Estratégias Essenciais de Marketing
Estratégias Essenciais de Marketing
Estratégias Essenciais de Marketing
08 23:02:42
ALEX PIMENTEL
ESTRATÉGIAS ESSENCIAIS DE
MARKETING
COMO FIDELIZAR E ENCANTAR SEU CLIENTE
POR MEIO DO USO DO CRM E DO MARKETING
Universo dos Livros Editora Ltda.
Rua Tito, 1.609
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Diretor Editorial
Luis Matos
Coordenação Editorial
Renata Miyagusku
Assistência Editorial
Carolina Evangelista
Projeto Gráfico
Fabiana Pedrozo
Revisão
Shirley Figueiredo Ayres
Diagramação
Stephanie Lin e Fabiana Pedrozo
Capa
Daniel Brito
ISBN 978-85-60480-94-4
1. Marketing. 2. Vendas.
I. Título.
CDD 658.022
Sumário
Prefácio ........................................................................................................7
Introdução ...............................................................................................9
Capítulo 1
Conceitos iniciais .............................................................................. 13
Capítulo 2
Marketing de serviços .................................................................... 33
Capítulo 3
Vendas e atendimento ..................................................................... 41
Capítulo 4
Implantação do CRM ....................................................................... 49
Capítulo 5
Novos clientes ...................................................................................... 71
Capítulo 6
A retenção do cliente ..................................................................... 91
Capítulo 7
Novas tendências ............................................................................... 99
Encontra-se no site da Universo dos Livros (www.universodosli-
vros.com.br/downloads), na Seção de Downloads, material adcio-
nal que complementa o assunto abordado no livro.
Introdução
Em todo momento nos relacionamos direta ou indiretamente com pes-
soas. Cada pessoa ou organização possui seu rol de conhecidos, sendo que
estes, obviamente, conhecem outros. Este livro foi criado com o objetivo de
ajudá-lo a entender e a utilizar, no seu cotidiano, os recursos fundamentais
do Marketing de Relacionamento, facilitando o processo de tomada de de-
cisões, baseadas em históricos profissionais.
Com o domínio das ferramentas apresentadas neste livro, você será
capaz de implementar o CRM e de identificar as principais necessidades
de seus clientes atuais, criando relacionamentos duradouros e gratificantes
para ambas as partes e, ainda, desenvolvendo novos negócios e clientes.
Com os fundamentos apresentados aqui, você será capaz de administrar
melhor os clientes atuais, aumentando sentimentos como lealdade e satisfação.
Há bem pouco tempo atrás, atender bem o cliente significava, somente,
ter um sorriso nos lábios e oferecer-lhe um cafezinho. Mas isto mudou. E
nesse livro você aprenderá principalmente, a evitar erros primários com as
diversas dicas que serão apresentadas. Com o domínio dos tópicos e das fer-
ramentas a sua produtividade e resultados serão enormemente alavancados.
• Capítulo 1: neste capítulo, vou apresentar a essência do CRM, seu
conceito, e uma série de itens fundamentais para que você entenda o
que está envolvido na satisfação do cliente. Você aprenderá a definir
a fidelidade, o quanto ela custa e as vantagens de suas atitudes para o
cliente. Serão apresentadas também dicas que ajudam a evitar erros e
a obter resultados de uma maneira mais rápida e prática.
• Capítulo 2: em seis lições, vou apresentar uma série de ferramentas
avançadas para o desenvolvimento do chamado Marketing de Serviço.
Primeiro, falarei sobre o valor da prestação de serviço e, em seguida,
veremos o seu efeito multiplicador e o valor percebido pelos clientes.
Na seqüência, mostrarei como criar um Marketing Interno. Enfim,
»
tratarei do Marketing de Serviços na prática e do Marketing Share
orientado ao CRM.
• Capítulo 3: este capítulo é voltado para ferramentas de vendas e aten-
dimento. Mostrarei como trabalhar as vendas em um CRM, como
fazer o controle de processos e de qualidade e como vender dentro do
Marketing de Relacionamento. Na parte final do capítulo, detalharei
o funcionamento do marketing no CRM e a implantação da filosofia
num departamento de vendas, trabalhando estrategicamente.
• Capítulo 4: este capítulo será todo dedicado à implantação do CRM
em uma organização. A partir do controle dos processos e da qualida-
Este livro foi projetado para torná-lo mais produtivo no quesito Rela-
cionamento com Clientes. O domínio das ferramentas aqui apresentadas
irá ajudá-lo, bastante, a criar relacionamentos complexos, tendo em vista
diversos elementos, tais como região, tipo de cliente e aumento do volume
de negócios, com informações e tabelas bem elaboradas. O domínio da
ferramenta CRM fará com que você aumente significativamente as vendas
e consiga produzir mais e melhor em menos tempo.
É o meu mais sincero desejo que este livro possa ser de grande utilidade
para você, ajudando-o a utilizar todos os recursos disponíveis. Bom estudo
e muito sucesso!
INTRODUÇÃO 11
Nota: para enviar suas dúvidas referentes aos assuntos e exemplos
abordados neste curso, para indicações de alterações/correções,
sugerir novos cursos, criticar ou elogiar (por que não?), é só entrar
em contato pelo e-mail pimentel-alex@hotmail.com.
A quem se destina
2 Este texto está no livro da Price Waterhouse and Coopers sob o título Customer Rela-
tionship Management, lançado em junho de 2000.
3 O link desta definição do Gartner Group, pode ser encontrado em: http://www.da-
taprovider.com.br/telemedicina/conquistando_e_retendo_clientes.htm e http://www.
artigos.com/artigos/sociais/administracao/qual-a-contribuicao-do-crm-para-alavan-
car-as-estrategias-das-organizacoes?-2178/artigo/.
CONCEITOS INICIAIS 15
dado podem economizar muito dinheiro em consultas externas e em tempo
gasto para pesquisa. Estima-se que 80% do tempo gasto pelos altos executi-
vos é procurando documentos e resolvendo problemas. No CRM está tudo
lá, documentos e informações necessárias às soluções requeridas.
Também se deve verificar o resultado de uma implantação de um CRM
em qualquer organização. Particularmente, já vi empresas com 50 funcio-
nários demitirem todo mundo e ficar somente com a recepcionista. Man-
daram o Financeiro e seu gerente para fora, os vendedores, os atendentes, o
Recursos Humanos e, pasmem, os Contadores. Todos os dados estavam ali,
quem comprava o que, quantidade, período, preço etc. O balanço contábil
é impresso em três idiomas e duas moedas. O contador serve somente para
assinar o balanço. É claro que esta é uma linha equivocada e destrutiva,
característica do mercado brasileiro e que não deve ser seguida.
Recomendo veementemente uma implantação de um software CRM
em uma empresa ou organização que realmente tenha visão de futuro e que
esteja realmente comprometida com o bom atendimento e respeito pelo
cliente.
Para bom acompanhamento, pode-se distinguir, inicialmente, um clien-
te e não-cliente da seguinte forma:
• Cliente: ativo ou inativo;
• Prospecção (lead): prospecto qualificado e prospecto não qualificado.
Observe:
Figura 1.2.
CONCEITOS INICIAIS 17
Primeir a lição: conceito de CRM
“CRM é um processo contínuo que inclui aquisição, atualização,
disponibilização e utilização dos conhecimentos sobre os clientes a partir
da transferência do conhecimento individual do principal executivo da
empresa, disponibilizando os dados, atualizados em tempo real, para
quem precisa dessas informações, tratando o cliente de forma única
e desenvolvendo todos os setores de uma organização.”
Alex Pimentel
Você já deve ter ouvido falar do pós-venda. Seria ótimo se o seu médico
ou advogado ligasse para ver como você está após uma operação ou um
processo. Mas isto não acontece na prática.
O CRM envolve pessoas, procedimentos, treinamento e tecnologia, mas,
no fundo, funciona mesmo como uma filosofia. Um CRM bem-sucedido
é aquele em que se conhece o cliente e, a partir daí, explora rapidamente
as oportunidades de negócio geradas. É uma estrutura de trabalho bem
definida para o conhecimento do cliente e não apenas um “computador” ou
“sistema”. No Brasil, costuma-se dizer que, quando se coloca um computa-
dor, já está tudo bem, pois está tudo informatizado. Porém, na verdade, um
computador não representa muita coisa. Ele precisa de um “sistema”, sem o
qual não pode funcionar. Precisa de pessoas capacitadas para operá-lo. Nos
filmes de Hollywood e na televisão vemos as pessoas conseguirem tudo
mediante um clique de botão, o que na prática não acontece. Sou analista
de sistemas há 15 anos, nunca consegui, e acredito também que ninguém vá
CONCEITOS INICIAIS 19
conseguir, tal proeza. Existem sistemas avançados de gestão com os quais,
para se gerar um relatório, leva-se um dia. Em um software complexo, um
único “valor” a mais digitado no sistema altera toda a estrutura de preços,
impostos, balanço contábil e mesmo valores de cotação na bolsa.
Existem fatores reiterativos na etapa de tecnologia em um projeto de
CRM, sendo que essa tecnologia envolve todos os recursos necessários para
cumprir o prometido:
• Pessoas: sem pessoal capacitado, disposto a ceder informações e a tra-
balhar é praticamente impossível implantar qualquer tecnologia;
• Processos: envolve regras de negócio, conhecimento de mercado e
atividades internas da organização;
• Treinamento: evita erros, retrabalho e aumenta a produtividade;
• Informática: após as três etapas anteriores, é possível implantar um
sistema de gestão em informática:
Figura 1.4.
CONCEITOS INICIAIS 21
emprego de ferramentas e soluções de análise. A duplicação de dados é muito
comum nas instituições bancárias em que os clientes são agrupados em termos
de produtos (conta-corrente, seguros, cartão de crédito, poupança, previdência
privada). Na estratégia de CRM esse tipo de equívoco não é admissível, pois
todos os funcionários da empresa precisam ter uma visão única do cliente.
• CRM colaborativo: foca a obtenção do valor do cliente por meio
da colaboração inteligente, baseada em conhecimento. Neste tipo de
interação, o cliente é alcançado em tempo real, onde estiver, e ainda
informa as suas preferências;
• CRM eletrônico: interação com cliente feita pela Internet, intranet e
pelos portais corporativos de comércio eletrônico.
CONCEITOS INICIAIS 23
A partir do conhecimento dos clientes, é preciso fazer uma segmentação.
Para uma melhor gestão, não basta mantê-los fiéis por um ano. Trata-se de
melhorar a rentabilidade a médio e a longo prazos, além da eliminação dos
menos rentáveis.
Não basta que o cliente compre apenas uma vez. É preciso que ele com-
pre sempre e mais. Imagine o que você compra numa papelaria: lápis, bor-
racha, papel, clipes, grampeador e mais uma centena de outros produtos. A
idéia é que você acabe comprando tudo lá.
Quanto ao telefone:
• não tocar mais que duas vezes;
• nunca estar ocupado;
• a cada oito atendentes, um supervisor;
• gravação de ligações.
Quanto ao layout:
• livre de ruídos externos, cadeira ergonômica, bloco de anotações.
CONCEITOS INICIAIS 25
Além disso, a base de dados deve estar sempre atualizada em tempo real
com o máximo de informações e estatísticas.
Em algumas implantações de CRM, pode-se iniciar a partir do depar-
tamento de vendas e marketing.
CONCEITOS INICIAIS 27
• custo de aquisição;
• tempo gasto com pesquisa;
• custo de comunicação;
• custo de frete.
CONCEITOS INICIAIS 29
• gráficos de distribuição por categoria de cliente;
• consulta rápida à agenda telefônica;
• ranking de clientes, produtos e vendedores;
• gráficos de análise de desempenho por período;
• gráficos de análise de vendas por período;
• análise de ações dos concorrentes;
• filtros por status e tipo de ação no histórico do cliente;
• agenda completa de compromissos integrada ao módulo de atendimento;
• análise de distribuição por categoria de cliente e por tipo de ação;
• histórico completo de vendas, contatos, agendamento individualizado
por cliente, oportunidades e contatos;
• parametrização do perfil e atributos de cada cliente;
• análise de freqüência do cliente;
• identificador de chamadas;
• marketing-eletrônico.
Tabela 1.1.
O relacionamento perfeito
O lugar da carência é onde um relacionamento ocorre com maior inten-
sidade e freqüência, embora as pessoas não dêem a ele o seu devido valor.
Você está num local praticamente deserto, e está com o seu carro quebrado,
o melhor fornecedor, a melhor solução é chamar a oficina mecânica. Che-
gando à oficina, você relata o problema ao mecânico e ele, rapidamente,
sabe o que é, e, em menos de uma hora, conserta seu veículo. Após terminar
o serviço, ele liga o computador e cadastra seu nome, telefone, endereço,
CPF, profissão, placa do carro, marca, ano e modelo para a emissão da Nota
Fiscal. Coisa simples, mas, a partir do CPF, ele sabe quantas propriedades
você tem, quantas participações em negócios, se é casado ou solteiro. Ge-
ralmente, os familiares também se tornarão clientes, devido à proximidade
e à confiança, e, com o decorrer do tempo, todo um bairro, um segmento
ou uma cidade pode vir a se tornar cliente. Conheço um mecânico de ca-
minhões que, devido à qualidade dos seus serviços, recebe pedidos de con-
sertos até de outros estados. Se esse mecânico for um pouco mais esperto,
consultará seu interesse na compra de outros veículos, futuramente, tentará
observarar o seu perfil como motorista e poderá, até mesmo, ver on-line
suas multas (se existirem), se o IPVA está atrasado e quando vence a licença
da sua carteira de habilitação.
CONCEITOS INICIAIS 31
DICAS DE FILMES LIGADOS A RELACIONAMENTO
(DIRETA OU INDIRETAMENTE)
• Como se fosse a Primeira Vez – 2004;
• Madagascar – 2005 (fala sobre gestão de pessoas);
• O Amor é Cego – 2001;
• O Amor custa Caro – 2003;
• O Novato – 2003;
• Uma Vida em Sete Dias – 2002;
• Uma Noite no Museu – 2006.
Assista a pelo menos cinco.
Capítulo 2 Marketing de
serviços
M ARKETING DE SERVIÇOS 35
• representante de um compromisso de desenvolvimento relacional con-
tinuado e mutuamente benéfico;
• apoiado no compromisso da melhoria contínua e na aquisição de valor
agregado ao cliente;
• que coordena e orienta toda uma empresa para o cliente;
• completo, contínuo e busca a satisfação dos clientes;
• o foco é o serviço prestado ao cliente e não somente um produto vendido.
M ARKETING DE SERVIÇOS 37
Quinta lição: marketing de serviços
Tal marketing comporta as seguintes etapas:
• análise da concorrência;
• análise dos clientes;
• pesquisa de mercado;
• desenvolvimento do serviço;
• expansão em escala.
Expectativas de qualidade
Mais clientes para seus produtos. Mais produtos e serviços para seus clientes.
M ARKETING DE SERVIÇOS 39
Estudo de caso: não é o
tipo de negócio que dá certo,
mas sim a satisfação dos clientes
Um dos negócios mais recomendados pelo Sebrae é a chamada Delica-
tessen, a padaria de bairro. É um serviço de que todos precisam e que dificil-
mente fecha. Hoje em dia, todo mundo faz pão, em um supermercado ou
em casa. A diferença está na comodidade de comprar pão na esquina. Pouco
importa, por incrível que pareça, a qualidade do pão, embora uma padaria
possa fazer um pão melhor do que o da outra. O cliente de uma Delicatessen
retorna porque se sente bem e é bem tratado. Assim como a escolha de um
posto de combustíveis por um cliente não se dá pela qualidade do com-
bustível, e sim por sua localização e serviços complementares. O que essas
empresas vendem não é o produto, mas os serviços agregados, a capacidade
de satisfação do cliente, além da localização estratégica.
VENDAS E ATENDIMENTO 43
A, B, C etc. Classifique seus argumentos em ordem de importância e
notará um milagre: as objeções diminuirão, as vendas aumentarão, e
cada vez mais você dirá que vender é um excelente negócio;
• Adaptação: há mais de 30 tipos de compradores o queixoso, o chatea-
do, o calado, o falador, o cerimonioso, o afobado, o liberal, o racional,
o humilde, o empolgado, o “Dr. Sabe Tudo”, o indeciso etc. Para cada
tipo, adapte-se;
• Iniciativa: não importa o número de negativas que você ouve no seu
cotidiano. O importante é você não deixar que as objeções transfor-
mem-se em estoque de pessimismo. Recomece no outro dia com uma
nova abordagem. Um novo enfoque e um novo argumento são atitu-
des que iniciam ações vencedoras;
• Clareza: se você não é claro, objetivo e direto quando argumenta aca-
ba atraindo desconfiança. E desconfiança é a mãe das objeções. Me-
lhore sua clareza e suas vendas acontecerão;
• Entusiasmo: é a energia motivacional que nos empurra para as metas,
quando acreditamos no que vendemos, e o fazemos com bom humor.
Entusiasmo é vibrar com eloqüência, fazendo o cliente perceber que você
vende para outros o que comprou, em primeiro lugar, para si mesmo.
Quando você tem entusiasmo, você não vê objeções. Vê oportunidades;
• Metas: a matéria-prima da felicidade é a motivação. É preciso ter meta
até diante das objeções;
• Disciplina: seguir roteiros, relatórios, ordens, e persistência para en-
contrar alternativas diante de negativas. Quando você diz: “A crise
está difícil, e os concorrentes são desonestos”, acaba desistindo de pro-
curar saídas. Vender é encontrar saídas e, se não encontrá-las, inventá-
las. Desistir, nunca;
• Ética: quando você acredita em valores eternos como sinceridade, ho-
nestidade, verdade, amor etc. cria uma sintonia e uma harmonia que
tendem a afastar as objeções e melhorar as vendas.
VENDAS E ATENDIMENTO 45
do fechamento do pedido, e não termina com sua entrega. Um médico, um
advogado, um contador precisa atender os clientes antes de prestar seus servi-
ços. Embora estes profissionais vivam sob indicação, se eles praticarem o bom
atendimento e aprenderem a se relacionar com os clientes, seus rendimentos
aumentarão substancialmente.
Exercício
Histórico de vendas:
Produto 1 20 4,50
02/fev.
Tabela 3.1.
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Produto 1 20
Produto 2 200
Produto 3 200
Produto N 100
Tabela 3.2.
Tabela 3.3.
Situação bancária:
( ) tem título vencido
( x ) paga em dia
( ) paga com atraso
( ) só paga em cartório
( ) paga juros
( ) se recusa a pagar juros
VENDAS E ATENDIMENTO 47
A meu ver, trata-se de um bom cliente. Entretanto, no ano de 1996
comprava R$ 10.500,00 por mês e não compra mais. É um caso típico
em que a concorrência está oferecendo melhores condições de pagamento.
Ele só compra nesta empresa quando está apertado. É preciso entrar em
contato com este cliente, verificar sua real capacidade de compra e negociar
um prazo maior de pagamento, embora ele atrase uns dias. É interessante
também, fazer uma negociação de todos os itens consumidos e condições de
fornecimento e entrega personalizada, para fidelizá-lo por completo.
IMPLANTAÇÃO DO CR M 51
dos usuários em utilizá-la; portanto, é muito importante contar com esses
especialistas nas etapas iniciais do processo.
A primeira tarefa de análise de seus processos de negócios é a de determi-
nar os procedimentos existentes. Por exemplo, como as contas são criadas e
gerenciadas, como os pedidos são registrados, como o inventário é controlado
e como os clientes são cobrados? Determinar o que os usuários pensam sobre
o sistema em uso. Por exemplo, ele é eficaz, é lento, existem processos que
podem ser agilizados ou totalmente eliminados? Determine as expectativas
dos usuários quanto ao CRM. Por exemplo, eles estão entusiasmados com o
uso de um sistema CRM automatizado, ou têm reservas e dúvidas?
Examine os processos atuais e descubra se eles refletem as práticas co-
merciais recomendadas, ou se continuam a existir porque ninguém deseja
que sejam alterados. Aprenda os recursos do software e como eles estão
relacionados aos processos e procedimentos atuais da organização.
Além disso, é preciso determinar que relatórios são necessários e quais
fazem parte do processo de negócios atual. Determine os componentes e os
recursos que serão implantados primeiro, e quando componentes e recursos
adicionais serão inseridos. Incorpore os processos ao CRM. Esses processos
podem ser recriados como estão no momento, ou, se é necessário alterá-los,
incorpore o aplicativo e utilize sua nova funcionalidade.
Obtenha mais informações e analise os processos de negócios, para ma-
peá-los no CRM, nos setores de vendas, serviços e marketing.
Dependendo das opções selecionadas para a sua organização, esta fase
também poderá incluir:
• compra de um servidor e de terminais de acesso;
• a migração de dados dos aplicativos de origem;
• licenças de Banco de dados;
• a configuração de um ambiente de teste ou piloto;
• planejamento e instalação (de hardware e software);
• testes de pré-implantação;
• tarefas operacionais de manutenção do sistema CRM.
Patrocinador executivo
Em organizações pequenas, essa função pode ser equivalente à do pro-
prietário da empresa, ou dos gerentes. Em organizações maiores, essa pessoa
Gerente de projeto
O gerente de projeto é quem dirige o trabalho e faz as coisas aconte-
cerem. Essa pessoa deve entender de TI, dos detalhes de instalação e con-
figuração, deve conhecer a agenda, os outros membros da equipe e suas
contribuições, além de trabalhar com fornecedores externos.
Administr ador do
sistema/banco de dados
O administrador do sistema instala e configura o hardware, bem como os
sistemas operacionais, o software de suporte e o software CRM. Em organiza-
ções menores, seu parceiro de informática pode cuidar dessas tarefas.
O administrador de banco de dados mantém e faz backup dos dados
da empresa. Dependendo do tamanho da organização, o administrador do
sistema ou outra pessoa poderá ser designada como administrador de banco
de dados.
IMPLANTAÇÃO DO CR M 53
Também existe a possibilidade de personalização do aplicativo CRM.
Aqui, podemos destacar:
• análise do processo de negócios;
• determinar requisitos e especificações de personalização;
• fazer um projeto piloto ou de testes.
Treinamento
O agendamento do treinamento é feito pelo administrador do sistema e
num horário em que todos os envolvidos possam estar presentes.
Implantação
A implantação de um software CRM exige profissionalismo, competência
e conhecimento do ramo. Ao se implantar um software, além de se considerar
o custo de implantação, que não é barato, deve ser levado em conta, também,
o treinamento e principalmente a mudança do comportamento dos usuários
em que será visada uma diferenciação no atendimento ao cliente, o que só
beneficia a organização, inclusive com a redução de custos operacionais, tais
como telefonia, retrabalho e homem-hora. Em alguns casos pode ser requisi-
tada uma completa reformulação da organização ou a criação de novos setores
e departamentos na empresa. Sobre o assunto implantação as principais ativi-
dades a serem executadas e controladas são as seguintes:
• implantar a filosofia de trabalho na organização;
• executar a importação de dados (se for preciso importar);
• validar os dados após a importação;
• acompanhar o sistema antigo e o novo para ver se há divergências.
Acompanhamento pós-implantação
Após cerca de três meses, normalmente, é possível realizar uma audito-
ria, ou análise pós-implementação, isto é, acompanhar o desempenho e os
objetivos alcançados.
IMPLANTAÇÃO DO CR M 55
cipalmente se ela destinar-se a um grande número de usuários. Os membros
da equipe e seus gerentes devem entender e aceitar o compromisso necessário.
Cada membro deve ter função e responsabilidades bem definidas.
Gerentes comerciais
São responsáveis pela definição sobre como a empresa usará o CRM.
Isso inclui o mapeamento dos processos, a decisão sobre os valores padrão
e a identificação das personalizações necessárias. Para auxiliar na persona-
lização, podemos ter:
• equipe técnica de personalização;
• equipe técnica de rede.
Fase de planejamento
Fase de desenvolvimento
IMPLANTAÇÃO DO CR M 57
• definir usuários remotos;
• definir dados de administração de marketing;
• design da conversão de dados de origem manual;
• criar plano de conversão de dados;
• definir plano de limpeza de dados;
• projetar carregamento de dados inicial.
• Processo de configuração:
• administração de dados do aplicativo;
• conversão de dados de origem manual;
• revisar documento de design da conversão de dados;
• testar carregamento dos dados de origem;
• documentar processos de importação de dados;
• revisar resultados de conversão.
• Processo de validação:
• obter confirmação final sobre as configurações de tela;
• execução de teste de integração e do sistema;
• conduzir testes de sistema, interface e componentes;
• revisão de validação final, confirmação final.
• Revisão de qualidade do projeto:
• conduzir revisão de qualidade do projeto.
Fase de implantação
Fase de pós-implantação
IMPLANTAÇÃO DO CR M 59
Quais são as limitações?
Qualquer uma dessas limitações poderá ser observada assim que a im-
plementação rápida for concluída.
IMPLANTAÇÃO DO CR M 61
Para usar esta tabela, insira um X na coluna É necessário? para indicar
os dados do CRM usados em sua organização.
CRM – BASE DE É NECESSÁRIO? EXISTE QUALIDA- PRECISA DE TREI- PRECISA SER PER-
CONTROLE DE DOS DADOS ? NAMENTO? SONALIZADO?
DADOS
Contas
Atividades
Concorrentes
Contatos
Endereços
Ocorrências
Descontos
Faturas
Clientes potenciais
Oportunidades
Listas de preços
Produtos
Cotações
Pedidos de vendas
Assuntos
Produtos substitutos
Unidades
Grupos de unidades
CONFIGURAÇÕES
DE NEGÓCIOS
Licenças
Unidades de negócios
Usuários
Equipes
Direitos de acesso
CONFIGURAÇÕES
DE SERVIÇO
Regras de roteamento
Modelos de e-mail
Modelos de contrato
Modelos de base de
dados de conheci-
mento
CONFIGURAÇÕES
DE VENDAS
Regiões de vendas
Configurações do
ano fiscal
Regras de rotea-
mento
Gerenciamento de
cotas de vendas
Regras de fluxo de
trabalho
Observação
Integração
Tabela 4.1.
R ESPONSÁVEL :
INFORMÁTICA I NSTA L AÇ ÃO M ANUTENÇÃO DE M ON I TOR AÇ ÃO
E SEGURANÇA DISPONIBILIDADE DE DESEMPENHO
Licenças e BD servidor
Compra de hardware
Compra ou locação de software
Importação de dados
IMPLANTAÇÃO DO CR M 63
R ESPONSÁVEL :
INFORMÁTICA I NSTA L AÇ ÃO M ANUTENÇÃO DE M ON I TOR AÇ ÃO
E SEGURANÇA DISPONIBILIDADE DE DESEMPENHO
Backups
Outros
Tabela 4.2.
Figura 4.1.
IMPLANTAÇÃO DO CR M 65
Quinta lição: tr abalhando
estr ategicamente
A área de Marketing é uma das pontas por onde se pode começar a
utilizar a estratégia de CRM. Em geral, é uma das partes mais simples de
trabalhar, pois os profissionais desse setor não terão de mudar a essência da
sua forma de atuação, ou seja, continuarão a analisar os dados dos clien-
tes para fazer campanhas e outras tarefas, tendo apenas, como diferencial,
novas ferramentas para auxiliá-los. As mudanças, portanto, não serão radi-
cais. De outro lado, no entanto, a organização terá de assumir novos papéis
para construir internamente um sistema de knowledge management, ou seja,
de gerência do conhecimento, que inclui etapas de captação, identificação,
interpretação, distribuição e armazenagem dos dados. Na prática, não há
muitos projetos de CRM que se preocupem com isso, mas tal fator trará
à organização benefícios efetivos no futuro, na medida em que lhe possi-
bilitará conhecer de fato seu cliente e, determinar ações para fortalecer o
relacionamento e obter, assim, maiores lucros.
Outra das pontas por meio das quais se começa a implementar o CRM
é a área de atendimento (call center), na qual os impactos das mudanças
organizacionais costumam ser sérios e difíceis. Isso porque envolve a in-
trodução de novas ferramentas tecnológicas que deverão se integrar com
outros sistemas corporativos no centro das operações. A integração do call
center com os chamados sistemas de retaguarda da empresa, ou back office, é
algo absolutamente essencial, e deve ser conduzida com cuidado. Também
os atendentes precisam ser bem treinados, para não apenas tratar bem ao
cliente, mas, principalmente, saber aproveitar cada interação para extrair
mais informações dele e, também, para oferecer novos produtos e serviços
de acordo com o seu perfil.
A área de Recursos Humanos pode colaborar para o sucesso da execu-
ção do CRM, mas isso dependerá de como o setor está definido dentro da
organização. Normalmente, quando se quer implantar uma nova cultura
dentro da empresa, o processo deve ser conduzido por pessoas motivadas
a isso, os chamados multiplicadores; às vezes, eles estão no marketing, na
área de TI ou no atendimento, e não necessariamente no RH. Porém, nas
organizações que vêem o RH como área fundamental para captar e reter
talentos, a participação desse departamento no processo pode ser bastante
positiva, contribuindo para mapear habilidades requeridas para determina-
Figura 4.2.
IMPLANTAÇÃO DO CR M 67
define quais mudanças fará e onde pretende chegar, precisa comunicar isso
ao seu quadro funcional. Essa comunicação pode ser feita de várias formas:
palestras, workshops, comunicados via Internet, materiais informativos,
jornais e revistas internas, campanhas específicas, gincanas, entre outros.
Também deve haver um plano de comunicação que vise a informar aos
funcionários e, em especial, aos da área que está iniciando a habilitação
prática do conceito, o andamento de cada etapa do projeto, o que está sendo
modificado e quais os objetivos pretendidos para aquela etapa em particu-
lar. Isso contribui para que não se crie uma imagem de fracasso e também
gera curiosidade sobre o que virá a seguir. Uma expectativa mal definida e
mal comunicada pode comprometer seriamente a continuidade do projeto.
Normalmente, as pessoas se dispõem a fazer algo quando acreditam que
aquilo lhes trará algum benefício. Se isso não for bem definido ou enten-
dido, não será possível envolver as pessoas. Também é importante ver os
resultados obtidos para aliar a teoria à prática. Vejamos alguns conceitos:
• envio de newsletter;
• envio de lista de produtos;
• agendamento de contato por telefone;
• controle de ocorrências e problemas.
CR M avançado
Figura 4.4.
Estudo de caso:
CRM não é só informática
Por mais que invistamos em softwares geniais e sofisticados, o que mui-
tas das vezes conta é a impressão deixada no cliente.
Tenho visto pelo Brasil afora softwares CRM vendidos a empresas alta-
mente rentáveis e lucrativas, e tais sistemas nem sequer são abertos, instala-
dos ou totalmente implantados.
Recentemente, houve um caso em que uma rede de farmácias comprou um
CRM e as suas excepcionais vantagens, gastando, assim, R$ 2.000.000,00,
IMPLANTAÇÃO DO CR M 69
mas não teve pessoal (interno ou externo) com capacidade para implantá-lo.
Ficou na caixa, e o dono, sem o retorno prometido ou desejado.
Recomendo veementemente que a implantação de um CRM e suas atuali-
zações sejam feitas por pessoas que tenham no mínimo curso superior. Não se
trata de preferência, nem exclusividade, e sim de capacidade, resultado e profis-
sionalismo. Infelizmente, no Brasil, as empresas não julgam os funcionários por
sua competência, mas por seu comportamento e personalidade. Em empresas
familiares não profissionalizadas, isto é acentuado por preferências pessoais.
Em uma fonte de resultados e idéias que é um software CRM, a escolha
bem feita e a implantação feita por profissionais competentes é a melhor esco-
lha. O maior custo com informática ou qualquer outro investimento não está
na aquisição ou implantação, e sim no seu aproveitamento. Comprar um sof-
tware, ou qualquer outra coisa, e não utilizar é o maior gasto que se pode ter.
Estudo de caso:
CRM não é só informática II
Vemos, a cada dia, a tecnologia avançar. Porém, o que fideliza um clien-
te é a satisfação de suas necessidades. Como pessoa física, tenho visto cen-
tenas de casos e posso dizer que o bom senso e o empreendedorismo estão
em alta.
Ajudar uma pessoa em dificuldade é um dos maiores fidelizadores que
existe, faz com que esta pessoa seja grata pelo resto da vida.
Vendas
Em vendas, podemos nos guiar pelo mercado por meio de algumas per-
guntas esclarecedoras:
• Como são obtidos os novos clientes potenciais?
• Como são controlados e registrados os clientes potenciais?
• Quais itens precisam ser fornecidos ao cliente potencial?
• Existe participação do departamento de marketing durante o processo
de vendas?
• Quais são as etapas seguidas para transformar um cliente potencial
em cliente? Quais são os tipos de atividades?
• As etapas do processo de vendas são registradas em algum lugar para
que outros a consultem?
• Quem conversa com eles? Há algum acompanhamento dos clientes
potenciais?
• As informações são compartilhadas?
• Quanto tempo é necessário para que um novo cliente potencial se
torne um cliente?
• Quais dados são coletados sobre clientes novos ou existentes?
• Você fornece cotação aos clientes, e quem prepara os pedidos?
• Você possui negócios recorrentes?
• O que precisa ser mudado para tornar as vendas mais eficazes? O que
não pode mudar?
• Um cliente pode efetuar um pedido sem a participação de um vende-
dor? Como isso ocorre?
• Quais são os tipos de relatórios sobre vendas?
SAC
NOVOS CLIENTES 73
• Qual é a finalidade do SAC?
• Como as ocorrências do serviço são registradas?
• O que acontece com as soluções de ocorrências anteriores?
• Existe uma base de dados de conhecimento?
• Quais são as etapas envolvidas na solução de problemas do cliente? As
etapas são registradas?
• Quais são as etapas seguidas para fechar uma ocorrência? Como isso é
registrado?
• Alguém que não faça parte do SAC pode ver a atividade entre um
cliente e um representante desse serviço?
• Os representantes do SAC cuidam de todas as ocorrências? Há outro
departamento capaz de lidar com elas?
• Quem está qualificado para dar suporte? Como isso é registrado?
• Os representantes do SAC criam cotações ou pedidos para os clientes?
• Como os pedidos passam do SAC para a área de abastecimento? E
como são encaminhados à contabilidade para faturamento?
• Os representantes do SAC podem ver toda a atividade que ocorre en-
tre um cliente e outros departamentos, como o de vendas?
• Quais são as informações do cliente que o representante do SAC pre-
cisa para solucionar o seu problema?
• Como o representante do SAC se comunica com os clientes? Isso de-
pende do contato inicial do cliente?
• Que tipos de relatórios são usados para o SAC?
Clientes potenciais
Oportunidades
Contas
NOVOS CLIENTES 75
• Onde são mantidas as informações sobre as contas?
• Você categoriza as contas (usando tipos de contas)?
• Você controla as contas por região?
• Quais características das contas você gostaria de capturar?
• Quais métodos de comunicação você utiliza para manter contato com
suas contas?
• Há um banco de dados com as informações existentes?
• Esses dados serão transferidos para o CRM?
Contatos
Concorrentes
Cotações
NOVOS CLIENTES 77
Pedidos
Fatur as
Atividades
Ocorrências
Relatórios
Organização
Compr as
NOVOS CLIENTES 79
equipe de vendas serão salvas em todos os registros associados. Também
é preciso observar os campos de preenchimento obrigatório e o principal
contato relacionado à Empresa.
Basicamente existem seis fontes primárias para obtenção e captação de
novos clientes:
• O próprio mercado: dentro do próprio mercado podem existir empresas
ou pessoas físicas que nunca compraram e, em muitos casos, desconhecem
totalmente o produto (ou serviço), ou a empresa que está oferecendo.
• Lista telefônica: a lista telefônica é um meio simples e barato de entrar
em contato com possíveis compradores, pois a mesma está organizada
por seções, principalmente as Páginas Amarelas.
• Informações em associações, federações, sindicatos e conselhos de
classe: entrar em contato com organizações deste segmento é um meio
de entrar em contato com possíveis compradores, além de ajudar a
mapear o ganho e o potencial de mercado.
• Compra de mala-direta: existem empresas especializadas que atua-
lizam suas bases de dados e fornecem (sob autorização) os contatos
segmentados em vários níveis.
• Pesquisa de mercado: realizar uma pesquisa de mercado é um meio de
saber quem realmente o cliente é e o que ele espera de seu produto e
de sua empresa. Pode-se também utilizar-se do cadastro de cartões de
fidelidade para ajudar no processo.
• Pesquisa na Internet: antes de efetivamente entrar em contato com uma
empresa, é interessante acessar seu site institucional para saber o que ela
faz, quais são os seus objetivos, missão e visão. Nisto, antecipa-se uma for-
ma de apresentação e de antemão você saberá como lidar com o cliente.
Status do cliente
Cliente ativo
Prospect
Lead
Inativo
Empresa que não tem interesse, ou que deixou de comprar, ou, ainda,
para a qual foi feita uma proposta e não fechou negócio.
Veja a seguir, as possíveis origens de uma clientela:
Figura 5.1.
Figura 5.2.
NOVOS CLIENTES 81
Quarta Lição: Softwares
Em todos os softwares de CRM podemos encontrar as funcionalidades
de acompanhamento, que relacionam tarefas, calendário, relatórios e, em
muitos dos casos, também é necessário o acompanhamento de propostas e
contratos. Veremos neste capítulo as mais importantes opções.
Tarefas
Calendários
Relatórios
Ferr amentas
Oportunidade
Figura 5.3.
NOVOS CLIENTES 83
produto, e utilizando, em geral, técnicas de marketing de massa. Quando
se desloca o foco para o cliente busca-se conhecer esse cliente, conhecer
suas preferências e necessidades, para poder oferecer produtos que atendam
a esses requisitos. Por isso, é preciso contar com um gerente que cuide es-
pecificamente dessa tarefa. Não é possível introduzir uma nova forma de
trabalhar dentro da empresa mantendo estruturas antigas. As principais
vantagens competitivas para o setor de marketing são:
• ter um entendimento mais profundo sobre sua base de clientes e ma-
ximizar o retorno do investimento em marketing;
• identificar os clientes com atributos e comportamentos idênticos;
• desenvolver programas de marketing e promoções;
• recomendar uma série de produtos, serviços e promoções aos clientes
que se mostrarem mais receptivos e, assim, aumentar as vendas;
• formar pacotes com produtos e serviços adquiridos simultaneamente;
• estudar os motivos que levaram clientes a abandonar a empresa, e de-
terminar porque o fizeram naquele determinado momento.
Canais internos
Canais externos
NOVOS CLIENTES 85
que a ligação ou o e-mail dizia, junto com os primeiros 100 caracteres do
comentário, se houver algum. Se não houver nada no campo de comentá-
rio, o campo da nota refletirá o assunto.
Antes de inserir os dados de um cliente no sistema conhecido como banco
de dados é preciso medir e atualizar as informações de vendas, crédito e co-
brança. Como o próprio nome está dizendo, crédito é a confiança em um pa-
gamento futuro. É essencial em bancos, financeiras e no comércio em geral.
Crédito
Para analisar sua confiança numa promessa de pagamento, deve-se, an-
tes de tudo, verificar:
• o nível de confiança do credor em relação ao consumidor;
• o histórico do valor das últimas compras e o tempo necessário para
pagá-las (se paga em dia, quantos dias ou meses leva para pagar, se só
paga em cartório e/ou se não paga de jeito nenhum);
• as garantias ou a comprovação documentada de possibilidade de pa-
gamento;
• a análise das informações obtidas;
• o acompanhamento do cliente e de seu estado financeiro durante o
pagamento da dívida. Isto porque não são os novos clientes, e sim os
antigos que, depois de um tempo, por motivos diversos, deixam de
cumprir com os seus compromissos, parando de pagar;
• a análise de balanço, a comprovação de renda e as referências comer-
ciais e bancárias.
Cobrança
A primeira tarefa de um departamento de cobrança, ou de alguém que
a execute, é manter o cadastro do cliente atualizado. As pessoas e empresas
sempre estão mudando de endereço, telefone e rendimento. A falta de um
destes itens pode prejudicar o contato e o relacionamento com o cliente.
Se ele for pessoa jurídica, recomendo veementemente visitar as instala-
ções da empresa, pois muitas vezes se descobre seu real estado financeiro;
muitas empresas vivem de fachada.
Noções de cobrança
Já se foi o tempo em que o cobrador ameaçava o devedor, inclusive com
violência física. O bom relacionamento financeiro também fideliza o cliente.
O que existe hoje é a chamada cobrança inteligente. Na cobrança inteligente
a empresa credora envia uma correspondência, avisando do débito, ou comuni-
cando a falta de pagamento, e, ainda, confirmando com o cliente o pagamento
do valor devido na data acordada. Caso o cliente não pague na data acordada,
novamente entra-se em contato por telefone e combina-se uma nova data de
pagamento (sem juros). Somente no prazo máximo de dois ou três meses após
a falta de pagamento, entra-se mais uma vez em contato avisando a inclusão do
nome dele no SPC ou Serasa. Se isto for feito na semana em que ele atrasou o
compromisso, e até no mesmo mês, a tendência é que o cliente fique chateado
e, por definitivo, atrase o restante dos pagamentos. Algumas empresas adotam
a inclusão do nome do devedor somente depois de quatro meses de atraso, pois
protestar e negativar o nome também inclui custos.
Outra característica da cobrança é que quanto maior o tempo de atraso de
pagamento da dívida, maior fica a possibilidade de o devedor não pagá-la.
Para cobrar e receber duplicatas, cheques, promissórias e outros tipos de
cobrança por telefone, pessoalmente ou por carta é preciso fazer um históri-
co e anotar todas as etapas necessárias e, literalmente, acompanhar o cliente
até o momento em que ele declarar que vai pagar, quanto, onde e quando.
A seguir, temos um modelo da chamada ficha de acionamento (alguns sis-
temas possuem esta função) e anotação das ocorrências de cobrança:
07/01 Falei com o devedor. Disse que vai pagar dia dez. Lucas 10/01
10/01 O devedor entrou Disse que iria depositar Sheila Próximo mês
em contato. e solicitou o número da
conta.
Tabela 5.1.
NOVOS CLIENTES 87
Este modelo também pode ser utilizado para acompanhar um negócio
ou a conquista de um novo cliente.
No caso de cobrança via telefone, de acordo com a Lei nº 8.078, artigo 42,
do Código de Defesa do Consumidor, temos: “Na cobrança de débitos, o consu-
midor inadimplente não será exposto ao ridículo, nem será submetido a qualquer
tipo de constrangimento ou ameaça.”
O cobrador também não poderá, no caso da ausência do devedor, infor-
mar e comentar a outros o débito, e sim deixar recado para que este entre
em contato.
Outra gafe cometida (infelizmente) por muitas empresas brasileiras é a
falta de registro de pagamento do cliente; o cliente paga e muitas vezes não
é registrado o pagamento, continuando a cobrança. Isto, além de ser incô-
modo para o devedor, leva a uma multa de R$ 9.600,00, caso o consumidor
leve a denúncia ao Procon.
Telemarketing
Negociação rápida
Nunca fale do preço antes da demonstração do produto. Deixe sempre
bem claras as condições de entrega, de pagamento e a qualidade. Fale sem-
pre no tempo e na hora certa: isto servirá se estiver vendendo ou compran-
do. O fechamento se dá na própria ligação ou no retorno rápido em alguns
minutos. Responda sempre mediante reflexos ou treinamento.
Negociação longa
Sempre dê várias alternativas. Neste tipo de negociação, o fechamento
se dá na quinta ou sexta apresentação. Ofereça sempre prêmios ou brindes.
A importância da comunicação
Longo pr azo
NOVOS CLIENTES 89
É preciso ter em mente que um projeto de CRM precisa ser continua-
mente aperfeiçoado.
A RETENÇÃO DO CLIENTE 93
• 3% mudam-se;
• 5% por influência de amigos;
• 9% vão para o concorrente;
• 14% insatisfação com o produto;
• 68% pela postura de indiferença e descaso de um funcionário.1
A RETENÇÃO DO CLIENTE 95
• Módulo ou Célula 3: responsável pelos clientes que sempre reclamam
e constantemente ameaçam o cancelamento do serviço;
• Módulo ou Célula 4: responsável pelos clientes que denunciam a em-
presa nos órgãos competentes;
• Módulo ou Célula 5: responsável pelos clientes que estão na iminên-
cia de cancelar o serviço.
Vale a pena ressaltar que todos estes módulos de retenção podem atuar
em conjunto e trabalhar num segmento apenas por cliente.
Se não houver envolvimento integral com o cliente o CRM pode estar
fadado ao fracasso.
A RETENÇÃO DO CLIENTE 97
Capítulo 7 Novas tendências
R EPRESENTANTE SOLUÇÃO
Tabela 7.1.
Vigésima lição: BI e
inteligência competitiva
Competitividade: a inteligência da informação
Ferr amentas de BI
EIS
O EIS (Executive Information Systems/Sistema de Informações Executi-
vas) é, basicamente, um sistema voltado a atender as necessidades dos altos
executivos de uma organização. Por meio dele, são obtidas informações ge-
renciais de forma rápida e simples.
OLAP
As ferramentas OLAP (On Line Analytical Processing) são aplicações uti-
lizadas pelos usuários finais (gerentes, executivos e analistas) para extração
de dados, com os quais geram relatórios capazes de responder a questões ge-
renciais. A funcionalidade OLAP‚ caracterizada pela análise dinâmica mul-
ti-dimensional (em formato de cubo) dos dados consolidados da corporação,
auxilia o usuário a sintetizar as informações de forma personalizada.
Advogado Prestar bons serviços, ser ético, responsável e mais ágil. Ser or-
ganizado e ter um Sistema Gerenciador de Documentos, além
de uma agenda de tarefas. Trabalhar de forma a incentivar
seus clientes atuais a indicarem novos clientes e relacionar-se
com os mesmos. Principalmente relacionar-se no fórum, sa-
ber o temperamento de juízes, forma de atuação etc.
Contador Prestar bons serviços, ser ético, responsável e mais ágil. Tra-
balhar de forma a incentivar os seus clientes atuais a indicar
novos clientes e relacionar-se com eles.
Companhia aérea Passagens com preço competitivo. Dar satisfação pelo atraso
ou comunicar antecipadamente o atraso do vôo.
Médico Prestar bons serviços, ser ético, responsável e mais ágil. Tra-
balhar de forma a incentivar os seus clientes atuais a indi-
carem novos clientes e relacionar-se com os mesmos. Estar
atualizado com novas tecnologias e principalmente saber se
relacionar com os pacientes e seus históricos de saúde.
Tabela 7.2.
Também é interessante notar que cada uma dessas pessoas tem conhe-
cidos, e estes conhecem outros. Pode-se trabalhar com a recomendação de
cada contato seu, como se você estivesse trabalhando em “profundidade”,
ou seja, com os contatos dos contatos dos contatos.
Figura 7.1.
Marketing de relacionamento
Marketing vir al
Marketing de massa
Marketing político