MADRE
MADRE
MADRE
Como você acabou de ver, os frutos são órgãos reprodutivos exclusivos das plantas
angiospermas. Assim, eles são estruturas originadas do desenvolvimento do ovário
da flor.
Portanto, esse desenvolvimento ovariano ocorre após a polinização. Nesse evento, o
grão de pólen que chega até o estigma do gineceu da flor, germina dentro do carpelo
e forma o tubo polínico. Em seguida, essa estrutura cresce em direção ao ovário
(parte do gineceu), carregando dois gametas masculinos.
Conhecer a estrutura das flores é essencial para compreendermos a origem dos
frutos e sementes.
Em seguida, ele penetra por uma pequena abertura no óvulo, a micrópila. Um dos
gametas masculinos fecunda a oosfera (gameta feminino). Essa união dos gametas
irá gerar o zigoto que, após várias mitoses, forma o embrião do vegetal.
Já o outro gameta masculino se funde ao núcleo do saco embrionário que envolve o
óvulo. Forma-se, então, uma célula triploide. Essa célula dará origem a um tecido
chamado de endosperma. O endosperma será a reserva de nutrientes para o embrião
do vegetal em desenvolvimento.
Após esse processo, o ovário da flor começará a inchar, formando o fruto. Caso haja
a formação dos frutos carnosos, os tecidos presentes nessa região podem reservar
açúcares e/ou lipídios à medida que se desenvolvem.
.Epicarpo
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.Mesocarpo
O mesocarpo, como o próprio nome já diz, é a camada intermediária do fruto. Ele é
formado a partir do tecido médio (parênquima) do ovário. Nos frutos chamados de
carnosos (que detalharemos a seguir), o mesocarpo reserva grande quantidade de
açúcares e/ou lipídios. Por isso, em geral, o mesocarpo é a parte comestível dos
frutos.
Esses nutrientes energéticos presentes no mesocarpo têm a função de atrair animais
dispersores. Ao consumirem essa estrutura, eles ajudam a dispersar as sementes.
.Endocarpo
Por fim, o endocarpo é a parte mais interna do fruto e será a responsável por envolver
a semente. Essa camada é originada da epiderme interna do ovário.
.Tipos de frutos
As angiospermas são o grupo de vegetais mais variado atualmente. Por isso elas
possuem uma enorme variedade de adaptações para a sua sobrevivência. Além
disso, os frutos também apresentarão diferentes características importantes para a
perpetuação das espécies.
Sendo assim, de acordo com a morfologia dos frutos e com suas origens, teremos
diferentes classificações. Veja a seguir:
Classificação de acordo com a disposição dos carpelos
Lembre-se que carpelos são as folhas modificadas que formam as partes femininas
da flor, como vimos na imagem 1.
Frutos simples
São aqueles formados a partir do desenvolvimento de um único carpelo ou de vários
carpelos unidos, como a manga e a abóbora, por exemplo.
.Frutos agregados
São os frutos formados a partir de vários carpelos separados em uma mesma flor.
Entretanto, quando cada ovário se desenvolve, ficam todos unidos em uma única
estrutura, dando a impressão de um único fruto. O morango, a framboesa e a fruta do
conde são alguns exemplos.
Esses frutos podem também ser chamados de pseudofrutos ou falsos frutos. Isso
porque, apesar de visualmente parecerem um único fruto, são constituídos de vários.
.Frutos múltiplos
São os frutos formados a partir do desenvolvimento de vários ovários de flores
diferentes de uma inflorescência (várias flores presas a um único pedúnculo). Ao se
desenvolverem, os vários frutos (frutículos) se fundem em uma única estrutura,
chamada de infrutescência.
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.Frutos secos
São os frutos que não possuem pericarpo suculento. Ao amadurecerem ficam secos.
Em geral, esses frutos não têm dispersão relacionada à atração de animais. Como
exemplos de frutos secos, podemos citar os frutos das leguminosas, como o
flamboyant e o feijão.
.Frutos indeiscentes
Já os frutos indeiscentes são aqueles que não se abrem quando maduros. Em geral,
os frutos carnosos são frutos indeiscentes. No entanto, há também frutos secos com
essa característica.
.Pomo
São pseudofrutos em que a parte carnosa não é derivada do ovário da flor, mas sim
do receptáculo floral. É o que ocorre nas maçãs, por exemplo.
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.Embrião
O embrião da semente é a estrutura que vai dar origem ao vegetal. Enquanto a
semente não se encontra em condições favoráveis para a germinação, o embrião
permanece em estado de latência.
Essa estrutura é alongada e possui duas extremidades: a radícula e o caulículo.
A radícula é a estrutura que dará origem à raiz do vegetal. Ela será a primeira
estrutura a emergir da semente durante a germinação e tem geotropismo positivo
(cresce em direção ao solo, para baixo, independentemente da posição da semente).
Enquanto isso, o caulículo dará origem ao caule e será responsável por formar as
primeiras folhas embrionárias.
Essas folhas embrionárias são chamadas de cotilédones. Nas sementes das
monocotiledôneas encontramos apenas um cotilédone. Já nas eudicotiledôneas
encontramos dois cotilédones.
.Endosperma ou albúmen
O endosperma, como vimos acima, tem origem na união de um gameta masculino
com o núcleo do saco embrionário. Ele vai reservar nutrientes para o
desenvolvimento inicial do vegetal.
As sementes que possuem endosperma são chamadas de albuminosas. Enquanto
isso, as que não possuem essa estrutura são chamadas de exalbuminosas. Nesse
caso, o albúmen é rapidamente consumido no início do desenvolvimento do embrião,
ou as substâncias nutritivas são armazenadas no(s) cotilédone(s).
.Casca
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