Salário Família.
Salário Família.
Salário Família.
SALÁRIO FAMÍblA
(Benefício a funcionário em razão de seu dependente)
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DAS P
SERVI ÇO DE DCCUMENTAÇ/O
1968
3 3 J ,W , 35-01
S 5 X (,l2
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A . í>. P.
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1\EHHFr
CAMINHEMOS (Poemas em prosa) — Prefácio de Agrippino Grieco com
estudo do Prof. Joaquim Ribeiro — Serviço de Documentação do
Ministério da Educação e Cultura — 1958.
Em preparo:
DA ACUMULAÇÃO DE CARGOS — II
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Mais uma publicação de Corsindio Monteiro da Silva desti
nada a preencher sensível lacuna no âmbito da aplicação das
normas legais na esfera administrativa, desta feita versando o
instituto do Salário-Familia.
Meticuloso e extremamente dedicado ao serviço público e
aos estudos, com trabalhos pioneiros de doutrina e divulgação
de certos institutos de Direito Administrativo, como os referentes
à acumulação de cargos e à readaptação de funcionários, lança-se,
agora, êsse ilustre jurista, a esclarecer, em forma de vivos diálogos,
muitas das dúvidas porventura ainda existentes sôbre o Salário-
Familia, permitindo-nos uma compreensão geral e ampla dêsse
benefício de alcance social. E o faz com sua inegável experiência
na matéria, experiência essa adquirida nos últimos seis anos de
atividade na Divisão do Regime Jurídico do Pessoal do DASP,
quando lhe tem sido cometido o estudo também dêsse assunto.
Com a divulgação desta monografia, êsse conceituado Assis
tente Jurídico do D A SP reafirma o seu já conhecido espírito
pubhco, permitindo que todos compartilhemos de seus conheci
mentos especializados e de suas pesquisas.
Nao me parece fácil fazer a apresentação de trabalho tão
útil, quando a autoria é de pessoa de tanta experiência e vivência,
como o distinto colega Corsindio. Experiência a mais variada,
conseguida, não só no trato continuado dos livros e na meditação,
como na vivência da áspera realidade, desde o início de sua vida,
pelos caminhos que trilhou, pelas diversas funções que tem
exercido (Desenhista, Professor, Magistrado, Funcionário Público
Federal), até se fixar no campo jurídico. E, neste campo jurídico,
inegàvelmente lhe têm valido os estudos e experiências colhidos
inclusive no âmbito das ciências concretas, que lhe dão a imagem
nítida das coisas, a nós transmitida na clareza do seu estilo que
se completa com o purismo e a graça de sua linguagem.
Lendo esta monografia, resultante de palestras que fêz a
convite da Escola de Serviço Público, terão os leitores uma visão
de conjunto do benefício do Salário-Família, quando, então, pode
rão, por si próprios, aquilatar a medida exata da utilidade dêste
trabalho.
C o r s í n d io M o n t e ir o
É uma obra de misericórdia não publicar
livros inúteis.
José O rtega y G asset
r
Instituto dos mais humanos consagrados no regime jurídico
do funcionário público é o salário-família.
Trata-se de uma vantagem de grande alcance social e que
se destina à proteção da família.
Seria uma forma mais viável que o Estado teria encontrado
para acudir a certos problemas sociais dentro de critério mais
justo, com menor possibilidade de distorções tão comuns na
realização prática de certos institutos.
Sôbre ser uma vantagem pecuniária, um reforço do orçamento,
o salário-família é um estímulo e uma esperança!
Modesta, sem dúvida, é a vantagem financeira que propor
ciona per capita, considerando-se cada beneficiado e o padrão
de vida médio do servidor público, embora não seja para subestimar
o vulto da despesa que, já assim, acarreta aos cofres públicos.
No exercício de 1966, a estimativa de gastos com o paga
mento dêsse benefício girava em tôrno de noventa e três milhões
de cruzeiros novos (NCr$ 93.609.484,00). não chegando, possi
velmente, a 10% a diferença entre aquela previsão e a efetiva
despesa.
Para o exercício de 1967, a estimativa de gastos orça, em
números redondos, em cento e quarenta e seis milhões de cruzeiros
novos (NCr$ 146.428.782,00).
A proposta orçamentária para 1968 estima o total das despesas
com o benefício em NCr$ 292.850.271,00.
Da despesa geral com o pessoal, 4 a 5% são reservados
orçamentàriamente para a concessão do benefíçio do salário-família.
A par de outras medidas, ccm isso o Estado procura concor
rer para o orçamento do seu servidor que é chefe de família.
Na modéstia dêsse instituto, criado em 1941, numa fase em
que o Estado se ampliava na compreensão de suas responsabili
dades sociais, vislumbra-se um anseio de política de justiça social
e a realização, tanto quanto possível, de distribuição mais eqüitativa
e mais humana da riqueza, dando, assim, o Poder Público, na
qualidade do maior empregador que possui o país, verdadeiro
exemplo a ser seguido pelas empresas particulares.
Afirmou o ex-Miriistro Franco Montoro que «o salário-famí-
lia deve ser considerado dentro de uma perspectiva de ascenção
humana do trabalhador», referindo-se ao pessoal regido pela
legislação trabalhista, mas o que com tanto brilho aduziu se
ajusta à situação dos assalariados de modo geral, entre os quais
se incluem os servidores públicos, que vivem quase exclusivamente
das rendas que auferem de seu próprio trabalho. (*)
Acrescentou aquêle eminente homem público que o salário-
família, «além de significar um passo à frente na reformulação
dos critérios de retribuição ao trabalho, constitui um dos aspectos
necessários da grande transformação social que se opera em todo
o mundo, no sentido da participação efetiva de todos os homens
nos direitos e deveres da vida econômica, política e cultural. Por
isso, o salário-família impõe-se tanto à emprêsa individual, como
à emprêsa comunitária e à emprêsa estatal. Êle representa sempre
uma exigência no sentido da humanização da vida econômica».
Numa síntese admirável, escreveu aquêle ilustre brasileiro:
«Uma das tendências mais importantes da sociologia moderna
é o «pluralismo» ou «comunitarismo», que consiste no reconheci
mento de que a sociedade não pode ser considerada um simples
feixe de relações entre os indivíduos e o Estado. A realidade
sôcial é uma pluralidade de comunidades ou sociedades menores».
A sociedade humana é uma sociedade de comunidades», diz,
— Que é salàrio-família?
— É um instituto criado pelo Estado para assegurar a seus
servidores, com responsabilidades familiares, um auxílio aos
recursos necessários à sua manutenção. Com isso, além de outras
medidas, deixou o Estado de ver o seu servidor como indivíduo
isolado e passou a encará-lo como um sêr social, como membro
de uma comunidade representada pela Família.
Pierre La Roque, citado por Franco Montoro, autor êste do
projeto de lei que criou o abono familiar para o pessoal regido
pela legislação trabalhista, assim definiu os abonos familiares:
«São prestações pagas a um chefe de família em função do
encargo que representa para êle a manutenção de certo número
de pessoas em seu lar: em primeiro lugar, e sobretudo, seus filhos:
eventualmente, o cônjuge; às vêzes, os ascendentes e colaterais».
O D ASP, há muito tempo, deu uma definição ainda válida:
«Salário-Familia é a contribuição do Estado para o fim de auxiliar
a manutenção e a educação dos dependentes de seus servidores».
Veja-se parecer no Processo n9 7.195/51, publicado no Diário
Oficial de 29 de janeiro de 1953.
— E o irmão inválido?
__Sim, poderíamos acrescentar o irmão inválido que dependa
economicamente do funcionário, à vista do que estabelecem as
Leis n9 3.373, de 12 de março de 1958 (que dispõe sôbre o
Plano de Assistência do Funcionário e sua Família) e n9 3.807,
de 26 de agôsto de 1960 (Lei Orgânica da Previdência Social) .
\
D IÁ L O G O 2
— E se se tratar de aposentado?
— Exato.
— É o que dissemos.
— Realmente.
— Exatamente.
— Mas é evidente!
— O salário-família prescreve?
— Sim, está sujeito à prescrição qüinqüenal. Conforme
acentuou o D A S P no Processo n9 3.258, de 1953, em parecer
publicado no Diário Oficial de 17 de julho de 1953, a prescrição é
«regra de ordem, harmonia e paz social, imposta pela necessidade
de certeza das relações jurídicas, e decorre da negligência ou
inação do titular do direito».
■
APÊNDICE
\
Concede aumento geral de remuneração, venci
mento e salário, e institui o regime de salário-
família.
( ) A este parágrafo único foi dada nova redação pelo art. 3? do De
creto-lei n' 7.638, de 12 de junho de 1945, que se encontra a seguir, a pá
ginas 68.
§ l 9 A autoridade concedente julgará a comprovação,
podendo dispensar a apresentação dos documentos que já esti
verem registrados no competente órgão de pessoal.
§ 2’ Antes de julgar a comprovação, poderá a autoridade
concedente proceder às diligências que achar necessárias para
verificar a exatidão das declarações, inclusive mandar submeter
a exame médico as pessoas dadas por inválidas, recorrendo sempre
que necessário, nesse e noutros casos, ao concurso das autoridades
policiais.
§ 39 Julgada a comprovação, serão encaminhados ao res
pectivo órgão de pessoal os documentos e a declaração do
servidor ou inativo, salvo quando se tratar de aposentado cujos
proventos sejam pagos pelo Tesouro Nacional, caso em que a
remessa será feita à Diretoria da Despesa Pública.
G e t ú l io V argas
S
Altera dispositivos do Decreto-lei n° 6.022, de
23 de novembro de 1943, e dá outras providências.
G e t ú l io V argas
Ãgamemnon Magalhães
Henrique A . Guilhem
Eurico G. Dutra
José Roberto de Macedo Soares
A . de Souza Costa
João de Mendonça Lima
Apolônio Sales
Gustavo Capanema
Alexandre Marcondes Filho
Joaquim Pedro Salgado Filho
__ \
(*) (Diário Oficial de 14 de junho de 1945, págs. 10.540)
Altera o Decreto-lei n*> 6.022, de 23 de novem
bro de 1943, acrescentando uma alínea ao item IV
do seu art. 49.
G e t ú l io V argas
Agamemnon Magalhães
S
Estende aos servidores dos Territórios o regi
me do salário-família.
G e t ú l io V argas
Agamemnon Magalhães
Dispõe sôbre o pagamento de vencimento,
remuneração ou salário do pessoal civil e militar da
U nião.
O Presidente da República:
E u r ic o G. D utra
A . Junqueira Ayres
Sylvio de Noronha
Canrobert P . da Costa
Raul Fernandes
Guilherme da Silveira
João Valdetaro de Amorim e Mello
A . de Novaes Filho
Eduardo Rios Filho
Marcial Dias Pequeno
Armando Trompowsky
Dispõe sôbre o Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis da União.
Cr$ Cr$
até 2.000,00 .............................. 150,00 por dependente
mais de 2.000.00 a 4.000,00 . . . . 100,00 por dependente
mais de 4.000,00 a 6.000,00 . . . . 60,00 por dependente
mais de 6.000,00 a 8.000,00 . . . . 50,00 por dependente
............................................... (*)
Fixa competência para concessão de salário-
família.
JuSCELIN O K u BITSCHEK
Odylio Denys
Antônio Carlos Barcellos
N
Fixa novos valores para os vencimentos dos
servidores da União, institui empréstimo compulsó
rio e altera legislação do imposto de renda, autoriza
emissão de títulos de recuperação financeira, modi
fica legislação sôbre emissão de letras e obrigações
do Tesouro Nacional e dá outras providências.
............................................................................................... (*>
s
.
. .
.
M IN IS T É R IO D A F A Z E N D A
Serviço do Pessoal
C IR C U L A R N° 4, D E 4 D E JU L H O D E 1962
N
-
Fixa novos valores para os vencimentos dos
servidores do Poder Executivo, Civis e Militares;
institui o empréstimo compulsório; cria o Fundo
Nacional de Investimentos, e dá outras providên
cias .
............................................... (*>
s
C O N T A D O R IA G E R A L D A R E P Ú B LIC A
Em 9 de setembro de 1963
Ofício-Circular n9 21
O Presidente da República:
Jo ã o G o u l a r t
Amaury Silva
CAPÍTULO I
Do Direito ao Salário-Familia
(*) A êste art. 3? foi dada nova redação pelo Decreto n9 59.122, de 24
dc agôsto de 1966, que se encontra a seguir, a páginas 117 a 118.
cada filho, nos têrmos dos artigos 4'' e 5’, mediante a entrega do documento
correspondente, e até o mês, inclusive, em que completar 14 anos de idade.
Art. T> Para efeito da manutenção do salário-familia, o empregado é
obrigado a entregar à empresa, de janeiro a fevereiro e de julho a agôsto
de cada ano, atestado de vida e residência do filho, firmado por autoridade
judiciária ou policial ou pelo Presidente do Sindicato da sua categoria
profissional (arts. 29 e 31).
Parágrafo único. A falta dêsse atestado, na época própria, importará
na imediata suspensão do pagamento da quota respectiva.
Art. 8o Em caso de falecimento do filho, o empregado é obrigado a
fazer imediata comunicação de óbito à emprêsa, para efeito de cessação da
respectiva quota (art. 29), apresentando a respectiva certidão ou declaração
escrita.
Art. 99 As indicações referentes à prova da filiação de cada filho serão
lançadas, pela emprêsa, na «Ficha de salário-família» do empregado, conforme
modêlo anexo a êste Regulamento (n° I), de confecção a seu cargo, devendo
permanecer o documento correspondente em poder da emprêsa, enquanto esti
ver êle a seu serviço.
Art. 10. O direito ao salário-família cessará automàticamente:
I — Por morte do filho, a partir do mês seguinte ao do óbito;
II — Pelo completar o filho 14 anos de idade, a partir do mês seguinte
ao da data aniversária;
III — Com relação à emprêsa respectiva, pela cessação da relação de
emprêgo entre a mesma e o empregado, a partir da data em que esta se
verificar.
Art. 11. Cessado o direito ao salário-família, por qualquer dos motivos
enumerados no art. 10, serão imediatamente restituídos ao empregado, mediante
recibo, passado no verso da «Ficha» respectiva, os documentos correspondentes
3os filhos, devendo, porém, ser sempre conservada pela emprêsa a «Ficha»
e os atestados de vida e residência, para efeito da fiscalização prevista na
Seção III do Capítulo III.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
DO CUSTEIO DO SALÁRIO-FAMILIA
Seção I — Da Contribuição e do Recolhimento
Art. 18. O custeio do salário-família será feito mediante o sistema de
compensação previsto no art. 3'° da Lei n9 4.266, de 3 de outubro de 1963,
consoante as disposições dêste Capítulo.
Art. 19. Caberá a cada emprêsa, qualquer que seja o número, a idade
e o estado civil de seus empregados, e independentemente de terem êstes,
ou não, filhos nas condições referidas no artigo 49, recolher mensalmente,
ao Instituto ou Institutos de Aposentadoria e Pensões a que estiver vinculada,
a contribuiçSo relativa ao salário-família, que corresponderá a uma percentagem
dc 6% (seis por cento) incidente sôbre o valor do salário-mínimo local
multiplicado pelo número total de empregados da emprêsa, que receberam
salário no mês em referência (**)
Art. 21. Dos pagamentos das quotas de salário-família feitos aos seus
empregados serão as empresas reembolsadas mensalmente, pela forma estabe
lecida nesta Seção.
Art. 22. O reembolso se fará mediante desconto, no total das contribui
ções mensais a recolher ao respectivo Instituto de Aposentadoria e Pensões,
do valor global das quotas de salário-família, efetivamente pagas no mês.
Parágrafo único. O total das contribuições a que se refere êste artigo
compreende as contribuições da Previdência Social e a do salário-família.
Art. 23. Para o efeito do reembolso fará a emprêsa no verso da guia
de recolhimento referida no art. 20, ou onde couber, o demonstrativo do
saldo a recolher de acôrdo com o disposto no art. 22, discriminando, o
total das contribuições da Previdência Social, o da contribuição do salário-
família, a soma global dessas contribuições, o valor total das quotas de
salário-família pagas no mês aos seus empregados e o líquido a recolher,
seguindo-se a assinatura do responsável pela emprêsa.
Parágrafo único. A operação de recolhimento e compensação, tal como
prevista neste artigo, entender-se-á como quitação simultânea por parte do
instituto, quanto às contribuições mensais recolhidas, e, por parte da emprêsa,
quanto ao reembolso do valor global das quotas de salário-família por ela
pagas e declaradas.
Art. 24. Se o líquido apurado no demosstrativo de que trata o art. 23
fôr favorável à emprêsa, deverá esta entregar, juntamente com a guia de
recolhimento, o «Recibo de Reembôlso de Diferença do Salário-lFamília» para
o efeito simultâneo da quitação do recolhimento das contribuições e do
recebimento da importância correspondente ao crédito a que tiver direito.
Parágrafo único. O recibo a que se refere êste artigo deverá ser feito
pela emprêsa, de acôrdo com o modêlo anexo a êste Regulamento (n9 II),
em duas vias, uma das quais lhe será devolvida, devidamente autenticada,
juntamente com a guia quitada.
Art. 25. Os Institutos de Aposentadoria e Pensões organizarão seus
serviços de modo a que as operações referidas nos arts. 23 e 24 sejam
realizadas, pelos órgãos arrecadadores, no mesmo ato e pela forma mais
simplificada e rápida possível.
Seção IV ■
—- Lk> Fundo de Compensação do Salário-Famíliã
CAPÍTULO IV
MODÊLO
Enderêço: ..........................................................................................................
Matrícula: ..........................................................................................................
s
M IN IS T É R IO D O T R A B A L H O E P R E V ID Ê N C IA S O C IA L
G a b in e t e do M i n is t r o
O Presidente da República:
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Reajusta os vencimentos dos servidores civis e
militares da União, adota medidas de natureza
financeira, autoriza a abertura de crédito especia
e dá outras providências.
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. . . .
PARECER
I — ............................................................................
PARECER
II
3- Pouco ou nada se me ocorre aditar ao criterioso pronun
ciamento da D . P ., com o qual estou de inteiro acôrdo.
4. O Estatuto dos Funcionários, para efeito da percepção do
salário-família, coloca em paridade de situação «os fi os
qualquer condição, os enteados, os adotivos e o menor qi
mediante autorização judicial, viver sob a guarda e susten
funcionário» (art. 138, parágrafo único). Assim, nao a
nenhuma distinção quanto a êsses dependentes, no que
ao deferimento da vantagem.
5. É certo que, quando se cogitar da aplicação do art. 138,
li9 IV , já terá deixado de ser menor o dependente que vive, 2m
decorrência de autorização judicial, sob a guarda e sustento do
servidor, mas os demais dependentes a que se refere aquêle
parágrafo único o terão igualmente.
6. Não é isso, todavia, motivo bastante para a cessação
do pagamento da vantagem, pois que a lei presume, com a
inexistência de atividade lucrativa do dependente estudante, embo
ra maior, a continuidade dos pressupostos justificativos da
concessão do salário-família, até a idade limite de 24 anos.
7. A «ratio iuris» é a mesma, donde também dever ser
idêntica a conclusão, pois que não teria sentido jurídico deferir-se
a vantagem ao servidor que sustenta filho de qualquer condição,
até a idade de 24 anos, sem que êste tenha atividade lucrativa,
desde que estudante de curso secundário ou superior, para se
negar o mesmo benefício pelo dependente, nas mesmas condições,
que, quando menor, fôra entregue à guarda e ao sustento do
servidor, mediante autorização judicial.
8. A lei não distingue os menores que especifica no pará
grafo único do seu art. 138; logo, igualmente, não poderá dife
rençar quando qualquer dêles alcance a maioridade, limitada a
24 anos, para a vantagem excepcional que previu no n° IV do.
mesmo artigo.
9. Para efeito da percepção do salário-família, tanto faz ser
filho de qualquer condição, inclusive adotivo, como enteado ou
dependente, cuja guarda e sustento, quando menor, foram conce
didos mediante autorização judicial. Ao alcançar qualquer dêles.
a maioridade, não é lícito, para o efeito pretendido, fazer a
menor distinção. A situação de direito é absolutamente idêntica.
É o meu parecer. — S . M . J .
Rio de Janeiro, 12 de março de 1959. — Clenício da Silva
Duarte, Consultor Jurídico.
De acôrdo. Em 21 de março de 1959. — João Guilherme
de Aragão, Diretor-Geral.
Processo n9 12.811/58. Restituo à Divisão do Pessoal do
Ministério da Viação e Obras Públicas.
D .P . do D ASP, em 23/3/59. — W aldyr dos Santos.
Diretor.
______ N
C O N S U L T O R IA GERAL DA REPÚ B LICA
PARECER N° 529-Z
P A R E C E R N" 011-H
«Art. 23.........................................................................
PARECER
II
3. Em hipótese em tudo e por tudo idêntica à presente,
tive ensejo de opinar, quando da minha primeira investi ura
cargo de Consultor Jurídico dêste Departamento (C L parecer
emitido no processo n* 7.053/56, publicado no Diano Oficial de
24 de abril de 1957, às págs. 10.081 e 10.082; Revista de itei o
Administrativo, vol. 49, págs. 305 a 307, e meus su
Direito Administrativo, 1960, vol. ^ págs. 310 a ,
entendi, pela natureza especial do salário-família, que a norma
artigo 34 da Lei n° 488, de 15 de novembro de 1948, que assegu
rava a continuidade da percepção da vantagem pelos filhos
menores do servidor falecido, devia ser, por analogia, também
aplicada à espôsa, que se achasse em gôzo daquela percepção,
desde que os requisitos imprescindíveis à concessão continuassem
a subsistir.
4. Aliás, nesse pronunciamento, que, mais tarde, veio a ser
totalmente acolhido pelo então ilustre Consultor-Geral da Repú
blica, D r. Antônio Gonçalves de Oliveira, hoje eminente Ministro
do Supremo Tribunal Federal (C f. Pareceres do Consultor-Geral
da República, 1960, vol. IV , páginas 277 e 278), já se acha a
solução da consulta ora formulada, não só pela perfeita identidade
das situações, como porque, então, ali se frisava a necessidade da
extensão «aos demais dependentes», embora, à época, assim não
se considerasse, para êsse efeito, a mãe viúva, sem qualquer
rendimento, que vivesse às expensas do servidor. Veja-se o
seguinte excerto elucidativo (Estudos de Direito Administrativo.
cits., vol. I, pág. 314) :
PARECER
I
Funcionária do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Comerciários, que mantém, totalmente, sob sua depen ênc
econômica, marido inválido, o qual, segundo consta do processo,
não possui o menor rendimento ou pensão e que se ac a e
tivamente incapacitado para tôda e qualquer profissão, P°rta
que é de alienação mental, solicitou pagamento de saláno-fam.lm,
alegando ser êle seu dependente.
2. O pedido não obteve deferimento em face da inexistência
de previsão legal expressa da hipótese no Estatuto dos Funcioná
rios Públicos Civis da União e legislação em vigor, relativamente
à concessão da vantagem.
3. O Departamento Nacional da Previdência Social, a que
recorreu a suplicante, não obstante os reiterados pronunciamentos
em contrário à concessão, constantes do processo, solicitou a
audiência do D ASP, tendo em vista o que se ponderou no
processo número 6.839/64 (parecer desta Consultoria Jurídica,
por mim emitido em 29 de novembro de 1965 e publicado no
Diário Oficial de 30 de março de 1966, às páginas 3.353 e 3.354).
II
III
8. Atento a êssès princípios e à finalidade do benefício,
tenho, por várias vêzes, entendido que os casos indicados na
legislação específica não se hão de interpretar de modo rígido,
sem atenção ao velho, mas sempre atual, brocardo romano, que
recomenda aplicar-se a mesma decisão, quando se verifica a
existência do mesmo direito (tibi eadem ratio, ibi eadem tegis
dispositio) .
9. Assim, sustentei ser devida a concessão do benefício por
irmã solteira, maior, interditada por alienação mental, que vive
às expensas do funcionário e da qual êste é curador, por entender
que a incapacidade absoluta que alcança o alienado mental o
iguala, para efeitos jurídicos, ao menor de 16 anos. Por esta
forma me manifestei no parecer citado no item 3, in fine.
«Ora, comprovada a incapacidade definitiva do
dependente, por alienação mental, achando-se êste sob
curatela do funcionário, a cujas expensas vive, por não
possuir meios de manutenção própria, é evidente que a
situação é perfeitamente idêntica à do menor nas condi
ções descritas no parágrafo único do artigo 138
Estatuto dos Funcionários, pois que, juridicamente, o
alienado mental é tão incapaz quanto o menor de
anos (Código Civil, artigo 5’ , ns. I e I I ) .
Assim, por analogia, que é forma regular de inter
pretação da lei (Lei de Introdução ao Código Civil,
artigo 4*), não vejo como excluir a hipótese da matéria
que se contém no parágrafo único, in fine, o artig
do Estatuto dos Funcionários».
10. O marido, alienado mental, e, por conseguinte, absoluta
mente incapaz de exercer os atos da vida civi inc usive
desempenho de tôda e qualquer profissão, é um dependente na
mais estreita acepção da palavra. Está, por via de conseqüência,
na mesma situação jurídica, dentro da família, do menor de 16
anos, cuja guarda e sustento compete ao chefe desta. E na
família assim marcada a mulher assume a sua direção, passando
a ser o chefe da sociedade conjugal (Código Civil, art. 251,
n° III) .
11. Não vejo, pois, como se não admitir, nos casos de
invalidez do marido, por alienação mental e quando êste não
receba pensão ou aufira rendimento de qualquer natureza, a sua
condição de dependente, de fato e de direito, deferindo-se à
espôsa, como cabeça do casal, o benefício de que se cogita. Mas,
para a concretização da hipótese, além dos demais pressupostos
legais relativos aos outros dependentes, dois requisitos, sine qua
non, se hão de exigir, para a concessão da vantagem:
a) a interdição do marido, por decisão judicial definitiva, e
b) que tenha sido a espôsa nomeada sua curadora.
12. No caso dos autos, não existe prova das duas condições
indicadas no item anterior, parecendo mesmo, pela omissão de
referência a respeito, que a interdição não foi judicialmente
decretada.
13. Destarte, só após a satisfação dessa prova é que seria
de deferir a pretensão da requerente.
É o meu parecer. — S .M .J .
Brasília, 31 de janeiro de 1967. — Clcnicio da Silva Duarte,
Consultor Jurídico.
«Aprovado». Em 3 de fevereiro de 1967. — Tomás de
VUanova Monteiro Lopes, Substituto do Diretor-Geral. (*)
........................................ matricula
a que faz jus, relativos ao(s) seguinte(s) dependente(s) '" ’ '(grau' ' jê"
(Local e data)
(Assinatura)
(Papel timbrado)
(Local e data)
(Assinatura)
VISTO
(Papel timbrado)
...................................................... . matrícula
(nome)
(Local e data)
(Assinatura)
VISTO
Em ......... de .................... de 19--
MODÉLO N ? 4
(Local e data)
(Assinatura)
MODÊLO N ” 5
salário-família que era percebido pelo seu falecido marido, correspondente aos
.., com fundamento
seguintes dependentes ...................................................
no parágrafo 1* do art. 11. da Lei n<* 1-765. de 18 de dezembro de 1952.
República.
(Local e data)
(Assinatura)
(Declaração de estado de viuvez)
(Local e data)
(matricula) (função;
(matricula) (função)
(assinatura)
(matrícula) (função)
— 167 —
JU IZ A D O D E M E N O R E S
CERTIDÃO
ao requerente ......................................................................................................
profissão residência
de mil novecentos e
Brasília, .........................................
sessenta e ......................
N
...............Escrivão "da"'Vara de Menores
■
ÍNDICE
*
IRMÃO INVÁLIDO — Tuberculose ativa ..................................... 157 a 158
JUIZ DE DIREITO DA VARA DE MENORES — Autoridade
competente, em princípio, para expedir o ato de guarda e sustento
, 49 a 50
de m enor...............................................................................
JUIZADO DE MENORES — Certidão. Guarda e responsabili
dade. Modèlo fornecido pelo Juizado de Menores de Brasília.. 167
43
— Como será pago . .............. .................... •'•••....................
—- Características que diferenciam o beneficio em relação a êste
ou àquêle dependente .......... .............................................. 47
*
Salário-família : beneficio a funcionário
razão de seu dependente
BD 1968 331.226:35.08 S586s
fO N E S -« 3 M a 7 -4 3 « M *
B R A S ÍL I A D .F .