F1.3 - N.º 2 - Corr
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pt
1. Uma criança lança uma bola de basquete verticalmente para cima a partir de uma altura de 80 cm, comunicando-
lhe uma velocidade inicial de módulo 4,0 m s-1.
Considere o referencial com origem no solo e sentido positivo ascendente, g = 10 m s -2 e despreze eventuais
efeitos de forças resistivas.
1.1. Indique que forças atuam na bola no momento em que é lançada, quando sobe, quando atinge a altura
máxima, quando desce e no momento antes de tocar no solo.
1.2. Escreva as leis y (t) e v (t) do movimento da bola.
1.3. Calcule o tempo que a bola demora a atingir a altura máxima.
1.4. Determine a componente escalar da velocidade da bola de basquete ao tocar no solo e conclua sobre a
influência da massa na velocidade referida.
1.1. Quando a bola é lançada: existe a força aplicada pela criança e a força gravítica (peso da bola).
Na subida, quando atinge a altura máxima e na descida: Apenas atua a força gravítica.
1.2. Dados: y0 = 0,80 m; v0 = 4,0 m s-1 e g = - 10 m s-2 (porque o sentido positivo é o ascendente e a
aceleração gravítica aponta para baixo – sentido negativo).
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎 𝑡 1
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎 𝑡 2
𝑣 = 4,0 − 10 𝑡 (SI) 2
1
𝑦 = 0,8 + 4,0 𝑡 + (−10) 𝑡 2
2
𝑦 = 0,8 + 4,0 𝑡 − 5 𝑡 2 (SI)
1.3. A altura máxima é atingida quando a velocidade é zero então temos de usar a equação das
velocidades
𝑣 = 4,0 − 10 𝑡
0 = 4,0 − 10 𝑡
10 𝑡 = 4,0
4,0
𝑡= = 0,4 𝑠
10
1.4. Para determinar a velocidade temos de usar a equação das velocidades, mas precisamos de saber o
tempo em que a bola toca no solo. Usamos a equação das posições para descobrir o tempo em que y = 0
e esse tempo substituímos na equação das velocidades.
A massa não tem qualquer influencia no valor da velocidade pois a bola cai sujeita à aceleração gravítica e
os efeitos da resistência do ar são desprezáveis.
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2. O gráfico da figura indica os valores da velocidade de um corpo
lançado verticalmente para cima, em função do tempo.
2.1. Identifique qual das seguintes afirmações não está correta.
Justifique.
A. O sentido do movimento do corpo inverteu-se 0,4 s após o
lançamento.
B. A partir dos 0,4 s, o movimento do corpo foi uniformemente
acelerado.
C. A aceleração do corpo não foi constante ao longo do
tempo.
D. O corpo subiu até 0,8 m acima da posição de lançamento.
2.2. Escreva a equação das velocidades do corpo e verifique que
se trata de um grave.
2.3. Sabendo que no instante t = 0,4 s o corpo se encontrava a
1,8 m da origem do referencial, identifique qual das seguintes opções corresponde à equação das posições
do corpo.
A. y = 1,8 + 4,0 t – 5 t2 C. y = 1,0 + 4,0 t + 5 t2
B. y = 1,0 + 4,0 t – 5 t2 D. y = 0,8 + 4,0 t – 10 t2
2.1. A aceleração é constante pois a aceleração coincide com o declive da reta e o declive é sempre o mesmo.
2.2. v = 4,0 – 10 t (SI)
𝑏 × ℎ 0,4 𝑠 × 4,0 𝑚 𝑠 −1
∆𝑥 = 𝐴𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎 = = = 0,8 𝑚
2 2
Como estava na posição 1,8 m (aos 0,4 s) e como tinha se deslocado 0,8 m então posição inicial é 1,0 m.
∆𝑥 = 𝑥𝑓 − 𝑥𝑖 <=> 0,8 = 1,8 − 𝑥𝑖 <=> 𝑥𝑖 = 1,8 − 0,8 = 1,0 𝑚
3.1. Dados: x0 = 4,8 m; v0 = ?; a = - 10 m s-2 (porque esta em queda livre e o eixo é positivo para cima)
1
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎 𝑡 2
2
1
𝑦 = 4,8 + 𝑣0 𝑡 + (−10)𝑡 2 <=> 𝑦 = 4,8 + 𝑣0 𝑡 − 5 𝑡 2 Para descobrir a velocidade inicial substituir por um
2
ponto no gráfico que se saiba bem por exemplo (y = 0 m e t = 0,80 s)
0 = 4,8 + 𝑣0 (0,80) − 5 (0,80)2
0 = 4,8 + 𝑣0 (0,80) − 3,2
𝑣0 (0,80) = 3,2 − 4,8
𝑣0 (0,80) = −1,6
−1,6
𝑣0 = = −2,0 𝑚 𝑠 −1
0,80
𝑦 = 4,8 − 2,0 𝑡 − 5 𝑡 2 (SI)
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3.2. Atenção a metade do deslocamento não é metade do tempo percorrido porque a primeira metade do
deslocamento demora mais tempo do que para percorrer a segunda metade.
É preciso calcular o tempo que demora a percorrer metade do deslocamento e depois com esse tempo
substituir na equação da velocidade.
O corpo atinge metade do deslocamento ao fim de:
2,4 = 4,8 − 2,0 𝑡 − 5 𝑡 2
𝑦 = 2,4 − 2,0 𝑡 − 5 𝑡 2
𝑎 = −5; 𝑏 = −2,0; 𝑐 = 2,4
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑡= <=> 𝑡 = 0,52 𝑠
2𝑎
Nesse instante a velocidade do corpo é:
𝑣 = −2,0 − 10 𝑡
𝑣 = −2,0 − 10 (0,52)
𝑣 = −7,2 𝑚 𝑠 −1
3.3. Considerando um referencial vertical com sentido positivo para cima, um corpo é deixado cair (v = 0 m s -1)
de uma determinada altura h. A componente escalar da aceleração gravítica será negativa (– 10 m s-2).
1
h 𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎 𝑡 2
2
𝑔⃗ 1
𝑦 = ℎ + 0 + (−10) 𝑡 2 𝑦 = ℎ − 5𝑡 2
2
Quando y = 0 m
ℎ
0 = ℎ − 5𝑡 2 𝑡 = √ (tempo de queda livre)
5
Como o tempo de queda não depende da massa do corpo, logo, nas mesmas condições iniciais, qualquer
corpo demoraria o mesmo tempo a cair.
4. O gráfico seguinte traduz a componente escalar da velocidade de uma bola
lançada verticalmente para cima que depois desce.
4.1. Escreva a equação das velocidades correspondente a este movimento.
4.2. Identifique o significado físico do declive da reta.
4.3. Justifique tratar-se de um grave.
4.4. Poder-se-á dizer que o movimento é uniformemente variado? Justifique.
4.5. Tendo em conta o significado do sinal algébrico da componente escalar
da aceleração e da velocidade na subida e na descida da bola, classifique
o movimento de subida e de descida.
4.1. v = 4,00 – 10 t (SI)
𝑣 = 4,0 + 𝑎 𝑡 Apenas sabemos a velocidade inicial
0 = 4,0 + 𝑎 (0,4) calcular aceleração usando o ponto v = 0 m s-1; t =
0,4 s
−0,4 𝑎 = 4,0
4,0
𝑎= = −10 𝑚 𝑠 −2
−0,4
4.2. É a componente escalar da aceleração gravítica.
4.3. Como o módulo da aceleração da bola coincide com o da aceleração gravítica conclui-se que a bola esteve
sujeita apenas ao seu peso, logo é um grave.
4.4. Sim porque a velocidade varia uniformemente, ou seja, com aceleração constante. Movimento variado pode
ser acelerado ou retardado, neste caso é retardado nos primeiros 0,40 s e acelerado nos últimos 0,40 s.
4.5. A aceleração é constante em todo o movimento. Na subida a velocidade é positiva e a aceleração é negativa
logo o movimento é uniformemente retardado (sinais contrários), na descida a velocidade é negativa e a
aceleração é negativa logo o movimento é uniformemente acelerado (sinais iguais).
5. Dois irmãos discutem acerca de um pequeno brinquedo que caiu da varanda de casa a 4,0 m do jardim. Um
acusa o outro de o ter atirado de propósito e este defende-se dizendo que o largou sem querer.
5.1. Haverá alguma forma de a Física verificar qual dos irmãos está a falar verdade?
5.2. Considerando que o brinquedo demorou 0,50 s a atingir o jardim, identifique qual dos irmãos tem razão.
5.1. Sim, se soubermos o tempo que o brinquedo demorou a atingir o solo pode-se determinar a velocidade
inicial. Se a velocidade inicial é nula então o brinquedo foi largado.
5.2.
𝑦 = 4,0 + 𝑣0 𝑡 − 5 𝑡 2 Para descobrir a velocidade inicial substitui-se por y = 0 m e t = 0,50 s)
0 = 4,0 + 𝑣0 (0,50) − 5 (0,50)2
0 = 4,0 + 𝑣0 (0,50) − 1,25
𝑣0 (0,50) = − 2,75
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−2,75
𝑣0 = = −5,5 𝑚 𝑠 −1
0,50
- Quedas com resistência do ar apreciável.
6.1. O sentido positivo é o sentido descendente. Porque a velocidade é positiva e como o paraquedista está a ir
para baixo o sentido positivo é para baixo.
6.2. O módulo da primeira velocidade terminal é 50 m s -1
6.3.
6.3.1. é um movimento acelerado, não uniformemente porque a aceleração não foi constante mudou de 10
m s-2 (aceleração da gravidade) até zero (quando a resultante das forças foi zero e a velocidade
passou a ser constante).
6.3.2. é movimento uniforme
6.3.3. é movimento retardado, não uniformemente.
6.4. Nesse momento o paraquedista passa a ter uma força de resistência do ar muito maior do que o seu peso.
A resultante das forças (e aceleração) passa a ter sentido oposto à velocidade. Essa força resultante no
início é elevada e diminui muito rapidamente a velocidade. Como a velocidade diminui, a resistência do ar
também diminui até igualar o peso que sempre se manteve constante. Quando a resistência do ar iguala o
peso do paraquedista a resultante das forças é zero e a velocidade mantêm-se constante. Atinge a
segunda velocidade terminal.
6.5. Nesse momento a somas das forças ou resultante das forças é zero.
𝑃⃗⃗ + 𝑅⃗⃗𝑎𝑟 = ⃗0⃗ (representação em vetores)
𝑃 − 𝑅𝑎𝑟 = 0 (representação das componentes escalares
𝑅𝑎𝑟 = 𝑃
𝑅𝑎𝑟 = 𝑚 × 𝑔 = 85 × 10 = 850 𝑁
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8. O gráfico da figura refere-se ao movimento de queda vertical de um
paraquedista.
8.1. A cada um dos seguintes esquemas faça corresponder um
intervalo de tempo ou instante indicado no gráfico.
8.2. A partir dos dados do gráfico, explique como varia a resultante das forças e a aceleração do paraquedista
ao longo do tempo.
8.1. (A) Soma das forças é zero. A velocidade é constante, mas sem paraquedas então é de [t2; t3] s
(B) t3 – A Resistência do ar é maior do que o peso por isso foi quando o paraquedas foi aberto.
(C) Soma das forças é zero. A velocidade é constante com paraquedas então é de [t 4, t5] s
(D) t1. A resistência do ar vai aumentando desde o início do movimento até t 2 onde já tem o módulo igual
ao módulo do peso do paraquedista. Por isso no t1 já terá uma resistência do ar considerável.
8.2.
1.º momento => Fr = Fg e a = |g| (no sentido do movimento)
2.º momento ao cair aumenta a Rar => Fr diminui porque Fr = P - Rar e aceleração diminui; (sentido do
movimento)
3.º momento => 1.ª velocidade terminal => Fr = 0 e a = 0
4.º momento => Abrir o paraquedas Rar aumenta => Fr aumenta (no sentido contrário ao movimento)
– movimento retilíneo retardado (velocidade diminui);
5.º momento => 2.º velocidade terminal => Fr = 0 e a = 0
11. A equação das posições de um corpo que se move numa trajetória retilínea e horizontal é x = 10 – 12 t + 3 t2
(SI).
11.1. Caracterize o movimento nos primeiros 2 s indicando o valor da aceleração, velocidade inicial e posição
inicial.
11.2. A partir do instante t = 2 s, em que sentido passa a mover-se o corpo e como classifica esse movimento?
11.3. Qual o módulo da velocidade do corpo no instante t = 4 s?
11.4. Qual a posição do corpo 2 s após a velocidade passar a ter o mesmo sentido que a aceleração?
11.2. A partir dos 2 s o corpo passa a mover-se em sentido contrário ao inicial. No início seguia no sentido
negativo e depois dos 2 s segue no sentido positivo. Passa a ter um movimento uniformemente acelerado.
11.3. 𝑣 = −12 + 6 𝑡 𝑣 = −12 + 6 (4) = 12 𝑚 𝑠 −1
11.4. O corpo passa ter o mesmo sentido da aceleração aos 2 s, assim 2 s depois será t = 4 s.
x = 10 – 12 t + 3 t2 = 10 – 12 (4) + 3 (4)2 = 10 m. Passa novamente na posição inicial.
12. A velocidade de um carrinho com movimento retilíneo é dada pela equação v = 6,0 – 3,0 t.
12.1. Escreva a equação que traduz as posições do carrinho ao longo do tempo. Considere que no início da
contagem do tempo o carrinho se encontra na origem do referencial.
12.2. Determine o espaço percorrido pelo carrinho ao fim de 4,0 s de movimento. Verifique se houve inversão
de movimento nesse intervalo de tempo.
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Deslocamento no sentido positivo:
xi = 0 m
x(t = 2s) = 6,0 (2,0) – 1,5 (2,0)2 = 6,0 m
x = xf – xi = 6,0 – 0 = 6,0 m
13.3. Para saber a posição precisamos de calcular o deslocamento através da área da figura do gráfico
velocidade versus tempo.
𝑏×ℎ 4×8
∆𝑥 = 𝐴𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎 = 𝑐 × 𝑙 + = 2×8+ = 32 𝑚
2 2
Como a posição inicial é – 5 m e deslocou no sentido positivo 32 m então a posição final é – 5 + 32 = 27 m.
𝑃⃗⃗𝑥
11º 11º
𝑃⃗⃗𝑦 𝑃⃗⃗
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14.2. Fr = m x a
- Px = m x a
- m g sen = m a
a = - g sen
a = - 1,9 m s-2
14.5.1. Ao fim de 1,1 s, o bloco está na posição x = 2,0 x 1,1 – 0,95 x 1,12 = 1,05 m
h = 1,05 x sen 11º = 0,20 m
14.6.
15. Uma caixa de 5,0 kg é largada no topo de uma rampa com 30º de inclinação. Durante a descida fica sujeita a
uma força de atrito com módulo equivalente a 10% do módulo do seu peso.
15.1. Escreva as leis deste movimento.
15.2. Calcule o comprimento da rampa, sabendo que a caixa chegou à base com velocidade de módulo 3,0 m s -1.
15.2.
Tempo que a caixa demorou a descer (na equação das velocidades)
3,0 = 4,0 t
t = 0,75 s
Ao fim desse tempo a caixa andou (na equação das posições)
x = 2,0 (0,75)2 = 1,1 m logo este é o comprimento da rampa
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16. Um bloco desliza sobre uma rampa com inclinação de 10%, desde um ponto a uma altura de 5,0 m. Determine
a velocidade com que o bloco atinge a base da rampa, caso:
16.1. Os efeitos do atrito sejam desprezáveis;
16.2. O módulo da força de atrito entre o bloco e a rampa corresponda a 5,0 % do peso do bloco.
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