Apostila Eletromagnetismo 2021
Apostila Eletromagnetismo 2021
Apostila Eletromagnetismo 2021
CAMPUS PELOTAS
CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA
APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO
Volume Único
4ª Edição
PROFESSORES:
WAGNER I. PENNY
ADILSON M. TAVARES
SÉRGIO H. BRAUSTEIN
2021
2
PREFÁCIO
O curso técnico em eletrotécnica é um dos cursos mais antigos do atual Instituto Federal
Sul-rio-grandense e que mais emprega seus alunos. A formação do técnico em
eletrotécnica deve ser a mais ampla possível a fim de melhor prepará-lo para o mercado
de trabalho. As disciplinas de Eletricidade III (Integrado) e a de Eletromagnetismo
(Subsequente) são o alicerce do conhecimento do aluno na área do magnetismo e
eletromagnetismo, princípios básicos para o entendimento de conhecimentos posteriores
contidos nas disciplinas de Máquinas Elétricas, Medidas Elétricas, Projetos e Instalações
Elétricas. Até então a apostila utilizada nessas disciplinas mostrava-se um tanto quanto
desatualizada em relação aos conteúdos, surgiu então a necessidade da criação de um
novo material, baseado na apostila anteriormente utilizada no curso complementando
seus conteúdos.
Um agradecimento especial fica aos professores Adilson Tavares, Luciano Barboza e
Sérgio Braustein, autores da edição anterior da apostila de eletromagnetismo; aos
professores Flávio Franco e Francisco Brongar, autores da apostila de medidas elétricas,
e também ao professor Alvacir Tavares, autor da apostila de eletromagnetismo do curso
de Eletromecânica, a qual também serviu de base para a confecção deste material.
Esta apostila contém seis unidades, as quais contemplam os conteúdos programáticos da
disciplina de Eletromagnetismo do curso subsequente. Na primeira unidade são
abordados conteúdos e conceitos básicos relacionados ao magnetismo. Na segunda
unidade são abordados os primeiros conceitos do eletromagnetismo, com a definição de
campo indutor e o cálculo do mesmo para as mais variadas formas geométricas. A terceira
unidade aborda forças e torques eletromagnéticos. A quarta unidade aborda o cálculo de
circuitos magnéticos. A quinta unidade aborda a indução eletromagnética, relacionando
lei de Faraday e Lenz. Por fim, a sexta unidade aborda as perdas nos circuitos magnéticos.
SUMÁRIO
1. Magnetismo...........................................................................................................4
2. Eletromagnetismo................................................................................................22
3. Força e Torque Eletromagnéticos........................................................................57
4. Circuitos Magnéticos...........................................................................................75
5. Indução Eletromagnética.....................................................................................93
6. Perdas nos Circuitos Magnéticos.......................................................................119
Apêndice..................................................................................................................126
Referências Bibliográficas.......................................................................................130
1. MAGNETISMO
1.1 Introdução
As primeiras manifestações do magnetismo foram observadas na Grécia Antiga,
na região chamada Magnésia, antes do nascimento de Cristo. Foram encontradas pedras
especiais que atraiam pedaços de ferro e se atraiam e repeliam mutuamente. Tal pedra foi
chamada de magnetita e hoje se sabe que é uma espécie de óxido de ferro (Fe2O3). Este é
o ímã natural que deu origem a este importante ramo da Física: o Magnetismo.
S N
Figura 1.2 – Distribuição das linhas de força de força para ímãs em forma de barra e em
forma de ferradura.
SG NM
S N
S
Observação: No sistema CGS o fluxo tem como unidade uma linha ou um Maxwell (Mx)
e as relações existentes entre elas são:
S N
1cm2
1cm2
Como se pode ver no desenho, uma área unitária (exemplo: 1cm2, 1m2) colocada
próxima ao polo será atravessada por maior número de linhas que a área colocada mais
afastada, significando que no primeiro caso o campo é mais intenso.
u( ) 1 Wb
B= u(B)= u(B)SI = = 1 Tesla (T)
Sn u(Sn) 1 m2
=BnS=(Bcosγ) S
=BScosγ (1.1)
n
Bn
S
Bt
N S
N S N S
N S N S N S N S
N S N S N S N S N S N S N S N S
Desta forma o material passa a apresentar seu próprio campo magnético (campo induzido)
e reforça o campo naquela região.
N S N N S N S N S N S N S
N S
N S N S N S N S
S S N N S N S
S S N S S S
N N N
N S S N S N S N S S S
N N N N
(a) (b)
N S
N S
N
Figura 1.11 – a) Ímã atraindo uma barra de ferro b) Atração e repulsão entre ímãs
1.9 Experimentos
Experimento 1.1
Material necessário:
Roteiro
Experimento 1.2
Material necessário:
Roteiro
3 - Gire a agulha e verifique se ela retorna para a posição inicial. Anote conclusões.
................................................................................................................................................................ ........
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
6 - Anote conclusões.
............................................................................................................................................................... .........
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................
7 - Com base nos resultados do experimento, complete o desenho abaixo, com a posição
do alfinete, e indique no mesmo os pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste.
Parede Bancada
número ____
Prato
1.10 Exercícios
1. Sabendo-se que o sol mostrado na figura deste exercício está nascendo, responda:
a) Dos pontos M, P, Q e R, qual deles indica o sentido do norte geográfico?
b) Observe os pontos A e B indicados na bússola e diga qual deles é o polo norte e qual é
o polo sul da agulha magnética.
2. Um ímã AB é partido em três pedaços, originando os novos ímãs AC, DE e FB. Indique,
na figura abaixo, o nome (norte ou sul) de cada um dos polos A, C, D, E e B assim obtidos.
A B
N S
A C D E F B
3. Quando uma bússola está afastada de outros ímãs (ou de pedaços de ferro), sua agulha
magnética toma a orientação indicada em linha pontilhada na figura abaixo, com a seta
apontando para o norte. Aproxima-se desta bússola um ímã bem “forte”, nas posições
indicadas em cada caso mostrado na figura. Represente na mesma figura a direção e o
sentido que a agulha tomará em cada situação.
Obs.: A faixa preta indica o polo norte do ímã.
4. Para a situação abaixo, explique o motivo da atração dos parafusos de aço pelo ímã
permanente e indique nestes as polaridades magnéticas induzidas.
N S
5. Faça um desenho representando as linhas de força magnéticas e seu sentido para cada
um dos casos abaixo.
S N
A B
C D
8. Calcule o fluxo magnético que atravessa a espira quadrada (10cm x 10cm) em cada
posição, considerando que há um deslocamento de 300 entre uma posição e outra. Dado
B=0,5 T.
Respostas:
= 5mWb = 4,33mWb = 2,50mWb =0
9. Execute as conversões
a) 7500 Gauss para Tesla Resposta: 0,75T
b) 100 mWb para Wb e para Maxwell Respostas: 0,1Wb e 10x106 Mx
c) 85 Wb para mWb Respostas: 0,085 mWb
10. Uma espira retangular, com 15cm de largura, por 20cm de comprimento encontra-se
imersa em um campo de indução magnética uniforme e constante, de módulo 10T. As
linhas de indução formam um ângulo de 60° com o plano da espira, conforme mostra a
figura:
Qual é o valor do fluxo de indução magnética que passa pela espira? Resp.
259 mWb
11. Um campo magnético atua perpendicularmente sobre uma espira circular de raio
10cm, gerando um fluxo de indução magnética de 1Wb. Qual a intensidade do campo
magnético? Resp. B=31,84 T
12. Uma espira quadrada de lado L= 2cm é imersa em um campo magnético uniforme de
intensidade 2T. Qual é o fluxo de indução nessa espira em cada um dos seguintes casos:
Resp. 21mWb
16. Comente as denominações polos sul e norte magnético, comparando-os com os polos
geográficos.
17. Indique a polaridade do ímã abaixo, em função do sentido das linhas de força
magnéticas, justificando-a.
18. Explique a teoria de Weber-Ewing, inclusive usando desenhos adequados para tal.
19. Compare as características dos ímãs permanentes e dos eletroímãs.
20. Defina fluxo magnético e indução magnética e cite suas unidades no sistema MKS
(SI).
21. Um reator de uma lâmpada fluorescente possui um fluxo de 0,36mWb e este passa
por uma seção transversal retangular de ferro de 1,6cm x 1,5cm. Calcular a indução neste
ponto do núcleo. R: 1,5T
22. Calcular o fluxo que atravessa as espiras a seguir:
a) Espira retangular 10cm x 5cm com indução perpendicular de 1,2T.
b) Espira retangular 10cm x 5cm com indução de 1,2 T a 60º do plano da espira.
c) Espira retangular 10cm x 5cm com indução de 1,2 T a 60º da normal da espira.
2. ELETROMAGNETISMO
2.1 Introdução
No Capítulo 1 mostrou-se a relação que existe entre a eletricidade e o magnetismo
e, também, a Teoria de Weber-Ewing. É importante relembrar alguns conceitos e também
a relação entre eletricidade e magnetismo descoberta por Oersted:
(a) (b)
Figura 2.1 – Representação de vetores: (a) vetor entrando no plano (b) vetor
saindo do plano
Agarra-se o condutor com a mão direita de forma que o polegar fique apontando
no sentido da corrente. Assim os outros quatro dedos indicarão o sentido das linhas de
força ao redor do condutor. Esta regra também é aplicada a pequenos trechos de um
condutor curvo.
Figura 2.2 – Campo criado por fio retilíneo com corrente elétrica
B
B
Figura 2.4 - Campo magnético criado por bobina percorrida por corrente
Agarra-se a bobina com a mão direita com os quatro dedos indicando o sentido da
corrente na mesma, com isto o polegar estará indicando o sentido das linhas de força no
interior da bobina.
2.3 Intensidade de Campo Magnético e Permeabilidade Magnética
Os fenômenos magnéticos são, de modo geral, proporcionais a uma grandeza
muito importante: a indução magnética B. O conhecimento do valor da indução é,
portanto, indispensável na maioria dos problemas. As formas de obtenção de uma indução
magnética (B) são as seguintes: através de ímãs permanentes e através de corrente
elétrica.
Por questões didáticas, o estudo quantitativo será restringido apenas ao caso de
produção de campo magnético por corrente elétrica.
A indução magnética depende basicamente de duas grandezas a serem definidas:
Intensidade de Campo Magnético (ou Campo Indutor) (H) e Permeabilidade Magnética
(µ).
B u C
I
+
V d
-
I
A D
Considere-se agora que a bobina utilizada é substituída por outra bobina com
maior número de espiras. Ajustando-se a tensão da fonte para que a corrente permaneça
N.I
H=
(2.1)
1,6
1,4
1,2
(a) curva de magnetização
1 do ferro fundido doce
B (T)
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
H (Ae/m)
1
0,9
0,8
0,7
0,6 (b) curva de magnetização
B (T)
B (2.2)
H
b) H = 4000 Ae/m
c) H = 10000 Ae/m
0 4 10 7 H / m
Portanto, os meios não magnéticos como o ar, o alumínio e a madeira entre outros
possui permeabilidade
0 4 10 7 H / m .
Exemplo 2.4: Neste exemplo a corrente I5 não é envolvida pela linha de força
(caminho que está sendo magnetizado).
Para a correta aplicação da Lei de Ampère a trajetória da linha de força deve ser
bem conhecida, o valor da intensidade de campo magnético deve ser constante em toda a
trajetória e todas as unidades devem estar no SI.
De acordo com a Lei de Biot-Savart pode ser deduzida uma equação, que resulta
em:
𝐼
𝐻= (2.5)
2.𝜋.𝑟
Onde “I” é a corrente elétrica (A) e “r” é a distância (metro) do condutor até o
ponto em que se deseja determinar a intensidade de campo magnético “H”(Ae/m).
Aplicando a Lei de Ampère tem-se que ∑𝑚
𝑖=1 𝐻𝑖 . ∆𝑙𝑖 = 𝐼𝑒𝑛𝑣𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑎 , mas o somatório
𝐼𝑒𝑛𝑣𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑎 , mas Ienvolvida = N.I e também que o somatório dos produtos de Hi.∆li nada mais
é que o campo magnético do interior do solenoide multiplicado pelo comprimento do
interior mais o campo magnético do exterior do solenoide multiplicado pelo comprimento
do exterior. Assim,
𝐻𝑒𝑥𝑡 . 𝑙𝑒𝑥𝑡 + 𝐻𝑖𝑛𝑡 . 𝑙𝑖𝑛𝑡 = 𝑁. 𝐼
Mas Hext = 0, dessa forma
𝑁.𝐼
𝐻= (2.8)
𝐿
Onde H é a intensidade de campo magnético (Ae/m), N é o número de espiras
(admensional), I é a corrente elétrica (A) e L é comprimento do solenoide (m).
Para se encontrar a indução basta multiplicar a intensidade de campo magnético
pela permeabilidade magnética do material que compõe o núcleo do solenoide.
𝜇.𝑁.𝐼
𝐵= (2.9)
𝐿
Quando o solenoide possuir núcleo de ar ou vácuo:
𝜇0.𝑁.𝐼
𝐵= (2.10)
𝐿
Onde µ é a permeabilidade magnética do material e µ0 é a permeabilidade
magnética do vácuo.
Nota-se que os fatores que influenciam o valor da indução magnética são a
corrente, o número de espiras, o material do núcleo e o comprimento do solenoide. Sendo
a indução diretamente proporcional aos três primeiros e inversamente proporcional ao
comprimento. Quanto maior a corrente maior será o efeito magnético percebido e, se
forem colocadas mais espiras, os efeitos magnéticos serão somados, resultando em uma
maior indução. Se as espiras forem colocadas mais juntas (comprimento menor) haverá
menor dispersão das linhas, de modo que a indução também acaba sendo maior.
𝜇.𝑁.𝐼
𝐵= (2.13)
2.𝜋.𝑟𝑚
domínios precisam superar o atrito e a inércia. Ao fazer isto dissipam certa quantidade de
energia na forma de calor, que é chamada de PERDA POR HISTERESE. Quanto maior
a força coercitiva mais difícil se torna a desmagnetização do material e, portanto, mais
perdas ocorrem.
Pode-se provar matematicamente que a área dentro do laço de histerese representa
as perdas histeréticas. Assim, para o trabalho com corrente variável (ou alternada), é
necessário que o laço seja o mais estreito possível para que as perdas sejam o menor
possível. Na figura 2.17 é apresentado um gráfico com a representação das perdas por
histerese magnética.
Para redução dessas perdas deve-se usar material de baixa força coercitiva,
indução magnética baixa (material não saturado) e reduzir a frequência da variação do
fluxo (quando for possível).
A curva B-H dos materiais é que diferenciam as suas propriedades para fabricação
de ímãs e de eletroímãs.
Os ímãs permanentes ideais devem ter alta coercitividade para que sejam difíceis
de serem desmagnetizados e alta remanência para que apresentem uma boa indução de
trabalho. Os ímãs reais dificilmente apresentam as duas características completas juntas.
Os materiais mais usados em ímãs permanentes são: Aço com alto teor de carbono,
Ferrite, Alnico, Samário- Cobalto, Neodímio-Ferro-Boro.
Para fabricar eletroímãs o importante é que a indução seja alta para pequenos
valores de H (alta permeabilidade) e que a coercitividade e remanência sejam pequenas
para que, quando a corrente seja extinta a indução residual anule-se facilmente. O material
ideal para eletroímãs deve ter, portanto, o laço de histerese representando uma reta que
passa pela origem e tenha grande inclinação (grande permeabilidade).
Para fabricação de eletroímãs são usados normalmente aço-doce e o aço-silício.
Estes materiais têm alta permeabilidade e pequena força coercitiva, porém, possuem alta
indução residual, o que não chega a ser um problema pois é facilmente reduzida já que
a força coercitiva é muito baixa.
Exemplo 2.8: Com base nos valores da Tabela 2.4, calcule a área da seção
transversal dos fios listados abaixo.
Nominal Mínimo Máximo Mínima Nominal Máxima Min. (mm) (mm) Min. (mm) (mm)
0,020 0,019 0,021 50,4896 54,8800 59,2704 0,003 0,025 0,005 0,030
0,025 0,024 0,026 32,3133 35,1232 37,9331 0,003 0,031 0,005 0,036
0,032 0,031 0,033 19,7225 21,4375 23,1525 0,003 0,038 0,006 0,044
0,040 0,038 0,042 12,6224 13,7200 14,8176 0,003 0,047 0,008 0,053
0,050 0,048 0,052 8,07834 8,78080 9,48326 0,003 0,060 0,010 0,067
0,063 0,060 0,066 5,08839 5,53086 5,97333 0,005 0,075 0,010 0,080
0,070 0,067 0,073 4,11935 4,48000 4,89017 0,005 0,083 0,013 0,090
0,080 0,077 0,083 3,18653 3,43000 3,70248 0,005 0,095 0,015 0,103
0,090 0,088 0,093 2,53810 2,71012 2,83471 0,005 0,105 0,015 0,115
0,100 0,097 0,103 2,06919 2,19520 2,33308 0,008 0,117 0,018 0,128
0,112 0,109 0,115 1,65989 1,75000 1,84766 0,008 0,130 0,020 0,142
0,125 0,122 0,128 1,33984 1,40493 1,47487 0,010 0,145 0,020 0,158
0,140 0,137 0,143 1,07350 1,12000 1,16959 0,010 0,161 0,023 0,176
0,160 0,157 0,163 0,826226 0,857500 0,890583 0,013 0,183 0,025 0,198
0,180 0,177 0,183 0,655498 0,677531 0,700692 0,013 0,206 0,028 0,224
0,200 0,197 0,203 0,532699 0,548800 0,565642 0,015 0,228 0,030 0,246
0,250 0,247 0,253 0,342951 0,351232 0,359815 0,018 0,280 0,036 0,298
0,280 0,277 0,283 0,274095 0,280000 0,286097 0,018 0,312 0,038 0,330
0,315 0,312 0,318 0,217080 0,221235 0,225509 0,020 0,351 0,040 0,368
0,355 0,351 0,359 0,170328 0,174188 0,178180 0,020 0,390 0,041 0,411
0,400 0,396 0,404 0,134496 0,137200 0,139986 0,023 0,435 0,043 0,458
0,450 0,445 0,455 0,106035 0,108405 0,110855 0,023 0,488 0,046 0,511
0,500 0,495 0,505 0,086078 0,087808 0,089591 0,025 0,540 0,048 0,565
0,5600 0,554 0,566 0,068524 0,070000 0,071524 0,025 0,602 0,050 0,628
0,630 0,624 0,636 0,054270 0,055309 0,056377 0,027 0,673 0,053 0,701
0,710 0,703 0,717 0,042701 0,043547 0,044418 0,028 0,755 0,055 0,783
0,750 0,742 0,758 0,038206 0,039026 0,039872 0,029 0,797 0,057 0,825
0,800 0,792 0,808 0,033624 0,034300 0,034996 0,030 0,848 0,058 0,878
0,850 0,841 0,859 0,029750 0,030383 0,031037 0,030 0,899 0,060 0,930
0,900 0,891 0,909 0,026567 0,027101 0,027651 0,030 0,951 0,063 0,981
0,950 0,940 0,960 0,023819 0,024324 0,024844 0,031 1,002 0,065 1,033
1,000 0,990 1,010 0,021519 0,021952 0,022398 0,032 1,053 0,066 1,085
1,060 1,049 1,071 0,019537 0,034 1,114 0,067 1,147
1,120 1,109 1,131 0,017500 0,035 1,175 0,070 1,208
1,180 1,168 1,192 0,015766 0,036 1,237 0,072 1,270
1,250 1,237 1,263 0,014049 0,036 1,308 0,073 1,343
1,320 1,307 1,333 0,012599 0,036 1,379 0,074 1,415
1,400 1,386 1,414 0,011200 0,037 1,459 0,075 1,496
1,500 1,485 1,515 0,009756 0,039 1,560 0,077 1,599
1,600 1,584 1,616 0,008575 0,041 1,663 0,080 1,703
1,700 1,683 1,717 0,007596 0,039 1,761 0,076 1,800
1,800 1,782 1,818 0,006775 0,035 1,857 0,070 1,895
1,900 1,881 1,919 0,006081 0,036 1,958 0,072 1,996
2,000 1,980 2,020 0,005488 0,037 2,059 0,073 2,098
2,120 2,099 2,141 0,004884 0,037 2,180 0,075 2,220
2,240 2,218 2,262 0,004375 0,037 2,301 0,075 2,343
2,360 2,336 2,384 0,003941 0,039 2,422 0,077 2,465
2,500 2,475 2,525 0,003512 0,039 2,562 0,078 2,606
2,650 2,623 2,677 0,003126 0,039 2,713 0,079 2,758
2,800 2,772 2,828 0,002800 0,040 2,865 0,080 2,912
3,000 2,970 3,030 0,002439 0,041 3,067 0,082 3,115
3,150 3,118 3,182 0,002212 0,041 3,217 0,083 3,267
3,350 3,316 3,384 0,001956 0,042 3,418 0,084 3,470
3,550 3,514 3,586 0,001742 0,043 3,619 0,085 3,771
3,750 3,712 3,788 0,001561 0,043 3,820 0,087 3,873
4,000 3,960 4,040 0,001372 0,044 4,071 0,088 4,127
4,250 4,207 4,293 0,001215 0,045 4,327 0,090 4,381
4,500 4,455 4,545 0,001084 0,045 4,574 0,091 4,634
4,750 4,702 4,798 0,000973 0,045 4,825 0,092 4,886
5,000 4,950 5,050 0,000878 0,46 5,075 0,093 5,138
a) Método da bobina
Para exemplificar este método, mostra-se na figura abaixo uma chave de fenda
que é magnetizada pela ação da corrente que passa pela bobina. O campo magnético
criado pela bobina ordena os ímãs elementares da chave de fenda que, então, cria o seu
próprio campo magnético, denominado campo induzido. As ferramentas, tipo chave de
fenda, tesoura e alicate entre outras, são feitas de aço carbono que tem alta retentividade,
portanto, mesmo depois de cessado o campo indutor a peça fica magnetizada tornando-
se um ímã permanente.
Executando o mesmo método em uma peça de ferro doce observa-se que quando
o campo indutor cessa o material fica praticamente desmagnetizado. Isto ocorre porque o
ferro doce tem baixa retentividade e presta-se para construção de ímãs temporários.
b) Método do atrito
Atritando-se um ímã permanente com uma peça magnética também se consegue
ordenar os ímãs elementares e criar um campo induzido. As observações do item anterior
quanto ao tipo de ferro continuam válidas.
Quando todos os ímãs elementares ficam ordenados de tal modo que mesmo
aumentando o campo indutor o campo induzido não aumenta, o material atinge a
saturação magnética. A saturação magnética existe em qualquer material magnético
qualquer que seja o método de magnetização.
2.10 Experimentos
Experimento 2.1
Material necessário:
- 01 Fonte de alimentação
- 01 Bússola
- Cabos
Roteiro
4 – Ainda com a fonte desligada, faça um curto-circuito entre seus terminais. Este
procedimento somente é possível em função de a fonte possuir uma limitação interna de
corrente.
5 – Ligue a fonte e gire o potenciômetro de ajuste fino (FINA) lentamente até que a
corrente seja 1,6A.
6 – Desligue a fonte.
8 – Ligue a fonte.
12 – Anote conclusões:
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
Experimento 2.2
Material necessário:
Roteiro
ATENÇÃO PARA O
SENTIDO DO
ENROLAMENTO!
6 – Ligue a fonte e gire o potenciômetro de ajuste fino (FINA), lentamente, até que a
corrente seja 2,0 A.
Obs.: toque com cuidado na bobina e verifique o efeito térmico da corrente (Efeito Joule).
8 – Agora, sem a bússola, aproxime o alfinete das posições 1 e 2 e relate o que aconteceu.
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
......................................
9 – Represente algumas linhas de força do campo magnético.
Experimento 2.3
Título: Temperatura e Magnetização
Material necessário:
- 01 ímã permanente - 02 alfinetes
- 01 vela - 01 alicate universal
Roteiro
1 – Magnetize os alfinetes usando o ímã permanente.
5 – Anote conclusões.
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
2.11 Exercícios
1. Descreva a regra usada para determinar o sentido das linhas de força magnéticas
criadas por um condutor retilíneo percorrido por corrente.
2. Para o circuito abaixo, pede-se:
a) represente a corrente que circula pela bobina;
b) represente as linhas de força dos campos magnéticos da bobina e do ímã
permanente;
c) represente os ímãs elementares do núcleo de ferro sobre o qual está enrolada a
bobina;
d) indique os polos Norte e Sul do núcleo de ferro;
e) determine se há atração ou repulsão entre o núcleo de ferro e o ímã permanente.
9. Um fio retilíneo percorrido por corrente produz um campo magnético com qual
formato? Qual regra nos dá o sentido dos vetores? Explique.
10. Indique o sentido das linhas de força nas figuras a seguir.
Figura 3.2 – Regra dos três dedos da mão esquerda para carga elétrica positiva
em movimento imersa em campo magnético
Caso a carga se desloque na mesma direção das linhas de força, nenhuma força
aparecerá sobre ela, o mesmo acontecerá se a carga estiver em repouso.
Este fenômeno eletromagnético é o princípio de muitos outros cuja utilidade é
indiscutível na moderna tecnologia. Citam-se, por exemplo, a força mecânica sobre
condutor percorrido por corrente imerso em campo magnético, a fem induzida em
condutor em movimento dentro de campo magnético, o tubo de raios catódicos de uma
TV de tubo, o efeito Hall, etc.
Exemplo 3.1: Calcular a força mecânica que age sobre uma carga elétrica de 1nC,
lançada perpendicularmente num campo magnético de 0,2T com uma velocidade de 120
km/h. R: 6,67nN
S S
I I
F
N N
Exemplo 3.2: Calcular a força que age sobre um condutor retilíneo de 0,45m de
comprimento que está imerso em um campo magnético, perpendicular às linhas de força,
cuja indução vale 0,32 T sabendo-se que a corrente no mesmo vale 50 A. R: 7,2N
Onde:
f = força numa face polar com área S e indução B (N);
S = área de uma face polar (m²);
B = indução no entreferro (T);
µ0 = permeabilidade magnética do vácuo (4π.10-7 T.m/A).
Esta equação foi deduzida levando em conta as seguintes simplificações:
a) A relutância do ferro é considerada desprezível em comparação com a do ar, ou
seja, após a atração a equação deixa de ser precisa.
b) A indução deve ser constante em toda a área do entreferro, ou seja, o entreferro
não deve exceder alguns milímetros a fim de que o espraiamento e a dispersão
magnética sejam desprezíveis. Lembrando que:
i. Dispersão Magnética – Linhas de força que se fecham por um caminho
externo ao núcleo, como na figura 2.5. A presença da dispersão faz com
que o valor do fluxo obtido seja menor (e da indução também).
ii. Espraiamento – Situação em que a seção do entreferro é um pouco maior
do que a seção das faces do ferro, com o aumento de área há a diminuição
da indução.
(a) (b)
Figura 3.5 – Linhas de força no entreferro: a) Sem espraiamento b) Com espraiamento
Exemplo 3.4: Calcule a força de atração de um eletroímã que possui face polar
com seção circular com raio de 5 cm, submetido a uma indução de 0,2 T. R: 125N
F B
n
S
S
NN
S S
F
I I
B
r
n 2r
I I
F
(a)
N N
B l
n FR
I
F n
FT
FT B
(c)
F
I
I I
FR
(b) F F
Exemplo 3.6: Uma bobina com 500 espiras está imersa num campo magnético
com indução de 0,5 T. A bobina possui área de 200 cm² e é percorrida por uma corrente
de 2A. No instante em que o eixo magnético da bobina forma um ângulo de 60º com o
vetor indução qual é o valor do torque que atua na espira? R: 8,67N.m
Exemplo 3.7: Uma bobina possui área de 50 mm², 1000 espiras e é percorrida por
uma corrente de 3 A. Se esta bobina estiver imersa em um campo magnético com indução
de 0,2 T qual será o torque que atua na bobina se o plano paralelo à superfície da bobina
forma um ângulo de 60° com as linhas de força? R: 0,015N.m
O que acontece, é que pouco antes dos polos opostos se encontrarem, a corrente na
armadura é invertida (através do uso do comutador), invertendo, assim, a posição de seus
polos, o norte passa a ser o polo próximo ao polo norte do estator e o polo sul passa a ser
o polo próximo ao polo sul do estator, dessa forma acontece nova repulsão e o motor
continua em movimento.
3.8 Experimentos
Experimento 3.1
Material necessário:
- fonte cc - bússola
- amperímetro DC 1 A - cabos
Roteiro
5 – Monte a estrutura do estator de modo que o pólo inferior seja NORTE e o superior
SUL.
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
............................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.........................................................
11 – Anote conclusões.
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
3.9 Exercícios
1. Nos desenhos abaixo, identifique na figura A os polos Norte e Sul dos ímãs
permanentes, represente, na figura B, o sentido da corrente no condutor retilíneo e, na
figura C, o campo resultante e a força sobre o condutor.
a) calcular a força que atua sobre cada um dos lados ativos da bobina; Rta: F=50N
r
Fn
r S
N
N S F
5. Um fio de massa igual a 10g e 60cm de comprimento está suspenso por um par de
condutores espirais flexíveis num campo de 0,08T. Qual o valor e o sentido da corrente
que, passando pelo condutor, anula o valor da tensão nos dois fios do suporte?
Dica:
g=9,8m/s²
g = 9,8 m/s²
Resposta: I = 2,04 A.
P = mg
6. A figura abaixo mostra uma espira retangular CDEG, situada no plano da folha de
a) Qual é o sentido da força que atua em cada um dos lados GE, ED e DC da espira?
Eixo de rotação
P
D E
S N
C G
I
O
12. (IFSul, 2011) A fonte de tensão estabelece contato elétrico com a bobina retangular
“RXYZ” por meio dos anéis “a” e “b”, o quais garantem a continuidade elétrica entre
fonte-bobina enquanto esta se encontrar em movimento. A bobina “RXYZ”, de fio de
cobre, é composta por 20 espiras, possui área de 65cm² e resistência elétrica de 15Ω.
Conforme observado na figura abaixo, a bobina se encontra inicialmente em um plano
vertical e está no interior de um campo magnético uniforme de indução magnética com
módulo igual a 0,3 T. Quando o interruptor “c” é fechado, o observador percebe que em
função das forças eletromagnéticas na bobina a mesma gira no
sentido_____________________. Após a bobina ter se movimentado 30º em relação a
sua posição inicial, o seu torque possui módulo aproximadamente igual a
______________________, sendo que a mesma ________________descrever uma volta
completa. Os termos que preenchem corretamente as lacunas são: (Lembrete: V = R.I)
a) anti-horário, 6,75 x 10-2 N.m, não consegue.
b) horário, 3,9 x 10-2 N.m, consegue.
c) anti-horário, 6,75 x 10-2 N.m, consegue.
d) anti-horário, 3,9 x 10-2 N.m, não consegue.
13. A espira circular unitária da figura abaixo possui área igual a 10cm². Sabendo que o
campo magnético está saindo do plano da folha, que módulo da indução vale 3T e que a
corrente que circula na bobina é igual a 2 A. Determine o valor do torque que atua na
espira. Caso a bobina se desloque 30°, qual será o novo valor do torque?
Rta: 0N.m e 0,003N.m
14. Deseja-se construir um motor CC que possua torque de 3,79 N.m quando o plano da
seção transversal da bobina estiver a 30° das linhas de força externas . Possui-se uma
estrutura que fornece área de seção transversal para a bobina de 50cm² e um conjunto de
ímãs permanentes com indução de 700mT. A fonte de tensão CC para alimentar o rotor é
de 25 V e o fio utilizado possui resistência total igual a 10Ω. Quantas vezes o fio deverá
ser enrolado para atender estes quesitos. Rta: 500 espiras
4. CIRCUITOS MAGNÉTICOS
4.1 Introdução
Nos equipamentos eletromagnéticos, tais como transformadores, motores,
geradores e outros, são utilizados núcleos de material magnético para canalizar o fluxo e
concentrá-lo em determinada região. O núcleo magnético e a bobina (ou as bobinas)
formam o que se denomina circuito magnético.
O termo circuito magnético vem de uma analogia com o circuito elétrico, pois
ambos podem ser tratados de forma semelhante. Assim como o circuito elétrico possui
um caminho fechado para a corrente elétrica, o circuito magnético possui um caminho
magneticamente fechado. As linhas de força são naturalmente linhas fechadas.
Os circuitos magnéticos, assim como os circuitos elétricos, podem ter uma
infinidade de configurações diferentes, porém, para um estudo inicial, considere a
configuração apresentada na figura 4.1.
B u C
I
+
V d
-
I
A D
Figura 4.1 - Circuito magnético simples
Na análise que segue, o fluxo disperso será desprezado. Desta forma, o fluxo é
constante em todo o núcleo, ou seja:
AB=BC=CD=DA=
O fluxo é constante, mesmo que a seção transversal do núcleo seja variável. Neste
caso, a indução magnética no núcleo é que varia com a área.
4.2 Cálculos de Circuitos Magnéticos
Neste item serão apresentadas as seguintes grandezas básicas associadas à teoria
de circuitos magnéticos:
Intensidade de Campo Indutor;
Permeabilidade Magnética;
Força Magneto-motriz e Relutância Magnética.
N.I (4.2)
H=
1,6
1,4
1,2
(a) curva de magnetização
1 do ferro fundido doce
B (T)
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
H (Ae/m)
1
0,9
0,8
0,7
0,6 (b) curva de magnetização
B (T)
B (4.3)
H
b) H = 4000 Ae/m
c) H = 10000 Ae/m
0 4 10 7 H / m
Portanto, os meios não magnéticos como o ar, o alumínio e a madeira entre outros
possui permeabilidade
0 4 10 7 H / m .
B (4.5)
=NI
μ
mas (4.6)
B=
S
NI (4.8)
O termo l/S é definido como relutância magnética por se comportar como uma
oposição à passagem do fluxo magnético. A relutância magnética é dada por:
(4.9)
=
μS
R1
I
1
2 E R2
3
R3
F1 F2 F3
Âncora ou armadura
Figura 4.10 - Força de atração no circuito magnético
Quando a bobina é alimentada por uma fonte, a corrente elétrica produz um campo
magnético que atrai a armadura com uma força maior que a da mola e provoca o
fechamento dos contatos. Quando a alimentação da bobina é retirada, a força da mola
provoca a abertura dos contatos. Neste caso os contatos são denominados NA
(normalmente abertos) porque esta é a situação quando a bobina não está alimentada.
Um relé também pode ter contatos NF (normalmente fechados) ou reversores. Na
fig.4.12 está representado esquematicamente um relé com contatos reversores.
4.4.2 Campainha
Na figura 4.14, está representado o circuito elétrico de uma campainha elétrica
muito simples: L é uma lâmina de ferro flexível, e C é um contato que abre e fecha o
circuito quando a lâmina se afasta dele ou encosta nele. Quando o circuito é fechado pelo
interruptor I, a corrente no eletroímã faz com que L seja atraída, e o martelo M golpeie o
tímpano T. Em virtude desse deslocamento de L, o circuito se interrompe em C e o
eletroímã perde a imantação. A lâmina flexível L retorna a sua posição normal,
estabelecendo o contato em C. Assim, o processo se repete e M golpeia T repetidas vezes
enquanto o interruptor I estiver acionado.
4.5 Exercícios
1. Explique o que é fluxo disperso.
2. Explique o que é relutância magnética.
3. Explique o que é força magneto-motriz.
4. A partir de um certo valor de campo indutor, a indução num material magnético cresce
muito lentamente. Explique por que isto ocorre.
5. Explique o que é permeabilidade magnética.
6. Uma fonte cc de 12V alimenta a bobina do circuito magnético abaixo, que tem 100
espiras e resistência de 3. Calcule:
a) Corrente na bobina e força magnetomotriz
(4A, 400Ae)
b) Relutância do núcleo, relutância do entreferro e relutância total;
(159235,7 Ae/Wb, 995222,9 Ae/Wb, 1154458,6 Ae/Wb)
c) Fluxo magnético.
(0,347mWb)
Dados:
ln = 40 cm (comprimento médio do núcleo magnético); le = 1 mm (comprimento do
entreferro)
S = 8 cm2 (seção transversal do núcleo = seção transversal do entreferro); r = 2500
(permeabilidade relativa do ferro).
7. Recalcule o fluxo no exercício 6 considerando que não exista entreferro. (2,5 mWb).
Respostas:
b) Фe = 600 µWb.
c) 1 = 66667 Ae/Wb; 2 = 66667 Ae/Wb; e = 1591549,4 Ae/Wb.
d) = 1075 Ae.
e) I = 10,75 A.
c) calcular o fluxo magnético em cada trecho (observar que existe divisão do fluxo no
circuito magnético).
Respostas:
b) BAFE = 198807 Ae/Wb; BCDE = 198807 Ae/Wb; BE = 24851 Ae/Wb.
c) ФBAFE = 43,46 µWb; ФBCDE = 43,46 µWb; ФBE = 86,92 µWb.
5. INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
5.1 Introdução Histórica
Até 1820 pensava-se que a eletricidade e o magnetismo eram dois fenômenos
totalmente independentes. Neste ano, Hanz Christian Oersted demonstrou que uma
corrente elétrica produzia uma deflexão numa bússola colocada nas proximidades desta.
Isto mostrou que a corrente elétrica produz campo magnético. Desde então, surgiram
pesquisas para tentar obter a eletricidade a partir do magnetismo. Dentre estes
pesquisadores se destacaram Henry, Faraday e Lenz.
A B
Vab=0
VAB=0
e
A B
VAB
Caso a barra seja ligada a uma carga R, haverá um escoamento de cargas elétricas
através do circuito. Então, o sentido da f.e.m. (e) e da corrente elétrica (i) serão os mesmos
e estão representados na figura 5.2. Se a f.e.m. continuar existindo, continuará circulando
corrente elétrica, mas se a f.e.m. cessar, a corrente se anulará no momento em que as
carga positivas passarem do ponto A (excesso de cargas positivas) ao ponto B (falta de
cargas positivas), neutralizando assim a d.d.p..
e
A B
i
R
Para que exista a f.e.m é necessária alguma forma de energia para movimentar as
cargas elétricas e criar a d.d.p.. As seis fontes básicas de energia que podem ser utilizadas
para gerar f.e.m. são fricção, pressão, luz, calor, ação química e ação magnética.
Estudaremos a ação magnética por ser esta a forma que nos proporciona grande
quantidade de energia elétrica por longos períodos de tempo.
S N S N B1
B1
I2 I2
I2 I2
B1 está AUMENTANDO 0 0
B1 está DIMINUINDO
no interior na bobina. no interior na bobina.
V V
v=0 v=0 v v
S N B1 S N B1
B2 = 0 B2 = 0
0 0
B1 é CONSTANTE no I2 = 0 B1 é CONSTANTE no I2 = 0
interior na bobina. interior na bobina.
V V
e
t
3. Quanto maior o número de espiras da bobina, maior será a f.e.m. induzida.
eN
Então, pode-se dizer que:
e N
t
Esta proporcionalidade pode se transformar em igualdade pela adoção de uma
constante de proporcionalidade adequada.
No Sistema Internacional de Unidades (MKS) esta constante é igual a 1, portanto
a equação da f.e.m. induzida vem a ser:
eN
t
O fluxo criado pela corrente induzida tem sempre sentido tal a se opor à
variação do fluxo original do circuito, ou seja, tende a manter o fluxo constante.
Assim sendo, quando o fluxo indutor está crescendo no circuito, o fluxo induzido
tem sentido contrário ao mesmo.
Quando o fluxo indutor está diminuindo no circuito, o fluxo induzido tem o
mesmo sentido do fluxo indutor.
Num circuito ideal, sem resistência alguma, o fluxo induzido teria intensidade tal
que impediria totalmente a variação do fluxo; nos circuitos reais, o fluxo induzido apenas
tenta impedir a variação do fluxo sem, no entanto, conseguir integralmente.
Exemplo 5.1:
Considere-se o ímã e a bobina em corte da figura 5.4. Quando o imã é aproximado,
como em (a) e (b), o fluxo indutor aumenta no interior da bobina. Então, a f.e.m. gerada
tem um sentido tal que a corrente induzida produz um fluxo induzido cujo sentido é
oposto ao fluxo original, tentando mantê-lo constante, ou seja, tentando impedir o
crescimento do fluxo indutor na bobina.
Observando-se os polos gerados pela bobina, vê-se que os mesmos tendem a
impedir que o ímã se aproxime para não aumentar o fluxo. Neste momento está expresso
o princípio da conservação da energia. Para obter a corrente induzida e, portanto, a energia
elétrica, torna-se obrigatório o consumo de energia mecânica para vencer esta força de
repulsão e contrária ao movimento do ímã. A oposição à variação do fluxo se manifesta
como uma oposição à aproximação do ímã.
Considere-se, agora, o ímã afastando-se da bobina (fig.5.4) como em (c) e (d).
Quando o fluxo indutor na bobina diminui, a f.e.m. induzida produz uma corrente que
produz um fluxo induzido que tenta impedir o decréscimo do fluxo original, produzindo
desta vez, um fluxo induzido no mesmo sentido do fluxo indutor.
Observando-se novamente os polos gerados na bobina, é possível ser verificado
que as forças, agora, são de atração, mas também se opõem ao movimento do ímã. Isto
exige o gasto de energia mecânica para manter a variação de fluxo indutor na bobina e,
assim, manter a geração de energia elétrica por meio da ação magnética.
Com relação a efeitos mecânicos, o fluxo induzido tem sempre sentido tal a causar
uma oposição ao movimento mecânico que deu origem à f.e.m..
Matematicamente, este fenômeno físico deve ser expresso pelo sinal (-) na
equação de Faraday :
(5.2)
e N
t
A figura 5.5 mostra um condutor retilíneo que é deslocado, por um agente externo,
dentro do campo magnético de indução B da posição ab para a posição a´b´. O condutor
retilíneo está em contato com dois outros condutores formando um sistema de trilhos que
estão ligados aos terminais de um resistor. Na análise que segue será desprezada qualquer
força de atrito durante o movimento do condutor retilíneo.
O conjunto forma uma espira retangular que sofre uma variação de fluxo devido
à variação da área da espira. Conforme a Lei de Faraday, a variação de fluxo induz f.e.m.
na espira. Assim, a Lei de Faraday pode ser enunciada de outra forma:
=B.S=B.x.l (5.3)
Onde,
x
e = NBl N=1, pois se trata de espira única.
t
x/t = v (velocidade do condutor).
e = B.l.v (5.4)
A f.e.m. induzida (e, Volts) em um condutor retilíneo que se desloca
perpendicularmente às linhas de força do campo, depende do comprimento do condutor
(l, metros), da velocidade com que ele é deslocado (v, metros/segundo) e da indução
magnética que este está submetido (B, Tesla).
O sentido da f.e.m. induzida pode ser determinado, de forma prática, através da
Regra de Fleming da mão direita. Os três dedos são colocados a 900 entre si, de modo que
estes apontem os seguintes sentidos:
polegar: velocidade do condutor (v)
indicador: indução magnética (B)
médio: f.e.m. induzida (e)
B
v v2 Figura 5.8 – Movimento do condutor
forma um ângulo com as linhas de
força
e
v1
Decompondo-se a velocidade em duas componentes, uma perpendicular às linhas
de força (v1) e outra paralela às linhas de força (v2), tem-se:
v1 = v.sen
v2 = v.cos
e = B.l.v.sen (5.5)
onde,
e = f.e.m. induzida (V);
B = indução magnética (T);
l = comprimento do condutor (m);
v = velocidade do condutor (m/s);
= ângulo entre o movimento do condutor e as linhas de força
Exemplo 5.2: Na figura 5.9 o condutor faz parte de um circuito elétrico fechado
com resistência R=0,1. A indução magnética entre os polos do ímã é 0,5T (5000 Gauss).
Calcule:
a) A f.e.m. induzida no condutor (módulo e sentido);
b) A corrente no circuito (módulo e sentido) e a potência elétrica gerada;
c) A força eletromagnética que se opõe ao movimento (módulo, direção e sentido) e a
potência mecânica (Pmec = F.v) necessária consumida para deslocar o condutor.
5.5.2.1. Auto-Indução
Suponha-se uma bobina sendo ligada e desligada de uma fonte de corrente
contínua conforme a figura 5.12.
Ni
Onde é a relutância magnética (oposição à passagem das linhas de força, para
maior detalhamento vide capítulo 4). A f.e.m. induzida depende do número de espiras e
da taxa de variação do fluxo:
eN
t
Portanto, a f.e.m. de auto indução é diretamente proporcional a taxa de variação
da corrente:
N .i N 2 i
eN ( )
t t
O termo N2/ é denominado de indutância e representado por L, portanto
N2 (5.6)
L
i (5.7)
eL
t
onde:
e = f.e.m. de auto-indução (Volts, V);
i / t = taxa de variação da corrente (Ampère/segundo, A/s);
Indutância (L)
A indutância é um parâmetro que relaciona a f.e.m. auto-induzida com a taxa de
variação da corrente.
A indutância é a medida da oposição à variação da corrente (inércia da corrente).
Esta definição é a que tem maior aplicação prática na Eletrotécnica. A comparação com
a inércia nos sistemas mecânicos é muito boa e pode ser bem explorada. Quando um
corpo está em repouso e deseja-se colocá-lo em movimento, é necessário aplicar nele uma
força maior do que aquela necessária para mantê-lo em movimento. Verificamos isto
claramente quando empurramos um automóvel. Por outro lado, quando tentamos frear
este mesmo corpo, observamos uma certa dificuldade em pará-lo. Isto se deve a inércia
do corpo, ou seja, a oposição que ele apresenta à variação da sua velocidade. A inércia de
um sistema mecânico é diretamente proporcional a sua massa.
Um fenômeno análogo ocorre nos circuitos elétricos. A indutância se opõe à
variação da corrente elétrica, ou seja, produz um atraso no crescimento ou no decréscimo
da corrente. Porém, quando a corrente está constante a indutância não se manifesta, ou
seja, não interfere no funcionamento do circuito.
A indutância é algumas vezes desejável e, outras vezes, indesejável. Existem
componentes com o claro objetivo de inserir a indutância no circuito elétrico. Estes
componentes são denominados indutores. O indutor nada mais é do que uma bobina com
núcleo magnético ou não-magnético, dependendo da aplicação. A indutância, a
resistência e a capacitância são os parâmetros básicos dos circuitos elétricos e determinam
o funcionamento dos mesmos.
Exemplo 5.3: Uma bobina de 200 espiras está enrolada em um núcleo magnético
com relutância de 40 000 Ae/Wb. Calcule:
a) a indutância da bobina;
b) a f.e.m. de auto-indução (intensidade e sentido) quando a corrente varia de 100mA
para 200mA em 1ms.
5.5.2.2. Mútua-Indução
Considere que, na figura 5.14, a corrente na bobina 1 é subitamente interrompida
por ação da chave S.
circular corrente pela bobina 2 que, por sua vez, produz um fluxo de reação oposto à
variação do fluxo da bobina 1. Na figura 5.13, a abertura da chave produz diminuição de
1. Portanto, 2 atua no mesmo sentido de 1 tentando impedir a sua variação.
i1 (5.8)
e2 M
t
N 1 .i1 N .N i
e2 N 2 ( ) 1 2 1
t t
e fazendo-se as devidas substituições, temos
i1 N 1 .N 2 i1
M
t t
N 1 .N 2
M
Sabendo-se também que:
N12
L1 N1 L1 .
N 22 L1 . . L2 .
L2 N 2 L2 . , de modo que M
obtemos
M L1 .L2
A equação acima considera um acoplamento perfeito entre as bobinas, ou seja,
que todo o fluxo produzido por uma bobina atravessa a outra bobina. Como isto nunca
ocorre na prática, deve-se utilizar um fator de acoplamento entre as bobinas.
M k L1 .L2 (5.9)
Onde:
M = indutância mútua (H);
L1 e L2 = indutâncias próprias das bobinas 1 e 2, respectivamente (H)
k = coeficiente de acoplamento (0 k < 1).
magnético, estão muito afastadas e/ou dispostas de maneira que o fluxo mútuo seja nulo,
o coeficiente de acoplamento é nulo.
Exemplo 5.5: Nas figuras ( a) e (b) abaixo, diga e justifique onde k=0 e onde k1.
Bobina Bobina 2
(a) (b)
Figura 5.16 – Coeficiente de Acoplamento
5.5.2.3.1 TRANSFORMADOR
1 – Definição
“Equipamento elétrico que, por indução eletromagnética, transforma tensão e
corrente alternada entre dois ou mais enrolamentos, com a mesma freqüência e,
geralmente com diferentes valores de tensão e corrente.” NBR – 5356 - 3.1
2 – Utilização
O transformador é basicamente utilizado para adequar a tensão às necessidades do
usuário por um processo simples e com rendimento de quase 100%. Ele é, então, usado
nas usinas para elevar a tensão para centenas de kV a fim de diminuir as perdas na
transmissão. Na distribuição tem a finalidade de rebaixar a tensão ao nível que o sistema
requeira chegando a valores baixos o suficiente para garantir a segurança dos usuários.
Também é utilizado em circuitos eletrônicos (fontes, casamentos de impedâncias, etc).
3 - Princípio de funcionamento
O transformador é constituído de dois (ou H1 X2
mais) enrolamentos eletricamente isolados entre si,
porém acoplados magneticamente através de um
núcleo de pouca relutância que canaliza o fluxo de um
V1
enrolamento até o outro. Um dos enrolamentos recebe V2
V1 N1
a
V2 N2
I1 N2 1
I2 N1 a
5.6 Exercícios
1. Enuncie a Lei de Faraday.
2. Calcule a f.e.m. induzida (média) numa bobina de 1000 espiras quando o fluxo no
seu interior varia de 1,0mWb para 2,0mWb em um intervalo de 0,1segundo.
Resposta: e = 10 V
6. Usando a regra de Fleming da mão direita, descubra o sentido da f.e.m. induzida nos
seguintes casos. condutor
++++++++++++ v
S B
+ + + + + + + + + + + ++ + +
v ++++++++++
N S
+ + + + + + + + + + +v+
N ++++++++++++
v
11. Uma bobina de 500 espiras está enrolada em um núcleo magnético com relutância de
60000Ae/Wb. Calcule:
a) a indutância da bobina; Resposta: 4,17H
b) a f.e.m. de auto-indução (intensidade e sentido) quando a corrente varia de
400mA para 200mA em 2ms. Resposta: 417V
14. Considere duas bobinas com L1 = 0,5 H, L2 = 0,75 H e k=0,8. Se a corrente na bobina
1 varia de 18A para 16A em 2ms, calcule:
a) a f.e.m. de auto-indução; Resposta: 500V
b) a f.e.m. de mútua-indução. Resposta: 489,9V
15. Indique o sentido da f.e.m. induzida em cada bobina no instante em que o interruptor
S é aberto.
16. Em um circuito uma bobina possui 2000 espiras. Se, num intervalo de tempo de 0,25s
o fluxo reduzir de 625mWb para 375mWb, qual será a fem induzida de acordo com
Faraday-Lenz?
17. É induzida em um condutor de 20cm uma fem de 5V. Este condutor se movimenta a
30º das linhas de força com uma velocidade de 50m/s e é conectado a um circuito com
resistência de 0,1Ω. Determine:
a. A indução magnética e seu sentido.
b. A corrente elétrica e seu sentido.
c. A potência elétrica consumida.
d. A força de oposição ao movimento e seu sentido.
e. A potência mecânica utilizada.
18. Uma bobina 1 com 1000 espiras está disposta em um núcleo magnético com relutância
de 50000 Ae/Wb. Uma bobina 2 com 2500 espiras está disposta no mesmo núcleo e
apenas 80% do fluxo produzido em 1 atravessa 2. Determine:
a. A indutância própria da bobina 1.
b. A indutância própria da bobina 2.
c. A fem auto-induzida na bobina 1 se a corrente nesta bobina variar 3
A/s.
d. A indutância mútua e a fem de mútua indução na bobina 2.
corrente
parasita
i
fluxo
C.A.
chapa isolante
C.A.
Pp = kp.BM2.f2.t2 (6.1)
Onde:
Pp = perdas por correntes parasitas ( Watts/kg )
kp = constante que depende da resistividade do material
BM = indução magnética máxima ( T )
f = freqüência ( Hz )
t = espessura das lâminas ( mm )
Como se pode ver, não é possível eliminar as correntes parasitas e sim reduzi-las
a ponto de serem suportáveis.
domínios precisam superar o atrito e a inércia. Ao fazer isto dissipam certa quantidade de
energia na forma de calor, que é chamada de PERDA POR HISTERESE. Quanto maior
a força coercitiva mais difícil se torna a desmagnetização do material e, portanto, mais
perdas ocorrem.
Pode-se provar matematicamente que a área dentro do laço de histerese representa
as perdas histeréticas. Assim, para o trabalho com corrente variável (ou alternada), é
necessário que o laço seja o mais estreito possível para que as perdas sejam o menor
possível. Na figura 2.17 é apresentado um gráfico com a representação das perdas por
histerese magnética.
A maioria dos autores expressa as perdas histeréticas por uma equação com
coeficientes empíricos. (Martignoni, Eletrotécnica)
Ph = kh.BM1,6.f (6.2)
Onde: Ph = perdas histeréticas ( Watts / kg )
kh = coeficiente que depende do material ( coef. de Steinmetz )
BM = indução máxima ( T )
f = freqüência ( Hz )
Para redução dessas perdas deve-se usar material de baixa força coercitiva,
indução magnética baixa ( material não saturado ) e reduzir a frequência da variação do
fluxo ( quando for possível ). A curva B-H dos materiais é que diferenciam as suas
propriedades para fabricação de ímãs e de eletroímãs.
Os ímãs permanentes ideais devem ter alta coercitividade para que sejam difíceis
de serem desmagnetizados e alta remanência para que apresentem uma boa indução de
trabalho. Os ímãs reais dificilmente apresentam as duas características completas juntas.
Os materiais mais usados em ímãs permanentes são: Aço com alto teor de carbono,
Ferrite, Alnico, Samário- Cobalto, Neodímio-Ferro-Boro. Para fabricar eletroímãs o
importante é que a indução seja alta para pequenos valores de H (alta permeabilidade) e
que a coercitividade e remanência sejam pequenas para que, quando a corrente seja
extinta a indução residual anule-se facilmente. O material ideal para eletroímãs deve ter,
portanto, o laço de histerese representando uma reta que passa pela origem e tenha grande
inclinação (grande permeabilidade).
Para fabricação de eletroímãs são usados normalmente aço-doce e o aço-silício.
Estes materiais têm alta permeabilidade e pequena força coercitiva, porém, possuem alta
indução residual, o que não chega a ser um problema pois é facilmente reduzida já que
a força coercitiva é muito baixa.
6.3 Exercícios
1. Descreva o fenômeno de perdas por correntes parasitas (ou correntes Foucault ),
abordando:
a) causas de sua existência;
b) consequências advindas do fenômeno.
3. Cite dois equipamentos que baseiam seu princípio de funcionamento nas correntes
parasitas.
8. Porque um material magnético com força coercitiva alta é ruim para trabalho em um
eletroímã alimentado com corrente alternada?
APÊNDICE
A.1 – Unidades do Sistema Internacional
Tabela A.1 – Unidades no Sistema Internacional
UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL
BÁSICAS
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Intensidade de corrente elétrica ampère A
Temperatura Kelvin K
Quantidade de matéria Mol mol
Intensidade luminosa Candela cd
DERIVADAS
Área metro quadrado m²
Volume metro cúbico m³
Força newton N
Energia / Trabalho joule J
Aceleração metro por segundo quadrado m/s²
Velocidade metro por segundo m/s
Tensão elétrica volt V
Carga elétrica coulomb C
Fluxo magnético weber Wb
Indução magnética tesla T
Permissividade elétrica farad por metro F/m
Permeabilidade magnética henry por metro H/m
Intensidade de campo magnético ampere espira por metro Ae/m
Torque newton metro Nm
Capacitância farad F
Indutância henry H
Potência wattt W
Campo elétrico newton por coulomb N/C
Relutância magnética ampere espira por weber Ae/Wb
Força magnetomotriz ampere espira Ae
Resistência elétrica ohm Ω
Teorema de Pitágoras
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, B., MÁXIMO, A. Curso de Física, São Paulo: 3a Ed. Harbra, 1994, vol.3.
FOWLER, R. Eletricidade: Princípios e Aplicações, São Paulo: Makron Books, 1992, vol.1 e vol.2.
MEDEIROS FILHO, Solon de. Medição de Energia Elétrica. 3. Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara,
1976. 483 p.
MEDEIROS FILHO, Solon de. Fundamentos de Medidas Elétricas. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara, 1986. 307 p.