TCC Unip 2..............
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ANANINDEUA
2023
LIDIANE BRITO SILVA RA: 2009735
Orientador: Prof.
ANANINDEUA
2023
Resumo
The objective of this research is to address the issue of violence against women, its
causes and prevention measures. The importance of knowledge in social work is
highlighted to provide quality assistance and identify women in vulnerable situations.
The work also addressed feminicide, public policies, types of violence and strategies
to combat abuse against women.
Introdução
Estudos mostram que, pelo menos uma em cada três mulheres já foi
espancada, coagida ao sexo ou sofreu alguma outra forma de abuso durante a vida,
onde o companheiro apresenta-se como o agressor mais frequente. A violência
contra mulheres sempre existiu historicamente, principalmente no ambiente
doméstico, afirmando a relação de poder entre gêneros7. Somente na década de
1980 que esse fenômeno ascendeu no meio social, sendo organizado por
movimentos feministas na busca do reconhecimento dos direitos das mulheres e a
efetivação de políticas públicas de justiça de gênero (OLIVEIRA et al., 2015 apud
ACOSTA et al., 2015). Ainda assinala a autora que o feminicídio encontra-se em
todas as sociedades qualificado de extrema violência dada a uma cultura de
dominação e inferiorização da mulher frente ao homem. Nesse mesmo pensamento
Meneghel e Portella (2017) afirmam que: O feminicídio, assim, é parte dos
mecanismos de perpetuação da dominação masculina, estando profundamente
enraizado na sociedade e na cultura. São expressões deste enraizamento a
identificação dos homens com as motivações dos assassinos, a forma seletiva com
que a imprensa cobre os crimes e com que os sistemas de justiça e segurança
lidam com os casos. O fato das mulheres, muitas vezes, negarem a existência do
problema é atribuído à repressão ou negação produzida pela experiência traumática
do próprio terrorismo sexista, além da socialização de gênero, em que a ideologia
de gênero (ideologia considerada.
agressão corporal, vai além, sendo composta por outras formas de violência que
agravam ainda mais a situação de vulnerabilidade da mulher.
O conceito de feminicídio foi utilizado pela primeira vez por Diana Russel em
1976, diante do Tribunal Internacional Sobre Crimes Contra as Mulheres, que
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Desde que a Lei Maria da Penha entrou em vigor, há sete anos, 350 mil
medidas protetivas foram emitidas. Uma média de 50 mil por ano. Mesmo assim,
nesse período, a cada uma hora e meia uma mulher foi assassinada pelo marido ou
pelo companheiro.
Outro grande problema que nós encontramos na maioria dos estados são os
institutos médicos legais que funcionam precariamente. Uma mulher que precisa
fazer corpo de delito e não encontra no IML condições para colher as provas, isso
compromete os processos e compromete a apuração e condenação do agressor,
diz a senadora do PT-ES Ana Rita Esgario.
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Em 2020 o país teve 3.913 homicídios de mulheres, dos quais 1.350 foram registrados
como feminicídios, média de 34,5% do total de assassinatos. A taxa de homicídios de
mulheres caiu 2,1%, passando de 3,7 mulheres mortas por grupo de 100 mil mulheres
em 2019 para 3,6 mortes por 100 mil em 2020. Os feminicídios, por sua vez,
apresentaram variação de 0,7% na taxa, que se manteve estável em 1,2 mortes por grupo
de 100 mil pessoas. Em números absolutos, 1.350 mulheres foram assassinadas por sua
condição de gênero, ou seja, morreram por ser mulheres. No total, foram 3.913 mulheres
assassinadas no país no ano passado, inclusos os números do feminicídio. Esta relação
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indica que 34,5% do total de assassinatos de mulheres foi considerado como feminicídio
pelas Polícias Civis estaduais. O gráfico abaixo apresenta a taxa de cada crime por UF.
Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Observatório de Análise Criminal / NAT / MPAC;
Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais – COINE/RN; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Reforça-se aqui que nos homicídios femininos estão incluídos os feminicídios, mas é
justamente esse olhar para o todo que nos permite compreender quais estados de fato tem
as maiores taxas de feminicídio, e quais potencialmente possuem elevadas taxas, mas não
classificam estes crimes de forma adequada. No Ceará, por exemplo, apenas 8,2% de
todos os assassinatos de mulheres foram classificados como feminicídios, percentual
muito inferior à média nacional de 34,5%. Isso indica que é provável que muitos casos de
feminicídios tenham sido classificados erroneamente apenas como homicídios.
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Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Observatório de Análise Criminal / NAT /
MPAC; Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais – COINE/RN; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Apesar da definição legal, e dos limites impostos pela base de dados, o fato é que 14,7%
dos homicídios femininos tiveram como autor o parceiro ou ex-parceiro íntimo da vítima,
o que deveria torná-los automaticamente um feminicídio. Isto significa dizer que cerca de
377 homicídios de mulheres praticados no ano passado são, na realidade, crimes de
feminicídio.
Já os dados de feminicídio indicam que 81,5% das vítimas foram mortas pelo parceiro ou
ex-parceiro íntimo, mas se considerarmos também demais vínculos de parentesco temos
que 9 em cada 10 mulheres vítimas de feminicídio morreram pela ação do companheiro
ou de algum parente.
Fonte: Análise produzida a partir dos microdados dos registros policiais e das Secretarias estaduais de
Segurança
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O local do crime é outra variável útil para compreendermos o contexto da morte violenta. Nos casos de
feminicídio mais da metade das vítimas morreram dentro de casa, ao passo que dentre os demais
homicídios femininos 1/3 ocorreram em via pública.
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Fonte: Análise produzida a partir dos microdados dos registros policiais e das Secretarias estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social.
• 25 a 34 anos (28,6%)
• 35 a 44 anos (24,4%)
• 45 a 59 anos (18,8%)
• Parda (24,6%)
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• Branca (23,5%)
• Separada/Divorciada (35%)
• Solteira (30,7%)
• Viúva (17,1%)
• Casada (16,8%)
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Referencias bibliografias
https://azmina.com.br/reportagens/violenciapsicologica-saiba-como-identificar)
acesso em 19 de abril de 2023.
Agencia Patricia Galvão, como evitar mortes anunciadas, Campos, Carmem, Santo
Andre, SP, 2019, 20 paginas, disponível em:
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/feminicidio/capitulos/comoevitarmor
tesanunciadas/acesso em 19 de abril de 2019.
<http://www.planalto.gov.br.ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm>. Acesso
em: 08 ago. 2023