O documento discute sobre o perdão de Deus para todos os pecados. Aponta que embora todos sejam pecadores, Deus está disposto a perdoar todas as ofensas e cancelar todas as dívidas por meio da morte de Jesus. A única exceção é a blasfêmia contra o Espírito Santo, que é descrita como a total apostasia e negação de Cristo.
O documento discute sobre o perdão de Deus para todos os pecados. Aponta que embora todos sejam pecadores, Deus está disposto a perdoar todas as ofensas e cancelar todas as dívidas por meio da morte de Jesus. A única exceção é a blasfêmia contra o Espírito Santo, que é descrita como a total apostasia e negação de Cristo.
O documento discute sobre o perdão de Deus para todos os pecados. Aponta que embora todos sejam pecadores, Deus está disposto a perdoar todas as ofensas e cancelar todas as dívidas por meio da morte de Jesus. A única exceção é a blasfêmia contra o Espírito Santo, que é descrita como a total apostasia e negação de Cristo.
O documento discute sobre o perdão de Deus para todos os pecados. Aponta que embora todos sejam pecadores, Deus está disposto a perdoar todas as ofensas e cancelar todas as dívidas por meio da morte de Jesus. A única exceção é a blasfêmia contra o Espírito Santo, que é descrita como a total apostasia e negação de Cristo.
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TODO PECADO SERA PERDOADO
Todos os seres humanos, em maior ou menor medida, têm dentro de si um
dom maravilhoso, chamado “consciência”. A consciência é a capacidade de discernir quanto à qualidade moral de nossas ações; a capacidade de discernir entre o bem e o mal, o certo e o errado. Temos esta capacidade porque fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Mas consequentemente, uma das nossas mais profundas e universais percepções, é que todos nós somos pecadores e carentes de perdão: a nossa consciência nos mostra isto. Mesmo entre as pessoas que se dizem incrédulas, quando elas se aquietam e decidem honestamente analisar seu comportamento, suas decisões, seus pensamentos, as palavras que dizem, acabam se encontrando errados em muitas coisas, e por isto, no dia em que Deus, de acordo com o Evangelho, trouxer a julgamento todos os homens, todos os homens serão igualmente indesculpáveis. Mas aqui está a grande surpresa deste mesmo Evangelho: assim como ele diz que todos os homens são pecadores, e que estes pecados são muitos, e muito grandes, que todos os homens são culpados diante de Deus, também diz que em Deus há perdão para todos os pecados. Não existe pecado tão grande que não possa ser perdoado, a não ser que nos recusemos a receber este perdão de Deus em nossa vida. Não são poucos os pastores e pregadores que ameaçam os críticos das atuais "manifestações espirituais" de cometerem o pecado sem perdão, a blasfêmia contra o Espírito Santo, ou o pecado para a morte. É disto que nosso Salvador está falando nos vs. 31 e 32 de nosso texto. Nós já temos lido, desde o cap. 9, que entre ele e os fariseus estava se desenvolvendo um conflito cada vez maior; eles já haviam decidido que iriam matá-lo; e agora, depois que Jesus libertara e curara um homem possesso de espírito imundo, os fariseus acusavam-no de expulsar demônios pelo poder de Satanás. Então Jesus lhes respondeu de duas maneiras: primeiramente, nos vs. 25 a 27, ele disse que a acusação deles não tinha sentido. Se ele estivesse derrotando Satanás pelo poder de Satanás, então o reino maligno estaria dividido contra si mesmo, e em breve estaria destruído. Satanás não lutaria contra si mesmo! Então o que os fariseus diziam não tinha lógica. Além disto, muitos discípulos dos fariseus também expulsavam demônios. Desta forma, os discípulos deles se tornavam seus juízes; mostravam que eles estavam completamente errados. Veja: pode acontecer de uma pessoa, num momento de fraqueza até mesmo dizer algo que não devia em relação a Jesus: Pedro, na noite em que o Senhor foi traído, chegou a dizer várias vezes que não o conhecia. Jeremias, em seus momentos de perplexidade e dor, pensou, e não somente pensou, mas falou do Senhor como um manancial de águas enganosas. Por vezes os crentes pensam e até chegam a dizer: – “o Senhor não se importa comigo”. Quando isto acontece, Deus, em sua infinita paciência, está sempre disposto a perdoar. Mas se uma pessoa, em vez de ver em Jesus uma fonte de salvação, disser que a obra de Jesus é uma obra do Diabo, então não existe como esta pessoa ser perdoada. E este era o caso daqueles homens. Então Jesus está dizendo: – “Olha, se vocês disserem isto (e a boca revela o que se passa no coração), se vocês disserem que o que eu faço é do Diabo, isto é blasfêmia contra o Espírito Santo, e não haverá perdão, eternamente”. Mas veja o que está implícito aqui: se por um lado, para este pecado terrível, esta recusa em aceitar a Jesus, não existe perdão, por outro lado há esta promessa gloriosa para todo aquele que crê: todo pecado e blasfêmias serão perdoados aos homens. É uma declaração estupenda. Porque os nossos pecados são muitos. E “grandes”. Mas, uma vez que são assim, percebemos também quão grande é o desejo do Senhor de nos perdoar. 1. TODA OFENSA SERÁ ESQUECIDA Isto porque uma das facetas pelas quais entendemos a natureza do pecado é que ele é uma ofensa contra nosso Deus. Por exemplo, em Mateus 6[1] e em Marcos 11[2], o Senhor Jesus se refere aos pecados como ofensas. E em Romanos 5:16 o apóstolo Paulo usa esta palavra para se referir ao pecado de Adão. O pecado ofende ao nosso Deus porque é um desrespeito ao seu caráter, à sua lei, à sua santidade. E o que acontece quando uma pessoa se torna ofendida? O que acontece quando uma pessoa desrespeita você? Como você se sente? Mas meus irmãos, ao entender isto nós compreendemos também quão grande é a “humildade do nosso Deus”, pois ele não se mantém ofendido para sempre. A sua indignação não é eterna. Antes, ele se compraz em apagar nossas ofensas. Ofendemos ao nosso Deus de muitas maneiras: AÇÃO, OMISSÃO, PENSAMENTO, E ATÉ MESMO INCONSCIENTEMENTE. Eu poderia multiplicar a lista de ofensas, que são muitas. E que de fato entristecem o coração do nosso santo Pai. E se, em sua santidade, o Senhor decidisse voltar suas costas, esconder seu rosto de nós, para sempre, faria isto com justiça. Mas ele, em sua eterna misericórdia, faz uma coisa sem a qual simplesmente não poderia haver qualquer relacionamento entre nós: apaga e esquece a nossas ofensas. Assim, dizer que Deus perdoa todos os teus pecados significa dizer que ele esquece, não se lembra, não fica mais levando em conta as tuas transgressões. Porque na morte de Jesus todas as ofensas foram apagadas. 2. TODA DÍVIDA SERÁ CANCELADA Outra palavra que a Bíblia usa para descrever nossos pecados é dívida. “Perdoa-nos as nossas dívidas”, é o que Jesus nos ensina a pedir diariamente. [4] O pecado também é descrito como dívida na parábola do credor sem compaixão, em Mateus 18.[5] Antes de mais nada, é importante entender a diferença entre conta e dívida. A conta é o valor que deve ser pago por um produto ou serviço adquirido. Já a dívida é o valor pendente de pagamento de uma conta, seja ela de cartão de crédito, empréstimo, financiamento, entre outras. Em outras palavras, só há dívida quando há déficit. Quanto tempo você levaria para pagar a conta de ofensas infinitas? E digo infinitas porque, se pecado é uma ofensa à santidade de Deus, uma santidade que é infinita, o valor desta ofensa também é infinito. Então voltemos: quanto tempo você levaria para pagar por pecados de valor infinito? E com que você pagaria? O que você poderia dar em pagamento? Mas ele pegou esta conta infinita, e com um poder acima de tudo, encravou-a na cruz, cancelando todas as nossas dívidas. E com isto, veja o versículo 15, despojou os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz. Não são poucos os pastores e pregadores que ameaçam os críticos das atuais "manifestações espirituais" de cometerem o pecado sem perdão, a blasfêmia contra o Espírito Santo, ou o pecado para a morte. Mas, será que a blasfêmia contra o Espírito Santo é duvidar e questionar a genuinidade destas manifestações? Comecemos examinando o conceito de "pecado para a morte". O pecado para a morte é mencionado por João em sua primeira carta: "Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue (5.16c)". A morte a que João se refere é a morte espiritual eterna, a condenação final e irrevogável determinada por Deus, tendo como castigo o sofrimento eterno no inferno. Todos os demais pecados podem ser perdoados, mas o “pecado para morte” acarreta de forma inexorável a condenação eterna de quem o comete, a ponto do apóstolo dizer: "e por esse não digo que rogue". O que, então, é o pecado para a morte? O apóstolo João não declara explicitamente a que tipo de pecado se refere. Através dos séculos, estudiosos cristãos têm procurado responder a esta pergunta. Alguns têm entendido que João se refere à morte física, e têm sugerido que se trata de pecados que eram punidos com a pena de morte conforme está no Antigo Testamento (Lv 20.1- 27; Nm 18.22). Não adiantaria orar pelos que cometeram pecados punidos com a morte, pois seriam executados de qualquer forma pela autoridade civil. Ou então, trata-se de pecados que o próprio Deus puniria com a morte aqui neste mundo, como ele fez com os filhos de Eli (2Sm 2.25), com Ananias e Safira (At 5.1-11) e com alguns membros da igreja de Corinto que profanavam a Ceia (1Co 11.30; cf. Rm 1.32).
A Igreja Católica fez uma classificação de pecados veniais e pecados mortais, incluindo nos últimos os famosos sete pecados capitais, como assassinato, adultério, glutonaria, mentira, blasfêmia, idolatria, entre outros. Este tipo de classificação é totalmente arbitrário e não tem apoio nas Escrituras. ficamos em dívida para com Deus por todos os nossos pecados. Por todas as coisas boas que temos a obrigação de fazer, e nos omitimos. Mas o nosso Deus maravilhoso não tem prazer em que vivamos aflitos sob o peso das nossas dívidas para com ele; ao contrário, deseja que sejamos livres deste fardo. E da mesma forma que esquece as nossas ofensas, também cancela as nossas dívidas na cruz de Jesus Cristo. Acho que o texto que diz isto de modo mais claro, com todas as letras, está na carta aos Colossenses. Cl 2:13-15 13 E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; 14 tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; 15 e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz. A interpretação que nos parece mais correta é que João está se referindo à apostasia, que no contexto de seus leitores, significaria abandonar a doutrina acerca de Cristo que eles tinham ouvido e recebido dos apóstolos, e seguir o ensinamento dos falsos mestres que estavam se infiltrando naquela igreja. Estes mestres negavam a encarnação e a divindade do Senhor Jesus. “Pode- se inferir do contexto que este pecado não é uma queda parcial ou a transgressão de um determinado mandamento, mas apostasia, pela qual as pessoas se alienam completamente de Deus” (Calvino). Trata-se, portanto, de um pecado doutrinário, cometido de forma voluntária e consciente, similar ao pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo, cometido pelos fariseus, e que o Senhor Jesus declarou que não haveria de ter perdão nem aqui nem no mundo vindouro (cf. Mt 12.32; Mc 3.29; Lc 12.10). Em ambos os casos, há uma rejeição consciente e voluntária da verdade que foi claramente exposta. No caso dos fariseus, a blasfêmia foi chamar deliberadamente Jesus de endemoninhado quando estava claro que Ele agia pelo poder do Espírito. No caso dos leitores de João, a apostasia seria mais profunda, pois os que pecaram para a morte tinham participado das igrejas cristãs, como se fossem cristãos, participado das ordenanças do batismo e da Ceia, participado dos meios de graça. À semelhança dos falsos mestres que também, antes, tinham sido membros das igrejas, apostatar seria sair delas (1Jo 2.19), se juntar aos pregadores heréticos e abraçar a doutrina deles, que consistia numa negação de Cristo. Tal pecado era “para a morte” porque consistia na rejeição final e decidida daquele único que pode salvar, Jesus Cristo. “Este pecado leva quem o comete inexoravelmente a um estado de incorrigível embotamento moral e espiritual, porque pecou voluntariamente contra a própria consciência” (John Stott). É provavelmente sobre pessoas que apostataram desta forma que o autor de Hebreus escreveu, dizendo que “é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia” (Hb 6.4-6). Ele descreve essa situação como sendo um viver deliberado no pecado após o recebimento do pleno conhecimento da verdade. Neste caso, “já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários” (Hb 10.26-27). Este pecado é descrito como calcar aos pés o Filho de Deus, profanar o sangue da aliança com que foi santificado e ultrajar o Espírito da graça (Hb 10.29), uma linguagem que claramente aponta para a blasfêmia contra o Espírito e a negação de Jesus como Senhor e Cristo (ver também 2Pd 2.20-22, onde o apóstolo Pedro se refere aos falsos mestres). Não é sem razão que o apóstolo João desaconselha pedirmos por quem pecou dessa forma.
Alguém pode perguntar se Deus fecharia a porta do perdão se pessoas que pecaram para a morte se arrependessem. Tais pessoas, porém, não poderão se arrepender pois simplesmente não desejam mais se arrepender. “Tais pessoas foram entregues a um estado mental reprovável, estão destituída do Espírito Santo, e não podem fazer outra coisa senão, com suas mentes obstinadas, se tornarem piores e piores, acrescentando mais pecado ao seu pecado” (Calvino). Notemos que nestes versículos João não chama de “irmão” aquele que peca para a morte. Apenas declara que há pecado para a morte e que não recomenda orar pelos que o cometem. É evidente que os nascidos de Deus jamais poderão cometer este pecado.