Anexo II - Manual Boas Práticas - Hipertensão Arterial

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Hipertensão Arterial

Manual de Boas Práticas


Manual de Boas Práticas Hipertensão Arterial

Documento de controlo

Validação pelo Aprovação em


Versão Elaboração / revisão
Conselho Técnico Conselho Geral

1 Paula Guilherme 22/08/2022 06/10/2022

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Siglas e Abreviaturas

ACeS – Agrupamento de Centros de Saúde


CCI – Cuidados Continuados Integrados
CH – Cuidados Hospitalares
CSP – Cuidados de Saúde Primários
DCCV– Doenças cérebro-cardiovasculares
dL – Decilitro
FC – Frequência Cardíaca
HDL – High Density Lipoprotein (Lipoproteína de alta densidade)
HTA – Hipertensão Arterial
IMC – Índice Massa Corporal
MCDT – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
Mm Hg – Milímetros de mercúrio
LDL – Low Density Lipoprotein (Lipoproteína de baixa densidade)
PA – Pressão arterial
PAS – Pressão arterial sistólica
PAD – Pressão arterial diastólica
PNV– Plano Nacional de Vacinação
SOAP – Subjetivo/Objetivo/Análise/Plano
Td– Vacina contra tétano e difteria, doses reduzidas
USF – Unidade Saúde Familiar

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Índice

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 5
2. DEFINIÇÃO DO PROCESSO ....................................................................................................................... 6
3. EXPETATIVAS ........................................................................................................................................... 7
4. CIRCUITO DO UTENTE .............................................................................................................................. 9
5. DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL ............................................................. 10
6. COMPETÊNCIAS ..................................................................................................................................... 12
7. AVALIAÇÃO E VIGILÂNCIA DO UTENTE COM HTA ................................................................................. 14
7.1 Consulta de Enfermagem e Registos ................................................................................................... 15
7.2 Consulta Médica e Registos ................................................................................................................. 17
8. RECURSOS .............................................................................................................................................. 19
9. INDICADORES......................................................................................................................................... 20
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................................... 21

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1. INTRODUÇÃO

A hipertensão Arterial (HTA) continua, em pleno século XXI, a ser o mais prevalente e importante fator de
risco para as doenças cérebro-cardiovasculares (DCCV) em todo o mundo. Os custos associados à morbilidade
e mortalidade resultantes do seu parcial diagnóstico, a pouca eficácia do tratamento e controlo e ainda a
deficiente prevenção a nível populacional, são um problema em todo o mundo. A necessidade de deteção e
adequado controlo da HTA assume em Portugal particular relevância, nomeadamente porque o acidente
cerebrovascular constitui a principal causa de morte.
Sendo este fator de risco o mais frequente também o seu diagnóstico é simples e pode ser melhorado
nos Cuidados de Saúde Primários. O diagnóstico atempado, a monitorização e o controlo são
fundamentais como estratégias preventivas. Por isso, é de extrema importância a existência de equipas
multidisciplinares de profissionais de saúde, que saibam comunicar e cooperar entre si e com o
utente/familiar/cuidador, no sentido de reduzir complicações crónicas e a morte.

Assim a construção deste manual tem como objetivo, descrever o circuito da pessoa com diagnóstico
de HTA na USF Cartaxo Terra Viva e dar ênfase às atividades que poderão melhorar a qualidade dos
cuidados a doentes com problemas crónicos.

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2. DEFINIÇÃO DO PROCESSO

Conjunto de atividades sequenciais de forma contínua e prolongada que visam o diagnóstico precoce,
tratamento integral e monitorização clínica da pessoa com HTA, garantindo a corresponsabilidade de todos
os profissionais de saúde e a continuidade assistencial entre todos os níveis de cuidados de saúde: cuidados
de saúde primários (CSP), cuidados hospitalares (CH) e cuidados continuados integrados (CCI).

Este manual destina-se a todos os utentes com diagnóstico de HTA, sendo critério de exclusão:

• Morte do utente

• Não cumprimento dos critérios de diagnóstico de HTA, excetuando os utentes em que a HTA esteve
presente o tempo suficiente para o risco de complicações ser elevado;

• Utentes institucionalizados ou a residir no estrangeiro ou que estejam impossibilitados de contactar


a unidade

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3. EXPETATIVAS

No desenvolvimento deste manual houve uma ponderação sobre as expetativas e necessidades da pessoa
com hipertensão, os seus familiares e cuidadores. De igual modo, também houve uma reflexão em relação
às expectativas e necessidades dos profissionais de saúde que atendem a pessoa com hipertensão e que por
sua vez condicionam a qualidade dos cuidados prestados.

Estas necessidades e expectativas foram obtidas através do desenvolvimento dos programas nacionais e
são, de forma resumida, as seguintes.

Pessoa com HTA e familiares/cuidadores:

• Acessibilidade à marcação de consultas e renovação de receituário;

• Garantia de agendamento das consultas em tempo útil e que as mesmas não sejam adiadas ou
que, caso o sejam, a remarcação seja rápida e automática;

• Disponibilidade de atenção e tempo adequado na sua consulta;

• Comunicação e informação numa linguagem percetível e adequada;

• Competência e qualidade nos cuidados prestados pelos profissionais de saúde.

Equipa Médica:

• Comunicação e cooperação ente toda a equipa multidisciplinar e facilidade de acesso a consulta


hospitalar;

• Garantia da prestação de informação pertinente, clara e coerente, pela restante equipa à pessoa
com hipertensão;

• Uniformização de registos clínicos e interoperabilidade entre os sistemas de registo informático


utilizados por todos os profissionais de saúde;

• Conferir a duplicidade de exames pedidos nos diferentes níveis de cuidados;

• Avaliação da prática clínica pelo sistema informático de registo

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Equipa de Enfermagem:

• Cooperação e diálogo entre toda a equipa multidisciplinar de saúde;

• Assegurar a atualização permanente dos seus conhecimentos, sobre hipertensão e meios de


prevenção;

• Disponibilidade de espaço, tempo e equipamentos necessários à prestação de cuidados à pessoa


com HTA.

Secretariado clínico:

• Garantia da disponibilidade de tempo para o processamento do atendimento de forma


empática, em ambiente de cortesia e respeito, com uma informação clara e pertinente;

• Encaminhamento das pessoas com HTA adequado aos diferentes níveis de cuidados.

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4. CIRCUITO DO UTENTE

Figura 1: Fluxograma do utente com Hipertensão

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5. DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

De acordo com a DGS o diagnóstico de hipertensão arterial (HTA) define-se, em avaliação de consultório,
como a elevação persistente, em várias medições e em diferentes ocasiões, da pressão arterial sistólica (PAS)
igual ou superior a 140 mmHg e/ou da pressão arterial diastólica (PAD) igual ou superior a 90 mmHg.

A imagem abaixo apresenta a classificação da HTA em três graus, e a definição de hipertensão sistólica
isolada – valores de PAS iguais ou superiores a 140mmHg e PAD inferiores a 90 mmHg.

Figura 2 – Classificação da Hipertensão Arterial

Em cada consulta a pressão arterial (PA) deve ser avaliada, pelo menos duas vezes, com um intervalo
mínimo entre elas de um a dois minutos, sendo registadas no processo clínico o valor mais baixo registado
da PAS e da PAD. Considerar uma terceira medição se houver uma grande discrepância entre os dois valores
iniciais medidos e assinalar essa diferença no processo clínico.

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Como regra, o intervalo entre consultas poderá ser tanto maior quanto mais próximos da normalidade
estejam os valores de PA. No entanto, segundo a Norma nº 020/2011 de 28/09/2011 atualizada a
19/03/2013, a pressão arterial deve ser reavaliada com a seguinte periodicidade:

• Se PA < 130/85mmHg, reavaliar até dois anos;


• Se PA 130-139/85-89mmHg, reavaliar dentro de um ano;
• Se PA 140-159/90-99mmHg, confirmar dentro de dois meses;
• Se PA 160-179/100-109mmHg, confirmar dentro de um mês;
• Se PA ≥ 180/110mmHg, avaliar e iniciar tratamento imediatamente, ou avaliar dentro de uma
semana, de acordo com o quadro clínico.

A medição da PA deve obedecer aos seguintes passos:

• ser efetuada em ambiente acolhedor e tranquilo;


• com o doente sentado e relaxado, pelo menos, durante 5 minutos;
• com a bexiga vazia;
• sem o utente ter fumado nem ingerido estimulantes (café por exemplo) na hora anterior;
• com o membro superior desnudado;
• usando braçadeira de tamanho adequado;
• medição sistemática no membro superior em que foram detetados valores mais elevados da PA
na primeira consulta.

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6. COMPETÊNCIAS

Entende-se por competências um conjunto de habilidades, comportamentos, atitudes e conhecimentos


inter-relacionados, dos quais uma pessoa precisa para ser eficaz na maioria das ocupações profissionais e
gerenciais.
Assim a competência é a qualidade que o profissional de saúde revela na sua prática diária, nas suas
atitudes e habilidades e capacidade de mobilizar os seus conhecimentos às boas práticas da profissão,
conduzindo à resolução de problemas.

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SECRETÁRIO
COMPETÊNCIA CLÍNICO ENFERMEIRO MÉDICO
Acolher o utente na USF Cartaxo Terra Viva ✓
Marcar consultas por telefone, correio eletrónico ou presencialmente ✓ ✓ ✓
Efetivar ou anular as consultas ao utente ✓
Orientar o utente para consulta do respetivo enfermeiro/médico ✓
Rececionar os pedidos de receituário e entregá-los ao utente ✓
Detetar casos ✓ ✓
Avaliar global e periodicamente o doente hipertenso ✓ ✓
Educar para a saúde - promoção de estilos de vida saudáveis ✓
Contribuir para a adesão ao regime terapêutico ✓
Validar os conhecimentos acerca da gestão do regime terapêutico ✓ ✓
Promover a adesão ao cumprimento do Programa Nacional de Vacinação e vacinas extraplano ✓
Promover a autovigilância, através da medição da Tensão arterial ✓ ✓
Efetuar o registo dos parâmetros avaliados e de outros dados clínicos relevantes no SClinico ✓ ✓
Motivar para a consulta de vigilância uma vez por semestre ✓ ✓
Instituir tratamento (farmacológico e não farmacológico) e revê-lo periodicamente ✓
Prescrever a medicação necessária até à próxima consulta agendada ✓
Controlar a evolução e de eventuais complicações ✓
Elaborar relatórios clínicos e atestados médicos ✓
Referenciar para os cuidados de saúde secundários ✓
Informar o utente sobre locais onde efetuar exames complementares de diagnóstico ✓
Prestar esclarecimentos em ao funcionamento da USF Cartaxo Terra Viva e horários ✓ ✓ ✓
Articular com a equipa multidisciplinar de profissionais de saúde ✓ ✓ ✓

Quadro 1 – Competências por profissional de saúde

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7. AVALIAÇÃO E VIGILÂNCIA DO UTENTE COM HTA

Periodicidade das consultas:

• Consultas médicas por ano: 2 a 4 consultas por ano, dependendo do grau de controlo tensional;
• Consultas de enfermagem por ano: 2 a 4 consultas, de acordo com o controlo tensional.

Avaliação semestral:

• Avaliação de valores tensionais;


• Avaliação do índice de massa corporal;
• Avaliação do perímetro abdominal;
• Avaliação/revisão de hábitos (tabágicos/alcoólicos/outros);
• Educação para a saúde.

Avaliação anual:

• Dois registos da PA;


• Um registo de microalbuminúria (em amostra ocasional ou de urina de 24 horas);
• Um registo do perfil lipídico;
• Um registo da função renal;
• Avaliação/revisão de hábitos (tabágicos/alcoólicos/outros);
• Educação para a saúde.

Medidas preventivas e análises/exames na HTA:

• Adoção de uma dieta variada, nutricionalmente equilibrada e pobre em gorduras (totais e


saturadas);
• Diminuição do consumo de sal (< 5,8 g / dia);
• Restrição do consumo excessivo de álcool (máximo 2 bebidas padrão/dia);
• Prática regular e continuada de exercício físico aeróbio (30 a 60 minutos, 4 a 7 dias por
semana);
• Índice de Massa Corporal igual ou superior 18 Kg/m2, mas inferior a 25Kg/m2;
• Perímetro abdominal < 94 cm (no homem) e < 80 cm (na mulher);
• PA < 140/90mmHg;
• Colesterol total < 190mg/dL;
• Colesterol HDL ≥ 40mg/dL, no homem e ≥ 45 mg/dL, na mulher;
• Colesterol LDL < 115mg/dL (se risco cardiovascular baixo - SCORE < 5%), < 100mg/dL (se risco
cardiovascular alto - SCORE ≥ 5% a < 10%) e < 70mg/dL ou 50% do valor inicial (se risco
cardiovascular muito alto - SCORE ≥ 10%);
• Triglicerídeos < 150mg/dL;
• Um eletrocardiograma;
• Cessação tabágica.

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Tratamento farmacológico e não farmacológico:

• Um ou mais fármacos para controlo dos valores tensionais;


• Promoção de estilos de vida saudáveis;
• Consumo moderado de bebidas alcoólicas;
• Dieta equilibrada (hipossalina e pobre em gorduras saturadas);
• Peso adequado;
• Atividade física regular adaptada;
• Vacinação intra e extraplano Nacional de Vacinação.

7.1 Consulta de Enfermagem e Registos

Na primeira consulta Enfermeiro de Família:

• Realiza a identificação inequívoca do utente;


• Acolhe o utente e/ou família /prestadores de cuidados;
• Abre o contato do utente na aplicação SClínico;
• Identifica os programas de saúde P.N.D.C.C. Risco: Hipertensão, ciclo de vida do utente (por
exemplo P.N. Saúde das Pessoas Idosas) e outros programas se existirem;

• Valida e preenche a Avaliação Inicial:

✓ Regista nas situações especiais na HTA, o ano de diagnóstico e vigilância

• Elabora Diagnósticos de Enfermagem nomeadamente:

✓ Hipertensão
✓ Gestão do Regime Terapêutico
✓ Comportamento de Adesão
✓ Autovigilância
✓ Adesão á vacinação
✓ Excesso de peso

• Identifica as intervenções sugeridas face ao Diagnóstico de Enfermagem:

✓ Avaliar a Gestão do regime Terapêutico


✓ Avaliar Conhecimento sobre o
✓ Avaliar conhecimento sobre regime dietético;
✓ Avaliar conhecimento sobre regime de exercício;
✓ Avaliar risco de diabetes tipo 2;

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✓ Monitorizar tensão arterial;


✓ Monitorizar frequência cardíaca;
✓ Monitorizar peso corporal;
✓ Monitorizar altura;
✓ Monitorizar perímetro abdominal;
✓ Monitorizar índice de massa corporal;
✓ Avaliar adesão à vacinação;
✓ Avaliar adesão ao regime terapêutico

No Mapa de Cuidados clica nas intervenções efetuadas.

Figura 3 – Processo de Enfermagem

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O Enfermeiro deve ainda:


• Identificar possíveis fatores de risco como: Tabagismo, Etilismo, sedentarismo, dislipidemia,
consumo de sal
• Realiza educação para a saúde
• Referencia e contata médico se necessário
• Efetua os registos no SClinico
• Fornece folhetos informativos usados pela USF Cartaxo Terra Viva
• Agenda próxima consulta de Enfermagem de acordo com as necessidades do utente

Nas consultas de HTA seguintes, o enfermeiro de família deverá:

✓ Realiza a identificação inequívoca do utente;


✓ Acolhe o utente e/ou família /prestadores de cuidados;
✓ Abre o contato do utente na aplicação SClínico;
✓ Valida a existência dos programas de saúde;
✓ Valida os Diagnósticos e intervenções de Enfermagem;
✓ Monitoriza parâmetros vitais e antropométricos;
✓ Reforça ensinos e esclarecer dúvidas;
✓ Realiza os registos adequados no SClínico.

7.2 Consulta Médica e Registos

No momento do diagnóstico de Hipertensão, o MF deve:

✓ Acolhe o doente e explicar-lhe sobre a nova doença;


✓ Verifica valores de Pressão Arterial;
✓ Regista K86 ou K87, na lista de problemas;
✓ No programa da HTA do SClinico regista: data de diagnóstico, data de início de tratamento
farmacológico, registo de complicações, identificação dos grupos terapêuticos realizados.
Quando indicado deve registar o cálculo do Risco de SCORE e diabetes. Copia para o campo “O”
do SOAP;
✓ Monitorizar Pressão Arterial e parâmetros antropométricos;
✓ Regista patologias associadas;
✓ Regista antecedentes;
✓ Esclarece dúvidas;
✓ Orienta sobre a importância do cumprimento do regime terapêutico - dieta, exercício físico e
farmacoterapia - no controlo da Hipertensão, conforme circulares normativas vigentes
(documentos em anexo);
✓ Informa sobre consequências da não adesão ao regime terapêutico;
✓ Verifica atualização do PNV, nomeadamente vacina Td e encaminhar ao sector de Enfermagem
quando desatualizado;

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✓ Realiza a prescrição de MCDT, farmacoterapia (se iniciada) e agendamento da próxima consulta


de HTA;

Nas consultas de HTA subsequentes, o MF:

✓ Acolhe o utente;
✓ Monitoriza Pressão Arterial e parâmetros antropométricos;
✓ Regista avaliação laboratorial (MCDT levados pelo utente);
✓ Esclarece dúvidas levantadas pelo utente;
✓ Prescreve MCDT, farmacoterapia (quando em curso), tendo em conta a data da próxima consulta
do utente;
✓ Agenda da próxima consulta de HTA;
✓ Regista eventuais efeitos secundários de farmacoterapia, referidos pelo doente

Situações a referenciar aos cuidados secundários:

✓ HTA resistente não controlada apesar da otimização terapêutica;


✓ Presença de complicações com necessidade de tratamento em CH;

✓ Emergências hipertensivas.

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8. RECURSOS

Para a consulta de hipertensão são necessários recursos essenciais para as diferentes atividades a
desenvolver, sejam instalações que respeitam os direitos da pessoa com HTA à privacidade, intimidade,
conforto e segurança, bem como a existência de materiais e equipamentos, incluindo sistemas de informação
e comunicação. Estes encontram-se descritos no quadro abaixo.

Quadro 2- Recursos necessários à Consulta de Hipertensão

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9. INDICADORES

A avaliação do processo assistencial é imprescindível no seu desempenho e implementação. A USF


Cartaxo Terra Viva selecionou indicadores que podem ser monitorizados pelos sistemas informáticos
utilizados.

Indicadores de Avaliação de Segurança

✓ Identificação correta e inequívoca do utente

Avaliação do cumprimento do procedimento “Identificação inequívoca dos utentes”.

Indicadores de Monitorização

✓ Indicador 383 - Prop. adultos com HTA, com diagnóstico.

Indicadores de Processo

✓ Indicador 18 - Proporção de hipertensos com IMC (12 meses);


✓ Indicador 20 - Proporção hipertensos < 65 A, com PA < 150/90;
✓ Indicador 23 - Proporção hipertensos com risco CV (3 A);

Satisfação do cidadão

✓ Aplicados inquéritos de satisfação ao utente

Avaliação através da análise do Relatório de avaliação de satisfação do utente.

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Direção-Geral da Saúde. Norma 005/2013: Avaliação do Risco Cardiovascular SCORE (Systematic


Coronary Risk Evaluation). 2013. Disponível em http://www.dgs.pt/normas-clinicas.aspx.
• Direção-Geral da Saúde. Norma 019/2011: Abordagem Terapêutica das Dislipidemias. 2013.
Disponível em http://www.dgs.pt/normas-clinicas.aspx.
• Direção-Geral da Saúde. Norma 020/2011: Hipertensão Arterial: definição e classificação. 2013.
Disponível em http://www.dgs.pt/normas-clinicas.aspx.
• Direção-Geral da Saúde. Norma 026/2011: Abordagem Terapêutica da Hipertensão Arterial. 2013.
Disponível em http://www.dgs.pt/normas-clinicas.aspx.

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