Moshorta
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Mãos à horta
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AUTORES
Ana Cristina Correia
Ana Cristina Ramos
Berta Gonçalves
Graça Barreiro
Isabel de Maria Mourão
João Moreira
J. Miguel Costa
José Alberto Pereira
Luís F. Goulão
Margarida Costa
Maria da Graça Palha
Maria Elvira Ferreira
Raúl Rodrigues
Rosa Isabel Guilherme
Teresa Mota
PREFÁCIO
Helena Sacadura Cabral
TÍTULO
Mãos à horta
EDIÇÃO
Publindústria, Edições Técnicas
Praça da Corujeira n.o 38 . 4300-144 PORTO
www.publindustria.pt
DISTRIBUIÇÃO
Engebook - Conteúdos de Engenharia e Gestão
Tel. 220 104 872 . Fax 220 104 871 . E-mail: apoiocliente@engebook.com . www.engebook.com
COORDENAÇÃO DA EDIÇÃO
Maria Elvira Ferreira e Graça Barreiro
DESIGN
MIdesign - Miguel Inácio
IMPRESSÃO
Publindústria, Edições Técnicas
Praça da Corujeira n.o 38 . 4300-144 PORTO
www.publindustria.pt
DEPÓSITO LEGAL
415227/16
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, no todo ou em parte, sob qualquer forma ou meio,
seja eletrónico, mecânico, de fotocópia, de gravação ou outros sem autorização prévia por escrito do autor.
Este livro encontra-se em conformidade com o novo Acordo Ortográfico de 1990, respeitando
as suas indicações genéricas e assumindo algumas opções específicas.
CDU
633 Culturas e sua produção
ISBN
Papel: 978-989-723-196-4
E-book: 978-989-723-197-1
Berta Gonçalves
Licenciada em Engenharia Agrícola, Mestre em Horticultura, Viticultura e
Fruticultura e Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro (UTAD). É Professora Auxiliar na UTAD e membro integrado do
Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas (CITAB).
Como área de investigação de maior interesse salienta-se o estudo do comportamento
fisiológico de fruteiras e qualidade dos frutos face a fatores abióticos. Foi Secretária
da Mesa da Assembleia Geral da APH (2010-12) e Vice-Presidente da Mesa da
Assembleia Geral (2012-14).
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Graça Barreiro
Licenciada e Doutorada em Biologia, Universidade de Lisboa. Investigadora Principal,
aposentada do INRB, desde 2011. A principal área de atividade insere-se na Fisiologia
da Maturação e Pós-Colheita dos Frutos. Estabeleceu parcerias com sectores
empresariais e associativos ligados à fruticultura e com organismos científicos,
nacionais e internacionais, na área da especialidade. Tem publicado artigos em livros,
revistas científicas, artigos técnicos de divulgação, um livro em co-autoria e outro
com coordenação científica. Na APH foi Vice-Presidente da Mesa da Assembleia
Geral (2007-09) e Vogal da Direção como Relações Públicas e co-editora da Revista
(2009-14).
João Moreira
Licenciado em Engenharia Agro-Pecuária pela Escola Superior Agrária de Coimbra
(ESAC). Técnico Superior da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro
(DRAPC) e dinamizador na produção como Especialista em Horticultura. Co-autor de
“Cadernos de Divulgação de Rotação de Culturas em Estufa”, assim como de artigos
em revistas e painéis de trabalhos experimentais desenvolvidos pela DRAPC, ESAC
e empresas em novas tecnologias de produção. Lecionou Cursos de Empresários
Agrícolas e Monográficos a Jovens Agricultores, na área da Horticultura. Foi
Secretário do Conselho Fiscal da APH (2009-11) e Vice-Presidente do Conselho
Fiscal desde 2012.
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Ecology” pela Univ. de Wageningen, Holanda. É investigador no ITQB (UNL) e no
LEAF (ISA/UL). Desenvolve investigação em ecofisiologia vegetal (stress hídrico e
rega deficitária), otimização de métodos de deteção remota, propagação vegetativa,
termografia e cultivos protegidos. É autor e coautor de artigos científicos e técnicos
e capítulos de livros nas áreas da especialidade. É editor de dois livros técnicos
sobre horticultura em estufa. Foi Secretário da Mesa da Assembleia Geral da APH
(2012-14) e é Vice-Presidente para a Horticultura Ornamental, desde 2015.
Luís F. Goulão
Licenciado em Engenharia Agronómica, Pós-graduado em Agricultura Sustentável
e Doutor em Engenharia Agronómica pelo Instituto Superior de Agronomia,
Universidade de Lisboa (ISA/UL). É Investigador Auxiliar do Instituto de Investigação
Científica Tropical e coordena o Grupo Agri4Safe. Desenvolve a sua atividade nos
domínios da fruticultura, biologia e tecnologia pós-colheita e caracterização de recursos
genéticos. Coordena e participa em projetos de investigação, docência, orientação de
teses e ações de capacitação em Portugal e em cooperação com países africanos. É
autor de capítulos de livros e artigos científicos em jornais de circulação internacional.
É 2.º Secretário da Direção da APH, desde 2013.
Margarida Costa
Licenciada em Engenharia Hortofrutícola e Arquitetura Paisagista pela
Universidade do Algarve. Técnica Superior da Direção Regional de Agricultura e
Pescas do Algarve, onde tem desenvolvido vários projetos de experimentação no
âmbito da flora autóctone, plantas aromáticas e medicinais, plantas ornamentais e
recursos genéticos vegetais, tendo publicado vários trabalhos em eventos técnicos e
científicos e em revistas da especialidade. Desde 2014, desenvolve trabalho na área
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do apoio ao investimento agrícola. Foi membro do Conselho Fiscal da APH (2007-
08) e Vice-Presidente para a Horticultura Ornamental (2012-14).
Raúl Rodrigues
Licenciado em Engenharia Agrícola, Mestre em Horticultura, Fruticultura e
Viticultura e Doutor em Ciências Agrárias/Entomologia Agrícola, pela Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro. É Professor Adjunto da Escola Superior Agrária
de Ponte de Lima do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e é membro do Centro
de Investigação de Montanha. Tem desenvolvido a sua atividade de investigação nos
domínios da limitação natural de ácaros fitófagos, da ação secundária dos pesticidas
sobre ácaros predadores, em fruticultura e viticultura e na recuperação de variedades
regionais de fruteiras. Tem cerca de 70 artigos publicados em revistas nacionais e
internacionais e é autor e coautor de 7 livros temáticos. Na APH exerceu o cargo de
Vice-presidente para a Fruticultura (2009-14).
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Rosa Isabel Guilherme
Licenciada em Engenharia Agro-Pecuária pela Escola Superior Agrária de Coimbra
(ESAC) e Mestre em Ecologia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade de Coimbra. É Técnica Superior na ESAC com o título de especialista
na área agrícola e animal. Técnico com formação regulamentada em modo de
produção biológico animal e vegetal, em produção integrada e em proteção
integrada. Responsável pelas áreas de horticultura em modo de produção biológico
e em modo de produção integrada, na ESAC. Coautora de capítulos dos livros “A
Vinha e o Vinho em Portugal” e “Variedades Regionais e Agricultura Biológica.
Desafios para peras e maçãs portuguesas”. Foi Secretária da Direção da APH (2009-
14) e 1.ª Secretária da Direção, desde 2015.
Teresa Mota
Licenciada em Engenharia Agronómica, Mestre em Produção Vegetal e Doutora
em Engenharia Agronómica pelo Instituto Superior de Agronomia, Universidade de
Lisboa (ISA/UL), na especialidade de Viticultura. É responsável pelo Departamento
de Experimentação da EVAG /CVRVV, em Arcos de Valdevez. Tem participado
em projetos de experimentação e desenvolvimento, orientado estágios, júri de
provas de Mestrado e é autora e coautora de publicações apresentadas em eventos
da especialidade, assim como de capítulos de livros temáticos sobre castas da Região
de Vinhos Verdes e preservação de castas autóctones no Noroeste Português, entre
outros. Foi Vice-Presidente da Viticultura da APH (2009-14).
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Índice
Os Autores …………………………………………………………………… 5
Prefácio ……………………………………………………………………… 15
A Associação Portuguesa de Horticultura (APH) ………………………… 17
Introdução…………………………………………………………………… 21
11
III. Como cultivar? ………………………………………………………… 95
Legumes e Cogumelos
Aboborinha (curgete) ………………………………………..……………… 98
Alface …………………………….………………………………………… 101
Alho …………………………….………………………………………… 104
Batata ………………………………………………………………………. 107
Brócolo ……………………………..……...………………………………. 111
Cebola ……………………………………………………………………... 114
Cenoura ……………………………………………………………………. 117
Chícharo …………………………………………………………………… 120
Cogumelos ………………………………………………..………………... 123
Couve-tronchuda …………………………………………………...……… 127
Ervilha …………………………………………………………………...… 130
Fava ………………………………………………………………………... 133
Feijão-verde ………………………………...……………………………… 136
Grelo-de-nabo ……………………………………………………………… 139
Pimento …………………………………………………………………… 142
Rabanete ……………………..…………………………………………….. 145
Tomate ……………………………………………………………………... 148
Frutas
Amêndoa ……………………………..……………………………………. 168
Azeitona …………………………………..……………………………….. 171
Castanha …………………………………………………………………… 174
Cereja ……………………………………………………………………… 177
Figo …………………...…………………………………………………… 180
Fisális ………………………………………...………...………………… 183
Laranja …………………………………………………………………….. 186
Limão ……………………………………..……………………………….. 190
Maçã 1 ……………………………………………………...……………… 194
Maçã 2 …………………………………..……………………………..…… 197
Marmelo …………………………………………………………………… 200
12
Mirtilo ………………………………..…………...………………………… 203
Morango ……………………………….…………………………………… 206
Pera …………………………………….…………………...……………… 210
Romã …………………………………...……………...…………………… 214
Uva 1 ……………………………………………………………………… 218
Uva 2 ………………………………………...……………………………… 221
Sedimentar conhecimentos
Glossário de termos técnicos ………………………………………………. 302
Sugestões de leitura ………………………………………………………… 310
Sugestões de visitas ………………………………………………………… 317
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Prefácio
Escrever o prefácio de um livro constitui uma enorme aventura, porque ele é uma
espécie de carta dirigida ao leitor a dar-lhe conta não só do que vai encontrar nas
linhas que se vão seguir, mas também dar-lhe conta do efeito que elas provocaram
no seu autor.
Partindo deste principio e do meu conhecido gosto não só pela cozinha, mas
também pela pequeníssima horta que enche os espaços livres do meu terraço,
quando me convidaram para esta odisseia, disse de imediato que sim.
Santa ignorância a minha, que julgava perceber alguma coisa dos meus plantios, até
ter lido esta obra. Explico-me.
Uma coisa é o gosto por ter cultivados alguns produtos que uso tradicionalmente
na minha cozinha e poder colhê-los frescos para usar, como eu faço, outra é saber
como e quando eles devem ser plantados, colhidos e cuidados.
Ora foi aqui que eu fiz a minha grande aprendizagem. ‘Mãos à horta’ – não podia
haver título que melhor caracterizasse esta obra – ensinou-me tudo aquilo que eu
não sabia e que, percebi agora, explicava alguns desaires que já havia cometido sem
saber a causa. Ora é neste aspeto que reside uma das grandes utilidades deste livro
maravilhoso. Daqui em diante os meus coentros, a minha hortelã, os meus orégãos,
a minha salsa, a minha salva, o meu cebolinho, vão poder animar muito mais e
muito melhor, o meu terraço. E, surpresa das surpresas, vou ter a ousadia de plantar
um limoeiro e umas camélias de que tanto gosto e que sempre julguei não serem
possíveis no espaço de que disponho.
Tudo isto para vos dizer que este livro constitui uma obra fundamental não só
para compreender como se plantam, nascem e colhem muitos dos produtos que
diariamente utilizamos nas nossas cozinhas, mas também para avaliar o trabalho
que está por detrás de cada um deles.
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Para além da horticultura fala-se com igual carinho da fruticultura e da floricultura
essa arte que permite embelezar tanto as nossas casas como suavizar os ambientes
que nos rodeiam.
Pois a leitura desta obra vai alertar-nos para essa realidade tão esquecida. E vai,
sobretudo, mostrar que mesmo que não tenha mais do que o parapeito de uma
janela é possível aproveitá-lo para lá plantar o que mais gostar.
Enfim, dir-vos-ia que após a leitura deste livro não só me sinto um pouco
transformada na agrónoma da minha família – conto poder dar uns conselhos
gratuitos a alguns amigos que, como eu, gostam de colher o que vão utilizar no seu
repasto –, como penso ter-me tornado numa mais atenta compradora.
Já tinha muita cautela em adquirir só produtos nacionais. Agora vou ser uma
especialista em escolher, dentre estes, os melhores e os mais frescos. O que fará de
mim, e acredito, também de vós, compradores mais conscientes.
Espero, sinceramente, que a leitura do ‘Mãos à horta’ vos traga os benefícios que
dele, eu própria colhi e me levam a agradecer profundamente a oportunidade que,
afinal, com este convite, me foi dada!
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A Associação Portuguesa
de Horticultura (APH)
A APH foi criada como uma associação técnico-científica, para poderem vir a ser
associados ‘indivíduos com diferentes formações académicas, mas empenhados nas
mesmas atividades’. O alargamento da APH a associados de diferentes formações
académicas, empresários, produtores, estudantes e todos aqueles que se interessam
pela Horticultura foi o que fortaleceu a APH e que a tem enriquecido até ao presente.
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A APH constituiu-se como sociedade comercial, com estatutos próprios publicados
em Diário da República, em 1991. Em 1999, foi reconhecida como pessoa coletiva
de utilidade pública.
As atividades da APH
Os propósitos que presidiram à formação da APH têm vindo a ser atingidos, graças
ao elevado e diversificado número de eventos realizados e aos aumentos expressivos
de participantes. Desde logo a APH ganhou um lugar de destaque na divulgação do
conhecimento científico.
A APH organiza eventos, não de uma forma isolada, mas cada vez mais em
colaboração com entidades nacionais e internacionais. A interação dos agentes da
fileira é um fator crítico a diferentes níveis, como forma de potenciar o contacto
entre os geradores de conhecimento e os técnicos, a tecnologia e o sector empresarial
e os sectores comerciais e produtivos.
O primeiro evento nacional organizado pela APH foi o ‘1.º Colóquio Nacional de
Horticultura e Floricultura’, que teve lugar em 1977, em Lisboa. Este foi o primeiro
de 39 colóquios, 15 congressos, 18 simpósios, 7 seminários, 20 jornadas, 9 encontros,
24 visitas e 3 cursos, que se têm realizado ao longo dos 40 anos de existência da APH.
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Em 2003, iniciou-se a série ‘Actas Portuguesas de Horticultura’ onde são publicadas
as comunicações apresentadas nos eventos. Até à atualidade, já foram editados 24
números desse serial, agora em formato digital.
O futuro…
A APH é um motivo de orgulho para os seus fundadores e para todos aqueles que
lhes sucederam, pois a resposta dos associados aos diferentes eventos que lhes são
oferecidos é prova disso. Em boa hora, os pioneiros fundaram uma associação
interclassista com vitalidade e com a preocupação constante do fomento da inovação
e do debate de novas ideias, com vista à sustentabilidade da Horticultura nacional,
sempre com a preocupação de uma articulação forte aos diferentes sectores da
atividade hortícola.
Para manter a associação cada vez mais ativa e interveniente, é nos jovens associados que a
APH deposita toda a esperança. Estes, servindo-se da experiência acumulada e do caminho
trilhado, durante os 40 anos da APH, poderão encontrar nela a força para inovarem e
fazerem cada vez mais e melhor, pelo desenvolvimento da Horticultura do nosso país.
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Introdução
A ideia foi amplamente discutida no seio da Direção, pois era a primeira vez que
este tipo de atividade era atribuído à APH. Foi-nos dito que os textos deveriam
ser escritos com uma linguagem simples e clara, que cativassem e esclarecessem os
leitores para o exercício da jardinagem, quer em pequenas hortas, quer em jardins,
quer mesmo em varandas e terraços, ao jeito de ‘Faça você mesmo’.
Os textos foram escritos por 15 autores, pertencentes aos Órgãos Sociais da APH,
de 2009 a 2014. De início, temia-se que não fosse fácil fugir à típica linguagem técnica
dos artigos e passar a redigir textos curtos, que interessassem o grande público
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pelas indicações simples e práticas que preconizavam. No entanto, à medida que os
textos iam sendo publicados, o entusiasmo dos autores ia crescendo, o “contágio”
aos colegas que ainda não tinham escrito não parava de aumentar e a vontade de
continuar a publicar artigos subia exponencialmente, acabando-se rapidamente, por
entrar em prazenteira rotina.
O passo seguinte, que nos propusemos encetar, foi a compilação dos artigos em
livro, pois o interesse demonstrado pelos nossos leitores levou-nos a pensar em
organizar os artigos de uma forma lógica e de fácil consulta. Foi deste modo que
chegámos a quatro capítulos em que no primeiro se apresenta um conjunto de 15
textos em torno do tema ‘Compreender a horta e o jardim’, em que além da importância
da biodiversidade, da ecologia e da economia da horta/jardim, informa o leitor
sobre o que fazer quando se quer iniciar uma horta/jardim, com as diferentes
tarefas e operações culturais necessárias ao sucesso dos mesmos.
O capítulo III, com o título ‘Como cultivar?’, apresenta mais 54 artigos, dos quais 17
se incluem na secção ‘Legumes e cogumelos’, quatro na de ‘Plantas aromáticas e medicinais’,
17 na de ‘Frutos’ e na de ‘Plantas ornamentais e flores’ 16 artigos.
Boas leituras!!!!
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