Aula 21 - Prof Lígia Carvalheiro: EBSERH (Enfermeiro) Conhecimentos Específicos - 2023 (Pré-Edital)
Aula 21 - Prof Lígia Carvalheiro: EBSERH (Enfermeiro) Conhecimentos Específicos - 2023 (Pré-Edital)
Aula 21 - Prof Lígia Carvalheiro: EBSERH (Enfermeiro) Conhecimentos Específicos - 2023 (Pré-Edital)
Carvalheiro
EBSERH (Enfermeiro) Conhecimentos
Específicos - 2023 (Pré-Edital)
Autor:
Thaysa Vianna, Breno da Silva
Caldas Júnior, Guilherme
Gasparini, Ligia Carvalheiro
Fernandes
20 de Junho de 2023
SUMÁRIO
Informações iniciais..........................................................................................................................................2
1. Processo de Enfermagem............................................................................................................................3
1.1 - Introdução..........................................................................................................................................3
1.2 - Resolução COFEN 358/09.................................................................................................................5
1.3 - Anamnese e Exame físico.................................................................................................................. 9
1.3.1– Análise quali e quantitativa....................................................................................................... 9
1.3.2 – Segmentos corporais..............................................................................................................11
1.3.3 – Técnicas e sinais específicos...................................................................................................24
1.4 - Instrumentos para o processo de Enfermagem...............................................................................26
1.4.1 – NANDA.................................................................................................................................. 26
1.4.2 – CIPE........................................................................................................................................34
1.4.3 – CIPESC................................................................................................................................... 36
1.4.4 – NOC....................................................................................................................................... 37
1.4.5 – NIC......................................................................................................................................... 39
1.5 - SAEP................................................................................................................................................ 41
Questões comentadas................................................................................................................................... 45
Lista de Questões.......................................................................................................................................... 69
Gabarito.........................................................................................................................................................82
Aprese
INFORMAÇÕES INICIAIS
Tantas coisas podem estar nesta aula! Basicamente, temos o
próprio processo de enfermagem, atualmente descrito na
COFEN 358/09, com suas particularidades, no entanto, cada
fase revela um mundo de possibilidades de cobranças nas
provas.
Você já deve conhecer meu estilo de aula. Procuro ser objetiva
ao máximo para que consiga ganhar tempo para estudar todas
as disciplinas, no entanto, mantenho o equilíbrio do conteúdo
que é realmente necessário em cada aula. Como forma
complementar, você terá exercícios que vão, não somente fixar
o que foi visto, como também acrescentar detalhes que
poderão te surpreender na prova.
A aula não contém NADA de autoria própria, mas são trechos
de importantes referências, como ilustradas abaixo. Esta
resolução está para ser alterada e, assim que ocorrer, a aula
será atualizada.
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou
sugestões.
E-mail: licarfe@gmail.com
Instagram: https://www.instagram.com/enfermagemesus
Youtube: https://www.youtube.com/@enfermagemesus
[etc].
1. PROCESSO DE ENFERMAGEM
1.1 - Introdução
No Brasil, o PE foi introduzido pela Professora Wanda de Aguiar Horta, na década de 1970, que o
definiu como a dinâmica das ações sistematizadas e inter -relacionadas, visando a assistência ao
ser humano. Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos
(Horta, 1979). Na perspectiva de Horta (1979) e neste guia, ser humano ou pessoa refere-se ao
indivíduo, família (ou pessoa significante), grupo e comunidade que necessitam dos cuidados de
enfermagem.
Primeiro de tudo, entenda que o PROCESSO DE ENFERMAGEM, tão confundido
com a própria Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), é apenas
uma PARTE DELA. A SAE é algo maior, envolve todo o conjunto de ações,
ambiente, profissionais e recursos que permite a execução do Processo de
Enfermagem.
A Sistematização da Assistência de Enfermagem, organiza o trabalho profissional, inclui as
escalas de trabalho, rotinas, manuais, protocolos, dentre tantos outros documentos e dá
possibilidades para a atuação do Processo de Enfermagem.
Em outras palavras, a SAE é:
uma ferramenta que favorece a melhora da prática uma metodologia científica que vem sendo cada
assistencial com base no conhecimento, no vez mais implementada na prática assistencial,
pensamento e na tomada de decisão clínica com o conferindo maior segurança aos pacientes,
suporte de evidências científicas, obtidas a partir melhora da qualidade da assistência e maior
da avaliação dos dados subjetivos e objetivos do autonomia aos profissionais de enfermagem.
indivíduo, da família e da comunidade.
/
Sendo assim, os enfermeiros precisam, cada vez mais, de conhecimentos acerca das teorias de
enfermagem, do PE, de semiologia, de fisiologia, de patologia, além das habilidades necessárias
para gerenciarem as unidades efetivamente. Além disso, é importante investir em educação
permanente de todos os profissionais envolvidos no processo.
O PE tem como propósito, para o cuidado, oferecer uma estrutura na qual as necessidades
individualizadas da pessoa (indivíduo, família, grupos, comunidades), possam ser satisfeitas. Para
tanto, deve ser:
• Intencional: voltado para uma meta a ser alcançada.
• Sistemático: utilizando uma abordagem organizada em fases para atingir o seu propósito.
Promove a qualidade do cuidado, pois evita os problemas associados somente à intuição, ou à
produção de cuidados rotineiros.
• Dinâmico: envolvendo mudanças contínuas, de acordo com o estado da pessoa, identificadas
na relação enfermeiro-pessoa; é um processo ininterrupto.
• Interativo: baseando-se nas relações recíprocas que se dão entre enfermeiro-pessoa,
enfermeiro-família, enfermeiro-demais profissionais que prestam o cuidado como médico,
fisioterapeuta, assistente social, psicólogo, dentre outros.
• Flexível: pode ser aplicado em dois contextos: em qualquer local e prestação do cuidado e
para qualquer especialidade; suas fases podem ser usadas de modo sequencial ou concomitante,
por exemplo, ao mesmo tempo em que o enfermeiro implementar o plano de cuidado (oferece o
cuidado), ele pode estar reavaliando a pessoa e realizando novos diagnósticos.
• Baseado em teoria(s): isto é, teorias ou modelos teóricos da área de enfermagem e de outras
áreas.
São elas:
Trocar curativo Limpar área com A cada 24 horas. Dreno pelas próximas 48
clorexidina Caso detecte sinais horas.
6
IV – Implementação
Realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem.
A elaboração aprazada da prescrição de enfermagem é privativa do enfermeiro, mas deve ser
executada por toda a equipe de enfermagem.
V – Avaliação de Enfermagem
Processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da
pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para
determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de
verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem.
Se no planejamento, utiliza-se a NIC para elencar as intervenções necessárias, na avaliação,
utiliza-se a NOC (Classificação de Resultados de Enfermagem) que avalia as respostas que o
paciente apresentou.
A NOC identifica piora, manutenção da condição ou melhora. Utiliza-se de uma escala que, de
um extremo a outro, apresenta resultados opostos. Ex. Gravemente comprometido versus não
comprometido. Como o Processo de Enfermagem é dinâmico, dependendo da avaliação de
enfermagem, os diagnósticos serão novamente revistos e o planejamento e implementação
também poderão sofrer alterações a cada avaliação.
Na avaliação/evolução as seguintes perguntas devem ser feitas: Os resultados
esperados foram alcançados? Os indicadores se modificaram? Se não, por quê?
Nesta análise, vários fatores devem ser considerados: O diagnóstico de partida
era acurado? As intervenções/atividades de enfermagem foram apropriadas
para modificar os fatores que contribuem para a existência do diagnóstico? As
intervenções/atividades alteraram as manifestações do diagnóstico? Assim, a
avaliação/evolução exige a revisão do plano de cuidados no que concerne aos
diagnósticos de enfermagem, os resultados esperados e alcançados e as
intervenções/atividades de enfermagem implementadas.
Lembre-se: a realização dessa etapa pelo enfermeiro deve ser subsidiada por um novo exame
físico, por anotações, por respostas do paciente, por comunicações entre a equipe
multidisciplinar e por resultados de exames, com a finalidade de serem adotadas as melhores
estratégias de cuidado no período que sucede a sua ocorrência. Assim, o profissional tem
embasamento para selecionar os cuidados a serem mantidos, os que serão modificados e
aqueles que já podem ser encerrados, uma vez que os resultados esperados já foram alcançados.
Art. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num SUPORTE TEÓRICO que oriente a
coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações
7
C Histórico de Enfermagem
D Implementação
Comentários
Conforme a Resolução 358/09:
I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo deliberado,
sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por
finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre
suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. (Alternativa “C” correta”)
As outras etapas são outras definições e, por isso, as alternativas “A, B, D” estão erradas.
II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos dados
coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos
diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa,
família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que
constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os
resultados esperados.
III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar; e das
ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família
ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na
etapa de Diagnóstico de Enfermagem.
IV – Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de
Planejamento de Enfermagem.
V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de
mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do
processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram
o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas
do Processo de Enfermagem.
Alternativa: C.
3) Antecedentes de saúde
4) Antecedentes familiares
5) Hábitos de vida
6) Histórico social.
Além disso, lembre-se que os dados podem ser:
Válidos: aqueles que representam as propriedades da resposta humana que está sendo julgada;
como exemplo, o relato verbal de dor.
Confiáveis: obtidos por meio de instrumentos acurados e que são representativos da resposta
humana; neste caso, pode-se considerar desde a utilização de equipamentos calibrados, como
uma balança ou esfigmomanômetro.
Relevantes: são os dados válidos, porém levando-se em conta o propósito a coleta de dados; por
exemplo, a observação da presença de edema pode ser um dado válido para o diagnóstico
Débito Cardíaco Diminuído, porém a informação de que ele ocorre ao final do dia torna o dado
pouco relevante para esse diagnóstico.
Complementar à ANAMNESE, tem-se que o EXAME FÍSICO fornece uma visão do paciente
como um todo, não segmentada. É dividido em duas partes: qualitativo e quantitativo.
QUALITATIVO
➔ Avaliação do estado geral:
➔ Avaliação subjetiva do que aparenta o paciente, em sua totalidade: nível de consciência,
fácies, fala, confusão mental, mobilidade, entre outros.
O paciente pode estar em bom estado geral (BEG), regular estado geral (REG) ou mau estado
geral (MEG).
➔ Avaliação do grau de palidez:
Observar mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal e palma das mãos. O
paciente pode estar corado (mais avermelhado) ou descorado. Caso se encontre descorado,
classifique o grau (em cruzes).
➔ Avaliação do grau de hidratação:
Observar umidificação da mucosa oral, globo ocular e turgor da pele. O paciente pode estar
hidratado ou desidratado. Caso se encontre desidratado, classificar o grau (em cruzes).
➔ Avaliação da presença de icterícia:
Observar coloração da palma da mão, esclera e freio da língua. A esclera de pacientes idosos e
negros pode ter um tom amarronzado, devido a uma hiperpigmentação normal observada neles.
10
Para facilitar a percepção da presença de icterícia, nestes pacientes, portanto, deve-se observar a
porção da esclera que não fica exposta normalmente à luz (de baixo da pálpebra). O paciente
pode estar ictérico ou anictérico. Caso se encontre ictérico, classificar o grau (em cruzes).
➔ Avaliação da presença de cianose:
Observar uma coloração mais azulada no lábio, leito ungueal, e outras extremidades (cianose)
que é indicativa de redução da oxigenação do sangue ou de redução da perfusão sanguínea.
Então cuidado! O paciente pode estar com a coloração mais azulada por um hipoperfusão
sanguínea em razão de frio (cianose periférica causada pela vasoconstrição periférica induzida
pelo frio), neste caso, tente esquentar a mão do paciente e observar se melhora. O paciente
pode estar cianótico ou acianótico.
QUALITATIVO
Nessa etapa iremos avaliar aspectos mensuráveis do paciente. Como medidas de pressão
arterial, peso, altura, IMC, circunferência abdominal, frequência cardíaca, pulsação e frequência
respiratória. O que for mais relevante, veremos em detalhes.
11
BOCA
Observar: lábios, gengivas, dentes e língua. Para examinar a garganta: peça para o paciente dizer
“- Aaahhh”. Pode ser necessário o uso de um abaixador de língua – pressionando o terço médio
da língua (ele não deve ser colocado mais posteriormente, pois pode provocar reflexo de vômito
ou contração da língua). Note a presença de alterações de coloração, secreção e placas, que
podem indicar processos infecciosos.
CADEIAS LINFONODAIS
A palpação de linfonodos deve ser feita fazendo movimentos circulares com os dedos, movendo
a pele sobre os linfonodos das principais cadeias. Verifique a consistência, queixa de dor e etc.
TIREOIDE
Palpação para percepção de nódulos.
CARÓTIDA E VEIA JUGULAR
Apesar de situadas no pescoço, o exame das carótidas pode ser feito juntamente com o Exame
Cardíaco. Mas, em suma, deve-se atentar para o fato de ingurgitamento da veia jugular interna (o
paciente deve ficar em decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 45º).
PULMONAR
O exame pulmonar é dividido em inspeção (estática e dinâmica),
palpação, percussão e ausculta.
Para se realizar o exame do tórax e dos pulmões, o paciente deve estar
preferencialmente despido até a cintura e sentado. Além disso, o
examinador, durante o exame, deve buscar comparar duas regiões
simétricas do pulmão, pois isso permite encontrar alterações que
podem estar presentes em apenas um dos pulmões.
12
INSPEÇÃO
➔ ESTÁTICA: olhar a aparência do tórax. Se o paciente possui desvios da coluna (escoliose –
uma espécie de “S”; cifose – uma espécie de corcunda; e lordose – uma entrada
aprofundada na coluna lombar).
Além disso, no exame estático, deve-se observar a estrutura do esterno, das costelas e das
vértebras, pois isso pode ser indicativo de certas alterações estruturais como: o pectus excavatum
(tórax escavado ou “tórax de sapateiro”), no qual há a inversão da concavidade do esterno, ou o
tórax em barril, que apresenta uma retificação das colunas vertebrais e elevação do esterno (tórax
comum em enfisematosos).
➔ DINÂMICA: definição do padrão respiratório do paciente:
1. Eupneico: respiração normal sem dificuldades e com frequência normal (Adulto: 12-20 ipm)
2. Taquipnéia: respiração com frequência aumentada. (Adulto: > 20 ipm)
3. Bradipnéia: respiração com frequência diminuída. (Adulto: < 20 ipm)
Vamos aprofundar nos ritmos respiratórios.
Principais ritmos respiratórios alterados
➔ RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES
É um ritmo respiratório por um período com incursões que aumentam progressivamente de
amplitude até o seu máximo, seguidas de diminuição do seu ritmo até a apneia. Nessa última
fase, observam-se diminuição do tônus do paciente, pupilas mióticas e resposta mínima a
estímulos externos. Está relacionada a lesões cerebrais difusas ou nos hemisférios.
➔ HIPERPNEIA
É caracterizada por respirações profundas e rápidas, causadas principalmente por acidose
metabólica, coma, infarto agudo do miocárdio, lesão de ponte e ansiedade.
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➔ APNEIA
Na apneia ocorre a interrupção da respiração, é observada em disfunções do SNC, fadiga
muscular, obstrução de vias aéreas ou distúrbio da condução neural.
As apneias de origem obstrutiva apresentam mobilidade da caixa torácica, mas não há fluxo de
ar. Já nas de origem central, indicação absoluta de entubação traqueal, não se observa fluxo de
ar nem movimentação da caixa torácica.
➔ RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL
A respiração de Kussmaul é composta por quatro fases. A primeira, é caracterizada por
inspirações ruidosas, a segunda por apneia em inspiração, a terceira por expiração ruidosa e,
finalmente, a quarta, apneia em expiração. Dentre as suas possíveis causas, a principal é a
vigência de acidose, com destaque para a acidose diabética, complicação possível da Diabetes
Melitus, principalmente do tipo I (DM1).
ATENÇÃO!
Atenção aos termos técnicos quanto à avaliação da frequência e qualidade do pulso.
BRADICARDIA: frequência cardíaca abaixo do BRADISFIGMIA: PULSO FINO e bradicárdico.
normal.
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encontra-se aquela que se caracteriza por inspirações ruidosas seguida de apneia em inspiração,
expiração ruidosa e apneia em expiração. Essa alteração é conhecida por
A Cheyne-Stokes.
B Kussmaul.
C Biot.
D Ortopneia.
Comentários
Exatamente a descrição de Kussmaul. Veja que as alternativas cobram as demais possibilidades já
vistas e, portanto, demanda seu conhecimento. Lembre-se, como acréscimo, que a Ortopneia é a
dificuldade respiratória que ocorre quando a pessoa está deitada, fazendo com que a pessoa
tenha que dormir elevada na cama ou sentada.
Alternativa: B.
PALPAÇÃO: A realização da palpação pode ser dividida em duas fases, sendo elas:
Expansibilidade: pela verificação por meio dos Frêmito Toracovocal (FTV): define a vibração sentida
movimentos inspiratórios e expiratórios profundos, quando o paciente emite um som estridente, como
devendo ambos lados estarem com expansibilidade quando requisitado a falar “33”. Isso é importante, pois
simétrica (as duas mãos devem fazer a mesma auxilia no diagnóstico de processos patológicos, tais
amplitude de movimento). como derrame pleural ou consolidações pulmonares.
Deve-se repetir o processo mais duas vezes até a base
(aproximadamente até a vértebra T12). Nos derrames, o frêmito se encontra diminuído devido
Procura-se com isso encontrar assimetrias entre os ao fato de haver líquido entre a pleura e o pulmão,
campos pulmonares (direito ou esquerdo) e entre os dificultando a propagação do som até a parede
terços pulmonares (superior, médio e inferior). torácica, enquanto que, nas consolidações (uma
espécie de “massa”), ex.: pneumonia ou tumor, o som
encontra-se aumentado, posto que o meio sólido da
consolidação permite maior transmissibilidade por meio
da árvore brônquica.
PERCUSSÃO:
A percussão deve ser realizada com a mão dominante, usando-se a falange distal (ponta do
dedo) do terceiro dedo sobre o segundo ou terceiro dedo da outra mão, que deve estar
inteiramente em contato com a pele e com os dedos bem separados. Você irá prosseguir
batendo a falange contra os outros dedos realizando-se sempre a comparação entre os sons
produzidos na porção de um hemitórax com a do outro hemitórax.
AUSCULTA
Durante este momento, os pacientes devem realizar inspirações e expirações profundas com a
boca entreaberta, sem realizar barulho, uma vez que isso pode gerar alguns ruídos adventícios
(sons anormais e não esperados num exame normal).
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A figura a seguir demonstra uma ordem lógica e completa da realização da ausculta pulmonar,
tanto na região anterior, quanto posterior.
Os sons respiratórios normais podem ser classificados
como: som traqueal, respiração brônquica e
MURMÚRIOS VESICULARES. Os murmúrios vesiculares
são o som normal escutado no pulmão. Representa o
som causado pela entrada e saída de ar dos pulmões.
Pode estar ausente ou diminuído (se houver algo que
obstrua seu caminho, ou ainda impeça que o ar entre e
saia do pulmão).
Em situações patológicas é possível auscultar RUÍDOS ADVENTÍCIOS (sons anormais),
indicativos, cada um deles, de certas alterações. São eles:
➔ Estertores finos (crepitações): são tipos de sons nítidos e descontínuos semelhantes ao
friccionar dos cabelos. São gerados quando o ar entra em um alvéolo pulmonar que
contém líquido (Ex.: pneumonia, edema pulmonar). Ocorrem no final da inspiração.
➔ Estertores grossos: são menos agudos e duram mais do que os finos. Sofrem nítida
alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. São audíveis no
início da inspiração e durante toda a expiração. Têm origem na abertura e fechamento de
vias aéreas contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento da
estrutura de suporte das paredes brônquicas, sendo comuns na bronquite crônica e nas
bronquiectasias.
➔ Roncos: são ruídos longos, graves e musicais, gerados pelo turbilhão aéreo que se forma
com a movimentação de muco e de líquido dentro da luz das vias aéreas (geralmente
brônquios de grosso calibre). Indicam asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e
obstruções localizadas. Aparecem na inspiração e, com maior frequência, na expiração.
São fugazes, mutáveis, surgindo e desaparecendo em curtos períodos.
➔ Sibilos: são sons contínuos, musicais e de longa duração. Como as crepitações, os sibilos
também têm sua origem nas vias aéreas e requerem o fechamento prévio dos brônquios.
As paredes brônquicas devem ser trazidas aos pontos de oclusão para que ocorra os
sibilos. Por outro lado, em vez de acontecer uma reabertura súbita, as paredes brônquicas
passam a vibrar ao serem atingidas por fluxo aéreo em alta velocidade. Os sibilos
acompanham as doenças que levam à obstrução de fluxo aéreo.
➔ Atrito pleural: ocorre por um processo inflamatório das pleuras visceral (que é a estrutura
que reveste o pulmão) e parietal (que é a estrutura que recobre o interior da parede
torácica). Isso torna a superfície das pleuras irregulares, gerando o atrito pleural. Dica: O
som é similar ao atrito de um pano velho
➔ Estridor: o estridor pode ser considerado como um tipo especial de sibilo, com maior
intensidade na inspiração, audível à distância, e que acontece nas obstruções altas da
laringe ou da traqueia, fato que pode ser provocado por laringites agudas, câncer da
laringe e estenose da traqueia.
16
CARDÍACO
Visto que a percussão apresenta papel diagnóstico limitado, as manobras a serem descritas são a
inspeção, a palpação e a ausculta.
INSPEÇÃO
Um dos sinais mais importantes de disfunção cardíaca é a turgência da veia
jugular interna, também designada estase jugular. A forma mais adequada
de avaliá-la é posicionando a cabeceira do leito a 45° e avaliar a altura da
coluna formada pela veia túrgida em relação ao ângulo de Louis.
À exceção de pacientes que apresentam dextrocardia (coração situado à direita do corpo) ou
anatomia anormal dos grandes vasos, é de suma importância que você saiba identificar os
FOCOS CARDÍACOS.
(1) Foco aórtico: 2º espaço intercostal, à direita do esterno, perto da borda esternal.
(2) Foco pulmonar: 2º espaço intercostal, à esquerda do esterno, próximo à borda do esterno.
(2.1) Foco pulmonar acessório: encontrado com o movimento para baixo do lado esquerdo do
esterno até o terceiro espaço intercostal, próximo da borda esternal, também referida como
ponto de Erb.
(3) Foco tricúspide: localizado na parte esquerda do quarto espaço intercostal ao longo do
esterno, próximo à borda esternal.
(4) Foco mitral: encontrado pelos dedos que se deslocam lateralmente à esquerda do paciente
para localizar o quinto espaço intercostal do lado esquerdo da linha média clavicular.
PULSO NORMAL
O registro da onda de pulso arterial saudável permite identificar três ondas distintas: a onda de
percussão, que é a porção inicial, sistólica, da pressão de pulso; a onda de maré, que é a
segunda onda sistólica, mais tardia que a primeira; e a onda dicrótica, que é a onda diastólica
que aparece logo após a incisura dicrótica.
Além disso, daremos focos em alguns tipos de PULSOS quanto à AMPLITUDE, pois quando são
pedidos, “pega” muitos concurseiros
PULSO PARADOXAL
Constitui um exagero da diminuição da pressão arterial sistólica (e, consequentemente, do pulso
arterial) durante a inspiração. O pulso diminui de intensidade ou desaparece durante a
17
inspiração. É definido como uma diminuição superior a 10 mmHg na pressão sistólica durante a
inspiração. Em condições fisiológicas, o enchimento do átrio e do ventrículo esquerdos diminui
durante a inspiração; contudo, quando a complacência ventricular está reduzida, o enchimento
dessas câmaras torna-se menor que o normal, diminuindo o débito cardíaco. Isso torna o pulso
menos palpável e reduz a pressão arterial sistólica.
PULSO ALTERNANTE
Pulsos fortes e fracos alternadamente. Há alternação contínua da
amplitude de um batimento para outro; embora o ritmo seja
basicamente regular, o volume ejetado varia. É mais perceptível no
pulso radial. Ocorre devido a variações do enchimento e na
contratilidade miocárdica em situações de disfunção ventricular
esquerda. É um dos sinais mais precoces de disfunção ventricular,
tais como ICC.
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A Errada. A segunda bulha (B2) guarda uma relação com o fechamento das valvas pulmonar e
aórtica (semilunares), sendo mais audível com o diafragma do estetoscópio colocado sobre a
base do coração, no segundo espaço intercostal direito, na região paraesternal (foco aórtico).
B Certa. Além de saber isso, não pode ir para a prova sem saber sobre os focos, que será
explicado na próxima alternativa!
C Errada.
Foco mitral: situa-se no 5º espaço intercostal (EIC) esquerdo na linha hemiclavicular e
corresponde ao ictus cordis.
Foco pulmonar: situa-se no 2º EIC esquerdo, junto ao esterno. Nesse espaço podemos avaliar
desdobramentos da 2ª bulha cardíaca.
Foco aórtico: 2º EIC direito, justaesternal. Porém, algumas vezes, o melhor local para auscultar
alterações de origem aórtica é a área entre o 3º e 4º EIC esquerdo, onde fica localizado o foco
aórtico acessório.
Foco tricúspide: situa-se na base do apêndice xifóide ligeiramente para a esquerda. Os
fenômenos acústicos originados na valva tricúspide (sopro sistólico) costumam ser mais
percebidos na área mitral.
D Errada. Primeira bulha (B1): Fechamento das valvas mitral e tricúspide, componente mitral
antecede tricúspide, coincide com ictus cordis e pulso carotídeo, timbre mais grave,
representação - TUM
PALPAÇÃO
ICTUS CORDIS: Ele é mais facilmente percebido na palpação, na forma de batidas bruscas, que
correspondem à propulsão do VE nas contrações (é a ponta do coração que bate na parede
torácica). Utilizam-se as polpas digitais (pontas dos dedos) de vários dedos para a palpação. O
ápice se encontra geralmente no 5º EI, sobre a linha hemiclavicular.
Se for palpado mais para baixo ou mais para a esquerda, pode ser sugestivo de uma
cardiomegalia (aumento do tamanho do coração). Observam-se também o diâmetro, amplitude e
duração do ictus. Em pacientes com mamas grandes, obesidade, parede torácica muito
musculosa ou com aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax, a palpação do ictus pode ser
difícil.
PULSOS: Devem ser analisados o pulso carotídeo (facilmente palpável no terço médio do
pescoço, anteriormente ao músculo esternocleidomastoideo), o radial (palpado sobre o rádio, no
terço distal do antebraço, próximo à mão), femoral, poplíteo e tibial do paciente (descritos no
exame de membros inferiores abaixo).
Além disso, importa notar a simetria dos pulsos, intensidade e ritmo. Alterações de ritmo ou
intensidade são indicativos de arritmias e outras complicações cardiológicas graves.
19
AUSCULTA
A ausculta dos ruídos e sopros cardíacos se vale de manobras facilitadoras (se necessárias) e
conhecimento dos focos cardíacos. Lembrando que o padrão de ausculta sofrerá uma alteração
correspondente no caso de um coração aumentado ou deslocado.
As bulhas geralmente ocorrem de forma rítmica e não acompanhadas de demais sons, sendo
descritas com a onomatopeia “tum-tá” Em cada região de ausculta atente-se ao ciclo cardíaco
pelos ruídos correspondentes à sístole e à diástole.
As bulhas são produzidas pelo fechamento das valvas. No entanto, por vários motivos, essas
valvas não se fechem/abrem adequadamente, deixando “pequenos orifícios” por onde o sangue
irá passar. Esses orifícios farão com que o sangue seja turbilhonado gerando o sopro cardíaco,
que pode ser:
➔ Sistólicos: seriam os sopros produzidos durante a sístole. Ou seja, entre B1 e B2.
➔ Diastólicos: seriam os sopros produzidos durante a diástole. Ou seja, entre B2 e B1.
ABDOMINAL
O exame do abdômen possibilita que sejam retiradas informações referentes às estruturas
abdominais, utilizando todas as etapas de exame do paciente, tal como inspeção, percussão,
palpação e ausculta. Todavia, cabe a ressalva de que, nesse exame, é preferível que a ausculta se
realize antes da palpação e da percussão, podendo essas etapas, caso realizadas previamente,
atrapalhar a ausculta.
A fim de facilitar o processo de examinar o abdômen, lembre-se dos quadrantes que facilitam a
localização de afecções e áreas a serem avaliadas:
Podemos dividi-lo em:
4 QUADRANTES
9 QUADRANTES
Só para fins de complemento que guia o exame físico: seguem causas possíveis de diferentes
etiologias a serem observadas no exame físico do abdome.
Apendicite aguda Corpo estranho Infarto Intestinal Rotina Espontânea Gravidez tubária
do baço
21
INSPEÇÃO
Busca visual por lesões, distribuição anormal de pêlos, estrias, circulação colateral venosa (veias
ao redor da cicatriz umbilical), cicatrizes, dentre outras características que podem ser visualizadas
no abdômen.
➔ Plano: formato normal do abdômen.
➔ Globoso: abdômen aumentado de maneira uniforme com predomínio na região anterior.
➔ Batráquio: abdômen aumentado com predomínio transversal (parece barriga de sapo).
Ocorre nos pacientes que têm ascite (presença de líquido na cavidade abdominal).
➔ Avental: parede abdominal cai sobre as pernas do paciente, comum em obesos.
➔ Pendular: quando apenas a porção inferior do abdome protrui com o aumento do volume
abdominal.
➔ Escavado: aspecto visto nas pessoas muito emagrecidas.
AUSCULTA
Na ausculta, deseja-se avaliar a motilidade intestinal principalmente e identificar sopros
vasculares na aorta.
Os sons intestinais normais são denominados de ruídos hidroaéreos e são caracterizados por
estalidos e gorgolejos (sons de água) e, para a sua averiguação, deve ser feita a ausculta em
ambos os hemiabdomes, por 1 minuto em cada região.
Os sopros abdominais podem ser pesquisados seguindo a trajetória da aorta, lembrando-se que
ela gera transversalmente as duas renais na altura do umbigo e se bifurca um centímetro abaixo
da cicatriz umbilical, gerando as ilíacas externas. Esses sopros são similares aos cardíacos e
predominam na sístole.
PERCUSSÃO
No abdômen, devido à grande predominância de alças de intestino, o som timpânico é
predominante, exceto na região do hipocôndrio direito, onde o som é maciço devido ao fígado.
Essa manobra nos permite inferir se há massas, líquido ascítico (cujo som será mais maciço) ou se
há mais ar do que o esperado (hipertimpânico).
O baço, devido à sua localização (na porção posterior do abdômen, protegido
pelo gradeado costal), normalmente não é percutível. Quando ele aumenta de
tamanho (crescendo da esquerda para a direita e de cima para baixo), porém,
ele se torna percutível e ocupa uma região designada espaço de Traube, área
de formato semilunar, abaixo do diafragma, entre o lobo esquerdo do fígado e
a linha axilar anterior esquerda e acima do rebordo costal esquerdo.
Há outras manobras usadas em casos específicos como o Sinal de Giordano (utilizado em caso de
cálculos ou infecções renais), pesquisa de macicez móvel e do semicírculo de Skoda, sinal de
Piparote (usados em caso de suspeita de ascite).
22
PALPAÇÃO
A palpação tem como objetivos determinar se há alguma resistência na parede abdominal,
determinar as condições físicas das vísceras abdominais e explorar a sensibilidade dolorosa do
abdômen. Ela pode ser feita de forma mais SUPERFICIAL ou PROFUNDA.
Nessa palpação pode haver uma forma de “defesa muscular”, uma rigidez da parede associada
ao reflexo visceromotor, indicando que pode haver uma peritonite (inflamação da membrana que
recobre os intestinos e a face interna do abdome), sendo esse reflexo uma forma de proteção
contra a ação de agentes externos sobre áreas inflamadas do peritônio (a palpação normal deve
ser flácida e oferecer pouca resistência).
O fígado é um dos órgãos mais importantes no processo de palpação, sendo que ele pode ser
palpado com as mãos em garra (com um formato similar ao de um gancho) no rebordo costal
==374c3==
Avaliando o sistema arterial, no caso de insuficiência arterial periférica, a pele pode estar pálida e
fina (por vezes com formação de úlceras), podendo ter alterações tróficas, redução de pelos.
PALPAÇÃO
Devemos executar a palpação dos pulsos em regiões onde as artérias
ficam superficiais, como já explicado acima. Em pacientes com
insuficiência arterial periférica, os pulsos estão diminuídos ou ausentes
(já que as artérias deles estão com um calibre menor, frequentemente
causado pelo processo aterosclerótico – deposição de colesterol na
parede dos vasos).
Geralmente esses pacientes apresentam a chamada claudicação intermitente (dor em queimação
ao andar que melhora com repouso).
É sempre mandatório verificar a presença de edema de membros inferiores. Sinal muito
frequente, está associado a diversas patologias (à congestão do território venoso – por
insuficiência cardíaca, por exemplo; à baixa osmolalidade sanguínea – apresentando-se de forma
generalizada; à vasodilatação resultante de um processo inflamatório, dentre muitos outros
motivos).
Classifica-se o edema em depressível ou não. Caso seja depressível, existirá um sinal chamado de
Godet, que consiste em realizar uma dígito-pressão contra o osso na porção edemaciada (região
tibial anterior) formando uma depressão que demora para retornar ao padrão original – conforme
ilustra a. Além disso, gradua-se o edema de acordo com sua intensidade em uma escala de 4
cruzes.
24
SINAIS
Giordano Detecção pielonefrite Percussão com a mão em forma de punho no dorso do paciente
ou litíase renal no nível da 11° e 12° costela, com uma mão realizando o
amortecimento.
Torres Homem Abscesso hepático Percussão de toda a loja hepática da linha mediana até a linha
axilar anterior indo em busca de dor. Dor circunscrita e localizada =
Sinal de Torres Homem Positivo. Se dói ao percutir toda a loja
hepática = Sinal de Torres Homem Negativo.
OBJETIVA / Hospital Municipal Dr. Mário Gatti - SP / 2023 - Considerando-se os exames para
investigação de apendicite, assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo
25
1.4.1 – NANDA
Para comunicar as decisões sobre os diagnósticos de enfermagem do indivíduo, da família ou da
comunidade, é importante que se utilize um SISTEMA DE LINGUAGEM PADRONIZADA. Há
sistemas de linguagem específicos da enfermagem, como a Classificação de diagnósticos da
NANDA-I, CIPE, o Sistema Omaha, o Sistema de Classificação de Cuidados Clínicos de Sabba.
Também existem sistemas de classificação que podem ser compartilhados com outros
profissionais da saúde, como é o caso da Classificação Internacional de Funcionalidade e Saúde
(CIF) e a Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP).
Neste trecho, trataremos pontos importantes do NANDA e, como é impossível reproduzi-lo por
completo (e nem faria sentido), trarei o que é mais relevante, tanto de introdução teórica,
quanto o entendimento de alguns diagnósticos.
Estamos utilizando, por enquanto, a versão 2021 - 2023.
São destaques dessa edição:
➔ 46 diagnósticos novos e 67 revisados
➔ Atualização de títulos dos diagnósticos, garantindo coerência com a
literatura atual
➔ Refinamento da maioria dos fatores relacionados e de risco
➔ Padronização dos indicadores diagnósticos (características definidoras,
fatores relacionados, fatores de risco, condições associadas e populações
em risco)
➔ Novo capítulo sobre critérios dos níveis de evidência para submissão de
diagnósticos
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28
29
Segurança /proteção Risco de aspiração Suscetibilidade à entrada Barreira à elevação da porção superior
de secreções do corpo
gastrintestinais, secreções Conhecimento insuficiente sobre os
orofaríngeas, sólidos ou fatores modificáveis
líquidos nas vias Motilidade gastrintestinal diminuída
traqueobrônquicas que Tosse ineficaz
pode comprometer a
saúde.
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31
Hesitação urinária
Náusea
Urgência urinária
Cognitivas
Alteração na atenção
Alteração na concentração
Bloqueio de pensamentos
Campo de percepção diminuído
Capacidade diminuída para aprender
Capacidade diminuída para solucionar
problemas
Confusão
Consciência dos sintomas fisiológicos
Tendência a culpar os outros
Atividade/repouso Perfusão tissular Redução da circulação A cor não volta à perna quando esta é
periférica ineficaz sanguínea para a periferia baixada após 1 minuto de sua elevação
que pode comprometer a Alteração em característica da pele
saúde. Alteração na função motora
Ausência de pulsos periféricos
Claudicação intermitente
Cor da pele pálida na elevação de
membro
Diminuição da pressão arterial nas
extremidades
Distância em teste de caminhada de 6
minutos abaixo da faixa normal
Dor em extremidade
Edema
Índice tornozelo-braquial < 0,90
Parestesia
Percorre menores distâncias livre de
dor no teste de caminhada de 6
minutos
Pulsos periféricos disminuidos
Retardo na cicatrização de ferida
periférica
Sopro femoral
Tempo de enchimento capilar > 3
segundos
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CESPE / CEBRASPE /TRT - 8ª Região (PA e AP) / 2022 - Considerando os alicerces conceituais e
metodológicos das mais recentes taxonomias de diagnósticos de enfermagem da NANDA-I,
assinale a opção correta.
A Conceitualmente, a taxonomia funciona como uma estrutura base para avaliações de
enfermagem.
B Há mais de quinhentos diagnósticos de enfermagem reconhecidos pela taxonomia referida.
C O conhecimento em enfermagem taxonômico inclui não somente respostas e riscos individuais,
familiares, grupais e comunitários, mas também suas forças, ou pontos fortes.
D Domínios, classes e diagnósticos guardam entre si relação taxonômica horizontal, não
hierárquica.
E A taxonomia pretende dar segurança ao rápido diagnóstico de enfermagem, realizado com
base apenas em seu nome ou rótulo.
Comentários
A Errada. A taxonomia é uma ordenação sistemática de fenômenos que definem os
conhecimentos da disciplina de enfermagem. Não tem foco na avaliação. Pensando na
taxonomia NANDA, é ela que orienta a classificação e categorização do diagnóstico de
enfermagem ou das condições que de fato precisam de cuidados dessa área.
B Errada. A edição 2021-2023 do Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I reúne os 267
diagnósticos de enfermagem revisados e não “mais de 500”.
C Certa. Os conhecimentos de enfermagem incluem respostas individuais, familiares, grupais e
comunitárias (saudáveis e não saudáveis), riscos e elementos positivos.
A taxonomia da NANDA-I pretende funcionar das seguintes formas: ser um modelo, ou mapa
cognitivo, dos conhecimentos da disciplina da enfermagem; comunicar o conhecimento, as
perspectivas e as teorias; oferecer estrutura e ordem para esse conhecimento; funcionar como
um instrumento de apoio ao raciocínio clínico; oferecer uma maneira de organizar os diagnósticos
de enfermagem num prontuário eletrônico de saúde.
D Errada. A relação é hierárquica. NANDA I fornece uma terminologia padronizada de
enfermagem diagnósticos, e apresenta seus diagnósticos em um esquema de classificações, mais
especificamente uma taxonomia. Contém 267 diagnósticos de enfermagem agrupados em 13
domínios e 47 classes.
Um domínio é um “Esfera de conhecimento” e os domínios da NANDA-I identificam o
conhecimento único ponta da disciplina de enfermagem. Os 13 domínios NANDA-I são
posteriormente divididos em classes (agrupamentos que compartilham atributos comuns).
E Errada. O diagnóstico tem o rótulo, as características definidoras, fatores relacionados e etc.
Alternativa: C.
33
1.4.2 – CIPE
Não cai muito, mas outra sigla famosa no contexto do Processo de Enfermagem é a Classificação
Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE).
Ela é um sistema de linguagem padronizada, amplo e complexo, que representa o domínio da
prática da enfermagem no âmbito mundial, reconhecida como um marco unificador de todos os
sistemas de classificação dos elementos da prática de enfermagem (diagnósticos, resultados e
intervenções de enfermagem). [ou seja, não foca só no diagnóstico como NANDA, ou só na
Intervenção, como NIC, e assim por diante]
Nesta perspectiva a CIPE tem por objetivos:
➔ Estabelecer uma linguagem comum para descrever a prática de Enfermagem, de forma a
melhorar a comunicação entre os enfermeiros e a equipe multidisciplinar;
➔ Representar os conceitos utilizados nas práticas locais, independente dos idiomas e áreas
de especialidade;
➔ Descrever os cuidados de Enfermagem prestados às pessoas (indivíduos, famílias e
comunidades) a nível mundial;
➔ Permitir comparações de dados de Enfermagem entre populações de pacientes,
contextos, áreas geográficas e tempo;
➔ Estimular a investigação em Enfermagem através da relação como os dados disponíveis
nos sistemas de informação em Enfermagem e da saúde;
➔ Fornecer dados sobre a prática de Enfermagem de forma a influenciar a formação de
enfermeiros e a política de saúde e;
➔ Projetar tendências sobre as necessidades dos pacientes, prestação do cuidado de
Enfermagem, utilização de recursos e resultados do cuidado de Enfermagem.
A ISO é uma organização não-governamental que, desde 1947, promove a linguagem
tecnológica comum entre diversos países, cujas padronizações são fruto do consenso entre
especialistas de diversas áreas. A ISO 18.104:2003 surge como referencial de representação de
Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem (denominada, pela norma, como Ação) para
possível processamento computacional, refletindo tentativas de integração de modelos de
informação e terminologias contidas em outros domínios, além da Enfermagem.
Com a ISO 18.104 e o Modelo de Sete Eixos (Foco, Julgamento, Ação, Localização, Meio, Tempo
e Cliente), ficou mais fácil elaborar enunciados de diagnósticos, intervenções e resultados de
enfermagem.
Lembrando que exceto o eixo “AÇÃO”, os demais são utilizados conjuntamente (nem sempre
todos eles) para a composição de um diagnóstico. Esta padronização permite uma grande
liberdade ao enfermeiro no planejamento da assistência, ao mesmo tempo que carece de um
treinamento e conhecimento específico para o uso adequado.
Vamos detalhar os 7 EIXOS:
➔ Foco: área de atenção que é relevante para a Enfermagem (exemplos: dor, sem-abrigo,
eliminação, esperança de vida ou conhecimentos).
34
35
C Certa.
Foco: área de atenção que é relevante para a Enfermagem (exemplos: dor, sem-abrigo,
eliminação, esperança de vida ou conhecimentos).
Juízo/Julgamento: opinião clínica ou determinação relativamente ao foco da prática de
Enfermagem (exemplos: nível decrescente, risco, melhorado, interrompido ou anómalo).
Cliente: sujeito a quem o diagnóstico se refere e que é o beneficiário da intervenção (exemplos:
recém-nascido, prestador de cuidados, família ou comunidade).
Ação: processo intencional aplicado a um cliente (exemplos: educar, mudar, administrar ou
monitorizar).
Recursos: forma ou método de concretizar uma intervenção (exemplos: ligadura ou técnica de
treino vesical).
Localização: orientação anatómica ou espacial de um diagnóstico ou intervenção (exemplos:
posterior, abdômen, escola ou centro de saúde na comunidade).
Tempo: o ponto, período, instância, intervalo ou duração de uma ocorrência (exemplos:
admissão, nascimento ou crônico).
D Errada. Nanda não trata de intervenções, mas de diagnósticos de enfermagem.
E Errada. A Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) foi criada pelo
Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN) para permitir uma linguagem científica e unificada,
comum à Enfermagem mundial.
Alternativa: C.
1.4.3 – CIPESC
A CIPESC é um instrumento de trabalho do enfermeiro em Saúde Coletiva, que visa apoiar a
sistematização de sua prática assistencial, gerencial e de investigação. É também, instrumental
pedagógico potente para a formação e qualificação de enfermeiros comprometidos com o SUS.
Trata-se de um projeto desenvolvido pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), entre
1996 e 2000, como contribuição brasileira à Classificação Internacional para as Práticas de
Enfermagem (CIPE®), que resultou um inventário vocabular no campo da Saúde Coletiva.
O projeto CIPESC se ocupou de três questões centrais:
➔ investigação sobre a prática de enfermagem;
➔ reflexão sobre o trabalho, do ponto de vista dos participantes;
➔ arquitetura de um sistema de informações que pudesse dar visibilidade às ações de
enfermagem em âmbito nacional e internacional.
Para a “listona” dos diagnósticos, associada às intervenções, veja este documento ao fazer as
questões: CLIQUE AQUI!
36
1.4.4 – NOC
Para estabelecer os RESULTADOS esperados para cada diagnóstico de enfermagem selecionado
para o plano de cuidados, o enfermeiro poderá utilizar algum sistema de linguagem padronizada.
No nosso meio, a Classificação de Resultados de Enfermagem (NOC) é a mais utilizada, embora
ainda de maneira incipiente. A seleção dos resultados esperados deve levar em conta o quanto
são sensíveis às intervenções de enfermagem, mensuráveis e atingíveis.
Selecionar um resultado sensível às intervenções de enfermagem é importante porque, por meio
dele, poderá ser demonstrada a contribuição específica da enfermagem no cuidado às pessoas.
Para ser mensurável, o resultado deve conter indicadores que possam ser ouvidos ou vistos,
assim será possível verificar o estado atual do indivíduo, da família ou da comunidade e planejar
37
o estado que se quer atingir, que pode variar desde a manutenção do estado atual até a
resolução do problema.
Para cada resultado esperado, o enfermeiro deverá propor intervenções de
enfermagem e prescrever ações de enfermagem que visem reduzir ou
eliminar os fatores que contribuem para o diagnóstico, promover níveis mais
elevados de saúde, prevenir problemas e/ou monitorar o estado de saúde
atual ou o surgimento de problemas.
Veja as taxonomias do NOC:
Crescimento e Manutenção de
1. Saúde Funcional Autocuidado Mobilidade
desenvolvimento Energia
Integridade Regulação
2. Saúde Fisiológica Líquidos e Eletrólitos Neurocognitivo
Tissular metabólica
Conhecimento
Comportamento Comportamento em
4. Conhecimento em sobre a condição Controle de riscos
em saúde promoção da saúde
saúde e de saúde
comportamento
Crenças em saúde Segurança
Estado de saúde
Desempenho do
6. Saúde Familiar Bem-estar familiar Criação de filhos do membro da
cuidado familiar
família
CESPE / CEBRASPE /HUB / 2020 - Considerando esse caso clínico hipotético e o plano de
cuidados a ser elaborado, fundamentado nas taxonomias dos diagnósticos de enfermagem da
NANDA-I, dos resultados (NOC) e das intervenções (NIC), julgue o item a seguir.
Deve ser elaborado o diagnóstico de enfermagem com foco no problema denominado retenção
urinária, pois existem características definidoras suficientes para sua confirmação.
38
Comentários
O diagnóstico de enfermagem deve focar no problema (com base na retenção urinária), pois
existem características definidoras suficientes para sua confirmação, que são: diagnóstico de
hiperplasia prostática benigna anterior, dificuldade miccional com diminuição do jato urinário
(micção em gotas), dor intensa (referida 6) na região suprapúbica e sensação de enchimento da
bexiga, abdome plano, distensão vesical palpável, elevação de ureia e creatinina séricas e a
ultrassonografia de vias urinárias indicando hidronefrose bilateral.
Alternativa: Certa.
1.4.5 – NIC
A Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) — uma classificação abrangente e
padronizada das INTERVENÇÕES de enfermagem, publicada pela primeira vez em 1992.
As intervenções de enfermagem enfocam o comportamento de enfermagem, ou seja, as ações
de enfermagem que auxiliam o paciente a progredir em direção ao resultado desejado.
Uma intervenção é definida como:
Qualquer tratamento (direto ou indireto) que, baseado em julgamento e conhecimento clínico,
um enfermeiro ponha em prática para intensificar os resultados do paciente/cliente.
A classificação da NIC consiste em um nome de identificação, uma
definição, um conjunto de ações e princípios constituintes da
prestação da intervenção e uma pequena lista de leituras sugeridas,
sobre conhecimentos pertinentes.
A Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) foi elaborada por oito razões:
1. Padronização da nomenclatura dos tratamentos de enfermagem.
2. Expansão do conhecimento de enfermagem acerca dos diagnósticos, das intervenções e
dos resultados.
3. Desenvolvimento de sistemas de informação de enfermagem e de assistência à saúde.
4. Ensino da tomada de decisões aos estudantes de enfermagem.
5. Determinação dos custos dos serviços de enfermagem.
6. Planeamento de recursos necessários para a prática de enfermagem.
7. Criação de uma linguagem que transmita as funções do enfermeiro.
8. Articulação com os sistemas de classificação de outros técnicos de saúde.
A NIC é atualizada a cada cinco anos, e a edição atual possui tradução para o português, datada
de 2020.
Por fim, conheça as taxonomias do NIC (2020), para ficar ainda mais claro:
Controle da atividade e
Controle da eliminação Controle da imobilidade
1. Fisiológico Básico do exercício
39
Cuidados
2. Fisiológico completo Controle respiratório Controle da pele/lesões
perioperatórios
Controle da perfusão
Termorregulação
tissular
Terapia
Terapia Cognitiva Melhora da Comunicação
Comportamental
3. Comportamental
Assistência no Promoção do conforto
Educação do paciente
enfrentamento psicológico
Medicação do sistema
Controle do sistema de
6. Sistemas de saúde de saúde Controle das informações
saúde
Para fins de comparação e clareza, NANDA, NIC e NOC devem se conversar, conforme
demonstrado no exemplo abaixo:
Risco de choque (circulatório – Manter a estabilidade e/ou Realizar escuta ativa, avaliar exames
hipovolêmico) associado a identificar precocemente alterações laboratoriais, comunicar equipe
hipotensão (100x56 mmHg) e hemodinâmicas. médica, administrar medicações
hipovolemia (melena e episódio prescritas.
recente de hematêmese).
B NOC e NIC
C CIPE e SAE
D SAE e CIPE
Comentários
Aqui a pergunta foi somente a nomenclatura, nada a esclarecer, na verdade.
Classificação das intervenções de enfermagem = NIC
Classificação dos resultados de enfermagem = NOC.
Alternativa: A.
1.5 - SAEP
O Centro Cirúrgico, por ser um setor com atividades específicas, possui uma sistematização
exclusiva que é a Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP). A mesma
deve ser implementada por enfermeiros perioperatórios na busca pela segurança, satisfação e
confiança do cliente, além da destreza dos profissionais de enfermagem atuantes no CC.
Segundo a SOBECC, os principais objetivos da SAEP são:
➔ Ajudar o paciente e a família a compreenderem e a se prepararem para anestesia
proposta;
➔ Prever, prover e controlar recursos humanos e matérias para o procedimento cirúrgico e
anestésico;
➔ Diminuir os riscos pela utilização de materiais e equipamentos durante o procedimento
cirúrgico.
➔ Diminuir os riscos ao ambiente específico de CC e Sala de Recuperação Pós-anestésica
(SRPA).
O SAEP compreende cinco fases:
➔ a visita pré-operatória de enfermagem,
➔ o planejamento da assistência perioperatória,
➔ implementação da assistência,
➔ avaliação da assistência por meio de visita pós-operatória de enfermagem,
➔ reformulação da assistência a ser planejada, segundo resultados obtidos e solução de
situações não desejadas ou ocorrência de eventos adversos.
Foram elencados os diagnósticos [alguns] que ocorrem com maior
frequência em cada fase do perioperatório. Prenda-se não ao nome
“exato” do diagnóstico, mas no assunto que ele traz, visto que cada
atualização do NANDA poderá trazer suas próprias alterações. Assim,
as sugestões de condutas facilitarão a vida do enfermeiro na prática e
a do concurseiro na prova e isso é o que nos interessa!
41
PRÉ-OPERATÓRIO
42
TRANSOPERATÓRIO
Risco de Lesão por ➔ Proteger o corpo do contato com partes metálicas da mesa cirúrgica,
bisturi elétrico e ou que podem causar queimaduras ou lesão por choque elétrico.
posicionamento ➔ Travar as rodas da maca, apoiar o corpo e os membros do paciente,
acionar o número adequado de profissionais durante as transferências
para evitar lesões por atrito ou cisalhamento.
➔ Evitar movimentos descontrolados.
➔ Manter o alinhamento corporal na medida do possível, utilizando
travesseiros ou acolchoados, faixas de segurança, para reduzir as
chances de ocorrerem complicações neurovasculares associadas a
compressão, estiramento excessivo ou isquemia dos nervos.
➔ Posicionar acolchoados nos pontos de pressão e nas proeminências
ósseas e nos pontos de compressão neurovascular para manter a
posição segura, principalmente durante posicionamento e
reposicionamento dos fixadores e faixas de segurança na mesa
cirúrgica.
➔ Verificar periodicamente os pulsos periféricos, a coloração e a
temperatura da pele para monitorar a circulação.
➔ Reposicionar lentamente o corpo durante a transferência e no leito
para evitar redução grave de pressão arterial e tonteira ou riscos na
transferência.
➔ Proteger as vias respiratórias e facilitar o esforço respiratório depois da
extubação. Detectar riscos potenciais no centro cirúrgico e adotar
43
44
QUESTÕES COMENTADAS
1. FUMARC / Prefeitura de São João del Rei - MG / 2023 - Sobre a história da sistematização da
assistência de enfermagem, é INCORRETO afirmar:
A A enfermagem acostumou-se a depender de conhecimentos e de conceitos preexistentes que
lhe ditarem o que fazer e como fazer, e, na maioria das vezes, não refletia sobre por que fazer e
quando fazer.
B Apesar da forte influência de Nightingale, a enfermagem acabou por assumir uma orientação
profissional dirigida para o imediatismo, baseando-se em ações práticas, de modo intuitivo e não
sistematizado. Alguns enfermeiros acostumaram-se a exercer a profissão sob a mesma
perspectiva de profissionais médicos, centralizando suas ações mais na doença do que no
paciente.
45
46
Acerca do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) temos a existência de alguns testes de rastreamento
para os indivíduos que apresentam maior risco da doença. idade >45 anos, sobrepeso (Índice de
Massa Corporal IMC >25), obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm
para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas), antecedente familiar (mãe ou pai) de
diabetes, hipertensão arterial (> 140/90 mmHg), portador de dislipidemia, doença
cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida. Assim, o IMC é bastante relevante
e a alternativa está errada.
4. FAUEL / Prefeitura de Piên - PR / 2023 - A Resolução COFEN Nº 358 de 2009 dispõe sobre a
Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem.
Sobre a temática, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa CORRETA.
I - A sistematização da assistência de enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao
método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de
enfermagem.
II - O processo de enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos
os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem.
III - Quando o processo de enfermagem é realizado em instituições prestadoras de serviços
ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, denomina-se consulta de
enfermagem.
IV- O processo de enfermagem organiza-se em cinco etapas: coleta de dados, diagnóstico de
enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem.
V- O diagnóstico de enfermagem pode ser focado no problema real, ser um diagnóstico de risco
ou um diagnóstico de promoção da saúde.
Assinale a alternativa CORRETA.
A Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
B Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
C Apenas as afirmativas II, IV e V estão corretas.
D Apenas as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
E Todas as afirmativas estão corretas.
Comentários
I - Certa. É uma das melhores definições para SAE.
II, III e IV - Certas. Exatamente como na COFEN 358/09.
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5. UFMG / UFMG / 2023 - O Processo de Enfermagem de acordo com a Resolução COFEN 358
de 15 de outubro 2009, deve ser realizado de modo deliberado e sistemático, em todos os
ambientes públicos e privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem e cujas
etapas devem ser interrelacionadas, interdependentes e recorrentes.
A esse respeito, a sequência CORRETA das etapas apresentadas nessa resolução compreende:
A planejamento de enfermagem, histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem,
implementação e avaliação de enfermagem.
B histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem,
implementação e avaliação de enfermagem.
C diagnóstico de enfermagem, histórico de enfermagem, planejamento de enfermagem,
implementação e avaliação de enfermagem.
D avaliação de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, histórico de enfermagem
planejamento de enfermagem e implementação.
Comentários
E as fases são: 1. Histórico (anamnese e exame físico), 2. Diagnóstico, 3. Planejamento, 4.
Implementação e 5. Avaliação. Todas elas com o termo “de enfermagem” ao final. Assim, a
correta é a alternativa B.
48
49
A Errada. Essas são as características definidoras. Fatores relacionados: influências que aumentam
a vulnerabilidade de indivíduos, famílias, grupos ou comunidades a um evento São, em outras
palavras, as causas.
B Errada. Ele explicou de forma muito semelhante à “A” e, por isso, também poderia ser
colocado como características definidoras.
C Errada. Os sinais e sintomas evidenciam a manifestação clínica de alguma afecção.
D Certa. Tais fatores “aumentam o risco”, tornam o indivíduo mais vulnerável a alguma coisa, por
isso, nada a corrigir.
E Errada. Esta é a definição da fase “Diagnóstico de Enfermagem”.
Alternativa: D.
50
C Certa. Uma forma de avaliar a veia jugular interna é pressionar suavemente no quadrante
superior direito do abdômen, logo abaixo da margem costal. Esta manobra induz o chamado
refluxo hepatojugular (mudança sanguínea dos vasos abdominais para o átrio direito).
Normalmente, um aumento transitório no JVP pode ser observado antes de uma diminuição. O
aumento sustentado do JVP é visto em insuficiência cardíaca congestiva e outras condições,
como regurgitação tricúspide e pericardite constritiva.
D Errada. O atrito pericárdico é definido como um ruído estridente e superficial, mais audível no
mesocárdio e bordo esternal esquerdo, variando com a intensidade dos movimentos
respiratórios, sendo maior no final da expiração e com o paciente sentado para frente. É
altamente específico para pericardite aguda.
Alternativa: C.
A. 3, 1, 2, 4.
B. 1, 4, 3, 2.
C. 2, 1, 3, 4.
D. 3, 4. 2. 1.
51
Comentários
Sem imagens fica mais difícil né!
Então, para estudar, vou trazê-las para elucidar
(BIOT) Padrão irregular que pode ser observado na meningite, caracterizado por profundidade e
frequência variáveis das respirações, seguidas de períodos de apneia.
53
11. FUNDEP (Gestão de Concursos) / Prefeitura de Acaiaca - MG / 2023 - O exame físico deve
ser realizado na primeira fase do processo de Enfermagem e consiste nas etapas de inspeção,
palpação, percussão e ausculta, além da utilização de alguns instrumentos e aparelhos. Para
realização de cada etapa, o examinador utiliza os sentidos, sobretudo a visão, o tato e a audição.
Na ____________, é realizado o golpeamento com um dedo à borda ungueal ou à superfície
dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão, que se encontra
espalmada e apoiada na região de interesse. O som encontrado em regiões que contenham
órgãos parenquimatosos como o fígado é chamado ______________.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas do texto anterior.
A percussão dígito-digital; maciço
B percussão direta; maciço
C palpação; submaciço
D palpação; ruído adventício
Comentários
Primeira lacuna: O golpeamento com um dedo à borda ungueal ou à superfície dorsal da
segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão é a técnica da PERCUSSÃO.
Segunda lacuna: O som maciço é produzido quando se percute uma região sólida, desprovida de
líquido e ar como, por exemplo, o fígado.
Alternativa: A.
13. FEPESE / Prefeitura de Balneário Camboriú - SC / 2023 - Analise as afirmativas abaixo sobre
o Processo de Enfermagem e a Consulta de Enfermagem.
1. O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de
dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou
intervenções de enfermagem.
2. O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos
os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.
3. Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios,
escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem
corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem.
4. Durante a Consulta de Enfermagem, o Processo de Enfermagem apenas é feito de forma
parcial, uma vez que o enfermeiro não consegue realizar neste ambiente todas as etapas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
B São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
C São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
D São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
55
56
18. FUMARC / AL-MG / 2023 - O processo de trabalho do enfermeiro deve estar embasado em
uma metodologia científica que ofereça respaldo, segurança e o direcionamento para o
desempenho das atividades, contribuindo para a credibilidade, competência e visibilidade da
Enfermagem, consequentemente para a autonomia e satisfação profissional. Nesse contexto, é
INCORRETO afirmar:
A Embora o Processo de Enfermagem tenha sido projetado para a prática da Enfermagem em
relação ao cuidado do paciente e à responsabilidade da Enfermagem, ele não pode ser
adaptado como um modelo teórico para resolver problemas de liderança e administração.
B O Processo de Enfermagem consiste em cinco fases sequenciais e interrelacionadas:
investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação, que integram as funções
intelectuais de resolver problemas.
C O Processo de Enfermagem é fundamental a todas as abordagens de Enfermagem,
promovendo o cuidado humanizado, dirigido a resultados e de baixo custo. Além disso, estimula
58
19. IBFC / Prefeitura de Cuiabá - MT / 2023 - O Processo de Enfermagem deve ser realizado de
modo sistemático em todos os ambientes públicos ou privados em que ocorre o cuidado
profissional de Enfermagem. Assinale a alternativa que apresenta a fase do processo de
enfermagem onde ocorre a realização das ações ou intervenções.
A Diagnóstico de enfermagem
B Coleta de dados
C Implementação
D Planejamento de enfermagem
Comentários
O planejamento de enfermagem diz respeito à fase do processo na qual o enfermeiro identifica
as intervenções necessárias para que aquele paciente alcance resultados esperados, e é
individualizado. As intervenções planejadas buscam prevenir, intervir ou resolver os problemas
apontados nos diagnósticos de enfermagem.
A implementação das ações se dá na fase da IMPLEMENTAÇÃO, que é a terceira fase, seguida
do Histórico e, logo após, do diagnóstico.
Alternativa: C.
59
21. OBJETIVA / Hospital Municipal Dr. Mário Gatti - SP / 2023 - A Sistematização da Assistência
de Enfermagem (SAE) é o método que direciona as ações do enfermeiro no cotidiano da prática
profissional, oferecendo estrutura concordante com as necessidades individualizadas do
paciente. É reconhecida, portanto, como o principal instrumento para o desempenho sistemático
das condições necessárias à realização do cuidado e à documentação da prática de enfermagem.
A respeito da SAE em cardiologia, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após,
assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(_) O diagnóstico de enfermagem “intolerância à atividade” tem como características definidoras
as alterações no eletrocardiograma (ECG) refletindo isquemia ou arritmias, desconforto ou
dispneia aos esforços, relato de fadiga ou fraqueza, dentre outras.
(_) Alterações de frequência cardíaca, respiratória ou pressão sanguínea, diaforese, dilatação
pupilar, gestos protetores são características de “dor aguda” como diagnóstico da SAE em
cardiologia.
(_) O paciente com diagnóstico de débito cardíaco diminuído pode apresentar ansiedade,
inquietação, dispneia, ortopneia, tosse, taquicardia, palpitações, pulso periférico diminuído,
alterações no ECG, mudanças na cor da pele, edema e fadiga.
A C - C - C.
B E - E - C.
C C - E - E.
D E - C - C.
Comentários
I - Certa.
Diagnóstico: Intolerância à atividade
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➔ Ganho de peso
➔ Murmúrio cardíaco
➔ Pressão de capilar pulmonar (PCP) aumentada
➔ Pressão de capilar pulmonar (PCP) diminuída
➔ Pressão venosa central (PVC) aumentada
➔ Pressão venosa central (PVC) diminuída
Pós-carga alterada
➔ Alteração na pressão sanguínea
➔ Cor anormal da pele (p. ex., pálida, escurecida, cianótica)
➔ Dispneia
➔ Oligúria
➔ Pele fria, úmida e pegajosa
➔ Pulsos periféricos diminuídos
➔ Resistência vascular pulmonar (RVP) aumentada
➔ Resistência vascular pulmonar (RVP) diminuída
➔ Resistência vascular sistêmica (RVS) aumentada
➔ Resistência vascular sistêmica (RVS) diminuída
➔ Tempo de preenchimento capilar prolongado
Contratilidade alterada
➔ Dispneia paroxística noturna
➔ Fração de ejeção diminuída
➔ Índice cardíaco diminuído
➔ Índice de volume sistólico (IVS) diminuído
➔ Índice do trabalho sistólico do ventrículo esquerdo (ITSVE) diminuído
➔ Ortopneia
➔ Presença de terceira bulha cardíaca (B3)
➔ Presença de quarta bulha cardíaca (B4)
➔ Sons respiratórios adventícios
➔ Tosse
Comportamentais/emocionais
➔ Ansiedade
➔ Inquietação
Alternativa: A.
22. OBJETIVA / Prefeitura de São Miguel do Passa Quatro - GO / 2022 - Para DOCHTERMAN e
MCCLOSKEY, considerando-se algumas definições de termos da enfermagem, numerar a 2ª
coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(1) Taxonomia das Intervenções de Enfermagem.
62
E Sons crepitantes.
Comentários
Sons respiratórios normais
Os sons respiratórios normais são classificados da seguinte maneira:
➔ Som traqueal
➔ Brônquico
➔ Broncovesicular
➔ Murmúrio vesicular
Os murmúrios vesiculares são o som normal escutado no pulmão. Representa o som causado
pela entrada e saída de ar dos pulmões. Pode estar ausente ou diminuído (se houver algo que
obstrua seu caminho, ou ainda impeça que o ar entre e saia do pulmão).
Alternativa: D.
Comentários
De acordo com a imagem, a respiração de Cheyne-Stokes é uma forma de respiração periódica
na qual apnéias e hipopnéias se alternam com períodos de hiperpnéias que apresentam um
padrão crescendo e decrescendo de volume corrente.
Alternativa: D.
26. FCM / COREN-MG / 2021 - Preencha corretamente as lacunas do texto a seguir sobre o
processo de enfermagem. O processo de enfermagem deve estar fundamentado num suporte
______________ que oriente a ______________, o estabelecimento de diagnósticos de
enfermagem e o planejamento das ______________ de enfermagem; e que forneça a base para a
avaliação dos ______________ de enfermagem. A sequência que preenche corretamente as
lacunas do texto é
A clínico / visita de enfermagem / consultas / indicadores
B teórico / coleta de dados / intervenções / resultados
C filosófico / coleta de dados / consultas / diagnósticos
D teórico/ história clínica / consultas / indicadores
E filosófico / coleta de dados / intervenções / resultados
65
Comentários
Vou tentar simplificar. Memorize que as teorias de enfermagem dão a base TEÓRICA. O que se
planeja são as INTERVENÇÕES, certo? Visando um certo RESULTADOS esperado. Só por aí, já
deu para achar a resposta.
Alternativa: B.
27. INSTITUTO AOCP / Prefeitura de João Pessoa - PB / 2021 - Durante a realização do exame
físico, o enfermeiro utilizou a seguinte técnica: “com uma das mãos, golpeia-se o abdome,
enquanto a outra mão fica espalmada na região contralateral, tentando captar ondas líquidas
que se chocam contra a parede abdominal”. Qual é o nome dado a essa técnica?
A Percussão dígito-digital.
B Percussão punho-percussão.
C Percussão com a borda da mão.
D Percussão por piparote.
E Percussão dígito-frontal.
Comentários
Sinal do piparote ou Sinal de onda líquida é um sinal médico indicativo de ascite. Um impulso
percebido através da transmissão pelo líquido acumulado, através de uma percussão em um dos
flancos, que, quando há prosseguimento da onda para o lado oposto do abdômen, o sinal é
considerado positivo.
Alternativa: D.
30. FGV / FUNSAÚDE - CE / 2021 - Paciente diabético, descompensado, com insuficiência renal
crônica, apresenta inspirações amplas e rápidas seguidas por curto período de apneia e
expirações rápidas e ruidosas seguidas por outro período de apneia, como representado na
figura a seguir.
68
LISTA DE QUESTÕES
1. FUMARC / Prefeitura de São João del Rei - MG / 2023 - Sobre a história da sistematização da
assistência de enfermagem, é INCORRETO afirmar:
A A enfermagem acostumou-se a depender de conhecimentos e de conceitos preexistentes que
lhe ditarem o que fazer e como fazer, e, na maioria das vezes, não refletia sobre por que fazer e
quando fazer.
B Apesar da forte influência de Nightingale, a enfermagem acabou por assumir uma orientação
profissional dirigida para o imediatismo, baseando-se em ações práticas, de modo intuitivo e não
sistematizado. Alguns enfermeiros acostumaram-se a exercer a profissão sob a mesma
perspectiva de profissionais médicos, centralizando suas ações mais na doença do que no
paciente.
C Florence Nightingale idealizou uma profissão embasada em reflexões e questionamentos,
tendo por objetivo edificá-la sob um arcabouço de conhecimentos científicos oriundos do
modelo biomédico devido ao contexto histórico e social.
D Sob influência de vários fatores, tais como guerras mundiais, movimentos femininos de
reivindicação, desenvolvimento das ciências e da educação, modificações socioeconômicas e
políticas, as enfermeiras começaram a questionar o status quo da prática de enfermagem e a
refletir sobre ela.
69
4. FAUEL / Prefeitura de Piên - PR / 2023 - A Resolução COFEN Nº 358 de 2009 dispõe sobre a
Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem.
Sobre a temática, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa CORRETA.
I - A sistematização da assistência de enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao
método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de
enfermagem.
II - O processo de enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos
os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem.
III - Quando o processo de enfermagem é realizado em instituições prestadoras de serviços
ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, denomina-se consulta de
enfermagem.
IV- O processo de enfermagem organiza-se em cinco etapas: coleta de dados, diagnóstico de
enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem.
V- O diagnóstico de enfermagem pode ser focado no problema real, ser um diagnóstico de risco
ou um diagnóstico de promoção da saúde.
Assinale a alternativa CORRETA.
A Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
B Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
C Apenas as afirmativas II, IV e V estão corretas.
D Apenas as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
E Todas as afirmativas estão corretas.
5. UFMG / UFMG / 2023 - O Processo de Enfermagem de acordo com a Resolução COFEN 358
de 15 de outubro 2009, deve ser realizado de modo deliberado e sistemático, em todos os
ambientes públicos e privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem e cujas
etapas devem ser interrelacionadas, interdependentes e recorrentes.
A esse respeito, a sequência CORRETA das etapas apresentadas nessa resolução compreende:
A planejamento de enfermagem, histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem,
implementação e avaliação de enfermagem.
B histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem,
implementação e avaliação de enfermagem.
C diagnóstico de enfermagem, histórico de enfermagem, planejamento de enfermagem,
implementação e avaliação de enfermagem.
70
71
72
A. 3, 1, 2, 4.
B. 1, 4, 3, 2.
C. 2, 1, 3, 4.
D. 3, 4. 2. 1.
73
11. FUNDEP (Gestão de Concursos) / Prefeitura de Acaiaca - MG / 2023 - O exame físico deve
ser realizado na primeira fase do processo de Enfermagem e consiste nas etapas de inspeção,
palpação, percussão e ausculta, além da utilização de alguns instrumentos e aparelhos. Para
realização de cada etapa, o examinador utiliza os sentidos, sobretudo a visão, o tato e a audição.
Na ____________, é realizado o golpeamento com um dedo à borda ungueal ou à superfície
dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão, que se encontra
espalmada e apoiada na região de interesse. O som encontrado em regiões que contenham
órgãos parenquimatosos como o fígado é chamado ______________.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas do texto anterior.
A percussão dígito-digital; maciço
B percussão direta; maciço
C palpação; submaciço
D palpação; ruído adventício
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E O local para ausculta do foco tricúspide, é no quintal espaço intercostal, na linha hemiclavicular
esquerda.
13. FEPESE / Prefeitura de Balneário Camboriú - SC / 2023 - Analise as afirmativas abaixo sobre
o Processo de Enfermagem e a Consulta de Enfermagem.
1. O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de
dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou
intervenções de enfermagem.
2. O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos
os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.
3. Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios,
escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem
corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem.
4. Durante a Consulta de Enfermagem, o Processo de Enfermagem apenas é feito de forma
parcial, uma vez que o enfermeiro não consegue realizar neste ambiente todas as etapas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
B São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
C São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
D São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
E São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
75
18. FUMARC / AL-MG / 2023 - O processo de trabalho do enfermeiro deve estar embasado em
uma metodologia científica que ofereça respaldo, segurança e o direcionamento para o
desempenho das atividades, contribuindo para a credibilidade, competência e visibilidade da
Enfermagem, consequentemente para a autonomia e satisfação profissional. Nesse contexto, é
INCORRETO afirmar:
76
19. IBFC / Prefeitura de Cuiabá - MT / 2023 - O Processo de Enfermagem deve ser realizado de
modo sistemático em todos os ambientes públicos ou privados em que ocorre o cuidado
profissional de Enfermagem. Assinale a alternativa que apresenta a fase do processo de
enfermagem onde ocorre a realização das ações ou intervenções.
A Diagnóstico de enfermagem
B Coleta de dados
C Implementação
D Planejamento de enfermagem
77
21. OBJETIVA / Hospital Municipal Dr. Mário Gatti - SP / 2023 - A Sistematização da Assistência
de Enfermagem (SAE) é o método que direciona as ações do enfermeiro no cotidiano da prática
profissional, oferecendo estrutura concordante com as necessidades individualizadas do
paciente. É reconhecida, portanto, como o principal instrumento para o desempenho sistemático
das condições necessárias à realização do cuidado e à documentação da prática de enfermagem.
A respeito da SAE em cardiologia, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após,
assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(_) O diagnóstico de enfermagem “intolerância à atividade” tem como características definidoras
as alterações no eletrocardiograma (ECG) refletindo isquemia ou arritmias, desconforto ou
dispneia aos esforços, relato de fadiga ou fraqueza, dentre outras.
(_) Alterações de frequência cardíaca, respiratória ou pressão sanguínea, diaforese, dilatação
pupilar, gestos protetores são características de “dor aguda” como diagnóstico da SAE em
cardiologia.
(_) O paciente com diagnóstico de débito cardíaco diminuído pode apresentar ansiedade,
inquietação, dispneia, ortopneia, tosse, taquicardia, palpitações, pulso periférico diminuído,
alterações no ECG, mudanças na cor da pele, edema e fadiga.
A C - C - C.
B E - E - C.
C C - E - E.
D E - C - C.
22. OBJETIVA / Prefeitura de São Miguel do Passa Quatro - GO / 2022 - Para DOCHTERMAN e
MCCLOSKEY, considerando-se algumas definições de termos da enfermagem, numerar a 2ª
coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(1) Taxonomia das Intervenções de Enfermagem.
(2) Classificação das Intervenções de Enfermagem.
(3) Paciente.
( ) É a ordenação ou o arranjo das atividades de enfermagem em grupos ou conjuntos com base
em suas relações e na determinação de designações de intervenções a estes grupos de
atividades.
( ) É qualquer indivíduo, grupo, família ou comunidade que seja o foco da intervenção de
enfermagem.
( ) Agrupamento das intervenções com base em semelhanças, o que pode ser considerado uma
organização sistemática.
A 1 - 2 - 3.
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B 3 - 2 - 1.
C 2 - 3 - 1.
D 2 - 1 - 3.
79
C Taquipneia.
D Respiração de Cheyne-Stokes.
E Apneia.
26. FCM / COREN-MG / 2021 - Preencha corretamente as lacunas do texto a seguir sobre o
processo de enfermagem. O processo de enfermagem deve estar fundamentado num suporte
______________ que oriente a ______________, o estabelecimento de diagnósticos de
enfermagem e o planejamento das ______________ de enfermagem; e que forneça a base para a
avaliação dos ______________ de enfermagem. A sequência que preenche corretamente as
lacunas do texto é
A clínico / visita de enfermagem / consultas / indicadores
B teórico / coleta de dados / intervenções / resultados
C filosófico / coleta de dados / consultas / diagnósticos
D teórico/ história clínica / consultas / indicadores
E filosófico / coleta de dados / intervenções / resultados
27. INSTITUTO AOCP / Prefeitura de João Pessoa - PB / 2021 - Durante a realização do exame
físico, o enfermeiro utilizou a seguinte técnica: “com uma das mãos, golpeia-se o abdome,
enquanto a outra mão fica espalmada na região contralateral, tentando captar ondas líquidas
que se chocam contra a parede abdominal”. Qual é o nome dado a essa técnica?
A Percussão dígito-digital.
B Percussão punho-percussão.
C Percussão com a borda da mão.
80
30. FGV / FUNSAÚDE - CE / 2021 - Paciente diabético, descompensado, com insuficiência renal
crônica, apresenta inspirações amplas e rápidas seguidas por curto período de apneia e
expirações rápidas e ruidosas seguidas por outro período de apneia, como representado na
figura a seguir.
81
GABARITO
1. C 11. A 21. A
2. CERTA 12. D 22. C
3. ERRADA 13. C 23. D
4. E 14. C 24. D
5. B 15. E 25. C
6. C 16. B 26. B
7. D 17. C 27. D
8. C 18. A 28. B
9. A 19. C 29. A
10. D 20. B 30. C
RESUMO
82
EXAME FÍSICO
CABEÇA E PESCOÇO: formato da face, edemas palpebrais, característica da pupila, acuidade
visual, coloração de mucosas, linfonodos, ingurgitamento de veias e etc.
PULMONAR:
Inspeção (desvios, estrutura, padrão respiratório, etc)
➔ RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES
➔ HIPERPNEIA
➔ APNEIA
➔ RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL
Ausculta: murmúrios vesiculares e ruídos adventícios (estertores finos e grossos, roncos, sibilos,
atritos, estridor)
CARDÍACO:
Ausculta
Identificação dos FOCOS CARDÍACOS.
(1) Foco aórtico: 2º espaço intercostal, à direita do esterno, perto da borda esternal.
(2) Foco pulmonar: 2º espaço intercostal, à esquerda do esterno, próximo à borda do esterno.
(2.1) Foco pulmonar acessório: encontrado com o movimento para baixo do lado esquerdo do
esterno até o terceiro espaço intercostal, próximo da borda esternal, também referida como
ponto de Erb.
(3) Foco tricúspide: localizado na parte esquerda do quarto espaço intercostal ao longo do
esterno, próximo à borda esternal.
(4) Foco mitral: encontrado pelos dedos que se deslocam lateralmente à esquerda do paciente
para localizar o quinto espaço intercostal do lado esquerdo da linha média clavicular.
Sopros:
➔ Sistólicos: seriam os sopros produzidos durante a sístole. Ou seja, entre B1 e B2.
➔ Diastólicos: seriam os sopros produzidos durante a diástole. Ou seja, entre B2 e B1.
ABDOMINAL
Quadrantes:
84
Apêndice
Extremidade inferior do íleo
Inspeção: formato.
Ausculta: ruídos hidroaéreos.
Percussão: som timpânico é predominante, exceto na região do hipocôndrio direito, onde o som
é maciço devido ao fígado.
Palpação: superficial e profunda.
VASCULAR
Inspeção: rede vascular dos membros.
Palpação: palpar pulsos, observar edema.
TÉCNICAS ESPECÍFICAS:
➔ Manobra de Piparote: percussão em um dos lados do abdômen, observando a
transmissão de onda de líquido para o lado oposto.
➔ Sinais:
85
Torres Homem Abscesso hepático Percussão de toda a loja hepática da linha mediana até a
linha axilar anterior indo em busca de dor. Dor circunscrita e
localizada = Sinal de Torres Homem Positivo. Se dói ao
percutir toda a loja hepática = Sinal de Torres Homem
Negativo.
86
SAEP: Processo de Enfermagem específico para o Centro Cirúrgico, tanto nas fases
pré-operatórias, quanto transoperatório e pós-operatório.
87