0% acharam este documento útil (0 voto)
18 visualizações12 páginas

Resumo - TESP - CFP18

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 12

RESUMO – TESP

Combate a Incêndio com o Uso de Espuma


1) HISTÓRICO
• Os primeiros registros sobre sua utilização remontam de 1877, por meio de patente
inglesa, a qual descrevia o processo de extinção de incêndios em combustíveis
líquidos.
• Em 1904, San Petesburgo – Rússia, demonstração de extinção de incêndio em
nafta.
• 1937, Alemanha e Inglaterra, espuma mecânica produzida a partir de extratos
proteicos para extinções em derivados de petróleo.
• 1962, produção pela marinha americana, mais versátil.
• 2007, através da pesquisa científica elaborada pela militar Capitã Helen, que em
seu trabalho de conclusão do curso de aperfeiçoamento de oficiais, mostrou um
estudo aprofundado sobre as hipóteses de adoção ou não da espuma Classe A
pelo CBMDF, bem como as recomendações para implementação desta ferramenta.
2) O que é ESPUMA (LGE)?
É um agente extintor constituído de uma fase líquida e outra gasosa, apresentando uma
estrutura formada pelo agrupamento de bolhas geradas a partir da introdução de agentes
tensoativos (Líquido Gerador de Espuma – LGE), água e ar.
* Tetraedro da Espuma → ÁGUA + LGE + AR + AGITAÇÃO MECÂNICA
2.1) Características da ESPUMA
✔ Velocidade de Extinção e Fluxo;
✔ Resistência ao Calor;
✔ Resistência ao Combustível;
✔ Contenção de Gases; e
✔ Resistência ao Álcool.
2.2) Vantagens do combate com ESPUMA
 Isola o ambiente da radiação infravermelha;
 Evapora e resfria os gases da combustão;
 Diminui a tensão superficial (penetra no sólido);
 Evita a reignição;
 Retira o calor por evaporação com menor massa de agente extintor; e
 Economia de água (1 litro de água pode gerar 6 litros de espuma).

1
RESUMO – TESP

2.3) Classes do LGE no CBMDF


➔ Classe A: destinada ao combate a incêndios em sólidos comuns;
➔ Classe B: destinada ao combate a incêndios em líquidos inflamáveis; e
➔ Classe B/AR: destinada ao combate a incêndios em solventes polares, álcoois,
éteres e ácidos.
3) SISTEMA CAFS (Compressed Air Foam System) – Sistema de Espuma por Ar
Comprimido
 É um sistrema composto por MOTOBOMBA, COMPRESSOR DE AR
COMPRIMIDO e PROPORCIONADOR DE ESPUMA, capaz de fornecer espuma
de alta qualidade.
 Princípio de Funcionamento: na produção da espuma uma bomba centrífuga
pressuriza a água, que é misturada à espuma concentrada (extrato de espuma), na
quantidade exata garantida pelo proporcionador. A partir daí, o compressor injeta ar
na mistura, formando bolhas de espuma prontas para o combate.
4) VIATURAS COM ESPUMA P/ O COMBATE NO CBMDF
4.1) ABT Pierce – Auto Bomba Tanque (Extinção de Incêndios Urbanos)
• TANQUE DE ÁGUA → 3800L
• TANQUE DE ESPUMA → 200L
• DESCARGA DE ESPUMA → 1 saída de 2,5” e 1 saída de 1,5”
• 1 ESGUICHO CANHÃO
4.2) ASE – Auto Salvamento e Extinção (Salvamento e Extinção de Incêndios Urbanos)
• TANQUE DE ÁGUA → 3000L
• TANQUE DE ESPUMA → 100L
• DESCARGA DE ESPUMA → 2 saídas de 2,5”
4.3) ASE “Novo”
• TANQUE DE ÁGUA → 4000L
• TANQUE DE ESPUMA – 100L
• DESCARGA DE ESPUMA → 2 saídas de ½”
• Sistema por EDUÇÃO, MESCLADOR DE ESPUMA.

2
RESUMO – TESP
4.4) ABE – Auto Bomba e Escada (Extinção de Incêndios Urbanos e Salvamento em
Altura)
• TANQUE DE ÁGUA → 1000L
• TANQUE DE ESPUMA → 100L
• DESCARGA DE ESPUMA → 1 saída de 2,5” e 1 saída de 1,5”
• 1 ESGUICHO CANHÃO
4.5) ABSL – Auto Busca, Salvamento Leve (Busca e Salvamento)
• TANQUE DE ÁGUA – 113L
• TANQUE DE ESPUMA → Não possui, porém podem ser adicionados 500ml de
LGE no tanque de água.
• DESCARGA DE ESPUMA → Carretel com 30 metros de mangueira de 1’
5) TIPOS DE ESPUMA
5.1) Espuma Molhada (Combate)
➢ Concentração de LGE 0,3%;
➢ É a espuma padrão do sistema CAFS;
➢ Permite grande distância de lançamento; e
➢ Funciona para ataque direto e indireto.
5.2) Espuma Seca (Proteção)
➢ Concentração de LGE 0,3%;
➢ Boa propriedade de isolamento térmico;
➢ Menor distância de lançamento;
➢ Utiliza menos água; e
➢ Muito utilizada para fazer a proteção de áreas ainda não atingidas pelo fogo.
5.3) Água Molhada (Rescaldo)
➢ Concentração de LGE 0,1%;
➢ Indicada para rescaldo ou incêndios com menor potencial de dano;
➢ Usada apenas para espuma classe A; e
➢ Serve para aguar o material combustível, em especial àqueles com profundidade.
6) TÉCNICAS DE COMBATE COM O USO DA ESPUMA
6.1) Ataque Ofensivo
 Caso haja acessos como janelas e portas abertas → ataque já se inicia por fora da
edificação propiciando uma redução considerável na temperatura ambiente.

3
RESUMO – TESP
 Quando não encontradas portas ou janelas já abertas, deve-se observar a
possibilidade da ocorrência de fenômenos extremos do fogo. Se sim, deverá ser
feita abertura de porta parcial (o suficiente para lançamento de jatos de espuma
direcionados para o teto), se não, deverá ser feita abertura de porta completa.

6.2) Ataque Defensivo


 As linhas de mangueiras se posicionarão em locais seguros, fora da edificação, e
lançarão jatos no intuito de proteger áreas que ainda não foram atingidas com o
uso de espuma seca e atacar os focos identificados com o uso da espuma
molhada.
 Ainda existe a possibilidade de o ataque defensivo ser empregado
simultaneamente ao ataque ofensivo, ou seja, enquanto uma linha adentra uma
residência a fim de eliminar o foco, a outra linha se posiciona fora da edificação
lançando jatos de espuma seca (maior aderência) em áreas ameaçadas que ainda
não foram atingidas pelas chamas.
* Montagem das linhas: através das camas de mangueira transversais da parte superior
da viatura pré-conectadas às bocas de expulsão de espuma, situadas nas laterais das
viaturas. Cada linha deve possuir três mangueiras de 1,5 polegadas, aduchadas na
técnica FATLOAD e um esguicho de espuma que também permanecerá pré-conectado as
linhas. Após a atuação da guarnição, todo o extrato de espuma que ficar no interior das
mangueiras deve ser retirado antes de acondicioná-las a viatura.
* Golpe de Ariete: é uma variação da pressão decorrente da variação da vazão, causada
por alguma pertubação voluntária ou involuntária. Ex.: Fechamento rápido do esguicho.
* Equipamentos Energizados: não deve se utilizar nem a espuma e nem a água para a
extinção do incêndio, visto que os dois agentes extintores possuem condutividade elétrica.
7) EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO COMBATE
7.1) Esguicho FLAP: possibilita cobrir uma maior área, aumentando a capacidade de
proteção e isolamento das superfícies.
7.2) Lança: utilizado para perfurar superfícies, com o objetivo de introduzir espuma em
local de difícil acesso.
7.3) Proporcionador de alta expansão: utilizado acoplado com a manga plástica do
ventilador MT 236 para inundar rapidamente um ambiente com espuma de alta expansão.

4
RESUMO – TESP
7.4) Bomba Macaw: pode ser utilizada para repressão de pequenos incêndios urbanos
com a utilização de espuma.
CARACTERÍSTICAS
Capacidade Líquida 18,9 litros
Projeção de Distância Até 12 metros
Autonomia do Cilindro de Ar 45 minutos
Pressão do Cilindro 4500psi
7.5) Misturador entre linhas: ficou em desuso nas operações devido as evoluções
técnicas.
8) NORMAS DE UTILIZAÇÃO DO LGE NO CBMDF
✔ BG Nº 053 de 19/03/2015 → tanque de abastecimento de extrato de espuma deve
ser abastecido somente com uma bombona (20 litros) de LGE classe A; as viaturas
de incêndio urbano devem sempre andar com galão de LGE, mesmo que o sistema
CAFS não esteja funcionando.
✔ BG nº 100 de 30/05/2016 → extrato de espuma de classe A deve ser usado
somente para incêndios classe A.

Câmera Térmica
1) INTRODUÇÃO
• É uma ferramenta que permite ao bombeiro ser mais eficiente e tomar decisões
melhores nas ocorrências de incêndio e salvamento que envolvam fumaça ou falta
de iluminação. Por se tratar de um recurso de certa complexidade, atualmente o
CBMDF desenvolve instruções continuadas, através do GPCIU, acerca desse
equipamento para os militares da tropa para que possam operar o equipamento de
forma eficiente.
2) CONCEITO
• É um equipamento que tem como objetivo verificar o modo de olhar “a marca de
calor” de um objeto ou pessoa.
3) SISTEMA ÓPTICO
• É composto por lentes feitas de Germânio e não atravessam superfícies de vidro; e
• As unidades têm foco fixo com distância focal de 1 metro até o infinito.
4) APRESENTAÇÃO DA IMAGEM

5
RESUMO – TESP
• Os objetos quentes se apresentarão em tons brancos ou cinza claros, enquanto
que os objetos frios se apresentarão em tonalidades pretas ou cinza escuras.
5) RADIAÇÃO INFRAVERMELHA
• Emitida;
• Absorvida;
• Reemitida; e
• Refletida (vidro, água, espelhos e superfícies polidas).

6) INTERPRETAÇÃO DA IMAGEM
• Contraste térmico → quando um objeto aparece de forma mais nítida em relação a
outro;
• Saturação térmica → ocorre quando um objeto absorve tanta energia quanto
possível e irradia de volta esta energia (feedback radioativo), criando uma
temperatura média e uma imagem quase que completamente branca.
7) APLICAÇÕES (Principais)
• Identificar pontos quentes e fontes de calor;
• Recuperar a visão na escuridão total, enevoado, fumaça;
• Avaliar a cena de uma distância mais segura antes de decidir onde colocar os
recursos;
• Busca e resgate;
• Localização do foco de incêndio;
• Identificação de possíveis situações de descarga elétrica;
• Determinação de pontos de entrada e saída;
• Auxilia na Identificação dos níveis de produtos dentro de recipientes (Produtos
Perigosos);
• Investigação de incidentes; e
• Treinamentos.
8) CÂMERA TÉRMICA BULLARD
T4MAX
• Bateria;
• Lente;
• Bisel da lente;

6
RESUMO – TESP
• Acelerador térmico (Thermal Throttle)
• Tampa traseira;
• Botão liga/desliga;
• Botão Zoom;
• Cinta lateral; e
• Display HUD.

9) PUNHO TRANSMISSOR E GRAVAÇÃO


• Chave seletora de canal;
• Botão para gravação de imagens e fotos; e
• Conexão USB.

10) APARELHO RECEPTOR


• Bateria;
• Chave seletora de canais;
• Display HUD;
• Tela de LCD;
• Botão liga/desliga.

11) MANUTENÇÃO
• A manutenção desse equipamento diz respeito basicamente à limpeza, porque as
manutenções técnicas devem ser realizadas somente por pessoas especializadas
neste tipo de equipamento.

7
RESUMO – TESP
TÉCNICAS DE VENTILAÇÃO TÁTICA

1) VENTILAÇÃO TÁTICA
• São ações de controle de circulação de fumaça e de ar, de forma planejada, a fim
de obter vantagens operacionais no combate ao incêndio.
1.1 – Efeitos da Ventilação (Principais)
✔ Aumenta a velocidade da combustão;
✔ Dilui e dispersa a fumaça;
✔ Facilita o resgate e aumenta as condições de sobrevivência das vítimas; e
✔ Reduz o risco de comportamentos extremos do fogo.
1.2 – Efeitos da Antiventilação (Confinamento)
✗ Diminui a velocidade da combustão;
✗ Limita o fogo e a fumaça no ambiente incendiado; e
✗ Diminui a temperatura e aumenta a disponibilidade de ar respirável para as vítimas
distantes do foco.
1.3 – Tipos de Ventilação
a) Ventilação Natural: aproveitamento racional do deslocamento dos gases em prol da
operação de combate ao incêndio.
• Horizontal → ventilação feita horizontalmente, podendo ser a abertura de uma
janela ou porta, serve-se da sobrepressão e da direção do vento para dissipar a
fumaça; e
• Vertical → serve-se principalmente do empuxo e da sobrepressão, e pode também
aproveitar a direção do vento e eventualmente a pressão negativa.
* Conclui-se que a ventilação natural vertical surte mais efeito do que a ventilação natural
horizontal.
b) Ventilação Forçada: quando equipamentos como ventiladores, exaustores ou jatos de
água, forçam a remoção de fumaça, gases quentes e/ou injetam o suprimento de ar
fresco ao ambiente sinistrado.
• Ventilação forçada de pressão positiva (de fora para dentro do ambiente)

8
RESUMO – TESP

• Ventilação forçada por pressão negativa (de dentro da edificação para fora) com
uso de exaustores (kit V-box)

• Ventilação forçada por pressão negativa hidráulica (jato neblinado de dentro para
fora)

1.4 – Principais Equipamentos:


Ventilador MT 236
Vazão de ar: 43100 metros cúbicos/horas;
Autonomia: 2h/ tanque do óleo 0,6l / tanque gasolina 3,6l
Peso: 43 kg seco;
Regulagem de angulação vertical entre 10 a 20 graus

9
RESUMO – TESP
Ventilador elétrico ESV 230
Vazão de ar: 33900 metros cúbicos/horas;
Peso: 44,5 kg;
Posicionamento de 2 a 6 metros;
Inclinação vertical -10º a 20º;
Acompanha uma extensão 30 metros com kit v-box

Ventilador auxiliar elétrico SR 460


Fluxo de ar: 13000 metros cúbicos/horas;
Peso: 17 kg
Luz indicadora de energia e botão liga e desliga;
Acompanha bolsa e extensão 100 mts de 1,5 mm

Acessório duto manga (vermelho)

Contém um mangote com duto de conexão com 5 metros para


ventilação forçada em local sem saída

Kit V-BOX
Exaustão de ar para ventilação em espaços confinados;
Conexão rápida;
Projetado para ventiladores LEADER ESV230 dentre
outros;
Corrente de ar até 6500 metros cúbicos/horas

10
RESUMO – TESP
TÁTICAS DE VENTILAÇÃO
1) VENTILAÇÃO FORÇADA POR PRESSÃO POSITIVA OFENSIVA
• Ventilação executada através de ventiladores elétricos ou a combustão, onde o ar é
insuflado para o interior da edificação a fim de forçar a fumaça sair pela abertura
feita para rota de fuga da fumaça.

2) VENTILAÇÃO FORÇADA POR PRESSÃO POSITIVA DEFENSIVA


• Ataque executado através de ventiladores elétricos ou a combustão, onde o local
do foco é confinado e o ar é insuflado para o interior da edificação, a fim de forçar a
fumaça sair pela abertura feita para rota de fuga da fumaça.

11
RESUMO – TESP

3) VENTILAÇÃO FORÇADA POR PRESSÃO POSITIVA COMBINADA


• Consiste na ventilação ofensiva e defensiva ao mesmo tempo.

12

Você também pode gostar