BIO - AP - Zoologia - Protocordados e Peixes
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CARACTERÍSTICAS GERAIS
De forma geral, os cordados são animais de simetria bilateral, de grande mobilidade e
boa capacidade de exploração ambiental. Algumas características chamam a atenção
por distinguirem os cordados dos demais grupos de animais:
f A. Notocorda
É um bastonete gelatinoso, flexível e resistente, situado dorsalmente. Constitui a
primeira estrutura de sustentação do corpo de um cordado, servindo ainda como ponto
de apoio dos músculos responsáveis pela locomoção. Em protocordados, pode estar
presente por toda a vida, mas, em vertebrados, a notocorda é geralmente substituída
pela coluna vertebral.
f C. Fendas branquiais
São aberturas pares situadas nos lados da faringe embrionária. Em suas margens
há filamentos delicados, ricamente vascularizados, que, nos cordados de respiração
branquial, estão relacionados com a origem das brânquias, nas quais as trocas gasosas
ocorrem entre o sangue e a água circulante. Nos cordados de respiração pulmonar,
estão presentes apenas no embrião e desaparecem antes do nascimento.
(miômeros)
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Também é muito importante o sistema nervoso altamente desenvolvido e centralizado,
Protocordados e Peixes
CLASSIFICAÇÃO
Protocordados
Também chamados “cordados primitivos”, os protocordados são animais que apresentam
a notocorda como única estrutura rígida durante a vida. Neles, a coluna vertebral
jamais se forma. Todos são marinhos, alguns bastante disseminados, podendo ocupar
hábitats diversificados. Compreendem dois subfilos: o subfilo Urochordata e o subfilo
Cephalochordata.
f A. Subfilo Urochordata
Também chamados tunicados, são organismos sésseis ou flutuantes, que vivem
solitários ou formam colônias.
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f B. Subfilo Cephalochordata
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Compreende um pequeno grupo de organismos (cerca de 30 espécies) chamados
anfioxos, sendo os protocordados que mais se assemelham aos vertebrados. Têm
formato semelhante ao dos peixes, vivem em águas costeiras rasas, com o corpo
enterrado na areia, ficando para fora apenas sua extremidade anterior.
Anfioxo
f C. Subfilo Hemichordata
Um grupo de classificação complicada é o dos hemicordados. São animais vermiformes
encontrados, geralmente, em fundos marinhos lodosos ou arenosos. O representante
mais conhecido é Balanoglossus, de corpo mole e alongado. Nestes animais há uma
estrutura, situada na região anterior do corpo, que foi interpretada inicialmente como
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uma “notocorda”, o que os colocaria dentro do filo Chordata. Estudos mais recentes
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demonstraram que não se trata de notocorda, mas sim de uma extensão da cavidade
bucal, hoje denominada bolsa bucal. Apesar da existência de fendas branquiais, prefere-
se classificar atualmente os hemicordados em um filo à parte.
O cordão nervoso dorsal está situado no interior da coluna vertebral e na região anterior
ele constitui o encéfalo, alojado na caixa craniana. O subfilo dos vertebrados está assim
constituído em:
f A. Classe Cyclostomata
A classe Cyclostomata (do grego cyklos = circular, stoma = boca) compreende as
lampreias, encontradas em água doce e salgada, e os peixes-bruxa ou feiticeiras,
exclusivamente marinhos. São cerca de 50 espécies de animais que existem
principalmente em águas frias das regiões temperadas do globo. São considerados
seres primitivos, dotados de boca circular (daí o nome “ciclóstomo”), desprovida de
mandíbula, sendo por isso conhecidos como agnatas (do grego a = não, gnathos =
mandíbula). Sua cabeça não é bem diferenciada. A lampreia servirá como modelo para
a descrição do grupo.
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interior e uma língua igualmente denteada e, dois grandes olhos laterais sem pálpebras
Protocordados e Peixes
e, atrás de cada olho, sete fendas branquiais. O ânus está situado ventralmente na
base da cauda e, próximo dele, fica a abertura urogenital.
O epitélio é liso, coberto de muco e sem escamas. A notocorda persiste por toda a vida
como estrutura esquelética. Entretanto, há também uma estrutura craniana e uma coluna
de pequenos arcos vertebrais, ambas cartilaginosas.
São dotadas de linha lateral, um conjunto de pequenos órgãos ciliados que corre ao
longo de cada face lateral do corpo, sensível às vibrações da água.
A maioria das espécies sobrevive parasitando peixes, aos quais se prendem por sucção
do funil e com o auxílio dos dentes bucais. Os dentes linguais abrem um orifício no
corpo do peixe e um anticoagulante é injetado quando o sangue flui para a boca da
lampreia. São animais dioicos, fazem fecundação externa e morrem após a desova.
O desenvolvimento é indireto. As larvas, chamadas amoceles, assemelham-se aos
anfioxos e são cegas e sem dentes. Podem persistir por até sete anos, em algumas
espécies. Após a metamorfose, originam adultos dotados de visão e boca sugadora.
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Protocordados e Peixes
PEIXES
1.CLASSE CONDRICHTHYES
A partir deste grupo, os vertebrados já apresentam mandíbula.
Estrutura e Fisiologia
Apresentam a pele revestida de escamas dérmicas placoides com muitas glândulas
mucosas. Seu esqueleto é cartilaginoso. Têm linha lateral, porém ausência de bexiga
natatória (órgão hidrostático). São pecilotérmicos. A respiração se faz através de cinco pares
de fendas branquiais descobertas. As trocas gasosas são realizadas entre as brânquias e
a água que circula por elas.
Filamentos
Arco Branquial
Respiração em tubarão
O sistema circulatório é do tipo fechado, simples, completo e com coração com duas
cavidades (um átrio e um ventrículo). A excreção se faz por meio de rins mesonefros. O
sistema nervoso é formado pelo encéfalo e medula, com 10 pares de nervos cranianos.
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Tubarão – Anatomia interna
Reprodução
Geralmente a fecundação é interna com muitas espécies ovíparas ou ovovivíparas mas
existem algumas que são vivíparas.
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biodiversidade, a diminuição da população destes animais pode representar um grande
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desequilíbrio ecológico nos oceanos, já que eles são predadores do topo da cadeia
alimentar e ajudam a controlar a população de diversas espécies marinhas. Se os
tubarões estiverem ameaçados, muitas outras espécies também estarão.
2. CLASSE OSTEICHTHYES
Aqui vamos encontrar a maioria das espécies de peixes existentes, como a tainha, o
bagre, o dourado, o peixe-espada, a sardinha, o cavalo-marinho, entre outros.
Bragre
Estrutura e Fisiologia
Seu esqueleto é ósseo. A pele é recoberta por escamas cicloides e apresenta glândulas
mucosas. A linha lateral, que tem função sensorial está presente, bem como a bexiga
natatória que permite ao animal subir ou descer na água, conforme está mais ou menos
cheia de gases.
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O sistema nervoso, a circulação e a excreção são idênticos aos dos peixes cartilaginosos.
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No sistema respiratório aparecem quatro pares de brânquias recobertas pelo opérculo.
O sistema digestório é completo, terminado em ânus e sem a válvula espiral.
Reprodução
A reprodução é sexuada com fecundação externa e desenvolvimento indireto, com
larva denominada alevino.
Alevino de peixe-rei
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atinge 8,9% da população e de 2006 a 2016, o diabetes aumentou em 61,8% em
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nosso país. Isso é muita coisa! A doença vem crescendo e não é somente no Brasil.
Fatores como o envelhecimento da população, hábitos alimentares e a falta de atividade
física vêm contribuindo fortemente com o seu aumento. Agora, os pesquisadores e
estudiosos da doença voltaram seus olhos para as cavernas escuras do México, em
busca de um peixe cego que é resistente à insulina e pode abrir portas para novas
descobertas e tratamentos!
Os cientistas de Harvard estão estudando o peixe pálido e sem olhos, conhecido como
peixe peixe-cego (Astyanax fasciatus mexicanus), para entender como ele consegue
regular o açúcar em seu sangue. Utilizando o sequenciamento de genes através da
técnica CRISPR, os geneticistas descobriram
que o peixe é resistente à insulina. A insulina é
imprescindível para que o organismo consiga
transformar a glicose existente no sangue,
proveniente da nossa alimentação, em energia.
É ela quem permite que a glicose entre nas
nossas células e execute bem o seu trabalho.
Em humanos, a resistência à insulina causa um
acúmulo de glicose no sangue (hiperglicemia),
podendo causar um diabetes do tipo 2. Mas para este peixe, isso não é problema! O
animal desenvolveu algum mecanismo que o permite viver com altos níveis de glicose
no sangue, sem que isso cause impactos à sua saúde.
A condição que seria perigosa em humanos, não representa perigo aos peixes. Aliás,
devido a isso eles até conseguem armazenar gordura nos períodos em que a comida é
escassa. E tem mais... Com níveis altos de glicose no sangue, as proteínas das células
de humanos ficam cobertas de açúcar. Isso não acontece com os peixes e permanece
como um grande mistério aos pesquisadores. O objetivo agora é entender como os
peixes têm vidas saudáveis e a partir disso desenvolver estratégias para ajudar os
humanos a viver com diabetes, da forma menos invasiva possível.
Nessa mesma linha, outras descobertas importantes foram realizadas sobre a doença!
No início do mês passado (03/2018) a doença foi reclassificada em 5 tipos, em vez de
somente tipo 1 e 2 (como era); uma lente de contato inteligente, capaz de identificar
a glicose através de nossas lágrimas, foi desenvolvida, entre outras descobertas.
Entender a doença e encontrar caminhos e tratamentos, é algo que está bem próximo
de acontecer e que facilitará muito a vida de quem possui diabetes.
Fonte: Governo do Brasil, Nature, The Lancet.
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