RODRIGO RODRIGUES, Genealogias de São Miguel e Santa Maria

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

CAPÍTULO 79.

DA DESCENDÊNCIA DE RODRIGO AFONSO

§ Único

1 - Rodrigo Afonso, cavaleiro de África, natural de Faro de onde veio para a Ilha de S. Miguel onde teve
uma dada de 15 moios de terra em Rabo de Peixe (Vid. Frutuoso, Livro IV Cap.º XX).
Dotou a filha Branca Rodrigues para casar, antes de 1492 (Vid. Arquivo dos Açores, Vol. XIII, pág.
344). Casou com Mécia Gonçalves ou Afonso.
Tiveram:
2 - Afonso Rodrigues, que morreu solteiro.
2 - Pedro Rodrigues Furtado, que foi para a Guiné.
2 - Rui Gonçalves, que com seu irmão Sebastião mataram um homem, fugindo ambos para a África,
onde morreram.
2 - Sebastião Rodrigues, que matou um homem com seu irmão Rui pelo que fugiu para a África, onde
morreu.
2 - Mécia Rodrigues Furtado, que segue:
2 - Catarina Rodrigues Furtado, que casou com João Moniz (Cap.º 22.º § Único N.º 2).
2 - Isabel Rodrigues Furtado, que fez testamento já viúva a 8.11.1541 em Ponta Garça aprovado no
mesmo dia pelo tabelião João de Senra; nele nomeia para administrador de sua terça a seu filho
Francisco Fernandes Furtado e estava ela morando em casa de seu genro Pero Roiz. (Nota N.º 1).
Casou com Fernão Gil que morreu antes de 8.11.1541.
Tiveram:
3 - Francisco Fernandes Furtado, herdeiro da terça instituída pela mãe e morador em Ponta Garça
(Vid. Frutuoso Livro IV Cap.º XX § 5.º). Casou com Bárbara Moniz (Cap.º 22.º § Único N.º 3).
Tiveram:
4 - Fernão Gil.
4 - Manuel Furtado.
4 - Catarina Moniz.
4 - Maria Moniz.
4 - Bárbara Moniz.
3 - Inês Fernandes Furtado, que casou com Jorge Afonso.
3 - F ... (Vid. Nota N.º 1). Casou antes de 1541 com Pedro Roiz, escudeiro e morador em Ponta
Garça.
Tiveram:
4 - António Fernandes Furtado, que deve ser o (N.º 1 do § 1.º do Cap.º 140.º) (Vid. Nota N.º 1).
2 - Branca Rodrigues Furtado, que casou com Fernão Lopes de Frielas (Cap.º 81.º § Único N.º 2).
2 - Beatiz Gonçalves Furtado que casou com Jorge Gonçalves, por alcunha o Mau Clérigo.
Tiveram:
3 - Margarida de Mendonça.
3 - Isabel Furtado.
3 - Gaspar Furtado.
2 - Mécia Rodrigues Furtado, que morreu a 29.6.1568 na freguesia Matriz da Ribeira Grande, com
testamento e já viúva do segundo marido. Casou a primeira vez com Nuno Gonçalves, da Ilha Graciosa
e a segunda vez em S. Miguel com Diogo Anes ou Duarte Anes, natural desta Ilha.
Teve do primeiro casamento:
3 - Mateus Nunes, que foi ouvidor na Ilha Graciosa. Casou com Isabel de Ornelas.
Tiveram:
4 - Xisto de Ornelas.
4 - Antónia de Ornelas, que casou com Feliciano de Quadros, com geração.
3 - Mécia Nunes, que segue:
Teve do segundo casamento:
3 - Pedro Anes Furtado, Padre, beneficiado na Matriz da Ribeira Grande.
3 - João Rodrigues Furtado, Licenciado, que se formou em Leis e morreu em Angra.
3 - Manuel Rodrigues Furtado, que casou com Beatriz Marques, que morreu a 19.7.1568 na Matriz da
Ribeira Grande com testamento sendo testamenteiro o marido. Era filha de Marcos Afonso e de Inês
de Xerez (Nota N.º 2).
Tiveram:
4 - Marcos, que morreu criança.
4 - André, idem.
4 - Pedro Rodrigues Furtado, licenciado, que casou em Angra com Grácia Vaz de Sousa, sem
geração.
4 - Mateus Nunes ou Mateus Furtado, Padre e religioso no Mosteiro de Xabregas, e segundo
Frutuoso cura na Ribeira Grande. Contudo a 27.8.1578 numa escritura de doação a sua prima
Águeda Moniz mulher de Álvaro Lopes da Costa, filha de João Martins e Elvira Marques, onde
declara a sua filiação, dizendo ser maior de 25 Anos e morador na Ribeira Grande (Nota N.º 3).
4 - António Furtado, da Ribeirinha, que morreu na freguesia Matriz da Ribeira Grande a 25.6.1621,
tendo casado com Beatriz do Canto (Cap.º 126.º § Único N.º 3), com geração.
4 - Manuel Rodrigues Furtado, padre.
4 - Beatriz Furtado de Mendonça, que casou na Matriz da Ribeira Grande a 9.7.1607 com Manuel
Rodrigues da Rocha (Cap.º 148 § 11.º N.º 6).
3 - Mécia Nunes, que foi madrinha de um casamento na Matriz da Ribeira Grande a 13.10.1566 e casou
com Vicente Anes Bicudo, escrivão na Vila da Ribeira Grande e capitão de uma companhia e morreu
na freguesia Matriz da mesma Vila a 27.8.1582, estando alienado havia bastante tempo (Nota N.º 4).
Tiveram:
4 - Matias Bicudo, sem mais notícia.
4 - Francisco Bicudo, que parece ter morrido solteiro.
4 - Nuno Bicudo, que segue:
4 - Isabel Bicudo, que casou na Matriz da Ribeira Grande a 8.11.1570 com o Capitão Pedro Álvares
Cabral (Cap.º 43.º § l.º, N.º 3).
4 - Jerónima Nunes, que morreu a 11.2.1568 na freguesia Matriz da Ribeira Grande com testamento,
sendo testamenteiro seu pai Vicente Anes [Bicudo]. Casou com Pedro Afonso Caleira (Cap.º 14.º §
1.º, N.º 2).
4 - Manuel Bicudo, que morreu solteiro a 23.4.1505 na freguesia Matriz da Ribeira Grande.
4 - Guiomar Nunes, que morreu de pouca idade.
4 - Beatriz da Conceição, baptizada na Matriz da Ribeira Grande a 26.10.1546 e morreu moça.
4 - Vicente Bicudo, que foi para o Brasil para a capitania de S. Paulo com seu irmão António, por alturas
de 1585 (Nota N.º 5). Casou em S. Paulo com Ana Luís Gou.
Tiveram:
5 - António Bicudo, que casou em S. Paulo em 1620 com Ana Pires.
5 - Francisco Bicudo Furtado, morador em Paranaiba, casou com Madalena Pinha.
5 - Vicente Anes Bicudo, que casou em Paranaiba, com Clara de Oliveira Lobo, com geração.
5 - Domingos Nunes Bicudo, que casou, em Paranaiba, com Ana da Costa, dotada em 1644, sem
geração.
5 - Mécia Bicudo, que morreu em 1631 e casou em S. Paulo com Francisco de Proença, com geração.
5 - Maria Bicudo, que casou em S. Paulo em 1635 com o capitão João Mendes Giraldo, de Paranaiba,
com geração.
4 - António Bicudo Carneiro, que foi para o Brasil para a capitania de S. Paulo por 1585 (Vid. Nota N.º
5). Casou com Isabel Rodrigues, de S. Paulo.
Tiveram:
5 - António Bicudo, que casou em S. Paulo com Maria de Brito, com geração.
5 - Domingos Nunes Bicudo, que casou em S. Paulo com Paula Gonçalves, com geração.
5 - Marta Mendonça, que casou em S. Paulo com Domingos Gonçalves da Maia, com geração.
5 - Jerónima de Mendonça, que casou em S. Paulo com Mateus Neto, com geração.
5 - Guiomar Bicudo, que casou em S. Paulo com António Grou, com geração.
5 - Maria Bicudo ou Mécia Bicudo, que casou em S. Paulo com o capitão Manuel Pires, filho de
Salvador Pires e Maria Roiz.
Tiveram:
6 - Isabel Bicudo de Mendonça, que casou na Matriz de S. Paulo a 19.2.1635 com Bartolomeu
de Quadros, natural de Sevilha.
Tiveram:
7 - Ana de Quadros, que casou em S. Paulo em 1665 com André de Sampaio (Cap.º 1.º § 6.º
N.º 7) e foi baptizada em S. Paulo a 17.3.1645.
7 - Maria de Quadros, que casou em S. Paulo com Francisco de Arruda Botelho (Cap.º 1.º §
6.º N.º 7).
7 - Isabel de Quadros, que casou em S. Paulo com Sebastião de Arruda Botelho (Cap.º 1.º §
6.º N.º 8).
4- Nuno Bicudo, moço fidalgo da Casa de El-Rei e escrivão na Ribeira Grande, cargo a que sucedeu a seu
pai. Morreu a 16.6.1612 e casou na Matriz de Ponta Delgada a 24.1.1593 com Margarida Mendes
Pereira (Cap.º 5.º § 1.º N.º 3).
Tiveram:
5 - Maria Bicudo Furtado, que segue:
5 - Vicente Anes Bicudo, que em 1612 renunciou em sua mãe já viúva o cargo de Escrivão da Ribeira
Grande que herdou de seu pai. Foi para o Brasil (?).
5 - Fernão Bicudo de Mendonça, capitão, que casou com Maria de Quental de Sousa (Cap.º 14.º § 1.º
N.º 6).
Tiveram:
6 - Manuel Bicudo de Sousa, capitão, que já era falecido a 14.9.1675 isto é à data do inventário do
pai. Casou na Matriz da Ribeira Grande a 14.7.1666 com Maria Soares da Rocha (Cap.º 374.º §
1.º N.º 3), sem geração.
6 - Sebastiana dos Mártires, freira no Convento de Jesus, da Ribeira Grande.
5 - Matias Bicudo, a quem se refere uma escritura de venda feita na Ribeira Grande a 25.11.1625 em
que nas casas de morada de Matias Bicudo, da governança desta Vila, ele e sua mulher Vitória
Ferreira vendem um foro que lhes dotara seu sogro e pai, Francisco Ferreira. Casou na Matriz da
Ribeira Grande a 17.12.1622 com Vitória Ferreira, filha de Francisco Ferreira e Ana Polodina (Nota
N.º 6).
Tiveram:
6 - Manuel Bicudo, bacharel formado pelo Universidade de Coimbra e deputado da Mesa da
Consciência, em Lisboa, onde casou.
6 - Maria Bicudo, que casou na Matriz da Ribeira Grande a 24.11.1660 com Manuel de Paiva
Homem (Cap.º 131.º § 1.º N.º 6).
6 - Isabel Bicudo.
6 - Bárbara Bicudo.
5- Maria Bicudo Furtado, dotada pela mãe por escritura de 27.6.1631 nas Notas de Rafael Cardoso. Casou
na Matriz da Ribeira Grande a 31.3.1636 com Belchior Antunes Cardoso, de Lamego, filho de Belchior
Ferraz e Isabel Antunes.
Tiveram:
6 - Vicente Anes Bicudo, capitão, que segue:
6 - João Bicudo, Padre, beneficiado na Matriz da Ribeira Grande com testamento em 9.2.1705.
6 - Manuel Antunes, Padre que morreu com testamento feito a 30.7.1665.
6 - Isabel de S. Bernardo, freira no Convento de Jesus da Ribeira Grande.
6 - Margarida da Encarnação, idem.
6- Vicente Anes Bicudo, capitão (Nota N.º 7). Casou na Matriz da Ribeira Grande a 2.1.1664 com Maria
de Arruda Coutinho (Cap.º 1.º § 6.º N.º 7).
Tiveram:
7 - Maria de Arruda ou Bicudo Botelho de Mendonça, que segue:
7 - Nuno Bicudo de Mendonça, Padre, licenciado que fez testamento a 4.8.1730 em que vinculou para
seu sobrinho João Borges da Câmara.
7 - Teresa de Jesus, freira no Convento de Jesus da Ribeira Grande.
7 - Luzia da Assunção, idem.
7- Maria de Arruda ou Bicudo Botelho de Mendonça, que morreu a 18.6.1700 tendo casado na Matriz da
Ribeira Grande a 18.10.1694 com o capitão Jordão Jácome Raposo (Cap.º 27.º § 10.º N.º 7).

NOTAS

1) Isabel Rodrigues Furtado (N.º 2 § Único)


Isabel Rodrigues Furtado, morreu a 12.1.1542. Seu genro Pedro Roiz, citado no seu testamento e
em casa de quem estava quando o fez não vem em Frutuoso. Diz o testamento que ele Pedro Roiz era
escudeiro e pai de António Fernandes.

2) Manuel Raposo Furtado (N.º 3 § Único)


Sua mulher Beatriz Marques era irmã de Elvira Marques que casou em primeiras núpcias com
Fernão Tavares e em segundas com João Martins (Cap.º 164.º § Único, N.º 2). É a uma filha destes,
Águeda Moniz, mulher de Álvaro Lopes da Costa que fez o Padre Matias Nunes Furtado uma doação
por escritura de 27.8.1578 para a mesma Águeda [Moniz] casar com o dito Álvaro Lopes [da Costa].
Dos bens e encargos desta doação deu contas a dita Águeda Moniz e depois Pedro Furtado do Canto e
sua mulher Isabel Pacheco, que desistiram dos bens em 1677.

3) Mateus Nunes ou Mateus Furtado, padre (N.º 4 § Único)


Há um padre Mateus Nunes, que foi cura na Ribeira Grande e dotou sua sobrinha Beatriz Furtado
(Vid. Nota N.º 37 do Cap.º 148.º). O Padre Mateus Nunes Morreu na Matriz da Ribeira Grande a
29.12.1616 sendo testamenteiro Manuel da Rocha Machado.

4) Mécia Nunes (N.º 3 § Único)


Seu marido Vicente Anes Bicudo assinou como testemunha na Ribeira Grande a 8.3.1548. Diz
Frutuoso (Livro IV Cap.º XLVI) que este Vicente Anes [Bicudo], vindo do reino em 1553 encontrou a
50 léguas longe de S. Miguel um grande banco de pedra-pomes. Em 1544 arderam-lhe a casa em que
morava e o seu cartório como consta de várias demandas. Vid. Nota N.º 5 do Cap.º 45.º).
Vicente Anes Bicudo é citado na escritura de dote de 11.1.1559 que Catarina Pires, viúva, avó de
Pero Bicudo fez para este casar com Beatriz de Couros; é citado como morador na Ribeira Grande numa
casa que era da doadora, sita à Praça da dita Vila. A doadora fala em Francisco Bicudo seu filho, pelo
que Vicente Anes Bicudo deve ser da família da dita Catarina Pires que também se chamava Bicudo.

5) Vicente Bicudo (N.º 4 § Único)


Vicente Bicudo e António Bicudo Carneiro (que Frutuoso não menciona).
Foram dos primeiros povoadores de S. Paulo onde prestaram grandes serviços que em 1610
alegaram quando requereram uma dada de terras em S. Paulo, dizendo que havia já muitos anos que da
Ilha de S. Miguel tinham ido para S. Paulo. António Bicudo [Carneiro] foi ouvidor na comarca de S.
Paulo e S. Vicente por 1585. Pelos apelidos de Bicudo; Furtado; Nunes e Mendonça que usam os seus
descendentes, estes dois irmãos Vicente Bicudo e António Bicudo Carneiro devem ser filhos de Vicente
Anes Bicudo e de Mécia Nunes (Vid. Luís Gonzaga da Silva Leme, Genealogia Paulistana, Vol. 6.º
págs. 296 e seguintes).

6) Matias Bicudo (N.º 5 § Único)


A 13.11.1622 na Ribeira Grande nas casas de morada de Francisco Ferreira, lavrador, este e sua
mulher Ana Polodina (?) dotaram a Matias Bicudo, filho de Nuno Bicudo, falecido, para casar com sua
filha Vitória Ferreira, a qual ele Matias Bicudo lha tirara da casa e estava depositada em casa de
Jerónimo de Quintanilha. Dota-lhe as casas em que vivem os doadores e outros bens. Falam os dotadores
em seu filho Romão Palmeiro (?), sacerdote de missa que está na Baía. Foi testemunha Roque Ferreira,
filho dos dotadores (Livro do Tombo do Convento de Jesus da Ribeira Grande, N.º 77, folhas 702).

7) Vicente Anes Bicudo, capitão (N.º 6 § Único)


A 15.3.1681 em Ponta Delgada o capitão Vicente Anes Bicudo, morador na Ribeira Grande, por si
e como procurador de sua mulher Maria de Arruda, vende umas casas na Rua dos Mercadores desta
cidade que houveram por morte de sua mãe e sogra Maria Bicudo (Notas do tabelião João da Silva
Pedroso, Livro de 1679 a 1681).

Você também pode gostar