Suplementacao de Creatina No Treinamento de Musculacao
Suplementacao de Creatina No Treinamento de Musculacao
Suplementacao de Creatina No Treinamento de Musculacao
RESUMO
Para obter um melhor rendimento em suas atividades físicas, sejam elas amadoras
ou de caráter profissional competitivo, indivíduos recorrem cada vez mais a recursos
ergogênicos e/ou suplementares, mas o mínimo conhecimento e diversas
concepções erradas sobre esses recursos deixam dúvidas sobre quem utiliza e
quem pode utilizar tais substâncias na sociedade como um todo. Um exemplo bem
claro disso é o uso da creatina que de um tempo pra cá passou a ser o “suplemento
da moda, o suplemento do momento.” O uso indiscriminado da substância gerou
diversos mitos, no entanto pesquisas mostram que diversas pessoas já fizeram,
fazem ou farão a suplementação da creatina, seja para fins competitivos ou não,
objetivando ganhos nos níveis de força, potência muscular e aumento na massa
corporal. Com informações obtidas em pesquisas clássicas e recentes, este estudo
de revisão, do tipo descritivo, com uma abordagem quantitativa vem ser uma
referência confiável sobre a suplementação da creatina no treinamento de
musculação e seus efeitos/resultados/benefícios sobre a massa e composição
corporais. Muitos suplementos surgem e desaparecem durante os anos, mas a
creatina muito provavelmente não fará parte desse quadro, já que a mesma vem
demonstrando a sua eficácia no desenvolvimento de aptidões físicas e no aumento
de massa corporal em diversas pesquisas.
INTRODUÇÃO
Graduando do Curso de Licenciatura em Educação Física - UEPA
Orientador - Docente do Curso de Licenciatura em Educação Física – UEPA. Mestre em
Motricidade Humana.
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MARCO TEÓRICO
BREVE HISTÓRICO
FONTES NA DIETA
Walker (1979 apud WILLIAMS; KREIDER; BRANCH, 2000, p.14) “apontou que
a creatina ocorre em vertebrados, mas não é encontrada em plantas e micro-
organismos.” As principais fontes da substância na dieta são peixes (atum, salmão e
bacalhau) e carnes vermelhas (vaca e porco), proporcionadas em poucas
quantidades, no geral entre 3 a 5 g/kg, esbarrando ainda no processo de cozimento
que degrada uma parte da quantidade da creatina presente nos alimentos. O
organismo humano tem a capacidade de produzir 1g/dia, a maioria dos seres
humanos ingere em média 1g/dia, em uma dieta habitual, assim seria impossível
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obter mais que 3 a 4g/dia de creatina por meio de fontes alimentares, por isso foram
desenvolvidos suplementos comerciais contendo creatina pura para indivíduos que
objetivam o aumento da ingestão da substância na dieta (GUALANO et al., 2008;
WILLIAMS; KREIDER; BRANCH, 2000, p.14).
Consumida por via oral a creatina é absorvida intacta pelo lúmen intestinal,
entrando diretamente na corrente sanguínea, apesar da presença das conhecidas
secreções gastrointestinais bastante ácidas durante a digestão. Após a sua
absorção intestinal aparentemente completa, a creatina plasmática é direcionada a
vários tecidos corporais, coração, cérebro, testículos, musculatura lisa, mas a
maioria desse estoque (cerca de 95%) fica encontrado nos músculos esqueléticos.
O armazenamento da creatina ocorre na forma livre e na forma fosforilada, o
conteúdo da creatina muscular é bastante estável, cerca de 60-70% do total é
apresentado sobre forma fosforilada, que é incapaz de passar por membranas e
dificilmente consegue se ligar a componentes intracelulares, ficando assim retida na
célula (GUALANO et al., 2008; WILLIAMS; KREIDER; BRANCH, 2000, p.17).
Não deixando de citar que a creatina é uma substância osmoticamente ativa,
ou seja, necessita de água para realizar suas funções, então um aumento em sua
concentração no espaço intracelular pode explicar um influxo de água para dentro
das células (VOLEK et al., 1997a, apud WILLIAMS; KREIDER; BRANCH, 2000,
p.18). Entretanto verificou-se uma diferença na concentração intracelular da
substância creatina nos vários tipos de fibras musculares, a concentração é maior
nas fibras predominantemente glicolíticas (ex. bíceps) em relação as oxidativas (ex.
sóleo) (FONTANA; CASAL; BALDISSERA, 2003).
Devido à possibilidade de ser sintetizada no organismo através de
aminoácidos, o que é chamado de síntese endógena, a creatina não é considerada
um nutriente essencial. Como já citado anteriormente a ingestão de creatina pela
dieta responde por mais ou menos metade da necessidade corporal diária, o
restante é obtido pela síntese endógena de creatina. Nesse caso a creatina é
sintetizada principalmente no fígado e secundariamente nos rins e pâncreas a partir
dos aminoácidos glicina, arginina e metionina. A molécula de glicina é integralmente
incorporada na creatina, enquanto a arginina fornece seu grupo amidino, e a
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metionina fornece apenas seu grupo metil (WALKER, 1979 apud WILLIAMS;
KREIDER; BRANCH, 2000, p. 18).
FORMAS DE CREATINA
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
O uso da Creatina vem sendo cada vez mais comum nos últimos anos em
atletas profissionais, atletas fisicamente ativos, colegiais e amadores e até mesmo
naqueles indivíduos que se exercitam somente para a obtenção de um melhor
rendimento em suas atividades e por questões estéticas. É bem verdade que o
marketing comercial contribui bastante para isso, mas como podemos verificar no
decorrer de nossa análise, pesquisas confirmam que a suplementação da
substância pode aumentar o desempenho em exercícios de alta intensidade e curta
duração e em exercícios intermitentes, além de melhorar capacidades físicas, como
velocidade, força e potência e aumentar a massa corporal modificando as
composições corporais dos indivíduos que realizaram a suplementação da
substância.
Analisando a importante participação da substância creatina no metabolismo
de energia do corpo humano, sabemos que todas as células utilizam ATP como
fonte primária para a obtenção de energia. Aumentando a concentração da
substância podemos verificar uma melhora significativa nos exercícios de alta
intensidade, devido ao aumento na formação de sua forma fosforilada no espaço
intracelular, o que acelera e deixa mais eficiente o processo de ressíntese de ATP.
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ABSTRACT
ANEXO
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REFERÊNCIAS
< http://www.efdeportes.com/efd155/efeito-da-suplementacao-da-creatina.htm>
Acesso em: 11 de Fevereiro de 2012.