Guia de Gestão e Projetos - STF
Guia de Gestão e Projetos - STF
Guia de Gestão e Projetos - STF
GUIA DE GESTÃO
DE PROJETOS
GUIA DE GESTÃO
DE PROJETOS
Brasília
Dezembro de 2019
Versão 1.0
Ministro Presidente
Dias Toffoli
Secretária-Geral da Presidência
Daiane Nogueira de Lira
Chefe de Gabinete da Presidência
Sergio Braune Solon de Pontes
Diretor-Geral
Eduardo Silva Toledo
Secretário de Gestão Estratégica
Evandro Costa Gama
Coordenadora do Escritório de Análise Estratégica
Pâmella Sada Dias Edokawa
Gerente de Gestão de Projetos Estratégicos
Laura Vieira Maciel
Equipe técnica: Evellyn Hoth Botelho Sathler, Gladson Ruas de Lima, Márcio Pereira
de Souza e Leila Corrêa Rodrigues
Projeto gráfico e diagramação: Camila Penha Soares
E-mail para contato: projetos.estrategicos@stf.jus.br
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Guia de Gestão de Projetos
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INTRODUÇÃO
Guia de Gestão de Projetos
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Guia de Gestão de Projetos
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CONCEITOS BÁSICOS
Guia de Gestão de Projetos
Projeto
De forma simples, pode-se dizer que projeto é um esforço temporário
para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Apresenta início e
fim bem estabelecidos, com planejamento, execução e controle de ativida-
des. Cada projeto tem a sua singularidade, pode ser simples ou complexo
e durar dias, meses ou anos, mas sempre com prazo certo para o término.
Pode ser gerenciado por uma ou mais pessoas, responsáveis por
administrar a logística com a equipe, para que haja entregas efetivas em
tempo hábil.
Visando à boa produtividade, é comum dividir o projeto em partes
menores e tarefas individuais para que os pontos fortes do grupo de traba-
lho sejam aproveitados da melhor forma.
Um projeto pode:
»» criar e aprimorar um produto ou serviço;
»» melhorar a capacidade de realização de um serviço;
»» gerar um resultado ou uma pesquisa que poderá beneficiar a
organização.
Projeto estratégico
É aquele definido e priorizado como estratégico pelo Comitê de Gestão
da Estratégia do STF (CGE-STF) e aprovado pelo Ministro Presidente do
STF. Alinhado à missão da Suprema Corte, contribui diretamente para o
alcance dos objetivos e das metas estratégicas do Tribunal.
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Guia de Gestão de Projetos
Programa
Consiste em um conjunto de projetos inter-relacionados, gerenciados
de modo coordenado para a obtenção de benefícios e controles que não
estariam disponíveis se os projetos fossem gerenciados individualmente.
Em geral, o programa tem caráter temporário, uma vez que os projetos que
dele fazem parte têm prazos definidos para serem finalizados.
No entanto, organizacionalmente, alguns programas dispõem de maior
perenidade. Esses atendem políticas internas e somente são concluídos
quando há diretrizes para que isso ocorra. No STF, o Programa de Desenvol-
vimento Gerencial e o Programa Teixeira de Freitas são de caráter contínuo.
Portfólio
Trata-se da coleção de projetos e programas de uma organização,
estruturada com o objetivo de gerenciar, de forma mais efetiva, os recursos
compartilhados.
Figura 1 – Portfólio
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Guia de Gestão de Projetos
Gerenciamento de projetos
Gerenciar projetos é aplicar o conhecimento e utilizar as habilidades e
as técnicas adequadas para que o projeto possa atingir seus objetivos. É o
processo de conduzir um projeto desde o início, com acompanhamento
de toda a sua execução até o seu término.
O gerenciamento de projetos exige que as ações necessárias sejam rea-
lizadas para cumprir as condições (e.g., escopo, prazo, custo e qualidade)
estabelecidas no projeto.
Para que o gerenciamento de projetos seja efetivo, é relevante:
»» especificar os resultados desejados;
»» determinar o cronograma;
»» levantar uma estimativa de custos;
»» definir os papéis e as responsabilidades das partes envolvidas;
»» monitorar as ações e os resultados;
»» compartilhar as informações com as pessoas interessadas;
»» haver um bom gerenciamento de equipes.
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Guia de Gestão de Projetos
Gerente de projeto
O gerente de projeto (GP) é a pessoa designada pela organização para
conduzir as fases do ciclo de vida de um projeto, assim como para fiscalizar
o seu cumprimento e coordenar a equipe de execução, a fim de atingir
os objetivos previamente definidos e registrados na idealização do projeto
pelo representante da área de negócio. Importante salientar que, embora
o gerente de projeto não seja responsável pela execução da maior parte das
tarefas, cabe a ele centralizar todas as informações relacionadas ao projeto.
A pessoa designada para exercer a função de gerente de projeto precisa
do apoio institucional no que se refere à execução de suas atividades e ao
gerenciamento de seu tempo para o melhor desempenho de seu trabalho.
Isso porque essa figura contribui para aumentar de forma significativa a
probabilidade de seguir a estratégia do Tribunal.
O gerente tem papel de extrema relevância para o sucesso (ou fracasso)
do projeto. Esse profissional atua como um líder diante da equipe para o
desenvolvimento e a conclusão do trabalho. Ele assume o papel de interlo-
cutor com a Secretaria de Gestão Estratégica (SGE), com a responsabilidade
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Guia de Gestão de Projetos
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Guia de Gestão de Projetos
Equipe de projeto
São as pessoas de várias áreas do Tribunal designadas para auxiliar na
elaboração e execução do plano de um projeto, a fim de obter os resulta-
dos, serviços e produtos esperados.
Na composição desse grupo normalmente encontram-se pessoas com
diferentes formações acadêmicas e que trabalham em diferentes setores
do Tribunal. Essa diversidade gera sinergia e favorece a aplicação de conhe-
cimentos, habilidades e técnicas para a execução de projetos de forma efe-
tiva e eficaz.
Dessa forma, por exemplo, um projeto em andamento no STF pode ter,
em sua equipe, um representante da Secretaria Judiciária, outro da Secre-
taria de Tecnologia da Informação, um terceiro lotado na Secretaria de
Gestão de Pessoas e outros representantes de áreas distintas. Isso porque
grande parte dos projetos estratégicos tem caráter transversal, com cada
unidade do STF contribuindo com seus conhecimentos e recursos para o
alcance do objetivo estipulado.
Os representantes de cada área são as pessoas designadas para forne-
cer ao gerente do projeto informações sobre o andamento da execução,
as entregas, os impedimentos e demais informações relacionadas à área
representada. É uma forma de trazer a visão de todo o andamento do pro-
jeto por meio do talento e da colaboração dos membros da equipe.
Partes interessadas
As partes interessadas são todas as pessoas, grupo de pessoas ou orga-
nizações que não integram a equipe do projeto, mas estão, de alguma
maneira, envolvidos no projeto e podem afetar ou serem afetados por ele.
Alguns exemplos de partes interessadas no STF:
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Guia de Gestão de Projetos
»» secretarias;
»» gabinetes;
»» comitês;
»» servidores;
»» empresas contratadas para execução de obras e prestação de serviços;
»» demais órgãos governamentais;
»» cidadão;
»» organizações da sociedade civil.
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GERENCIAMENTO DE PROJETOS NO STF
Guia de Gestão de Projetos
Fonte: SGE.
Se a iniciativa proposta por alguma área contribui para o alcance dos
objetivos e das metas estratégicas, poderá se tornar um projeto estra-
tégico. Isso acontecerá caso tenha avaliação favorável e priorização do
Comitê de Gestão Estratégica do STF (CGE-STF) e aprovação do Ministro
Presidente do STF.
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Guia de Gestão de Projetos
Saiba mais
Para conhecer os critérios de priorização,
entre em contato com a SGE.
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Guia de Gestão de Projetos
Fluxo de projetos
Os projetos passam por um processo de gerenciamento para maior
controle e mais praticidade no desenvolvimento das tarefas. Nesse pro-
cesso, há fases que auxiliam, por exemplo, a definição clara dos objetivos,
a redução das alterações de escopo e a execução das ações no prazo e no
orçamento previstos.
Iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle e encer-
ramento são fases do processo de gerenciamento de projetos. Em cada
uma delas, há ferramentas, artefatos e habilidades específicas a serem colo-
cados em prática, com vistas ao alcance dos objetivos estipulados.
Figura 4 – Fluxo de projetos
Artefatos de projetos
Segundo Louis Fried, “se não está documentado, não existe. A partir
do momento que a informação está retida na cabeça de alguém, ela está
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Guia de Gestão de Projetos
Solicitação de mudança
ENCERRAMENTO
Lições aprendidas
Termo de encerramento
Fonte: SGE.
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Guia de Gestão de Projetos
Iniciação
A iniciação é a fase primária do projeto, o ponto de partida para que
ele se torne real. Essa fase pode começar até mesmo de um jeito informal
ou em uma reunião de equipe. Quando surge uma ideia passível de contri-
buir para o atingimento de um objetivo estratégico do Tribunal, é hora de
organizá-la e estruturá-la. Para isso, deve ser providenciada a designação
do representante da área de negócio da unidade idealizadora do projeto e
do gerente do projeto.
O representante da área de negócio e o gerente serão responsáveis pela
formalização do projeto. Cabem a eles o levantamento de informações e a
realização de reuniões necessárias à elaboração do Canvas, com a identifi-
cação dos pontos mais relevantes do projeto e das partes interessadas que
vão interagir e influenciar o resultado geral do projeto.
Uma vez elaborado o Canvas e identificadas as unidades do Tribu-
nal indispensáveis à execução do projeto, providencia-se a nomeação da
equipe do projeto.
A partir daí, o gerente do projeto convoca a equipe para a reunião de
abertura dos trabalhos para, juntos, iniciarem a construção do Termo de
Abertura do Projeto (TAP), com justificativa, objetivos, premissas, requisi-
tos, recursos financeiros estimados, papéis que os integrantes da equipe de
trabalho assumirão, entre outros.
Tal reunião é de fundamental importância para dirimir dúvidas, envol-
ver os participantes e facilitar a posterior elaboração dos documentos de
gerenciamento do projeto.
O gerente do projeto deverá abrir um processo no Sistema Eletrônico
de Informações (SEI) para instrução do projeto sob sua gestão. Nesse pro-
cesso serão registrados a designação do representante da área de negó-
cio, do gerente e da equipe do projeto, bem como o report, os pedidos
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Guia de Gestão de Projetos
Canvas
O Canvas, a primeira ferramenta recomendada para a etapa de inicia-
ção, deve ser, ao mesmo tempo, simples – para ser entendido por todos – e
completo – para permitir uma visualização panorâmica do projeto, a fim
de facilitar o entendimento dos objetivos e a identificação dos recursos
necessários para executar a futura ação.
Saiba mais
Para que fique mais fácil o entendimento, baixe o Canvas (http://bit.ly/
stfcanvas) e preencha os campos de acordo com a sua ideia. Há uma breve
explicação sobre cada campo contido no documento e uma orientação
sobre como preenchê-lo. Se mesmo assim surgir alguma dúvida, contate o
Escritório de Gerenciamento de Projetos da SGE para auxiliá-lo no preen-
chimento (projetos.estrategicos@stf.jus.br).
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Guia de Gestão de Projetos
Figura 6 – Canvas
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Guia de Gestão de Projetos
Nome do
Descrição do campo
campo
Título do
Denominação que descreve de modo individualizado o projeto.
projeto
Informação objetiva acerca da necessidade e da utilidade do pro-
Justificativa jeto (algo que não funciona bem ou que poderia ser feito de uma
do projeto maneira melhor). É o relato da situação-problema que as entregas
do projeto irão corrigir.
Descrição
Descrição do contexto do projeto de forma clara e objetiva. Infor-
e objeto do
mação sobre a utilidade do projeto para o Tribunal.
projeto
Descrição detalhada das entregas do projeto.
Importante registrar também o não escopo, ou seja, aquilo que o
Escopo do projeto não irá abranger.
projeto – As entregas são todas as partes e os artefatos a serem produzidos/
"entregas" melhorados pelo projeto. Devem ser tangíveis, mensuráveis e verifi-
cáveis. Todo o trabalho realizado no projeto deve estar, obrigatoria-
mente, associado a uma entrega.
Informação sobre quais necessidades serão atendidas.
O que o STF obterá após a implementação do projeto?
Em que medida o projeto agregará valor para o STF e para a
Resultados
sociedade?
e benefícios
Informação a respeito dos demais projetos e das diversas áreas que
esperados
serão beneficiados/impactados com o projeto.
O que será entregue para a organização é melhor do que o
cenário atual?
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Guia de Gestão de Projetos
Nome do
Descrição do campo
campo
Grupo de pessoas designadas para elaborar e executar o plano
Equipe do
do programa ou projeto, a fim de obter os resultados, serviços e
projeto
produtos esperados.
Gerente do Pessoa formalmente designada para conduzir o programa ou
projeto projeto.
Detalhamento do principal objetivo do projeto.
É desejável que os objetivos do projeto sejam SMART:
– Specific (específicos);
– Measurable (mensuráveis);
Objetivos – Attainable (atingíveis);
do projeto – Realistic (realistas);
– Time Bound (temporizáveis).
Com base no cenário atual, aonde quero chegar e quando?
Condições básicas e necessárias para obter sucesso e alcançar os
propósitos do projeto.
Restrições são fatores associados ao escopo do projeto que limitam
o trabalho, sobre os quais deve atuar o gerente, observada sua
Restrições e esfera de atuação. Podem ser internas ou externas.
premissas Premissas são fatores assumidos como verdadeiros, reais ou certos,
sem a necessidade de prova ou demonstração. São componentes
que não estão sob o controle e a influência do gerente.
Registro sobre a possibilidade de ocorrência de eventos que
Riscos
venham a afetar adversamente o alcance dos objetivos.
Resumo do
Informação sobre as datas inicial e final estimadas do projeto.
cronograma
Resumo do
Valor total estimado dos custos do projeto.
orçamento
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Guia de Gestão de Projetos
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Guia de Gestão de Projetos
Planejamento
Após o projeto ser oficialmente iniciado, é hora de partir para o planeja-
mento. A principal meta a ser atingida nessa fase é garantir um plano viável
para o alcance dos objetivos estipulados. Dessa forma, esse é um momento
de grande relevância que pode determinar todo o sucesso (ou fracasso) do
projeto.
As informações utilizadas no planejamento devem ser realistas e sempre
focar nos objetivos buscados, com uma visão proativa que antecipe difi-
culdades e imprevistos passíveis de impedir o bom curso da ação. Cabe
ressaltar que o planejamento contempla desde a iniciação até o encerra-
mento do projeto e, por isso, é a fase que demanda mais tempo para o seu
detalhamento.
No STF, os documentos utilizados para a formalização dessa fase são a
Estrutura Analítica do Projeto (EAP) e o cronograma.
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Guia de Gestão de Projetos
Fonte: SGE.
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Guia de Gestão de Projetos
Cronograma
O cronograma é a representação gráfica da previsão temporal de execu-
ção das atividades, dos marcos e das entregas de um projeto. Após a defini-
ção da EAP, o gerente de projetos deverá distribuir as atividades e estimar o
tempo necessário para a execução de cada uma delas, considerados alguns
aspectos como dependência lógica, sequenciamento, paralelismo etc.
As etapas para elaboração de um cronograma são:
»» definição e listagem das atividades. Utilizando-se da EAP, decom-
põem-se os pacotes de trabalho nas atividades a serem executadas
para conclusão dos produtos do projeto;
»» sequenciamento das atividades. Identificam-se e registram-se as
dependências entre as atividades (ordem de preferência, sincroni-
cidade, paralelismo etc.);
»» estimativa de recursos e duração das atividades. Identificam-se
os tipos e as quantidades de recursos necessários para realização
das atividades do cronograma e estima-se a quantidade de tempo
para cada uma;
»» desenvolvimento do cronograma. Nessa etapa avaliam-se a linha
de tempo obtida após o registro das atividades sequenciadas, os
recursos alocados, as durações e os prazos de conclusão estima-
dos para o projeto. Para adequação aos períodos de início e fim do
projeto, pode haver ajustes nas atividades já cadastradas. A linha
de base de projeto deverá ser gerada nesse momento;
»» criação de marcos de monitoramento do projeto. Registram-se
eventos significativos para controle do projeto, como, por exem-
plo, uma fase encerrada ou uma entrega concluída.
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Guia de Gestão de Projetos
Linha de base
A linha de base de um projeto é definida durante a fase de planeja-
mento, após a construção do cronograma. Ela é utilizada como referência
para que o gerente possa acompanhar e controlar o andamento do pro-
jeto e serve de comparação entre o que foi planejado e o que foi realizado.
Representa uma fotografia, um guia do que foi planejado, com todas as
informações já estabelecidas ou aprovadas. Em suma, é a amostra visual de
que o projeto está pronto para ser iniciado ou continuado.
Sua função é verificar se o cronograma está sendo cumprido dentro
dos limites de tempo aceitáveis. A linha de base de um projeto deverá
ser atualizada sempre que houver mudanças nas estimativas das ativida-
des estipuladas.
Riscos
Risco é um evento ou uma condição incerta que, caso aconteça, pode
afetar negativa ou positivamente pelo menos um dos objetivos do projeto.
O gerenciamento de riscos otimiza tempo, reduz custos desnecessários e
favorece o ciclo de vida do projeto dentro do planejado.
Um evento de risco é algo identificado antecipadamente como passível
de ocorrer. Pode configurar-se em uma ameaça a ser evitada ou em uma
oportunidade a ser aproveitada.
Quando não gerenciados, os riscos com efeito negativo são ameaças
que podem acarretar atrasos, extrapolação de orçamento e descrédito em
relação ao projeto.
Quando positivos, são oportunidades a serem exploradas. Podem pro-
porcionar redução de tempo e de custo, melhor desempenho e, portanto,
devem ser potencializados.
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Guia de Gestão de Projetos
Saiba mais
Para mais informações sobre a gestão de riscos,
acesse a Resolução STF nº 638/2019, bem como o
Guia de Gestão de Riscos do STF.
Execução
A fase de execução é o momento crucial do projeto, em que as tarefas
são colocadas em prática, de acordo com o planejamento realizado. É um
período de trabalho intenso, sob a administração do gerente do projeto.
Nessa etapa, os resultados começam a se tornar visíveis.
Na execução, são essenciais o estabelecimento de prioridades, a ava-
liação técnica da qualidade e a programação das atividades, bem como
o cumprimento dos prazos e o olhar cuidadoso sobre as mudanças no
ambiente interno e externo ao projeto, para antecipar soluções. É preciso
estar atento a alguns pontos relevantes:
»» ativar a comunicação entre os integrantes da equipe, disponibili-
zando as informações necessárias às atividades do projeto;
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Guia de Gestão de Projetos
Solicitação de mudança
Os projetos não são estáticos e costumam sofrer alterações ao longo de
sua execução. É comum o projeto ter o seu escopo modificado, demandar
mais tempo para a entrega do produto ou até mesmo mais recursos para a
conclusão do trabalho.
O formulário de solicitação de mudança, constante do SEI, é o docu-
mento utilizado para o registro das alterações propostas no projeto. Deve
ser preenchido pelo gerente de projetos, com o aval e a assinatura do
representante de negócio da área proponente do projeto. Toda e qualquer
alteração deve conter a justificativa e as propostas de ações alternativas à
mudança desejada. Também deverão ser especificados os impactos decor-
rentes da alteração no projeto.
A partir desse ponto, o gerente de projetos encaminha, por intermédio
do SEI, o processo à SGE, que tomará ciência das alterações realizadas no
projeto. Veja o fluxo desse procedimento na figura a seguir.
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Guia de Gestão de Projetos
Fonte: SGE.
ATENÇÃO
O gerente de projeto deve registrar as modifica-
ções aprovadas no sistema de gerenciamento de
projetos do Tribunal e gerar nova linha de base,
para que o planejamento esteja alinhado com o
que está sendo executado.
Monitoramento e controle
A fase de monitoramento e controle promove o acompanhamento, a
revisão e a regulação do progresso e do desempenho do projeto.
Visa também assegurar que os desvios em relação ao planejado sejam
minimizados, de forma que somente as mudanças efetivamente necessá-
rias sejam implementadas, por meio de um fluxo claro de aprovação das
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Guia de Gestão de Projetos
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Guia de Gestão de Projetos
Relatórios gerenciais
Relatórios gerenciais são documentos com informações relevantes para
a gestão de projetos. Quando bem feitos, servem de suporte para o bom
andamento das ações ligadas aos projetos. São instrumentos cujo pro-
pósito é ajudar as partes interessadas a monitorar e controlar o que está
sendo feito.
O gerente de projeto desempenha papel de grande importância no
tocante aos relatórios. É ele quem fornecerá todas as informações solici-
tadas pela SGE para o acompanhamento dos programas e projetos estra-
tégicos sob sua responsabilidade. Entre outras atribuições, ele deverá asse-
gurar que as entregas estejam em conformidade com o que foi planejado,
gerindo proativamente o escopo do projeto.
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Guia de Gestão de Projetos
Fonte: SGE.
Indicadores de desempenho
A adoção de indicadores para acompanhamento dos projetos, apesar
de complexa, constitui atividade de extrema importância a ser trabalhada
pelo gerente. Isso porque, a partir das mensurações de indicadores, será
possível avaliar se as metas propostas foram alcançadas.
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Guia de Gestão de Projetos
Encerramento
Como conceituado no início deste guia, o projeto apresenta um fim
definido. Essa é a peculiaridade que o diferencia de outras atribuições no
trabalho. O encerramento de um projeto acontece quando todo o traba-
lho está concluído e os resultados foram alcançados ou quando um pro-
jeto é cancelado.
No entanto, não raro, a conclusão dos projetos se perde na instituição,
sem um momento determinado para a sua formalização nem registro dos
ganhos e aprendizados advindos da experiência.
Avaliar a forma como o projeto atingiu, ou não, os objetivos propostos
auxilia a compreender se ele foi bem concebido, planejado e executado.
No caso de um projeto cancelado, verificar o que deu errado também é
imprescindível.
Um outro ganho é a valorização dos esforços da equipe responsável
pelo empreendimento, com a oportunidade de explicitar a percepção do
término e do reconhecimento de um trabalho.
A seguir dois importantes artefatos para o encerramento de um projeto
no STF.
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Guia de Gestão de Projetos
Lições aprendidas
Todo projeto apresenta erros, acertos e lições a serem aprendidas.
Quando explicita essas situações por meio de registros bem estruturados,
o gerente facilita a gestão do conhecimento na instituição. Os registros
servem como um norte aos gerentes e às equipes atuais e futuras para
colherem os melhores benefícios nos próximos trabalhos.
Para isso, há o momento de registrar as lições aprendidas, que são todos
os conhecimentos adquiridos durante a realização de um projeto. Indepen-
dentemente do resultado final, é de suma importância catalogar os pontos
positivos e negativos em cada etapa vencida ou em cada entrega realizada.
Uma boa forma de coleta de informações sobre as lições aprendidas é
reunir as pessoas que participaram da execução do projeto para que, em cada
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Guia de Gestão de Projetos
Área Lições Positivas (O que deu certo?) Lições Negativas (O que deu errado?)
Escopo
Tempo
Custo
Qualidade
Comunicação
Partes Interessadas
Fonte: SGE.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Guia de Gestão de Projetos
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REFERÊNCIAS
Guia de Gestão de Projetos
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Guia de Gestão de Projetos
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