9 - Extremos

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Extremos, extremos condicionados

1. Sem recorrer ao cálculo de derivadas, identifique os extremos das funções:


(a) 0 ÐBß CÑ œ ÐB "Ñ# ÐC $Ñ# ß (b) 0 ÐBß CÑ œ È B# C# "ß
(c) 0 ÐBß CÑ œ $B# #C# 'B %C "'ß
(d) 0 ÐBß CÑ œ % lBl lClß (e) 0 ÐBß CÑ œ B È B# C# ß
(f) 0 ÐBß CÑ œ B# C# lBClß (g) 0 ÐBß CÑ œ l" ÐB# C# ÑlÞ
Resposta: (a) Tendo em conta que ÐB "Ñ# ÐC $Ñ#   ! e que 0 Ð"ß $Ñ œ ! a função
tem mínimo relativo (e absoluto) no ponto ÐBß CÑ œ Ð"ß $Ñ que é zero; a função não tem
máximoÞ
(b) Exercício.
(c) Tenha em conta que $B# #C # 'B %C "' œ $ÐB "Ñ# #ÐC "Ñ# ""Þ
(d) Como % lBl lCl œ % ÐlBl lClÑ e lBl lCl   !, a função tem máximo em
ÐBß CÑ œ Ð!ß !Ñ, cujo valor é % e não tem mínimo.
(e) Tem-se B Ÿ lBl Ÿ ÈB# C # Ÿ !, pelo que B È B# C # Ÿ !Þ Como 0 Ð!ß !Ñ œ ! a
função tem máximo cujo valor é zero. Este valor é atingido em todos os pontos da forma
ÐBß !Ñ e B   !. A função não tem mínimo.
(f) Exercício.
(g) Tem-se que l" ÐB# C # Ñl   !, sendo o valor zero atingido nos pontos da
circunferência B# C # œ "Þ A função tem valor mínimo nos pontos da circunferência
considerada e o valor do mínimo é zero. A função não tem máximo. 

2. Determine os pontos de estacionaridade das seguintes funções:


(a) 0 ÐBß CÑ œ %BC #B# C% ß
(b) 0 ÐBß CÑ œ B$ $BC# $B# $C# %ß
(c) 0 ÐBß CÑ œ B$ C$ ß
# #
(d) 0 ÐBß CÑ œ B $ C$ß
(e) 0 ÐBß CÑ œ lBl lClß
(f) 0 ÐBß Cß DÑ œ B# C# D# %C #B "Þ
Resposta: (a) Tem-se f0 œ Ð%C %Bß %B %C$ Ñ.

Os pontos de estacionaridade obtêm-se resolvendo o sistema œ


%C %B œ !
cujas
%B %C $ œ !
soluções são os pontos Ð!ß !Ñß Ð"ß "Ñ e Ð "ß "Ñ.
(b) Tem-se f0 œ Ð$B# $C # 'Bß 'BC 'CÑ. Os pontos de estacionaridade obtêm-se
resolvendo o sistema

œ 'BC
$B# $C # 'B œ !
'C œ !

cujas soluções são os pontos Ð"ß "Ñß Ð"ß "Ñß Ð!ß !Ñß Ð#ß !ÑÞ
(c) Exercício.

(d) Tem-se f0 œ Š ß $ ‹. Os pontos da forma Ð!ß CÑ e ÐBß !Ñ são de


$È B $È C
# #
$

estacionaridade pois nos pontos desta forma a função não tem pelo menos uma das
derivadas parciais.
(e) Os pontos de estacionaridade são apenas os pontos onde não existe uma das
derivadas parciais, e que são os pontos da forma Ð!ß CÑ e ÐBß !ÑÞ
(f) Exercício. 

3. Estude as seguintes funções quanto a existência de extremos locais.


(a) 0 ÐBß CÑ œ #C$ #B# #BC,
(b) 0 ÐBß CÑ œ #ÐB CÑ# #ÐB% C% Ñ,
(c) 0 ÐBß CÑ œ B% #B# C# C% #,
(d) 0 ÐBß CÑ œ B% #B# ÐC# %Ñ ÐC# %Ñ# ,
B# C#
(e) 0 ÐBß CÑ œ ÐB# C# Ñ/ ,
(f) 0 ÐBß CÑ œ B# #BC# C% C& ,
(g) 0 ÐBß Cß DÑ œ #B# C# %D # ,
(h) 0 ÐBß Cß DÑ œ B% C% D% %BCD .
Resposta: Comecemos por calcular, em cada uma das alíneas, os pontos de
estacionaridade
(a) Tem-se que

#BÑ œ Ð!ß !Ñ Í ÐBß CÑ œ Ð!ß !Ñ ” ÐBß CÑ œ Š ß ‹.


" "
f0 œ Ð%B #Cß 'C#
"# '

Determine-se ?# e ?" em cada um dos pontos de estacionaridade obtidos.


Tem-se que

Ô ` 0 ×
#
`#0
Ö `B# Ù
?# ÐBß CÑ œ detÖ # Ù œ det”
"#C •
`B`C % #
œ %)C % œ %Ð"#C "ÑÞ
Õ Ø
` 0 `#0 #
`C`B `C# ÐBßCÑ

`#0
e ?" ÐBß CÑ œ ÐBß CÑ œ %.
`B#
Então ?# Ð!ß !Ñ œ % e ?" Ð!ß !Ñ œ %. Portanto Ð!ß !Ñ é ponto de sela (a função não tem
máximo nem mínimo neste ponto).
" " " " " " " "
No ponto Ð "# ß ' Ñ tem-se ?# Ð "# ß ' Ñ œ % e ?" Ð "# ß ' Ñ œ %. Portanto Ð "# ß ' Ñ é
" " "
um minimizante local da função e o valor do mínimo é 0 Ð "# ß 'Ñ œ #"' Þ

(b) Tem-se que f0 œ Ð%ÐB CÑ )B$ ß %ÐB CÑ )C$ Ñ œ Ð!ß !Ñ


Í Ð%B %C )B$ ß %B %C )C$ Ñ œ Ð!ß !Ñ.
Os pontos de estacionaridade obtêm-se resolvendo o sistema

œ Íœ
%B %C )B$ œ ! B C #B$ œ !
%B %C )C $ œ ! B C #C$ œ !.

Somando as duas equações obtém-se B$ C $ œ ! donde C œ B. Substituindo na


primeira equação C por B obtém-se a equação
#B #B$ œ !

que tem por soluções B œ ! ” B œ „ ".


Os pontos de estacionaridade são Ð!ß !Ñ, Ð"ß "Ñ e Ð "ß "Ñ.

Tem-se que ?# ÐBß CÑ œ det”


#%C # •
% #%B# %
œ Ð% #%B# ÑÐ% #%C# Ñ "'.
% %
Em Ð!ß !Ñ tem-se ?# Ð!ß !Ñ œ !; o critério dos menores principais da matriz hessiana é
inconclusivo.
Se numa vizinhança do ponto Ð!ß !Ñ considerarmos pontos da recta C œ B vem que
0ÐBß CÑ œ #ÐB CÑ# #ÐB% C% Ñ œ %B% !.

Se numa vizinhança do ponto Ð!ß !Ñ considerarmos pontos da forma Ð!ß CÑ (pontos no


eixo dos CC ) vem que 0ÐBß CÑ œ #C# #C% œ #C# Ð" C# Ñ, que toma valores positivos para
" C ". Logo Ð!ß !Ñ é ponto de sela.
Se ÐBß CÑ œ Ð"ß "Ñ ou ÐBß CÑ œ Ð "ß "Ñ vem que ?# ÐBß CÑ œ Ð% #%Ñ# "' ! e
?" ÐBß CÑ œ #! !. Então a função tem máximos locais nos pontos Ð"ß "Ñ e Ð "ß "Ñ,
cujo valor é %.

(c) A função é 0 ÐBß CÑ œ B% #B# C# C% #. Tem-se que

f0 œ Ð%B$ %BC # ß %B# C %C$ Ñ.

Os pontos de estacionaridade obtêm-se resolvendo o sistema

œ
%B$ %BC # œ !
%B# C %C $ œ !.

Tem-se œ #
B$ œ BC #
Se B œ ! vem que C œ !.
B C œ C$ .
Se B Á ! a primeira equação implica que C Á ! e o sistema pode escrever-se na
forma œ #
B# œ C #
B œ C# .
Portanto os pontos de estacionaridade são todos os pontos ÐBß CÑ que verificam a
equação B# œ C # (observe-se que o ponto Ð!ß !Ñ também verifica esta equação).
Tem-se que

?# ÐBß CÑ œ det”
%B# •
"#B# %C # )BC
œ Ð"#B# %C# ÑÐ"#C# %B# Ñ '%ÐBCÑ# œ
)BC "#C #
"'Ð*B# C # $B% $C % B# C # Ñ '%ÐBCÑ# œ *'B# C# %)B% %)C% œ %)ÐB# C# Ñ# Þ
Nos pontos críticos o hessiano anula-se; logo o critério dos menores principais da
matriz hessiana nada permite concluir. Mas tendo em conta que 0 ÐBß CÑ também pode
ser escrita na forma 0 ÐBß CÑ œ ÐB# C # Ñ# # conclui-se que os pontos da forma ÐBß CÑ que
verificam B# œ C # são pontos minimizantes da função.

(d) Os pontos de estacionaridade da função são os pontos ÐBß CÑ que verificam


#
B C # œ % e o ponto Ð!ß !Ñ.
No ponto Ð!ß !Ñ a função tem máximo local. Nos pontos da circunferência
#
B C # œ % a função tem mínimos (locais e absolutos), cujo valor é zero.

(e) Os pontos de estacionaridade da função são os pontos ÐBß CÑ que verificam


#
B C # œ 1 e o ponto Ð!ß !Ñ.
No ponto Ð!ß !Ñ a função tem mínimo local. Nos pontos da circunferência B# C# œ "
o critério dos menores principais da matriz hessiana nada permite concluir. Para
concluir que os pontos da circunferência B# C # œ " são máximos locais, considere a
?
função auxiliar 0 Ð?Ñ œ ?/ Ð? œ B# C # Ñ.

(f) Tem-se que f0 œ Ð#B #C # ß %BC %C$ &C% Ñ œ Ð!ß !Ñ Í ÐBß CÑ œ Ð!ß !ÑÞ

Calcule-se ?# ÐBß CÑ œ det”


$#C # •
# %C
œ )B )!C# , pelo que ?# Ð!ß !Ñ œ !; o
%C %B
critério dos menores nada permite concluir.
Observe-se que a função pode ser escrita na forma 0 ÐBß CÑ œ ÐB C # Ñ# C& Þ
Se B œ C # , tem-se que 0 Ð C# ß CÑ œ C& que não tem sinal fixo numa vizinhança
do ponto Ð!ß !Ñ, pelo que Ð!ß !Ñ é um ponto de sela.

Ú B$ œ CD
(g) Exercício.

%BCÑ œ Ð!ß !ß !Ñ Í Û C $ œ BD
Ü D $ œ BC
(h) Tem-se que f0 œ Ð%B$ %CDß %C$ %BDß %D $
Um ponto crítico é dado por ÐBß Cß DÑ œ Ð!ß !ß !Ñ (observe-se que se uma das variáveis
for diferente de zero as outras duas também são).
B$
Supondo que C Á ! a partir da primeira equação tem-se que D œ C ; substituindo nas

͜
B%
outras equações obtém-se  B*
$
C œ C C % œ B%
donde B% œ B) . Então B œ „ "Þ
C$
œ BC B) œ C %

Se B œ " tem-se que


Ú " œ CD
Û C$ œ D
Ü D$ œ C

"
donde C œ D e portanto C % œ ". Então C œ „ " e portanto têm-se os pontos de
estacionaridade Ð"ß "ß "Ñ e Ð"ß "ß "ÑÞ
Se B œ " tem-se que
Ú
ÛC œ
" œ CD

Ü D$ œ
$
D
C
"
donde C œ D
e portanto C % œ ". Então C œ „ " e portanto têm-se os pontos de
estacionaridade Ð "ß "ß "Ñ e Ð "ß "ß "ÑÞ
Portanto, os pontos de estacionaridade são
Ð!ß !ß !Ñß Ð"ß "ß "Ñß Ð"ß "ß "Ñß Ð "ß "ß "Ñ e Ð "ß "ß "Ñ.

Ô "#B %C ×
#
%D

Õ %C %B "#D # Ø
Calcule-se ?$ ÐBß CÑ œ det #
%D "#C %B Þ No ponto Ð!ß !ß !Ñ o determinante é

nulo, logo usando o critério dos menores nada se conclui.


No entanto se for B œ C œ D vem que 0 ÐBß Cß DÑ œ $B% %B$ œ B$ Ð$B %Ñ. Para B
%
verificando ! B $,
a função toma valores negativos, e para B ! toma valores
positivos. Logo Ð!ß !ß !Ñ é ponto de sela.
Tem-se que

Ô "#B %C ×
#
%D

Õ %C %B "#D # Ø
?$ ÐBß Cß DÑ œ det %D "#C # %B

œ "#$ ÐBCDÑ# %$ BCD %$ BCD "# † %# C% "# † %# B% "# † %# D %


œ $$ %$ ÐBCDÑ# %$ BCD %$ BCD $ † %$ C% $ † %$ B% $ † %$ D %
œ %$ Ð$$ ÐBCDÑ# #BCD $ÐC% B% D % ÑÑ
e

?# ÐBß Cß DÑ œ det”
"#C # •
"#B# %D
œ "%%ÐBCÑ# "'D # œ "'Ð*ÐBCÑ# D # Ñß
%D
#
?" ÐBß Cß DÑ œ "#B Þ

No ponto Ð"ß "ß "Ñ tem-se

?$ Ð"ß "ß "Ñ œ %$ Ð#( # $Ñ !ß ?# ÐBß Cß DÑ œ "'Ð* "Ñ !ß ?" ÐBß Cß DÑ œ "# !,

e portanto a função tem mínimo no ponto Ð"ß "ß "Ñ, cujo valor é "Þ
Nos restantes pontos os valores de ?$ ß ?# e ?" são os mesmos, e portanto tem em
cada um destes pontos um mínimo , cujo valor é "Þ 

4. Estude a existência de extremos da função quadrática

1ÐBß CÑ œ EB# #FBC G C# ß EG F # Á !Þ

Considere em separado os casos E Á ! e E œ !.


Sugestão: No caso E Á ! use a seguinte expressão da função quadrática

F # EG F # #
1ÐBß CÑ œ EŠB C‹ Š ‹C Þ
E E

Resposta: Se E œ ! (F Á !), tem-se que


0 ÐBß CÑ œ #FBC GC# , f0 œ Ð#FCß #FB #GCÑ

e tem o ponto Ð!ß !Ñ como ponto de estacionaridade.

Tem-se que ?# ÐBß CÑ œ det”


#G •
! #F
œ %F # ! e portanto Ð!ß !Ñ é ponto de sela.
#F
Considere-se agora E Á !. Vem que
F F EG F #
f0 œ Ð#EÐB CÑß #FÐB CÑ #Ð ÑCÑ œ Ð!ß !ÑÞ
E E E
F
Daqui vem que B œ EC
e C œ !. Portanto obtém-se o ponto de estacionaridade
ÐBß CÑ œ Ð!ß !ÑÞ
Tem-se que

?# ÐBß CÑ œ det”
#G •
#E #F
œ %EG %F # œ %ÐEG F # Ñ Á !ß ?" ÐBß CÑ œ #EÞ
#F

Se ?# Ð!ß !Ñ œ %ÐEG F # Ñ ! e ?" Ð!ß !Ñ œ E ! o ponto Ð!ß !Ñ é minimizante e o


valor desse mínimo é zero; se ?# Ð!ß !Ñ œ %ÐEG F # Ñ ! e ?" Ð!ß !Ñ œ E !, o ponto
Ð!ß !Ñ é maximizante e o valor desse máximo é !; se ?# Ð!ß !Ñ œ %ÐEG F # Ñ ! o ponto
Ð!ß !Ñ é ponto de sela. 

Nota teórica:
No que se segue vai-se considerar que há uma só restrição 1. Chama-se matriz Hessiana
orlada da função P à matriz

Ô ! ×
Ö `1 Ù
`1 `1 `1
â
Ö `B" Ù
`B" `B# `B8

Ö Ù
` #J `#J `#J

LÐPÑ œ Ö Ù
`B#"
â
Ö `B# Ù
`B" `B# `B" `B8

Ö Ù
`1 ` #J `#J `#J
â
Öâ â Ù
`B# `B" `B## `B# `B8

Õ `B ` #J Ø
â â â
`1 ` #J `#J
8 `B8 `B" `B8 ` B# â `B# 8

Suponhamos que a partir do teorema dos multiplicadores de Lagrange determinamos o


ponto + œ ÐB" ß B# ß âß B8 Ñ e o valor do multiplicador de Lagrange -. Considere-se a seguinte
sucessão de determinantes calculados em Ð+ß -Ñ:

Ô ! ×
`1 `1

Ö `1 Ù
?$ œ detÖ `B" Ù
`B" `B#
` #J `#J
ßâ
Õ `B Ø
`B#" `B" `B#
`1 ` #J `#J
# `B# `B" `B## Ð+ß-Ñ

Ô ! ×
Ö `1 Ù
`1 `1 `1
â
Ö `B" Ù
`B" `B# `B8

Ö Ù
` #J `#J `#J

œ detÖ Ù
`B#"
â
Ö `B# Ù
`B" `B# `B" `B8

Ö Ù
?8 `1 ` #J `#J `#J Þ
â
Öâ â Ù
"
`B# `B" `B## `B# `B8

Õ `B ` #J Ø
â â â
`1 ` #J `#J
`B8 `B" ` B8 `B# â `B#
8 8 Ð+ß-Ñ

Então:
1) Se os determinantes ?$ ß âß ?8 " são todos negativos, então a função 0 tem em + um
mnimo local relativo à restrição considerada.
2) Se o primeiro determinante ?$ for positivo e os seguintes alternam o sinal, então a
função 0 tem em + um maximo local relativo à restrição considerada.
3) Se os determinantes são todos diferentes de zero mas não verificam qualquer uma das
duas condições anteriores, então a função 0 tem em Ð+ß 0Ð+ÑÑ um ponto de sela.
4) Se algum dos determinantes for nulo o metodo e inconclusivo.

5. Determine o paralelipípedo de área mínima entre os de volume constante G .


Resposta: Designando por Bß C e D o comprimento, altura e largura, respectivamente,
o volume do paralelipípedo é dado por BCD œ G . Por outro lado a área é dada por
#BD #BC #CDÞ
Pretende-se minimizar a função EÐBß Cß DÑ œ #BD #BC #CD sujeita à condição
BCD œ G. A função Lagrangiana deste problema é
PÐBß Cß Dß -Ñ œ #BD #BC #CD - ÐBCD GÑ.

A solução do problema (a existir) será determinada a partir do sistema


Ú
Ý
Ý
Ý
Ý
`P
Ý
Ý Ú
œ!
Ý
Ý Ý
Ý `P Ý #D
`B
#C -CD œ !
Û `C ÍÛ
œ!
Ý Ý
#B #D -BD œ !
Ý
Ý Ý #B
Ý Ü BCD
#C -BC œ !
Ý
`P
Ý
Ý
œ!
Ý
œ GÞ
Ý `P
`D
Ü `- œ !ß

Como Bß Cß D são diferentes de zero o sistema é equivalente a

Ú
Ý
Ý #DB #CB -BCD œ !
Û
Ý
#BC #CD -BCD œ !
Ý #BD #CD
Ü BCD œ G .
-BCD œ !

A partir das duas primeiras equações (por exemplo) conclui-se que #DB #CB œ

C œ D , pelo que B œ C œ DÞ A última equação permite concluir que B œ C œ D œ È


#BC #CD , e portanto B œ C. A partir da segunda e terceira equações conclui-se que
$
G;
"Î$
tem-se também que - œ %G .
Para mostrar que a função EÐBß Cß DÑ tem um mínimo no ponto ÐÈ
$
Gß È
$
Gß È
$

determine-se a matriz hessiana orlada.
" œ % calculemos ?$ Ð+ß -Ñ com + œ ÐÈ Gß È Gß È
â â
$ $ $
Como 8 GÑ:
â ! BD â
â â
?$ Ð+ß -Ñ œ â CD # -D â
CD
â â
%
œ #BCD # Ð# -DÑ œ #G $ Ð#
â BD # -D ! âÐ+ß-Ñ
! %Ñ !

â â
â ! BC â
â â
â CD # -D # -C â
CD BD
?% Ð+ß -Ñ œ â â
â BD # -D # -B â
!
â â
œ
â BC # -C # -B ! âÐ+ß-Ñ
!

%C # ÐD BÑ# $C# D # B# -# %C# D # B- %C# DB# - )CDB# %CD # B# - )CD # B %D # B#


œ $G # Ð %G "Î$ #
Ñ "#G &Î$ Ð %G "Î$
Ñ "#G %Î$
œ %)G %Î$ %)G %Î$ "#G %Î$ œ "#G %Î$ !Þ
Portanto + œ ÐÈ
$
Gß È
$
Gß È
$
GÑ é ponto de mínimo, e o seu valor é 'È
$
G #. 

6. Considere no plano B9C a recta de equação EB FC G œ !, com E e F não


simultaneamente nulos. Determine a distância da recta considerada à origem.
Determine ainda a distância da recta ao ponto T! œ ÐB! ß C! Ñ não pertencente à recta.

desse ponto à origem, sendo a função distância à origem dada por ÈB# C # . Esta
Resposta: Seja ÐBß CÑ um ponto genérico da recta. Pretende-se minimizar a distância

função é mínima quando o seu quadrado o for, pelo que iremos minimizar a função
B# C # sujeita à condição EB FC G œ !Þ
A função Lagrangiana deste problema é PÐBß CÑ œ B# C# -ÐEB FC GÑ e a
solução do problema passa pela resolução do sistema
Ú #B
Û #C -F œ !
-E œ !

Ü EB FC G œ !Þ

Tem-se

Ú
ÝB œ -E

ÛC œ
#

Ý
-F

Ü EÐ
#
-E -F
# Ñ FÐ # Ñ Gœ!

- E# -F # #G
donde se deduz œ G e portanto - œ # . Então
# # E F#

Š # ‹œ Š # ‹œ
E #G EG F #G FG
Bœ ß Cœ Þ
# E F# E# F# # E F# E# F#

O ponto candidato é + œ Š ‹ e a sua distância à origem é


EG FG
ß
E# F# E# F#
dada por

0Š ‹ œ ÊŠ ‹ Š ‹
EG FG EG # FG #
ß
E# F# E# F # E # F # E # F #

lGl È #
È E# F #
lGl
œ # E F# œ Þ
E F#

Mostremos que, de facto, o ponto determinado é minimizante da função, usando a


matriz hessiana orlada.
Como 8 " œ $ calculemos ?$ Ð+ß -Ñ:
â â
â ! E Fâ
â â
?$ Ð+ß -Ñ œ â E # ! â
â â
#F # #E#
â F ! # âÐ+ß-Ñ
œ !Þ

Portanto o ponto é minimizante da função.


Seja agora ÐBß CÑ um ponto genérico da recta. Pretende-se minimizar, neste caso, a
função ÐB B! Ñ# ÐC C! Ñ# , sujeita à condição EB FC G œ !Þ
A função Lagrangiana deste problema é

PÐBß CÑ œ ÐB B ! Ñ# ÐC C! Ñ# - ÐEB FC GÑ

e a solução do problema passa pela resolução do sistema


Ú #ÐB
Û #ÐC
B! Ñ -E œ !

Ü EB
C! Ñ -F œ !
FC G œ !Þ

Tem-se que

Ú
ÝB œ -E
B!
ÛC œ
#

Ý
-F
C!
Ü EÐ
#
-E -F
# B! Ñ FÐ # C! Ñ Gœ!

- E# -F # #ÐEB! FC! GÑ
donde se deduz B! E C! F œ G e portanto - œ .
# # E# F #
Então a distância pretendida é

. œ ÈÐB C! Ñ# œ Ê œ ÊÐE#
- # E# -# F # -#
B ! Ñ# ÐC F# Ñ
% % %

œ È E# F#Ë
ÐEB! FC! GÑ#
È E# F #
lEB! FC! Gl
# # #
œ Þ
ÐE F Ñ

O ponto ÐBß CÑ tem por coordenadas

Š ‹
EÐEB! FC! GÑ FÐEB! FC! GÑ
ß
E# F # E# F #
e é, de facto, minimizante da função distância; este facto prova-se de forma semelhante
à efectuada para o ponto Ð!ß !ÑÞ 

7. Determine três reais positivos cuja soma seja "!!! e cujo produto seja máximo.
Resposta: Pretende-se maximinar a função 0 ÐBß Cß DÑ œ BCD (com Bß Cß D !) sujeita à
condição B C D œ "!!!.
A função Lagrangiana do problema é PÐBß Cß DÑ œ BCD -ÐB C D "!!!Ñ.
"!!!
A solução do problema é B œ C œ D œ $
(verifique). 

8. Determine o ponto da recta intersecção dos planos de equações B C Dœ"e


B C D œ $ que está a menor distância do ponto Ð!ß !ß !ÑÞ
A função Lagrangiana do problema é
PÐBß Cß DÑ œ B# C# D# -ÐB C D "Ñ .ÐB C D $ÑÞ

A solução do problema é

ÐBß Cß DÑ œ Š#ß ‹
" "
ß
# #

È#
$
e a distância pedida é . 

9. Determine o máximo da função 0 ÐBß Cß DÑ œ B# C# D # na superfície esférica de


equação B# C# D # œ - # e conclua que a média geométrica de três números
positivos nunca excede a sua média aritmética.

geométrica é definida por È


Resposta: Recorde-se que, dados três números positivos +ß , e - a sua média
$
+,-Þ
Pretende-se maximizar a função 0 ÐBß Cß DÑ œ B# C# D # sujeita à condição

B# C# D# œ -#.

A função Lagrangiana do problema é PÐBß Cß DÑ œ B# C# D # -ÐB# C# D# - # Ñ.


Os pontos de estacionaridade obtêm-se a partir do sistema
Ú
Ý
Ý #BC# D #
# #
-#B œ !
Û # #
Ý
#B CD -#C œ !
Ý #B C D
Ü B# C #
-#D œ !
D# œ -#Þ

que é equivalente a
Ú
Ý
Ý BÐC # D # -Ñ œ !
# #

Û
Ý
CÐB D -Ñ œ !
Ý
Ü B# C # D # œ - # Þ
# #
DÐB C -Ñ œ !

Podemos supor que B Á !ß C Á ! e D Á ! uma vez que, em qualquer destes casos,


0 ÐBß Cß DÑ œ !. Então
Ú
Ý
Ý- œ C# D #
Û
B# D #
Ý

Ý- œ
ÜB
B# C #
# #
C D# œ -#,

o que permite concluir que B# D # œ B# C # œ C # D # , ou ainda B# œ C # œ D # , e portanto


-# -%
È$ È$ È$
- - -
B# œ C # œ D # œ ÍBœ „ ßC œ „ ßDœ „ e -œ Þ
$ *
Considerando todas as combinações de B, C e D obtemos oito pontos de estacionaridade.
Para mostrar que os pontos determinados são maximizantes determinemos a matriz
hessiana orlada de PÞ
Como 8 " œ % teremos de calcular ?$ Ð+ß -Ñ e ?% Ð+ß -Ñ nos pontos de
-%
estacionaridade + e parâmetro - œ Þ
*
Considere-se, por exemplo, + œ Š ‹Þ Tem-se que
È$ È$ È$
- - -
ß ß
â â
â ! #C â
â â
?$ Ð+ß -Ñ œ â #B #C # D # %BCD # â
#B
â â
œ Ð )B% D # )C% D # $#B# C# D # ÑÐ+ß-Ñ
â #C %BCD # #B# D # âÐ+ß-Ñ

â â â â
) ' ) ' $# ' "' '
œ #( - #( - #( - œ #( - !
â ! #D â â! D â
â â â â
#B #C B C
â #B %BC D â âB #BC # D â
?% Ð+ß -Ñ œ â â œ "'â â
#C # D # %BCD # # # #
#BCD #
â #C %B# CD â âC #B# CD â
C D
â # #â â â
%BCD # #B# D # #BCD # B# D #
â #D %B# CD %B# CD #B C âÐ+ß-Ñ âD #B# CD #B# CD B# C # âÐ+ß-Ñ
œ Ð"'B# C # D # Ð$B% $C% $D % %B# C# %B# D # %C# D # ÑÐ+ß-Ñ
"' ' $ % $ % $ % % % % % % % "' ' " % "' "!
œ #( - Ð * - *- *- *- *- *- Ñ œ #( - Ð $- Ñ œ )" - !,
e portanto o ponto + é um maximizante (para os outros pontos de estacionaridade
obtêm-se os mesmos valores de ?$ Ð+ß -Ñ e ?% Ð+ß -Ñ o que permite concluir que todos os
pontos de estacionaridade são maximizantes). Nestes pontos a função toma o valor

0Š ‹œ œŠ ‹ Þ
-' -# $
È$ È$ È$
- - -
ß ß
#( $

Tendo em conta o que foi visto conclui-se que para os pontos da superfície esférica
#
B C # D # œ - # se tem que

B# C # D # Ÿ Š ‹ œŠ ‹ ß
-# $ B# C# D# $

$ $
ou ainda, com B# œ ?ß C # œ @ß D # œ A, tem-se

È
ï
? @ A
ðóóñóóò
$
?@A Ÿ Þ 
$
média média
geométrica aritmética

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