Resumos BM
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Marcos históricos
1865- Gregor Mendel: cruzamento de espécies de ervilhas diferentes: genes recessivos e dominantes;
1869- Friedrich Miester: descobriu nu pus a “nucleína”
1889- Richard Altmann: comprovou a natureza ácida da “nucleína”, denominando-a ácido nucleico
1890: descoberta do RNA
1912: denominou-se a unidade básica dos ácidos nucleicos – nucleótido
1928 – Fredrick Giffith: descobriu um fator genético nas bactérias que modificava as bactérias inofensivas em
bactérias mortais – PRINCÍPIO DA TRANSFORMAÇÃO - Dois tipos de colónias: lisas (mortais) e rugosas
(inofensivas). Aqueceu as lisas e injetou-as no rato e este sobreviveu e de seguida injetou-o com as rugosas e
este morreu – Dna das bactérias combinou-se
1944 – Oswald Avery, Colin Macleod e Maclyn Mccarty: demonstraram que o material genético é a molécula
de DNA
1948: Chargaff`s Rule of Base Pairing: A+G = T+C
1952 – Alfred Hershey e Martha Chase: comprovaram definitivamente que é o DNA e não as proteínas que
transmite a informação genética de geração em geração
Rosalind Franklin: obteve a primeira imagem de raio-X do DNA
1953 – Watson e Crick: apresentaram o modelo de dupla hélice para o DNA
Ligação covalente através de uma ligação glicosídica entre o N da base com o grupo hidroxilo ligada ao carbono
-1 da pentose (carbonos da pentose: 1`, 2`, 3`, 4`, 5`)
Nucleótido – Base azotada + Pentose + grupo fosfato
Bases azotadas
Pentoses
Açucar de 5 carbonos
Ribose – RNA
Desoxirribose – DNA (menos um grupo OH que a ribose o que torna o DNA mais sensível, sujeito a oxidação)
Grupo fosfato – ácido fosfórico
H3PO4
Responsável pela ligação sucessiva dos nucleótidos
Para fazer ligação perde um OH
Solúveis em água
Têm carga elétrica negativa em pHs fisiológicos
Máxima absorção de luz U.V a 260 nm
Cadeia de DNA - Carbono 3` tem de estar livre para adicionar nucleótidos (junta-se um 5`)
Dupla hélice
Desnaturação e renaturação
Desnaturação do DNA é a quebra de pontos de hidrogénio que unem cadeias duplas (por meios físicos e
químicos) . Renaturação ocorre quando a desnaturação é devido a meios físicos
Supercoiling positiva e negativa – ocorre para compactar o DNA
Topoisomerases - enzimas que adicionam ou removem rotações da dupla hélice de DNA, quebrando temporariamente
a dupla hélice, permitindo a rotação de uma cadeia em volta da outra, e depois ligando-a de novo
Topoisomerase I: promove a quebra de uma cadeia, e reduz o supercoiling devido a remoção de rotações
Topoisomerase II: promove a quebra de ambas as cadeias, adicionando ou removendo rotações
Cromatina
Heterocromatina: cromatina mais condensada; geralmente mantém estado de condensação durante o ciclo
celular
Eucromatina: menos condensada; com genes ativos (os que são traduzidos)
Nucleossoma
DNA mitocondrial
Genoma circular
Sem intrões
Genoma procariota
Genoma eucariota
Tamanho de genoma x nº de cromossomas
Linear
23 cópias (46 cromossomas)
A maioria das proteínas eucarióticas estão relacionadas a funções celulares essenciais
Tipos de sequencias repetitivas
Replicação do DNA
Todos os organismos duplicam o seu DNA com extrema precisão antes de cada divisão celular.
Separação das cadeias de DNA ---- Cópia de cada cadeia que serve como molde ---- Síntese da nova cadeia
complementar
Nucleótidos trifosfatos são adicionados ao -OH do carbono 3 da pentose.
Libertação de Pirofosfato que é hidrolisado em ortofosfato
A replicação do DNA é bastante fidedigna devido à geometria dos pares das bases e ao “Proof – Reading” das
polimerases (DNA polimerase II confirma a replicação feita pela DNA polimerase I)
Replicação semi – conservativa
Duas fitas de DNA se desconectam e cada uma serve de modelo para a síntese de uma fita complementar
nova. O resultado são duas moléculas de DNA com uma fita original e uma fita nova.
O modelo semi – conservativo foi testado por Meselson e Stahl em 1957, que marcaram o DNA de bactérias,
por várias gerações, usando isótopos de nitrogênio: E. coli em meio com N-15 e depois em meio com N-14.
No final da experiencia haviam 3 tipos de DNA: N-15 + N-15 , N-15 + N-14 e N-14 + N-14
A replicação em E. coli inicia-se num sítio específico do cromossoma, denominado origem de replicação, onde se
forma a forquilha de replicação que se expande bidireccionalmente via forquilhas de replicação (Y) até encontrar o
ponto de término. São sequencias ricas em AT que conferem maior fragilidade a estrutura.
Num cromossoma circular como o da bactéria E. coli, uma única origem de replicação é suficiente e as duas
forquilhas de replicação, em movimento, encontram-se no polo oposto do círculo ao completar o processo.
As origens de replicação estão localizadas em sequências específicas do DNA, sempre no mesmo ponto do
cromossoma onde se ligam proteínas especificas que permitem o inicio da replicação
O DNA é antiparalelo e bidirecional ou seja, uma cadeia ocorre no sentido 5’ → 3’ e a outra no sen do 3’ → 5’
Forquilhas de Replicação
Primase:
Ribonucleoproteína
Liga-se à helicase formando o Primossoma
Sintetiza o RNA primer
DNA plimerases
1. Iniciação
a. Reconhecimento das origens de replicação por um complexo proteico ( DnaA)
b. Abertura localizada da dupla cadeia de DNA pela DNA helicase ( DnaB)
c. Síntese do primer pela PRIMASE ( Dna G)
Implica um reconhecimento de cada sitio de origem do DNA pelos elementos intervenientes no processo: O
DNA terá que sofrer uma desnaturação com afastamento das duas cadeias, sendo depois estabilizado na cadeia
simples ao nível da origem para permitir a copia de cada uma das cadeias.
Elementos ativos que determinam a iniciação da replicação – fatores de iniciação – consistem em proteínas
dotadas de grande afinidade para o DNA em cadeia simples
A origem é definida por sequencias designadas ARS rodeadas por segmentos de DNA ricos em A-T (maior
fragilidade pois tem um menor nº de pontes de hidrogénio que G-C)
Ao nível da ARS dá-se a ligação de fatores proteicos de iniciação que obrigam a separação das cadeias e dão
entrada às proteínas que se fixam na matriz – DnaA é a proteína que desnatura de modo especifico o DNA ao nível da
origem. Este processo utiliza energia pela hidrolise de ATP.
Imediatamente a seguir dá-se a entrada da proteína DnaB para o complexo que impede a renaturação do DNA
DNA helicases quebram pontes de H que desenrola a hélice dupla do DNA e as duas cadeias simples são
estabilizadas por proteínas de ligação ao DNA de cadeia simples, designadas por proteínas SSB. Isto provoca um
superenrolamento resolvido pela ação da DNA girase (Topoisomerase I nos eucariotas) relaxando o stress contorcional
imposto pelo desenrolamento.
2. Elongação
a. Síntese contínua na cadeia leading
b. Síntese descontínua na cadeia lagging
A cópia do DNA molde é iniciada com a síntese de um fragmento de RNA catalisada pela primase que irá ser
utilizado como primer. A cadeia polinucleotidica é sintetizada a partir do grupo 3´-OH do ultimo resíduo
ribonucleotídico do primer ao qual se vai ligar o resíduo 5´-P do primeiro desoxirribonucleotido da cadeia de DNA que
será enlogada por cópia do molde.
O processo de iniciação dá-se nas duas cadeias simultaneamente, uma com orientação 3´→ 5´´que dirige o
processo de replicação e é chamada de cadeia leading e outra na orientação 5´→ 3´ que é copiada num processo mais
complexo designada por cadeia lagging exigindo uma intervenção mais frequente dos fenómenos de priming.
É na cadeia lagging que encontramos os fragmentos de Okazaki que são moléculas formadas pelo primer de
RNA continuado pelo DNA nascente ate ao sitio onde novo primer é sintetizado sobre o DNA exposto pela abertura
progressiva do DNA molde. Assim o crescimento das cadeias neo-sintetizadasvai progredindo e obrigando o
afastamento das cadeias – forquilha de replicação.
A síntese completa do DNA implica a eliminação dos primers dos fragmentos de Okazaki e que os fragmentos
se liguem. Este processo é feito sob a ação da DNA polimerase δ que degrada o primer de RNA a partir da sua
extremidade 5´-P. A mesma DNA polimerase preenche as regiões eliminadas sintetizando DNA no local.
A DNA ligase une os fragmentos de Okazaki e a nova cadeia lagging fica completa. A DNA ligase também
corrige qualquer erro de posicionamento de nucleótidos introduzido pela DNA polimerase delta.
3. Terminação
a. Reconhecimento de sequências, sobre as quais se fixam proteínas, bloqueando o movimento de
progressão da forquilha de replicação
As enzimas ligases são também responsáveis pelo passo final da replicação dos genomas circulares da E. coli
e de alguns vírus, em que as duas extremidades de DNA neo-sintetizadas, correspondentes aos sítios de terminação
são ligadas entre si levando a circularização da molécula copiada.
Ao sítio de terminação (TER), em E. coli, ligam-se proteínas denominadas Tus. Supõe-se que estas
proteínas inibam as helicases impedindo, desta forma, o avanço do garfo de replicação e provocando a
parada da síntese. No final da replicação do cromossoma circular de E. coli produzindo-se dois cromossomas filhos
inter-conectados que serão separados pela ação de topoisomerases.
A replicação é um acontecimento mais raro nos eucariotas do que nos procariotas. A iniciação da replicação é
muito regulada
O DNA não se encontra “nú” na célula, mas sob a forma de cromatina. Esta encontra-se organizada sob a
forma de nucleossomas.
Nível superior de organização implica complexidade maior para a replicação
Fase S do ciclo celular - A síntese de DNA tem início, em muitas origens diferentes
A replicação produz uma única cópia de cada molécula. Bloqueio da iniciação da replicação até ao próximo
ciclo celular
A replicação do genoma inteiro deve estar concluída antes da passagem à fase G
Nos fragmentos de Okasaky, os primers são removidos por uma Rnase H que é complementado por uma
polimerase com atividade proofreading.
o Proofreading: Após a síntese de uma sequência, as DNA polimerase alfa e beta retrocedem para
verificar (rever) se o último NT está bem emparelhado. Se não estiver bem emparelhado,
a atividade polimerase é inibida; Ativa-se então a sua atividade exonucleásica de 3’-5’.
Removem, então, o nucleótido mal emparelhado e substituem-no; De seguida, a replicação continua.
A finalização da replicação é feita com a formação de estruturas complexas no topo do cromossoma, os
telómeros
Os comprimentos dos Telómeros podem ser mantidos pela atividade de uma enzima que se liga especificamente
às regiões de DNA dos telómeros, a Telomerase, que é unicamente expressa em determinadas células.
TERC: componente de RNA que serve de primer para a replicação dos telómeros;
TERT: componente enzimático proteico que tem atividade de transcriptase reversa (enzima que
realiza o processo de transcrição ao contrário).
A Telomerase, mais propriamente a transcriptase reversa, estende a cadeia lagging, pelo que a extremidade
3’ do DNA parental fica ainda maior. Este fragmento da extremidade 3’ serve de molde para a introdução de primers
(Primase) e síntese de fragmentos de Okazaki (DNA polimerase alfa), permitindo assim a replicação da extremidade
5’ da cadeia complementar
Recombinação do DNA
O genoma de um organismo tem uma enorme plasticidade, facto para o qual contribui a recombinação
genética - troca de material genético.
Consiste num rearranjo de sequências homologas de DNA
Gerar novas combinações de genes/alelos. Ex: crossing-over da meiose;
Gerar novos genes. Ex: rearranjo de imunoglobulinas;
Integrar elementos de DNA específicos. Ex: vírus;
Reparar DNA- Reparação Pós-Replicação
Recombinação homologa
Mutação – alteração de matéria genético (DNA) que após ser passada a mRNA e posteriormente traduzida para uma
proteína alterada, leva a uma diferente expressão fenotípica.
Mutações herdadas - ocorrem durante a meiose na formação dos gametas em células germinativas
Mutações génicas – ocorrem dentro de um gene; Afetam a sequência de bases do gene que codifica uma determinada
proteína.
Substituição de bases
Deleções ou inserções
Missense – a permuta de base forma um diferente codão que codifica outro aa e pode provocar má
formação da proteína
Nonsense – a permuta da base forma um codão stop que faz parar a tradução (proteína truncada); causa
mais dano que missense
Mutação silenciosa – a troca de base não tem qualquer efeito na proteína
Mutação neutra – Tradução de um aa diferente mas é da mesma família e não tem qualquer efeito funcional
na proteína
Causas de mutações no DNA
Lesões no DNA
Erros na replicação
o DNA polimerases podem não reparar todos os erros da replicação – 1 base errada / 10 milhoes pb
o Bases tautoméricas – as bases mudam a sua conformação (parecem outras bases) pois as pontes de
hidrogénio estão mais instáveis, assim A pode emparelhar com C e T com G: origina transições
Danos oxidativos
o Radicais superoxido-O2; peroxido de hidrogénio- H2O2; radicais hidroxil-OH originam transversões
(mais graves)
Reparação direta
Enzima MGMT (metil guanina metiltransferase) reconhece guanina alterada (O6-metilguanina forma
pareamento com a timina em vez da citosina) - metilação na posição O6 da guanina.
Enzima transfere o grupo metila da O6-metilguanina para um resíduo de cisteína no seu centro ativo
Guanina volta a emparelhar com citosina
Enzima metilada fica inativa e não pode ser recuperada – alto grau de alquilação não é reparado)
Este tipo de reparo tem início com a ação de DNA glicosilases que reconhecem e removem bases lesadas da cadeia
do DNA pela quebra da ligação N-glicosilada, a qual mantém a base nitrogenada associada com o esqueleto de açúcar-
fosfato - há formação de sítio apurínico ou apirimidínico
O sítio apurínico ou apirimidínico (AP) será reparado por AP endonucleases que cliva ligação fosfodiéster 5´, ou
seja, realizam a quebra do esqueleto açúcar-fosfato na região 5’ deste. O resultado dessa quebragera duas
terminações: uma 3’-OH e outra 5’-fosfato-desoxirribose.
Após a ação das AP endonucleases é necessário que ocorra a remoção de resíduos 5’-fosfato-desoxirribose. Essa
etapa é realizada pela enzima DNA desoxirribo-fosfodiesterase (dRpase), para que uma DNA polimerase possa
reconhecer e complementar a lacuna gerada pela retirada do nucleotídeo ( I nos procariotas e α nos eucariotas). A
DNA ligase junta os “topos” dos nucleóticos.
NER é um mecanismo importante para remoção de nucleótidos de uma cadeia de DNA danificada
Deteta e corrige tipos de avarias que distorcem a dupla hélice de DNA
Existe em procariotas e eucariotas mas com mecanismos e componentes diferentes
Repara lesões extensas no DNA tais como:
o Bases alteradas quimicamente
o Dímeros de pirimidinas
Procariotas:
As enzimas-chave formam um complexo chamado endonuclease de excisão ABC. UvrA é a enzima de reconhecimento
da lesão. Ela forma um complexo A2B1 com UvrB, se liga no sítio da lesão, desenrola o DNA causando uma modificação
conformacional em uvrB que facilita a sua adesão no sítio da lesão.
UvrA se dissocia do complexo UvrB-DNA, que forma um sítio específico para a ligação da enzima uvrC - uvrB faz uma
incisão 3' abaixo da lesão, que causa uma mudança conformacional no complexo, facilitando UvrC a fazer uma incisão
5' acima da lesão.
A remoção da lesão requer a ação da helicase, no caso a Helicase II (uvrD),que retira o oligômero excisado e de UvrC
e o "gap" que resulta disto é reparado pela ação de uma polimerase (DNA polimerase I) que por sua vez desloca a
enxima UvrB, selando-se a cadeia de fosfato com a DNA ligase
Eucariotas
Incisão da cadeia lesada em ambos os lados : 3’ (XPG) e ERCC1-XPF: endonuclease que corta a cadeia em 5’
Direcionado por metilação de sequências GATC na fita que é sintetizada após a replicação. Além da DNA
polimerase, SSB (single strand binding protein),helicase, exonuclease e DNA ligase três enzimas especializadas - mut
S, mut L e mut H - são requeridas.
O mut S se liga nas bases mal pareadas. O mut H se liga na sequência GATC. a proteína mut H atua como
endonuclease sítio-específica clivando a fita não metilada na porção 5' do G no GATC marcando a fita para ser
reparada.
A proteína mut L se liga ao mut S e mut H do complexo. Uma vez que a clivagem ocorreu, a fita de DNA não
metilada é degradada do sítio de clivagem até a região de mal pareamento e replicada com DNA novo. Esta fase final
utiliza o restante das enzimas listadas acima.
Figura 1 - EUCARIOTAS
Se durante a replicação cromossomal, uma forquilha de replicação encontra uma lesão (por exemplo um
dímero de timina) antes da ação do reparo por excisão ou da ação do sistema de fotoliase (ou depois que tudo foi
tentado e a lesão permaneceu...), a DNA polimerase irá parar a replicação no dímero encontrado(e retomar o processo
vários pares de base adiante, a partir do lugar onde for inserido outro primer de RNA).Esta região será então reparada
por recombinação entredois dúplexes de DNA na forca de replicação
Transcrição do DNA
Transcrição:
A síntese de RNA é feita apartir da cadeia mnolde de DNA, que é complementar a cadeia codificante (cadeia que
é copiada, xom substituição de T por U)
A transcrição é feita sempre no sentido 5´-> 3´; sequencias que antecedem o ponto de inicio localizam-se montante
(upstream) e as que se sucedem localizam-se jusante (downstream). Valores positivos para upstream e negativos para
downstream
A enzima que sintetiza o DNA é a RNA polimerase: reconhece o promotor, desnatura quebrando as pontes de H,
mantem a cadeia de DNA aberta, renatura e termina a síntese.
As RNA’s polimerases são capazes de iniciar por si só o processo de síntese, diferentemente das
DNA’s polimerases, que não são capazes de iniciar o processo de síntese, ou seja, não conseguem adicionar o
primeiro nucleotídeo a partir do ponto de inicio da duplicação (para isso ocorrer, é necessário que a primase
sintetize um primer e agora ela vai adicionando os nucleotídeos na extremidade OH livre).
síntese ocorre SOMENTE na direção 5’ → 3’, pois a síntese deve ser feita obrigatoriamente a
partir dos nucleotídeos trifosfatados para que haja a quebra do trifosfato, gerando energia necessária para
a formação da ligação fosfodiester.
Tem 5 subunidades: Holoenzima (α2ββωσ) é separado em dois componentes - centro catalítico – sintetiza
RNA factor σ- ligação estável à região promotora
Nos procariotas a RNA polimerase vai reconhecer regiões especificas do promotor, as regiões consenses onde
as subunidades β encaixam perfeitamente. Uma destas regiões é 10 bases upstream (-10), mais especificamente na
TATA Box onde as cadeias de DNA separam-se. Outra região é a -35 que tem como sequencia comum TTGA.
Terminação independente de rho (RNA heliclase)
RNA forma estruturas secundárias pois na sua cadeia tem bases complementares entre si (feitas pelo terminador)
e formando esta espécie de “loop” RNA polimerase solta-se
Um gene é toda a Sequência de DNA necessária para a síntese de um RNA funcional (rRNA, tRNA, microRNA, etc) ou
de um polipeptídeo que pode ser uma proteína ou peptídeos funcionais.
No modelo eucariota existem exões e intrões (intrões são removidos no processamento); as regiões promotoras tem
muito mais elementos (tem a TATA box + outras sequencias importantes); regiões enhancer e o sitio de PoliA que é a
terminação do gene e pode estar muito distante da região promotora.
No eucariota o mRNA (após processamento) desloca-se do núcleo até ao citoplasma para ocorrer a tradução (apenas
o mRNA da origem a proteínas)
Transcrição:
Para ocorrer a transcrição e a ação da RNA polimerase nos eucariotas é necessário os fatores de transcrição
(proteínas) que são os primeiros a chegar e ligam – se à TATA box (fator TFIID ou TBP - provoca uma distorção no DNA).
A sequência TATA box não é a única que sinaliza o início da transcrição, mas é a mais importante e universal.
Outros TFII são ligados para formar o complexo de iniciação de transcrição:
Após a formação de um complexo de iniciação, a RNA-polimerase II deve ter acesso à fita-molde no ponto
inicial da transcrição.
O TFIIH, o qual contém uma DNA-helicase, torna possível este passo por hidrólise de ATP, desespiralização
do DNA e consequente exposição da fita-molde;
A RNA-polimerase II se mantém no promotor sintetizando pequenos fragmentos de RNA até sofrer uma
série de alterações estruturais que permitem sua saída do promotor e entrada na fase de extensão.
Um passo-chave para essa transição é a adição de grupos fosfato à “cauda” da RNA-polimerase (CTD-
domínio C terminal) - A fosforilização também promove a acumulação de factores de elongação.
transcrição é iniciada quando se dá a fosforilação dos
resíduos de serina e trionina do CDT (carboxi terminal
domain), uma sequência de aminoácidos que faz parte
da RNA polimerase. Iniciada a transcrição, o complexo
de iniciação dissocia-se e o CDT fosforilado permite a
ligação de factores de transcrição que intervêm na
elongação e no processamento de RNA.
A iniciação da transcrição necessita da presença do complexo proteico chamado de mediador, onde a RNA
polimerase necessita desse mediador para que ela possa reconhecer onde vai expressar o gene;
Finalmente, a iniciação da transcrição requer o recrutamento local de enzimas modificadoras de histonas para
que o DNA possa ser desenrolado;
As RNA-polimerases estão associadas a uma série de fatores de extensão, que atuam de forma a diminuir a
probabilidade de dissociação da RNA-polimerase;
CstF e CPSF se ligam a sequências nucleotídicas específicas sobre a molécula de RNA, proteínas adicionais se
associam para criar a extremidade 3´ do RNAm; inicialmente, o RNA é clivado e a enzima poli-A-polimerase
(PAP) adiciona um a um, aproximadamente 200 nucleotídeos (A)
Diferentemente das demais RNA-polimerases, a PAP não necessita de molde. Algumas proteínas de ligação à poli-A
permanecem ligadas enquanto o mRNA é transportado para fora do núcleo;Após a clivagem a RNA-polimerase
continua transcrevendo, mas logo a RNA-polimerase libera sua tensão sobre o DNA molde e para a transcrição;