SBL12062018
SBL12062018
SBL12062018
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
JOÃO PESSOA
2017
SIMONE BARBOSA DE LIMA
40f. : il.
Este trabalho tem como objetivo geral analisar quais os desafios de mães estudantes de
cumprir as atividades acadêmicas e conciliar com a maternidade, busquei analisar esse
tema diante da minha experiência de ser mãe e estudante, pude enxergar a importância
que é ter tempo para o meu filho e conciliar os estudos. Por esse motivo decidi investigar
como elas conciliam maternidade e vida estudantil e compreender as soluções feitas por
elas de harmonizar suas vidas sem que perda o foco e acabe se sobrecarregando. As mães
estudantes que participaram desta pesquisa foram do curso de Licenciatura em Pedagogia
do Centro de Educação, da Universidade Federal da Paraíba. A pesquisa se constitui de
análise qualitativa, ao total foram treze mães entrevistadas divididas nos três turnos. As
entrevistas foram feitas através de questionários entregues as estudantes, em algumas
perguntas do questionário, perguntamos a elas se elas tem tempo para estudar e
acompanha o crescimento de seu filho sem que uma coisa não interferisse na outra, as
respostas obtidas no levantamento de dados são muito parecidas umas com as outras, em
sua maioria as mães estudantes não tem tempo suficientes para os estudos e acham que
seus filhos estão crescendo sem que elas nem percebam, diz que o tempo que passam
junto deles e muito pouco para suprir a sua ausência. Com resultados obtidos observamos
que se faz mas necessário que os auxílio creche seja revisto para a verdadeira necessidade
desse público e que a brinquedoteca do centro de educação abra nos três turnos pra um
maior apoio a essas mães estudantes não se desestimule com as dificuldades vividas e
deixe de realizar o sonho da graduação.
This work has the general objective of analyzing the challenges of student mothers to
fulfill academic activities and reconcile with motherhood, I tried to analyze this theme in
the face of my experience as a mother and student, I could see the importance of having
time for my child and reconcile studies. For this reason I decided to investigate how they
reconcile motherhood and student life and to understand the solutions they make to
harmonize their lives without losing their focus and eventually becoming overwhelmed.
The student mothers who participated in this research were from the Licenciatura in
Pedagogy course of the Education Center of the Federal University of Paraíba. The
research consisted of qualitative analysis, to the total were thirteen mothers interviewed
divided in the three shifts. The interviews were done through questionnaires given to the
students, in some questions of the questionnaire, we asked them if they have time to study
and follow the growth of their child without one thing not interfering in the other, the
answers obtained in the data collection are very similar to each other, most of the student
mothers do not have enough time to study and think that their children are growing up
without them even realizing it, says the time they spend with them and very little to make
up for their absence. With results obtained we observed that it is necessary for the daycare
aid to be revised to the true need of this public and that the toy library of the center of
education open in the three shifts for a greater support to these students students do not
discourage with the difficulties experienced and let to realize the graduation dream.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 10
2. VINCULO MÃE - FILHO (DÍADE) .............................................................................. 12
2.1 DIREITOS E DEVERES DAS CRIANÇAS .................................................................... 15
3. CONDIÇÕES SOCIAIS DA MÃE ..................................................................................... 17
4. PROGRAMAS SOCIAIS DE APOIO AOS PAIS (POLÍTICAS PÚBLICAS) .................................. 19
5. METODOLOGIA ............................................................................................................... 22
5.1 DA AMOSTRA UTILIZADA NA PESQUISA ............................................................... 22
5.2 DO INSTRUMENTO UTILIZADO PARA A PESQUISA ............................................. 22
6. LEVANTAMENTO DE DADOS ....................................................................................... 24
6.1.1 QUESTIONÁRIOS APLICADOS ÀS MÃES DO CURSO DE PEDAGOGIA DO
TURNO DA MANHÃ ........................................................................................................ 25
6.1.2 QUESTIONÁRIOS APLICADOS ÀS MÃES DO CURSO DE PEDAGOGIA DO
TURNO DA TARDE .......................................................................................................... 27
6.1.3 QUESTIONÁRIOS APLICADOS ÀS MÃES DO CURSO DE PEDAGOGIA DO
TURNO DA TARDE .......................................................................................................... 30
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 35
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 37
APÊNDICES ............................................................................................................................... 38
1. INTRODUÇÃO
10
acadêmica, ressaltando que a responsabilidade dos cuidados com os filhos geralmente
ficam a cargo da mãe.
No quarto capítulo discutimos sobre as políticas sociais de apoio aos pais;
mostramos que os recursos são poucos para o número de alunas que necessitam desse
apoio.
A pesquisa do tipo qualitativa e utilizou questionário aplicado às mães estudantes
do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba, dos cursos de Pedagogia,
Pedagogia do Campo e Psicopedagogia, distribuídos nos turnos matutino, vespertino e
noturno.
Os dados, após a análise, demonstram que as mães chegam ao término de seu
curso passando por muitas dificuldades. O último capítulo trata das considerações em
torno do trabalhado desenvolvido.
11
2. VINCULO MÃE - FILHO (DÍADE)
12
(O nascimento e os primeiros 18 meses de vida)
Essa constelação, a que as autoras se referem, é formada por quatros temas, o
primeiro fala:
De acordo com as palavras das autoras, a mãe quer estar ao lado do seu filho o
máximo de tempo possível, para protegê-lo e preservar sua vida. Fazer com que seu filho
esteja protegido entra em contradição com o tempo que a mesma precisa para se dedicar
aos estudos. O período dedicado aos estudos muitas vezes faz a mãe ultrapassar o horário
da amamentação. Com isso, sofrem mãe e filho. Os médicos recomendam que a
amamentação seja mantida durante os primeiros seis meses de vida da criança, sem
introdução de outro tipo de alimento. A licença maternidade a que as estudantes têm
direito são de apenas três meses, porém a amamentação pode se estender muito além
desse tempo. O leite materno, por sua vez, além de ser uma fonte de energia e de vitaminas
para o desenvolvimento das crianças, traz consigo o ato de amamentar. O vínculo entre
mãe e filho. A distância entre mãe e filho durante esse período inicial da vida da criança
pode afetá-la psicologicamente. O vínculo materno é um laço de extrema importância no
desenvolvimento da criança.
13
O tema da relação primária. Nesse ponto, encontram-se a capacidade
da mãe de amar seu filho, de perceber as necessidades dele, de se sentir
amado por ele. Aqui também existem temores, como o de ser
insuficiente, deficitária ou vazia, ou de ser sentir artificial, incapaz de
amar ou de se entregar. (GRIFFA; MORENO, 2001, p. 110-111).
Diante desse tema, em que a autora trata dos sentimentos que a mãe passa, meses
no início da relação com o bebe e o que nos chama mais a atenção, refere-se a necessidade
que a mãe sente de se sentir amada pelo seu filho. Acreditamos que essa é uma das piores
aflições que uma mãe pode sentir, pois esse reconhecimento que um filho dá para a mãe
é a recompensa mais reconfortante no período pós-parto. Quando ela se sente amada por
seu filho tende a ficar mais tranquila, alegre e confortável, sentindo-se mais apta às suas
atividades de rotina. Contudo, não é isso que ocorre em todos os lares. Na grande maioria,
a mãe tem que ausentar-se do convívio com seu filho para poder voltar ao trabalho ou
estudo, fazendo que aconteça a quebra do laço familiar. Durante esse período, a criança
terá que ser cuidada por outra pessoa para suprir a falta da mãe.
Quando as autoras destacam sobre que a mãe tem que ter apoio e proteção, que
venha a auxiliá-la, e que, consequentemente trará outras mulheres à vida dessa criança,
não sugere que essas outras mulheres substituam o papel materno. Elas são um apoio que
a nova mãe terá que ter para se ambientar às novas experiências que terá a partir do parto,
pois a presença da mãe na vida da criança é insubstituível. Diante da ausência da mãe,
essa outra mulher substituta acaba sendo vista e até sendo chamada de “mãe” pela criança.
Perde-se então a emoção de ouvir as primeiras palavras do seu filho em muitos dos casos
e que causa tristeza e ciúmes.
Entre diversos acontecimentos que podem atingir a formação de identidade de
uma mulher está o supracitado. As autoras reforçam esta ideia quando afirmam:
14
O tema da reorganização da identidade. A mãe está agora diante da
encruzilhada de deslocar o centro de sua identidade do papel de filha para de
mãe, de esposa a genitora, de profissional a mãe de família. Essa
reorganização coloca em jogo não só a história de suas identificações, como
também os novos tipos de relação com as figuras maternas de matriz de
apoio.” (GRIFFA; MORENO, 2001, p. 110-111).
Essa relação entre mãe e filho, chamada pela autora de “constelação maternal” é
ativada pela díade, que é o período que vai desde a fecundação até os três anos de vida,
correspondendo à “era da mãe”, da díade mãe-filho. Essa relação tem por característica
um forte laço afetivo de mãe e filho.
De acordo com a Lei supracitada, que discute sobre o convívio em família, como
podemos afirmar que uma mãe estudante tenha tempo para conviver adequadamente com
seu filho, se tem que deixá-lo muito cedo em uma instituição onde o mesmo será cuidado
por outrem, e só voltar para buscá-lo ao final de sua rotina de atividades que fogem ao
escopo do desafio da maternidade. Qual é o tempo que ela convive com seu filho, e, ainda
mais importante, qual é o tempo que o filho passa próximo à sua mãe para tê-la como
exemplo para sua vida. Devido à rotina muitas vezes desgastante da mãe, e o cansaço do
filho pela estadia em ambiente externo (tendo em vista que o lugar mais reconfortante
para tal é junto à sua mãe), ambos se encontrarão apenas ao final do dia, cansados e prestes
15
a repousar, não restando tempo para a troca de aprendizados basal para a formação do
caráter e da personalidade da criança.
Muitas vezes, as mães conseguem vagas nas creches próximas à sua residência
tendo seus direitos assegurados, mas quando um problema é resolvido (onde deixar seu
filho sob cuidados adequados), outro problema surge: o horário de chegar à creche é, em
grande parte das vezes, o mesmo horário de estar em sala de aula, então todos os dias
tem-se que justificar o seu atraso nas aulas. Alguns professores compreendem, enquanto
outros, vem seguindo à risca a regra da faculdade, sem uma análise individual da situação,
pontuam falta da estudante. Essa é apenas uma das dificuldades que uma mãe com filho
pequeno tem de enfrentar durante sua vida acadêmica.
16
3. CONDIÇÕES SOCIAIS DA MÃE
As mulheres têm lutado pelos seus direitos durante muito tempo, mas com tanta
determinação durante os anos elas tem conquistado com imensas dificuldades os seus
objetivos e alcançado seus sonhos com ou sem preconceito de uma sociedade que ainda
nos dias atuais são tão machistas.
17
Não dá para estudar uma ciência em casa e cuidar de um recém-nascido.”
1
Maira Pinheiro, estudante de direito da Universidade de São Paulo (USP),
considera que a lei do regime domiciliar não atende às necessidades das mães.
“Não conseguia fazer as provas no fim do semestre. Duas semanas antes, pedi
para os professores substituírem as provas por trabalhos. Mas metade sequer
me respondeu. Alguns disseram que eu não poderia ser tratada diferente por
estar grávida,
No caso de Maira, a tentativa de levar a bebê para a faculdade foi bem sucedida
– foi a solução que encontrou para poder amamentá-la e não precisar se
preocupar em deixar a criança em escolas ou creches tão cedo. Poder entrar
com a criança nas dependências da universidade ajuda também a evitar que as
mulheres tranquem o curso ou desistam dele.1
Muitas encontram essa solução: levar seu bebê para dentro de sala de aula para
evitar o curto tempo de amamentação e também evitar a inserção precoce da criança em
uma creche ou berçário. São esses tipos de decisões e recursos que ajudam a mulher a
evitar de desistirem de seus cursos. Afim de tentar garantir e ampliar o direito à
amamentação para mulheres que são estudantes ou ainda para aquelas que trabalham em
ambiente escolar, um vereador de Belo Horizonte apresentou, em 2013, propostas
destinadas a estabelecimentos da rede municipal de ensino público e privada. A ideia era
que houvesse, dentro dos estabelecimentos de ensino públicos e privados, um espaço para
receber essas mães. De acordo com o vereador Joel Moreira Filho: “Esta foi uma demanda
de várias mulheres que são estudantes. Para não interromper a alimentação exclusiva no
peito até os seis meses, a família geralmente leva a criança até a escola ou universidade.
A mulher deixa a sala de aula e acaba amamentando de forma desconfortável, em pé,
porque não quer interromper novamente a rotina da turma. Se houver um espaço para
isso, mãe e bebê terão mais conforto, dignidade e tranquilidade, sem que ela precise
interromper seus estudos”.
1
Disponível em: http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2012/05/apoio-a-mães-estudantes-e-
insuficiente-na-usp/ como visto em 26/11/2017.
18
4. PROGRAMAS SOCIAIS DE APOIO AOS PAIS (POLÍTICAS PÚBLICAS)
Todos os dias surgem novos pais sem condições de sustentar uma criança, que,
por diversas vezes, estão ainda sob a tutela financeira dos seus próprios pais. Essa situação
a força a mudar de posição e filhos, sustentados pelos pais a pais de família que proverão
a uma casa. Além disso, sem tempo adequado para adaptação ao mesmo tempo em que
tentam concluir os seus estudos. Assim muitos recorrem aos programas de apoio aos pais
com filhos pequenos, porem esses não suprem a necessidade real dos estudantes, nem
suprem a demanda atual de estudantes nessa condição. Como podemos verificar no
trecho abaixo, em um relato vivido por um casal de jovens que cursavam suas graduações
quando tiveram seu primeiro filho:
Não tinha jeito. “Sem creche, ou ele estudava, ou eu”. Esta é a situação
vivida por Andréia e seu namorado, estudantes de Licenciatura em
Matemática no IME, que se revezam para cuidar do filho, de 1 ano e 4
2 meses. De acordo com as mães entrevistadas, no CRUSP existem
aproximadamente 24 alunas vivendo com seus filhos. Há ainda aquelas
que recebem auxílio-moradia da Superintendência de Assistência
Social (SAS), antiga Coseas, no valor de R$ 300. O térreo do bloco A,
conhecido como bloco das mães, é adaptado para pais e filhos, com
apartamentos individuais e área de lazer para as crianças. No entanto,
ele comporta somente doze famílias, tornando acirrada a disputa por
uma moradia ali. Neste ano, cerca de treze mães se candidataram à
única vaga disponível. ²
2
Disponível em: http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2012/05/apoio-a-mães-estudantes-e-
insuficiente-na-usp/ como visto em 26/11/2017.
19
Um outro relato, aponta:
Marina, aluna do 2º ano de Letras da FFLCH, foi uma das que não
conseguiu morar no bloco das mães. Ela divide um apartamento
comum com outras quatro pessoas e conta que recebe reclamações
quando o filho chora à noite ou faz muito barulho. Andréia, que se
mudou do bloco F para o térreo do A durante a gravidez, em seu 2º
ano de faculdade, já sabia que enfrentaria problemas de convivência.
“Um dos moradores não aceitava a ideia de ter uma criança no
apartamento, então tínhamos que conseguir a vaga no bloco A”,
conta.3
Nesse depoimento de Marina nota-se que ela enfrentou um problema pelo qual
muitas outras mães estudantes passam, que é o convívio com os próprios colegas de
estudo: a falta de sensibilidade dos colegas, que não entendem que criança não é algo
automático, que tem uma forma de “cessar” atividades, tendo em vista que toda a
“agitação e atividade” da criança, desde o choro até sua movimentação excessiva, fazem
parte do processo de aprendizado da mesma. Como as ações e reações da criança são
espontâneas nos primeiros momentos de vida, esse fator subjetivo (compreensão dos
colegas de turma) é fundamental para que a mãe sinta-se, também, confortável, e não
tenha seu aprendizado comprometido. Quando a situação chega ao seu limite, ocorre
a rejeição dos bebês dentro da universidade, conforme verificado no depoimento abaixo,
de uma mãe estudante da USP:
Disseram-me que ali não era berçário. Saí do banheiro e estava cheio
de segurança na porta”. A possibilidade de entrar na faculdade com
3
o bebê não é aceita por determinadas faculdades. Algumas alegam
que normas internas impedem a circulação de não alunos nas
dependências do local.4
O ocorrido com essa estudante foi inapropriado, pois essa foi a maneira que
ela conseguiu assegurar seu direito de estudar, visto que nem todo dia ela tem com quem
deixar a sua criança para que possa estudar. As normas que essa faculdade alega existirem
são inadequadas para o cotidiano das estudantes. Uma criança em sala de aula mostra
o interesse da estudante de continuar a sua trajetória acadêmica, diferente daqueles que
3
Disponível em: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/12/maes-querem-direito-de-levar-os-filhos-
para-salas-de-aula-em-universidades.html como visto em 26/11/2017.
20
termina por evadir-se do campus, justamente para não sofrer esse tipo de discriminação.
Esses tipos de situações acabam prejudicando o campo mental das mães estudantes, que
chegam a ter um baixo desempenho nas disciplinas.
Há programas de assistência a pais com filho pequenos dentro de alguns
campuses universitários, como da UFPA que asseguram o direito de estudar, para que a
responsabilidade de serem pais estudantes sejam conciliadas. Um desses programas é
o auxílio-creche, que oferece bolsas visando auxiliar a estudante a pagar um berçário ou
creche para sua criança.
4
Disponível em: http://proex.ufpa.br/antigo2/index.php/noticias/todas-as-noticias/695-programa-
unicreche-vai-ajudar-maes-universitarias-na-ufpa como visto em 26/11/2017.
21
5. METODOLOGIA
Deste modo tentamos busca com esse tipo de método, uma análise dos discursos
das mães estudantes que vive em conflito com a dupla jornada da acadêmica e da
maternidade.
A pesquisa foi feita com mães estudantes do curso de Pedagogia. Foram
entrevistadas alunas de todos os turnos, sendo colocado como amostra o que foi
encontrado de mais relevante.
22
A coleta de dados foi feita nos turnos da manhã, tarde e noite. Entrega do
questionário as alunas, e que elas ficaram à vontade para responder em seus horários livre,
e após o preenchimento do questionário ela entrava em contato para que pudéssemos fazer
o recolhimento dos questionários devidamente preenchidos.
23
6. LEVANTAMENTO DE DADOS
24
ou provas aos quais ela tenha que destinar seu tempo, quando confrontada sua
responsabilidade para com o curso e para com sua filha, ela sempre priorizava a filha.
Em outra questão se abordava se a mãe tinha tempo suficiente para dar a seus
filhos, e todas disseram que não, pois entendem que esses crescem rapidamente, e se nós,
mães, não observamos direito perderemos uma boa da compreensão de como se deu o
desenvolvimento de nossos filhos.
Isso que falamos não quer dizer que devemos deixar todos os nossos sonhos, metas
e objetivos de lado, mas devemos observa mais a vida e ver o que realmente é importante,
pois dez minutos para nós de atenção pode significar um dos momentos mais importantes
na vida dos nossos pequenos.
Quadro 1
Três mães responderam.
Mãe 1: 33 anos, dois Mãe 2: 25 anos, um filho com dois Mãe 3: 23 anos, um filho com
filhos (dois e cinco anos de idade. dois anos de idade.
anos de idade)
Questão 1: Mãe Questão 1: Com o pai dele. Questão 1: O pai dela ou
minha irmã.
Questão 2: Eu fico Questão 2: Sinto uma perda, pois Questão 2: Gostaria de estar
feliz por deixar com nesse tempo eu poderia estar mais sempre por perto, mas prefiro
minha mãe. perto do meu filho o conhecendo que fique no ambiente
mais, observando o seu familiar.
desenvolvimento.
Questão 3: Não tenho Questão 3: Não tenho tempo de Questão 3: Não tenho tempo
tempo de estudar, estudar, recebo cobranças dos de estudar, recebo cobranças
recebo cobranças dos professores referentes às faltas e dos professores referentes às
professores referentes não cumprimento de atividades. faltas e não cumprimento de
25
às faltas e não atividades, muito difícil
cumprimento de conciliar a rotina cansativa da
atividades, quando ele maternidade com os estudos,
adoece é preciso me principalmente com bebê
ausentar ou justificar antes de seis meses.
as faltas e não tenho
apoio dos professores
para justificar.
Questão 4: Ele chora Questão 4: Acredito que bem, pois Questão 4: Fica agitado e
muito. ele fica com o pai, então não é uma sente falta de mamar.
pessoa estranha.
Questão 5: Sim. Questão 5: Ainda não. Questão 5: Ainda não.
Questão 6: Se o lugar Questão 6: Um alivio tanto para Questão 6: Seria bom, porque
for adequado ficaria mim, quanto para o pai, pois ele sempre poderia ir olhar e
tranquila. estaria bem mais perto e os pais amamentar.
poderia realizar as atividades deles
normalmente.
Questão 7: Nenhum Questão 7: Não conheço nenhum. Questão 7: Conheço sobre as
Ainda não pensei. creches.
26
6.1.2 QUESTIONÁRIOS APLICADOS ÀS MÃES DO CURSO DE PEDAGOGIA DO
TURNO DA TARDE
Quadro 2
Três mães responderam.
Mãe 1: 20 anos, um Mãe 2: 26 anos, um filho com três anos. Mãe 3: 21 anos, um
filho com cinco anos. filho com dois anos.
Questão 1: Um dia Questão 1: Ele fica na escola, desde o Questão 1: Com a
com meu marido (pai início desse ano. Porem minha mãe que sobrinha do meu
da minha filha), outro vai buscá-lo na escola e fica com ele até marido.
dia com minha tia. que eu retorne da Universidade.
Questão 2: Me sinto Questão 2: Como ele fica com minha Questão 2: Mãe,
com o coração mãe me sinto mais tranquila, e como a porém é necessário
apertado, pensando escola é perto não fico tão apreensiva, para que eu possa
que a qualquer tendo em vista que se algo acontecer ela concluir meu curso.
momento pode estará perto para resolver.
acontecer alguma
coisa com ela, muitas
vezes me sinto
culpada por não dar a
atenção que ela
merece.
Questão 3: Deixei de Questão 3: Não tenho tempo para dar Questão 3: Não tenho
amamentar antes dos atenção ao meu filho, às vezes se torna tempo de estudar, não
seis meses, não tenho difícil conciliar uma hora para estudar, tenho tempo para dar
tempo de estudar, porque além de ter uma criança pequena, atenção ao meu filho,
minha maior também tenho os afazeres domésticos. recebo cobranças dos
dificuldade é conciliar professores referentes
o tempo de estudos às faltas e não
em casa e dar atenção cumprimento de
a minha filha, pois atividades.
prefiro dar atenção a
ela.
27
Questão 4: Na Questão 4: Atualmente ele já está Questão 4: Pela idade
maioria das vezes acostumado com a rotina e não existe ela ainda não
quando eu a deixo dificuldade quanto a isso. compreende o porquê,
para vir para UFPB, porem sempre chora
ela chora muito para quando tenho que sair.
que eu não saia sem
levá-la junto.
Questão 5: Sim, Questão 5: Não, apenas para atender Questão 5: Sim ela
muitas vezes, porque algumas ligações da minha mãe pelo fato havia adoecido, avisei
minha tia tem outros dela estar com ele. à professora (estava
compromissos. no fim da aula), mas
ainda assim ela falou
que eu receberia a
falta.
Questão 6: Seria Questão 6: Seria bom, porém hoje em Questão 6: Ótimo,
muito bom, pois dia, talvez pela idade que ele tem, não pois estaria próximo a
deixaria de “alugar” a sinto tanta necessidade. mim, facilitaria em
minha tia e ficaria tudo.
mais perto da minha
filha.
Questão 7: Pelo Questão 7: Não me recordo de nenhuma Questão 7:
governo existem as no momento, mas isso poderia ocorrer Desconheço.
creches, já ouvi falar dentro da própria instituição, como
que a Universidade perguntada no item anterior.
tem um auxílio-
creche para esse
público.
Questão 8: É muito Questão 8: Não respondeu Questão 8: Quando
difícil ser mãe e estava com cinco
estudante, visto que, meses de gestação, a
se for o caso de levar Universidade entrou
o filho para sala, em greve voltou quase
muitos professores no final da minha
28
incomodam-se e gestação. Procurei a
muitos não são Universidade para
flexíveis e não entrar com a licencia
compreendem que as maternidade, porém
vezes não quando fui para o
conseguimos uma exame médico (2
atividade por motivos vezes), o médico não
pessoais, como no estava presente. No
caso do filho estar fim de tudo fui
doente, entre outras comunicada de que
coisas. não adiantava mais a
licença, pois
praticamente já estava
reprovada. Expliquei
aos professores do
período, alguns me
passaram trabalhos
para suprir as notas,
outros não. Fui
bastante prejudicada,
pois quando corri
atrás a coordenação
estava fechada e não
havia médico nos dias
em que fui atrás do
exame.
29
6.1.3 QUESTIONÁRIOS APLICADOS ÀS MÃES DO CURSO DE PEDAGOGIA DO
TURNO DA TARDE
Quadro 3
Mãe 1: 24 anos, Mãe 2: 38 anos, três filhos Mãe 3: 23 anos, um Mãe 4: 30 anos,
dois filhos (quatro (três, cinco e doze anos de filho com um ano e seis um filho com
e dez anos de idade) meses de idade. cinco anos de
idade) idade.
Questão 3: Não Questão 3: Não tenho Questão 3: Não tenho Questão3: Deixei
tenho tempo de tempo de estudar, não tempo para dar atenção de amamentar
estudar, não tenho tenho tempo para dar ao meu filho, como antes dos seis
tempo para dar atenção ao meu filho mais trabalho o dia todo e a meses, não tenho
atenção ao meu novo e aos outros, procuro noite estou em aula, tempo para
filho, tenho que não faltar, mas sinto-me além de não ter tempo, estudar.
me desdobrar exausta pelas atividades sinto que ela adoece por
entre o curso, diárias que tenho que motivo emocionais.
atenção às cumprir.
30
meninas, cuidados
básicos, serviços
domésticos e o
sustento
financeiro.
Questão 4: A Questão 4: Fica carente. Questão 4: Triste, Questão 4: Ele
mais velha (nove muitas vezes chora até fica triste, pede
anos) entende, adormecer. para eu não ir e
mas a mais nova pede para vir
(dois anos e sete junto.
meses) chora e
fica triste.
31
pequenos, como
também creche.
32
Mãe 5: 25 anos, dois filhos (um Mãe 6: 23 anos, um filho com três Mãe 7: 27 anos, um
ano e sete meses e quatro anos anos de idade. filho com dois anos
de idade). de idade.
Questão 1: Depende, as vezes Questão 1: Com a minha mãe. Questão 1: Com o pai
com minha mãe, minha sogra ou ou avó paterna,
com meu esposo. quando eles não
podem trago para a
faculdade.
Questão 4: Muitas vezes eles Questão 4: Sente falta da atenção Questão 4: Fica
choram, principalmente quando que uma mãe tem que dar para seu chorando.
estão doentes, ou porque passa o filho.
dia no CRE I, a noite chamam
por minha atenção.
33
Questão 8: Não respondeu. Questão 8: Não respondeu. Questão 8: Não
respondeu.
34
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
35
A nosso ver seria necessário que a brinquedoteca do centro de educação fosse
aberta nos três turnos e não só a noite, para que as mães se sentissem mais confortáveis
para estudar sabendo que seus filhos estão ali bem próximo delas e se eles necessitarem
de sua assistência como mãe ela se encontrar lá o mais rápido possível e que tivesse uma
estrutura física mas adequada ao público que há utiliza que são as crianças, pois nela não
possui um banheiro exclusivo para as crianças, elas se necessário utiliza do banheiro do
centro de educação usado pelas alunas de graduação. Também pensamos ser necessário
que a escola básica desta instituição amplie o número de vagas para suprir a necessidade
desse público. Também foi possível constatar que o auxílio-creche no momento não supre
a real necessidade das mães estudantes. Estas mães deveriam ter algumas garantias de
direitos para não precisarem se afastar do sonho de concluir seu curso.
36
REFERÊNCIAS
MANSON, Mary Ann; GOLDEN, Marc. Marriage and Baby Blues: Redefining
Gender Equity in the Academy. São Paulo: Editora Aquinos, 2002.
URPIA, AMO., and SAMPAIO, SMR. Mães e universitárias: transitando para a vida
adulta. In: SAMPAIO, SMR (org). Observatório da vida estudantil: primeiros
estudos [online]. Salvador: EDUFBA, 2011, pp. 145-168. Disponível em:
http://books.scielo.org/id/n656x/pdf/sampaio-9788523212117-09.pdf. Acesso em 02 de
fevereiro de 2017.
37
APÊNDICES
PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
(Ao discente)
Tendo em vista o acima exposto, declaro que fui devidamente esclarecido (a) e
dou o meu consentimento para participar da pesquisa e para publicação dos resultados.
Estou ciente que receberei uma cópia desse documento.
_________________________________________
Local e Data
_________________________________________
Assinatura do entrevistado
_________________________________________
Orientadora
38
APÊNDICE B - Questionário para as mães Estudantes dos Cursos de Pedagogia,
Psicopedagogia e Pedagogia do Campo do Centro de Educação – UFPB
2. Como você se sente em ter que deixar seu filho com alguém ou em uma
instituição?
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4. Como seu filho se sente quando você o deixa para poder estuda?
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5. Durante as aulas você já teve que sair às pressas porque seu filho adoeceu?
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7. Qual o apoio social que você conhece para mães estudantes com filhos
pequenos? E qual você gastaria que tivesse?
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