Catarina TT
Catarina TT
Catarina TT
Cadeira de TT II
Trabalho 1
Universidade Rovuma
Extensao de Cabo Delgado
2023
Catarina Damião
Cadeira de TT II
Trabalho 1
Universidade Rovuma
Extensao de Cabo Delgado
2023
Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Acções que devem ser lavadas a cabo para a promoção da igualdade de género.............8
Conclusão........................................................................................................................15
Referências bibliográficas...............................................................................................16
Introdução
O presente trabalho é uma proposta de debate que tem por objetivo:
A Igualdade de Género exige que, numa sociedade, homens e mulheres gozem das
mesmas oportunidades, rendimentos, direitos e obrigações em todas as áreas.
• No acesso à educação;
• No acesso à saúde;
•As mulheres ocupam uma posição desigual no que diz respeito ao trabalho
remunerado, nomeadamente no que diz respeito a dificuldades na gestão do tempo,
decorrentes das exigências sociais (ainda) impostas nos cuidados prestados à família;
•Pese embora a legislação em vigor garanta a Igualdade de Oportunidades entre
mulheres e homens no mercado de trabalho, na prática ainda se verificam expectativas
diferenciadas para mulheres e homens, decorrentes de estereótipos e papéis sociais de
género;
[...] ficariam sem exame não apenas as múltiplas formas que podem
assumir as masculinidades e as feminilidades, como também as
complexas redes de poder que (através das instituições, dos discursos,
dos códigos, das práticas e dos símbolos...) constituem hierarquias entre
os gêneros. A pretensão é, então, entender o gênero como constituinte da
identidade dos sujeitos (LOURO, 1997, p. 24).
Segundo Frota (2012, p. 56), Joan Scott, reafirma haver “uma relação lógica paradoxal
entre “igualdade” e “diferença”, identidade individual e identidade coletiva e propõe o
conjunto de paradoxos como “núcleo duro” do campo novo de estudo, denominado de
gênero e feminino [...]”. Essa noção de pertença a determinados segmentos sociais, os
quais agregam violentas e multifacetadas exclusões, deve partir da própria mulher,
privilegiando a forma como ela forja a sua identidade e se situa como protagonista de
sua vida no bojo das relações sociais.
Acções que devem ser lavadas a cabo para a promoção da igualdade de género
Gênero, sexualidade e currículo Este segundo programa pretende discutir como os
currículos e as práticas escolares atuam na produção e na reprodução das relações de
gênero socialmente construídas, pautando-se por relações desiguais de poder. Nesse
sentido, os conteúdos ministrados nas diversas disciplinas, as rotinas, a utilização dos
espaços, as atividades propostas nas instituições escolares, as sanções, as linguagens,
muitas vezes, promovem ou reforçam concepções naturalizadas em torno das
masculinidades e feminilidades, na interface com as identidades sexuais.
Educação para a sexualidade: uma proposta de formação docente Este terceiro programa
pretende apresentar experiências de formação inicial e continuada de professores/as, em
seus diversos níveis (Educação Infantil, Ensino Médio e Ensino Superior), que estão
sendo desenvolvidas em diferentes locais do país, cuja ênfase recai sobre os processos
históricos, sociais e culturais que delineiam as identidades de gênero e as identidades
sexuais. Nessas formações, são abordados temas como história do corpo e da
sexualidade, história de diversos movimentos sociais – de mulheres, negros, de gays e
lésbicas –, história do amor romântico e do casamento, novas formas de conjugalidade,
maternidade como aprisionamento, paternidade, dentre outros. Desse modo, amplia-se a
discussão além do viés meramente biológico e de prevenção. Tais propostas apontam
subsídios para se trabalhar com a temática da diversidade sexual por dentro das várias
disciplinas (Língua Portuguesa, Matemática, Filosofia, Artes, etc.).
Educação para a sexualidade: uma proposta de formação docente Este terceiro programa
pretende apresentar experiências de formação inicial e continuada de professores/as, em
seus diversos níveis (Educação Infantil, Ensino Médio e Ensino Superior), que estão
sendo desenvolvidas em diferentes locais do país, cuja ênfase recai sobre os processos
históricos, sociais e culturais que delineiam as identidades de gênero e as identidades
sexuais. Nessas formações, são abordados temas como história do corpo e da
sexualidade, história de diversos movimentos sociais – de mulheres, negros, de gays e
lésbicas –, história do amor romântico e do casamento, novas formas de conjugalidade,
maternidade como aprisionamento, paternidade, dentre outros. Desse modo, amplia-se a
discussão além do viés meramente biológico e de prevenção. Tais propostas apontam
subsídios para se trabalhar com a temática da diversidade sexual por dentro das várias
disciplinas (Língua Portuguesa, Matemática, Filosofia, Artes, etc.).
Educação para a sexualidade: uma proposta de formação docente Este terceiro programa
pretende apresentar experiências de formação inicial e continuada de professores/as, em
seus diversos níveis (Educação Infantil, Ensino Médio e Ensino Superior), que estão
sendo desenvolvidas em diferentes locais do país, cuja ênfase recai sobre os processos
históricos, sociais e culturais que delineiam as identidades de gênero e as identidades
sexuais.
Nesses campos eles assumem uma grande importância, uma vez que a produção dessas
identidades e, também, das diferenciações e desigualdades sociais delas decorrentes
resulta, na maioria das vezes, de pedagogias que envolvem estratégias sutis, refinadas e
naturalizadas, exaustivamente repetidas e atualizadas na cultura, que quase não
percebemos como sendo educativas (MEYER, 2006b, no prelo).
O propósito neste texto é, então, voltar o olhar para o espaço escolar propriamente dito,
uma vez que a instituição escola que conhecemos (e na qual muitos/as de nós
trabalhamos) esteve, ao longo do tempo e nas diferentes sociedades e culturas ocidentais
modernas, envolvida com projetos de formação de determinados tipos de pessoas ou de
identidades sociais: bons cristãos; bons trabalhadores, bons cidadãos e estes termos não
significavam exatamente as mesmas coisas quando essa educação escolar era dirigida
para homens ou mulheres ou era desenvolvida em tempos e espaços diversos.
Esta função “formativa” da escola parece ter sido bem mais importante do que a mera
transmissão de determinados conhecimentos em sentido estrito, e é esse seu
envolvimento com a produção de identidades sociais que faz com ela continue sendo,
ainda hoje, um espaço institucional constantemente disputado pelas mais diferentes
vertentes políticas e por distintos movimentos sociais.
Nesse sentido, a escola é tanto uma instituição na qual convivem, de forma nem sempre
harmoniosa, diferentes grupos e identidades sociais, quanto é uma instância em que se
disputam significados que produzem, atualizam e modificam algumas dessas
identidades. Por isso a escola é um espaço social complexo e plural na qual interagem
fatores internos e externos à instituição.
Tendo estes conceitos presentes, volto à questão antes colocada: o que nós, educadores
e educadoras, podemos aprender com isto? Penso que, num primeiro momento, eles nos
instigam a analisar os processos, as estratégias e as práticas sociais que nos constroem
como sujeitos de gênero e sexuais. A pergunta norteadora, aqui, é: como vimos a nos
tornar o que somos? E como funcionam os mecanismos de diferenciação e de
hierarquização que, nesse processo de tornar-se, desigualam sujeitos em função de seu
gênero e de suas práticas sexuais? Essas são duas perguntas importantes para quem
pretende investir em intervenções que permitam modificar, minimamente, as relações de
gênero e sexuais que se desenvolvem na sociedade em que vivemos.
E pensar dessa forma, a partir desses conceitos e do que eles nos sugerem considerar,
colocanos a necessidade de questionar não só os conhecimentos e saberes com que
lidamos mas, também, a desenvolver a sensibilidade para perceber o sexismo, o racismo
e a discriminação que estes saberes veiculam, constroem e ajudam a manter.
Entendemos melhor quem tem autoridade para dizer o que, de quem e em que
condições. E isso nos ajuda a reconhecer como estamos, nós mesmas, profissionais da
educação, inscritas nesses processos de nomeação em que a diferença é hierarquizada e
transformada em desigualdade. E, ao mesmo tempo, isso aponta para a dimensão
política que reside na problematização de práticas aparentemente banais, como essas
que foram relatadas nos depoimentos que aqui apresentei.
Conclusão
A autora conlui que uma vez que a instituição escola que conhecemos (e na qual
muitos/as de nós trabalhamos) esteve, ao longo do tempo e nas diferentes sociedades e
culturas ocidentais modernas, envolvida com projetos de formação de determinados
tipos de pessoas ou de identidades sociais: bons cristãos; bons trabalhadores, bons
cidadãos e estes termos não significavam exatamente as mesmas coisas quando essa
educação escolar era dirigida para homens ou mulheres ou era desenvolvida em tempos
e espaços diversos.
Esta função “formativa” da escola parece ter sido bem mais importante do que a mera
transmissão de determinados conhecimentos em sentido estrito, e é esse seu
envolvimento com a produção de identidades sociais que faz com ela continue sendo,
ainda hoje, um espaço institucional constantemente disputado pelas mais diferentes
vertentes políticas e por distintos movimentos sociais.
Referências bibliográficas
1. Louro, Guacira. 1999. Pedagogias da Sexualidade. In: Louro, G. L. O corpo
educado. Pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica.
2. Louro, G. L. 2001.Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva
pósestruturalista. 4a .ed. Petrópolis: Vozes.
3. Meyer, D. E. E & Mello, D. F & Valadão, M. M & Ayres, J. R. C. M. 2006.
"Você aprende. A gente ensina?" Interrogando relações entre educação e saúde
desde a perspectiva da vulnerabilidade. Cadernos de Saúde Pública, v. 22, p.
1.335 – 1.342.
4. Meyer, D. E. E. 2005. Corpo, violência e educação. Anais da 28ª Reunião Anual
da ANPED, realizada em Caxambu/MG, no período de 16 a 19 de outubro.
5. Meyer, D. E. E. 2005.Gênero e educação: teoria e política. In: Corpo, Gênero e
Sexualidade. 2 ed. Petrópolis: Vozes,