Anexo 7 Laudo Ambiental
Anexo 7 Laudo Ambiental
Anexo 7 Laudo Ambiental
2021
CARACTERIZAÇÃO E
ORIGINALIDADE DAS FORMAÇÕES
VEGETACIONAIS DO RESIDENCIAL
TAMBURU, TAMBURUTACAS
ENSEADA SPE LTDA, PRAIA DA 0
ENSEADA, UBATUBA, SP
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13/01/2021
instituto insularis CARACTERIZAÇÃO E ORIGINALIDADE DAS FORMAÇÕES VEGETACIONAIS DO
RESIDENCIAL TAMBURU, TAMBURUTACAS ENSEADA SPE LTDA, PRAIA DA ENSEADA,
UBATUBA, SP
Sumário
1.0 Introdução
1.1 Dados da Propriedade
1.1.1 Identificação do Empreendedor
1.1.2 Identificação da Propriedade/Empreendimento
1.1.3 Responsabilidade Técnica + ART
1.2 Localização
1.3 Materiais e Métodos
1.3.1 Imagens Aéreas
1.3.2 Embasamento Legal para determinação da incidência de Áreas de
Preservação Permanente – APP no Tamburu
1.3.3 Padrões de Fotointerpretação da Vegetação Natural de Restinga
existentes no Litoral Norte de São Paulo
2.0 Análise e Interpretação das Imagens e Bases Cartográficas
2.1 Bases Cartográficas Oficiais
2.1.1 Inventário Florestal
2.1.2 Mapeamento Olho Verde 1988/1989
2.1.3 Carta Topográfica IGC
2.1.4 Regiões Fitoecológica RADAMBRASIL
2.1.5 SinBiota FAPESP Atlas 2.1
2.2 Aerofotos
2.2.1 Aerofoto do ano de 1962
2.2.2 Aerofoto do ano de 1973
2.2.3 Aerofoto do ano de 1977
2.2.4 Aerofoto do ano de 1979
2.2.5 Aerofoto do ano de 2010
2.2.6 Aerofoto do ano de 2018
2.3 Outras Mídias
2.3.1 Banco Dados da Prefeitura Municipal de Ubatuba
2.3.2 Fotografias Aéreas por VANTS 2019
2.4 Consolidação do Mapeamento da Vegetação e Uso e Ocupação do Solo do
Tamburu
3.0 Considerações sobre a Tipologia e Originalidade da Vegetação no Tamburu
3.1 Da ocorrência natural de indivíduos arbóreos na faixa lindeira a preamar
3.2 Da ocorrência natural de vegetação Herbáceo/Arbustiva típica de Restinga
3.3 Conclusão
4.0 Anexos
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1.0
Introdução
1.1
Dados da Propriedade
1.1.1
Identificação do Empreendedor
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1.1.2
Identificação da Propriedade
Propriedade/Empreendimento
1.1.3
Responsabilidade Técnica + ART
Paulo Martuscelli
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11 - 99642 7483
Biólogo CRBio n0 18403
ART n0 2021/00290
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1.2
Localização
Figura 1.1. A seta amarela indica a localização do Tamburu, na Praia da Enseada, zona urbana de Ubatuba. A
linha vermelha é a SP 055, principal via de acesso ao local. Fonte. IBGE escala I: 50.000. Folha Ubatuba. 1975.
Figura 1.2. Localização da propriedade denominada Tamburu (marcador Amarelo), na Praia da Enseada,
Ubatuba, SP. Fonte: Google Earth 2020.
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Figura 1.3. Limites da propriedade (linha amarela) denominada Tamburu, com o padrão de uso do
solo existente em 2019. Fonte: Tamburutacas Enseada SPE Ltda 2019.
1.3
Materiais e Métodos
1.3.1
Imagens Aéreas
Para efeito do estudo das sequências históricas havidas no imóvel e registros temporais,
adotamos a utilização dos recursos de fotointerpretação e cartografia, dos vôos
aerofotogramétricos de diferentes períodos, o que possibilitou a análise das inferências
retrospectivas.
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O material aerofotogramétrico para o trabalho foi fornecido em formato digital para possibilitar
análises mais acuradas e processamento digital de imagens, bem como em cópias contato
(analógico) com selos de identificação e selo de autenticidade para comprovar a origem dos
materiais (cópia fiel dos originais negativos).
Foi utilizado Imagens de Satélite GeoEye 1, 09FC500 Escala 1:10.000, resolução espacial de
0,5m datada de 22/06/2028
Foi utilizado imagiamento aéreo proveniente de um Vant – Veiculo Aéreo não Tripulado na
escala de 1:8000, datado de outubro de 2019, de propriedade da Tamburutacas Enseada
SPE Ltda.
1.3.2
Embasamento Legal para Determinação da incidência de Áreas de Preservação
Permanente – APP no Tamburu
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Quadro 1.1. Marco Temporal contendo as normas para determinação da presença de Áreas
de Preservação Permanente em Tamburu.
NORMA TEXTO
"Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito
Lei Federal desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:
4.771/1965 f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de
mangues;
"Art. 2º - Para efeitos desta Resolução são estabelecidas as seguintes
definições:
l) depressão - forma de relevo que se apresenta em posição altimétrica
Resolução mais baixa do que porções contíguas;
CONAMA 2.1 Restinga - acumulação arenosa litorânea, paralela à linha da costa,
004/1985 de forma geralmente alongada, produzida por sedimentos
transportados pelo mar, onde se encontram associações vegetais
mistas características, comumente conhecidas como "vegetação de
restingas";
"Art. 5º - As definições adotadas para as formações vegetais de que
trata o artigo 4o, para efeito desta Resolução, são as seguintes:
II - Restinga - vegetação que recebe influência marinha, presente ao
Resolução longo do litoral brasileiro, também considerada comunidade edáfica,
CONAMA 10/1993 por depender mais da natureza do solo do que do clima. Ocorre em
mosaico e encontra-se em praias, cordões arenosos, dunas e
depressões, apresentando de acordo com o estágio sucessional,
estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado".
"Entende-se por vegetação de restinga o conjunto das comunidades
vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e
Resolução fluviomarinha. Essas comunidades, distribuídas em mosaico, ocorrem
CONAMA 07/1996 em áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas
comunidades edáficas por dependerem mais da natureza do solo que
do clima."
"Art. 2º - Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as seguintes
definições:
VIII - restinga: depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma
geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde
se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha,
também consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da
natureza do substrato do que do clima. A cobertura vegetal nas
Resolução restingas ocorre em mosaico, e encontra-se em praias, cordões
CONAMA arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio
303/2002 sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais
interiorizado";
Art. 3o Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:
IX - nas restingas:
a) em faixa mínima de trezentos metros, medidos a partir da linha de
preamar máxima;
b) em qualquer localização ou extensão, quando recoberta por
vegetação com função fixadora de dunas ou estabilizadora de
mangues;
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NORMA TEXTO
"Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se integrantes do Bioma
Mata Atlântica as seguintes formações florestais nativas e
ecossistemas associados, com as respectivas delimitações
estabelecidas em mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e
Lei Federal Estatística - IBGE, conforme regulamento: Floresta Ombrófila Densa;
11.428/2006 Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias;
Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta
Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de
restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais
do Nordeste".
"Art. 2o Para o disposto nesta Resolução entende-se por:
III - Vegetação de Restinga: o conjunto de comunidades vegetais,
distribuídas em mosaico, associado aos depósitos arenosos costeiros
quaternários e aos ambientes rochosos litorâneos – também
Resolução
consideradas comunidades edáficas – por dependerem mais da
CONAMA
natureza do solo do que do clima, encontradas nos ambientes de
417/2009
praias, cordões arenosos, dunas, depressões e transições para
ambientes adjacentes, podendo apresentar, de acordo com a
fitofisionomia predominante, estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo,
este último mais interiorizado";
"Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
XVI - restinga: depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma
geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde
Lei Federal se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha,
12.651/2012 com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões
arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio
sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais
interiorizado";
“Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas
Lei Federal rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
12.651/2012 VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de
mangues";
1.3.3
Padrões de Fotointerpretação da Vegetação Natural de Restinga existentes no Litoral
Norte de São Paulo
A padronagem natural foi obtida analisando-se a ocorrência da vegetação natural que recobre
os ambientes praianos, dunas e restingas existentes no litoral norte de São Paulo, no
município de Ubatuba:
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FLORESTA ALTA DE
RESTINGA
Praia da Fazenda
FLORESTA BAIXA DE
RESTINGA
Praia da Fazenda
ESCRUBE DE RESTINGA
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Praia do Estaleiro
VEGETAÇÃO DUNAS E
PRAIAS
Tamburu
VEGETAÇÃO ARBUSTIVA
ANTROPIZADA
Tamburu
VEGETAÇÃO HERBÁCEA
A
ANTROPIZADA
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INDIVÍDUOS ARBÓREOS
EXÓTICOS ISOLADOS
Praia da Enseada
AREA EDIFICADA
Legenda: A B C, extraído de Azevedo, N.H.; Martini, A.M.Z.; Oliveira, A.A. & Scarpa, D.L.. Ecologia na Restinga:
uma sequência didática argumentativa. São Paulo: PETROBRAS : USP , IB, LabTrop/BioIn, 2014. 140p.: il.
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2.0
Análise e Interpretação das Imagens e Bases Cartográficas
A área sob estudo ocupa uma área de 5.129,86 m² localizado na Praia da Enseada, Ubatuba,
SP, de acordo com a localização e limites apresentado na Figura 1.3. Os estudos
apresentados a seguir reúnem informações preexistentes, contidos em bancos de dados
oficiais, tais quais cartas topográficas, mapeamentos oficias e em arquivos fotográficos, a
saber:
2.1
Bases Cartográficas Oficiais
2.1.1
Inventário Florestal
Figura 2.1. Remanescentes Florestais existentes no ano de 2005. A seta vermelha indica a localização do
Tamburu. Fonte: Inventario Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo 2005.
http://datageo.ambiente.sp.gov.br/app/?ctx=DATAGEO
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Figura 2.2. Remanescentes Florestais existentes em 2020. A seta vermelha indica a localização do Tamburu
Fonte: Inventario Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo 2020.
http://datageo.ambiente.sp.gov.br/app/?ctx=DATAGEO
2.1.2
Mapeamento Olho Verde 1988/1989
O Mapeamento de Vegetação Natural do Estado de São Paulo - Olho Verde (1988/1989) foi
realizado a partir da classificação de imagens do satélite LANDSAT 5 TM entre os anos de
1988/1989 do Estado de São Paulo. As informações planimétricas foram extraídas das cartas
topográficas na escala 1:50.000 produzidas pelo IBGE, Instituto Geográfico e Geológico (IGG)
e Departamento de Serviços Geográficos do Exército.
Com base neste mapeamento é possível verificar a cobertura vegetal existente em 1988 no
Tamburu. Neste cenário, é possível afirmar que na propriedade Tamburu, no período
compreendido pelo mapeamento do Olho Verde não existiam remanescentes de vegetação
nativa que pudessem denotar supressão de vegetação (Mapeamento Olho Verde 1988/1989),
conforme apresentadas na Figura 2.3, obtidas do seguinte endereço eletrônico:
http://datageo.ambiente.sp.gov.br/app/?ctx=DATAGEO.
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Figura 2.3. A seta vermelha indica a localização do Tamburu. A partir deste mapeamento é possível afirmar que
não existiam remanescentes de vegetação natural no Tamburu. Fonte: Mapeamento Olho Verde dos
Remanescentes de Vegetação Natural do Estado de São Paulo 1988.
http://datageo.ambiente.sp.gov.br/app/?ctx=DATAGEO
2.1.3
Carta Topográfica IGC
A Carta do IGC que apresenta a propriedade do Tamburu em uma escala de 1:10.000, datada
de 1970, demonstra que nesta época já não existiam remanescentes de vegetação natural na
referida propriedade. Também demonstra claramente a ocorrência de duas edificações
(quadrado preto) conforme apontado na Figura 2.4.
A seta azul aplicada sobre a Figura 2.4 localiza os remanescentes de vegetação natural
existentes mais próximos do Tamburu. Baseado na legenda da carta (Figura 2.5), a
representação gráfica do local refere-se à presença de Mata, Floresta, Cerrado, Macega,
Caatinga.
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Figura 2.4. A linha vermelha indica os limites da propriedade do Tamburu. A partir deste mapeamento é possível
afirmar que não existiam remanescentes de vegetação natural no ano de 1970 no Tamburu. A seta azul indica o
local mais próximo de ocorrência de vegetação natural. Fonte: IGC - Cartas Topográficas 1:10.000
Data: 01/01/1970. http://datageo.ambiente.sp.gov.br/app/?ctx=DATAGEO
Figura 2.5. Legenda da carta do IGC 1:10.000 datada de 1970, demonstrando a ocorrência de elementos de
Mata, Floresta, Cerrado, Macega, Caatinga. Fonte: IGC - Cartas Topográficas 1:10.000 Data: 01/01/1970.
http://datageo.ambiente.sp.gov.br/app/?ctx=DATAGEO
CONCLUSÃO: Com base no mapeamento oficial proveniente do IGC já no ano de 1970 não
existiam remanescentes de vegetação natural no Tamburu.
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2.1.4
Regiões Fitoecológica RADAMBRASIL
Figura 2.6. Regiões fitoecológicas representativas na Praia da Enseada em Ubatuba. Os limites do Tamburu
encontram-se delineados com linha preta. Fonte: Projeto RadamBrasil (1983)
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2.1.5
SinBiota FAPESP Atlas 2.1
De acordo com o Atlas 2.1 do Projeto Sinbiota FAPESP, na propriedade Tamburu não existe
remanescente de vegetação natural, independente de seu grau de conservação, como
apresentado na Figura 2.7.
Figura 2.7. Mapeamento do Projeto Biota FAPESP indicando que não existem remanescentes de vegetação
nativa na propriedade analisada (a seta vermelha indica a localização do Tamburu). Fonte: Projeto Biota
FAPESP - Atlas 2.1.
CONCLUSÃO: Com base no mapeamento oficial proveniente do Atlas 2.1 do Projeto Sinbiota
FAPESP não existem remanescentes de vegetação natural original e/ou secundária no
Tamburu que pudessem ser creditados a supressão de vegetação nativa.
2.2
Aerofotos
Para avaliação da dinâmica do Uso do Solo existente no Tamburu, foram utilizadas fotografias
aéreas dos anos de 1962, 1973, 1977, 1979, 2010 e 2018 (Item 1.3.1). Através da
fotointerpretação destas imagens aéreas foram gerados mapas de Uso do Solo de cada
imagem analisada, onde procurou-se principalmente observar e constatar a existência de:
Tipos vegetacionais;
Vegetação nativa e suas diversas expressões de secundariedade destas formações
naturais;
Presença de cordões arenosos paralelos a linha de praia;
Vegetação exótica;
Edificações;
Áreas antropizadas.
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2.2.1
Aerofoto do ano de 1962
Através da fotointerpretação (Figura 2.9) foi possível observar os seguintes padrões de uso e
ocupação do solo, a saber: Área edificada 36,8 m2 representando 0,7% da área total da
propriedade, Vegetação herbácea antropizada 4.018,20 m2, representando 78,4% da área
total da propriedade, Árvores Isoladas 601,00 m2 representando 11,7% da área total da
propriedade e Solo exposto 473,10 m2 representando 9,2% da área total da propriedade.
No Tamburu, no ano de 1962, não foram identificados a ocorrência de Restinga bem como
remanescentes naturais de vegetação nativa, indicativos da presença de Floresta Alta/Baixa
de Restinga, Escrube de Restinga, vegetação fixadora de Dunas e/ou estabilizadora de
mangues. O padrão de distribuição da vegetação e de uso e ocupação do solo é semelhante
nas propriedades lindeiras ao Tamburu, onde também não foram identificados padrões
naturais de ocorrência de Restinga bem como suas formações vegetacionais associadas.
Figura 2.8. Aerofoto datada do ano de 1962 com localização do Tamburu: Fonte: Base
Aerofotogrametria S.A.
Figura 2.9. Mapa de Vegetação e Uso e Ocupação do Solo do Tamburu baseado em fotointerpretação
da Aerofoto datada do ano de 1962.
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2.2.2
Aerofoto do ano de 1973
Pode-se observar nesta fotografia de 1973 a ocorrência de vegetação herbácea sem padrão
definido, entremeadas por caminhamento de uso antrópico. O restante da cobertura do solo
refere-se à presença de vegetação de porte arbóreo (observada pela projeção das copas)
apresenta-se em tonalidade cinza, esta ultima localizada ao longo das divisas da propriedade
e próximo as edificações.
No Tamburu, no ano de 1973, não foram identificados a ocorrência de Restinga bem como
remanescentes naturais de vegetação nativa indicativos da presença de Floresta Alta/Baixa
de Restinga, Escrube de Restinga, vegetação fixadora de Dunas e/ou estabilizadora de
mangues. O padrão de distribuição da vegetação e de uso e ocupação do solo é semelhante
nas propriedades lindeiras ao Tamburu, onde também não foram identificados padrões
naturais de ocorrência de Restinga bem como suas formações vegetacionais associadas.
Figura 2.10. Aerofoto datada do ano de 1973 com localização do Tamburu: Fonte: Base
Aerofotogrametria S.A.
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2.2.3
Aerofoto do ano de 1977
Pode-se observar nesta fotografia de 1977 o mesmo padrão de Vegetação e Uso do Solo do
ano de 1973, embora os indivíduos arbóreos isolados apresentem copa de maior tamanho.
Existe a ocorrência de vegetação herbácea rasteira, sem padrão definido, entremeadas por
caminhamento de uso antrópico. O restante da cobertura do solo refere-se à presença de
vegetação de porte arbóreo (observada pela projeção das copas) apresentando-se em
tonalidade cinza, esta ultima localizada ao longo das divisas da propriedade e próximo as
edificações.
No Tamburu, no ano de 1977, não foram identificados a ocorrência de Restinga bem como
remanescentes naturais de vegetação nativa indicativos da presença de Floresta Alta/Baixa
de Restinga, Escrube de Restinga, vegetação fixadora de Dunas e/ou estabilizadora de
mangues. O padrão de distribuição da vegetação e de uso e ocupação do solo é semelhante
nas propriedades lindeiras ao Tamburu, onde também não foram identificados padrões
naturais de ocorrência de Restinga bem como suas formações vegetacionais associadas.
Figura 2.12. Aerofoto datada do ano de 1977 com localização do Tamburu: Fonte: Base
Aerofotogrametria S.A.
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TAMBURU, TAMBURUTACAS ENSEADA SPE LTDA, PRAIA DA ENSEADA, UBATUBA, SP
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RESIDENCIAL TAMBURU, TAMBURUTACAS ENSEADA SPE LTDA, PRAIA DA ENSEADA,
UBATUBA, SP
2.2.4
Aerofoto do ano de 1979
No Tamburu, no ano de 1979, não foram identificados a ocorrência de Restinga bem como
remanescentes naturais de vegetação nativa indicativos da presença de Floresta Alta/Baixa
de Restinga, Escrube de Restinga, vegetação fixadora de Dunas e/ou estabilizadora de
mangues. O padrão de distribuição da vegetação e de uso e ocupação do solo é semelhante
nas propriedades lindeiras ao Tamburu, onde também não foram identificados padrões
naturais de ocorrência de Restinga bem como suas formações vegetacionais associadas.
Figura 2.14. Aerofoto datada do ano de 1979 com localização do Tamburu: Fonte: Base
Aerofotogrametria S.A.
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2.2.5
Aerofoto do ano de 2010
Pode-se observar nesta fotografia de 2010 mesmo padrão de Vegetação e Uso do Solo dos
anos anteriores. A vegetação herbácea rasteira, sem padrão definido continua sendo o
padrão de recobrimento vegetal de maior amplitude do Tamburu. O restante da cobertura do
solo refere-se à presença de vegetação de porte arbóreo (observada pela projeção das
copas) apresentando-se em diferentes tonalidades de cinza e diferentes formatações. A
maior parte destes indivíduos arbóreos já se encontravam plantados na foto de 1962 a
1979.
No Tamburu, no ano de 2010, não foram identificados a ocorrência de Restinga bem como
remanescentes naturais de vegetação nativa indicativos da presença de Floresta Alta/Baixa
de Restinga, Escrube de Restinga, vegetação fixadora de Dunas e/ou estabilizadora de
mangues. O padrão de distribuição da vegetação e de uso e ocupação do solo é semelhante
nas propriedades lindeiras ao Tamburu, onde também não foram identificados padrões
naturais de ocorrência de Restinga bem como suas formações vegetacionais associadas.
Figura 2.16. Aerofoto datada do ano de 2010 com localização do Tamburu: Fonte: Base
Aerofotogrametria S.A.
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2.2.6
Aerofoto do ano de 2018
No Tamburu, no ano de 2018, não foram identificados a ocorrência de Restinga bem como
remanescentes naturais de vegetação nativa indicativos da presença de Floresta Alta/Baixa
de Restinga, Escrube de Restinga, vegetação fixadora de Dunas e/ou estabilizadora de
mangues. O padrão de distribuição da vegetação e de uso e ocupação do solo é semelhante
nas propriedades lindeiras ao Tamburu, onde também não foram identificados padrões
naturais de ocorrência de Restinga bem como suas formações vegetacionais associadas.
Figura 2.18. Imagem de Satélite datada do ano de 2018 com localização do Tamburu: Fonte: GeoEye
2018.
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2.3
Outras Mídias
2.3.1
Banco Dados Prefeitura de Ubatuba
Foi obitida junto a Prefeitura Municipal de Ubatuba a imagem aérea n0 4893-4017 (TIFFTAO
2014/03/2018 OrthoVista, conforme segue abaixo:
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2.3.2
Fotografias Aéreas por VANTS 2019
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2.4
Consolidação do Mapeamento da Vegetação e Uso e Ocupação do Solo do Tamburu
Tabela 2.1. Dinâmica de recobrimento da vegetação e do Uso do Solo entre os anos de 1962
a 2018 em Tamburu, Ubatuba, SP, com base na fotointerpretação de fotografias aéreas e
imagens de satélites.
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3.0
Considerações sobre a Tipologia e Originalidade da Vegetação no Tamburu
3.1
Da ocorrência natural de indivíduos arbóreos na faixa lindeira a preamar
Figura 3.1. Seção esquemática mostrando a distribuição do substrato geológico e das fisionomias de vegetação
associadas para o litoral paulista. A seta verde indica a posição aproximada da localização da propriedade do
Tamburu nesta sequência esquemática. Fonte: modificado de Souza et al 2008.
Com base na Figura 3.1, solos arenosos de deposição recente não apresentam aporte
orgânico suficiente para a manutenção de indivíduos arbóreos de grande porte. Naturalmente,
nestes ambientes, a vegetação original é herbácea, rasteira e rala, típica de praias e dunas.
Posteriormente ocorre o Escrube de Restinga, formação herbáceo/arbustiva, com padrão de
distribuição uniforme, entremeados por afloramentos arenosos, facilmente identificados em
fotografias aéreas, tal como apresentado no Item 1.3.3.
Dentro deste cenário, baseado em uma análise hipotética, caso Tamburu estivesse inserido
em ambiente de Restinga, deveria estar localizado no primeiro segmento, entre a linha de
maré e os primeiros cordões arenosos (Figura 3.1). Portanto, sua vegetação natural original
deveria ser constituída por indivíduos de porte herbáceo rasteiro e não indivíduos arbóreos,
com altura estimada entre 10-15m, que é o padrão documentado, desde 1962, de
recobrimento do solo em Tamburu.
1
Souza, C.R.G; Hiruma, S.T.; Sallun, A.E.M.; Ribeiro, R.R. e Sobrinho, J.M.A..“Restinga”: Conceitos e Empregos do
Termo no Brasil e Implicações na Legislação Ambiental. São Paulo: Instituto Geológico, 2008. 104 p.
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Deste modo fica evidente que, apesar de comprovado pela análise da serie história de
fotografias aéreas, os indivíduos arbóreos isolados existentes na propriedade Tamburu não
são remanescentes do ecossistema original de Restinga. Este fato é corroborado pelo
levantamento atual em campo, onde foi possível identificar a maioria dos indivíduos arbóreos
isolados plantados que aparecem na fotografia aérea de 1979, com a predominância de
espécimes exóticas tal qual o Coqueiro C. nucifera, o Chapéu-de-sol T. catappa e a
Mangueira M. indica.
Em relação à supressão de vegetação, a composição arbórea não foi alterada entre 1962 e
2019, como pode ser observado na Tabela 2.1. Conclui-se que na propriedade não ocorreu
perda significativa de indivíduos arbóreos isolados exóticos que pudessem denotar supressão
de vegetação.
3.2
Da ocorrência natural de vegetação Herbáceo/Arbustiva típica de Restinga
Para tanto adotemos como padrão a fotografia de 1979 (Item 2.3.4) que apresenta resolução
de 1:8.000 bem como a de 2014 (Item 3.3.1) proveniente da Prefeitura Municipal de Ubatuba.
Nestes dois cenários é possível afirmar que a vegetação arbustivo/arbórea existente no
Tamburu é um subproduto das intervenções humanas ocorridas na propriedade desde a sua
ocupação, que remonta mais de 60 anos. É facilmente observável e identificável a presença
de plantações de banana, formando pequenas aglomerações, bem como maciços de capins
exóticos (identificável e distinguível dos de ocorrência natural em função da sua altura e forma
de aglomeração) por toda a propriedade, alem dos espécimes arbóreos exóticos.
Neste caso, pode-se afirmar que a vegetação herbáceo/arbustiva presente no Tamburu, trata-
se de vegetação exótica de porte ruderal, remanescente do abandono da propriedade em
termos horticulturais. Portanto, não existe impeditivo legal para a supressão de vegetação
herbácea ruderal, de origem antrópica, não recaindo sobre ela a incidência de APP de
Restinga.
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3.3
Conclusão
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4.0
ANEXOS
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