Brasil Collonia

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HISTÓRIA

Brasil Colonial

Livro Eletrônico
História
Brasil Colonial
Daniel Vasconcellos

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Brasil Colonial....................................................................................................................................................................4
1. Brasil Colonial: administração, economia, cultura e sociedade........................................................4
a. As Capitanias Hereditárias e os Governos-Gerais. ...................................................................................5
b. As Atividades Econômicas e a Expansão Colonial: Agricultura, Extrativismo,
Pecuária, Comércio e Mineração..............................................................................................................................8
c. Os Povos Indígenas: Escravidão, Aldeamentos e a Ação Jesuítica...............................................15
d. Os Povos Africanos Escravizados no Brasil...............................................................................................18
e. A Conquista dos Sertões: Entradas e Bandeiras. ...................................................................................25
f. O Sistema Colonial....................................................................................................................................................27
g. Os Conflitos Coloniais e os Movimentos Rebeldes de Livres e de Escravos do Final
do Século XVIII e Início do Século XIX................................................................................................................30
h. O Período Joanino no Brasil: A Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil e
Seus Efeitos.......................................................................................................................................................................41
Resumo................................................................................................................................................................................48
Mapas Mentais. . ..............................................................................................................................................................50
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................53
Questões de Concurso................................................................................................................................................60
Gabarito............................................................................................................................................................................... 73
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 74

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Apresentação
Olá, estimado(a) aluno(a). Seja muito bem-vindo(a).
Ao elaborar este curso, meu objetivo é que você alcance o maior aproveitamento na reso-
lução de questões da sua prova de História – quiçá, que a gabarite!
Durante as aulas, encontrará uma narrativa leve, objetiva e direta, destacando sempre as
informações mais significativas para a prova. Além disso, utilizaremos inúmeras questões
de concursos anteriores ao longo da aula e em uma lista ao final, de modo a exemplificar o
“jeito de cobrar” da prova e lhe proporcionar treinamento.
Entenda, não existe bola de cristal para “adivinhar” o que será cobrado. O que existe, não
tenha dúvidas, é o uso de uma metodologia de estudo que lhe prepare para a realização de
uma prova. Por isso, não tenha a pretensão de se tornar um especialista na História do Brasil!
Caso tenha alguma dúvida, ou mesmo queira comentar alguma questão, me chame no
fórum de dúvidas. Prometo que lhe responderei o mais rápido possível.
Veja os conteúdos que serão tratados nesta aula:
• 1. Brasil Colonial: administração, economia, cultura e sociedade:
− a. As Capitanias Hereditárias e os Governos-Gerais;
− b. As atividades econômicas e a expansão colonial: agricultura, extrativismo, pecuária,
comércio e mineração;
− c. Os povos indígenas: escravidão, aldeamentos e a ação jesuítica;
− d. Os povos africanos escravizados no Brasil;
− e. A conquista dos sertões: entradas e bandeiras;
− f. O sistema colonial;
− g. Os conflitos coloniais e os movimentos rebeldes de livres e de escravos do final do
século XVIII e início do século XIX;
− h. O Período Joanino no Brasil: a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil e
seus efeitos.

Antes de seguirmos, peço que, ao finalizar seu estudo, avalie esta aula. Sua opinião é o
que me move na elaboração deste material.
Bons estudos!
Professor Daniel

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BRASIL COLONIAL

Concurseiro(a), o período colonial se inicia com a chegada dos portugueses em 1500 e


vai até a Independência, em 1822.

1. Brasil Colonial: administração, economia, cultura e sociedade


Querido(a) aluno(a), os portugueses chegaram ao Brasil em 1500, no entanto não ocupa-
ram o território de imediato. Daí a nomenclatura Pré-Colonial para nos referirmos aos trinta
anos que se seguem. Gonçalo Coelho comandou as primeiras expedições exploratórias em
1501-1502 e 1503-1504.
Portanto, entre 1500 e 1530, a ocupação territorial se limitou a FEITORIAS: uma mistura
de forte para defesa do território e armazém. Mas por que isso? A resposta fica mais interes-
sante e compreensível quando feita em partes:

Por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de
1500 e 1530?

• Porque não encontraram metais preciosos em expedições;


• Porque o comércio com as Índias era suficientemente lucrativo; e
• Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a colônia bra-
sileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tordesilhas com Portugal.

Por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasileira a partir dos anos
de 1530?

• Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na América Espanhola;


• Porque o comércio com as Índias entrou em crise; e
• Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica desenvolveram suas frotas
marítimas e passaram a representar uma grande ameça ao controle português sobre a
colônia.

Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda não havíamos
passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. Assim, o pau-brasil foi
muito utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para sua exploração eram dadas pela
Coroa e chamadas de estanco.
Para cortar a madeira e levar aos navios era necessária uma grande quantidade de mão
de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo:
troca de presentes, de artefatos e animais que não existiam aqui pelo trabalho dos índios.

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Não escravizaram os índios. A Coroa Portuguesa seguia à risca o ordenamento da Igreja de


não escravizar os nativos, considerados almas puras do paraíso. O navegante português
Cristóvão Jacques comandou as expedições guarda-costas, realizadas entre os anos 1516 e
1520, visando à defesa do litoral da colônia.

Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Reino
de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas e por
descobrir”, por ambas as coroas fora da Europa.

Limites acordados pelo Tratado de Tordesilhas.

a. As Capitanias Hereditárias e os Governos-Gerais

Querido(a) aluno(a), a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasileira e
decidiu povoá-la e explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir que outras na-
ções tomassem o território da colônia. Assim, Martin Afonso de Souza comandou a primeira
expedição colonizadora do Brasil e fundou a Vila de São Vicente em 1532.

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O problema é que a Coroa Portuguesa não tinha recursos financeiros para promover essa
empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entregando
lotes de terras a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram, assim, as capitanias hereditárias.
Observe:

As capitanias hereditárias foram faixas de terra que partiam do litoral para o interior até
a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. De início, foram quinze capitanias, que eram
entregues para usufruto do donatário. Importante destacar que o donatário não era dono da
terra; ele possuía o direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes.
No campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações entre a Coroa
Portuguesa e os donatários:
• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e de
repassar esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir
vilas e engenhos com o objetivo de povoar; e
• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da capitania
entre a Coroa e os donatários.

O sistema de capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, pois trans-
feria a responsabilidade da empresa de colonização para os fidalgos. Entretanto os donatários
passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia com poucos recursos financeiros,
a distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos.

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Diante dessas dificuldades, a maioria das capitanias não conseguiu vingar, desenvolver
sua economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções foram a Capitania de Per-
nambuco e a Capitania de São Vicente.

O PULO DO GATO

Por que a Capitania de Pernambuco prosperou?

A terra fértil possibilitou o cultivo da cana-de-açúcar e a construção de engenhos. Além disso,


a distância em relação a Portugal era menor se comparada às outras capitanias.

001. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE BIOLOGIA/2020) O projeto em-


preendido pelos portugueses de colonização do território que viria a se chamar Brasil se deu,
primeiramente, pela implementação das conhecidas capitanias hereditárias, a partir de 1532.
Segundo Boris Fausto:
“O Brasil foi dividido em quinze quinhões, por uma série de linhas paralelas ao Equador que iam
do litoral até o meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhões entregues aos chamados capitães
donatários. Eles constituíam um grupo diversificado onde havia gente da pequena nobreza,
burocratas e comerciantes, tendo em comum suas ligações com a coroa portuguesa”.
(Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo/Fundação
para o Desenvolvimento da Educação, 2000)
É consenso na historiografia brasileira que o fracasso das capitanias hereditárias se deveu a
diversos fatores conjugados, tendo destaque
a) a falta de recursos dos donatários para investir na colonização do território, a inexperiência
no processo de colonização das regiões situadas na América, além dos ataques constantes
dos nativos indígenas aos aldeamentos coloniais.
b) a ausência de mão de obra disponível no litoral para os trabalhos referentes à colonização,
a dificuldade de escoamento dos produtos coloniais no mercado de consumo europeu e o de-
sinteresse dos portugueses nas terras recém-conquistadas.
c) a monopolização da coroa sobre as terras recém-descobertas, a intervenção da administra-
ção real no modo como os colonos empreenderam a colonização e a falta de apoio da igreja
católica na catequização dos indígenas, considerados indignos da catequese.
d) a miscigenação dos colonos portugueses com as populações ameríndias, que os tornara, em
pouco tempo, lascivos e ociosos do trabalho da empreitada colonial, e a intervenção constante
dos jesuítas nos negócios dos colonos, arregimentando populações nativas aos trabalhos de
cunho religioso, em detrimento do trabalho braçal.
e) o clima e o solo pouco propícios para a produção de artigos e produtos agrícolas que eram
valorizados no mercado europeu e a dificuldade de adaptação dos portugueses às novas terras,
haja vista que esta era a primeira experiência de colonização de territórios distantes de Portugal.

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A dificuldade em enfrentar os povos indígenas nativos e os poucos recursos advindos da Coroa


Portuguesa foram barreiras no processo de invasão desses territórios, resultando no êxito de
apenas duas das quinze capitanias: Pernambuco e São Vicente.
Letra a.

b. As Atividades Econômicas e a Expansão Colonial: Agricultura,


Extrativismo, Pecuária, Comércio e Mineração
Agricultura: Economia e Sociedade Açucareira

O grande centro econômico da colônia portuguesa nos primeiros séculos da colonização


foi, sem sombras de dúvidas, Pernambuco. Tanto o foi que a capital administrativa da colô-
nia passou a ser Salvador, pela proximidade de Pernambuco. Para se ter uma ideia, quando
a economia açucareira entrou em decadência e surgiu a economia mineradora na região de
Minas Gerais, a capital administrativa da colônia passou a ser o Rio de Janeiro.

Mas por que o açúcar foi a atividade escolhida pelos portugueses?

• O preço do açúcar na Europa estava elevado;


• Os portugueses já tinham a experiência da atividade na Ásia; e
• O clima e a terra fértil (solo de massapê) eram propícios.

Unidade produtora:
• Casa-Grande: Residência do senhor de engenho e seus familiares;
• Senzala: Onde viviam os escravos;
• Capela: demonstra a importância e a influência da Igreja Católica no processo de colonização;
• Canavial: latifúndio; e
• Engenho: Casa de moagem, casa de fervura e casa de purgar.

As bases da produção açucareira foram a monocultura, a escravidão, a exportação e o


latifúndio.

Você, meu(minha) querido(a), não vai se esquecer do MEEL da


economia açucareira. Não se esqueça dessa dica! Será valioso
saber dessas características na hora de gabaritar a questão.

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O PULO DO GATO
Sistema de plantation da economia açucareira (MEEL):
• Monocultura: plantio de um único gênero agrícola;
• Escravidão: mão de obra utilizada;
• Exportação: toda a produção visava ao mercado externo; e
• Latifúndio: grande propriedade permitindo vastas lavouras de cana-de-açúcar.

Caro(a) aluno(a), a forma como a sociedade brasileira se organizou, se estruturou e criou


relações entre os indivíduos está relacionada com a produção açucareira.
Veja:
O topo da pirâmide social usufruía da riqueza gerada enquanto os escravos eram respon-
sáveis por toda a produção.

Características da sociedade açucareira:


• Patriarcal: é a figura do senhor de engenho, do pai, do homem que manda. É, assim, uma
sociedade machista;
• Rural: diferentemente da sociedade mineradora, em que se formaram núcleos urbanos
no entorno das minas; e
• Estamental: não havia mobilidade social. O negro não conseguia abandonar sua situação
de escravidão a não ser que fugisse para um quilombo, como veremos mais adiante. Ele
não sairia da base da pirâmide e não ascenderia.

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Algumas curiosidades ilustram bem como era o cotidiano do engenho de açúcar. Va-
mos a elas:

• Existiam muito mais escravos do que moradores da Casa Grande. Além do açúcar, a
cana também foi utilizada como matéria-prima para outros produtos. A cachaça era um
resíduo descartado da produção do açúcar e usada pelos escravos para preparar a carne
do cachaço (macho) e da cachaça (fêmea), uma espécie de porco selvagem. Foi o porco
quem deu nome à bebida;
• Os senhores de engenho logo utilizaram da bebida para “acostumar” o escravo ao trabalho
na lavoura. Logo nas primeiras horas do dia já serviam dozes aos negros;
• Não era raro que o senhor de engenho tivesse relações com suas escravas. Apesar de
ocorrerem muitos estupros das “mercadorias”, haviam casos em que as escravas sedu-
ziam o senhor de engenho visando a um trabalho no interior da Casa Grande para fugir
do sofrimento da lavoura.

Crise da Economia Açucareira

A produção e a exportação de açúcar para a Europa foi a principal atividade econômica


brasileira no século XVI e parte do XVII. Como vimos, os engenhos de açúcar, espalhados
principalmente pelo Nordeste brasileiro, geravam riqueza para os senhores, para a Coroa
Portuguesa (tributos) e para os comerciantes holandeses (refino e distribuição).
Ocorre que, com a expulsão dos holandeses, o controle da colônia e, portanto, da produ-
ção do açúcar voltou à mão dos portugueses. Mas antes de todo esse imbróglio, merece se
destacar que os portugueses não refinavam nem distribuíam o açúcar no mercado europeu.
Os holandeses, que já dominavam as técnicas de refinamento e a logística da distribuição
comercial, aprenderam todo o processo de produção quando ocuparam regiões do Nordeste
brasileiro. Quando foram expulsos, não abandonaram a atividade e passaram a fazer concor-
rência com o açúcar brasileiro produzindo nas Antilhas (América Central).
Podemos, assim, apontar a concorrência holandesa como principal fator para a crise da
economia açucareira.
Apesar da crise que se seguiu, com a baixa dos preços do açúcar brasileiro no mercado
internacional, a produção e a exportação do açúcar continuaram sendo a principal atividade
econômica até o ápice do Ciclo do Ouro no século XVIII.
Acontece, meu(minha) querido(a), que, além de todos esses problemas enfrentados pela
atividade açucareira, ocorreu também uma sequência de eventos no século XIX que contri-
buíram para que a economia açucareira entrasse em decadência de vez, dando espaço a uma
nova aristocracia rural, a aristocracia do café.

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• Surgimento do açúcar de beterraba: com o Bloqueio Continental de Napoleão, no início


dos anos 1800, os navios ingleses carregados com açúcar brasileiro ficaram impedidos
de abastecer a Europa. Os europeus, então, precisaram de uma alternativa para abastecer
o mercado interno.
• Expansão da economia cafeeira: A expansão da economia cafeeira pode ser explicada pela
crise da produção cafeeira asiática, devido a pragas que tomaram as lavouras. Além disso,
a abundância de mão de obra escrava pôde ser deslocada do Nordeste para o Sudeste.
Ocorreu que a economia cafeeira adotou o mesmo sistema de plantation (MEEL) da cana.
Com a crise do açúcar, os senhores de escravos passaram a vender suas propriedades.
Muitos comerciantes de Pernambuco que eram senhores de escravos em 1840 já não
eram mais em 1870. Pernambuco foi o maior produtor de açúcar do país até meados do
século XX, quando perdeu o posto para São Paulo.

002. (VUNESP/ESFCEX/CONHECIMENTOS GERAIS P/ TODOS OS CARGOS/1º SIMULA-


DO/2020) A instalação e a atividade de um engenho eram operações custosas que depen-
diam da obtenção de créditos. No século XVI, pelo menos parte destes créditos provinha de
investidores estrangeiros, flamengos ou italianos, ou da própria metrópole. Posteriormente, no
século XVII, essas fontes parecem ter se tornado pouco significativas. Pelo menos na Bahia,
as duas principais fontes de crédito vieram a ser as instituições religiosas e beneficentes, em
primeiro lugar, e os comerciantes. Não tínhamos bancos antes de 1808.
FAUSTO, Boris – História do Brasil (Com adaptações).
Sobre a economia açucareira, é correto afirmar:
a) A Coroa Portuguesa redirecionou o lucro, que estava em seu auge nas Índias, para a monta-
gem da estrutura açucareira na América Portuguesa.
b) A escravidão indígena foi interrompida logo após a inserção do escravo africano em solo
brasileiro, sem ao menos ter sido utilizada nos engenhos.
c) O trabalho assalariado foi uma realidade existente desde o início da produção açucareira,
predominando com maior quantitativo no engenho.
d) A grande propriedade de produção açucareira acabou assimilando a denominação de enge-
nho, que era apenas um de seus elementos.
e) A lucratividade com a economia do açúcar atingiu seu ápice com a expulsão dos holande-
ses em 1654.

O engenho era uma propriedade que englobava as terras de plantação de cana-de-açúcar, a


casa grande, a senzala e a manufatura. Contudo o engenho propriamente dito era o local onde
a cana-de-açúcar era moída para extração do caldo, que era levado à casa de purgar.
Letra d.

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Mineração: Economia e Sociedade Mineradora

Querido(a), o Ciclo do Ouro ocorreu no período em que a extração e a exportação do ouro


figuravam como principal atividade econômica na fase colonial do país e teve seu início no
final do século XVII, época em que as exportações do açúcar nordestino decaíam pela con-
corrência mundial pelo mercado consumidor.
Entre 1750 e 1770, Portugal arcava com dificuldades econômicas internas decorrentes de
má administração e desastres naturais, além disso sofria pressão pela Inglaterra, a qual, ao se
industrializar, buscava consolidar seu mercado consumidor, bem como sua hegemonia mundial.
Assim, a descoberta de grandes quantidades de ouro no Brasil tornava-se um motivo de
esperanças de enriquecimento e estabilidade econômica para os portugueses.
Podemos notar que os primeiros exploradores a procurarem ouro e metais valiosos no
Brasil tinham o escopo de levá-los à metrópole, onde seriam desfrutados. Entretanto essas
incursões pioneiras no litoral e interior do país não ocasionaram muitos resultados além do
conhecido, que fora a conquista do território.
As grandes jazidas de ouro foram descobertas em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso,
onde foram divididas em forma de lavras (lotes auríferos para exploração, a exemplo das
sesmarias latifundiárias de monocultura).
Durante o auge desse ciclo, no século XVIII, foi gerado um grande fluxo de pessoas e
mercadorias nas regiões citadas, desenvolvendo-as intelectual (chegada de ideias iluminis-
tas trazidas pela elite recém-intelectualizada) e economicamente (produção alimentar para
subsistência e pequenas manufaturas).
No século XVIII, o advento da mineração no Brasil possibilitou o desenvolvimento de
centros urbanos, a articulação do mercado interno e a própria recuperação econômica por-
tuguesa. Contudo, sendo um recurso não renovável, a riqueza conseguida com a extração
do ouro começou a se escassear no fim desse mesmo século. Para entender tal fenômeno,
é preciso buscar os vários fatores que explicam a curta duração que a atividade mineradora
teve em terras brasileiras.
Devemos salientar que o ouro encontrado nas regiões mineradoras era, geralmente, de
aluvião, ou seja, depositado ao longo de séculos nas margens e leitos dos rios. O ouro de
aluvião era obtido através de fragmentos que se desprendiam de rochas matrizes. Entre os
séculos XVII e XVIII era inexistente qualquer recurso tecnológico que pudesse buscar o ouro
diretamente dessas rochas mais profundas. Com isso, a capacidade de produção das jazidas
era bastante limitada.
Como se não bastassem tais limitações, alguns relatos da época indicam que o próprio
processo de exploração do ouro disponível era desprovido de qualquer aprimoramento ou
cuidado maior. Quando retiravam ouro da encosta das montanhas, vários mineradores depo-
sitavam esse material em outras regiões que ainda não haviam sido exploradas. Dessa forma,
a falta de preparo técnico também foi um elemento preponderante para o rápido esgotamento
das minas.

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Além desses fatores de ordem natural, também devemos atribuir a crise da atividade mi-
neradora ao próprio conjunto de ações políticas estabelecidas pelas autoridades portuguesas.
Por conta de sua constante debilidade econômica, as autoridades lusitanas entendiam que
a diminuição do metal arrecadado era simples fruto do contrabando. Por isso, ampliavam
os impostos e não se preocupavam em aprimorar os métodos de prospecção e extração de
metais preciosos.
Mediante a falta de metais preciosos, vemos que o enrijecimento da fiscalização e a
cobrança de impostos foram responsáveis por vários incidentes entre os mineradores e as
autoridades portuguesas. Em 1789, esse sentimento de insatisfação e a criação da derrama
instigaram a organização da Inconfidência Mineira. Mais do que um levante anticolonialista,
tal episódio marcou o desenvolvimento da crise mineradora no território colonial.
Ao fim do século XVIII, o escasseamento das jazidas de ouro foi seguido pela recuperação
das atividades no setor agrícola. A valorização de produtos como o algodão, o açúcar e o
tabaco marcou o estabelecimento do chamado “renascimento agrícola”. Com o advento da
revolução industrial, o tabagismo e a indústria têxtil alargaram a busca por algodão e tabaco.
Paralelamente, as lutas de independência nas Antilhas permitiram a recuperação do mercado
do açúcar brasileiro.
O grande fluxo de pessoas na região das minas produzia uma estrutura social diferenciada.
Dela faziam parte os setores mais ricos da população, chamados “grandes” da sociedade –
mineradores, fazendeiros, comerciantes e altos funcionários, encarregados da administração
das Minas e indicados diretamente pela metrópole.
Compunham o contingente médio, em atividades profissionais diversas, os donos de
vendas, mascates, artesãos (como alfaiates, carpinteiros, sapateiros), tropeiros e, ainda,
pequenos roceiros que, em terrenos reduzidos, entregavam-se à agricultura de subsistência.
Plantavam roças de milho, feijão, mandioca, algumas hortaliças e árvores frutíferas. Também
faziam parte desse grupo os faiscadores – indivíduos nômades que mineravam por conta
própria e deslocavam-se conforme o esgotamento dos veios de ouro.
No final do século XVIII, essa camada social foi acrescida de elementos ligados aos nú-
cleos de criação de gado leiteiro, dando início à produção do queijo de Minas. Incluíam-se
também nessa camada intermediária os padres seculares. Na colônia, poucos membros do
clero ocupavam altos cargos como, por exemplo, o de bispo. Este morava na única cidade da
capitania: Mariana.
Diferente da organização social da sociedade açucareira, a sociedade mineradora se or-
ganizou com as seguintes características:
• Burocrática: o poder se concentrava nas mãos dos funcionários da administração da
Coroa Portuguesa, devido à necessidade de maior fiscalização da atividade aurífera.
Lembre-se de que, na sociedade açucareira, o poder era patriarcal;
• Urbana: em função da própria atividade mineradora, o núcleo urbano surgiu no entorno
da extração, com o surgimento de atividades econômicas subsidiárias da primeira;

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• Mobilidade social: Enquanto na sociedade açucareira os escravos sustentavam o senhor


de engenho e seus agregados, na sociedade mineradora havia a possibilidade de um
escravo se tornar liberto e até mesmo ascender-se como comerciante, tropeiro etc. Con-
tudo você deve ter o cuidado de entender que essa mobilidade era limitada. Um escravo
nunca se tornaria membro da administração da coroa. Ademais isso foi possível porque
a pirâmide social da sociedade mineradora possuía várias classes, diferentemente da
açucareira, que era dividida apenas entre escravos e senhores.

Por outro lado, crescia na capitania real o número de indivíduos sujeitos às ocupações
incertas. Vivendo na pobreza, na promiscuidade e, muitas vezes, no crime, não tinham po-
sição definida na sociedade mineradora. Essa camada causava constante inquietação nos
governantes. Ela era geralmente composta por homens livres: alguns brancos, mestiços ou
escravos que haviam conseguido alforria.

003. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2018) Sobre o exclusivismo co-


mercial português que envolveu a Coroa e o controle da Minas no período colonial brasileiro,
analise as proposições abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a respos-
ta correta.
I – Com a extração de ouro e diamantes no Brasil, a Coroa portuguesa intensificou a intervenção
regulamentadora para arrecadar mais impostos.
II – O quinto e a capitação foram os dois sistemas básicos de impostos cobrados pela Coroa na
atividade mineradora da Colônia, sendo a capitação cobrada também sobre estabelecimentos,
exemplo de oficinas, lojas e hospedarias.
III – A Guerra do Emboabas (1708-1709), ocorrida na região das Minas, foi uma reação de pau-
listas e estrangeiros aos impostos cobrados pela Coroa para adentrar na região.
IV – Os religiosos, a exemplo dos frades, foram os únicos que ficaram isentos da proibição de
entrar na região da Minas sem autorização da Coroa portuguesa.
a) Somente I e III estão corretas.
b) Somente II e III estão corretas.
c) Somente I e II estão corretas.
d) Somente II e IV estão corretas.
e) Somente III e IV estão corretas.

Afirmativa III: Errada. A Guerra dos Emboabas foi ação dos paulistas, que queriam o monopólio
da extração do ouro na região, contra os “estrangeiros”.
Afirmativa IV: Errada. A Coroa portuguesa, a princípio, proibiu a entrada de estrangeiros (no sentido
de terem outra nacionalidade, não no sentido pejorativo dos paulistas em relação aos emboabas.
Letra c.

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Extrativismo, Pecuária, Comércio

Querido(a), essas três atividades se desenvolveram na colônia portuguesa como subsi-


diárias do açúcar e, posteriormente, da mineração. Como vimos, o extrativismo do pau-brasil
ocorreu nas primeiras décadas da colonização. Contudo também se desenvolveu a extração
das “drogas do sertão” (temperos, canela, especiarias) no interior com auxílio dos indígenas.
A pecuária, por seu turno, foi importante para abastecimento dos engenhos e das regiões
mineradoras. Como consequência, já que no litoral as terras férteis foram utilizadas em sua
totalidade para o cultivo da cana, a criação de gado contribuiu para a interiorização do território,
principalmente ao longo das margens dos rios. O mesmo ocorreu com a chamada agricultura
de subsistência, com produtos destinados ao mercado interno.
Já o comércio, dominado pelos portugueses dentro da lógica mercantilista, conseguiu
desenvolver-se apenas de maneira incipiente, de modo a também abastecer os engenhos e
as regiões mineradoras.

c. Os Povos Indígenas: Escravidão, Aldeamentos e a Ação Jesuítica

Como vimos, no início da colonização, a mão de obra indígena era utilizada na extração do
pau-brasil, sendo recompensada pelo escambo de alguns objetos, tais como facões e espelhos
ou até aguardente. Posteriormente, os índios passaram a ser capturados e empregados em
pequenas lavouras ou na coleta de “drogas do sertão”.
Como os escravos africanos eram caros demais para aqueles que possuíam terra e a de-
manda por mão de obra somente crescia, a escravidão indígena tornou-se uma alternativa. Os
senhores de engenho passaram a recorrer à escravização de índios por meio de expedições
conhecidas como “bandeiras de apresamento”.
Entretanto impedimentos legais foram surgindo a partir do século XVI. Conforme a lei, o
índio somente poderia ser escravizado em situações de “Guerra Justa”, ou seja, quando eram
hostis aos colonizadores. Apenas o rei poderia decretar uma “Guerra Justa” contra uma tribo,
apesar de que governadores de capitanias também o tenham feito.
Várias tribos foram dizimadas por conta do conflito com os portugueses ao recusarem o
trabalho escravo. Muitos índios fugiram para o interior do Brasil, evitando ser escravizados.
O fracasso da escravidão indígena fez com que os portugueses optassem pela escravidão
negra oriunda da África.
Além disso, outra forma de obter escravos indígenas era comprando os prisioneiros de
conflitos entre as tribos nas guerras intertribais, na chamada “compra à corda”.

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004. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA DIREITO/2022) À medida que se tornava cada vez


mais aparente a insuficiência do projeto dos aldeamentos enquanto forma de suprir a força
de mão de obra, os colonos passaram a intensificar outros meios de recrutamento de índios
para os seus serviços. A partir da década de 1580, a despeito das restrições impostas pela
legislação portuguesa, os colonos começaram a favorecer a apropriação direta do trabalha-
dor indígena através de expedições predatórias ao sertão. Realmente, a observância estrita
da lei nunca figurou entre as práticas prediletas dos paulistas. […] a lei de 1570 e legislação
subsequente admitiam o cativeiro […]

(John Manuel Monteiro, Negros da terra: índios e bandeirantes das origens de São Paulo)
A legislação portuguesa admitia o cativeiro do indígena que
a) não conhecesse a língua geral.
b) fosse capturado na chamada guerra justa.
c) aceitasse integrar uma missão religiosa.
d) mantivesse a organização baseada em tribos.
e) ocupasse regiões fronteiriças com a América espanhola.

A “Guerra Justa” foi instituída pela Coroa Portuguesa contra os indígenas que ofereciam
resistência à colonização.
Letra b.

Os jesuítas foram uma irmandade católica criada em 1534 pelo padre Inácio de Loyola e
foi oficialmente reconhecida pela Igreja a partir do papa Paulo III em 1540.
Criados no contexto da Contrarreforma Religiosa Católica contra o avanço das Reformas
Protestantes, com o objetivo de disseminar a fé católica pelo mundo, os padres jesuítas eram
subordinados a um regime de privações que os preparavam para viver em locais distantes e
se adaptarem às mais adversas condições. No Brasil, eles chegaram em 1549 com o objetivo
de cristianizar as populações indígenas do território colonial.
Já nos primeiros anos da colonização efetiva do Brasil, a partir de 1530, ocorreram con-
flitos entre a Igreja e os colonos portugueses. Os colonos queriam escravizar os índios para
trabalharem nas plantações de cana-de-açúcar, enquanto os religiosos aproximaram-se deles
para catequizá-los. Os índios eram vistos como seres inferiores, que necessitavam da con-
versão ao catolicismo para que suas almas não fossem condenadas. Por isso, as práticas
religiosas realizadas pelas tribos antes da chegada dos portugueses foram abolidas pelos
padres jesuítas.

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Percebendo que os colonos não cessariam de persegui-los até conseguirem capturá-los


para o trabalho nas lavouras de açúcar, os padres jesuítas fugiram com os índios para o inte-
rior do Brasil, principalmente para as terras mais ao sul e ao norte da colônia. Surgiam, assim,
as missões jesuítas, que protegiam os índios da perseguição dos portugueses e nas quais
eram ensinados a doutrina católica e o preparo da terra para a plantação dos alimentos a
serem consumidos nelas. A proposta dos padres jesuítas para a divulgação do cristianismo
era baseada no ensino da catequese.
Esse avanço jesuíta promoveu um movimento de interiorização do Brasil, alcançando o
norte da colônia, principalmente a região próxima da Floresta Amazônica. Essas expedições
religiosas ao norte descobriram as drogas do sertão, produtos oriundos da floresta.
Além disso, os jesuítas tiveram um importante papel educacional no Brasil, pois, além da
catequese aos nativos, eles educavam os filhos dos colonos. Para que isso fosse possível,
esses padres criaram colégios em diversas partes do Brasil, como aconteceu na cidade de
Salvador e em São Paulo de Piratininga (atual cidade de São Paulo).
Outra função importante dos jesuítas foi na pacificação dos povos indígenas, pois, por
meio de suas missões, conseguiram ter grande contato com esses povos. Assim, os jesuítas
realizavam a catequese dos povos nativos, além de realizarem uma tentativa de aculturação
ao buscar assimilar o nativo a um modo de vida europeu. Obviamente, os jesuítas também
enfrentaram inúmeros conflitos com os colonos que escravizavam indígenas durante os sé-
culos XVI e XVII.

005. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2011) Sobre as relações entre


colonos e jesuítas, no que diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as afirmativas
abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
I – O uso da mão de obra escrava pelos colonos não conflitava com os interesses da Coroa e
nem com os dos jesuítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram a
oposição dos inacianos.
II – As relações contrárias aos padres jesuítas por parte dos colonos acentuaram-se pelo fato
de os lusos acreditarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas atividades
econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena.
III – Os jesuítas foram expulsos da Capitania de São Vicente porque os colonos os denunciaram
por transformar índios aldeados em escravos da Companhia.
a) somente I está correta
b) somente II está correta
c) somente III está correta
d) somente I e II estão corretas
e) somente II e III estão corretas
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I – Certa. Os jesuítas não se opunham à escravidão do negro, porém consideravam os índios


almas que poderiam ser salvas, por isso foram contra a escravidão indígena.
II – Certa. Os colonos queriam fazer os índios de escravos, mas os jesuítas foram contra.
III – Errada. Embora tenha havido luta entre jesuítas e colonos pelo controle da mão de obra
indígena, os jesuítas não buscavam escravizar os índios, buscavam catequizá-los.
Letra d.

d. Os Povos Africanos Escravizados no Brasil

Querido(a), a escravidão não é uma invenção dos portugueses nem foram eles os res-
ponsáveis por introduzir essa prática no continente africano. Os africanos de tribos inimigas
capturavam negros para serem vendidos nas feitorias do litoral africano. Mas, antes de se-
guirmos, preciso atentá-lo(a) para uma característica fundamental das economias europeias
que influenciou consideravelmente o tráfico de escravos. Estamos falando do mercantilismo.
O mercantilismo, como vimos, é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas
durante o Capitalismo Comercial (séculos XIV a XVIII). A base dessa atividade era a troca de
mercadorias e o lucro não era em dinheiro, mas sim em espécie, em mercadorias.
Os portugueses realizavam o chamado comércio triangular: trocavam o açúcar brasileiro
por escravos africanos, traziam os escravos nos navios negreiros e trocavam-nos por mais
açúcar brasileiro. Assim, trocavam manufaturados europeus por escravos e pelo açúcar etc.

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Entre os povos africanos que foram trazidos, podemos citar os:


• Bantos: mais ao sul do país, na mineração; e
• Sudaneses: mais altos e fortes, foram usados nas lavouras de cana-de-açúcar do Nor-
deste brasileiro.

Essa migração, somada à existência de povos nativos e à chegada dos europeus, fez com
que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país. Recorde comigo a misci-
genação básica da nossa cultura:

• Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos – na época colonial, quase sempre


branco e negra –, vem de mula;
• Cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio; e
• Mameluco: mestiço de branco e índio.

O tráfico negreiro para o Brasil ocorreu do século XVI ao XIX. Tratava-se de uma migração
forçada de africanos para o país que chegou a cerca de 5 milhões de pessoas. Comerciantes
africanos, brasileiros, portugueses, holandeses e ingleses dominavam a atividade.
Dentro da lógica mercantilista, o escravo era uma mercadoria. Assim, embarcações vinham
das feitorias do litoral africano carregadas de pessoas escravizadas, como animais são hoje
transportados para o abate. Abaixo, uma ilustração da distribuição espacial dos escravos nos
porões dos navios negreiros. Veja:

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Eram péssimas as condições: acorrentados durante todo o tempo, se alimentavam mal


e faziam suas necessidades na frente uns dos outros. Não existiam mínimas condições de
higiene. As mulheres eram estupradas pelos tripulantes. Quando a Inglaterra, em 1846, au-
torizou que seus navios abordassem e apreendessem navios negreiros (Lei Bill Arden), a fim
de combater o tráfico de escravos, muitas pessoas eram jogadas ao mar, acorrentadas umas
às outras, para que não houvesse o flagrante durante a abordagem dos ingleses.
A pressão inglesa para que fosse abolida a escravidão tinha explicação na lógica burguesa
do capitalismo industrial: o escravo não recebe salário e, portanto, não pode consumir.
Os africanos se tornavam escravos:

• por rapto individual ou de um pequeno grupo de pessoas no ataque a pequenas vilas;


• por serem prisioneiros de guerra;
• penhora: as pessoas eram penhoradas como garantia para o pagamento de dívidas;
• troca de um membro da comunidade por comida; e/ou
• como pagamento de tributo a outro chefe tribal.

Em 1560, o primeiro navio negreiro desembarcou na Colônia Portuguesa, em Pernambuco,


a pedido do primeiro donatário da capitania, Duarte Coelho. A capitania se tornou, ao longo
do tempo, um dos maiores centros mundiais de comercialização de escravos.
Durante três séculos, cerca de 1376 transportes de navios negreiros foram realizados para
o Brasil; cerca de 5 milhões de escravos trazidos, segundo dados oficiais. Mesmo após a proi-
bição do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio de Queiroz), muitos chegaram de maneira ilegal,
atracando longe dos portos para tentar despistar a fiscalização. Então, caro(a) aluno(a), os nú-
meros oficiais não conseguem dar conta da quantidade de pessoas que foram trazidas para cá.
No Brasil, de início, o tráfico era realizado por comerciantes portugueses com grande
influência na política local. Eram eles os responsáveis por aplicar o capital. Já realizavam o
comércio com sucesso em outros ramos e investiam no negócio lucrativo do tráfico negreiro.
Entre 1759 a 1788, o Marquês de Pombal, ministro da Coroa Portuguesa, entregou a Com-
panhia Geral de Pernambuco e Paraíba, o monopólio do tráfico para a região. Com o fim do
monopólio, aumentou a concorrência entre os comerciantes.
O tráfico de escravos deixou de ser exclusividade de comerciantes brancos europeus e
brasileiros. A maioria dos pumbeiros (como eram chamados os comerciantes do litoral afri-
cano que adentravam o continente e capturavam pessoas para serem vendidas) era composta
de mestiços, negros livres e ex-escravos. Controlavam o comércio costeiro e até áreas do
interior. Nesse contexto, Francisco Félix de Sousa merece ser citado: alforriado aos 17 anos,
é considerado o maior traficante de escravos brasileiro.
Sem dúvidas, o maior fluxo de chegada de escravos aconteceu no século XIX. Para se ter
uma noção, ao longo dos séculos XVII e XVIII, a média era de cerca de 2.500 a 3.300 por ano.

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De maneira didática, podemos identificar 4 ciclos do tráfico:


• Ciclo da Guiné (século XVI);
• Ciclo de Angola (século XVII): traficou bacongos, ambundos, benguelas e ovambos;
• Ciclo da Costa da Mina, hoje chamado Ciclo de Benim e Daomé (século XVIII – 1815):
traficou iorubás, jejes, minas, hauçás, tapas e bornus;
• Período de tráfico ilegal, reprimido pela Inglaterra (1815-1851). Para fugir da fiscalização
dos navios ingleses, buscaram rotas alternativas ao tráfico tradicional do litoral ocidental
africano, capturando escravos, por exemplo, em Moçambique.

Até brasileiros chegaram a ser capturados e vendidos no mercado africano. Desde o início
do tráfico de escravos, gente que aqui chegava tentava fugir. Era raro aquele que não tentou a
fuga ao menos uma vez em sua vida. Quando chegavam no porto, tratados como mercadoria
animal, eram examinados. Os que estivessem doentes eram levados às “casas de engorda”.
O custo elevado dessa gente trazida à força exigia que os comerciantes tentassem salvar o
máximo de carga. Existiam encomendas de senhores e de comerciantes e a atividade acon-
tecia em feiras ao ar livre, nas proximidades do porto.
A tentativa de fuga das fazendas dos senhores era arriscada. Além do capitão-do-mato,
geralmente um ex-escravo ou mestiço, o castigo para quem fosse capturado era cruel. Eram
açoitados com violência no pátio das fazendas ou em praças das cidades. Existiam verdadeiras
práticas de tortura que só seriam extintas com o Código Criminal do Império, em 1842.

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006. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2020) A escravidão moder-


na caracterizou-se por trazer à tona uma realidade nova ao já secular comércio de escravos
ocorrido no continente africano. (Lilia Schwarcz e Heloísa Starling. Brasil: uma biografia. 1.
ed. São Paulo: Cia das Letras, 2015)
De acordo com as autoras, na obra Brasil: uma biografia, a referida nova realidade consiste
a) no modo como os reinos africanos constituídos se fortaleceram em alianças internas, após
a influência europeia pressioná-los a aderir às alianças de benefício unilateral, que exaltavam
a presença europeia no continente africano.
b) no esvaziamento do comércio de escravos na costa atlântica em detrimento de uma intensi-
ficação das rotas de comércio de escravos estabelecidas entre os reinos africanos e o mundo
muçulmano, configurando-se este último na maior expressão do escravismo moderno.
c) na conquista rápida e efetiva dos reinos tribais africanos pelas forças expedicionárias lusita-
nas, a fim de monopolizar o comércio de escravos para a América, interrompendo, assim, o fluxo
de tráfico escravista para o oriente médio e tornando os portugueses os maiores comerciantes
de gente do período.
d) na mudança de escala do comércio de africanos escravizados, tanto no que se refere ao vo-
lume de cativos, quanto no emprego crescente da violência. Isso alterou a dinâmica de guerras
e das redes de relacionamento internas dos estados africanos.
e) no fim das hostilidades entre europeus e africanos, com relação à religiosidade e à adoção
do cristianismo por parte de alguns reinos, na lucratividade e na monopolização do trabalho
escravizado, bem como do comércio que o sustentava, gerando assim cisões irreversíveis na
diplomacia entre os continentes.

a) Errada. Inexiste, na obra, uma exaltação da presença europeia no continente africano por
parte dos africanos.
b) Errada. Durante certo período, o comércio de escravos se dava em sua maioria na costa
atlântica, que tinham destino nas colônias de Portugal, principalmente o Brasil.
c) Errada. Na obra é demonstrado apenas que os escravos eram obtidos na África por meio dos
traficantes que compravam prisioneiros de guerra ou sequestravam africanos.
d) Certa. A grande escala de comércio de africanos escravizados e o crescente emprego de
violência alteraram profundamente a dinâmica de guerras e redes de relacionamentos internos
no continente africano.
e) Errada. Inexiste, na obra, explicação sobre ter havido um fim das hostilidades entre europeus
e africanos e a adoção do cristianismo por reinos.
Letra d.

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Quando obtinham sucesso na fuga, os escravos buscavam encontrar outros fugidos. Foi
assim que nasceram os quilombos.
Quilombo: a palavra possui etimologia banta referente a acampamentos de guerreiros
na mata. Em 1740, o Conselho Ultramarino de Portugal usou a definição em postagem ao
rei: “Toda habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda
que não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”. Os quilombos foram uma
resistência de trincheira em defesa de um território.

Quilombo dos Palmares

O quilombo mais emblemático talvez seja o de Palmares, hoje localizado no atual estado
de Alagoas, em terras que pertenciam a Pernambuco.

De início, Palmares era um pequeno povoado com poucos quilombolas. Entretanto o con-
flito com os holandeses acabou enfraquecendo a fiscalização e centenas de escravos fugiram,
engrossando o contingente populacional. Principalmente entre 1630 e 1650 o crescimento
do número de habitantes foi vertiginoso.
Palmares, a terra das palmeiras, era formada por vários mocambos (núcleos de povoamen-
to), sendo os principais entre eles: Subupira, Macaco e Zumbi. Com terra fértil, era cercada por
alta cerca de pau-a-pique e lá produziam a cultura de milho, mandioca, feijão e bananeiras.
Também caçavam, pescavam e produziam artesanatos, como cestos, cerâmicas e artigos de
metalurgia. O excedente de produção era comercializado com vilarejos da redondeza.
Historiadores estimam que viviam cerca de 20 mil quilombolas em Palmares. Obviamente,
os senhores que perdiam suas “propriedades” não estavam dispostos a assumir esse prejuízo.
Para se protegerem, os quilombolas criaram três guarnições, com cerca de 200 guerreiros,
para cada uma das três entradas.

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O primeiro rei de Palmares foi Ganga Zumba, filho de uma princesa do Congo. Em 1678, o
governador de Pernambuco, Aires Souza e Castro, selou um acordo com Ganga Zumba de-
cretando a liberdade de todos os negros nascidos em Palmares. Esse foi o Acordo de Recife.
Alguns quilombolas não aceitaram os termos postos no acordo. É certo que havia uma
diferenciação de status entre os quilombolas. Aqueles que chegavam aos quilombos pelos
próprios meios eram mais prestigiados, enquanto que os libertados por ações de guerrilha
eram desprivilegiados e colocados em trabalhos mais pesados. Assim, Ganga Zumba foi
envenenado por opositores e Zumbi assumiu o controle de Palmares.

Zumbi governou Palmares de 1678 até 1694.

Zumbi não apoiou o Acordo do Recife e continuou recebendo escravos fugidos. A reação da
Coroa Portuguesa foi enérgica. Várias excursões militares foram realizadas, até que, em 1694,
o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho liderou as forças oficiais e destruiu Palmares.
Apesar de Zumbi e mais um pequeno grupo terem conseguido fugir, em 20 de novembro de
1679 foi morto, degolado e sua cabeça enviada até o Recife como troféu. Sua luta marca as
comemorações do Dia da Consciência Negra.

007. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2022) Um quilombo dirigido por


homens livres. Um quilombo com escravidão. Um quilombo agrícola e cuja produção estava
integrada ao mercado regional. Que quilombo era esse? Esta é a história – ou uma das his-
tórias possíveis – do quilombo do Oitizeiro, na Bahia de 1806.
(João José Reis, Escravos e coiteiros no quilombo do Oitezeiro – Bahia, 1806. Em: João José
Reis e Flávio dos Santos Gomes (org.), Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil)

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A partir do excerto, acerca dos quilombos no Brasil, segundo o artigo de João José Reis, é
correto afirmar que
a) o modelo de quilombo com maior presença na América portuguesa e no Brasil Império foi o
de Palmares, que reuniu essencialmente escravizados nascidos na África, com forte produção
extrativista voltada para o abastecimento de núcleos urbanos e que contava com uma maioria
de mulheres.
b) as práticas quilombolas, na maioria dos casos, resultaram em um profundo isolamento do
resto das atividades econômicas e sociais, gerando nas comunidades de escravizados fugidos
uma produção especialmente de subsistência de alimentos e artesanato, além da recorrente
necessidade de praticar roubos contra arraiais e vilas.
c) o formato quilombo, derivado de organizações de escravizados das colônias francesas da
América Central, representou, na maior parte das vezes, a possibilidade de reproduzir os mode-
los igualitários presentes nas diversas regiões africanas, em especial, aquelas que forneceram
pessoas a serem escravizadas.
d) há uma visão enganosa do quilombo como um espaço isolado no alto da serra e formado
por milhares de escravos fugidos, porém, na maior parte das vezes, os fugidos eram poucos, se
estabeleciam próximos a povoações, fazendas e, às vezes, nas imediações de centros urbanos,
mantendo relações ora conflituosas, ora amistosas.
e) a maior parte das experiências de escravizados fugidos dos seus senhores, e construindo
espaços isolados de proteção, ocorreu durante o século XVII em razão da invasão holandesa
e, por outro lado, até o fim do sistema escravista, foi rara a organização de quilombos, porque
surgiram legislações repressivas.

Questão interpretativa. O texto do enunciado apresenta um questionamento acerca das variadas


versões sobre os quilombos, de modo que a alternativa d realiza a mesma crítica, apontando
que existem visões “enganosas”.
Letra d.

e. A Conquista dos Sertões: Entradas e Bandeiras

Meu(minha) querido(a), a ocupação do território brasileiro recebeu a contribuição de ex-


pedições de bandeirantes. Mas vamos por partes. Antes de seguir, vejamos alguns conceitos:
• entradas eram expedições oficiais (organizadas pela Coroa) que saíam do litoral em
direção ao interior do Brasil;
• descidas foram expedições dos jesuítas do Pará que tinham criado, na Amazônia, um
sistema bem estruturado de “aldeias” de aculturação indígena. Buscando índios para
essas aldeias, os jesuítas organizaram diversas expedições fluviais, subindo o Tocantins;
• bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares, principalmente
paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente rumo às regiões Centro-Oeste e Sul do
Brasil. Em seguida, ocorreram as principais bandeiras em Goiás.

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As bandeiras foram responsáveis pelo aumento do território do Brasil, penetrando o in-


terior e expandindo as fronteiras brasileiras além do Tratado de Tordesilhas. Também foram
responsáveis pela escravização de indígenas, atividade que teve reação dos jesuítas e pos-
terior proibição.
Existiram três tipos de bandeiras:
• Bandeiras de apresamento: adentraram no sertão para aprisionar índios e levá-los para
São Paulo para trabalharem como escravos;
• Bandeiras de prospecção: buscaram encontrar e explorar metais preciosos;
• Bandeiras de contrato: perseguiram os escravos fugidos e destruíram seus quilombos.

Em seguida, as principais bandeiras:


• 1590-93, sob o comando de Domingo Luís e Antônio Macedo;
• Sebastião Marinho – 1592;
• Domingos Rodrigues – 1596-1600;
• Nicolau Barreto – 1602-04;
• Belchior Dias Carneiro – 1607;
• Martins Rodrigues – 1608-13;
• André Fernandes – 1613-15;
• Lázaro da Costa – 1615-18;
• Francisco Lopes Buenavides – 1665-66;
• Antônio Pais – 1671;
• Bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera (1672 a 1740): partiu da região
norte do atual estado de São Paulo em direção à região Centro-Oeste do país em busca
do descobrimento de jazidas de ouro e pedras preciosas.

Em 1708, os bandeirantes paulistas encontraram ouro de aluvião (depositados nos


barrancos e margens dos rios) na região de Minas Gerais. Por exigirem a exclusividade da
exploração de ouro na região, entraram em conflito com “estrangeiros”, pessoas de outras
partes da colônia que pretendiam explorar as jazidas, também chamados pejorativamente
de emboabas pelos paulistas. Esse episódio ficou conhecido como Guerra dos Emboabas. A
Coroa Portuguesa interveio e os paulistas, derrotados, acabaram realizando novas bandeiras
que encontrariam ouro no território de Goiás.
Os paulistas Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, João Leite e Domingos Rodrigues
do Prado saíram de São Paulo em 1722 para descobrir as ricas lavras de Goiás, em 1725.
Visando a novas descobertas, Bartolomeu Bueno voltou ao território goiano em 1726 e ali
criou a primeira povoação goiana, o Arraial da Barra, na confluência dos rios Vermelho e Bugre.
Encontrou ouro nas minas de Vila Boa, em meados de 1727, onde criou o arraial de N. S. de
Sant´Ana, no entorno de uma capela.

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Com a fundação de Belém do Pará, a vila serviu de ponto de apoio e partida para várias
entradas para exploração da Amazônia nas regiões dos atuais estados do Pará, Amazonas e
Amapá. Nesse sentido, Bento Maciel Parente foi um dos mais importantes exploradores. Vete-
rano de guerras na Paraíba e no Rio Grande do Norte, foi Capitão-mor da Capitania do Grão-Pará.

008. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE PORTUGUÊS/2021) Adotou-se a


convenção de dividir o movimento em fases distintas, abrangendo o “bandeirismo defensivo”,
o apresamento, o movimento colonizador, as atividades mercenárias e a busca de metais e pe-
dras preciosas. Contudo, apesar dos pretextos e resultados variados que marcaram a trajetória
das expedições, a penetração dos sertões sempre girou em torno do mesmo motivo básico.
(John M. Monteiro, Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo)
Para Monteiro, esse “motivo básico” das expedições dos bandeirantes foi
a) o imperativo crônico da mão de obra indígena para os empreendimentos agrícolas dos paulistas.
b) a busca pela ampliação constante do território colonial, sempre em acordo com as autori-
dades portuguesas.
c) a atuação de guarda-mor das terras coloniais, evitando a formação de potentados locais e
destruindo os já formados.
d) o acordo tácito, renovado em períodos irregulares, com as ordens religiosas para controlar
os povos indígenas.
e) o combate persistente aos invasores dos espaços coloniais, caso dos espanhóis ao Sul e
dos franceses ao Norte.

Ora, o principal objetivo das bandeiras era escravizar indígenas. As outras alternativas
devem ser excluídas por apresentarem a visão de que o objetivo primário era o expansionismo
territorial. Esse expansionismo foi consequência!
Letra a.

f. O Sistema Colonial
Querido(a), com os descobrimentos, os países europeus procuraram organizar a coloni-
zação do “novo mundo” dentro da lógica mercantilista.

Mercantilismo: foi um conjunto de práticas econômicas que vigorou entre os séculos XV e


XVIII, sendo adotado pelos estados nacionais, no intuito de acumular riquezas para o rei. Era
embasado na troca de mercadorias com os princípios do protecionismo (proteger o mercado
consumidor de modo a monopolizar), do metalismo (acúmulo de metais preciosos) e da balança
comercial favorável (grosso modo, vender mais do que comprar).

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Nesse sentido, a organização colonial variou de país para país e de acordo com o interesse
da metrópole. No entanto, duas formas de colonização básicas podem ser descritas:

• Colônia de Povoamento: Vigorou na história da conquista da América do Norte, da Nova


Zelândia, Austrália etc. Na América do Norte foi utilizada pelos ingleses na colonização
dos Estados Unidos e do Canadá. Além de povoar o território, desenvolvia a terra para
suprir as necessidades de seus moradores. Esse sistema gerava uma autonomia comer-
cial e emancipação do sistema econômico do país; e
• Colônia de Exploração: O principal objetivo dessa exploração era estabelecer a extra-
ção de recursos naturais para manter um mercado lucrativo e favorável. O monopólio
comercial (Pacto Colonial) era o método mais utilizado pelos colonizadores para estes
se conservarem no poder, uma vez que todo o lucro da extração de metais preciosos e a
produção agrícola das colônias eram exclusivamente desses europeus que as explora-
vam. Para retirar o que havia nessas terras era necessário mão de obra, e boa parte dos
colonos escravizaram os habitantes nativos para sustentar esse sistema. Isso implicou
o genocídio de vários grupos e o extermínio de diversas culturas. As potências coloniais
impunham sua cultura e a reproduziam em todo o território conquistado. Esse foi o mo-
delo aplicado pelos portugueses.

Governo Geral

Com o fracasso das capitanias hereditárias, em função da falta de recursos dos donatá-
rios para empreender a colonização, a Coroa Portuguesa optou por modificar a estrutura de
organização política da colônia. Nascia, assim, o Governo Geral. Importante destacar que as
capitanias hereditárias continuaram existindo, sendo extintas apenas em 1759 pelo Marquês
de Pombal, primeiro-ministro português.
O Governo Geral representou uma medida político-administrativa adotada pela Coroa Por-
tuguesa (Rei Dom João III), em 1548, a fim de centralizar, administrar e restabelecer o poder e
reforçar a colonização no período do Brasil Colônia, após o fracasso das capitanias hereditárias.
Tomé de Sousa foi o primeiro governador-geral do Brasil, chegando em Salvador em 1549.
O Governo Geral era comandado pelo governador-geral, que detinha grande autoridade,
possibilitando a criação de novos cargos políticos com o intuito de dividir as diversas tarefas:
ouvidor-mor (assuntos judiciais), provedor-mor (questões financeiras), alcaide-mor (funções
de organização, administração e defesa militar) e capitão-mor (questões jurídicas e de defesa).
O governador-geral, indicado pelo rei, seria responsável pelo desenvolvimento econômico
da colônia, desde a criação de engenhos, administração e proteção de terras à inserção dos
indígenas na população, entre outros.

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Os três primeiros governadores-gerais que administraram o Brasil Colônia foram: Tomé


de Sousa (1549 a 1553), seguido de Duarte da Costa (1553 a 1558) e Mem de Sá (1558 a
1572). A administração de Tomé de Sousa iniciou o processo de restabelecimento da Coroa
Portuguesa nas terras brasileiras. Por conseguinte, Duarte da Costa entrou em diversos con-
flitos com os indígenas; por outro lado, Mem de Sá aproveitou para se aproximar dos índios
e utilizá-los como força para combater os franceses invasores.
Embora Portugal tenha dividido o país em dois polos, após a morte de Mem de Sá (em
1572), com a sede do Norte em Salvador e a sede do Sul no Rio de Janeiro, o Governo Geral
foi extinto em 1808, com a chegada da família real ao Brasil. Observe que o sistema de Go-
verno Geral auxiliou na consolidação da dominação portuguesa no Brasil.

009. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE HISTÓRIA/2020) Leia parte da


obra de J. B. Say.
Até a época do renascimento das artes na Europa, isto é, até cerca do século XVI, os governos
dos diversos países pouco se inquietavam com a natureza dos retornos que os comerciantes
recebiam do estrangeiro. Os direitos de saída e entrada tinham um objetivo puramente fiscal;
eram para os governos meios de levantar tributos, e nada mais; mas em seguida, quando se
apercebeu que o comércio era uma fonte de prosperidade para as nações e de poder para os
governos, acreditou-se poder explorá-lo mais a proveito. Os publicistas, os homens de Estado,
antes de ter suficientemente estudado a natureza das riquezas e o que as produz, acreditaram,
com o vulgo, que se é rico porque se tem muita prata, em lugar de compreender que se tem
muita prata porque se é rico […]
(Apud Pierre Deyon, O mercantilismo)

No excerto, Say
a) defende que a capacidade de entesouramento de uma nação é fundamental para que ela
garanta as condições para um desenvolvimento autônomo.
b) aponta para as qualidades da teoria mercantilista, que permitiu a acumulação de capitais e
a eclosão do industrialismo em toda Europa.
c) demonstra como o protecionismo comercial alavancou um desenvolvimento geral da eco-
nomia mundial sob a direção das metrópoles europeias.
d) critica a política tributária dos Estados da Idade Moderna que, ao retirarem recursos do setor
privados, atrasam o pleno desenvolvimento das forças econômicas.
e) analisa a incoerência das práticas mercantilistas, como a busca do entesouramento de metais
preciosos por meio do protecionismo da produção nacional.

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Questão interpretativa. A leitura do texto do enunciado permite que o candidato perceba a crítica
ao modelo econômico mercantilista, que defende o acúmulo de metais através do protecionis-
mo do mercado.
Letra e.

g. Os Conflitos Coloniais e os Movimentos Rebeldes de Livres e de


Escravos do Final do Século XVIII e Início do Século XIX
As rebeliões coloniais ou revoltas nativistas foram aquelas que tiveram como causa
principal o descontentamento dos colonos brasileiros com as medidas tomadas pela Coroa
Portuguesa. Ocorreram entre o final do século XVII e o início do XVIII. A maior parte dessas
revoltas foi reprimida com violência pela Coroa Portuguesa, como forma de controlar seu
domínio sobre a colônia brasileira.
Principais causas:
• Monopólio português do comércio de mercadorias;
• Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses;
• Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes;
• Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses;
• Altos impostos cobrados pela Coroa Portuguesa, principalmente sobre a extração de ouro
realizada pelos colonos brasileiros;
• Exploração colonial praticada por Portugal; e
• Rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil.

Rebeliões Nativistas: são rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das elites coloniais:
• Revolta de Beckman de 1684;
• A Guerra dos Emboabas de 1708 e 1709;
• A Revolta de Filipe dos Santos de 1720; e
• A Guerra dos Mascates de 1710 e 1711.
Rebeliões Separatistas: visam à independência em relação a Portugal:
• Conjuração Carioca (1794);
• Inconfidência Mineira (1789);
• Conjuração Baiana (1798);
• Insurreição Pernambucana de 1817 (A Insurreição Pernambucana 1645-1654 foi a que
expulsou os holandeses).

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Revolta de Beckman (1684)

A Revolta de Beckman foi uma rebelião nativista ocorrida na cidade de São Luís (estado
do Maranhão) em 1684. Foi causada pela insatisfação dos comerciantes, proprietários rurais
e população em geral com a Companhia de Comércio do Maranhão, instituída pela Coroa
Portuguesa em 1682. Os comerciantes reclamavam do monopólio da Companhia, enquanto
os proprietários rurais contestavam os preços que a Companhia pagava por seus produtos.
O fato é que grande parte da população maranhense estava insatisfeita com a baixa
qualidade e os altos preços cobrados pelos produtos manufaturados comercializados pela
Companhia na região. Outros produtos, como trigo, bacalhau e vinho, chegavam à região em
quantidade insuficiente, demoravam para chegar e ainda vinham em péssimas condições
para consumo.
Contudo o principal problema foi a falta de mão de obra escrava na região. Os escravos
fornecidos pela Companhia eram insuficientes para as necessidades dos proprietários rurais.
Uma solução seria a escravização de indígenas, porém os jesuítas eram contrários.
Na noite de 24 de fevereiro de 1684, os irmãos Manuel e Tomás Beckman, dois proprie-
tários rurais da região, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depósito
da Companhia de Comércio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas da
região e tiraram do poder o governador.
A Corte Portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador para acabar com a revolta e
colocar ordem na região. Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmãos Beckman e Jorge
Sampaio foram condenados à forca.

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A Revolta de Beckman foi mais um movimento nativista que mostra os conflitos de inte-
resses entre os colonos e a metrópole. Foi uma revolta que explicitou os problemas de mão
de obra e abastecimento na região do Maranhão. As ações da Coroa Portuguesa, que clara-
mente favoreciam Portugal e prejudicavam os interesses dos brasileiros, foram, muitas vezes,
motivos de reações violentas dos colonos. Estas geralmente eram reprimidas também com
violência, pois a Coroa não abria mão da ordem e da obediência em sua principal colônia.

A Guerra dos Emboabas (1708 e 1709)

A Guerra dos Emboabas foi um conflito armado ocorrido na região de Minas Gerais entre
os anos de 1708 e 1709, envolvendo os bandeirantes paulistas e os emboabas (portugueses e
imigrantes de outras regiões do Brasil). O confronto tinha como causa principal a disputa pela
exploração das minas de ouro recém-descobertas na região de Minas Gerais. Os paulistas que-
riam exclusividade na exploração da região, pois afirmavam que tinham descoberto as minas.
Os emboabas eram liderados pelo português Manuel Nunes Viana, enquanto os paulis-
tas eram comandados pelo bandeirante Borba Gato. O conflito mais importante e sangrento
ocorreu em novembro de 1708 no distrito de Ouro Preto. Os emboabas dominaram a região
das minas e os paulistas se refugiaram na área do Rio das Mortes.
Como consequência, os paulistas foram derrotados e a Coroa Portuguesa criou a Capitania
de São Paulo e Minas de Ouro. Além disso, a cobrança do quinto (20%) foi regulamentada e
a Coroa Portuguesa assumiu a exploração de ouro na região de Minas Gerais.
Por outro lado, os bandeirantes paulistas, expulsos da região de Minas Gerais, foram em
busca de ouro nas regiões de Goiás e Mato Grosso, onde encontraram novas minas para explorar.

A Revolta de Filipe dos Santos de (1720)

Também conhecida como Revolta de Vila Rica, este movimento nativista ocorreu no ano
de 1720, na região de Minas Gerais, durante o período do Ciclo do Ouro.
A região de Minas Gerais produzia muito ouro no século XVIII. A Coroa Portuguesa aumen-
tou muito a cobrança de impostos na região. O quinto, por exemplo, era cobrado sobre todo
o ouro extraído (20% ficavam com Portugal). Essa cobrança ocorria nas casas de fundição.
Era proibida a circulação de ouro em pó ou em pepitas. Quem fosse pego desrespeitando as
leis portuguesas era preso e recebia uma grave punição (degredo para a África era a principal).
Os donos das minas estavam sendo prejudicados com as novas medidas da Coroa para
dificultar o contrabando do ouro em pó. A Coroa Portuguesa decidiu instalar quatro casas de
fundição, onde todo ouro deveria ser fundido e transformado em barras, com o selo do Reino
(nessa mesma ocasião era recolhido o imposto de, a cada cinco barras, uma ficava para a
Coroa Portuguesa).

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Assim, só poderia ser comercializado o ouro em barras com o selo real, acabando com o
contrabando paralelo do ouro em pó e, consequentemente, com o lucro maior dos donos das
minas. Então, estes últimos organizaram essa revolta para acabar com as casas de fundição,
com os impostos e com o forte controle em cima do contrabando.
Filipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro (dono de tropas de mulas para
transporte de mercadorias). Com seus discursos e ideias atraiu a atenção das camadas mais
populares e da classe média urbana de Vila Rica. Defendia o fim das casas de fundição e a
diminuição da fiscalização metropolitana.
A revolta durou quase um mês. Os revoltosos pegaram em armas e chegaram a ocupar
Vila Rica. Diante da situação tensa, o governador da região, Conde de Assumar, chamou os
revoltosos para negociar, solicitando que abandonassem as armas.
Após acalmar e fazer promessas aos revoltosos, o conde ordenou às tropas que invadis-
sem a vila. Os líderes foram presos e suas casas incendiadas. Filipe dos Santos, considerado
líder, foi julgado e condenado à morte por enforcamento.
Como consequências, a Coroa procurou limitar as vias de acesso às Minas e o escoamen-
to da produção, visando inibir o contrabando e a evasão fiscal. Para facilitar essa tarefa, foi
criada a Capitania de Minas Gerais, separada da Capitania de São Paulo.
Os revoltosos realizaram uma marcha até a sede do governo da capitania em Mariana e,
como o governador Conde de Assumar não tinha como barrar a força dos donos das minas,
ele prometeu que as casas de fundição não seriam instaladas e que o comércio local seria livre
de impostos. Os rebeldes voltaram então para Vila Rica, de onde haviam saído. Aproveitando
a trégua, o conde mandou prender os líderes do movimento, cujas casas foram incendiadas.
Muitos deles foram deportados para Lisboa, mas Filipe do Santos foi condenado e execu-
tado. Assim, essa revolta não conseguiu cumprir seus objetivos e foi facilmente sufocada
pelo governo.
Filipe dos Santos foi morto porque ele e sua tropa demoliram as casas de fundição. Por
seu caráter nativista e de protesto contra a política metropolitana, muitos historiadores con-
sideram este movimento como um embrião da Inconfidência Mineira (1789).

A Guerra dos Mascates (1710 e 1711)

Meu(minha) querido(a), a concorrência holandesa, como já vimos, provocou uma grave


crise na produção açucareira. Os senhores de engenho (aristocracia rural), em sua maioria
residindo em Olinda, passavam por grandes dificuldades financeiras, mas mantinham o con-
trole político graças aos cargos que detinham na câmara municipal.
Do outro lado, Recife destoava do momento de crise. Desenvolveu-se uma intensa ativida-
de econômica com os negócios dos mascates (comerciantes portugueses). A prosperidade
econômica desse grupo permitia que realizasse empréstimos com juros elevadíssimos aos
olindenses. Obviamente, cada vez mais Olinda era submetida à estrutura econômica de Recife.

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As tensões entre os dois grupos se intensificaram quando a Coroa Portuguesa publicou a


Carta Régia de 1709. Por ela, Recife passou a ser vila independente, conquistando autonomia
política com relação a Olinda. Havia um grande receio por parte da aristocracia rural de Olinda
de que Recife se tornasse, além de centro econômico, o centro político de Pernambuco.
Podemos listar, de maneira objetiva, as causas da Guerra dos Mascates:

• Sentimento antilusitano alimentado pelos olindenses;


• Disputa entre Olinda e Recife pelo controle político de Pernambuco; e
• A Carta Régia de 1709 (Autonomia política de Recife).

Os olindenses iniciaram os conflitos. Em 1710, diante do clima de hostilidade, invadiram


Recife. Sob a liderança de Bernardo Vieira de Melo e do Capitão-mor, Pedro Ribeiro da Silva,
alegando que Recife não respeitava as fronteiras entre as comarcas, destruíram o Pelourinho
e libertaram todos os presos.
Em 1711, os recifenses (mascates) reagiram. Organizaram-se, invadiram Olinda e destruí-
ram vilas e engenhos da cidade.
O conflito só teve fim com a intervenção da Coroa Portuguesa. O rei nomeou Félix José
Machado como governador de Pernambuco. A expectativa era no sentido de acabar com a
guerra, colocar ordem na colônia. E assim o fez: prendeu os principais líderes do movimento,
manteve a autonomia de Recife e, em 1712, ainda a elevou à categoria de sede administrativa
de Pernambuco.

010. (ESPCEX/2017) No início do século XVIII, a concorrência das Antilhas fez com que o
preço do açúcar brasileiro caísse no mercado europeu. Os proprietários de engenho, em Per-
nambuco, para minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos junto aos comer-
ciantes da Vila de Recife. Esta situação gerou um forte antagonismo entre estas partes, que
se acirrou quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando esta de ser vinculada
a Olinda. Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do recolhimento de impostos a favor
de Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima relatado foi a
a) Revolta de Beckman.
b) Guerra dos Mascates.
c) Guerra dos Emboabas.
d) Insurreição Pernambucana.
e) Conjuração dos Alfaiates.

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A Guerra dos Mascates (1710-11) foi uma revolta nativista ocorrida em Pernambuco, motivada
por dívidas contraídas pelos latifundiários de Olinda em um processo de empobrecimento devido
à crise açucareira. Recife era o local de residência dos comerciantes portugueses, pejorativa-
mente denominados como mascates, que souberam explorar o delicado momento financeiro
da elite fundiária de Pernambuco. A autonomia política concedida aos mascates pela Coroa
Portuguesa foi o estopim para a invasão dos olindenses ao Pelourinho de Recife. Os mascates
foram apoiados pelo governo português, que concretizou a repressão violenta. Após a vitória dos
comerciantes, Recife foi elevada a capital da província, despertando um profundo sentimento
antilusitano em Olinda.
Letra b.

Conjuração Carioca (1794)

Também conhecida como Conjuração do Rio de Janeiro e Conjuração Fluminense, foi


um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido em 1794. Tinha clara afinidade com os
ideais iluministas e teve como principais participantes intelectuais do Rio de Janeiro.
Constituído no Rio de Janeiro, esse movimento, inicialmente, era uma sociedade literária
que se reunia para debater assuntos culturais e científicos, como a análise da composição
da água, os danos causados pelo alcoolismo e a observação do eclipse lunar. Aos poucos, a
sociedade passou a ser composta de intelectuais que debatiam os ideais iluministas. Dentre
seus membros, destacava-se o professor de retórica Manuel Inácio da Silva Alvarenga, graduado
pela Universidade de Coimbra. Outro de seus integrantes, Mariano José Pereira da Fonseca,
foi acusado de possuir uma obra de Jean Jacques Rousseau (então proibida de circular no
Brasil) – depois, em 1822, Mariano defendeu a independência e tornou-se marquês.
O vice-rei, Conde de Resende, temeroso que os argumentos políticos e filosóficos desses
intelectuais se alastrassem, ordenou o fechamento da sociedade em 1794. Com o pretexto de
que continuavam se reunindo clandestinamente, mandou processá-los e prendê-los, instau-
rando uma devassa. Depois de investigar minuciosamente todos eles, não conseguiu apurar
nenhuma prova concreta de que planejavam uma conspiração. Sem nenhuma prova que os
ligasse à subversão, os intelectuais foram libertados depois de dois anos.

Conjuração Mineira (1789)

Como vimos, os movimentos separatistas ou emancipacionistas têm caráter diferenciado


dos movimentos nativistas, na medida em que objetivaram a independência em relação à
Coroa Portuguesa.

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A Inconfidência Mineira foi um movimento de caráter separatista que ocorreu na província


de Minas Gerais em 1789. O movimento foi descoberto antes do dia marcado para a eclosão
por conta de uma delação.
A queda da produção de ouro que passou a ocorrer a partir de 1760 se agravava a cada
ano, acentuando a pobreza da população. Mesmo com a diminuição da extração do ouro, o
sistema e o valor de cobrança dos quintos devidos à coroa mantinham-se os mesmos. Quando
o ouro entregue não perfazia 100 arrobas (cerca de 1.500 kg) anuais, era decretada a derra-
ma. Esta consistia em cobrar da população, pela força das armas, a quantidade que faltava.
Apesar de ter sido decretada somente uma vez, sempre pairava a ameaça que a derrama
poderia se tornar realidade e isso assustava tanto os exploradores de ouro como a população.
O custo de vida em toda a região ficava cada vez mais alto, pois tudo era comprado a prazo
e com ouro. Desta maneira, os funcionários que detinham o monopólio do metal começaram
a se endividar, deixando de fazer pagamentos aos comerciantes, agricultores e traficantes de
escravos que também foram arrastados para a crise.
Com a publicação do Alvará de 1785, a situação se agravou. Essa lei determinava o fecha-
mento de manufaturas locais, obrigando a população a consumir apenas produtos importados
e de alto preço.
Também as ideias do Iluminismo que apregoavam temas de liberdade para os povos e
questionavam a ordem política vigente circulavam apesar da censura. Essas ideias foram
trazidas por estudantes brasileiros que tinham realizado cursos superiores na Europa.
Não se pode esquecer do conhecimento da Independência dos Estados Unidos, cujos co-
lonos, revoltados contra o sistema fiscal de sua metrópole, tinham se libertado da Inglaterra.
Isso animou a elite mineradora a conspirar contra a metrópole.
Os inconfidentes eram, em sua maioria, grandes proprietários ou mineradores, padres e
letrados, como Cláudio Manuel da Costa. Oriundo de família enriquecida na mineração, havia
estudado em Coimbra e foi alto funcionário da administração colonial. Por sua parte, Alvarenga
Peixoto era minerador e latifundiário.
Principais inconfidentes:
• Tomás Antônio Gonzaga, escritor e poeta, depois de estudos jurídicos na Europa, tornou-
-se ouvidor (juiz) em Vila Rica;
• Francisco de Paula Freire, tenente-coronel e comandante do Regimento dos Dragões,
tropa militar de Minas Gerais, estava hierarquicamente logo abaixo do governador; e
• Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes, era filho de um pequeno fazendeiro.
Dotado de grandes habilidades, ganhou a vida como militar, dentista, tropeiro e comer-
ciante. Foi o mais popular entre os conspiradores. Embora não tenha sido o idealizador
do movimento, teve papel importante na propagação das ideias revolucionárias junto ao
povo.

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Os inconfidentes tinham uma série de propostas para a Capitania de Minas Gerais, veja:
• Romper com Portugal e adotar um regime republicano (a capital seria São João del Rei);
• Criar indústrias;
• Fundar uma universidade em Vila Rica;
• Acabar com o monopólio comercial português;
• Adotar o serviço militar obrigatório;
• A bandeira do novo país seria um pavilhão que conteria a frase latina Libertas quae sera
tamen (Liberdade ainda que tardia). Mais tarde, um desenho semelhante e o lema seriam
a base para a criação da bandeira do estado de Minas Gerais.

A revolta deveria ter início no dia da derrama, que o governo programara para 1788 e aca-
bou suspendendo quando soube da conjuração. Entretanto os planos dos inconfidentes foram
frustrados porque três participantes da conspiração procuraram o governador, Visconde de
Barbacena, para delatar o movimento.
Foram eles: o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente-coronel Basílio de Brito Malheiro
do Lago e o mestre de campo (militar) Inácio Correia Pamplona.
Tiradentes, que viajava para o Rio de Janeiro com o objetivo de adquirir armas, foi preso
naquela cidade, no dia 10 de maio de 1789.
Após três anos sendo processados, todos os participantes foram perdoados ou condena-
dos ao degredo. Somente Tiradentes foi condenado à morte e executado no dia 21 de abril
de 1792, no campo de São Domingos, no Rio de Janeiro. Após o cumprimento da sentença,
o corpo foi esquartejado e ficou exposto à execração pública.

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011. (ESA/2013) A respeito da Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil Colônia em 1789,


pode ser afirmado com correção que
a) a extinção da escravidão no Brasil era defendida pelo movimento inconfidente.
b) entre os projetos dos inconfidentes estava o fechamento dos engenhos e minas.
c) a Coroa Portuguesa propôs a anistia de todos os revoltosos e o perdão das dívidas em troca
da rendição incondicional dos inconfidentes.
d) a rebelião foi desencadeada em um contexto marcado pela diminuição da produção aurífera
e o aumento da cobrança de impostos.
e) as lideranças do movimento defendiam a extinção da propriedade privada.

O contexto histórico em que ocorreu a Inconfidência Mineira foi marcado, sobretudo, pela di-
minuição da produção aurífera (de ouro) e a crescente cobrança de impostos (o quinto, com a
declaração da “derrama”).
Letra d.

Conjuração Baiana (1798)

A Conjuração Baiana foi uma rebelião popular que ocorreu na Bahia, no dia 25 de agosto
de 1798, que pretendia libertar o Brasil de Portugal e atender às reivindicações das camadas
pobres da população. Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a agitação popular era
composta, em sua maioria, por escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços
que exerciam as mais diferentes profissões, como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras.
Repercutia na Bahia o movimento chefiado pelo bravo negro Toussaint Louverture, no Haiti,
contra os colonizadores franceses – o primeiro grande levante de escravos bem-sucedido na
história. Aquelas mesmas ideias de república, liberdade e igualdade pregadas na Revolução
Francesa e na Conjuração Mineira agitavam agora a Bahia.
A população da cidade de Salvador, antiga capital do Brasil, vivendo em situação de penú-
ria, depois que a capital do Brasil Colônia foi transferida para o Rio de Janeiro (1763), pregava
a necessidade de se fundar no Brasil uma “República Democrática” e uma sociedade onde
não houvesse diferenças sociais, onde todos fossem iguais e onde houvesse “Liberdade,
Igualdade e Fraternidade”.
A Conjuração Baiana teve como principais líderes os alfaiates João de Deus e Faustino
dos Santos Lira, os soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas, homens pobres, de
cor e sem prestígio social que estavam ligados aos movimentos da maçonaria.

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As ideias políticas da Revolução Francesa continuavam a chegar ao Brasil, inclusive por


intermédio da maçonaria. A primeira loja maçônica, Cavaleiros da Luz, criada na Bahia, con-
tava com a participação de intelectuais como José da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu;
o cirurgião “médico dos pobres” Cipriano Barata; o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo;
o padre Francisco Gomes; o professor de latim Francisco Barreto; e o tenente Hermógenes
Pantoja, que se reuniam para ler Voltaire, traduzir Rousseau e organizar a conspiração.
No dia 12 de agosto de 1798, surgiram nos pontos de maior movimento de Salvador vá-
rios papéis manuscritos, pregados nos muros, chamando a população à luta e proclamando
ideais de liberdade, igualdade, fraternidade e República, utilizando palavras como: “Animai-vos
povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos
seremos irmãos, o tempo em que todos seremos iguais”.
O governador da Bahia, D. Fernando José de Portugal e Castro, soube, através de uma
denúncia feita por Carlos Baltasar da Silveira, que os conspiradores iriam se reunir no Cam-
po de Dique, no dia 25 de agosto. O clima de agitação se espalhava, e a forca, um dos mais
importantes símbolos do poder português, foi incendiada. Todos os padres que pregavam
contra a revolução eram ameaçados de morte.
A ação do governo foi rápida. O coronel Teotônio de Souza foi encarregado de surpreen-
dê-los em flagrante. Com a aproximação das tropas do governo, muitas pessoas conseguiram
fugir. Reprimida a rebelião, as prisões sucederam-se e o movimento foi desarticulado. Foram
presas 49 pessoas, três eram mulheres, nove eram escravos, a grande maioria eram alfaiates,
barbeiros, soldados, bordadores e pequenos comerciantes.
Os principais envolvidos foram levados a julgamento. Um ano e dois meses depois, eram
condenados à morte por enforcamento e depois esquartejados: Luís Gonzaga das Virgens,
Lucas Dantas, João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira. Intelectuais, como Cipriano
Barata, foram absolvidos. Os corpos esquartejados foram expostos em diversos locais da
cidade de Salvador.

012. (VUNESP/ESFCEX/CONHECIMENTOS GERAIS P/ TODOS OS CARGOS/1º SIMULA-


DO/2020) A instalação e a atividade de um engenho eram operações custosas que depen-
diam da obtenção de créditos. No século XVI, pelo menos parte destes créditos provinha de
investidores estrangeiros, flamengos ou italianos, ou da própria metrópole. Posteriormente, no
século XVII, essas fontes parecem ter se tornado pouco significativas. Pelo menos na Bahia,
as duas principais fontes de crédito vieram a ser as instituições religiosas e beneficentes, em
primeiro lugar, e os comerciantes. Não tínhamos bancos antes de 1808.
FAUSTO, Boris – História do Brasil (Com adaptações).

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Sobre os movimentos emancipacionistas e nativistas, preencha a coluna e marque a alternativa


com a sequência correta.
1) Revolta de Beckman
2) Guerra dos Mascates
3) Guerra dos Emboabas
4) Inconfidência Mineira
5) Inconfidência Baiana
6) Conjuração Carioca

( ) Foi organizada pela elite socioeconômica e acabou sendo descoberta pela Coroa Por-
tuguesa antes de ser iniciada.
( ) A guerra teve início em 1710, com a vitória dos olindenses que conseguiram invadir e
controlar a nova cidade pernambucana. Logo em seguida, os recifenses conseguiram
retomar o controle de sua cidade em uma reação militar apoiada por autoridades políti-
cas de outras capitanias.
( ) Um grupo de intelectuais fundou a Sociedade Literária, na qual poetas e escritores de-
batiam sobre assuntos culturais e científicos. Seus membros mostravam simpatia pe-
las ideias republicanas.

a) 1 – 3 – 6
b) 4 – 1 – 6
c) 4 – 2 – 5
d) 3 – 2 – 5
e) 4 – 2 – 6

A Revolta de Beckman foi uma reação nativista ocorrida no século XVII, no Maranhão, contra a
criação da Companhia de Comércio no Maranhão.
A Guerra dos Emboabas foi um conflito entre os paulistas e os emboabas (forasteiros e colo-
nos) para que os paulistas pudessem ter privilégios na exploração aurífera, mas sem sucesso
porque foram derrotados pelas forças da Coroa.
A Conjuração Carioca foi um movimento de caráter intelectual que ocorreu no Rio de Janeiro
no final do século 18. Também conhecida como Conjuração do Rio de Janeiro e Conjuração
Fluminense, foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido em 1794.
Letra e.

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h. O Período Joanino no Brasil: A Transferência da Corte Portuguesa


para o Brasil e Seus Efeitos

O chamado Período Joanino ocorreu entre os anos de 1808, com a chegada da Família
Real Portuguesa, e 1821, quando Dom João VI retornou a Portugal, deixando Dom Pedro
como príncipe regente. Vale notar que essa foi a primeira vez na história que um rei europeu
transferiu seu reino para um país do continente americano.
Meu(minha) caro(a), em 1808, a Família Real portuguesa, acompanhada de uma Corte
de aproximadamente 1.500 pessoas, desembarcou no país fugindo das tropas napoleônicas,
escoltada pela marinha britânica. Lembra-se da aula em que tratamos do bloqueio continental?
Vamos recordar aqui rapidinho.

Acontece que, na Europa, a França de Napoleão Bonaparte havia imposto um Bloqueio Con-
tinental à Inglaterra, de modo que nenhum país da Europa Continental poderia comercializar
com a Inglaterra sob a pena de ser invadido pelo temido exército francês. Como D. João, prín-
cipe regente de Portugal, desobedeceu a essa exigência, Napoleão invadiu Lisboa. Isso teve
impactos profundos na colônia.

Como consequência, tivemos a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o fim do
Pacto Colonial (exclusividade do comércio da colônia por parte de Portugal) e o aumento de
tributos para sustentar a corte no Rio de Janeiro. Podemos afirmar, sem exagero, que o fim
do Pacto Colonial marca o início da independência brasileira, já que a abertura do comércio
com outras nações tornou a colônia economicamente independente da metrópole portuguesa.
Mesmo antes da vinda da Corte Portuguesa, já havia a pressão inglesa para o estabele-
cimento de novos acordos políticos e econômicos com o governo português. Os ingleses,
bastante prejudicados pelo Bloqueio Continental, tinham urgência na abertura de novos mer-
cados, sem os quais sua economia poderia sucumbir.
Os ingleses viam a América como uma espécie de compensação para as perdas euro-
peias e, assim, sentiam-se no direito de participar como “sócios preferenciais” dos negócios
portugueses.
D. João era pressionado pela Inglaterra, por intermédio de Lord Strangford, ex-embaixa-
dor em Portugal e enviado ao Brasil para tratar da complementação dos negócios decididos
ainda na Europa. As negociações foram demoradas e difíceis, pois D. João sabia que as pre-
tensões inglesas prejudicariam os interesses dos antigos colonizadores e dos comerciantes
portugueses, então tentou minimizá-las. Mas, diante da inflexibilidade dos ingleses, aqueles
grupos viram cair por terra seus antigos privilégios e monopólios.

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Já no país, em 1808, uma das primeiras medidas tomadas por D. João foi a abertura dos
portos às Nações Amigas. Acontece que a Corte Portuguesa veio para o Brasil e pretendia
manter o mesmo estilo de vida que levava na Europa. Entretanto vigorava o Alvará de 1885, uma
das causas da Inconfidência Mineira, que proibia a existência de manufaturas na colônia para
obrigá-la a consumir os manufaturados portugueses. Entendeu a conexão? É dessa falta de
manufaturas que vem a necessidade de importação de tudo o que era consumido pela Corte.
Mesmo abolindo o Alvará de 1885, levaria tempo para que manufaturas se estabeleces-
sem, e a abertura dos portos acabou tornando a concorrência injusta na medida em que os
produtos ingleses, fabricados nas indústrias britânicas, tinham melhor qualidade e preço.
Como vimos, os principais beneficiados pela abertura dos portos foram os ingleses, visando
também uma compensação pelo apoio aos portugueses na fuga de Lisboa.

A abertura dos portos representou o fim do Pacto Colonial, que obrigava a colônia a comerciali-
zar apenas com Portugal. Representou, assim, o início do processo de independência brasileiro,
pois Portugal não teria mais o controle econômico da colônia.

Em 1810 foram assinados os Tratados de Aliança e Amizade, e de Comércio e Navega-


ção. Esses tratados quebraram o monopólio português em nome do liberalismo e feriram em
cheio os interesses lusos, além de humilhar a soberania portuguesa.
A Inglaterra impôs vantagens, entre elas:
• o direito da extraterritorialidade, que permitia aos súditos ingleses radicados em domínios
portugueses serem julgados aqui por juízes ingleses, segundo a lei inglesa;
• o direito de construir cemitérios e templos protestantes, desde que sem a aparência
externa de templo;
• a garantia de que a Inquisição não seria instalada no Brasil, com o que a Igreja Católica
perdeu parte de seu poder; e
• a colocação dos produtos ingleses nos portos portugueses mediante uma taxa de 15%,
ou seja, abaixo da taxação dos produtos portugueses, que pagavam 16%, e bem abaixo
da dos demais países, que pagavam 24% em nossas alfândegas.

Todavia, D. João precisou também tomar ações para organizar a colônia, desde a cobran-
ça de impostos até o desenvolvimento da educação e da cultura. Veja as principais medidas
tomadas por D. João:
• Instalação de sistemas administrativos e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de
tribunais e ministérios;
• Estruturação econômica, com a fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda;
• Investimentos nas áreas de educação e cultura. Nessas duas áreas, podemos destacar
a criação de escolas de Medicina, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, da Academia
Real de Belas Artes e da Imprensa Real;

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• Investimentos voltados para o desenvolvimento industrial do Brasil. Neste sentido, pode-


mos destacar a instalação de indústria de ferro em Minas Gerais e São Paulo;
• Elevação do Brasil, em 1815, a Reino Unido a Portugal e Algarves. Desta forma, o Brasil
deixou de ser (oficialmente) uma colônia. E, mais do que isso, tornou-se sede do Império
Português. Grosso modo, é como se Portugal deixasse de ser metrópole e se tornasse
colônia do Brasil;
• Criação do Jardim Botânico, do Teatro Nacional e do Museu Nacional.

Meu(minha) querido(a), o Período Joanino também esteve marcado por intensos comba-
tes que conferiram a essa época um tom bastante violento. Chegando em terras brasileiras,
Dom João organizou suas forças no desenvolvimento de conflitos ao Sul e ao Norte de nosso
território. E quem era o inimigo de Portugal? A França de Napoleão Bonaparte.
Na política externa, o objetivo principal de D. João era tomar a colônia francesa na América,
a Guiana Francesa. Além da Guiana, as forças brasileiras também se voltaram para a colônia
de Sacramento (atual Uruguai), que também estava sob domínio francês, já que Napoleão
invadiu a Espanha e passou a controlar todas as colônias espanholas.
Na região da Guiana Francesa, D. João estabeleceu o envio de um destacamento vindo
do Pará sob o comando do tenente-coronel Manuel Marques com o apoio de uma esquadra
inglesa vinda pelo mar. O objetivo era invadir a região de colonização francesa como retalia-
ção ao processo de invasão das tropas napoleônicas a Portugal. Após sucessivos ataques,
os portugueses conquistaram a rendição do governo da Guiana em 12 de janeiro de 1809.
Tendo um possível ataque francês à região do Prata como pretexto, o governo de D. João
VI também executou uma intervenção no território hoje equivalente ao Uruguai. Vale destacar a
importância estratégica da região, já que a bacia do rio Prata era importante para o transporte
fluvial comercial e militar. As duas tentativas de domínio aconteceram em 1811 e 1816, pro-
movendo uma série de conflitos violentos e dispendiosos. Não por acaso, o governo imperial
resolveu elevar uma série de impostos com o objetivo de custear a empreitada. Em julho de 1821,
o Brasil conseguiu a anexação desse território, que ganhou o nome de Província da Cisplatina.

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Do ponto de vista militar, essas ações pretendiam impedir que os exércitos franceses
dominassem regiões do continente americano e que fortalecessem as tropas de Napoleão
Bonaparte. Com isso, percebemos que o governo português tomou essas medidas como
parte integrante de um projeto voltado contra a França Napoleônica. Contudo, o envolvimento
nesses conflitos não teve adesão popular e chegou a causar a insatisfação dos colonos que
bancavam os custos desses conflitos com os impostos.
Na política interna, Dom João enfrentou a Insurreição Pernambucana de 1817.
D. João assistiu o surgimento de alguns partidos políticos. Vamos a eles:
• Partido Português: Composto por militares e comerciantes, seus membros eram favo-
ráveis à recolonização do Brasil, já que, no geral, beneficiavam-se com a condição de co-
lônia do país. Apesar de ser chamado de “Partido” e estar incluso na categoria “Partidos
políticos do Brasil”, o Partido Português não era efetivamente um partido político, e sim
uma corrente de opinião.
• Partido Brasileiro: Defendiam a Monarquia e a manutenção das conquistas de 1809 e 1815.
O Partido Brasileiro foi formado por comerciantes e pela aristocracia rural do centro-sul
e, apesar de não defender a separação de Portugal, este grupo defendia as conquistas
econômicas e não acatava as ordens vindas das Cortes. Foi o Partido Brasileiro que con-
seguiu convencer o Príncipe regente a permanecer no Brasil quando as Cortes exigiram
seu retorno a Portugal no episódio do Dia do Fico (9 de janeiro de 1822).
• Liberais Radicais: Republicanos formados pelas camadas urbanas, professores, clero e
advogados defendiam a liberdade de comércio e a transação nas estruturas coloniais.
Foi um grupo político formado durante o período de regência de D. Pedro I, com D. João
VI de volta a Portugal. Acontece que a Corte em Portugal pedia a recolonização do Brasil
para evitar a intervenção dos ingleses na economia e finalizar a autonomia administrativa
adquirida pelo Brasil. Os liberais radicais eram formados por jornalistas, médicos, advo-
gados, pequenos comerciantes, padres, população urbana e aristocratas nordestinos não
beneficiados pela política joanina. Este grupo desejava a independência, reformas sociais
e a estruturação de uma república, resultado de uma aliança entre as elites periféricas,
alijadas do poder central, com setores médios da sociedade. Defendiam um projeto liberal
avançado, incluindo a descentralização política expressa no federalismo e, na sua versão
mais radical, era favorável à república e ao fim da escravidão.

No ano de 1815, com o fim do Império Napoleônico e a prisão de Napoleão na Ilha de Santa
Helena, os países do continente europeu inimigos de Napoleão reuniram-se no Congresso
de Viena para que fosse discutido o processo de reconstrução das bases do Antigo Regime,
abaladas pela Revolução Francesa. Foi nesse contexto que D. João optou pela permanência
em solo brasileiro, mas elevou o Brasil ao status de Reino Unido, junto a Portugal e Algarves.
O Rio de Janeiro passou a ser, então, capital desse Reino Unido. Dessa maneira, o Brasil dei-
xava oficialmente de ser colônia para se tornar sede do Império Português.

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É necessário tratar, ainda, da Insurreição Pernambucana de março de 1817, uma das rebe-
liões separatistas que destaquei anteriormente. Foi uma rebelião que pretendia construir um
regime republicano na região Nordeste, separado do restante do território nacional. A revolta
tem sua origem na grande seca de 1816, que gerou miséria, além da cobrança de impostos
por parte do governo, a despeito da situação dos agricultores da região. Em maio, as tropas
portuguesas entraram no centro da Revolução, a cidade de Recife, e prenderam os principais
líderes. A Insurreição Pernambucana de 1817 é um marco importante por ser um movimento
separatista que aconteceu já com a Corte Portuguesa no Brasil.
Solucionada a Revolução Pernambucana, D. João VI se viu pressionado a voltar a Portugal
graças à Revolução Liberal do Porto, um movimento militar iniciado em agosto de 1820 na
cidade do Porto, no norte de Portugal, que se espalhou rapidamente para outras regiões do
país até chegar à capital, Lisboa. Nesse caminho, conquistou o apoio da burguesia, do clero,
da nobreza e do Exército, os mais importantes estratos sociais portugueses. Embora tenha
se passado na Europa, a Revolução de 1820 está intimamente ligada aos rumos da história
brasileira no século XIX.
Em 1820, Portugal se encontrava numa situação de crise econômica, política e social.
Em primeiro lugar porque, desde 1808, a Família Real não estava mais na metrópole, e sim
no Brasil, para onde tinha fugido das tropas francesas lideradas por Napoleão Bonaparte.
A abertura dos portos brasileiros, por exemplo, pôs fim ao monopólio comercial português
sobre o Brasil, que havia perdurado durante praticamente três séculos. Essa medida afetou
a economia lusitana e, em especial, a burguesia comercial do país, favorável ao restabeleci-
mento da ordem anterior.
A nobreza, por sua vez, havia perdido uma série de privilégios que possuía até então como
integrante da Corte Portuguesa que, agora, não mais em Lisboa, estava no Rio de Janeiro.
Quanto ao Exército, desde a transferência da Família Real para o Brasil, ficou sob o comando
do marechal inglês Beresford, a quem Dom João VI confiou o governo português durante sua
ausência. Enfim, o cenário em Portugal naquele momento parecia contrastar com a suposta
prosperidade e importância do Brasil. Não é difícil, portanto, entender por que cada um desses
setores acabou apoiando o movimento de 1820.
Naquele mesmo ano, outras regiões da Europa (como Espanha, Grécia e a cidade de
Nápoles) passaram por revoluções liberais. Sob influência desses movimentos, as Cortes
Portuguesas também procuraram formar um governo liberal no país, subordinando a Coroa ao
Legislativo (isso é, criando uma monarquia constitucional), garantindo direitos aos cidadãos
portugueses e enfrentando a crise em que o país se encontrava.
Para atender ao último objetivo, as cortes defendiam a volta imediata do rei para Portugal
e o restabelecimento do monopólio comercial sobre o Brasil. Havia, portanto, uma visível con-
tradição no movimento de 1820: se ele era liberal para os portugueses, em relação ao Brasil
a revolução buscava nada mais do que a retomada do colonialismo. Atender às propostas
liberais, portanto, significaria o retorno do Brasil à condição de colônia.

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Enquanto elaboravam a nova Constituição do país, as Cortes Portuguesas adotaram a Carta


Magna espanhola, de inspiração liberal. Ao mesmo tempo, no Brasil, chegavam as primeiras notí-
cias da Revolução do Porto. E, com elas, as divisões em torno do movimento iniciado em Portugal.
As primeiras notícias da Revolução do Porto chegaram ao Brasil somente dois meses
após o início do movimento. Logo, a sociedade brasileira (incluindo os portugueses que viviam
na colônia) se dividiu, fosse em razão das ambiguidades da própria Revolução do Porto ou
mesmo dos seus interesses específicos. Em linhas gerais, sob o ponto de vista ideológico,
havia os que se prendiam ao caráter liberal e os que ressaltavam seu aspecto colonialista.
Os primeiros acreditavam que a revolução acabaria com o absolutismo, garantiria ao Brasil
a condição de Reino Unido e eliminaria os privilégios remanescentes. Os outros enxergavam
no movimento a chance de restabelecer o monopólio comercial e os privilégios de que des-
frutavam da condição do Brasil enquanto colônia.
Sob o ponto de vista dos interesses específicos de cada estrato social ou região, o Brasil
também se dividiu. Nas províncias do Centro-Sul predominou a posição contrária às reivin-
dicações das Cortes Portuguesas, como o retorno da Família Real à Europa. Muitos setores
temiam perder os privilégios e o poder conquistados desde que Dom João VI chegara ao
Brasil, quando a colônia fora elevada à condição de Reino Unido.
No Norte e no Nordeste, contudo, a posição foi outra. Amplos setores tinham sido preju-
dicados pela autonomia dada ao Brasil desde 1808. Ao mesmo tempo, a preponderância do
Rio de Janeiro – sede da Corte – sobre essas regiões sempre foi um fator latente de conflito.
Também por isso, ali ocorreram as principais manifestações em favor da Revolução do Porto.
Embora o movimento de 1820 ameaçasse limitar seus poderes, Dom João VI assumiu uma
postura conciliatória em relação às Cortes Portuguesas. Contudo, a radicalização política no Bra-
sil o forçaria a jurar fidelidade à nova Constituição portuguesa – que sequer existia, mas à qual
deveria se submeter. No dia 26 de abril de 1821, a Família Real retornou a Lisboa, com exceção
de Dom Pedro, que assumiu a função de regente. Terminava, assim, o chamado Período Joanino.

013. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2017) Em relação à vinda da fa-


mília real portuguesa para o Brasil e os fatos relacionados a esse evento, associe a segunda
coluna de acordo com a primeira e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

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a) 1 – 4 – 5
b) 4 – 3 – 5
c) 5 – 1 – 2
d) 5 – 2 – 3
e) 5 – 4 – 2

5 – O Congresso de Viena ratificou a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves,


tornando o Brasil a sede do Império Português.
2 – A Abertura dos Portos tornou possível o comércio do Brasil com nações “amigas”, rompendo
com o monopólio comercial dos portugueses (Pacto Colonial).
3 – Pois o Tratado citado colocava os demais produtos em desvantagem de comércio e permitia
aos ingleses a navegação e comercialização em novos lugares.
Letra d.

Querido(a) aluno(a), chegamos ao final da parte teórica da nossa aula. Na sequência, estude
o resumo e os mapas mentais. Faça os exercícios com atenção e cuidado, lembrando sempre
de que o momento de errar é agora. Qualquer dúvida, me chame no fórum de dúvidas, ok!?
Ah, não se esqueça de avaliar a aula!
Mantenha o foco. Um grande abraço!!!
Professor Daniel

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RESUMO

Sistema Colonial Português na América:

• Até 1530: Pré-Colonização;


• Após 1530: Colonização de Fato. Estabelecimento das Capitanias Hereditárias como
forma de terceirizar o empreendimento de ocupação do território. Com o fracasso das
capitanias, o governo português decidiu pela criação do Governo Geral, a fim de centra-
lizar o poder na colônia.

Escravidão: a maior parte dos negros trazidos da África eram bantos ou sudaneses e
foram utilizados principalmente na atividade açucareira, mineradora e nas lavouras de café.
Lavoura açucareira: Grande contingente de mão de obra escrava sustentava a atividade
em péssimas condições de vida. As bases da economia açucareira eram a exportação e o
latifúndio rural.
Instituições eclesiásticas: Visando aumentar a quantidade de fiéis, a Igreja, por meio da
Coroa Portuguesa, promoveu a catequização dos nativos, exercida pela irmandade jesuíta.
As relações de colaboração entre o Estado português e a Igreja podem ser exemplificadas
pelos regimes de beneplácito e do padroado.
Atividade mineradora: a descoberta de ouro na região de Minas Gerais e, posteriormente,
em Goiás e Mato Grosso fez surgir sociedades urbanas e aumentou o controle da metrópole
na colônia, inclusive transferindo a capital de Salvador para o Rio de janeiro, devido à proxi-
midade da região mineradora.
Invasões estrangeiras: Invasões holandesas na região Nordeste (Salvador em 1624 e
Recife em 1630). Invasões francesas: Tomada do Rio de Janeiro em 1555 com fundação da
França Antártica e a fundação da cidade de São Luís do Maranhão com a França Equinocial.
Expansão territorial: As bandeiras e entradas foram importantes movimentos de desbrava-
mento e ocupação do território da colônia. Além disso, foram celebrados importantes tratados
de fronteiras com nações europeias. Sobre esses tratados, consulte os mapas mentais.
Rebeliões nativistas: foram rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das elites
coloniais:
• Revolta de Beckman de 1684;
• A Guerra dos Emboabas de 1708 e 1709;
• A Revolta de Filipe dos Santos de 1720;
• A Guerra dos Mascates. 1710 e 1711.

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Rebeliões separatistas: independência em relação a Portugal:


• Inconfidência Mineira (1789): elitista, escravista;
• Conjuração Baiana (1798): camadas populares, abolicionista;
• Insurreição Pernambucana de 1817 (A Insurreição Pernambucana 1645-1654 foi a que
expulsou os holandeses): camadas populares, abolicionista. A única que tomou o poder
de fato.

Período Joanino:
A Corte Portuguesa se transferiu para o Brasil fugindo das tropas napoleônicas por ter
desobedecido o Bloqueio Continental imposto pela França. Dom João realizou concessões
econômicas à Inglaterra, exemplificadas pelos Tratados Comerciais de 1810.
• Instalação de sistemas administrativos e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de
tribunais e ministérios;
• Estruturação econômica, com a fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda;
• Investimentos nas áreas de educação e cultura. Nessas duas áreas, podemos destacar
a criação de escolas de Medicina, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, da Academia
Real de Belas Artes e da Imprensa Real;
• Investimentos voltados para o desenvolvimento industrial do Brasil. Neste sentido, pode-
mos destacar a instalação de indústria de ferro em Minas Gerais e São Paulo;
• Elevação do Brasil, em 1815, a Reino Unido a Portugal e Algarves. Desta forma, o Brasil
deixou de ser (oficialmente) uma colônia. E, mais do que isso, se tornou sede do Império
Português. Grosso modo, é como se Portugal deixasse de ser metrópole e se tornasse
colônia do Brasil;
• Guerras contra a Guiana e a província Cisplatina (Uruguai);
• D. João VI voltou a Portugal devido à Revolução Liberal do Porto, ameaçado de perder o
trono português.

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MAPAS MENTAIS

Ciclos Econômicos

Pau-brasil (1500-1530)

Açúcar (1530-1700)

Ouro (1700-1800)

Café (1870-1930)

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE BIOLOGIA/2020) O projeto em-
preendido pelos portugueses de colonização do território que viria a se chamar Brasil se deu,
primeiramente, pela implementação das conhecidas capitanias hereditárias, a partir de 1532.
Segundo Boris Fausto:
“O Brasil foi dividido em quinze quinhões, por uma série de linhas paralelas ao Equador que iam
do litoral até o meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhões entregues aos chamados capitães
donatários. Eles constituíam um grupo diversificado onde havia gente da pequena nobreza,
burocratas e comerciantes, tendo em comum suas ligações com a coroa portuguesa”.
(Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo/Fundação
para o Desenvolvimento da Educação, 2000)
É consenso na historiografia brasileira que o fracasso das capitanias hereditárias se deveu a
diversos fatores conjugados, tendo destaque
a) a falta de recursos dos donatários para investir na colonização do território, a inexperiência
no processo de colonização das regiões situadas na América, além dos ataques constantes
dos nativos indígenas aos aldeamentos coloniais.
b) a ausência de mão de obra disponível no litoral para os trabalhos referentes à colonização,
a dificuldade de escoamento dos produtos coloniais no mercado de consumo europeu e o de-
sinteresse dos portugueses nas terras recém-conquistadas.
c) a monopolização da coroa sobre as terras recém-descobertas, a intervenção da administra-
ção real no modo como os colonos empreenderam a colonização e a falta de apoio da igreja
católica na catequização dos indígenas, considerados indignos da catequese.
d) a miscigenação dos colonos portugueses com as populações ameríndias, que os tornara, em
pouco tempo, lascivos e ociosos do trabalho da empreitada colonial, e a intervenção constante
dos jesuítas nos negócios dos colonos, arregimentando populações nativas aos trabalhos de
cunho religioso, em detrimento do trabalho braçal.
e) o clima e o solo pouco propícios para a produção de artigos e produtos agrícolas que eram
valorizados no mercado europeu e a dificuldade de adaptação dos portugueses às novas terras,
haja vista que esta era a primeira experiência de colonização de territórios distantes de Portugal.

002. (VUNESP/ESFCEX/CONHECIMENTOS GERAIS P/ TODOS OS CARGOS/1º SIMULA-


DO/2020) A instalação e a atividade de um engenho eram operações custosas que depen-
diam da obtenção de créditos. No século XVI, pelo menos parte destes créditos provinha de
investidores estrangeiros, flamengos ou italianos, ou da própria metrópole. Posteriormente, no
século XVII, essas fontes parecem ter se tornado pouco significativas. Pelo menos na Bahia,
as duas principais fontes de crédito vieram a ser as instituições religiosas e beneficentes, em
primeiro lugar, e os comerciantes. Não tínhamos bancos antes de 1808.
FAUSTO, Boris – História do Brasil (Com adaptações).

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Sobre a economia açucareira, é correto afirmar:


a) A Coroa Portuguesa redirecionou o lucro, que estava em seu auge nas Índias, para a monta-
gem da estrutura açucareira na América Portuguesa.
b) A escravidão indígena foi interrompida logo após a inserção do escravo africano em solo
brasileiro, sem ao menos ter sido utilizada nos engenhos.
c) O trabalho assalariado foi uma realidade existente desde o início da produção açucareira,
predominando com maior quantitativo no engenho.
d) A grande propriedade de produção açucareira acabou assimilando a denominação de enge-
nho, que era apenas um de seus elementos.
e) A lucratividade com a economia do açúcar atingiu seu ápice com a expulsão dos holande-
ses em 1654.

003. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2018) Sobre o exclusivismo co-


mercial português que envolveu a Coroa e o controle da Minas no período colonial brasileiro,
analise as proposições abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a respos-
ta correta.
I – Com a extração de ouro e diamantes no Brasil, a Coroa portuguesa intensificou a intervenção
regulamentadora para arrecadar mais impostos.
II – O quinto e a capitação foram os dois sistemas básicos de impostos cobrados pela Coroa na
atividade mineradora da Colônia, sendo a capitação cobrada também sobre estabelecimentos,
exemplo de oficinas, lojas e hospedarias.
III – A Guerra do Emboabas (1708-1709), ocorrida na região das Minas, foi uma reação de pau-
listas e estrangeiros aos impostos cobrados pela Coroa para adentrar na região.
IV – Os religiosos, a exemplo dos frades, foram os únicos que ficaram isentos da proibição de
entrar na região da Minas sem autorização da Coroa portuguesa.
a) Somente I e III estão corretas.
b) Somente II e III estão corretas.
c) Somente I e II estão corretas.
d) Somente II e IV estão corretas.
e) Somente III e IV estão corretas.

004. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA DIREITO/2022) À medida que se tornava cada vez


mais aparente a insuficiência do projeto dos aldeamentos enquanto forma de suprir a força
de mão de obra, os colonos passaram a intensificar outros meios de recrutamento de índios
para os seus serviços. A partir da década de 1580, a despeito das restrições impostas pela
legislação portuguesa, os colonos começaram a favorecer a apropriação direta do trabalha-
dor indígena através de expedições predatórias ao sertão. Realmente, a observância estrita
da lei nunca figurou entre as práticas prediletas dos paulistas. […] a lei de 1570 e legislação
subsequente admitiam o cativeiro […]
(John Manuel Monteiro, Negros da terra: índios e bandeirantes das origens de São Paulo)

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A legislação portuguesa admitia o cativeiro do indígena que


a) não conhecesse a língua geral.
b) fosse capturado na chamada guerra justa.
c) aceitasse integrar uma missão religiosa.
d) mantivesse a organização baseada em tribos.
e) ocupasse regiões fronteiriças com a América espanhola.

005. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2011) Sobre as relações entre


colonos e jesuítas, no que diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as afirmativas
abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
I – O uso da mão de obra escrava pelos colonos não conflitava com os interesses da Coroa e
nem com os dos jesuítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram a
oposição dos inacianos.
II – As relações contrárias aos padres jesuítas por parte dos colonos acentuaram-se pelo fato
de os lusos acreditarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas atividades
econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena.
III – Os jesuítas foram expulsos da Capitania de São Vicente porque os colonos os denunciaram
por transformar índios aldeados em escravos da Companhia.
a) somente I está correta
b) somente II está correta
c) somente III está correta
d) somente I e II estão corretas
e) somente II e III estão corretas

006. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2020) A escravidão moder-


na caracterizou-se por trazer à tona uma realidade nova ao já secular comércio de escravos
ocorrido no continente africano. (Lilia Schwarcz e Heloísa Starling. Brasil: uma biografia. 1.
ed. São Paulo: Cia das Letras, 2015)
De acordo com as autoras, na obra Brasil: uma biografia, a referida nova realidade consiste
a) no modo como os reinos africanos constituídos se fortaleceram em alianças internas, após
a influência europeia pressioná-los a aderir às alianças de benefício unilateral, que exaltavam
a presença europeia no continente africano.
b) no esvaziamento do comércio de escravos na costa atlântica em detrimento de uma intensi-
ficação das rotas de comércio de escravos estabelecidas entre os reinos africanos e o mundo
muçulmano, configurando-se este último na maior expressão do escravismo moderno.
c) na conquista rápida e efetiva dos reinos tribais africanos pelas forças expedicionárias lusita-
nas, a fim de monopolizar o comércio de escravos para a América, interrompendo, assim, o fluxo
de tráfico escravista para o oriente médio e tornando os portugueses os maiores comerciantes
de gente do período.

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d) na mudança de escala do comércio de africanos escravizados, tanto no que se refere ao vo-


lume de cativos, quanto no emprego crescente da violência. Isso alterou a dinâmica de guerras
e das redes de relacionamento internas dos estados africanos.
e) no fim das hostilidades entre europeus e africanos, com relação à religiosidade e à adoção
do cristianismo por parte de alguns reinos, na lucratividade e na monopolização do trabalho
escravizado, bem como do comércio que o sustentava, gerando assim cisões irreversíveis na
diplomacia entre os continentes.

007. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2022) Um quilombo dirigido por


homens livres. Um quilombo com escravidão. Um quilombo agrícola e cuja produção estava
integrada ao mercado regional. Que quilombo era esse? Esta é a história – ou uma das his-
tórias possíveis – do quilombo do Oitizeiro, na Bahia de 1806.
(João José Reis, Escravos e coiteiros no quilombo do Oitezeiro – Bahia, 1806. Em: João José
Reis e Flávio dos Santos Gomes (org.), Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil)
A partir do excerto, acerca dos quilombos no Brasil, segundo o artigo de João José Reis, é
correto afirmar que
a) o modelo de quilombo com maior presença na América portuguesa e no Brasil Império foi o
de Palmares, que reuniu essencialmente escravizados nascidos na África, com forte produção
extrativista voltada para o abastecimento de núcleos urbanos e que contava com uma maioria
de mulheres.
b) as práticas quilombolas, na maioria dos casos, resultaram em um profundo isolamento do
resto das atividades econômicas e sociais, gerando nas comunidades de escravizados fugidos
uma produção especialmente de subsistência de alimentos e artesanato, além da recorrente
necessidade de praticar roubos contra arraiais e vilas.
c) o formato quilombo, derivado de organizações de escravizados das colônias francesas da
América Central, representou, na maior parte das vezes, a possibilidade de reproduzir os mode-
los igualitários presentes nas diversas regiões africanas, em especial, aquelas que forneceram
pessoas a serem escravizadas.
d) há uma visão enganosa do quilombo como um espaço isolado no alto da serra e formado
por milhares de escravos fugidos, porém, na maior parte das vezes, os fugidos eram poucos, se
estabeleciam próximos a povoações, fazendas e, às vezes, nas imediações de centros urbanos,
mantendo relações ora conflituosas, ora amistosas.
e) a maior parte das experiências de escravizados fugidos dos seus senhores, e construindo
espaços isolados de proteção, ocorreu durante o século XVII em razão da invasão holandesa
e, por outro lado, até o fim do sistema escravista, foi rara a organização de quilombos, porque
surgiram legislações repressivas.

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008. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE PORTUGUÊS/2021) Adotou-se a


convenção de dividir o movimento em fases distintas, abrangendo o “bandeirismo defensivo”,
o apresamento, o movimento colonizador, as atividades mercenárias e a busca de metais e pe-
dras preciosas. Contudo, apesar dos pretextos e resultados variados que marcaram a trajetória
das expedições, a penetração dos sertões sempre girou em torno do mesmo motivo básico.
(John M. Monteiro, Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo)
Para Monteiro, esse “motivo básico” das expedições dos bandeirantes foi
a) o imperativo crônico da mão de obra indígena para os empreendimentos agrícolas dos paulistas.
b) a busca pela ampliação constante do território colonial, sempre em acordo com as autori-
dades portuguesas.
c) a atuação de guarda-mor das terras coloniais, evitando a formação de potentados locais e
destruindo os já formados.
d) o acordo tácito, renovado em períodos irregulares, com as ordens religiosas para controlar
os povos indígenas.
e) o combate persistente aos invasores dos espaços coloniais, caso dos espanhóis ao Sul e
dos franceses ao Norte.

009. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE HISTÓRIA/2020) Leia parte da


obra de J. B. Say.
Até a época do renascimento das artes na Europa, isto é, até cerca do século XVI, os
governos dos diversos países pouco se inquietavam com a natureza dos retornos que os
comerciantes recebiam do estrangeiro. Os direitos de saída e entrada tinham um objetivo
puramente fiscal; eram para os governos meios de levantar tributos, e nada mais; mas em
seguida, quando se apercebeu que o comércio era uma fonte de prosperidade para as nações
e de poder para os governos, acreditou-se poder explorá-lo mais a proveito. Os publicistas, os
homens de Estado, antes de ter suficientemente estudado a natureza das riquezas e o que
as produz, acreditaram, com o vulgo, que se é rico porque se tem muita prata, em lugar de
compreender que se tem muita prata porque se é rico […]
(Apud Pierre Deyon, O mercantilismo)

No excerto, Say
a) defende que a capacidade de entesouramento de uma nação é fundamental para que ela
garanta as condições para um desenvolvimento autônomo.
b) aponta para as qualidades da teoria mercantilista, que permitiu a acumulação de capitais e
a eclosão do industrialismo em toda Europa.
c) demonstra como o protecionismo comercial alavancou um desenvolvimento geral da eco-
nomia mundial sob a direção das metrópoles europeias.
d) critica a política tributária dos Estados da Idade Moderna que, ao retirarem recursos do setor
privados, atrasam o pleno desenvolvimento das forças econômicas.
e) analisa a incoerência das práticas mercantilistas, como a busca do entesouramento de metais
preciosos por meio do protecionismo da produção nacional.

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010. (ESPCEX 2017) No início do século XVIII, a concorrência das Antilhas fez com que o
preço do açúcar brasileiro caísse no mercado europeu. Os proprietários de engenho, em Per-
nambuco, para minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos junto aos comer-
ciantes da Vila de Recife. Esta situação gerou um forte antagonismo entre estas partes, que
se acirrou quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando esta de ser vinculada
a Olinda. Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do recolhimento de impostos a favor
de Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima relatado foi a
a) Revolta de Beckman.
b) Guerra dos Mascates.
c) Guerra dos Emboabas.
d) Insurreição Pernambucana.
e) Conjuração dos Alfaiates.

011. (ESA/2013) A respeito da Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil Colônia em 1789,


pode ser afirmado com correção que
a) a extinção da escravidão no Brasil era defendida pelo movimento inconfidente.
b) entre os projetos dos inconfidentes estava o fechamento dos engenhos e minas.
c) a Coroa Portuguesa propôs a anistia de todos os revoltosos e o perdão das dívidas em troca
da rendição incondicional dos inconfidentes.
d) a rebelião foi desencadeada em um contexto marcado pela diminuição da produção aurífera
e o aumento da cobrança de impostos.
e) as lideranças do movimento defendiam a extinção da propriedade privada.

012. (VUNESP/ESFCEX/CONHECIMENTOS GERAIS P/ TODOS OS CARGOS/1º SIMULA-


DO/2020) A instalação e a atividade de um engenho eram operações custosas que depen-
diam da obtenção de créditos. No século XVI, pelo menos parte destes créditos provinha de
investidores estrangeiros, flamengos ou italianos, ou da própria metrópole. Posteriormente, no
século XVII, essas fontes parecem ter se tornado pouco significativas. Pelo menos na Bahia,
as duas principais fontes de crédito vieram a ser as instituições religiosas e beneficentes, em
primeiro lugar, e os comerciantes. Não tínhamos bancos antes de 1808.
FAUSTO, Boris – História do Brasil (Com adaptações).

Sobre os movimentos emancipacionistas e nativistas, preencha a coluna e marque a alternativa


com a sequência correta.
1) Revolta de Beckman
2) Guerra dos Mascates
3) Guerra dos Emboabas
4) Inconfidência Mineira
5) Inconfidência Baiana
6) Conjuração Carioca

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( ) Foi organizada pela elite socioeconômica e acabou sendo descoberta pela Coroa Por-
tuguesa antes de ser iniciada.
( ) A guerra teve início em 1710, com a vitória dos olindenses que conseguiram invadir e
controlar a nova cidade pernambucana. Logo em seguida, os recifenses conseguiram
retomar o controle de sua cidade em uma reação militar apoiada por autoridades políti-
cas de outras capitanias.
( ) Um grupo de intelectuais fundou a Sociedade Literária, na qual poetas e escritores de-
batiam sobre assuntos culturais e científicos. Seus membros mostravam simpatia pe-
las ideias republicanas.

a) 1 – 3 – 6
b) 4 – 1 – 6
c) 4 – 2 – 5
d) 3 – 2 – 5
e) 4 – 2 – 6

013. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2017) Em relação à vinda da fa-


mília real portuguesa para o Brasil e os fatos relacionados a esse evento, associe a segunda
coluna de acordo com a primeira e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

a) 1 – 4 – 5
b) 4 – 3 – 5
c) 5 – 1 – 2
d) 5 – 2 – 3
e) 5 – 4 – 2

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QUESTÕES DE CONCURSO

014. (VUNESP/EsFCEx/Oficial/Área Magistério de História/2022) “Formação do Brasil no


Atlântico Sul: o leitor que bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer
dizer então que o Brasil se formou fora do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo que
pretendo demonstrar […]
(Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul)

Para Alencastro, “o Brasil se formou fora do Brasil” porque


a) a colonização portuguesa, fundada no escravismo, deu lugar a um espaço econômico e so-
cial bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul
e uma zona de reprodução de escravos centrada em Angola.
b) a principal fonte de investimentos que garantiu a efetiva exploração açucareira na América
portuguesa foram as grandes riquezas formadas na África portuguesa ao longo dos séculos
XV e XVI, em função do comércio de escravizados.
c) a opção do Estado português em explorar as descobertas americanas veio apenas em mea-
dos do século XVI, momento em que a Espanha já havia começado a exploração de metais
preciosos em vários dos seus domínios na América.
d) os interesses do Estado português e da burguesia comercial, entre os séculos XVI e XVIII,
voltavam-se para outras partes do Império português, caso de Moçambique, região produtora
de gêneros tropicais consumidos em todas as colônias lusas.
e) a exploração colonial sobre a América foi deficitária para Portugal até o final do século XVII,
momento no qual a descoberta do ouro nas chamadas Minas Gerais permitiu um aumento nas
rendas portuguesas, principalmente por causa tráfico negreiro.

015. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE INGLÊS/2021) As constantes


reclamações, não só aquelas publicadas em periódicos da Corte, mas também as diversas car-
tas e petições enviadas para a Secretaria de Polícia da Província, informavam que os habitantes
destes mocambos praticavam frequentes roubos na região, principalmente pirateando barcos,
carregados de produtos, que navegavam os rios. Segundo as denúncias, os quilombolas usavam
canoas – que mantinham escondidas nos manguezais dos inúmeros riachos afluentes do Igua-
çu e Sarapuí — em seus assaltos e, “para evitarem os insultos dos salteadores – [quilombolas],
alguns mestres daquelas lanchas têm pactuado com eles, pagando-lhes tributo de carne, farinha,
etc.”. As dificuldades alegadas pelas autoridades para destruir os mocambos eram, entre outras,
sua localização em regiões pantanosas de difícil acesso e a “conivência” com os quilombolas
de comerciantes, taberneiros, cativos das plantações vizinhas, escravos remadores e lavradores.
(Flávio dos Santos Gomes, Quilombos do Rio de Janeiro no século XIX. In: Flávio dos Santos Gomes e João
José Reis (orgs.), Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil)

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A partir do excerto, é correto afirmar que, em geral, as comunidades de escravos fugidos


a) apresentaram a tendência a um considerável isolamento, condição essencial para a sua
preservação, e construíram, dessa forma, espaços autossuficientes na produção de alimentos
e outros produtos básicos, como armas feitas com ferro e outros minerais já conhecidos pelos
africanos.
b) tiveram, como um fator central de sobrevivência e autonomia, a sua localização geográfica,
com o intuito de proteger-se contra as expedições repressoras e de permanecer em contato com
áreas de cultivo, dos pequenos centros de comércio e entrepostos mercantis circunvizinhos.
c) organizaram espaços de exploração econômica, com a produção de alimentos e de algodão,
matéria-prima básica para a manufatura de vestimentas rústicas direcionadas à parcela mais
pobre da população, e estiveram articulados com proprietários rurais que se opunham à ordem
política do Império.
d) alargaram a sua influência social por meio de uma série de estratégias voltadas a estabelecer
alianças com pequenos e médios proprietários rurais, que eram auxiliados pelos quilombolas
na sabotagem econômica dos grandes proprietários de terras com a organização de fugas
de escravos.
e) desenvolveram uma forma de organização política que prescindia da presença de lideranças,
cabendo ao coletivo formador do espaço de rebelião o papel de gestor da defesa e do abas-
tecimento de alimentos e armas, que eram obtidos, essencialmente, por meio de saques em
espaços urbanos.

016. (VUNESP/EsFCEx/Conhecimentos gerais p/ todos os cargos/1º Simulado/2020)


Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em
que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais.
Trecho de um boletim revolucionário da Conjuração Baiana.
Analise as afirmativas sobre esse movimento emancipacionista:
I – A Ordem dos Cavaleiros da Luz (Maçonaria) participou nos primeiros momentos da Conju-
ração como financiadores e organizadores.
II – Além da Independência Norte-Americana e da Revolução Francesa, as lutas que levaram
posteriormente à Independência do Haiti, em 1804, foram fundamentais para a formação do
ideal abolicionista do movimento.
III – Com a radicalização e o fortalecimento do discurso abolicionista, muitos latifundiários e
usuários da mão de obra escrava se retiraram do movimento.
a) Somente a alternativa I está correta.
b) Somente a alternativa II está correta.
c) Somente as alternativas I e II estão corretas.
d) Somente as alternativas I e III estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.

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017. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE HISTÓRIA/2020) Ao lado da em-


presa comercial e do regime de grande propriedade, acrescentemos um terceiro elemento: o
trabalho compulsório. Também nesse aspecto, a regra será comum a toda a América Latina,
ainda que com variações. Diferentes formas de trabalho compulsório predominaram na Amé-
rica espanhola, enquanto uma delas – a escravidão – foi dominante no Brasil.
[…]
Mas se a introdução do trabalho escravo se explica resumidamente dessa forma, por que se
optou preferencialmente pelo negro e não pelo índio? Em primeiro lugar, lembremos que houve
uma passagem da escravidão do índio para a do negro, que variou no tempo e no espaço.
[…]
(Boris Fausto, História do Brasil)
Sobre a citada variação “no tempo e no espaço”, é correto afirmar que
a) no Estado do Maranhão, até meados do século XVIII, havia uma legislação particular que
permitia a escravização de povos indígenas, desde que houvesse a anuência da autoridade
religiosa local.
b) no Nordeste açucareiro, a opção pelo trabalho cativo dos povos indígenas, no decorrer do
século XVI, derivou da forte queda do preço internacional do açúcar, o que impossibilitava a
compra de escravos africanos.
c) a passagem para o uso do africano foi mais rápida na economia açucareira, porque havia
condições de absorver o preço da compra do escravo negro, mas demorou a ocorrer nas regiões
periféricas, como São Paulo.
d) as regiões com frágil ligação com o mercado externo preferiam o trabalho escravo africano
porque as ordens religiosas, com o apoio das autoridades metropolitanas, atuavam com rigidez
para impedir a escravidão indígena.
e) durante o século XVI coexistiram índios e africanos escravizados nas variadas produções
coloniais, mas no século seguinte, a proibição em tornar cativos os indígenas foi efetivada em
toda a Colônia.

018. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2018) Analise as afirmativas


sobre as conquistas dos sertões, colocando entre parênteses a letra “V”, quando se tratar de
afirmativa verdadeira, e a letra “F” quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) As bandeiras se constituíram na grande marca deixada pelos paulistas na vida colonial


do século XVII.
( ) As bandeiras eram expedições que tinham como objetivos, entre outros, os de buscar
indígenas para serem escravizados e encontrar metais preciosos.
( ) As bandeiras marcaram, sem contestação da historiografia, a independência dos paulis-
tas em relação à Coroa, assim como, se configurou como um movimento democrático

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a) V - V - F.
b) V - F - V.
c) F - V - V.
d) F - F - V.
e) F - F - F.

019. (EsFCEx/EsFCEx/Oficial/Área Administração/2018) “No século XVI o açúcar tomou-se


o principal produto de exportação brasileiro e não perdeu essa posição predominante até
meados do século XVIII, quando o Brasil abarrotou os cofres da Europa...(com a venda desse
produto agrícola)... e, ajudou a impulsionar a Revolução Industrial.”
Schwartz, Stuart B. Segredos Internos: Engenhos e escravos na sociedade colonial.
São Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 144.

Analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta sobre a economia colonial bra-
sileira no período denominado como “ciclo do açúcar.”
I – A dinâmica do funcionamento da economia açucareira esteve sempre relacionada ao comércio
internacional desse produto e às mudanças políticas e econômicas vigentes no mundo atlântico.
II – A dimensão comercial da indústria açucareira garantiu que o açúcar brasileiro chegasse
aos mercados europeus desde o início do século XVI e contribuiu consideravelmente para a
formação de uma importante comunidade mercantil no Brasil.
III – Apesar da magnitude desse comércio, ele não exigia grandes investimentos em mão de
obra e, portanto, pouco alterou a estrutura demográfica e social da colônia.
a) Somente II e III estão corretas.
b) Todas estão corretas.
c) Somente I e II estão corretas.
d) Somente I e III estão corretas.
e) Somente III está correta.

020. (EsFCEx/EsFCEx/Oficial/Área Ciências Contábeis/2017)

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Marque a alternativa correta, a partir da afirmação acima de Caio Prado, sobre a agricultura de
subsistência no Brasil Colônia.
a) Tanto os produtos da grande lavoura quanto os da agricultura de subsistência se consumia
no país e, também, exportava. A diferença estava na natureza econômica intrínseca de cada
categoria de atividade produtiva e no seu objetivo primário.
b) A cachaça era um subproduto e a sua produção volumosa independia da produção do açúcar,
porque seu objetivo primário era atender a grande demanda interna.
c) O algodão que servia para confecção de tecidos grosseiros para a vestimenta de escravos
não entrou na lista de produtos exportados.
d) No caso do arroz, produzido, principalmente, no Maranhão em grande volume, o estímulo
era para o comércio interno.
e) A grande lavoura e a agricultura de subsistência se distinguem, pois a segunda era encontrada
fora dos engenhos e dos domínios das grandes propriedades.

021. (EsFCEx/EsFCEx/Oficial/Área Administração/2017)

Entendendo o sentido colocado no texto, analise as afirmativas, colocando entre parênteses a


letra “V” quando se tratar de afirmativa verdadeira e a letra “ F” quando se tratar de afirmativa
falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) Estruturou-se sobre a grande propriedade, a monocultura e o trabalho escravo.


( ) Proporcionou o enriquecimento de um grupo de poderosos traficantes de escravos.
( ) A produção aurífera foi desenvolvida sob rígida fiscalização da metrópole
a) V - F - V
b) F - V - V
c) F - F - V
d) F - F - F
e) V - V - V

022. (ESA/1976) A prosperidade das capitanias de S. Vicente e Pernambuco foi devida,


principalmente:
a) aos escravos índios
b) ao pau-brasil
c) à cana-de-açúcar
d) aos escravos negros

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023. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2017) Em 1532, D. João decidiu-


-se pela criação das capitanias hereditárias. Marque a alternativa correta sobre as capitanias
hereditárias:
a) Os lotes de terras foram entregues aos chamados capitães donatários que constituíam um
grupo diversificado.
b) Um número expressivo dos capitães donatários era da grande nobreza de Portugal.
c) Os donatários recebiam título de proprietário dos lotes de terra.
d) Os donatários tinham o direito de vender ou dividir a capitania.
e) Na prática, os donatários exerciam pouco poder administrativo e jurídico sobre a capitania.

024. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2017) Analise as proposições


abaixo sobre a população indígena no Brasil Colonial e, em seguida, assinale a alternativa
que apresenta a resposta correta.

a) Somente I e III estão corretas.


b) Somente II e III estão corretas.
c) Somente I e II estão corretas.
d) Somente II e IV estão corretas.
e) Somente III e IV estão corretas.

025. (ESA/1992) O movimento ocorrido no Brasil, no ano de 1789, e que recebeu influência
das ideias iluministas da Revolução Francesa foi a:
a) Guerra dos Mascates
b) Guerra do Paraguai
c) Revolta de Filipe dos Santos
d) Inconfidência Mineira
e) Revolta de Beckmam

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026. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE QUÍMICA/2014) Marque a alter-


nativa correta.
Sobre a estrutura fundiária do Brasil, pode-se dizer que:
a) as Capitanias Hereditárias e as Sesmarias estão na origem estrutural de grande parte dos
latifúndios.
b) tem uma distribuição de terras equilibrada com predomínio da agricultura familiar.
c) esta juridicamente sustentada na Lei de Terras de 1850 e na Lei Áurea de 1888.
d) grande parte das terras é ocupada por assentamentos de reforma agrária.
e) os povos tradicionais ocupam 70% das terras produtivas.

027. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE QUÍMICA/2014) Analise as afir-


mativas sobre a economia colonial da América Portuguesa e marque a opção correta.
I – É possível afirmar que o crescimento da Capitania de São Paulo só se tornou possível, no
início do século XVII, em consequência da descoberta das minas de prata pelos bandeirantes.
II – Ao longo do século XVII, em consequência das entradas em busca de índios, ganhou ex-
pressão a produção de gado e de gêneros de subsistência na Capitania de São Paulo.
III – A trajetória econômica da São Paulo colonial, distanciada dos mercados externos, deveu-se
à proibição do plantio da cana-de-açúcar na região.
a) Somente I está correta.
b) Somente II está correta.
c) Somente III está correta.
d) Somente I e II estão corretas.
e) Somente I e III estão corretas.

028. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE QUÍMICA/2014) Analise as afirmati-


vas a respeito do trabalho indígena nas primeiras décadas da colonização brasileira, colocando
entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, ou a letra F, quando se
tratar de afirmativa falsa, e, em seguida, marque a opção que contém a sequência correta.
( ) A única forma de utilização do índio nessa fase da economia colonial foi a da escravidão.
( ) Religiosos e colonos tiveram atitudes semelhantes quanto à forma de utilização do tra-
balho indígena nesse período.
( ) Os religiosos preocuparam-se com a conversão dos índios, mas não foram indiferentes
ao que tange a sua organização para o trabalho.
( ) Uma das razões para o declínio da prática de utilização dos índios para o trabalho foram
as epidemias.
a) V-F-V-F
b) V-V-F-F
c) F-V-F-V
d) F-F-V-V
e) F-F-V-F

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029. (ESPCEX 2006) O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois docu-
mentos jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses documen-
tos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as suas rendas e
o poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia os direitos e deveres dos
donatários, como promover a prosperidade da capitania, conceder sesmarias, receber a re-
dízima das rendas da metrópole e a vintena da comercialização do pau-brasil e do pescado.
Esses documentos eram, respectivamente:
a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Sousa
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Sousa
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Sousa e Foral

030. (ESPECEX/2010) Sobre o Governo Geral, instalado no Brasil pelo regimento de 1548,
pode-se afirmar que
a) acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias.
b) teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma de faci-
litar a defesa do território.
c) teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro, em 1555.
d) durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os governadores passarem a ser chamados de
vice-reis.
e) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande sucesso
da cultura canavieira nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.

031. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado
pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento
de um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação
à América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse as necessidades da metrópole.
e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde de que a ma-
téria-prima fosse adquirida da metrópole.

032. (ESA/2014) Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos


séculos XVII e XVIII, é incorreto afirmar que favoreceram:
a) o enfraquecimento do mercado interno.
b) a integração econômica da colônia.
c) o povoamento da região das minas.
d) a conquista do Brasil central.
e) o desenvolvimento urbano.

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033. (ESPCEX/2018) Quase duas décadas depois da Conjuração Baiana, durante a estada
da Família Real portuguesa no Brasil e o governo de D. João VI, ocorreu um levante emanci-
pacionista em Pernambuco que ficaria conhecido como Revolução Pernambucana. Um dos
motivos desta revolta foi
a) o fim do monopólio comercial de Portugal sobre a colônia.
b) a grande seca de 1816.
c) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves.
d) a liberação da atividade industrial no Brasil.
e) a cobrança forçada de impostos atrasados.

034. (EsPCEx/2009) “A primeira medida tomada pelo regente D. João, ao chegar ao Brasil, foi
decretar a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.” (SILVA, 1992)
Tal fato
a) significava, na prática, o fim do pacto colonial.
b) prejudicava a Inglaterra, que passaria a sofrer concorrência de outros países no comércio
com o Brasil.
c) contrariava, num primeiro momento, os interesses dos comerciantes brasileiros.
d) beneficiava a França, favorecida pela redução das tarifas alfandegárias nas relações bilaterais.
e) criava condições igualitárias, quanto à tributação alfandegária, no comércio com Portugal e
com todas as demais nações.

035. (ESPCEX/2007) A Família Real Portuguesa, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte,
trouxe para o Brasil uma corte parasitária, composta por 15.000 pessoas. Para custeá-la, as
despesas com o serviço público aumentaram e o governo, para compensar, criou novos im-
postos, o que gerou protestos organizados e um movimento armado de grandes proporções.
Tal movimento foi a
a) Revolução Constitucionalista do Porto.
b) Revolução Pernambucana.
c) Conjuração Baiana.
d) Cabanagem.
e) Conjuração dos Alfaiates.

036. (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) A elevação do Brasil à


categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves foi uma medida tomada pelo Regente D. João,
com o objetivo
a) de aumentar seu poder pessoal, pois ele passou a dominar um Império que englobava as
colônias espanholas na América.
b) de unificar as Coroas de Portugal e Espanha, que era denominada pelos portugueses de país
de Algarves.

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c) de melhorar a defesa do Brasil contra as constantes invasões de franceses e ingleses, que


saqueavam as nossas cidades litorâneas.
d) de obter o reconhecimento da dinastia de Bragança por parte do Congresso de Viena, reunido
na Europa e dirigido pelos países que derrotaram Napoleão.
e) de satisfazer a cobiça das elites brasileiras, que, com essa medida, tiveram acesso às minas
de prata de Potosí, na Bolívia.

037. (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) No ano de 1817, na


Província de Pernambuco, deu-se uma revolta contra o governo de D. João VI que ficou co-
nhecida como
a) Revolução Liberal.
b) Cabanagem.
c) Confederação do Equador.
d) Revolta dos Alfaiates.
e) Revolução Pernambucana.

038. (ESSA/2011) A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em


1815, está ligada ao(à):
a) desejo de D. João de agradar os ingleses.
b) projeto de implantação do regime monárquico no país.
c) assinatura do Tratado de Fontainebleau com a Espanha.
d) ação das sociedades maçônicas estabelecidas no Rio de Janeiro.
e) necessidade de legitimar a representação de Portugal no Congresso de Viena.

039. (ESSA/2015) Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Al-
garves. Na prática:
a) foi a causa da Inconfidência Mineira.
b) nada significou para o Brasil.
c) provocou enorme satisfação em Portugal.
d) o Brasil volta à condição de colônia.
e) o Brasil adquiria autonomia administrativa.

040. (ESSA/2014) O Alvará de 1º de abril de 1808 revogou o Alvará de 1785 de D. Maria I,


que proibia a manufatura na colônia. O Brasil estava autorizado a desenvolver manufaturas.
Contudo havia dois fatores que se tornaram um obstáculo ao desenvolvimento da indústria
brasileira, os quais eram o/a(os/as)
a) escravidão e concorrência inglesa.
b) interesses dos cafeicultores e pecuaristas.
c) interesses dos mineradores e dos produtores de açúcar.
d) concorrência holandesa e os interesses dos cafeicultores.
e) concorrência dos EUA e interesses dos produtores de café.

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041. (ESSA/2013) A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, determinou
que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios foram a
a) Guiana Francesa e a França Antártica.
b) Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.
c) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.
d) Guiana Inglesa e a França Antártica.
e) Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.

042. (ESA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2008) O episódio conhecido


como “Capão da Traição” ocorreu na História do Brasil durante a:
a) Rebelião de Beckman.
b) Revolta dos Malês.
c) Guerra dos Mascates.
d) Revolta de Filipe dos Santos.
e) Guerra dos Emboabas.

043. (ESA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) O Tratado de Tordesilhas,


celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu resolver as disputas
por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que
a) os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data de assinatura do Tratado,
e as terras descobertas depois ficariam com os portugueses.
b) os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um meridiano estabelecido a
370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.
c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as terras descobertas pelos por-
tugueses e espanhóis nos quinze anos seguintes. d) Portugal e Espanha administrariam juntos
as terras descobertas, para fazerem frente à ameaça colonialista da Inglaterra, da Holanda e
da França.
e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que
habitassem as terras descobertas.

044. (ESA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) Em 1798, surgiu na Bahia


um movimento rebelde conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates, que
contou com a participação das camadas sociais mais humildes. Esse movimento
a) pretendia fundar uma universidade e aproveitar as jazidas de ferro da região.
b) contava, no plano político, com elementos adeptos da monarquia constitucional.
c) defendia o estímulo à produção de couro e charque, principais produtos da Bahia.
d) foi o primeiro movimento de rebeldia no Brasil a questionar o Pacto Colonial.
e) defendia a abolição da escravatura e o aumento da remuneração dos soldados.

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045. (ESA/2013) As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século
XVI objetivaram
a) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento.
b) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos.
c) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa.
d) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse.
e) estimular a catequese dos índios a pedido da Companhia de Jesus.

046. (ESA/2014) As lutas do período colonial são divididas em Revoltas Nativistas e Revoltas
Emancipacionistas. Entre essas últimas podemos incluir a
a) Revolta de Vila Rica.
b) Revolta de Palmares.
c) Revolta dos Alfaiates.
d) Revolta dos Mascates.
e) Revolta de Amador Bueno.

047. (ESA/2013) No tocante às primeiras atividades econômicas desenvolvidas pelos portu-


gueses na colônia do Brasil, entre os anos 1501 a 1530, é correto afirmar que se destacaram
como atividade(s) principal(is)
a) a exploração de ouro e pedras preciosas.
b) a escravização do indígena.
c) a extração das chamadas drogas do sertão e criação de gado.
d) a extração e comercialização do pau-brasil.
e) o cultivo de fumo e café.

048. (ESA/2006) No Brasil Colônia, a atividade econômica que atendia, basicamente, o mer-
cado interno era o(a):
a) pecuária.
b) cacau.
c) tráfico negreiro.
d) produção de tabaco.
e) manufatura têxtil.

049. (ESA/2006) Dentre as quinze Capitanias Hereditárias fundadas no Brasil a partir de 1530,
somente duas progrediram até 1550:
a) Pernambuco e São Vicente.
b) Maranhão e Ceará.
c) Itamaracá e Porto Seguro.
d) Ilhéus e Porto Seguro.
e) São Tomé e Santana.

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050. (ESA/2007) No início da colonização, a cultura de cana-de-açúcar era realizada em


grandes propriedades que eram chamadas de:
a) Sítios
b) Latifúndios
c) Alqueiras
d) Minifúndios
e) Casas-grandes

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GABARITO

1. a 36. d
2. d 37. e
3. c 38. e
4. b 39. e
5. d 40. a
6. d 41. c
7. d 42. e
8. a 43. b
9. e 44. e
10. b 45. d
11. d 46. c
12. e 47. d
13. d 48. a
14. a 49. a
15. a 50. b
16. e
17. c
18. a
19. c
20. a
21. e
22. c
23. a
24. c
25. d
26. a
27. b
28. d
29. a
30. d
31. c
32. a
33. b
34. a
35. b

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GABARITO COMENTADO

014. (VUNESP/EsFCEx/Oficial/Área Magistério de História/2022) “Formação do Brasil no


Atlântico Sul: o leitor que bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer
dizer então que o Brasil se formou fora do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo que
pretendo demonstrar […]
(Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul)

Para Alencastro, “o Brasil se formou fora do Brasil” porque


a) a colonização portuguesa, fundada no escravismo, deu lugar a um espaço econômico e so-
cial bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul
e uma zona de reprodução de escravos centrada em Angola.
b) a principal fonte de investimentos que garantiu a efetiva exploração açucareira na América
portuguesa foram as grandes riquezas formadas na África portuguesa ao longo dos séculos
XV e XVI, em função do comércio de escravizados.
c) a opção do Estado português em explorar as descobertas americanas veio apenas em mea-
dos do século XVI, momento em que a Espanha já havia começado a exploração de metais
preciosos em vários dos seus domínios na América.
d) os interesses do Estado português e da burguesia comercial, entre os séculos XVI e XVIII,
voltavam-se para outras partes do Império português, caso de Moçambique, região produtora
de gêneros tropicais consumidos em todas as colônias lusas.
e) a exploração colonial sobre a América foi deficitária para Portugal até o final do século XVII,
momento no qual a descoberta do ouro nas chamadas Minas Gerais permitiu um aumento nas
rendas portuguesas, principalmente por causa tráfico negreiro.

Lembre-se do comércio triangular. Portugal trazia produtos da Europa e trocava por escravos
na África... Trocava esses escravos pelo açúcar, especiarias e outros na América e, novamente,
os distribuía na Europa e África. Assim, o litoral da colônia portuguesa explorava a mão de obra
escrava para a produção de açúcar, enquanto o litoral africano fornecia essa mão de obra.
Letra a.

015. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE INGLÊS/2021) As constantes recla-


mações, não só aquelas publicadas em periódicos da Corte, mas também as diversas cartas
e petições enviadas para a Secretaria de Polícia da Província, informavam que os habitantes
destes mocambos praticavam frequentes roubos na região, principalmente pirateando barcos,
carregados de produtos, que navegavam os rios. Segundo as denúncias, os quilombolas usa-
vam canoas – que mantinham escondidas nos manguezais dos inúmeros riachos afluentes

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do Iguaçu e Sarapuí — em seus assaltos e, “para evitarem os insultos dos salteadores – [qui-
lombolas], alguns mestres daquelas lanchas têm pactuado com eles, pagando-lhes tributo de
carne, farinha, etc.”. As dificuldades alegadas pelas autoridades para destruir os mocambos
eram, entre outras, sua localização em regiões pantanosas de difícil acesso e a “conivência”
com os quilombolas de comerciantes, taberneiros, cativos das plantações vizinhas, escravos
remadores e lavradores.
(Flávio dos Santos Gomes, Quilombos do Rio de Janeiro no século XIX. In: Flávio dos Santos Gomes e João
José Reis (orgs.), Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil)

A partir do excerto, é correto afirmar que, em geral, as comunidades de escravos fugidos


a) apresentaram a tendência a um considerável isolamento, condição essencial para a sua
preservação, e construíram, dessa forma, espaços autossuficientes na produção de alimentos
e outros produtos básicos, como armas feitas com ferro e outros minerais já conhecidos pelos
africanos.
b) tiveram, como um fator central de sobrevivência e autonomia, a sua localização geográfica,
com o intuito de proteger-se contra as expedições repressoras e de permanecer em contato com
áreas de cultivo, dos pequenos centros de comércio e entrepostos mercantis circunvizinhos.
c) organizaram espaços de exploração econômica, com a produção de alimentos e de algodão,
matéria-prima básica para a manufatura de vestimentas rústicas direcionadas à parcela mais
pobre da população, e estiveram articulados com proprietários rurais que se opunham à ordem
política do Império.
d) alargaram a sua influência social por meio de uma série de estratégias voltadas a estabelecer
alianças com pequenos e médios proprietários rurais, que eram auxiliados pelos quilombolas
na sabotagem econômica dos grandes proprietários de terras com a organização de fugas
de escravos.
e) desenvolveram uma forma de organização política que prescindia da presença de lideranças,
cabendo ao coletivo formador do espaço de rebelião o papel de gestor da defesa e do abas-
tecimento de alimentos e armas, que eram obtidos, essencialmente, por meio de saques em
espaços urbanos.

Questão interpretativa! Obviamente não havia aliança entre os proprietários de terras e os escra-
vos. Os donos de terra sempre se sentiam ameaçados pelos quilombolas. O texto narra roubos
e mesmo cobrança de tributos como uma espécie de pedágio.
Letra a.

016. (VUNESP/ESFCEX/CONHECIMENTOS GERAIS P/ TODOS OS CARGOS/1º SIMULA-


DO/2020) Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade:
o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais.
Trecho de um boletim revolucionário da Conjuração Baiana.
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Analise as afirmativas sobre esse movimento emancipacionista:


I – A Ordem dos Cavaleiros da Luz (Maçonaria) participou nos primeiros momentos da Conju-
ração como financiadores e organizadores.
II – Além da Independência Norte-Americana e da Revolução Francesa, as lutas que levaram
posteriormente à Independência do Haiti, em 1804, foram fundamentais para a formação do
ideal abolicionista do movimento.
III – Com a radicalização e o fortalecimento do discurso abolicionista, muitos latifundiários e
usuários da mão de obra escrava se retiraram do movimento.
a) Somente a alternativa I está correta.
b) Somente a alternativa II está correta.
c) Somente as alternativas I e II estão corretas.
d) Somente as alternativas I e III estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.

A maçonaria foi ativa no processo. Além disso, a afirmativa II destaca as influências da Conju-
ração. Já a afirmativa III aponta os motivos lógicos para que alguns grupos se retirassem do
movimento.
Letra e.

017. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE HISTÓRIA/2020) Ao lado da em-


presa comercial e do regime de grande propriedade, acrescentemos um terceiro elemento: o
trabalho compulsório. Também nesse aspecto, a regra será comum a toda a América Latina,
ainda que com variações. Diferentes formas de trabalho compulsório predominaram na Amé-
rica espanhola, enquanto uma delas – a escravidão – foi dominante no Brasil.
[…]
Mas se a introdução do trabalho escravo se explica resumidamente dessa forma, por que se
optou preferencialmente pelo negro e não pelo índio? Em primeiro lugar, lembremos que houve
uma passagem da escravidão do índio para a do negro, que variou no tempo e no espaço.
[…]
(Boris Fausto, História do Brasil)

Sobre a citada variação “no tempo e no espaço”, é correto afirmar que


a) no Estado do Maranhão, até meados do século XVIII, havia uma legislação particular que
permitia a escravização de povos indígenas, desde que houvesse a anuência da autoridade
religiosa local.
b) no Nordeste açucareiro, a opção pelo trabalho cativo dos povos indígenas, no decorrer do
século XVI, derivou da forte queda do preço internacional do açúcar, o que impossibilitava a
compra de escravos africanos.

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c) a passagem para o uso do africano foi mais rápida na economia açucareira, porque havia
condições de absorver o preço da compra do escravo negro, mas demorou a ocorrer nas regiões
periféricas, como São Paulo.
d) as regiões com frágil ligação com o mercado externo preferiam o trabalho escravo africano
porque as ordens religiosas, com o apoio das autoridades metropolitanas, atuavam com rigidez
para impedir a escravidão indígena.
e) durante o século XVI coexistiram índios e africanos escravizados nas variadas produções
coloniais, mas no século seguinte, a proibição em tornar cativos os indígenas foi efetivada em
toda a Colônia.

O enunciado aponta que na América espanhola ocorreram diferentes formas de trabalho. No


Brasil, foi a escravidão, indígena e africana, que ocorreu em diferentes espaços e em mesmas
épocas. A alternativa c exemplifica São Paulo como periferia da exploração açucareira do Nordes-
te. Nesse sentido, as bandeiras de apresamento foram fonte de mão de obra indígena escrava.
Letra c.

018. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2018) Analise as afirmativas


sobre as conquistas dos sertões, colocando entre parênteses a letra “V”, quando se tratar de
afirmativa verdadeira, e a letra “F” quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) As bandeiras se constituíram na grande marca deixada pelos paulistas na vida colonial
do século XVII.
( ) As bandeiras eram expedições que tinham como objetivos, entre outros, os de buscar
indígenas para serem escravizados e encontrar metais preciosos.
( ) As bandeiras marcaram, sem contestação da historiografia, a independência dos paulis-
tas em relação à Coroa, assim como, se configurou como um movimento democrático

a) V - V - F.
b) V - F - V.
c) F - V - V.
d) F - F - V.
e) F - F - F.

Afirmativa III: Errada. Lembre-se que as bandeiras tinham como objetivos: apresamento (escra-
vização de indígenas), prospecção (busca por ouro e metais preciosos) e contrato (por escravos
fugidos e destruição de quilombos).
Letra a.

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019. (EsFCEx/EsFCEx/Oficial/Área Administração/2018) “No século XVI o açúcar tomou-se


o principal produto de exportação brasileiro e não perdeu essa posição predominante até
meados do século XVIII, quando o Brasil abarrotou os cofres da Europa...(com a venda desse
produto agrícola)... e, ajudou a impulsionar a Revolução Industrial.”
Schwartz, Stuart B. Segredos Internos: Engenhos e escravos na sociedade colonial.
São Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 144.

Analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta sobre a economia colonial bra-
sileira no período denominado como “ciclo do açúcar.”
I – A dinâmica do funcionamento da economia açucareira esteve sempre relacionada ao comércio
internacional desse produto e às mudanças políticas e econômicas vigentes no mundo atlântico.
II – A dimensão comercial da indústria açucareira garantiu que o açúcar brasileiro chegasse
aos mercados europeus desde o início do século XVI e contribuiu consideravelmente para a
formação de uma importante comunidade mercantil no Brasil.
III – Apesar da magnitude desse comércio, ele não exigia grandes investimentos em mão de
obra e, portanto, pouco alterou a estrutura demográfica e social da colônia.
a) Somente II e III estão corretas.
b) Todas estão corretas.
c) Somente I e II estão corretas.
d) Somente I e III estão corretas.
e) Somente III está correta.

Afirmativa III: Errada. Até mesmo a mão de obra escrava exigia investimentos, inclusive crian-
do um comércio lucrativo pelos portugueses. Ademais, esse comércio de gente fez com que
milhares de pessoas migrassem para a colônia.
Letra c.

020. (EsFCEx/EsFCEx/Oficial/Área Ciências Contábeis/2017)

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Marque a alternativa correta, a partir da afirmação acima de Caio Prado, sobre a agricultura de
subsistência no Brasil Colônia.
a) Tanto os produtos da grande lavoura quanto os da agricultura de subsistência se consumia
no país e, também, exportava. A diferença estava na natureza econômica intrínseca de cada
categoria de atividade produtiva e no seu objetivo primário.
b) A cachaça era um subproduto e a sua produção volumosa independia da produção do açúcar,
porque seu objetivo primário era atender a grande demanda interna.
c) O algodão que servia para confecção de tecidos grosseiros para a vestimenta de escravos
não entrou na lista de produtos exportados.
d) No caso do arroz, produzido, principalmente, no Maranhão em grande volume, o estímulo
era para o comércio interno.
e) A grande lavoura e a agricultura de subsistência se distinguem, pois a segunda era encontrada
fora dos engenhos e dos domínios das grandes propriedades.

O texto utilizado no enunciado permite interpretação sem margem para dúvida. Os produtos
da agricultura de “subsistência” subsidiaram a economia açucareira. Mas nem por isso tiveram
menos importância no processo de colonização, haja vista que a pecuária e a agricultura de
subsistência contribuíram para a interiorização da colonização.
Letra a.

021. (EsFCEx/EsFCEx/Oficial/Área Administração/2017)

Entendendo o sentido colocado no texto, analise as afirmativas, colocando entre parênteses a


letra “V” quando se tratar de afirmativa verdadeira e a letra “ F” quando se tratar de afirmativa
falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) Estruturou-se sobre a grande propriedade, a monocultura e o trabalho escravo.
( ) Proporcionou o enriquecimento de um grupo de poderosos traficantes de escravos.
( ) A produção aurífera foi desenvolvida sob rígida fiscalização da metrópole

a) V - F - V
b) F - V - V
c) F- F - V
d) F - F - F
e) V - V - V

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Questão fácil, concorda? Guarde o “buzú” do MEEL da economia açucareira (Monocultura, Ex-
portação, Escravidão, Latifúndio).
Letra e.

022. (ESA/1976) A prosperidade das capitanias de S. Vicente e Pernambuco foi devida,


principalmente:
a) aos escravos índios
b) ao pau-brasil
c) à cana-de-açúcar
d) aos escravos negros

Como vimos, foi a atividade açucareira que permitiu o sucesso das capitanias de São Vicente
e Pernambuco.
Letra c.

023. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2017) Em 1532, D. João decidiu-se pela


criação das capitanias hereditárias. Marque a alternativa correta sobre as capitanias hereditárias:
a) Os lotes de terras foram entregues aos chamados capitães donatários que constituíam um
grupo diversificado.
b) Um número expressivo dos capitães donatários era da grande nobreza de Portugal.
c) Os donatários recebiam título de proprietário dos lotes de terra.
d) Os donatários tinham o direito de vender ou dividir a capitania.
e) Na prática, os donatários exerciam pouco poder administrativo e jurídico sobre a capitania.

O povoamento se deu através das capitanias hereditárias, entregues aos capitães donatários
(fidalgos ou militares), muitos sem recursos para empreender a colonização.
Letra a.

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024. (EsFCEx/EsFCEx/Oficial/Área Administração/2017)


Analise as proposições abaixo sobre a população indígena no Brasil Colonial e, em seguida,
assinale a alternativa que apresenta a resposta correta.

a) Somente I e III estão corretas.


b) Somente II e III estão corretas.
c) Somente I e II estão corretas.
d) Somente II e IV estão corretas.
e) Somente III e IV estão corretas.

Afirmativa III: Errada. Essa afirmativa generaliza a diversidade de grupos indígenas encontrados
no litoral brasileiro.
Afirmativa IV: Errada. A antropofagia praticada por alguns grupos nativos chocou o português
colonizador.
Letra c.

025. (ESA/1992) O movimento ocorrido no Brasil, no ano de 1789, e que recebeu influência
das ideias iluministas da Revolução Francesa foi a:
a) Guerra dos Mascates
b) Guerra do Paraguai
c) Revolta de Filipe dos Santos
d) Inconfidência Mineira
e) Revolta de Beckmam

Dos movimentos listados, a Inconfidência Mineira foi a única influenciada pelo Iluminismo, além
de ser a única ocorrida em 1789.
Letra d.

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026. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE QUÍMICA/2014) Marque a alter-


nativa correta.
Sobre a estrutura fundiária do Brasil, pode-se dizer que:
a) as Capitanias Hereditárias e as Sesmarias estão na origem estrutural de grande parte dos
latifúndios.
b) tem uma distribuição de terras equilibrada com predomínio da agricultura familiar.
c) esta juridicamente sustentada na Lei de Terras de 1850 e na Lei Áurea de 1888.
d) grande parte das terras é ocupada por assentamentos de reforma agrária.
e) os povos tradicionais ocupam 70% das terras produtivas.

As capitanias hereditárias, grandes latifúndios, estão na gênese da distribuição de terras de


maneira concentrada.
Letra a.

027. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE QUÍMICA/2014) Analise as afir-


mativas sobre a economia colonial da América Portuguesa e marque a opção correta.
I – É possível afirmar que o crescimento da Capitania de São Paulo só se tornou possível, no
início do século XVII, em consequência da descoberta das minas de prata pelos bandeirantes.
II – Ao longo do século XVII, em consequência das entradas em busca de índios, ganhou ex-
pressão a produção de gado e de gêneros de subsistência na Capitania de São Paulo.
III – A trajetória econômica da São Paulo colonial, distanciada dos mercados externos, deveu-se
à proibição do plantio da cana-de-açúcar na região.
a) Somente I está correta.
b) Somente II está correta.
c) Somente III está correta.
d) Somente I e II estão corretas.
e) Somente I e III estão corretas.

Afirmativa I: Errada. São Paulo (São Vicente) e Pernambuco foram as duas capitanias que con-
seguiram se desenvolver.
Afirmativa III: Errada. Foi justamente o açúcar que possibilitou o desenvolvimento da capitania
em seus primórdios. Bandeiras, ouro, açúcar, café, industrialização. São Paulo sempre foi dinâ-
mica economicamente.
Letra b.

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028. (ESFCEX/ESFCEX/OFICIAL/ÁREA MAGISTÉRIO DE QUÍMICA/2014) Analise as afirmati-


vas a respeito do trabalho indígena nas primeiras décadas da colonização brasileira, colocando
entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, ou a letra F, quando se
tratar de afirmativa falsa, e, em seguida, marque a opção que contém a sequência correta.
( ) A única forma de utilização do índio nessa fase da economia colonial foi a da escravidão.
( ) Religiosos e colonos tiveram atitudes semelhantes quanto à forma de utilização do tra-
balho indígena nesse período.
( ) Os religiosos preocuparam-se com a conversão dos índios, mas não foram indiferentes
ao que tange a sua organização para o trabalho.
( ) Uma das razões para o declínio da prática de utilização dos índios para o trabalho foram
as epidemias.

a) V-F-V-F
b) V-V-F-F
c) F-V-F-V
d) F-F-V-V
e) F-F-V-F

I – Errada. O índio foi muito utilizado em guerras contra os holandeses e os franceses. Também
foi catequizado e utilizado em missões, na extração do pau-brasil e das drogas do sertão.
II – Errada. Os colonos queriam fazer os índios de escravos, mas os jesuítas foram contra, pois
estes buscavam os índios com o objetivo primário de catequizá-los.
Letra d.

029. (ESPCEX 2006) O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois docu-
mentos jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses documen-
tos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as suas rendas e
o poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia os direitos e deveres dos
donatários, como promover a prosperidade da capitania, conceder sesmarias, receber a re-
dízima das rendas da metrópole e a vintena da comercialização do pau-brasil e do pescado.
Esses documentos eram, respectivamente:
a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Sousa
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Sousa
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Sousa e Foral

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Esses documentos foram leis que regularizavam a posse e os direitos dos donatários sobre
as capitanias hereditárias no início da colonização portuguesa no Brasil. A Carta de Doação
era o documento que comprovava a doação de uma capitania hereditária a um donatário pela
Coroa Portuguesa. A Carta Foral era o documento que regulamentava os direitos e deveres dos
donatários sobre a capitania que recebiam, dentre eles a proibição de revendê-la e de explorar
nela o pau-brasil. Caso fosse encontrado metal precioso, a maior parte dele ficaria com a Coroa.
Entre os direitos, o donatário poderia administrar, cuidar da justiça e doar sesmarias. Povoar e
fundar vilas eram obrigações dos donatários sobre as capitanias hereditárias.
Letra a.

030. (ESPECEX/2010) Sobre o Governo Geral, instalado no Brasil pelo regimento de 1548,
pode-se afirmar que
a) acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias.
b) teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma de faci-
litar a defesa do território.
c) teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro, em 1555.
d) durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os governadores passarem a ser chamados de
vice-reis.
e) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande sucesso
da cultura canavieira nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.

Com a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808, o Governo-Geral foi extinto.


Letra d.

031. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado
pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento
de um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação
à América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse as necessidades da metrópole.
e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde de que a ma-
téria-prima fosse adquirida da metrópole.

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Na lógica do Pacto Colonial (ou exclusivo colonial), encontramos a colônia ficando limitada pelo
fornecimento de matéria-prima para a Metrópole. Esta tem a responsabilidade de elaborar a
matéria-prima, transformando-a num produto manufaturado. A venda da manufatura, que possui
maior valor agregado, garantia o lucro para a Metrópole.
Letra c.

032. (ESA/2014) Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos


séculos XVII e XVIII, é incorreto afirmar que favoreceram:
a) o enfraquecimento do mercado interno.
b) a integração econômica da colônia.
c) o povoamento da região das minas.
d) a conquista do Brasil central.
e) o desenvolvimento urbano.

A atividade mineradora na colônia do Brasil favoreceu, sobremaneira, o desenvolvimento/for-


talecimento do mercado interno, aumentando as atividades subsidiárias da mineração, como
a pecuária e a agricultura.
Letra a.

033. (ESPCEX/2018) Quase duas décadas depois da Conjuração Baiana, durante a estada
da Família Real portuguesa no Brasil e o governo de D. João VI, ocorreu um levante emanci-
pacionista em Pernambuco que ficaria conhecido como Revolução Pernambucana. Um dos
motivos desta revolta foi
a) o fim do monopólio comercial de Portugal sobre a colônia.
b) a grande seca de 1816.
c) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves.
d) a liberação da atividade industrial no Brasil.
e) a cobrança forçada de impostos atrasados.

A grande seca de 1816 colocou os agricultores em difícil situação. Apesar disso, o governo
continuou exigindo o pagamento de impostos.
Letra b.

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034. (EsPCEx/2009) “A primeira medida tomada pelo regente D. João, ao chegar ao Brasil, foi
decretar a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.” (SILVA, 1992)
Tal fato
a) significava, na prática, o fim do pacto colonial.
b) prejudicava a Inglaterra, que passaria a sofrer concorrência de outros países no comércio
com o Brasil.
c) contrariava, num primeiro momento, os interesses dos comerciantes brasileiros.
d) beneficiava a França, favorecida pela redução das tarifas alfandegárias nas relações bilaterais.
e) criava condições igualitárias, quanto à tributação alfandegária, no comércio com Portugal e
com todas as demais nações.

Com a abertura dos portos de 1808, o Brasil deixou a obrigação de comercializar exclusivamente
com Portugal. Nesse sentido, significou o fim do Pacto Colonial.
Letra a.

035. (ESPCEX/2007) A Família Real Portuguesa, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte,
trouxe para o Brasil uma corte parasitária, composta por 15.000 pessoas. Para custeá-la, as
despesas com o serviço público aumentaram e o governo, para compensar, criou novos im-
postos, o que gerou protestos organizados e um movimento armado de grandes proporções.
Tal movimento foi a
a) Revolução Constitucionalista do Porto.
b) Revolução Pernambucana.
c) Conjuração Baiana.
d) Cabanagem.
e) Conjuração dos Alfaiates.

a) Errada. A Revolução Constitucionalista do Porto – 1820 – exigia o retorno de D. João VI a


Portugal objetivando recolonizar o Brasil.
b) Certa.
c) Errada. A Conjuração Baiana – 1798 – ocorreu antes da chegada da Corte Portuguesa.
d) Errada. A Cabanagem aconteceu durante o período regencial.
e) Errada. A Conjuração dos Alfaiates é outro nome dado à Conjuração Baiana.
Letra b.

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036. (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) A elevação do Brasil à


categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves foi uma medida tomada pelo Regente D. João,
com o objetivo
a) de aumentar seu poder pessoal, pois ele passou a dominar um Império que englobava as
colônias espanholas na América.
b) de unificar as Coroas de Portugal e Espanha, que era denominada pelos portugueses de país
de Algarves.
c) de melhorar a defesa do Brasil contra as constantes invasões de franceses e ingleses, que
saqueavam as nossas cidades litorâneas.
d) de obter o reconhecimento da dinastia de Bragança por parte do Congresso de Viena, reunido
na Europa e dirigido pelos países que derrotaram Napoleão.
e) de satisfazer a cobiça das elites brasileiras, que, com essa medida, tiveram acesso às minas
de prata de Potosí, na Bolívia.

O Congresso de Viena não estava disposto a reconhecer uma dinastia que morava numa colônia,
por isso o regente D. João, para não precisar voltar para Portugal (a metrópole) elevou o Brasil
à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.
Letra d.

037. (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) No ano de 1817, na


Província de Pernambuco, deu-se uma revolta contra o governo de D. João VI que ficou co-
nhecida como
a) Revolução Liberal.
b) Cabanagem.
c) Confederação do Equador.
d) Revolta dos Alfaiates.
e) Revolução Pernambucana.

A Revolução Pernambucana (1817) serviu para dar início a uma revolta contra o governo de D.
João VI, que ficou conhecida como Revolução Pernambucana.
Letra e.

038. (ESSA/2011) A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em


1815, está ligada ao(à):
a) desejo de D. João de agradar os ingleses.
b) projeto de implantação do regime monárquico no país.
c) assinatura do Tratado de Fontainebleau com a Espanha.
d) ação das sociedades maçônicas estabelecidas no Rio de Janeiro.
e) necessidade de legitimar a representação de Portugal no Congresso de Viena.

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A assertiva remete à necessidade de melhorar a representação de Portugal no Congresso de Viena.


Letra e.

039. (ESSA/2015) Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Al-
garves. Na prática:
a) foi a causa da Inconfidência Mineira.
b) nada significou para o Brasil.
c) provocou enorme satisfação em Portugal.
d) o Brasil volta à condição de colônia.
e) o Brasil adquiria autonomia administrativa.

Com a elevação à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, o Brasil passou a ser sede
do Império Português e adquiriu autonomia político-administrativa.
Letra e.

040. (ESSA/2014) O Alvará de 1º de abril de 1808 revogou o Alvará de 1785 de D. Maria I,


que proibia a manufatura na colônia. O Brasil estava autorizado a desenvolver manufaturas.
Contudo havia dois fatores que se tornaram um obstáculo ao desenvolvimento da indústria
brasileira, os quais eram o/a(os/as)
a) escravidão e concorrência inglesa.
b) interesses dos cafeicultores e pecuaristas.
c) interesses dos mineradores e dos produtores de açúcar.
d) concorrência holandesa e os interesses dos cafeicultores.
e) concorrência dos EUA e interesses dos produtores de café.

O escravismo, por ser uma prática com mão de obra não remunerada e não especializada, e a
concorrência inglesa, por permitir a entrada de produtos mais baratos no Brasil, tornaram-se
obstáculos ao desenvolvimento da indústria brasileira.
Letra a.

041. (ESSA/2013) A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, determinou
que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios foram a
a) Guiana Francesa e a França Antártica.
b) Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.
c) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.
d) Guiana Inglesa e a França Antártica.
e) Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.

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Como a França de Napoleão era inimiga do Brasil, D. João buscou tomar as terras americanas
que estavam sob controle francês.
Letra c.

042. (ESA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2008) O episódio conhecido


como “Capão da Traição” ocorreu na História do Brasil durante a:
a) Rebelião de Beckman.
b) Revolta dos Malês.
c) Guerra dos Mascates.
d) Revolta de Filipe dos Santos.
e) Guerra dos Emboabas.

Em 1708/1709, os bandeirantes paulistas entraram em confronto com os estrangeiros (em-


boabas) pelo monopólio da exploração do ouro. Foi justamente no Capão da Traição que os
emboabas venceram o conflito, apoiados pela Coroa Portuguesa.
Letra e.

043. (ESA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) O Tratado de Tordesilhas,


celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu resolver as disputas
por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que
a) os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data de assinatura do Tratado,
e as terras descobertas depois ficariam com os portugueses.
b) os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um meridiano estabelecido a
370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.
c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as terras descobertas pelos por-
tugueses e espanhóis nos quinze anos seguintes. d) Portugal e Espanha administrariam juntos
as terras descobertas, para fazerem frente à ameaça colonialista da Inglaterra, da Holanda e
da França.
e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que
habitassem as terras descobertas.

O Tratado de Tordesilhas estabeleceu que as terras situadas a oeste do meridiano localizado a


370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde pertenceriam à Espanha e as terras a leste, a Portugal.
Letra b.

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044. (ESA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) Em 1798, surgiu na Bahia


um movimento rebelde conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates, que
contou com a participação das camadas sociais mais humildes. Esse movimento
a) pretendia fundar uma universidade e aproveitar as jazidas de ferro da região.
b) contava, no plano político, com elementos adeptos da monarquia constitucional.
c) defendia o estímulo à produção de couro e charque, principais produtos da Bahia.
d) foi o primeiro movimento de rebeldia no Brasil a questionar o Pacto Colonial.
e) defendia a abolição da escravatura e o aumento da remuneração dos soldados.

Letra e certa. Estas eram as principais causas da revolta, que contava com muitos escravos
em suas fileiras.
Letra e.

045. (ESA/2013) As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século
XVI objetivaram
a) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento.
b) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos.
c) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa.
d) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse.
e) estimular a catequese dos índios a pedido da Companhia de Jesus.

Portugal não tinha interesse em colonizar o Brasil inicialmente porque não encontrara ouro.
As expedições buscavam reconhecer as terras e preservá-las do ataque de estrangeiros que
desrespeitavam o Tratado de Tordesilhas.
Letra d.

046. (ESA/2014) As lutas do período colonial são divididas em Revoltas Nativistas e Revoltas
Emancipacionistas. Entre essas últimas podemos incluir a
a) Revolta de Vila Rica.
b) Revolta de Palmares.
c) Revolta dos Alfaiates.
d) Revolta dos Mascates.
e) Revolta de Amador Bueno.

A Revolta dos Alfaiates, também conhecida como Conjuração Baiana, foi a única revolta lista-
da na questão que, ao lado da Inconfidência Mineira e da Insurreição Pernambucana de 1817,
defendeu a emancipação do Brasil.
Letra c.

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047. (ESA/2013) No tocante às primeiras atividades econômicas desenvolvidas pelos portu-


gueses na colônia do Brasil, entre os anos 1501 a 1530, é correto afirmar que se destacaram
como atividade(s) principal(is)
a) a exploração de ouro e pedras preciosas.
b) a escravização do indígena.
c) a extração das chamadas drogas do sertão e criação de gado.
d) a extração e comercialização do pau-brasil.
e) o cultivo de fumo e café.

A extração e comercialização de pau-brasil, pelo sistema de “estanco”, foi a primeira atividade


econômica desenvolvida pelos portugueses na colônia do Brasil entre os anos de 1500 a 1530.
Letra d.

048. (ESA/2006) No Brasil Colônia, a atividade econômica que atendia, basicamente, o mer-
cado interno era o(a):
a) pecuária.
b) cacau.
c) tráfico negreiro.
d) produção de tabaco.
e) manufatura têxtil.

A pecuária nasceu da necessidade de abastecimento da população envolvida nas atividades


principais da colônia: a agricultura da cana-de-açúcar, nos séculos XVI e XVII, e a mineração,
no século XVIII.
Letra a.

049. (ESA/2006) Dentre as quinze Capitanias Hereditárias fundadas no Brasil a partir de 1530,
somente duas progrediram até 1550:
a) Pernambuco e São Vicente.
b) Maranhão e Ceará.
c) Itamaracá e Porto Seguro.
d) Ilhéus e Porto Seguro.
e) São Tomé e Santana.

Como vimos, estas foram as únicas capitanias que vingaram, principalmente em função do
plantio de cana-de-açúcar.
Letra a.

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050. (ESA/2007) No início da colonização, a cultura de cana-de-açúcar era realizada em


grandes propriedades que eram chamadas de:
a) Sítios
b) Latifúndios
c) Alqueiras
d) Minifúndios
e) Casas-grandes

Querido(a), esta questão está muito mais para português do que para história. A banca quer
saber se você sabe a definição de latifúndio.
Letra b.

Daniel Vasconcellos

Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.

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