ASSOCIACAO DOS MAGISTRADOS DO mp.-3-1
ASSOCIACAO DOS MAGISTRADOS DO mp.-3-1
ASSOCIACAO DOS MAGISTRADOS DO mp.-3-1
FACULDADE DE DIREITO
ARIOVALDA HAKY
ELIZETE JORGE
MUNIR ISSUFO RACHIDE
ONGA OBE TSHENDJE
RASSUL ANTÓNIO HABIB
SAMIRA ABDUL BRAZ ALMEIDA
SUZIA GUILHERME DE CLÁUDIO COMALA
STHEPHANIE LUÍS PEREIRA DA SILVA DÁRIO
NAMPULA
2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO
ARIOVALDA HAKY
ELIZETE JORGE
MUNIR ISSUFO RACHIDE
ONGA OBE TSHENDJE
RASSUL ANTÓNIO HABIB
SAMIRA ABDUL BRAZ ALMEIDA
SUZIA GUILHERME DE CLAUDIO COMALA
STHEPHANIE LUÍS PEREIRA DA SILVA DÁRIO
NAMPULA
2023
ii
Lista de Abreviaturas
Al. – Alíneas
Art. – Artigo
Ed. – Edição
Idem – o mesmo que o anterior
No – Número
Pag. – página
MP – Ministério Público
Vol. – Volume
iii
Índice
Lista de Abreviaturas.....................................................................................................................iii
Introdução........................................................................................................................................1
1. Contextualização......................................................................................................................2
5.1. Fundação.........................................................................................................................10
5.2. Objetivos.........................................................................................................................11
5.3.1. Assembleia-geral.........................................................................................................12
5.3.2. Direção........................................................................................................................13
Conclusão......................................................................................................................................19
Referencias bibliográficas.............................................................................................................21
Introdução
Do ponto de vista metodológico, a pesquisa será básica (quanto a finalidade) visto que a
nossa pesquisa está orientada para o aprofundamento da Associação dos Magistrados do
Ministério público em Moçambique; também será usada a pesquisa explicativa (quantos aos
objectivos) uma vez que o principal objectivo é explicar e racionalizar o objecto de estudo e
tentar construir um conhecimento novo. Buscaremos construir categorias que possam dar
resposta mais precisas a volta do objecto do nosso estudo. E finalmente usaremos a pesquisa
bibliográfica e documental no que concerne aos procedimentos técnicos, com base neste tipo de
pesquisa, iremos recolher informações a partir de textos, livros, artigos e demais materiais de
caracter cientifico.
1
1. Contextualização
Associação
A associação é qualquer iniciativa formal ou informal que reúne pessoas físicas ou outras
sociedades jurídicas com objetivos comuns, visando a superar dificuldades e gerar benefícios
para os seus associados. Ou seja, é uma forma jurídica de legalizar a união de pessoas em torno
de seus interesses.1
Sindicato
Tem-se por sindicato, a pessoa jurídica que defende os interesses gerais e a melhoria das
condições de sua categoria. Isso não significa, porém, que todo profissional seja associado ao
seu sindicato: a associação representa uma opção, em um ato explícito de vontade, realizado
através do preenchimento e assinatura da Ficha de Associação. A partir de então, o médico passa
a se tornar membro efetivo do Quadro de Sócios do Simes.2
Trabalhador
Na atualidade, geralmente o trabalhador é considerado legalmente (formalmente) como
todo aquele que realiza tarefas baseadas em contratos, com salário acordado e direitos previstos
em lei (caracterizando-se mais como empregado), muito embora formas de escravidão e servidão
persistam.3
Ministério Público
1
Nunes, Renato Johusson (2012). Empregos verdes e Decentes na construção em Moçambique. M & M Graphics,
Lda. 2012. Pag.41.
2
José, André Cristiano (2006). Colectânea de legislação de trabalho. Centro de Formação Jurídica e Judiciária.
Maputo.pag.7.
3
Faria, José Eduardo (1995). Os novos desafios da Justiça do Trabalho. São Paulo. Editora S. Paulo. Pag. 16.
4
idem pág. 17.
2
É uma magistratura paralela e independente da magistratura judicial. Os agentes do Ministério
Público são magistrados em termos equiparáveis aos juízes: devem agir sempre com estrita
obediência à lei, com objectividade e isenção. A carreira dos magistrados do Ministério Público
processa-se em três categorias: procurador-adjunto (base), procurador da
República e procurador-geral adjunto(topo).
O Ministério Público é uma instituição que tem por finalidade garantir o direito à
igualdade e a igualdade perante o Direito, bem como o rigoroso cumprimento das leis à luz dos
princípios democráticos.5
Procurando dar continuidade às experiências políticas das zonas libertadas, a Frente de
5
Nunes, Renato Johusson (2012). Empregos verdes e Decentes na construção em Moçambique. M & M Graphics,
Lda. 2012. Pag.42-43.
6
Da Silva, Cristina Nogueira (2008). Liberalismo, Progresso e Civilização: Povos não europeus no Discurso
Liberal Oitocentista. Lisboa. Livraria Almedina, 2008. Pag. 193.
3
políticas importantes. Por exemplo, o Comité Central da Frelimo (8a Sessão, 1976) aprovou uma
Resolução sobre Justiça que definiu como prioridade política do Estado a destruição da estrutura
judicial colonial, assumindo que o combate contra o “Estado colonial- capitalista” seria
igualmente travado através do poder judiciário. O novo sistema de justiça orientar-se-ia, deste
modo, com vista a construção de uma sociedade socialista. 7
7
BALEIRA, Sergio; TANNER, Christopher, Relatório final da pesquisa sobre os conflitos de terra, ambiente e
florestas e fauna bravia. Matola: CFJJ. [relatório de investigação não publicado]. 2004. Pag. 10.
8
Da Silva, Cristina Nogueira (2008). Liberalismo, Progresso e Civilização: Povos não europeus no Discurso
Liberal Oitocentista. Lisboa. Livraria Almedina, 2008. Pag. 193.
9
BALEIRA, Sérgio; TANNER, Christopher, Relatório final da pesquisa sobre os conflitos de terra, ambiente e
florestas e fauna bravia. Matola: CFJJ. [relatório de investigação não publicado]. 2004. Pág. 10-11.
4
de poderes, do centralismo democrático e da dupla subordinação de poderes. Por isso, apesar de
haver uma separação funcional de poderes, o partido definia a linha ideológica e de actuação dos
órgãos do Estado, incluindo dos tribunais e das procuradorias. Esta realidade condicionou o
modelo de organização judiciária e, particularmente, a estrutura funcional que o Ministério
Público viria a adoptar.10
Nesta fase, havia uma relativa indefinição quanto às funções que se estenderiam para o
Ministério Público no quadro da nova legalidade (revolucionária) e num contexto de urgência
para assegurar e promover o acesso dos cidadãos à justiça. Por exemplo, com a proibição do
exercício privado da advocacia e dos serviços de consultoria, foi criado o Serviço Nacional de
Consulta e Assistência Jurídica (SNCAJ), que funcionaria na dependência da Procuradoria-Geral
da República, com o objectivo de prestar assistência Popular.
O que conferia carácter “popular” ao sistema de justiça moçambicano era, não só a
preocupação de conformar a actividade judiciária (procedimentos, estrutura e conteúdos das
decisões) ao objectivo de construção de uma “democracia popular”, como também a previstos
para o SNCAJ. popular. Foi, assim, aprovada a primeira lei da organização judiciária, tribunais
populares, que estabelecia os princípios gerais de funcionamento dos órgãos de administração da
justiça, fixava as competências dos tribunais e determinava o âmbito de actuação do Ministério
Público.11
Estas reformas foram consagradas na Constituição de 1990 que alargou o regime dos
direitos e liberdades fundamentais individuais e colectivos, marcou a passagem de um regime
monopartidário e de orientação socialista para uma democracia multipartidária, institucionalizou
a economia de mercado e acolheu a separação de poderes. Estas transformações constitucionais
exigiram o redimensionamento do sistema de justiça.14
13
Idem pag.12-13
14
Pedroso, João; José, André Cristiano, “A justiça criminal nos tribunais provinciais”. In Santos, Boaventura de
Sousa; Trindade, João Carlos (orgs.). Conflito e transformação social: uma paisagem das justiças em
Moçambique. Porto: Edições Afrontamento, 2003, pag. 34.
6
social, para o fortalecimento da democracia e para acomodar um novo enquadramento jurídico
de desenvolvimento que incorpore as trocas comerciais, os movimentos financeiros e o
investimento. 15
Foram introduzidos os seguintes princípios e regras relativas aos tribunais judiciais pela
Constituição de 1990: os tribunais como órgãos de soberania; a autonomia dos tribunais em
relação aos poderes executivo e legislativo; a independência dos juízes no exercício das suas
funções, devendo obediência à lei e à Constituição; os tribunais como garante do reforço da
legalidade e dos direitos e liberdades dos cidadãos; os tribunais cumprem uma função educativa
dos cidadãos no cumprimento voluntário e consciente das leis, estabelecendo uma justa e
harmoniosa convivência social; as decisões dos tribunais são de cumprimento obrigatório e
prevalecem sobre as outras autoridades; os juízes gozam de garantias de imparcialidade,
irresponsabilidade e inamovibilidade; os tribunais, quando julgam em primeira instância, são
colegiais, envolvendo a participação de juízes eleitos nas decisões sobre matéria de facto. 16
A revisão constitucional de 2004 é fruto de pressões dos partidos da oposição, com vista
a um maior equilíbrio na distribuição do poder. A revisão ocorreu, basicamente, num duplo
sentido. Por um lado, atribui dignidade constitucional a determinados órgãos (Conselho Superior
da Comunicação Social, Conselho de Estado, Conselho Nacional de Defesa e Segurança,
Conselho Superior da Magistratura Judicial, Conselho Superior da Magistratura do Ministério
15
BALEIRA, Sérgio; TANNER, Christopher, Relatório final da pesquisa sobre os conflitos de terra, ambiente e
florestas e fauna bravia. Matola: CFJJ. [relatório de investigação não publicado]. 2004. Pág. 15.
16
Idem pag. 35.
17
Ibdem pag. 3.
7
Público, Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativa e Provedor de Justiça) e
redefine as respectivas composições, de modo a salvaguardar nos mesmos uma representação
proporcional das forças políticas com assento da Assembleia da República. Por outro lado, cria
órgãos locais do Estado (assembleias provinciais e distritais), assegurando que em todas as
circunscrições administrativas haja órgãos representativos do povo. 18
Entre as várias áreas de actuação, é na jurisdição criminal que o Ministério Público mais
se expõe à maior pressão da opinião pública porque é onde, tradicionalmente, se conforta com as
exigências de manutenção da ordem social. Neste caso, é importante, no entanto, distinguir a
intervenção no âmbito da delinquência dita comum da actuação contra o crime organizado. 22
A IAP nasceu em 1995, nas instalações das Nações Unidas em Viena, constituindo uma
organização não governamental que tem o estatuto de consultora junto do Conselho Económico
e Social das Nações Unidas, e que mantém contactos regulares com variadas organizações
internacionais, como a OSCE, OCDE, INPROL, Conselho da Europa, AIB, UNODC, PNUD,
AIAMP e Eurojust, entre outras; actualmente agrupa cerca de 130 organizações e membros
ligados ao Ministério Público de mais de 90 países por todo o mundo, sendo para nós de destacar
a presença na IAP de elementos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau e
Moçambique.23
A IAP tem a sua sede na cidade de Haia, na Holanda, e para além de promover a
organização regular de encontros e conferências, edita um boletim trimestral e outras
publicações com matérias de interesse para todos os que exercem a sua actividade no Ministério
Público, assegura ainda o acesso à GPEN – Global Prosecutors E-Crime Network, que é uma
rede global de combate ao crime cibernético, mantém programas anuais de bolsas e de
intercâmbio e promove a publicação e divulgação de trabalhos académicos, científicos e
doutrinários relativos à actividade do Ministério Público.24
21
BALEIRA, Sérgio; TANNER, Christopher, Relatório final da pesquisa sobre os conflitos de terra, ambiente e
florestas e fauna bravia. Matola: CFJJ. [relatório de investigação não publicado]. 2004. Pág. 17.
22
Idem pag.17-18.
23
Ibdem . 19.
24
EGERO, Bertil, Moçambique. Os Primeiros Dez Anos de Construção da Democracia. Maputo, 1992.pag.76..
9
As crescentes necessidades de contactos internacionais sentidas por todos os que
desempenham a sua actividade no âmbito do Ministério Público têm também resposta através do
«Forum Internacional para a Justiça Criminal», acessível através do site da IAP.25
Moçambique também está representado na IAP pela única associação representativa dos
magistrados do Ministério Público – o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
25
BALEIRA, Sérgio; TANNER, Christopher, Relatório final da pesquisa sobre os conflitos de terra, ambiente e
florestas e fauna bravia. Matola: CFJJ. [relatório de investigação não publicado]. 2004. Pag. 19.
26
Idem pag.2021.
27
EGERO, Bertil, Moçambique. Os Primeiros Dez Anos de Construção da Democracia. Maputo, 1992.pag. 80.
28
EGERO, Bertil, Moçambique. Os Primeiros Dez Anos de Construção da Democracia. Maputo, 1992.pag.79.
29
FREITAS, José Lebre de, Introdução ao Processo Civil - Conceito e Princípios Gerais à Luz do Novo Código,
4.a ed., Gestlegal, Coimbra, 2017. Pag. 31.
10
5.1. Fundação
5.2. Objetivos
30
Idem pag. 32.
31
FREITAS, José Lebre de, Introdução ao Processo Civil - Conceito e Princípios Gerais à Luz do Novo Código,
4.a ed., Gestlegal, Coimbra, 2017. Pag. 32-33.
11
Examinar os livros, relatórios e contas e demais documentos, desde que o
requeiram por escrito com a antecedência mínima de trinta dias e se verifique um
interesse pessoal, direto e legítimo.32
5.3.1. Assembleia-geral
Este órgão possui uma Mesa composta no mínimo por três elementos, dos quais um é o
presidente e os outros podem ser dois secretários ou um secretário e um vogal.
32
Idem pag. 33.
33
Ibdem pag.34.
34
FREITAS, José Lebre de, A Acção Declarativa Comum - À Luz do Código de Processo Civil de 2013, 4.a ed.,
Gestlegal, Coimbra, 2017. Pag. 12.
12
Os objetivos das reuniões da Assembleia-geral consistem em apreciar os relatórios das
atividades efetuadas no ano anterior, aprovar os relatórios de contas, apresentar o plano de
atividades e o orçamento para os anos futuros, eleger os órgãos sociais e aprovar sugestões
relativas à política da associação. 35
Aviso aos associados, por correio (tradicional ou eletrónico), e por anúncio num órgão da
imprensa local e/ou nacional;
Através de boletim próprio;
Por aviso nas instalações da associação e por anúncio num órgão da imprensa local e/ou
nacional. 36
A antecedência mínima para os avisos deve ser de 8 dias, devendo a convocação indicar
o dia, hora, local da reunião e a respetiva ordem de trabalhos.
Só serão válidas as deliberações tomadas sobre matéria estranha à ordem do dia, se todos
os associados comparecerem à reunião e todos concordarem.
5.3.2. Direção
35
Idem pag. 13
36
Ibem
13
Elaborar anualmente o relatório e as contas do exercício;
Elaborar o plano de atividades e o orçamento para o ano seguinte;
Assegurar a organização e o funcionamento dos serviços;
Gerir os recursos humanos da associação;
Zelar pelo cumprimento da lei, dos estatutos, dos regulamentos e das deliberações da
Assembleia Geral. 37
As funções a atribuir a cada elemento da direcção devem ser distribuídas de acordo com
a disponibilidade e capacidade de cada um. 39
Cada associação deve, ao elaborar o seu regulamento geral interno, adaptá-lo às suas
características específicas, objetivos, dimensão e até à comunidade onde se insere.
5.3.2.1.Presidente da Direcção
37
Maria Miguel Carvalho - Sociedades Comerciais (Sumários desenvolvidos), Braga, AEDUM, 2015 (com
atualização legislativa), pag. 345.
38
Idem pag. 345.
39
Ibdem 346.
40
Maria Miguel Carvalho - Sociedades Comerciais (Sumários desenvolvidos), Braga, AEDUM, 2015 (com
atualização legislativa), pag. 347.
41
Idem pag. 347-348.
14
5.3.2.2. Secretário
5.3.2.3. Tesoureiro
Fazer a gestão das quotas (quando não existe alguém responsável por esta tarefa);
Pagar contas;
Examinar gastos;
Manter em dia os livros de contas (quando não existe alguém responsável pela
contabilidade);
Dar informações sobre a posição financeira da organização;
Preparar o relatório e contas a apresentar à Assembleia Geral Ordinária;
Aconselhar quanto ao uso de fundos para fins especiais e sobre as finanças da
organização em geral. 43
Para fazer a contabilidade da organização, caso ela não tenha contabilidade organizada,
não é necessário dispor de muitos livros. Um livro de bancos, um livro de caixa e um ficheiro de
correspondência serão os essenciais. Hoje em dia, com as novas tecnologias ao nível da
informática, os livros em papel podem ser substituídos por programas simples que por vezes são
criados na própria associação.
42
Ibdem pag. 348.
43
Maria Miguel Carvalho - Sociedades Comerciais (Sumários desenvolvidos), Braga, AEDUM, 2015 (com
atualização legislativa); pag. 350.
15
Não existem regras definidas quanto à escrita do livro de caixa. Os títulos Receitas e
Despesas ou Débito e Crédito são igualmente corretos; as receitas devem ser escritas à esquerda
e as despesas à direita. 44
No livro de caixa é registado tudo o que é pago ou recebido por caixa. A informática
facilita bastante este procedimento porque em Excel pode ser criada uma folha para cada mês do
ano, onde se faz o registo das entradas e das saídas. Estes registos devem ser sempre
acompanhados por um recibo ou fatura/recibo que comprova a despesa.
O livro de caixa deve ser mantido em dia, a fim de permitir conhecer em qualquer
momento a posição financeira da organização. 45
Será prudente garantir que qualquer gasto elevado ou não habitual seja convenientemente
autorizado e registado em ata, para deste modo precaver problemas futuros. 46
44
Idem pag. 351.
45
Maria Miguel Carvalho - Sociedades Comerciais (Sumários desenvolvidos), Braga, AEDUM, 2015 (com
atualização legislativa) pag. 352.
46
Joaquim José Gomes Canotilho, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, Coimbra, Almedina, 2018
(Reimpressão da 7.a Edição de 2003), pag. 24.
16
5.3.2.4. Orçamentação
Quotização;
Mensalidades;
Subsídios recebidos;
Donativos.
O sistema a adotar, deve ser simples e metódico. Devem ser organizadas pastas para dar
resposta aos seguintes assuntos:
Assuntos pendentes;
Assuntos tratados;
Ficheiros de correspondência; Minutas;
Folhas do fundo de maneio;
Base de dados dos vários associados;
Documentação da constituição da Associação;
Contratos vários (títulos de propriedade, arrendamento (s), cartão de pessoa coletiva,
aguas/luz/telefones, seguros, etc.). 48
47
Idem pag. 25.
48
Joaquim José Gomes Canotilho, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, Coimbra, Almedina, 2018
(Reimpressão da 7.a Edição de 2003) pag. 26.
17
5.3.2.6. Conselho Fiscal
Trata-se de um órgão fiscalizador, o qual está incumbido de zelar pelo cumprimento dos
estatutos e da lei em vigor, ao nível da atividade administrativa e financeira da associação,
particularmente:
A relação que se estabelece entre os vários órgãos de uma associação é uma relação
democrática que se baseia na forma como estes cumprem as suas competências sem interferirem
no âmbito de intervenção uns dos outros.
Para além das disposições definidas nos estatutos que são específicas de cada associação
e da lei geral aplicável, as associações podem elaborar um regulamento interno que contribui
para uma melhor definição das funções de cada órgão. Estes documentos têm como objetivo
fixar regras de funcionamento interno dos órgãos para que assim exista harmonia e cooperação.
Podem ser ainda criados outros órgãos com funções consultivas ou executivas, que
deverão estar previstos nos estatutos ou regulamentos internos. 51
49
Idem pag. 27.
50
Joaquim José Gomes Canotilho, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, Coimbra, Almedina, 2018
(Reimpressão da 7.a Edição de 2003) pag. 29
51
Iddem pag. 29-30.
18
Conclusão
E como qualquer outro orgao este tambem pode exercer o direito a associacao previsto
no artigo 52 da CRM, direito este que foi inicial exercido pelos magistrados a 04 de setembro de
2008, que tem como objectivos: representar os magistrados do MP e defender os seus interesses;
Participar em todas as questões de interesse profissional, designadamente na definição da
politicas para o melhor desempenho das atividades; Promover a formação cívica, desportiva,
recreativa, cultural e cientifica dos seus membros e Aprofundar o diálogo com os órgãos estatais.
19
Conselho Fiscal: um órgão de controle e fiscalização.
E como qualquer outra associação, está também possui direitos e deveres dos membros,
sendo alguns dos direitos os seguintes: Participar nas reuniões da assembleia-geral; Eleger e ser
eleito para os cargos sociais; Requerer a convocação da assembleia geral extraordinária, nos
termos do presente diploma; Examinar os livros, relatórios e contas e demais documentos, desde
que o requeiram por escrito com a antecedência mínima de trinta dias e se verifique um interesse
pessoal, direto e legítimo.
E alguns dos deveres que os membros desta associação possuem são: Pagar pontualmente
as suas quotas tratando-se de associados efetivos; Comparecer às reuniões da assembleia geral;
Observar as disposições estatutárias e regulamentos e as deliberações dos corpos gerentes e
desempenhar com zelo, dedicação e eficiência os cargos para que forem eleitos.
20
Referencias bibliográficas
Legislação
Doutrina
21
Pedroso, João; José, André Cristiano, “A justiça criminal nos tribunais provinciais”.
In Santos, Boaventura de Sousa; Trindade, João Carlos (orgs.). Conflito e
transformação social: uma paisagem das justiças em Moçambique. Porto: Edições
Afrontamento, 2003, pag. 34.
Faria, José Eduardo (1995). Os novos desafios da Justiça do Trabalho. São Paulo.
Editora S. Paulo.
22