Miolo Salmo23 Porcao
Miolo Salmo23 Porcao
Miolo Salmo23 Porcao
Alcindo Almeida
São Paulo, agosto de 2016
2ª edição brasileira
© 2016 Alcindo Almeida
Editora Fôlego
www.editorafolego.com.br
Editores
Emilio Fernandes Junior
Rosana Espinosa Fernandes
Revisão
C. J. Barone
Capa
Lucas Dias - Grupo Nimage
2a edição brasileira
Agosto de 2016
Almeida, Alcindo
Salmo 23: Descanso no Pastor da nossa alma
Alcindo Almeida. – São Paulo: Fôlego Editora e Eventos, 2016
ISBN 978-85-8206-050-6
Sumário, 5
Agradecimentos, 7
Prefácio, 9
Introdução, 13
1. O Pastor por excelência da nossa vida, 21
2. No Pastor temos descanso para a nossa alma, 33
3. No Pastor temos cura para a nossa alma, 41
4. O Pastor está conosco na hora da provação, 55
5. O Pastor nos traz esperança e vitória, 65
6. O Pastor nos abençoa com bondade e misericórdia, 79
Conclusão, 87
Referências bibliográficas, 89
Agradecimentos
Por fim, rogo a Deus que o leitor seja por meio da leitura
atenta das páginas da presente obra, levado a conhecer cada
vez mais o Nosso Bom Pastor, de quem certamente jamais
teremos falta.
Por tudo isso, entendemos que um texto sobre algum dos salmos
invariavelmente terá muito a acrescentar à nossa experiência cristã.
Os tempos são outros, é verdade, mas o homem, em sua essência,
pouco mudou desde que esses autores emprestaram suas vidas para
orientar as nossas. Assim, escolhemos o Salmo 23 para tratar um
pouco da dor que o ser humano sente e o quanto ele precisa de um
Pastor cuidadoso para cuidar de si e mostrar o Seu cuidado diário
com sua vida. Apesar de muitos chamarem a época da Igreja de
época da graça, Davi já desfrutava dessa graça há três mil anos. Essa
graça, nós a vemos revelada na relação entre a ovelha e seu Pastor,
entre cada um de nós e Aquele a quem escolhemos para seguir.
Introdução 17
Salmo 23
O bom Pastor
Um salmo de Davi
O Senhor é o meu Pastor; nada me falta.
Em verdes prados me faz descansar e para águas tranqüilas
me guia em paz.
Restaura-me o vigor e conduz-me nos caminhos da justiça
por amor do seu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não
temerei mal algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o
teu cajado me protegem.
Tu prepararás um banquete para mim na presença dos
meus inimigos; me honrarás, ungindo minha cabeça com
óleo e fazendo transbordar o meu cálice.
A felicidade e a misericórdia certamente me acompanharão
todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do
Senhor por dias sem fim.
1
KIDNER, Derek Salmos - Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, Vol. 14,
p. 375.
2
SHEDD, Russell, P. O Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, vol. 1, p.
575.
3
FÁBIO, Caio. No Divã de Deus. Rio de Janeiro: Vinde, Vol. I, 1998, p. 11.
4
NOUWEN, Henri. A Volta do Filho Pródigo. São Paulo: Paulinas, 1997, p. 60.
O Senhor é o meu Pastor e
nada me faltará
(Salmo 23.1)
1
O Pastor por excelência
da nossa vida
na vida?
mãe aflita que sofre pelo filho distante e envolvido com amizades
reprováveis. É Ele quem acalma essa mãe quando ela não consegue
dormir enquanto o filho não chega a casa. É o Pastor quem alegra
o coração do pai que espera pela conversão do filho distante de
Deus e da família. É o Pastor da nossa alma quem fortalece o que
está cansado e ferido num leito de dor no hospital, cujos médicos
disseram não haver mais jeito. Só o Pastor por excelência pode
consolar pessoas assim.
Com esse Pastor ao nosso lado, podemos viver em paz, sem
temores e com graça todos os dias da nossa vida. Então, que Ele
derrame essa graça de tê-Lo sempre como o nosso Pastor. O texto
de Mateus 11.28-30 afirma o seguinte: “Vinde a mim, todos os
que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave,
e o meu fardo e leve”.
A segunda lição que aprendemos nesse salmo é:
muito maiores do que aquilo que podemos ter por recursos próprios
e pessoais. Esse fato destrói toda a prisão da nossa vontade. Somos
saciados Nele e por Ele! A ação da graça de Deus em nós acaba
com a ganância humana, pois, o homem que se acha dono de si
mesmo e pensa poder resolver todos os seus problemas, por sua
força e vontade, se vê incapaz e desprovido de tudo. Ele tem apenas
a graça de Deus que pode ajudá-lo na vida.
A realidade bíblica que nos ensina a sair dessa prisão é a de que
o Senhor é o nosso Pastor e absolutamente nada nos faltará, nada
mesmo. Pode o mundo desabar, podemos ver a nossa existência
toda abalada pelas circunstâncias difíceis que a vida apresenta vez
ou outra, mas nada disso importa, porque a promessa Dele é que
nada nos faltará.
A realidade dessa provisão miraculosa acontece por meio da vida
de Jesus. Sua vida entre os homens provê isso para nós. A Palavra
de Deus diz, em João 15.1-12: “Eu sou a videira verdadeira, e meu
Pai é o viticultor. Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e
toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais
limpos pela palavra que vos tenho falado. Permanecei em mim, e eu
permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se
não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes
em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em
mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis
fazer. Quem não permanece em mim é lançado fora, como a vara, e
seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e queimadas. Se vós
permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedi o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que
deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou,
assim também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes
os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo
que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no
seu amor. Estas coisas vos tenho dito, para que o meu gozo permaneça
em vós, e o vosso gozo seja completo” (grifo meu).
O Pastor por excelência da nossa vida 29
Jesus disse em João 16.33: “Tenho-vos dito estas coisas, para que
em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom
ânimo, eu venci o mundo”.
Paulo diz, em Filipenses 4.6-7: “Não andeis ansiosos por coisa
alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de
Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que
excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos
pensamentos em Cristo Jesus”.
O nosso Pastor conhece as nossas limitações e sabe exatamente
aquilo que precisamos. Não é preciso ficar preso pelo querer ter,
pelo querer resolver as situações da vida. Ele sabe aquilo que é
melhor para a nossa sobrevivência. Por isso, Paulo disse que podia
todas as coisas Naquele que o fortalecia. O texto afirma: “Ora,
muito me regozijo no Senhor por terdes finalmente renovado o vosso
cuidado para comigo; do qual na verdade andáveis lembrados, mas
vos faltava oportunidade. Não digo isto por causa de necessidade,
porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me
encontre. Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda
maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter
fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em
padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece...
Mas tenho tudo; tenho-o até em abundância; cheio estou, depois que
recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro
suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. Meu Deus suprirá
todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em
Cristo Jesus. Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória pelos séculos
dos séculos. Amém” (Fp 4.10-15 e 18-20).
O Pastor ao qual servimos pode ver a nossa miséria e derramar
Sua compaixão a fim de nos socorrer em tempo oportuno. O nosso
Pastor pode ver a nossa dor e nos consolar com a Sua graça à medida
que necessitamos, porque Ele sabe o que significa a dor. Jesus, mais
do que qualquer outro ser humano, entende e se identifica com a
dor humana.
30 Salmo 23: Descanso no pastor da nossa alma
5
LUCADO, Max. Aliviando a bagagem. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 05.
6
LUCADO, Max. Aliviando a bagagem. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 33.