A palestra discute o desapego como forma de libertação do ego e apego às coisas materiais, permitindo que o espírito encontre a felicidade e a verdadeira essência. Jesus ensinou o desapego para que o homem não se apegue ao corpo físico transitório e sim ao amor e à caridade. Há dois tipos de desapego - o defensivo que é uma fuga da realidade, e o saudável que leva ao crescimento interior.
A palestra discute o desapego como forma de libertação do ego e apego às coisas materiais, permitindo que o espírito encontre a felicidade e a verdadeira essência. Jesus ensinou o desapego para que o homem não se apegue ao corpo físico transitório e sim ao amor e à caridade. Há dois tipos de desapego - o defensivo que é uma fuga da realidade, e o saudável que leva ao crescimento interior.
A palestra discute o desapego como forma de libertação do ego e apego às coisas materiais, permitindo que o espírito encontre a felicidade e a verdadeira essência. Jesus ensinou o desapego para que o homem não se apegue ao corpo físico transitório e sim ao amor e à caridade. Há dois tipos de desapego - o defensivo que é uma fuga da realidade, e o saudável que leva ao crescimento interior.
A palestra discute o desapego como forma de libertação do ego e apego às coisas materiais, permitindo que o espírito encontre a felicidade e a verdadeira essência. Jesus ensinou o desapego para que o homem não se apegue ao corpo físico transitório e sim ao amor e à caridade. Há dois tipos de desapego - o defensivo que é uma fuga da realidade, e o saudável que leva ao crescimento interior.
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Palestra – “Desapego – Os prazeres da alma”.
"Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos
só de passagem. O Nosso objetivo é observar, crescer, amar. E depois vamos para casa." Provérbio Aborígene.
"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir
após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga- me. Pois aquele que quiser salvar a sua vida, vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua vida?" '
"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome
a sua cruz e siga-me." "Negar-se a si mesmo" é ultrapassar a transitoriedade do mundo visível e penetrar na essência oculta das criações e criaturas. É desapegar-se verdadeiramente e viver na integridade da vida; não querer perpetuar o "ego". "Tomar a sua cruz" é reconhecer que este momento vai se desvanecer e não se perpetuará. É perceber os difíceis dilemas mentais pelos quais passamos, o que nos permitirá transitar íntegros na via de mão dupla por onde se move, de um lado, a busca imediatista do "ego" e, do outro, a inspiração da infinita Sabedoria Divina.
"Pois aquele que quiser salvar a sua vida (apegar-se ao
ego), vai perdê-la (perder de vista o Si mesmo), mas o que perder a sua vida (desapegar-se do ego) por causa de mim, vai encontrá-la (integrar-se ao Si mesmo)".
De todas as dificuldades da Humanidade, o apego é a mais
difícil de se contornar. É preciso aprender a desapegar-se. O homem é apegado até mesmo aos seus sofrimentos, por isso a dificuldade em auxiliá-los na cura de todos os males.
O homem apega-se aos bens materiais, aos amores, à
aquisição do poder, ao "status" social, aos vícios; apega-se ao corpo que lhe é morada provisória em sua breve existência terrena, esquecendo-se de que é apenas usufrutuário dos bens terrenos. Jesus ensina o desapego para a liberdade desse presídio que é o corpo físico. Então, o homem sofre por não compreender o verdadeiro sentido da vida que é o amor e a caridade.
Nos deparamos com dois tipos de desapego: O “desapego
defensivo", que é o mecanismo de fuga da realidade, utilizado, de forma inconsciente ou não, por pessoas que possuem um constrangimento auto imposto proveniente do medo de amar, ou mesmo de se perder na sede de amor por objetos, pessoas ou ideias e de serem absorvidas por enorme necessidade de dependência e submissão fora do próprio controle.
Essas pessoas adotam uma atitude de contenção dos
sentimentos e se isolam com indiferença e desprezo diante do seu mundo sensível. Declaram-se desinteressados e frios, mantendo no seu íntimo, o seguinte pensamento: "Eu não me importo".Aliás, a palavra 'importar" vem do latim importare - "trazer para dentro" ou "trazer para si". Assim, não se sentirão frustrados ou ameaçados pelos conflitos, porque acreditam ter atingido um "real desapego”. As criaturas do mundo estão cheias de fictícios desapegos que, na realidade, reduzem a visão da verdadeira espiritualidade, dificultando as muitas maneiras de despertar as potencialidades da alma.
Por outro lado, o "desapego saudável" é uma vivência que
leva ao crescimento íntimo e a uma expansão da consciência.
Em O Livro dos Espíritos vamos encontrar a informação
que o sinal mais característico de imperfeição é o interesse pessoal, sendo sinal notório de inferioridade o apego às coisas materiais. Quando o nosso ego domina nossas ações temos atitudes egoísticas de somente satisfazer nossos desejos e vontades, sem medir as consequências por essa escolha.
Sábio é aquele que renuncia pela força da verdade a si
mesmo, libertando-se do egoísmo – caminho seguro para a felicidade plena. Os Espíritos Superiores nos orientam a agir no bem sem segunda intenção, a sacrificar o interesse pessoal pelo bem do próximo, exercitando a mais meritória das virtudes: a verdadeira e desinteressada caridade.
Desapegar-se é preservar a alma livre das coisas
exteriores, libertando-se das paixões e do ódio (e dos impulsos que o geram). O meio mais eficaz de combater o predomínio da natureza corpórea é praticar a abnegação e o desprendimento de si mesmo.
Quando se propõe o desapego, não significa abandonar o
“mundo”, mas entender a existência terrena como transitória e impermanente; o que é imortal e verdadeiro é o Espírito. Desconhecendo ou abdicando desta verdade muitos comprometem a saúde, a família, os amigos e a própria felicidade em busca das conquistas temporárias. Esquecer ou deixar para mais tarde a evolução espiritual, a aquisição das riquezas “que as traças não corroem” em troca dos prazeres e dos tesouros materiais, é marca inegável de apego e imperfeição.
A vida é feita em ciclos. É preciso saber quando uma etapa
chega ao final e permitir que ela se encerre. A felicidade consiste em desapegar-se das coisas, pessoas, situações e sentimentos e permitir que uma nova etapa se inicie em nossa vida, assegurando-nos de não ficarmos magoados e nem deixarmos mágoas nos outros. Isso não significa amar menos ou descuidar, mas, ao contrário, enquanto o amor liberta e cuida, o apego aprisiona e sufoca.
A Vida é dinamismo, movimento e transformação
incessantes, em todos os níveis e dimensões em que se manifesta. Portanto, aquele que deseja viver em harmonia com o fluxo renovador da vida precisa constantemente despojar-se, libertar-se, deixar o que já passou, o que não mais serve ao momento evolutivo. É um grande desafio que requer muita vigilância e atenção, pois há a tendência de se acomodar naquilo que é conhecido e aparentemente seguro. O desapego, embora pareça uma perda, ao se abrir mão de algo, na verdade é um ganho, pois fica-se livre daquilo que não mais serve ou não mais contribui para a vida, a harmonia e a felicidade. Causa apreensão inicial a ousadia de se desprender de algo, de um vício, preconceito, de uma ideia, pois permanecem em seu lugar uma insegurança, um vazio. Mas é só nesse vazio deixado pelo desapego que pode surgir o novo, a energia criativa e renovadora que impulsiona a evolução de tudo o que existe.
Allan Kardec afirma: ”o egoísmo é a fonte de todos os
vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver a outra, tal deve ser o alvo de todos os esforços do homem, caso queira assegurar a sua felicidade tanto neste mundo quanto no futuro”.
Desapegar-se é deixar de ser egoísta é estar cada vez mais
próximo de si mesmo, de Deus, e muito - mas muito mais - próximo da felicidade.
“Tudo passa e o Bem permanece.” (Bezerra de Menezes.)
Notas:
², ³, 4, 5 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, 1ª ed.
Comemorativa do Sesquicentenário. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, questões 895,893,912,917.