Vinculantes Comentadas - Parte I
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Súmulas Vinculantes Comentadas – Parte I
Profª Flavia Bahia
Súmula Vinculante 2
É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
Ementas de Precedentes:
Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Criação de serviço de loteria por lei estadual (Lei no
8.118/2002, do Estado do Rio Grande do Norte). 3. Vício de iniciativa. 4. Competência privativa
da União 5. Expressão "sistemas de consórcios e sorteios" (CF, art. 22, XX) inclui serviço de
loteria. 6. Proibição dirigida ao Estado-membro prevista no Decreto-Lei no 204/67. 7.
Precedente: ADI 2.847/DF, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 26.11.2004, Tribunal Pleno. 8. Ação direta
de inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 2690, Relator(a): Min. GILMAR MENDES,
Tribunal Pleno, julgado em 07/06/2006, DJ 20-10-2006 PP-00048 EMENT VOL-02252-01 PP-
00128 RTJ VOL-00201-02 PP-00502 LEXSTF v. 28, n. 336, 2006, p. 44-58 RT v. 96, n. 856, 2007, p.
97-103).
Súmula Vinculante 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição.
Ementas de Precedentes:
Súmula Vinculante 10
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal
que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Comentários: Para evitar a burla ao princípio da reserva de plenário pelos órgãos fracionários é
que o Supremo Tribunal Federal editou o enunciado. Logo, se a decisão proferida pelos referidos
órgãos não declarar a inconstitucionalidade de forma expressa, mas afastar a incidência da
norma estará desrespeitando – de igual forma – o princípio da reserva de plenário, elencado no
art. 97 da CRFB/88. Quando a discussão da inconstitucionalidade da lei é colocada para exame
de órgão fracionário do Tribunal (turmas, seções ou câmaras, por exemplo), deve-se observar
os arts. 948 a 950 do CPC, quando três caminhos podem se abrir: a) se o órgão fracionário
entender que a norma questionada é válida, prossegue no julgamento do mérito da causa,
conforme dispõe o art. 949, I do CPC; b) se o órgão fracionário concordar com a
inconstitucionalidade suscitada não pode declará-la (em princípio). Deve promover a cisão do
julgamento e remeter ao órgão pleno ou ao órgão especial do tribunal o exame da
inconstitucionalidade (art. 949, II do CPC). Nessa hipótese, o órgão pleno ou especial do tribunal
examina tão somente se existe a inconstitucionalidade alegada e, lavrando acórdão, devolve-o
ao órgão fracionário para a continuidade do julgamento, com a apreciação do mérito; c) se o
órgão fracionário entender que a norma invocada para a solução do caso concreto é inválida e
se esta invalidade já tiver sido declarada pelo órgão pleno ou especial daquele tribunal ou pelo
órgão pleno do STF em outra causa, pode aplicar o entendimento de qualquer destas Cortes e
julgar imediatamente o mérito da causa. Ou seja, por medida de economia e celeridade
processuais, pode ocorrer de o órgão fracionário julgar diretamente o mérito da causa fundado
em decisão anterior de inconstitucionalidade daquela mesma norma. É o que autoriza o art. 949,
parágrafo único, do CPC.
Atenção!
Ementas de Precedentes:
Súmula Vinculante 12
A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da
Constituição Federal.
Comentários: As universidades públicas são proibidas de cobrar taxa de matrícula. O art. 206 da
CRFB/88 mostra que existe a obrigação do Estado de manter uma estrutura que permita ao
cidadão o acesso ao ensino superior. Além disso, a gratuidade estabelecida pelo citado
dispositivo mostra-se como um princípio que não encontra qualquer limitação no que tange aos
distintos graus de formação acadêmica. Dessa forma, as universidades públicas, integralmente
mantidas pelo Estado, não podem criar quaisquer obstáculos de natureza financeira para o
acesso dos estudantes aos cursos que ministram, ainda que de pequena expressão econômica.
Ementas de Precedentes:
Súmula Vinculante 18
Ementas de Precedentes:
Súmula Vinculante 25
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
Comentários: O status de supra legalidade atribuído ao Pacto de São José da Costa Rica, pelo
STF, fez com que o mesmo pudesse revogar a legislação infraconstitucional que versava sobre a
prisão civil do depositário infiel, em qualquer modalidade de depósito, sendo, portanto, ilícita a
sua prisão civil.
Ementas de Precedentes:
DEPOSITÁRIO INFIEL - PRISÃO. A subscrição pelo Brasil do Pacto de São José da Costa Rica,
limitando a prisão civil por dívida ao descumprimento inescusável de prestação alimentícia,
implicou a derrogação das normas estritamente legais referentes à prisão do depositário infiel.
(HC 87585, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 03/12/2008, DJe-118
DIVULG 25-06-2009 PUBLIC 26-06-2009 EMENT VOL-02366-02 PP-00237).
Súmula Vinculante 38
Precedentes: AI 694033 AgR (Publicação: DJe nº 155 de 09/08/2013); AI 629125 AgR (Publicação:
DJe nº 196 de 13/10/2011); ADI 3691 (Publicação: DJe nº 83 de 09/05/2008); ADI 3731 MC
(Publicação: DJe nº 121 de de 11/10/2007); AI 565882 AgR (Publicação: DJe nº 92 de
31/08/2007); AI 622405 AgR (Publicação: DJe nº 37 de 15/06/2007); RE 441817 AgR (Publicação:
DJ de 24/03/2006); AI 481886 AgR (Publicação: DJ de 01/04/2005); AI 413446 AgR (Publicação:
DJ de 16/04/2004); RE 189170 (Publicação: DJ de 08/08/2003); RE 321796 AgR (Publicação: DJ
de 29/11/2002).
Importante ressaltar uma exceção ao enunciado acima, pois segundo o STF e até mesmo o STJ,
as leis municipais não podem estipular o horário de funcionamento dos bancos, já que a
competência para definir o horário de funcionamento das instituições financeiras é da União.
Isso porque tal assunto traz consequências diretas para transações comerciais intermunicipais e
interestaduais, transferências de valores entre pessoas em diferentes partes do país, dentre
outras situações que transcendem o interesse local do Município. Dessa forma, o horário de
funcionamento bancário é um assunto de interesse nacional (RE 118363/PR).
Ementas de Precedentes: