1 VISITA A INSTALAÇÃO ......................................................................................................... 44
3.2 DADOS DAS MEDIÇÕES ...................................................................................................... 45
3.2.1 Instalação do analisador de energia ........................................................................ 45
3.2.2 Medição com o luxímetro ........................................................................................... 49
3.3 LEVANTAMENTO DAS GRANDEZAS FATURADAS ....................................................... 50
3.3.1 Resolução Vigente ...................................................................................................... 50
3.3.2 Análise de Fatura dos últimos 12 meses de faturamento .................................... 52
3.3.3 Análise de demanda Ideal ......................................................................................... 55
3.3.4 Memória de massa (Julho de 2016)......................................................................... 57
3.3.4.1 Perfil de curva de carga do consumidor (04/06/16) até (11/06/16) ................. 59
3.3.4.2 Necessidade Capacitiva ......................................................................................... 63
3.4 ESTUDO LUMINOTÉCNICO ................................................................................................. 63
4. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................... 65
4.1 OPÇÕES TARIFÁRIAS (VERDE, AZUL E MERCADO LIVRE) ....................................... 65
4.2 ESTUDO DE ECONOMIA COM AJUSTE DE DEMANDA. .............................................. 68
4.3 ESTUDO DE ECONOMIA COM CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA.................. 70
4.4 ESTUDO DE ECONOMIA COM IMPLANTAÇÃO DE LÂMPADAS LED ........................ 71
4.5 ESTUDO DE ECONOMIA COM A MIGRAÇÃO AO MERCADO LIVRE ........................ 74
5. CONCLUSÃO................................................................................................................................. 80
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 83
11
1. INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
aumento de 51% no Paraná, apenas neste ano. Com isso, o tema eficiência
energética passou a ter importância estratégica para o controle de custos das
empresas (JASPER, 2015).
No ramo de supermercados, o uso da energia elétrica é acentuado devido a
climatização (sistemas de ar condicionado), aos ambientes refrigerados para
conservação de alimentos que necessitem tal especificação (câmaras frias e
freezers), e também ao elevado número de luminárias que a instalação necessita,
entre outros (OLIVEIRA, 2012).
A parte de iluminação de um supermercado representa 23% do consumo total
de um supermercado, ficando atrás somente do sistema de refrigeração, este
representa 38%. Outro grande vilão é o sistema de ventilação que equivale a 15%
deste consumo (SOUZA, 2016).
Considerando a conta de energia elevada e impactante para o setor, foi
observado a necessidade de realizar um estudo visando medidas de eficiência de
energia e ações a serem tomadas para tornar este consumo mais eficiente e
consequentemente diminuir as despesas da empresa, tornando-a mais competitiva.
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
1. Introdução ao assunto.
Apresentação da proposta, junto com a delimitação do tema, estabelecendo a
problemática a ser estudada, os objetivos gerais e específicos a serem
atingidos, assim como a estrutura para a elaboração desta pesquisa.
2. Fundamentação teórica.
Pesquisa bibliográfica referente aos conceitos de eficiência energética ligada
a otimização do uso da energia em estabelecimentos como o de um
supermercado, visando à redução de consumo e economia obtida após a
aplicação destas medidas e conceitos.
5. Conclusão.
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1.1 Definição
De acordo com o Balanço de Energia Útil (BEU) divulgado pela Nota Técnica
DEA 16/12 (EPE, 2012), os setores industriais, comerciais, de transportes e
residenciais possuem juntos mais da metade do potencial de eficiência energética
no Brasil. Sendo assim estes setores se tornam alvos de estudos a fim de melhorar
o consumo e consequentemente o valor gasto com energia elétrica.
A Figura 1 apresenta alguns dados e estimativas para a contribuição da
eficiência energética na redução da demanda de energia elétrica no Brasil.
Consumo final,
2.662,4 2.770,8 3.419,8 4.230,9
Considerando conservação
Nota: (1) não é considerado o setor residencial.
Figura 1 - Consumo de energia e eficiência energética (GWh).
Fonte: EPE, 2012.
2.2 CONSUMIDORES
Nem todos os consumidores são tarifados da mesma maneira, pois eles não
são responsáveis somente pela energia consumida, mas também pela
disponibilização do fornecimento. Deve ser feito um estudo sobre a melhor opção de
tarifação para que sua conta de energia venha com um valor correto, uma escolha
errada pode acarretar um gasto desnecessário. Uma das medidas adotadas para
saber qual a melhor modalidade tarifária para determinada empresa é feita
analisando os dados da memória de massa.
21
2.2.1 Grupo A
2.2.2 Grupo B
Consumo de energia ativa (A): Energia elétrica ativa é aquela que pode ser
convertida em outra forma de energia, é expressa em kWh (quilowatts-hora);
23
Consumo de energia reativa (B): Energia elétrica reativa é aquela que circula
continuamente entre os diversos campos elétricos e magnéticos de um
sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, é expressa em kvarh
(quilovolt-ampére-reativo-hora);
Demanda contratada (C): É a demanda de potência ativa a ser obrigatória e
continuamente disponibilizada pela concessionária, no ponto de entrega,
conforme valor e período de vigência fixados no contrato de fornecimento e
que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de
faturamento, é expressa em kW (quilowatts);
Demanda faturada (D): É o valor da demanda de potência ativa considerada
para fins de faturamento, é expressa em kW (quilowatts) (ANEEL, 2010).
Tarifação Convencional,
Tarifação horário Verde, ou
Tarifação horário Azul, (compulsória para aqueles atendidos em tensão igual
ou superior a 69 kV.
Fonte: Autor.
Data de Ligação do
Consumidor Fonte Demanda Minima Tensão Minima
Consumidor
Convencional ou 2,3 kV após 08/07/1995
Livre 3000 kW
Incentivada 69 kV antes 08/07/1995
A iluminância (E) é a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma fonte e a
superfície iluminada a certa distância da fonte. Sua unidade de medida é o
Lux (lx) (GRANDEZAS, 2013).
(9)
40
Onde:
UGR = Índice de Ofuscamento Unificado;
Lb = Luminância do fundo (Cd/m²);
L = Luminância da parte luminosa de cada luminária na direção do olho do
observador (Cd/m²);
W = Ângulo sólido da parte luminosa de cada luminária junto ao olho do observador;
P = Índice de posição de Guth de cada luminária, individualmente relacionado ao
seu deslocamento a partir da linha de visão;
Quanto mais fria for à aparência da cor da lâmpada mais ela tende para um
tom azulado, e quanto mais quente, mais ele tende para um tom de amarelo. As
lâmpadas frias são indicadas para locais onde as temperaturas ambientes são mais
elevadas, e as quentes para temperaturas ambientes mais baixas (LUZ, 2011).
Para assegurar uma reprodução de cor padronizada e de qualidade, foi criado
um índice geral de reprodução de cor (Ra). Este índice tem seu valor máximo de
100. E este valor diminui conforme a redução da qualidade de reprodução de cor
(ABNT, 2013).
41
no local, assim como pessoas para se ter uma idéia da proporção do tamanho do
projeto. É possível também, a escolha de cores das paredes, teto e piso do
ambiente a ser estudado (DIALUX, 2016). A Figura 14 mostra a interface do
programa DIALUX.
UNIDADE ATUAL
Tipo de Luminária - 54W 20W 150W
Tipo do Reator - 6W 0W 20W
Potência Média (Reator + Lâmpada)
W 60 20 170
por Luminária
Nº de Luminárias pç 432 30 16
Nº de Lâmpadas por Luminárias pç 1 1 1
Fator de Potência do Reator cos ϕ 0,95 0,95 0,95
Potência kW 25,92 0,6 2,72
Potência Total kW 29,24
Fonte: Autor.
GRÁFICO DE POTÊNCIA
kVA kW Nominal
300 300
280 280
260 260
240 240
220 220
200 200
180 180
160 160
kVA
140 140
kW
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
16:15:00
16:45:00
20:15:00
20:45:00
23:45:00
00:15:00
03:45:00
04:15:00
07:15:00
07:45:00
10:45:00
11:15:00
11:45:00
14:45:00
15:15:00
14:45:00
15:15:00
15:45:00
17:15:00
17:45:00
18:15:00
18:45:00
19:15:00
19:45:00
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21:45:00
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22:45:00
23:15:00
00:45:00
01:15:00
01:45:00
02:15:00
02:45:00
03:15:00
04:45:00
05:15:00
05:45:00
06:15:00
06:45:00
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08:45:00
09:15:00
09:45:00
10:15:00
12:15:00
12:45:00
13:15:00
13:45:00
14:15:00
15:45:00
16:15:00
Horário
250 250
248 248
246 246
244 244
242 242
240 240
238 238
236 236
234 234
232 232
230 230
228 228
226 226
224 224
(V)
20:15:00
20:45:00
21:15:00
01:15:00
01:45:00
02:15:00
05:45:00
06:15:00
06:45:00
10:15:00
10:45:00
11:15:00
15:15:00
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16:15:00
14:45:00
15:15:00
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17:45:00
18:15:00
18:45:00
19:15:00
19:45:00
21:45:00
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22:45:00
23:15:00
23:45:00
00:15:00
00:45:00
02:45:00
03:15:00
03:45:00
04:15:00
04:45:00
05:15:00
07:15:00
07:45:00
08:15:00
08:45:00
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09:45:00
11:45:00
12:15:00
12:45:00
13:15:00
13:45:00
14:15:00
14:45:00
Horário
25
50
75
0
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
400
425
450
475
500
100
00
20
40
60
80
80
60
40
20
00
14:45:00
14:45:00
15:15:00
15:15:00
15:45:00
15:45:00
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16:15:00
16:45:00
16:45:00
17:15:00
17:15:00
17:45:00
17:45:00
18:15:00
18:15:00
18:45:00
18:45:00 19:15:00
19:15:00 19:45:00
19:45:00 20:15:00
20:15:00 20:45:00
20:45:00 21:15:00
21:15:00 21:45:00
21:45:00 22:15:00
Fator de Potência
03:45:00 04:15:00
Horário
04:15:00 04:45:00
92 % Indutivo
04:45:00 05:15:00
05:15:00 05:45:00
Corrente Nominal = 1.312 A
05:45:00 06:15:00
06:15:00 06:45:00
06:45:00 07:15:00
92 % Capacitivo
A Figura 18 apresenta o gráfico de fator de potência.
09:15:00
GRÁFICO DE CORRENTE (Média Trifásica)
08:45:00
09:15:00 09:45:00
10:15:00
09:45:00
10:45:00
10:15:00
11:15:00
10:45:00
11:45:00
11:15:00
12:15:00
11:45:00
12:45:00
12:15:00
13:15:00
12:45:00
13:45:00
13:15:00
14:15:00
13:45:00
14:45:00
14:15:00
15:15:00
14:45:00
15:45:00
15:15:00 16:15:00
15:45:00
0
16:15:00
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
400
425
450
475
500
Carga (kW/kVA):
- Potência Ativa Máxima: 157 kW, às 11:45 no dia 31/07/16.
- Potência Aparente Máxima: 169 kW, às 11:45 no dia 31/07/16.
- Fator de Carga: 69,39%.
- Carregamento Máximo no Transformador: 33,78%.
Tensão (V):
- Variação da Tensão: -1,27% (217 V) e 1,9% (224 V) em relação a nominal 220V.
OBS: Estes valores estão entre os níveis aceitáveis (+/- 5,0%), porém deve-se
observar se estes valores afetam o funcionamento dos equipamentos.
- Desiquilíbrio Máximo de Tensão: 0,52% às 21:00:00 no dia 30/07/16.
OBS: O desiquilíbrio máximo registrado está de acordo com a IEC 61000 – 2 – 12
que estabelece o limite máximo de 2%.
- Tensão Máxima Instantânea: 226 V.
- Tensão Mínima Instantânea: 216 V.
Corrente (A):
- Corrente Média Máxima: 442 A às 11:45:00 no dia 31/07/16.
- Desequilíbrio Máximo de Corrente: 67,2% às 18:00:00 no dia 30/07/16.
- Corrente Máxima Instantânea: 483 A.
49
Fator de Potência
- Fator de Potência mais crítico: 88,87%.
O fator de potência está fora das normas de tarifação horária, sendo assim, é
necessário acrescentar 21 kVAr para corrigir o fator de potência para 95% e assim
trabalhar com folga ou acrescentar 8 kVAr para correção do fator de potência para
92%, atingindo o mínimo exigido por lei.
Fonte: Autor.
50
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
53
53
Tabela 9 - Análise das faturas de Janeiro a Julho de 2016.
Fonte: Autor.
Apenas com esta análise de levantamento de dados de consumo, pode-se verificar que ocorreu ultrapassagem de demanda
nos meses que antecedem o verão e também nos meses de verão. Uma vez que as temperaturas normalmente são mais altas e
se intensifica a utilização de equipamentos de refrigeração. No caso de um supermercado, aumenta-se a utilização do sistema de
condicionamento de ar, assim como a utilização de freezers e geladeiras, época em que acontece uma rotatividade maior de
bebidas frias, congelados e sorvetes.
54
53
55
Este estudo tem como objetivo definir a demanda ideal a ser contratada pelo
supermercado visando o menor custo possível, analisando variáveis como demanda
não usada e as ultrapassagens ocorridas no período estipulado. O período de
análise corresponde aos últimos doze meses de faturamento de Agosto de 2015 até
Julho de 2016. Esta análise compara os custos da situação real com a situação
projetada.
Para esta análise foi considerado as tarifas da resolução homologatória n°
2.096 e valores de impostos vigente do mês de Julho de 2016, PIS = 1%, COFINS =
4,7% e ICMS = 29%.
Na situação projetada, conforme Tabela 10, a demanda ideal a ser contratada
seria de 237 kW, este valor é obtido através de uma planilha com um macro que faz
o comparativo das ultrapassagens de demanda e das demandas não usadas e
apresenta qual é a demanda a ser contratada que gera o menor custo final. Os
custos referentes a ultrapassagens e de demanda não utilizada ficariam em torno de
R$ 1.868,7. Já na situação real esses custos somaram um valor de R$ 3.724,75.
Logo, com esta nova situação, a economia anual gerada a partir desta nova
contratação seria de R$ 1.856,05 por ano.
Tabela 10 - Estudo de Demanda Ideal fora de ponta.
Fonte: Autor.
56
53
57
Com relação ao fator de potência foi constatado que está faltando capacitores
para suprir a necessidade da empresa. Na Figura 29 é mostrado a necessidade
capacitiva para correção do fator de potência para 95% a cada hora, nele
observamos que o pico máximo foi de 43 kVAr e ocorreu as 23 horas. Também
vemos que da 01 hora até as 06 horas não são necessárias nenhuma correção.
NECESSIDADE CAPACITIVA
(VALORES MÁXIMOS)
60
50
40
Capacitor (kvar)
30
20
10
-10
01:00
05:00
06:00
11:00
16:00
21:00
02:00
03:00
04:00
07:00
08:00
09:00
10:00
12:00
13:00
14:00
15:00
17:00
18:00
19:00
20:00
22:00
23:00
00:00
Horário
Para a escolha da melhor opção tarifária foi utilizada uma planilha que calcula
o custo mensal para as duas opções tarrifárias verde ou azul (Tabela 11). Nesta
planilha são dados de entrada, a demanda e o consumo ativo e reativo, e os dados
de saída são o custo mensal em reais e o custo por MWh (R$/MWh).
66
Preço Médio
629,64 565,91
(R$/MWh)
F. Ponta Ponta F. Ponta Ponta
Fator de Carga
66% 115% 66% 115%
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
68
R$ 90.000,00
R$ 80.000,00
R$ 70.000,00
R$ 60.000,00
R$ 50.000,00
R$ 40.000,00
R$ 30.000,00
R$ 20.000,00
R$ 10.000,00
R$ 0,00
jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16
Fonte: Autor.
Excedente Reativo
Medido Custo
Mês
(kWh) (R$)
Fora 380 148,43
jul/15
Ponta 1 0,39
Fora 159 69,1
ago/15
Ponta 0 0,00
Fora 82 35,17
set/15
Ponta 0 0,00
Fora 63 27,01
out/15
Ponta 0 0,00
Fora 16 6,87
nov/15
Ponta 0 0,00
Fora 0 0,00
dez/15
Ponta 0 0,00
Fora 8 3,58
jan/16
Ponta 0 0,00
Fora 3 1,34
fev/16
Ponta 0 0,00
Fora 0 0,00
mar/16
Ponta 0 0,00
Fora 0 0,00
abr/16
Ponta 0 0,00
Fora 7 3,08
mai/16
Ponta 0 0,00
Fora 0 0,00
jun/16
Ponta 0 0,00
Fora 0 0,00
jul/16
Ponta 0 0,00
Total: 294,97
Fonte: Autor.
71
Analisando os dados da Tabela 14, o custo com excedente reativo foi muito
pequeno se comparado com o valor total de cada fatura. Por exemplo o mês com o
maior custo no período analisado foi em Julho de 2015 onde o custo com excedente
reativo foi de R$ 148,82 e o valor total da fatura foi de R$ 56.850,02.
O Supermercado “A”, encontra-se em uma situação onde a instalação ou
ampliação de um banco de capacitores se torna opcional.
valores de impostos) dados obtidos a partir do custo unitário da tarifa horária verde
ponta e fora de ponta. Logo, a economia mensal seria de R$ 4.034,15.
O payback do sistema pode ser expresso por (11):
Tipo T5
Uso Interno
Potência 30W
Eficiência Luminosa 105,00lm/W
Fluxo luminoso 3150lm
IP 20
IK N/D
Tamanho 1.163mm de comprimento
Cor N/D
Base G5
Tensão 80~240
Frequência 50~60Hz
Temperatura de Cor 3000K, 4000K, 6000K
>0,92 @ 220V
Fator de potência
>0,92 @ 127V
Abertura do facho 140º
Driver Externo
Índice de reprodução de cor >83
novos clientes por mês. Neste embalo, o número de empresas que negociam a
própria energia deve dobrar até o final de 2017, avalia Rafael Carneiro, head de
Energia da XP.
A diminuição no preço da energia é a grande razão do aumento de migração
das empresas, mas não é a única. O consumidor livre passa a negociar contratos de
fornecimento diretamente com geradores ou comercializadoras, com preço, prazo e
índices de reajuste previamente combinados, explica Cristopher Vlavianos,
presidente da Comerc. “Isso dá previsibilidade de custo ao consumidor, que já sabe
quanto vai pagar pela energia durante a vigência do contrato, sem surpresas no final
do mês” (JUNGES, 2016).
Tendo em vista este cenário atrativo, Figura 36, que mostra o preço médio da
energia no mercado livre, foi realizado um estudo para o Supermercado “A”, que
mostra qual seria sua economia caso ingressasse no Mercado Livre de Energia.
Empresas com demanda contratada igual ou superior a 500 kW, por unidade
ou somatório de unidades com o mesmo CNPJ, podem adquirir energia gerada por
fontes renováveis, tais como hidrelétricas de pequeno porte (PCH), termelétricas a
biomassa, fontes eólicas, entre outras.
76
Supermercado "A"
Concessionária Copel
Subgrupo A4
Tarifa Atual Verde
Tarifa no Mercado Livre Azul
Tipo de Energia Incentivada
Desconto na TUSD 50%
MWm 0,16
Perdas na Geração 3%
Consumo Ponta (kWh) 97.276
Consumo Fora da Ponta (kWh) 16.693
Demanda (KW) 240
Fonte: Autor.
Total R$ 65.338,59
Total R$ 52.678,90
Projeção de Economia
R$ 12.659,69
Economia = Mercado Cativo - Mercado Livre
19,38%
Fonte: Autor.
Economia
Preço R$/MWh Cativo (R$) Livre (R$)
R$ %
150 65.338,59 42.842,61 22.495,98 34,43%
160 65.338,59 44.481,99 20.856,59 31,92%
170 65.338,59 46.121,37 19.217,21 29,41%
180 65.338,59 47.760,75 17.577,83 26,90%
190 65.338,59 49.400,13 15.938,45 24,39%
200 65.338,59 51.039,52 14.299,07 21,88%
210 65.338,59 52.678,90 12.659,69 19,38%
220 65.338,59 54.318,28 11.020,31 16,87%
230 65.338,59 55.957,66 9.380,92 14,36%
240 65.338,59 57.597,04 7.741,54 11,85%
250 65.338,59 59.236,42 6.102,16 9,34%
Fonte: Autor.
5. CONCLUSÃO
Economia: Valor
inicial, mais que se pagam com o tempo, como foi mostrado no trabalho com o
estudo da troca das lâmpadas. Assim, o que deve ser feito é a combinação do maior
número de ações possíveis para minimizar os custos e aumentar a eficiência
energética.
Durante o desenvolvimento deste trabalho atendemos a todos os objetivos
propostos inicialmente e também surgiram mais temas possíveis de serem
abordados para se obter uma redução no valor da fatura ainda maior. Estes temas
de trabalho futuro são: procedimentos necessários para migração ao mercado livre
de energia, viabilidade de migração para o mercado livre de clientes com medição
em baixa tensão, viabilidade de utilização de gerador e estudo de redução de custos
com foco em refrigeração e climatização de supermercados.
Com a conclusão deste estudo, notamos a evolução pessoal e profissional
que este trabalho proporcionou a todos os membros do grupo diante dos
conhecimentos apreendidos e dificuldades superadas.
83
REFERÊNCIAS
_______. NBR 5410: instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004.
EPE. Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica. Número 102. Março 2016.
Disponível em:
<http://www.epe.gov.br/mercado/Documents/Resenha%20Mensal%20do%20Mercad
o%20de%20Energia%20El%C3%A9trica%20-%20Fevereiro%202016.pdf>. Acesso
em: 14 mai. 2016.
GUETTER, Antonio. Tarifa residencial da Copel vai ficar mais barata. Disponível
em: <http://www.gazetadopovo.com.br/economia/energia-e-sustentabilidade/tarifa-
residencial-da-copel-vai-ficar-mais-barata-6xh24vnrxfaawhzbe0moei5l8>. Acesso
em: 21 jul. 2016.
JASPER, Fernando. Conta de luz no Paraná já subiu 51% neste ano Disponível
em: <http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conta-de-luz-no-parana-ja-subiu-
51-neste-ano-b8qkz4gt4tdlpa64uzjv4o5uc>. Acesso em: 19 set. 2015.