Prática Da Linguagem Jurídica
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1. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL
1.3 Características
Como a notificação não tem um texto ou formato padrão, o conteúdo pode ser
escrito livremente. Todavia, o texto deve observar algumas informações importantes,
senão vejamos:
1. Na carta/notificação deve constar: o nome completo e o endereço completo
da pessoa a ser notificada, ou seja, o destinatário da notificação; o título
“Notificação Extrajudicial” e os dados do notificado;
2. O texto deve conter informações claras a respeito do objetivo da notificação,
as exigências e as providências que o notificado deverá tomar, os prazos
para o cumprimento das exigências e as medidas que serão tomadas em
caso de não cumprimento das exigências e prazos dados;
3. Ao final deve conter data e assinatura e deve ser elaborado em 02 (duas)
vias, a depender do cartório.
4. O texto não pode atentar contra a moral, os bons costumes e a segurança
nacional;
NOTIFICAÇÃO
NOTIFICANTE: MUNICÍPIO DE ITANHANGÁ, ESTADO DE MATO GROSSO,
inscrita no CNPJ sob o n.º 07.209.225/0001-00, neste ato
representado pelo Prefeito Municipal, o Sr. EDU LAUDI PASCOSKI,
brasileiro, casado, portador da cédula de identidade RG n° 408.854
SSP/MS, inscrito no CPF sob n° 411.269.551-91.
Atenciosamente,
2.1 Conceito
Requerimento é documento utilizado para pedir, solicitar ou requerer algo. Os
requerimentos podem apresentar uma estrutura simples, composta geralmente por um
único parágrafo, ou mais complexa, que pode acrescentar outros documentos em
anexo.
2.2 Finalidade:
O requerimento é um documento oficial que serve tanto para estabelecer a
comunicação entre interlocutores de diferentes graus hierárquicos como para solicitar
um bem ou um serviço que é direito do cidadão. Portanto, pode-se falar em tipos de
requerimento, quanto a sua função civil, para: concessão de auxílio-doença, gratificação
adicional por tempo de serviço, ajuda de custo, férias, cancelamento de cotas de salário-
família, revalidação de despacho concessório de licenças especiais, entre outros.
2.3 Características:
A linguagem deve ser formal para elaborar um requerimento deve ser impessoal
e concisa, detendo-se unicamente ao objetivo. Se necessário, pode-se acrescentar leis e
normas que assegurem o pedido requerido.
Vocativo: é uma marcação para chamar a atenção do leitor e marcar o início do corpo
do texto. Comumente, ele vem acompanhado do pronome de tratamento adequado à
relação estabelecida, além disso, pode vir tanto acima do texto como acoplado ao corpo
textual.
Corpo do texto: espaço em que se concentra a mensagem do requerimento, é onde se
apresentam nome do requerente, filiação, naturalidade, RG, CPF, estado civil, profissão,
endereço de residência e os tópicos do pedido. Mais uma vez, é importante frisar que
outros dados podem ser acrescentados ou dispensados, a depender do tipo da natureza
do pedido.
Fecho: conclusão do texto, a parte abaixo do corpo, na qual se assina nome e data do
dia em que o documento foi escrito. É importante ressaltar que, quando o requerimento
é feito por alguém que ocupa algum cargo profissional relevante ao assunto, é
necessário acrescentar qual cargo ou atuação do autor às outras informações do fecho.
2.6 Modelo:
REQUERIMENTO
(nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito sob o (CPF) e (RG), residente
e domiciliado à (rua), nº (informar), (bairro), na (cidade)-(UF), vem, respeitosamente, à
presença de (pronome de tratamento adequado), requerer (apresentar o pedido).
(assinatura)
(nome completo)
3.1 Conceito
O parecer jurídico é uma análise especializada elaborada por juristas
particulares, como um consultor jurídico, advogado ou jurista público sobre
determinado assunto quando solicitado por pessoas jurídicas ou físicas, na existência de
dúvidas ou controvérsias sobre o tema. É dividido em três espécies: facultativo,
obrigatório e vinculante.
a) Facultativo
O facultativo ocorre quando o parecer jurídico é solicitado por um particular ou
um órgão sem que haja determinação legal para a sua requisição. Também não há
obrigatoriedade do solicitante em acatar a opinião do parecerista.
b) Obrigatório
O parecer jurídico obrigatório acontece quando há norma que determina a sua
solicitação. Como por exemplo no rito licitatório, previsto no artigo 38, parágrafo único
da Lei 8.666/93, que tem como objetivo evitar defeitos que provocam nulidades no
processo licitatório.
Neste caso, o parecer é obrigatório como requisito, mas não é obrigatório
quanto ao seu acolhimento.
c) Vinculante
Este parecer ocorre quando, além de ser obrigatório, vincula o solicitante a segui-
lo. Citamos como exemplo os pareceres da Advocacia Geral da União, que são
submetidos à aprovação do Presidente da República (Lei Complementar nº 73/93, artigo
40, § 1º), vinculando toda a Administração Pública Federal. Temos como exemplo
o Parecer AM-06, que acabou com o sigilo bancário em operações de crédito com
recursos públicos. Esse parecer pode ser elaborado por advogados, procuradores,
assessores ou consultores jurídicos de órgãos da administração pública.
3.2 Características
O parecer jurídico deve ser o mais completo possível. Para isso, deve conter:
a) Título: PARECER JURÍDICO, preferencialmente de forma centralizada ao
documento, que pode ser acrescido ou não de um número para controle e
organização do parecerista.
Exemplo:
PARECER JURÍDICO Nº 56, 15/02/2021.
b) Quem solicitou
Endereçamento com o nome dos solicitantes.
c) Assunto
Qual o tema central do parecer. No exemplo da reforma trabalhista: APLICABILIDADE
DA MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA (LEI 13.467/2017) AOS CONTRATOS DE TRABALHO.
d) Ementa
Parte introdutória com os pontos essenciais e um resumo com as palavras-chave.
Geralmente, a ementa fica mais fácil de ser elaborada com o parecer pronto, pois você
terá uma visão global do texto e os principais pontos a destacar.
e) Relatório
Deve constar os assuntos que serão tratados no parecer e qual o questionamento feito.
f) Fundamentação
Na fundamentação constará toda a análise do fato ou processo. Nesta parte do parecer
serão elucidados os fatos, contendo os apontamentos dos dispositivos legais e
legislações correlatas, às informações técnicas necessárias, os entendimentos
doutrinários e jurisprudências.
g) Conclusão
Importante conter um breve resumo dos pontos suscitados no parecer, apresentando
uma opinião clara, seja ela favorável ou não com a opinião do parecerista, direcionando
o solicitante sobre o tema.
E, por fim, concluir com a expressão: “É o parecer”, seguido do nome do profissional,
cargo e assinatura.
h) Notas de rodapé
Deve conter as referências consultadas, tais como livros, sites, decisões etc.
3.3 Finalidade
A finalidade do parecer jurídico é trazer clareza sobre um determinado assunto
ou processo, pois vai analisar os fatos, efeitos, normas e validades jurídicas do caso
concreto. Por fim, irá apresentar uma solução ou um panorama para a questão.
Para compreender melhor a questão, tivemos em 2017 a conhecida reforma
trabalhista. Com a entrada da Lei em vigor, questionou-se muito sobre a sua
aplicabilidade nos contratos vigentes.
4.1 Conceito
A Ata é um registro escrito de um determinado evento, logo a Ata de Audiência é o
registro de escrito de uma audiência. Documento lavrado pelo escrivão, com supervisão
do juiz.
4.2 Finalidade
Fazer o registro dos fatos ocorridos durante a realização da audiência
Lavrar: é o ato de elaborar um documento, como uma escritura pública, por exemplo. É
o momento em que o escrivão ou oficial de registro redige o documento com base nas
informações fornecidas pelas partes envolvidas na audiência.
Audiência: Sessão solene que, ocorrendo num tribunal, tem o objetivo de julgar uma
causa, ouvir as testemunhas, os advogados e/ou partes interessadas em sua resolução.
Partes: pessoas físicas ou jurídicas que atuam no processo, por exemplo autor
(reclamante) e réu (reclamado).
Juiz: o juiz (do latim iudex, "juiz", "aquele que julga", de ius, "direito" / "lei", e dicere,
"dizer") é um cidadão investido de autoridade pública com o poder-dever para exercer
a atividade jurisdicional, julgando, em regra, os conflitos de interesse que são
submetidas à sua apreciação.
Testemunha: pessoa desinteressada e capaz de depor que declara à autoridade
judiciária o que tem ciência sobre fatos perceptíveis pelos sentidos.
5. PROCURAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Outorgante: Autoriza e outorga poderes a outra para que defenda seus interesses.
Outorgado: Pessoa que representa, defende e atua em nome do representado.
PROCURAÇÃO
Eu, João Ribeiro, brasileiro, natural de Goianápolis, solteiro, residente na Av. Brasil, RG
XXXXXXX e CPF XXXXXXXXXXX, CONCEDO a Luís Soares, natural de Goianápolis, solteiro,
residente na Av. Brasil, RG XXXXXXX e CPF XXXXXXXXXXX, PODERES PARA FINS DE
recebimento de equipamentos e peças em meu domicílio DURANTE O PERÍODO DE um
mês contado a partir da data de hoje.
João Ribeiro-Outorgante
Luís Soares-Outorgado
6. CONTESTAÇÃO JURÍDICA
6.1 Conceito
6.2 Finalidade
O documento tem como finalidade fazer com que o réu tenha a possibilidade de
se defender de acusações e mostrar o seu lado da história.
6.3 Características
A contestação não possui uma estrutura fixa, no entanto, possui partes
obrigatórias, tais como: identificação das partes e dos fatos relevantes; identificação das
questões jurídicas; apresentação dos argumentos contrários; fundamentação dos
argumentos; conclusão e pedido.
7.1 Conceito
É um documento pelo qual o procurador transfere ao substabelecido os poderes
que lhe foram conferidos pelo mandante. Pode ser total ou parcial, com ou sem reserva
de poderes. O substabelecimento segue a mesma forma exigida para a prática do ato.
Art. 655 - Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode
substabelecer-se mediante instrumento particular.
Art. 667 - O mandatário é obrigado a aplicar toda sua diligência habitual na execução do
mandato, e a indenizar qualquer prejuízo causado por culpa sua ou daquele a quem
substabelecer, sem autorização, poderes que devia exercer pessoalmente.
§1º - Se, não obstante proibição do mandante, o mandatário se fizer substituir na
execução do mandato, responderá ao seu constituinte pelos prejuízos ocorridos sob a
gerência do substituto, embora provenientes de caso fortuito, salvo provando que o
caso teria sobrevindo, ainda que não tivesse havido substabelecimento.
§2º - Havendo poderes de substabelecer, só serão imputáveis ao mandatário os danos
causados pelo substabelecido, se tiver agido com culpa na escolha deste ou nas
instruções dadas a ele.
§3º - Se a proibição de substabelecer constar da procuração, os atos praticados pelo
substabelecido não obrigam o mandante, salvo ratificação expressa, que retroagirá à
data do ato.
§4º - Sendo omissa a procuração quanto ao substabelecimento, o procurador será
responsável se o substabelecido proceder culposamente.
Art. 688 - A renúncia do mandato será comunicada ao mandante, que, se for prejudicado
pela sua inoportunidade, ou pela falta de tempo, a fim de prover à substituição do
procurador, será indenizado pelo mandatário, salvo se este provar que não podia
continuar no mandato sem prejuízo considerável, e que não lhe era dado substabelecer.
SUBSTABELECIMENTO
Cidade/UF, data.
8. REQUERIMENTO JUDICIAL SIMPLES
8.1 Conceito
O requerimento judicial simples é aquele feito ao magistrado por uma das partes,
solicitando algo. Alguns requerimentos são complexos, excedendo à órbita de mera
petição, e para sua realização demanda-se vasto desenvolvimento argumentativo e rigor
às exigências do momento processual, por exemplo os de designação de reclamações
trabalhistas, queixa-crime, denúncia, entre outros.
8.2 Finalidade
Um requerimento judicial simples tem como finalidade fazer uma determinada solicitação ao
magistrado ou informar um fato. É por meio dos requerimentos judiciais que as partes se
comunicam com o juiz.
REQUERIMENTO
Local e data
Assinatura de ambos.
FONTE:
JUSBRASIL.COM.BR