Regras Morfologicas
Regras Morfologicas
Regras Morfologicas
A Morfologia é um dos assuntos mais importantes da gramática, pois seu estudo está relacionado
à estrutura das palavras, como ela é formada e como se dá sua classificação na língua portuguesa.
Na morfologia as palavras são estudadas de forma isolada, sem que haja o contexto da frase ou
período.
A morfologia é uma das áreas mais estudadas na língua portuguesa. (Foto: shutterstock)
Conceito
A morfologia pertence a área da linguística e tem a sua palavra originada do grego. O termo
“morphe” significa (morfo = forma) e “logia” (logos = estudo), isto é, o estudo da forma, estrutura,
formação e classificação das palavras observadas de maneira isolada.
A Morfologia se divide em dez classes gramaticais, entre elas estão a classe de palavras variáveis
que são os substantivos, artigo, verbos, adjetivos, pronomes e numerais. Já as palavras invariáveis
são compostas pelos advérbios, preposições, interjeições e conjunções.
• Substantivo - consiste em nomear todas as coisas (pessoas, objetos, fenômenos, etc). Ex:
(A rede é leve).
• Verbo - indica ações, estado ou fenômeno da natureza. (Eu nadei hoje).
• Adjetivo - atribui qualidade ao substantivo, representado por estados e seres. (Pedro é legal).
• Pronome - acompanha os substantivos ou os substitui. (Meu avô está internado).
• Artigo – palavra que vem antes do substantivo nas frases. Ele indica o gênero e o número das
palavras. (O armário era pequeno).
• Numeral – indica a quantidade de tudo que existe. (Priscila era sempre a primeira).
• Conjunção - é uma palavra utilizada para conectar dois termos em uma mesma frase. (A
menina guardou os bonecos e mostrou quando viu as amigas).
• Advérbio - palavra que modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio conforme o contexto da
frase. (O caminhão chegou ontem).
• Preposição – palavra que conecta dois termos em uma oração. (Eu quero cuidar de você).
• Interjeição – palavras usadas para indicar sentimentos e emoções. Geralmente elas são
acompanhadas do ponto de exclamação. (Ah, como eu queria ser rica!).
As palavras que sofrem variações em sua estrutura são chamadas, na morfologia, de desinências
nominais de gênero e de número, além das desinências verbais que indicam modo, tempo,
número e pessoa.
Desinência nominal
Os morfemas, quando se unem ao radical, determinam as flexões que ocorrem nas palavras. Por
exemplo: garotinhos. O gênero dessa palavra, nesse caso, é masculino e o ‘s’ serve para identificar
que a palavra está no plural, também considerada uma desinência de número.
Desinência verbal
Na desinência verbal o modo e o tempo é que definem os elementos mórficos da palavra. Elas
podem ser:
Desinência modo temporal – indica o modo e o tempo em que ocorre a ação verbal.
Ex:. cantava
-va: desinência modo temporal indicativa do pretérito imperfeito do indicativo
Desinência número pessoal – indica o número e a pessoa a qual se refere a ação verbal.
Ex:. canto
-o: desinência número pessoal indicativa da primeira pessoa do singular
Desinência verbo nominal – indica as formas nominais dos verbos no infinitivo, gerúndio e
particípio.
Ex:. Cantar: desinência verbo nominal indicativa do infinitivo
Cantando: desinência verbo nominal indicativa do gerúndio
Cantado: desinência verbo nominal indicativa do particípio
Elementos da Morfologia
• Radical – é um morfema comum que pertence às palavras da mesma família. Ex: pão, padeiro,
padaria/ terra, enterrar. menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho, menin-ona.
• Afixos - eles auxiliam na construção das palavras e são divididos em sufixos e prefixos. O afixo
que vem antes do radical é chamado de prefixo. Quando ocorre depois do radical é chamado de
sufixo. O objetivo deles é serem acrescentados ao radical para formar novas palavras. Vamos
utilizar o exemplo da palavra enterrar. ‘En’ é o prefixo da palavra e ‘ar’ o sufixo.
• Vogal temática - é a vogal que unida ao radical forma uma palavra. Nos verbos, por exemplo, a
vogal temática indica em que conjugação ele se encontra. Existem três vogais temáticas: ‘a, e, i’.
Elas também podem se unir após o radical, ou seja, verbos terminados em ‘ar’ são verbos de
primeira conjugação, verbos terminados em ‘er’ são de segunda conjugação e verbos terminados
em ‘ir’, terceira conjugação. Confira abaixo os exemplos:
• Sonhar
• Brincar
• Comer
• Ver
• Ter
• Sair
Na morfologia, a composição das palavras é feita através da formação de uma nova palavra com
outra existente. Para construir essa palavra é necessário utilizar mais de um radical. Essa categoria
é feita por justaposição, aglutinação, hibridismo, onomatopeia e sigla. Observe abaixo:
Justaposição: é a junção de palavras diferentes para construir uma palavra nova sem perder
fonemas ou letras.
Exemplo: passa + tempo = passatempo / guarda + chuva = guarda-chuva/ beija+ flor = beija-flor
Onomatopeia: formação de palavras através da repetição de seu som. Muito comum em história
de quadrinhos.
Exemplo: toque- toque (barulho ao bater na porta) / reco- reco (som de um instrumento) /tic-tac
(barulho do relógio).
Siglas: redução de expressões grandes com o objetivo de formar palavras através de suas iniciais.
Tipos de derivação
De acordo com a derivação, elas podem ser prefixal, sufixal, prefixal e sufixal (juntas),
parassintética.
Prefixal: “feliz” (na palavra feliz, ao acrescentar o prefixo ‘in’ ela dará origem a uma nova palavra=
“infeliz”).
Sufixal: “feliz” (ao adicionar o sufixo “mente” na palavra feliz, ela também dará origem a uma nova
palavra “felizmente”.
Prefixal e sufixal: essa é a união de dois elementos em uma só palavra. Nesse caso, ao retirar o
sufixo ou prefixo, a palavra não perde o sentido.
Exemplo: “infelizmente” (prefixo ‘in’ junto com o radical “feliz” mais o sufixo ‘mente’) significa que
ao ser retirado um dos lados ou mesmo dois dos lados não altera o significado da palavra.
Regressiva: nesse caso, ao mudar um fragmento da palavra, muda-se a classe gramatical que ela
representa. Por exemplo, a palavra “criticar” é um verbo pela sua classe gramatical, mas se no
lugar do sufixo ‘ar’ substituímos pela vogal ‘o’ teremos a palavra ‘“crítico” que pela língua
portuguesa é um substantivo.
Imprópria: parecida com a regressiva, na imprópria não se mexe na palavra, apenas nos
elementos externos. Altera-se a classe da palavra dentro do contexto da frase, mas não modifica a
sua estrutura. Na palavra “piranha”, por exemplo, analisada sozinha ela é um substantivo, mas
observada na frase ‘Ele é um moleque piranha’ altera-se, portanto, classe gramatical, e ao invés
de substantivo ela passa a ser um adjetivo.